FILA DE NAVIOS PARA EMBARQUE DE AÇÚCAR SOBE 12% NO PAÍS

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1 Boletim Semanal sobre Tendências de Mercados Ano XVIII 15/agosto/2016 n. 638 FILA DE NAVIOS PARA EMBARQUE DE AÇÚCAR SOBE 12% NO PAÍS Em recente relatório de Line-Up, atualizado na noite da última quarta-feira, a agência de fretamento marítimo Williams informou que a atualmente encontram-se em fila para embarque nos portos brasileiros cerca de 44 navios, contra 39 da semana anterior (+12,82%). Destes, 29 estão em Santos, contra 28 da semana anterior (+3,57%), e 15 estão em Paranaguá, contra 11 da semana anterior (+36,36%. Além disso, o porto de Santos concentra 65,91% dos navios atracados ou em espera para o embarque de açúcar dos portos brasileiros. Na semana anterior este mesmo porto concentrava 71% das embarcações do setor. Em comparação com o mesmo momento do mês anterior podemos observar uma alta na fila de navios, na faixa de 29,41%. Naquele período haviam 34 embarcações na fila de embarques. Analisando em termos anuais, a alta da segunda semana de agosto oscila também na faixa de 29,41%. Neste mesmo momento do ano anterior haviam 34 embarcações aguardando para exportar açúcar ao longo do da costa brasileira. Ao total estão previstos para embarque 1,631 milhões de toneladas de açúcar. Destes, 1,556 milhões de toneladas são de VHP, ou 95,40% do total. O restante está concentrado em Cristal com até 150 Icumsa (75 mil toneladas). O volume total embarque agendado atualmente se mostra 12,95% superior do que estava agendado na semana anterior. Naquele momento 1,444 milhões de toneladas estavam programadas. Em comparação com o mês anterior o cenário se acentua, passando a uma alta na faixa de 19,84% quando comparamos com o volume agendado até então de 1,361 milhões de toneladas. No ano o volume programado até a segunda semana de agosto está 47,87% acima do que estava agendado até o mesmo momento do ano passado, quando os embarques programados chegavam a 1,103 milhões de

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3 Nº 815 nº Ano 638 XV ano XVIII 18/setembro/ /agosto/2016 toneladas. Santos representa agora 73% dos embarques (1,183 milhão de toneladas) contra 78% da semana anterior. Paranaguá com seu fluxo agendado de 448,15 mil toneladas aumentou sua participação nas exportações brasileiras de 21% para 27%. Em Paranaguá, os principais destinos continuam os mesmos. Canadá com 69,80 mil toneladas e Rússia com 31 mil toneladas. Em Santos os principais destinos estão concentrados na Ásia (302,63 mil toneladas) e no Oriente Médio (258,211 mil toneladas). Vantagem do açúcar sobre o etanol no mercado físico oscila em 63% em julho Com o mês de julho finalizado é possível determinar as médias de preços entre os produtos do setor sucroalcooleiro. Pela ótica do mercado interno, no período, a média de negociação do etanol anidro oscilou em R$ 1,67 o litro enquanto que o hidratado oscilou em R$ 1,70 o litro, ambos na região de Ribeirão Preto. Estes valores convertidos para sacas de 50 quilos equivalem respectivamente a R$ 52,63 e a R$ 53,60 os quais resultam em uma média de R$ 53,12, relativamente equilibrada e proporcional entre as cotações de ambos os biocombustíveis. Neste mesmo período e nesta mesma região, a saca de 50 quilos do açúcar cristal, com até 150 Icumsa, oscilou na faixa de R$ 86,61. Com isto, a vantagem de preço do açúcar branco negociado no mercado interno se mostrou 63,05% superior á média das cotações do anidro e do hidratado negociados no mesmo período e região. Esta vantagem do açúcar foi 2,99 pontos porcentuais superior ao mês ime diatamen te a nterior onde a c ommo dity rem unerou 60,06% a mais que a média dos dois biocombustíveis. Porém, quando comparamos com julho do ano passado podemos observar uma alta expressiva 54,17 pontos porcentuais, onde a commodity remunerava ao produtor apenas 8,88% a mais que o etanol. Estendendo o olhar para o longo e médio prazo, podemos observar a continuidade do aumento da vantagem do açúcar sobre o etanol. No acumulado de 2016, entre janeiro e julho deste ano, a venda de açúcar no mercado interno remunerou ao produtor cerca de 42,57% a mais que o etanol, o que representa um aumento de 28,66 pontos porcentuais sobre a média do ano acumulada até o mês anterior, que era de 13,91%. Olhando pela ótica do ano safra as proporções continuam semelhantes. Nesta safra atual, entre abril de 2016 e julho de 2016 a venda de açúcar no mercado físico remunerou 56,08% a mais que o etanol. A expectativa da SAFRAS & Mercado é que em agosto de 2016 a vantagem do açúcar sobre o etanol se mantenha estável CURSOS SAFRAS Gestão Estratégica na Comercialização de Açúcar e Etanol 17 de Novembro de 2017, São Paulo/SP Inscreva-se em eventos@safras.com.br fone: por fax:

