MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS E PROMOÇÃO DA SAÚDE
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- Vítor Araújo Belém
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1 MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS E PROMOÇÃO DA SAÚDE 2º CICLO 2014 DE MONITORAMENTO DO PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE BRASIL Novembro/2014 Prezados, Gostaríamos de agradecer às Secretarias Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde pela participação no 2º Ciclo de Monitoramento do Programa Academia da Saúde A mobilização e o comprometimento de todos os envolvidos têm sido fundamental para conhecer o cenário geral de implantação e implementação do Programa no país, revelando suas potencialidades e fragilidades. Em comparação aos ciclos anteriores de monitoramento, a participação neste 2º Ciclo 2014 aumentou e alcançou 68,4% dos municípios habilitados. É uma participação bastante expressiva, mas nossa expectativa é que nos próximos ciclos seja ainda maior, de modo que as informações obtidas traduzam cada vez melhor a realidade regional e local. O Programa Academia da Saúde constitui-se como um novo ponto de atenção na rede de serviços do Sistema Único de Saúde e vem atender à necessidade de fortalecimento da promoção da saúde na atenção básica, sendo uma estratégia especialmente importante frente ao cenário epidemiológico de alta prevalência de adoecimento por doenças crônicas não transmissíveis. Nesse sentido, o Programa tem como diferencial sua infraestrutura própria para desenvolver iniciativas e atividades de promoção da saúde, ampliando o acesso da população a essas ações. As análises apresentadas a seguir visam subsidiar os gestores estaduais e municipais no planejamento e gestão das ações do Programa e, além destas, análises complementares também podem ser realizadas pelas SES e SMS. Convidamos a todos, gestores e profissionais, para refletir a respeito dos resultados apresentados e contribuir na construção e fortalecimento desta estratégia no âmbito do SUS. Atenciosamente, Equipe de Promoção da Saúde
2 Tabela 1 Número de municípios habilitados com Polo do Programa Academia da Saúde e número de participantes do 2º Ciclo de Monitoramento Total e por Unidade da Federação - Brasil - Novembro/2014 UF Habilitados (construção + similares) que responderam o monitoramento Percentual de respondentes AP ,0 DF ,0 RO ,0 RR ,0 SC ,6 PE ,0 RJ ,0 SE ,1 MT ,6 ES ,0 AL ,6 CE ,9 SP ,0 MG ,6 PB ,8 AC ,2 PA ,1 PR ,5 RS ,1 GO ,0 MA ,6 TO ,0 MS ,2 AM ,2 BA ,5 PI ,3 RN ,6 Brasil ,4 Fonte: 2º Ciclo 2014 de Monitoramento do Programa Academia da Saúde
3 CENÁRIO NACIONAL DE IMPLANTAÇÃO NOV/2014 Até o monitoramento de novembro/2014, um total de municípios havia aderido ao Programa (tanto pela habilitação de polos para construção, como pela habilitação de 450 programas municipais que foram reconhecidas pelo Ministério da Saúde como polo similar ao Programa Academia da Saúde). O gráfico abaixo apresenta o cenário de implantação do Programa no período de referência: Gráfico 1: Número de polos segundo situação de construção e similaridade Brasil, novembro Academia da Saúde - Brasil - Nov/14 - Total Polos habilitados Obras não iniciadas Obras iniciadas Obras concluídas Polos Similares Fonte: Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição /Secretaria de Atenção à Saúde /Ministério da Saúde. Como pode ser observado, o Programa apresenta um número significativo de obras ainda não iniciadas: distribuídas em 711 municípios. Para aqueles que possuem polos nessa situação, informamos que estão disponíveis no site do Programa ( o Manual de Infraestrutura dos polos, com orientações para a elaboração do projeto arquitetônico, além dos croquis para construção dos equipamentos. Além disso, é importante lembrar que, para o recebimento da 2ª parcela do incentivo de construção, é necessário que o município insira a Ordem de Início de Serviço no Fundo Nacional de Saúde - FNS (polos habilitados em 2011 e 2012) ou no Sistema de Monitoramento de Obras - SISMOB (polos habilitados a partir de 2013) e verifique se o procedimento foi feito adequadamente ou se há necessidade de ajuste. Até novembro, obras já tinham sido iniciadas. Para aqueles municípios com polos nessa situação, lembramos que, assim que as obras estiverem finalizadas, é necessário anexar ao FNS ou ao SISMOB o Atestado de Conclusão da Obra, juntamente com um Ofício encaminhado à CIB, para que seja liberada a 3ª parcela do incentivo de construção.
