Palavras-chave: Sensoriamento remoto, Levantamento fitossociológico.
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- Marcos Dreer Bonilha
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1 Google Earth Como Ferramenta Para O Mapeamento Pré-Inventário Florestal Valdomiro Vicente Victor Junior ( ¹ ) ; Everton Luís Poelking ( ² ) ; Andrea Vita Reis Mendonça ( ³ ) ; Jamille Ferreira Graham de Araújo (4) (1) Estudante do Curso de Engenharia Florestal; Universidade Federal do Recôncavo da Bahia;valdo16jr@hotmail.com ; (2) Professor do Curso Engenharia Florestal; Universidade Federal do Recôncavo da Bahia; everton@ufrb.edu.br; (3) Professora do Curso de Engenharia Florestal; Universidade Federal do Recôncavo da Bahia; andrea@ufrb.edu.br; (4) Estudante do Curso de Engenharia Florestal; Universidade Federal do Recôncavo da Bahia; jamille_graham@hotmail.com RESUMO O geoprocessamento e o sensoriamento remoto são ferramentas importantes para o trabalho de inventário florestal. Imagem de satélite de alta resolução é um instrumento de auxílio para o planejamento e tomada de decisões, entretanto a sua obtenção é uma opção de elevado custo. Uma alternativa é a utilização de imagens disponibilizadas gratuitamente pelo Google Earth, considerando as restrições legais. O objetivo deste trabalho é apresentar uma metodologia para emprego das imagens do Google Earth em pré-inventários florestais, utilizando como exemplo o Parque Florestal Municipal Mata do Cazuzinha, em Cruz das Almas Bahia. Palavras-chave: Sensoriamento remoto, Levantamento fitossociológico. INTRODUÇÃO O inventário florestal consiste no uso de fundamentos e procedimentos de amostragem para a determinação ou estimação de características quantitativas e/ou qualitativas das florestas (SCOLFORO & MELLO, 2006). Atualmente um dos métodos mais utilizados é o da amostragem sistemática que tem a vantagem de economizar tempo na obtenção dos dados, pois, com ela, tem-se menor tempo de caminhamento entre as unidades de amostra pela uniformidade na distribuição (SOARES et al., 2011). O SIG (Sistema de informação geográfico) e o sensoriamento remoto são ferramentas de grande aplicação no inventário florestal, auxiliando no planejamento inicial com relação à logística de campo e na definição do desenho amostral. Entretanto, a obtenção de imagens de resolução suficiente para utilização em inventários florestais envolve altos custos, limitando o uso desta ferramenta a grandes - Resumo Expandido - [763] ISSN:
2 empreendimentos. Atualmente com as imagens de alta resolução obtidas com o Google Earth este se popularizou em diversas áreas e se apresenta como uma alternativa aos altos custos de imagens de satélites comerciais. Esse trabalho tem como objetivo apresentar uma metodologia de lançamento de parcelas por amostragem sistemática a partir de imagens adquiridas do Google Earth, utilizando como exemplo o Parque Florestal Municipal Mata do Cazuzinha, em Cruz das Almas - Bahia. MATERIAL E MÉTODOS A área de estudo foi o Parque Florestal Municipal Mata do Cazuzinha, um fragmento de mata secundária de Mata Atlântica, localizado na zona urbana do município de Cruz das Almas Bahia e que possui uma área de aproximadamente 12,8 ha (Figura 1). Figura 1. Mapa de localização municipal No desenvolvimento deste trabalho foram utilizados os programas ArcMap versão 10.1 (ESRI, 2013), para o processamento de dados espaciais, o aplicativo Hawth's Analysis Tools (Gratuito) e o Google Earth (Google, 2013) para a obtenção de imagens de alta resolução espacial. Como o objetivo do levantamento é a quantificação da riqueza de espécies arbóreas e análise fitossociológica, a intensidade amostral recomendada é que a área total amostrada seja de no mínimo 10 % da área total estudada. A técnica amostral utilizada foi a sistemática. Para determinação da distância entre as parcelas utilizou-se a seguinte seqüência de fórmulas, conforme Scolforo & Melo (1997). AP=AT/n (1) - Resumo Expandido - [764] ISSN:
