Uso de vacina contra influenza no Brasil

Transcrição

1 Simpósio Nacional de Vigilância: Pneumococo e Influenza Uso de vacina contra influenza no Brasil Laura Dina Bertollo Arruda Consultor Técnico da CGPNI Ministério da Saúde São Paulo, 21 de setembro de 2007

2 Programa Nacional de Imunizações (PNI) 34 anos de existência Objetivo geral: Controlar, eliminar e ou erradicar as doenças imunopreveníveis, mediante ações sistemáticas de vacinação da população. Papel essencial: Medir e monitorar as coberturas vacinais com o objetivo de alcançar níveis adequados de cobertura para prevenção das doenças imunopreveníveis.

3 Programa Nacional de Imunizações - PNI Utiliza os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS): Universalidade Eqüidade Controle social Descentralização Hierarquização

4 PNI: estrutura da rede de vacinação no país Cerca de 25 mil salas de vacinação (11 vacinas) Estratégias de vacinação Rotina Campanhas 39 Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) Influenza (idosos 60 anos) 1 vez por ano Poliomielite (crianças < 5 anos) 2 etapas por ano Sarampo (crianças < 5 anos) seguimento de 4 em 4 anos Bloqueio Mediante à ocorrência de casos surtos

5 Rede de critérios para inclusão de novas vacinas no Calendário de Vacinação do PNI Epidemiológicos Imunológicos Serviços de imunizações Tecnológicos Socioeconômicos Logísticos

6 Orçamento do PNI para aquisição de imunobiológicos Brasil, 1995 a R$ : R$ 94,5 milhões (U$ 43,5 milhões) 2006: R$ 750 milhões (U$ 341 milhões) Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS 2007: R$ 783 milhões (U$ 373 milhões)

7 Programa Nacional de Imunizações - PNI População alvo No passado: crianças Hoje: família (criança, adolescente, adulto e idoso) Integrado a um conjunto de ações de prevenção e controle de doenças imunopreveníveis: vigilância epidemiológica e laboratório de saúde pública, com o suporte de IEC (informação, educação e comunicação).

8 Políticas de vacinação para a influenza Objetivo Reduzir a morbimortalidade por influenza e causas associadas em grupos específicos de maior risco epidemiológico de infecções gripais ou suas complicações (vacina sazonal): população idosa (60 anos e mais de idade) população indígena, presidiários, profissionais que trabalham em presídios e profissionais de saúde; Desenvolver a vacina contra a cepa pandêmica da Influenza

9 Coberturas vacinais da campanha nacional de vacinação contra influenza em idosos, Brasil, 1999 a Milhõe de doses Cob. vacinal (%) * Doses Cob Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS Em 1999, população alvo a partir de 65 anos e mais de idade

10 Coberturas vacinais contra influenza em municípios das capitais, Brasil, ,0 100,0 90,0 80,0 70,0 Cob vacinal % 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Porto Alegre Rio de Janeiro Campo Grande São Paulo Florianópolis João Pessoa Porto Velho Salvador Belém Cuiabá Natal Palmas Belo Horizonte Maceió Rio Branco Fortaleza Curitiba Distrito Federal Aracaju Manaus Vitória São Luis Goiânia Teresina Macapá Boa Vista Recife Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS

11 Proporção de municípios conforme cobertura vacinal alcançada nas campanhas de vacinação nacional contra influenza, Brasil, 2000 a Ano Cob.Vac. <70% Cob.Vac. 70% e Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS

12 Situação de alcance de meta vacinal da campanha de vacinação contra influenza, segundo município, Brasil, 2007 Proposta para 2008 na Programação de Ações Prioritárias (PAP) da SVS: elevar a meta de cobertura vacinal de 70% para 80% da população de 60 anos e mais de idade. N= municípios Meta não alcançada (157-2,82%) Meta alcançada ( ,18%) Fonte: CGPNI/DEVEP/VS/MS DADOS FINAIS-2/07/2007

13 Atividades em andamento Estudos sobre morbidade e mortalidade em curso por mestrandas do ISC/UFBA/SVS Discussão da sazonalidade da influenza e momento oportuno de vacinação por região brasileira Criação de grupo de especialista para dar continuidade as discussões sobre a influenza Desenvolvimento da vacina contra a cepa pandêmica- Instituto Butantan Perspectivas Produção da vacina contra influenza nacional prevista para 2009 (todas as fases) Possibilidade de ampliar grupos etários a serem beneficiados pela vacinação com uso de hidróxido de alumínio como adjuvante (crianças menores de 2 anos de idade, escolares, gestantes)

14 Sazonalidade da influenza As evidências acumuladas apontam para um padrão de sazonalidade da influenza distinto entre o Norte e o Sul do país Estudos de morbidade (Brondi, 2001); mortalidade (Alonso, 2007) laboratoriais (Melo, 2007), corroboram com esta conclusão e O pico de ocorrência de influenza ocorre no primeiro trimestre do ano na região Amazônica e segue em direção ao sul do país. O limite entre as áreas precisa ser melhor estabelecido, considerando especialmente a região Centro Oeste, para a qual existem poucas informações, o estado da Bahia (paralelo 15o) e a Amazônia Ocidental (AC e RO).

15 Sazonalidade da influenza A realização da campanha anual de vacinação em momento posterior ao maior pico de ocorrência da influenza reduz o impacto potencial da estratégia A antecipação da campanha nas regiões Norte e Nordeste teria como limitação a dificuldade, quase impossibilidade, pelo menos nos primeiros anos de produção nacional, de antecipação da produção da vacina do Hemisfério Sul, para uma data adequada, anterior ao pico de ocorrência da doença Sugerem-se estudos sobre a sazonalidade do vírus da influenza, para que a época ideal para a campanha de vacinação seja reavaliada Há circulação dos virus influenza durante o ano interior, porém com aparentes diferenças A/B e entre as regiões

16 Sazonalidade da influenza Diante desta situação, duas alternativas em relação às campanhas se colocam: Manter a estratégia atual: uma campanha nacional em abril Antecipação da campanha nas regiões Norte e Nordeste, utilizando a vacina do Hemisfério Norte

17 Obrigado!