Regulamento Municipal para Atribuição de Comparticipações em Vacinação Infantil
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- Bernardo Garrau Dias
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1 Regulamento Municipal para Atribuição de Comparticipações em Vacinação Infantil NOTA JUSTIFICATIVA Considerando que a Vacinação é um serviço clínico preventivo recomendado a todas as crianças do mundo, sendo que a administração adequada de uma vacina em dose única ou em uma série de doses geralmente confere uma imunização duradoura, o que significa proteção não apenas para a criança vacinada, mas também, potencialmente, para indivíduos que não foram vacinados; Considerando que os programas de vacinação para a primeira infância constituem uma das histórias de maior sucesso na saúde pública do século XX; Considerando que em Portugal existe o Plano Nacional de Vacinação (PNV) desde 1965 que contempla vacinas para as mais diversas doenças comparticipadas a 100% pelo Estado Português; Considerando que o PNV não contempla vacinas importantes para saúde e bem-estar da criança, nomeadamente, a Prevenar e a Rotarix ou Rotateq; Considerando que a vacina Prevenar é uma vacina utilizada para proteger crianças desde os 2 meses até aos 2 anos de idade contra doenças como a meningite bacteriemia, septicémia e pneumonia bacteriémica e as vacinas Rotarix e Rotateq estão indicadas na imunização ativa de crianças a partir das 6 semanas de idade, para a prevenção de gastroenterites devidas a infeções por rotavírus; Considerando que o Committe for Medicinal Products for Human Use (Comité dos Medicamentos para uso Humano), efetuou uma avaliação deste medicamento, dando um parecer favorável á sua introdução no mercado, publicado no EPAR - European Public Assessement Report (Relatório Publico Europeu de Avaliação); Considerando que, sobre estas vacinas foi emitido um parecer positivo para a sua utilização tendo em conta os benefícios que as mesmas trazem as crianças segundo avança um estudo/ recomendação, atualizado em junho de 2014 feito pela Comissão de Vacinas da Sociedade de Infeciologia Pediátrica (SIP) e Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP); Considerando que a Vacinação, nomeadamente a infantil quando não está comtemplada pelo SNS, representa um custo financeiro muito elevado no 1/5
2 orçamento das famílias e que por falta de recursos económicos esta área de cuidados é muitas vezes abandonada; Considerando que o município de Santo Tirso, não pode alhear-se desta realidade, tendo como premissa o combate à desigualdade no acesso aos cuidados de saúde, de forma a atenuar a desigualdade e exclusão social, trabalhando no sentido de uma sociedade mais solidária, mais justa, mais coesa e portanto com melhor qualidade de vida; Considerando que o respetivo apoio financeiro deve ser concedido nas condições e mediante os critérios previstos em Regulamento Municipal; Considerando que a presente proposta de Regulamento para Atribuição de Comparticipações em Vacinação Infantil, tem por legislação habilitante o disposto no n.º 7 do artigo 112º e artigo 241º, ambos da Constituição da República Portuguesa, bem como o disposto na alínea g) do nº 2 do artigo 23º, alínea g) do nº 1 do art.º 25º e alínea k) do nº 1 do art.º 33º do Anexo I da lei 75/2013 de 12 de Setembro, que estabelece o regime jurídico das autarquias locais. Propomos a aprovação do Regulamento Municipal para Atribuição de Comparticipações Vacinação Infantil, nos seguintes termos: Artigo 1.º Âmbito O presente regulamento estabelece as condições de atribuição de comparticipações financeiras destinadas ao Plano de Vacinação Infantil que não estão contempladas no Plano Nacional de Vacinação, nomeadamente as vacinas Prevenar, Rotarix e Rotateq, a crianças de agregados familiares residentes no concelho de Santo Tirso, nascidas a partir do dia 1 de janeiro de 2015 e que se encontrem nas situações previstas no presente regulamento. Artigo 2.º Valor Unitário das Vacinas O valor unitário a considerar para cada vacina corresponde ao valor indicado pelo Infarmed de acordo com a legislação em vigor. Artigo 3.º Princípios A atribuição das comparticipações nos termos previstos no presente regulamento rege-se pelos princípios da igualdade, da imparcialidade e da transparência, orientadores da atividade administrativa. 2/5
