Economia A Elsa Silva Rosa Moinhos. Unidade 11. A intervenção do Estado na economia. Economia A 11.º ano

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1 Elsa Silva Rosa Moinhos Unidade 11 A intervenção do Estado na economia

2 Estado Estrutura organizada, reconhecida por todos os membros da sociedade, dotada de força coerciva e capaz de garantir a vida em sociedade. Elementos do Estado POVO TERRITÓRIO SOBERANIA

3 Constituição da República Portuguesa Artigo 5.º (Território) 1. Portugal abrange o território historicamente definido no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira. 2. A lei define a extensão e o limite das águas territoriais, a zona económica exclusiva e os direitos de Portugal aos fundos marinhos contíguos. 3. O Estado não aliena qualquer parte do território português ou dos direitos de soberania que sobre ele exerce, sem prejuízo da retificação de fronteiras.

4 Estado Com vista a cumprir o seu principal objetivo, isto é, a satisfação das necessidades coletivas, o Estado desenvolve um conjunto de atividades que se designam por funções. Funções do Estado Legislativa Elaboração das leis Executiva Fazer cumprir as leis Judicial Intervir na resolução de conflitos

5 Órgãos de Soberania (Artigo 110.º da CRP) Permitem a concretização das funções do Estado. Presidente da República Assembleia da República Governo Tribunais Atividade pág. 131 Constituição da República Portuguesa

6

7 Áreas/esferas de intervenção do Estado Política Social Económica

8 Setor Público Entende-se por Setor Público todas as entidades controladas pelo poder político. Organização do Setor Público em Portugal Setor Público Administrativo (SPA) Setor Público Empresarial (SPE)

9 Setor Público Administrativo O Setor Público Administrativo corresponde ao conjunto de serviços que o Estado presta no desempenho das suas atividades tradicionais. Ao prestar estes serviços (serviços não mercantis), o Administração Central Administração Regional Estado tem como única finalidade a satisfação das necessidades coletivas, não visando qualquer obtenção de lucro. Administração Local Trata-se de serviços de interesse coletivo sem fins Segurança Social lucrativos.

10 Setor Público Administrativo Estado Neste subsetor estão integrados os diversos Ministérios as respetivas Secretarias de Estado, as Direções-Gerais e todos os serviços delas dependentes. Administração Central Fundos e Serviços Autónomos (FSA) Estas entidades gozam de autonomia administrativa e financeira, devendo gerar 2/3 de receita própria. Fazem parte dos FSA, os hospitais públicos, as universidades, os institutos politécnicos tutelados pelo Estado, as regiões de turismo e os teatros nacionais.

11 Setor Público Administrativo Gozam de autonomia política e de independência financeira. Administrações Regionais Dispõem de governos próprios e de assembleias regionais. Dispõem de poder tributário. Administrações Regionais dos Açores e da Madeira.

12 Setor Público Administrativo Gozam de autonomia política. Dispõem de órgãos executivos e legislativos, eleitos pelos cidadãos. Administrações Locais Gozam de independência orçamental e de autonomia patrimonial, podendo contrair empréstimos para financiar investimentos.

13 Setor Público Administrativo Engloba as instituições que têm como função principal fornecer prestações sociais. Os recursos da Segurança Social provêm Segurança Social das contribuições sociais obrigatórias. É através da Segurança Social que as políticas públicas de redistribuição do rendimento são implementadas e concretizadas. Atividade pág. 135

14 Setor Público Empresarial Setor Empresarial do Estado (SEE) Setor Empresarial Local (SPL) O Setor Público Empresarial tem como grande objetivo contribuir para a obtenção de níveis adequados de satisfação das necessidades da coletividade. O Setor Público Empresarial rege-se por uma lógica mercantil, ou seja, vende bens e serviços no mercado a preços economicamente significativos, o que significa que as receitas obtidas pelas vendas cobrem os custos de produção.