3 em que, AP =Área entre as parcelas, AT =Área total, n = intensidade amostral K = AP 0,5 (2) Em que, K = distância entre as parcelas. A metodologia para distribuição das parcelas na área por amostragem sistemática é apresentada na Figura 2. Figura 2. Fluxo de Atividades. A imagem de 13 de abril 2013, obtida do Google Earth, foi georreferenciada com ferramenta do ArcMap com coordenadas reais da imagem e vetorizado um polígono na área de interesse, delimitando assim o universo amostral. Utilizando o aplicativo Hawth'sAnalysis Tools foi gerada uma grade de parcelas de 10 por 10 metros em que foi feito o sorteio da primeira parcela utilizando a função randômica (random) e por último a seleção das parcelas seguindo os espaçamentos previamente calculados. RESULTADOS E DISCUSSÕES Foram alocadas 11 parcelas de 900 m² (30 x 30 m) (figura 3) com as coordenadas dos vértices sendo indicadas no mapa, para facilitar a localização (Figura 4). As parcelas foram alocadas com distâncias a cada 100 metros. Em cada parcela foram delimitados quatro vértices, que deverão ser transferidos para o receptor GPS de navegação para localização das parcelas, servindo de base para a realização do trabalho de campo. - Resumo Expandido - [765] ISSN:
4 A Tabela 1 apresenta os custos relativos à aquisição de imagens de alta resolução para aplicações em mapeamentos florestais e inventário florestal. O alto custo destas imagens vem limitando a sua aplicação em pequenas áreas e projetos científicos e, na maior parte das vezes, restringindo seu uso e a grandes empresas. Tabela 1. Comparativos de preços de imagens de alta resolução. Satélite Preço (R$/km²) Qtn min km² Resolução espacial (m) Banda Ikonos (¹) 40, Pancromático Spot (¹) 0, ,5 Pancromático QuickBird (2) 35, ,60 Pancromático Woldview 1 (2) 35, ,50 Pancromático Landsat 8 (3) Gratuito Pancromático Fonte: (1) Engesat, (2) GlobalGeo, (3) USGS Figura 3. Distribuição sistemática das 11 parcelas (unidades amostrais) de 900 m² (30x30m). - Resumo Expandido - [766] ISSN:
5 Figura 4. Mapa final com todos os vértices das parcelas amostrais distribuídos de forma sistemática no Parque Florestal Mata do Cazuzinha. CONCLUSÕES A utilização das imagens de alta resolução disponíveis no Google Earth apresenta-se como alternativa de baixo custo pra realização do mapeamento pré-inventário. As técnicas de SIG auxiliam na distribuição e localização das parcelas amostrais no campo de forma eficiente, contribuindo sobremaneira aos trabalhos de inventário florestal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ENGESAT, 2013, Curitiba-PR. Disponível em: < Acessado em 19/08/2013 GLOBALGEO, 2013, Belo Horizonte-MG. Disponível em: < Acessado em 19/08/2013 GOOGLE EARTH. Disponível em: < BR&ref_topic= >. Acessado em 16/08/2013. GOOGLE, Disponível em: < Acessado em 16/08/2013. HAWTS TOOLS, Disponível em: < Acessado em 16/08/ Resumo Expandido - [767] ISSN:
6 SCOLFORO, J.R.S. e MELLO, J.M. Inventário Florestal. Lavras-MG: UFLA V.1 561p. SCOLFORO, J.R.S. e MELLO, J.M. Inventário Florestal. Lavras: UFLA-FAEPE p. SOARES, C. P. B; NETO, F. P; SOUZA, A. L. Dendrometria e Inventário Florestal, Viçosa, MG, ed. UFV, 2011, 272p. USGS, Disponível em: < Acessado em 19/08/ Resumo Expandido - [768] ISSN:
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