4 Todos os municípios com obras finalizadas ou com polos similares estão aptos a solicitar ao Ministério da Saúde o recurso para custeio de suas atividades. Somando-se as 900 obras concluídas aos 450 polos habilitados como similares, o Programa já possui um total de unidades em funcionamento ou em vias de entrar em funcionamento. Contudo, até novembro, menos de 300 polos estavam recebendo o recurso. Esse é um cenário preocupante, pois a falta de custeio afeta negativamente o funcionamento dos polos, em muitos casos com a interrupção das atividades. Por esse motivo, destacamos a necessidade de que as SMS procedam à solicitação do custeio conforme as seguintes orientações: Nos casos dos municípios com Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), a solicitação de custeio deve ser feita à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (SAS/MS). O município deve cadastrar o polo no SCNES, bem como os profissionais responsáveis de acordo com a Portaria GM/MS nº 2.684/2013 e, em seguida, solicitar a habilitação de custeio no Sistema de Apoio à Implementação de Políticas em Saúde (SAIPS). O valor do recurso é de R$ 3.000,00 e seu repasse se dá de acordo com o número de polos do município. Já os municípios que não possuem NASF devem solicitar o custeio à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS). É necessário realizar o cadastro do polo no SCNES, bem como os profissionais responsáveis de acordo com a Portaria GM/MS nº 2.684/2013, demandar aprovação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e enviar ofício ao gabinete da SVS, que emitirá parecer técnico favorável ou contrário, obedecendo aos critérios da Portaria GM/SVS nº 183/2014. É importante destacar que, quando o município não possui NASF, o repasse de recurso é de R$ 3.000,00 por município, independente do número de polos habilitados. As mesmas regras são válidas para os polos habilitados como similares. Para mais detalhes e informações, os gestores podem acessar o site do Programa, que disponibiliza as portarias publicadas e manuais de orientações. A seguir, apresentamos o cenário do Programa no país, considerando os municípios participantes do 2º Ciclo de Monitoramento 2014.
5 CENÁRIO BRASIL, NOVEMBRO com polo em construção e polos em funcionamento Existência e vinculação do polo ao NASF: A integração do Programa Academia da Saúde com os demais serviços da rede de atenção, particularmente da atenção básica, é essencial para fortalecer e qualificar as ações de promoção da saúde no território. A interlocução com as equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS), da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) permite o estabelecimento de prioridades e de linhas de cuidado adequadas ao diagnóstico da realidade local. O monitoramento mostrou que a maior parte dos municípios contemplados com o Programa já possui NASF implantado (1.204 municípios ou 62,1%). Entre os municípios com polos em funcionamento, 70,8% possuíam NASF (387), enquanto entre os municípios com polo em construção, apenas 58,6% possuíam NASF. Gráfico 2: Número de municípios conforme implantação de NASF e situação de construção Brasil, novembro Número de municípios* com ou sem NASF implantado por situação do polo - Brasil, novembro Município sem NASF Município com NASF com polo em funcionamento com polo em construção Total de municípios respondentes. Fonte: 2º Ciclo 2014 de Monitoramento do Programa Academia da Saúde CGDANT/DANTPS/SVS/MS. * Dados informados pelos municípios respondentes no 2º Ciclo 2014 de Monitoramento.
6 No caso dos municípios que possuem NASF, seus profissionais podem atuar no Programa oferecendo apoio matricial, participando da construção dos projetos terapêuticos, utilizando o polo para atividades coletivas, entre outras possibilidades. Para os municípios que não possuem NASF, é de grande importância discutir e planejar as atividades dos polos com os demais profissionais da atenção básica, visando à elaboração de uma agenda compartilhada com as equipes da ESF e das UBS. Essa articulação contribui para uma maior integralidade e continuidade do cuidado ao usuário nos serviços. Cabe ainda destacar que esta articulação não deve acontecer apenas após a entrada em funcionamento do polo, já que o planejamento compartilhado e a divulgação com outros profissionais da atenção básica acaba por fortalecer as diferentes etapas de implementação do Programa Iniciativas de divulgação: Divulgar o Programa Academia da Saúde no território é essencial para difundir esta estratégia de Promoção da Saúde no âmbito do SUS e, assim, estimular a participação da comunidade nas atividades. É importante dar visibilidade às atividades oferecidas, destacando sua gratuidade e seu potencial para melhorar a saúde dos participantes. Essa divulgação deve ser direcionada aos usuários dos diferentes serviços de saúde e de outros equipamentos sociais (escolas, associações, etc) e também à comunidade em geral, especialmente nas áreas próximas aos polos. Além disso, cabe reforçar a divulgação junto aos profissionais de saúde, que podem encaminhar ao polo usuários que acessarem a rede em outros pontos de atenção. De acordo com o monitoramento, um terço dos municípios (32%, n=627) realiza reuniões para apresentar o Programa aos profissionais e comunidade. Os municípios que capacitam profissionais da ESF e do NASF para divulgação junto aos usuários também somam aproximadamente 30% (n=592). Estas podem ser estratégias interessantes para dar visibilidade ao Programa dentro da rede de serviços, especialmente para usuários que participam de outras iniciativas, como grupos de educação em saúde. No entanto é muito importante pensar formas de divulgação para pessoas que não frequentam os serviços. Como apenas 5% (n=93) dos municípios informaram divulgar o Programa por meio de panfletos, carros de som ou outdoors e 26% (n=516) não realizam nenhuma divulgação, é recomendável buscar alternativas de mídia espontânea em rádios e redes de televisão locais, entre outros veículos de comunicação, para divulgar o Programa para toda a comunidade.