15 Composição do Setor Empresarial do Estado (SEE) (Decreto-Lei n. 133/2013, de 3 de outubro) Empresas Públicas São organizações empresariais constituídas sob a forma de sociedade de responsabilidade limitada nos termos da lei comercial, nas quais o Estado ou outra entidade pública estadual possa exercer, direta ou indiretamente, uma influência dominante. Empresas Participadas São organizações empresariais nas quais o Estado ou qualquer entidade pública detenha uma participação permanente, de forma direta ou indireta, mas que não determine uma influência dominante. Composição do Setor Empresarial do Estado

16 Setor Público Empresarial Estas empresas são organizações constituídas de acordo com a lei comercial e nas quais os municípios possam exercer, direta ou indiretamente, uma influência Setor Empresarial dominante. Local Fazem parte do Setor Empresarial Local as Empresas Municipais, Intermunicipais Metropolitanas. e Atividade pág. 135

17 Empresas Públicas Participações Diretas do Estado Estrutura de Participações por Setores de Atividade ( ) Direção- Geral do Tesouro e Finanças, Setor Empresarial do Estado, Relatório Anual 2013, in

18 Peso do SEE no PIBpm Peso do SEE no Emprego Direção- Geral do Tesouro e Finanças, Setor Empresarial do Estado, Relatório Anual 2013, in

19 SETOR PÚBLICO ADMINISTRATIVO ADMINISTRAÇÃO CENTRAL ADMIN. DIRETA ADMIN. INDIRETA ADMINISTRAÇÃO LOCAL MUNICÍPIOS FREGUESIAS ADMINISTRAÇÃO REGIONAL ADMIN. ADMIN. DIRETA INDIRETA REGIONAL REGIONAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL ADMIN. ADMIN. DIRETA INDIRETA REGIONAL REGIONAL SETOR PÚBLICO EMPRESARIAL SETOR EMPRESARIAL DO ESTADO SETOR EMPRESARIAL LOCAL SETOR EMPRESARIAL REGIONAL PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS PARCERIAS/PARCEIRO S COM ESTADO PARCERIAS / PARCEIROS COM MUNICÍPIOS PARCERIAS / PARCEIROS COM GOVERNOS REGIONAIS OTOC, Anuário do SEE 2011, in

20 A intervenção do Estado na atividade económica A intervenção do Estado na economia tem como objetivo promover a: Eficiência Promover uma afetação eficiente dos recursos (Função afetação) Equidade Intervir na distribuição primária dos rendimentos (Função redistribuição) Estabilidade Promover o crescimento da economia (Função estabilização) Atividade pág. 137

21 Eficiência (função afetação) O mercado, através do sistema de preços, apresenta-se como um elemento que permite aos agentes económicos efetuarem escolhas que conduzam a uma afetação eficiente dos recursos. No entanto, esta situação nem sempre ocorre, verificando-se ineficiências que se designam por falhas (fracassos) de mercado. Uma das razões que fundamentam a intervenção do Estado na economia é a de melhorar a eficiência na afetação eficiente dos recursos. A intervenção do Estado na economia tem como objetivo reduzir ou eliminar falhas de mercado.

22 Eficiência (função afetação) Falha de mercado Refere-se à incapacidade de alguns mercados em utilizar eficientemente os recursos. Imperfeições na concorrência Externalidades Bens públicos

23 Falhas de mercado Imperfeições na concorrência Existência de mercados de concorrência imperfeita. É o caso dos mercados de monopólio. A existência de uma só empresa a operar no mercado do lado da oferta permite que o preço praticado seja mais elevado e a quantidade transacionada mais baixa do que a que seria obtida num mercado de concorrência perfeita. A CP constitui exemplo de um monopólio natural na área do transporte ferroviário em Portugal.

24 Falhas de mercado Externalidades Entende-se por externalidade o efeito que a ação, de consumo ou de produção, de Externalidade positiva Ex.: investigação científica um agente económico provoca sobre o bem-estar de outros, não estando esse efeito refletido no sistema de Externalidade negativa Ex.: poluição preços.