4 nº 638 ano XVIII 15/agosto/2016 na faixa de 60%. Isto deve ocorrer devido a alta projetada nos preços do etanol anidro e hidratado (que respectivamente deve ter médias de R$ 1,70 e R$ 1,80 o litro) simultaneamente a uma variação positiva no preço do açúcar, que deve passar para a média de R$/50kg 87,00. Desvantagem do etanol no mercado físico contra o açúcar bruto de Nova York oscila em 28% em julho Em julho, a desvantagem média do etanol no mercado físico brasileiro se manteve praticamente na mesma proporção do mês anterior. Pela ótica do mercado interno, no período de referência, a média de negociação do etanol hidratado oscilou em R$ 1,71 o litro, na região de Ribeirão Preto, com máximas entre R$ 1,77 e mínimas de R$ 1,65. Este valor, descontado 12% de ICMS de São Paulo e convertido em centavos de dólar por libra-peso, com um câmbio médio de R$ 3,28 do período, equivaleu a US$/cents 12,96, um valor 28,43% inferior á média de US$/cents 19,81 observada sobre o vencimento Outubro/16 no período em Nova York. Na média de 2016 o preço equivalente do hidratado dentro da usina oscila em US$/cents 12,68, um valor 4,38% acima da média de US$/cents 12,41 observada no mês imediatamente anterior e 20,84% acima do preço de US$/cents 10,72, observado no mesmo mês do ano passado. É interessante notar que no mês anterior o hidratado se mostrou 29,98% abaixo do preço do açúcar em Nova York e no mesmo mês do ano passado ele se mostrava 5,18% acima da cotação do açúcar na época. Logo, mesmo com uma valorização de 20,84% no ano, em centavos de dólar por libra-peso, o hidratado ainda se mostrou 28,43% abaixo da cotação do açúcar em Nova York. O real com queda de 1,89% no ano acabou contribuindo para esta ampliação da distância entre o hidratado o açúcar de Nova York, dentro da usina e cotados em centavos de dólar por libra peso. A expectativa da SAFRAS & Mercado para o mês de agosto é que o preço médio em reais para o etanol hidratado oscile em R$ 1,78 o litro, fora da usina. Dentro da usina ele deve oscilar ao redor de R$ 1,49 o litro, com base em Ribeirão Preto. Com um câmbio médio esperado de R$ 3,18, frente a uma média de cotação de US$/cents 18,80 para Outubro/16 em Nova York, podemos ter uma desvantagem ainda maior do hidratado contra o açúcar bruto na faixa de 30,91%. Logo o hidratado dentro da usina deve oscilar ao redor de US$/cents 12,45.

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