7 Tabela 2: Iniciativas de divulgação do Programa Academia da Saúde no território, segundo número de municípios por situação do polo Brasil, novembro com polos em construção com polos em funcionamento Total Reuniões de apresentação do programa para os profissionais e comunidade Capacitação dos profissionais do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) para divulgação junto aos usuários Capacitação dos profissionais do ESF (Equipe de Saúde da Família) para divulgação junto aos usuários Divulgação com panfletos, carro de som, outdoors, etc Outras Não há divulgação TOTAL Fonte: 2º Ciclo 2014 de Monitoramento do Programa Academia da Saúde CGDANT/DANTPS/SVS/MS. 2. com polo em funcionamento Sustentabilidade e Fortalecimento do Programa: Intervenções de promoção da saúde, como é o caso do Programa Academia da Saúde, visam impactos de longo prazo e é importante se pensarem estratégias para assegurar a sustentabilidade dessas iniciativas na agenda local. A institucionalização do Programa nos municípios, por meio de decretos, portarias ou outros instrumentos, e a sua inclusão nos Planos Municipais de Saúde contribuem para fortalecer sua consolidação nos territórios ao induzir o direcionamento de recursos e monitoramento de resultados. Destacamos que, neste ano, as prioridades de saúde para a 15ª Conferência Nacional de Saúde serão discutidas nas etapas municipais e estaduais de preparação, sendo fundamental discutir a inserção da Promoção da Saúde e o potencial do Programa Academia da Saúde no planejamento das ações de saúde do município e na construção dos planos municipais. O 2º Ciclo de Monitoramento 2014 apontou um cenário favorável à implantação do Programa, tendo em vista que 86% dos municípios informaram tê-lo incluído no Plano Municipal de Saúde. Por outro lado, apenas 34% dos respondentes afirmaram ter institucionalizado o Programa no município, conforme a tabela abaixo:
8 Tabela 3: Número de municípios com polo em funcionamento que incluíram o Programa Academia da Saúde no Plano Municipal de Saúde e/ou institucionalizaram o Programa Brasil, novembro Numero de % de Programa incluído no Plano Municipal Sim % Não 76 14% Institucionalização do Programa Sim % Não % Total de respondentes % Fonte: 2º Ciclo 2014 de Monitoramento do Programa Academia da Saúde CGDANT/DANTPS/SVS/MS Parcerias para o desenvolvimento do Programa Academia da Saúde: O estabelecimento de parcerias está de acordo com o princípio da intersetorialidade e consiste em uma importante estratégia de ampliação das atividades oferecidas pelo Programa. Recentemente, a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) foi republicada, após passar por um amplo processo de revisão, e trouxe a articulação e a cooperação intra e intersetorial como um de seus eixos operacionais, o que significa que o estabelecimento de parcerias é uma das principais estratégias para operacionalizar as ações de promoção da saúde no território. A PNPS, que foi revisada e republicada em 2014, traz em seu texto 8 temas prioritários, que podem ser trabalhados em articulação com parceiros do próprio setor saúde e também de outros setores, governamentais e não governamentais. Além das práticas corporais e da promoção de alimentação saudável, que geralmente fazem parte da rotina de atividades dos polos, é interessante que os outros temas prioritários, como, por exemplo, a mobilidade segura, a promoção da cultura da paz e dos direitos humanos e a prevenção do uso abusivo de álcool sejam incorporados de forma transversal às atividades do polo. Os grupos de práticas corporais e as rodas de conversa tendem a promover a criação de vínculos e de relações de confiança, gerando um ambiente propício para a abordagem desses temas. Assim, é desejável identificar, no território, iniciativas que dialogam com os objetivos do Programa, em convergência com a PNPS, e que podem se tornar parcerias regulares ou pontuais na elaboração da agenda dos polos. Vale lembrar que este é um processo que exige planejamento
9 e coordenação conjuntos entre os setores envolvidos, podendo a população demandar e opinar a respeito de parcerias em potencial. Para conhecer mais sobre a Política Nacional de Promoção da Saúde acesse: II.pdf Tabela 4: Parcerias governamentais, não governamentais e pontuais estabelecidas pelos municípios com polo em funcionamento para o desenvolvimento do Programa Academia da Saúde Brasil, novembro 2014 Número de Percentual de PARCEIROS GOVERNAMENTAIS Secretaria de Assistência Social % Secretaria de Esporte % Secretaria de Educação % Não há esse tipo de parceria % Outro 33 6% Secretaria de Planejamento 20 3% Secretaria de Cultura 17 3% Secretaria do Meio Ambiente ou correspondente 6 1% Total % PARCEIROS NÃO GOVERNAMENTAIS Não há esse tipo de parceria % Associações comunitárias % Grupos ou instituições religiosas 42 8% Universidades/Faculdades 33 6% Outros 37 6% SESC/SESI/SENAI 14 3% Total % PARCEIROS PONTUAIS Não há esse tipo de parceria % Secretaria de Educação % Secretaria de Assistência Social 94 17% Secretaria de Esporte 65 12% Outros 62 12% Secretaria de Cultura 24 4% Associações comunitárias 18 3% Total % Fonte: 2º Ciclo 2014 de Monitoramento do Programa Academia da Saúde CGDANT/DANTPS/SVS/MS.