25 Falhas de mercado Externalidades Positivas Externalidades Negativas Face a uma externalidade positiva, o Estado poderá incentivar a produção ou o consumo do bem, através da atribuição de subsídios ou de incentivos de ordem fiscal, o que faz baixar o seu preço e aumentar a oferta do bem. Face a uma externalidade negativa, o Estado poderá intervir desincentivando a produção ou o consumo do bem, aplicando impostos sobre o bem, o que se reflete no seu preço e provocará uma diminuição da procura desse bem. O Estado internalizou a externalidade positiva através do subsídio atribuído. Neste caso, no preço do bem está refletido o efeito externo da sua produção ou do seu consumo.

26 Falhas de mercado Bens públicos São aqueles de que podem usufruir várias pessoas sem que se possa impedir alguém de os utilizar. não rivalidade: o uso que alguém faz do bem não diminui a quantidade disponível para outros utilizarem. não excluibilidade: não se pode impedir o acesso de qualquer pessoa a esse bem. Devido as estas caraterísticas, não existe oferta privada de bens públicos. Atividade pág. 141

27 Equidade (função redistribuição) A repartição operada pelo mercado, a repartição primária, gera desigualdades económicas e sociais. Orientado por princípios de justiça social, o Estado intervém na economia no sentido de corrigir as situações geradas pela repartição primária do rendimento e promover a equidade, efetuando uma redistribuição do rendimento, a repartição secundária. Aplicação de impostos de taxas progressivas Por exemplo: o IRS. Despesas com prestações sociais Por exemplo: subsídio de desemprego, de velhice ou de invalidez.

28 Estabilidade (função estabilização) A ocorrência, nas economias de mercado, de situações de instabilidade constitui um fundamento para a intervenção do Estado na economia, com vista a regular ou a minimizar os efeitos destas situações. O Estado pode, assim, intervir como estabilizador macroeconómico, implementando medidas de combate ao desemprego, de criação de emprego, de combate à inflação ou de equilíbrio das contas externas.

29 Instrumentos de intervenção económica e social do Estado De forma a promover a eficiência, a equidade e a estabilidade, o Estado utiliza diversos instrumentos. Planeamento Políticas económicas e sociais

30 Instrumentos de intervenção económica e social do Estado Planeamento Através do planeamento, o Estado fixa um conjunto de objetivos económicos e sociais que pretende alcançar em diferentes períodos de tempo, a longo, a médio e a curto prazos. Planeamento O planeamento, nas economias mistas, pode assumir as formas de planeamento indicativo; planeamento imperativo. O Estado elabora um conjunto de planos que abarca os diferentes períodos de tempo e que se articulam entre si, já que a realização de alguns empreendimentos se pode estender por períodos de tempo diferentes. Atividade pág. 143

31 Instrumentos de intervenção económica e social do Estado Políticas económicas e sociais Exemplos de Políticas económicas e sociais Constituem instrumentos de ação utilizados pelo Estado com vista a atingir os resultados considerados desejáveis nos domínios social e económico. Fiscal Orçamental Monetária De preços De combate ao desemprego

32 O Orçamento do Estado (OE)) O Orçamento do Estado é um documento escrito, apresentado sob a forma de lei, proposto pelo Governo à Assembleia da República e no qual se preveem as receitas a cobrar e as despesas a efetuar para o horizonte temporal de um ano. O OE é apresentado até 15 de outubro A elaboração do OE é da responsabilida- de do governo. de cada ano à Assembleia da República, que procede à sua análise e aprovação (ou rejeição).

33 O Orçamento do Estado (OE) O Orçamento do Estado constitui um importante instrumento de intervenção económica e social do Estado, pois através da análise da origem das receitas e da sua aplicação é pos- sível conhecer as prioridades estabelecidas pelo governo. É através do OE que o Estado concretiza o objetivo que orienta a sua intervenção na economia promover a eficiência, a equidade e a estabilidade.