3 Artigo 4.º Condições de Acesso Podem ter acesso a apoio financeiro para a aquisição de vacinas, todas as crianças, cujo agregado familiar reúna, cumulativamente, as seguintes condições: a) Ser residente no concelho de Santo Tirso há mais de dois anos. b) Não usufruir de outro tipo de apoio para o mesmo fim; c) Não existência de dívidas para com o município ou estar a respeitar os planos de pagamento acordados. d) O rendimento do agregado familiar deve enquadrar-se dentro dos escalões definidos no quadro apresentado no nº 2 do artigo 5º. e) Comprometimento, da parte do beneficiário, do pagamento do montante correspondente, ao valor que lhe é aplicado, de acordo com o artigo 5º. f) Apresentação de prescrição médica que solicite a toma da vacina. Artigo 5.º Comparticipação 1 A câmara municipal de Santo Tirso comparticipará a aquisição das vacinas Prevenar, Rotarix ou Rotateq, mediante o cálculo da diferença a pagar pelo beneficiário, definido no nº 2 deste artigo, e valor comparticipado pelas farmácias aderentes a este projeto, de acordo com o Protocolo a celebrar com estas entidades, conforme minuta em anexo. 2- O beneficiário terá o encargo definido no quadro seguinte, de acordo com os escalões de rendimento. Escalões de Rendimento do Agregado Familiar Valor a suportar pelo Beneficiário 1.º Escalão* 5 2.º Escalão* 10 3.º Escalão* 15 4.º Escalão** 20 *Rendimentos equivalentes aos escalões do abono de família. ** Rendimentos equivalentes a 2x a RMMG (salário mínimo). Artigo 6.º Instrução dos Pedidos A instrução dos pedidos deve ser realizado mediante a entrega de uma ficha de candidatura, a disponibilizar pela Divisão de Ação Social da câmara municipal de Santo Tirso, devidamente preenchida e assinada pelo próprio ou representante legal, conjuntamente com os seguintes documentos relativos a todos os elementos do agregado familiar: 3/5
4 a) Fotocópia do Cartão de Cidadão ou Bilhete de Identidade, Cartão de Contribuinte, Cartão de Utente do Sistema Nacional de Saúde e Número de Identificação da Segurança Social; b) Documento da Segurança Social comprovativo do escalão do abono de família e dos rendimentos do agregado familiar que se enquadrem no 4º escalão, definido no quadro apresentado no nº 2 do art.º 5; c) Documento comprovativo da Junta de Freguesia que comprove a composição do agregado familiar e o tempo de residência no Concelho; d) Documento de identificação da criança. Artigo 7.º Apreciação e Validação dos Pedidos de Apoio 1 - A apresentação do pedido de comparticipação não confere automaticamente o direito à comparticipação. 2 - Para efeito da apreciação do pedido de apoio pode ser exigida ao requerente, a qualquer momento, a apresentação de outros documentos comprovativos das declarações prestadas pelos requerentes ou esclarecimentos quanto às mesmas. 3 - A competência para decidir sobre os pedidos é do presidente da câmara municipal, com a faculdade de delegação em vereador. Artigo 8.º Proteção de Dados Pessoais 1 Os agregados familiares que requeiram apoio no âmbito da Vacinação Infantil, deverão autorizar as entidades concedentes a proceder ao cruzamento dos dados fornecidos com os constantes nas bases de dados de outros organismos públicos, designadamente o Instituto de Segurança Social. 2 - É garantida a confidencialidade no tratamento de dados, em conformidade com a legislação aplicável. Artigo 9.º Obrigações do Beneficiário 1 - Fornecer os documentos que comprovem a situação económica; 2 - Informar a câmara municipal sempre que se verifique a alteração da sua condição económica. 3 - Informar a câmara municipal, no prazo de 10 dias úteis, se a residência for alterada. 4 - Recorrer aos serviços da câmara municipal sempre que verificar alguma situação anómala durante o apoio. 5 - Os beneficiários terão que adquirir as vacinas na farmácia protocolada com a autarquia e a toma da mesma terá que ser efetuada no mesmo dia ou no prazo de 2 dias úteis após o seu levantamento, no Centro de Saúde da área de residência. 4/5
5 6 - Os beneficiários, aquando da aquisição da 2ª dose das vacinas e nas doses seguintes, estarão obrigados à apresentação do Boletim de Vacinas da criança como forma de comprovar a toma anterior. Artigo 10.º Responsabilidade dos Requerentes A prestação, por parte dos requerentes, de falsas declarações, na instrução do pedido ou durante o decurso do programa, implica imediata suspensão dos apoios bem como a devolução integral e imediata dos montantes pagos, sem prejuízo das responsabilidades civis ou criminais que ao caso couberem. Artigo 11.º Vigência O presente Regulamento entra em vigor no 1º dia útil seguinte à sua publicitação em jornal de âmbito local. 5/5
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