10 O monitoramento mostrou que 80% dos municípios respondentes possuem algum tipo de parceria. Os principais parceiros governamentais indicados foram as Secretarias de Assistência Social (23%), Esporte (23%) e de Educação (21%). Em relação aos parceiros não governamentais, a maioria dos municípios (58%) informou não adotar esse tipo de parceria. Ao todo 19% responderam ter parceria com associações comunitárias e os demais indicaram parcerias com instituições religiosas (8%), universidades ou faculdades (6%), com o SESC, SESI ou SENAI (3%) e outros (6%). No total, 68% dos municípios realiza algum tipo de parceria pontual, principalmente com o setor governamental, conforme a tabela abaixo Ações de educação permanente: No geral, a maior parte dos municípios realiza algum tipo de ação de educação permanente relacionada ao Programa Academia da Saúde. De modo geral, 25% dos respondentes incluíram o tema do Programa em ações já existentes e 21% realizaram reuniões técnicas sobre o assunto. É importante refletir sobre as reuniões técnicas como espaços de educação permanente, pois, muitas vezes, essa estratégia pode se tornar apenas um momento para troca de informações. As ações de educação permanente têm como objetivo a qualificação dos profissionais de saúde e devem ser pensadas como espaços de reflexão crítica sobre a realidade do trabalho, da atuação profissional, seus contextos, seus objetivos, etc. Por meio da educação permanente, torna-se possível a produção coletiva de novos conhecimentos e práticas, com a valorização das experiências dos trabalhadores e de suas vivências. Tendo em vista que um número elevado de municípios (42% no total de respondentes) informou não realizar nenhum tipo de educação permanente, recomendamos a utilização da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde ( pdf) para apoiar e subsidiar gestores no planejamento de estratégias de formação e qualificação dos trabalhadores de saúde.
11 Tabela 5: Principais ações de educação permanente desenvolvidas pelos municípios com polo em funcionamento para implementação do Programa Academia da Saúde Brasil, novembro EDUCAÇÃO PERMANENTE Inclusão de temas sobre o Programa Academia da Saúde nas ações de educação permanente que fazem parte do planejamento da SMS Número de Percentual de % Reuniões técnicas Oficinas ou cursos de capacitação Disponibilização de cursos de pós-graduação Outra Não realiza ações de educação permanente % 55 10% 1 0,5% 8 1,5% % Total % Fonte: 2º Ciclo 2014 de Monitoramento do Programa Academia da Saúde CGDANT/DANTPS/SVS/MS Estratégias de monitoramento das ações do Programa Academia da Saúde: O processo de monitoramento permite aos gestores conhecer e acompanhar informações prioritárias a respeito do Programa. Com essas informações é possível avaliar sua implantação, seus potenciais, suas fragilidades e, a partir desses dados, planejar ações para seu fortalecimento. Neste monitoramento, 45,2% dos respondentes informaram solicitar informações dos polos do Programa, das UBS ou dos NASF para monitorar as ações locais, essa pode ser uma estratégia eficiente para conhecer as características do funcionamento dos polos e é importante que os dados levantados sejam discutidos e disseminados entre gestores e profissionais. Um total de 35% (n=191) dos municípios monitora o Programa por meio do acompanhamento de indicadores de saúde. Neste caso, é válido lembrar que as ações do Programa visam impactos de médio e longo prazo e que o monitoramento do Programa pelos indicadores de saúde deve ser complementado com informações de outras fontes, como, por exemplo, questionários específicos, uma estratégia ainda utilizada por pouco municípios (n=34, 6,2%). Apenas 11,5% (n=63) dos municípios não realizam monitoramento local do Programa. Destaca-se que as SES podem acompanhar e registrar a evolução de monitoramentos realizados no nível municipal, difundindo as realidades encontradas, para que gestores em âmbito municipal, estadual e federal possam conhecer seus resultados.