34 O Orçamento do Estado (OE) O OE constitui um instrumento de política económica do governo e que afeta o rendimento das Famílias, os lucros das empresas e o investimento público e privado. Permite às famílias e às empresas formarem as suas expetativas. Constitui uma autorização política pela Assembleia da República para o planeamento do Governo para um determinado ano. Clarifica as prioridades políticas do Governo e permite o controlo democrático da governação. Limita os poderes financeiros do Estado ao que for inscrito no Orçamento, no que respeita às despesas, receitas e endividamento. Enquadra legalmente a governação, garantindo uma medida de estabilidade e previsibilidade. DGO, Orçamento Cidadão, in

35 DGO, Orçamento Cidadão, in

36 DGO, Orçamento Cidadão, in

37 O Orçamento do Estado (OE) Uma vez que o Orçamento do Estado constitui uma previsão, no ano seguinte ao da sua vigência é necessário proceder ao apuramento do que foi efetivamente gasto e do que foi efetivamente cobrado. O apuramento das despesas que foram efetivamente realizadas e das receitas que foram efetivamente cobradas dá origem à Conta Geral do Estado. Os valores previstos no OE e os valores constantes da Conta Geral do Estado podem não coincidir, uma vez que o OE é uma previsão e a Conta Geral do Estado refere-se à realidade. Política Orçamental Conta Geral do Estado

38 O Orçamento do Estado (OE) Receitas Despesas

39 O Orçamento do Estado (OE) Receitas públicas Classificação segundo a origem receitas coativas: provenientes de impostos, taxas e multas; receitas patrimoniais: provenientes dos rendimentos do património do Estado; receitas creditícias: provenientes da contração de empréstimos. Classificação económica de acordo com o OE receitas correntes: derivam de rendimentos criados no período de vigência do OE e que se prevê que se voltem a repetir noutros anos; receitas de capital: correspondem às receitas que podem não se voltar a repetir noutros anos.

40 O Orçamento do Estado (OE) Do total das receitas públicas recolhidas pelo Estado anualmente, os impostos constituem a principal fonte de receita. Impostos diretos Incidem diretamente sobre os rendimentos ou o património dos agentes económicos. Exemplos: IRS, IRC, ISD. Impostos indiretos Incidem sobre os bens e serviços transacionados no mercado. Exemplos: IVA, ISV, ISP.

41 Receita por fonte Orçamento do Estado 2014 As principais fontes de receita pública do Orçamento do Estado são a receita fiscal, as contribuições para a Segurança Social, pagas pelas entidades empregadores e pelos trabalhadores, e, de forma mais residual, as receitas da União Europeia. No topo do valor das receitas estão os impostos indiretos o IVA, o imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos, sobre o tabaco, bebidas alcoólicas e outros. Seguem-se as contribuições sociais que são realizadas quer pelas entidades patronais, quer pelos trabalhadores. Depois os impostos diretos sobre as Famílias (IRS) e as empresas (IRC). Para além das receitas fiscais, as receitas não fiscais são vendas de bens e serviços públicos, taxas, multas, etc. (outras receitas correntes) bem como receitas da UE. DGO, Orçamento Cidadão, in DGO, Orçamento Cidadão, in

42 Receita fiscal - Orçamento do Estado 2014 Receitas dos principais impostos (milhões de euros) DGO, Orçamento Cidadão, in DGO, Orçamento Cidadão, in

43 O Orçamento do Estado (OE) Despesas públicas Classificação económica das despesas públicas Critérios de classificação das despesas públicas funcional orgânico económico por programas despesas correntes: correspondem aos encargos permanentes do Estado no desempenho das suas funções num determinado ano; despesas de capital: correspondem aos encargos assumidos pelo Estado num determinado ano, mas cujos efeitos se prevê que possam prolongar-se em anos seguintes.