12 Tabela 6: Principais estratégias utilizadas pelos municípios com polo em funcionamento para monitorar as ações do Programa Academia da Saúde Brasil, novembro INSTRUMENTOS DE GESTÃO Solicitação de informações oriundas dos polos do Programa Academia da Saúde, das Unidades Básicas de Saúde ou dos NASF Número de Percentual de ,2 Acompanhamento de indicadores de saúde ,0 Aplicação de questionário 34 6,2 Outra 11 2,1 Não realiza monitoramento 63 11,5 Total ,0 Fonte: 2º Ciclo 2014 de Monitoramento do Programa Academia da Saúde CGDANT/DANTPS/SVS/MS. 2.6 Grupos específicos contemplados no Programa: Entre os 546 municípios respondentes com polos em funcionamento, a maioria (n=487, 89,2%) informou contemplar apenas a comunidade em geral em suas atividades. Um percentual baixo de municípios informou a inclusão de quilombolas (n=10, 1,8%), ribeirinhos (n=10, 1,8%), indígenas (n=10, 1,8%), pessoas em situação de rua (n=6, 1,1%) e ciganos (n=3, 0,5%) em suas atividades. Diante desse resultado, é muito importante reforçar que os polos do Programa Academia da Saúde são equipamentos da atenção básica e, como parte da rede de serviços do SUS, devem estar comprometidos com o princípio da inclusão social, não reproduzindo em seus espaços e práticas a marginalização de grupos em situação de maior vulnerabilidade social. A respeito dos respondentes que afirmaram não haver nenhum desses grupos no município, consideramos de grande importância refletir sobre formas de se identificar populações específicas que não estão sendo incluídas pelo Programa, pois, nos municípios brasileiros, dificilmente não serão encontrados pessoas em situação de rua, indígenas, ribeirinhos, ciganos, quilombolas ou outros. Assim, é fundamental buscar compreender as barreiras para a participação no Programa de grupos historicamente excluídos. É necessário planejar e desenvolver estrategicamente as atividades do polo de modo a ampliar seu alcance e garantir maior equidade. Por fim, diversos municípios apontaram como grupo específico grupos de idosos, de gestantes, de tabagismo e de saúde mental. Para esses casos, cabe esclarecer que os aspectos que caracterizam esses grupos estão relacionados aos ciclos de vida e às condições de saúde
13 dos indivíduos e, portanto, podem estar presentes em diferentes grupos étnicos e culturais. Para fins de análise, incluímos esses casos na categoria Comunidade em geral. Tabela 7: Número de municípios com polo em funcionamento, segundo grupos específicos contemplados pelo programa Brasil, novembro 2014 INSTRUMENTOS DE GESTÃO Número de Percentual de Apenas Comunidade em geral ,2 Não há nenhum desses grupos no Município 9 1,6 Ribeirinhos 10 1,8 Indígenas 10 1,8 Ciganos 3 0,5 Quilombolas 10 1,8 Existem grupos, mas o Programa não contempla 13 2,4 Pessoas em situação de rua 6 1,1 Fonte: 2º Ciclo 2014 de Monitoramento do Programa Academia da Saúde CGDANT/DANTPS/SVS/MS.
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS: Monitoramento do Programa Academia da Saúde Agradecemos mais uma vez a participação e comprometimento de todos. Informamos que a partir de 2015, o Monitoramento do Programa Academia da Saúde será realizado em apenas um ciclo anual, sempre no mês de maio. Contamos com sua participação! Brasília, 2015 Equipe Promoção da Saúde/CGDANT/DANTPS/MS (61) /6119/6120/ academiadasaude@saude.gov.br
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