44 DGO, Economia Orçamento A Cidadão, 11.º in ano A intervenção do Estado na economia Despesas públicas critério económico Orçamento do Estado 2014 DGO, Orçamento Cidadão, in

45 Despesas públicas critério funcional Orçamento do Estado 2014 Atividade pág. 147 DGO, Orçamento Cidadão, in

46 Saldos Orçamentais Receitas > Despesas Superavit orçamental Saldo orçamental = Receitas Despesas Receitas < Despesas Défice orçamental Receitas = Despesas Saldo orçamental nulo ou de equilíbrio

47 Saldos Orçamentais Saldo Orçamental Corrente, definido como a diferença entre o valor das receitas correntes e o valor das despesas correntes; Saldo Orçamental de Capital, definido como a diferença entre o valor das receitas de capital e o valor das despesas de capital; Saldo Orçamental Global ou Efetivo, que não inclui os ativos e passivos financeiros, ou seja, é a diferença entre o total de receitas (menos a emissão da dívida pública) e o total das despesas (menos as amortizações da dívida); Saldo Orçamental Primário. Este saldo obtém-se a partir do saldo global, ao qual se deduz a despesa relativa a juros e outros encargos da dívida pública.

48 Défice/excedente público em alguns países da UE (% do PIB) Evolução do saldo orçamental global (% do PIB) ,7-10,2-9, ,3-6,4-5,9 Direção-Geral do Orçamento, Relatório OE 2014, in O valor do saldo orçamental em percenta- gem do PIB, previsto no OE 2014 é de - 4,0%. Pordata, Contas Nacionais, in

49 Quais as medidas para reduzir o défice em 2014? *Após recente decisão do Tribunal Constitucional, esta medida foi substituída por outras de igual montante. DGO, Orçamento Cidadão, in

50 Dívida pública Quando num país se verifica a existência de défices orçamentais ao longo de um dado período de tempo, as autoridades terão de recorrer a um financiamento, por exemplo, à contração de empréstimos, o que dará origem à dívida pública. Para se financiar, o Estado, em condições normais, recorre apenas ao mercado, por exemplo, através da emissão de Obrigações do Tesouro ou Bilhetes do Tesouro, e de títulos de dívida destinados às Famílias, como os Certificados de Aforro ou os Certificados do Tesouro. Contudo, Portugal vive sob o Programa de Assistência Económica e Financeira da Troika, através do qual obtém financiamento. O montante remanescente do empréstimo da Troika cobre 15% das necessidades brutas de financiamento. As restantes necessidades de financiamento terão de ser obtidas nos mercados financeiros. DGO, Orçamento Cidadão, in (adaptado)

51 Administrações Públicas: dívida em % do PIB Pordata, Contas Nacionais, in Pordata, Contas Nacionais, in

52 Na sequência do processo de ajustamento das finanças públicas iniciado em 2011, estima-se que, a partir de 2012, sejam gerados excedentes primários que irão contribuir para a inversão da tendência crescente da dívida pública em percentagem do PIB. Tendo em conta a evolução esperada para as finanças públicas, prevê-se que o rácio da dívida relativamente ao PIB atinja o máximo em 2013, passando a diminuir a partir daí. A convergência da dívida pública para 60% do PIB irá ocorrer de forma gradual e dependerá da capacidade de as Administrações Públicas gerarem excedentes primários, bem como do diferencial de taxas de juro face ao crescimento do PIB nominal. Num cenário de manutenção de um excedente primário de 3,5% do PIB a partir de 2016, um crescimento nominal do PIB em torno dos 4% e taxa de juro de 5%, a dívida pública em percentagem do PIB manterá uma trajetória descendente, atingindo os 60% do PIB em DGO, Política Orçamental, in

53 Dinâmica da Dívida Pública (% do PIB) Atividade pág. 149 DGO, Política Orçamental, in

54 Significado do Saldo Orçamental Através das receitas cobradas e das despesas efetuadas, o Estado influencia o comportamento dos agentes económicos.. Receitas Através dos impostos diretos, o Estado incide diretamente sobre a repartição dos rendimentos, influenciando a sua capacidade de consumo, de poupança e de investimento. Através dos impostos indiretos, ao recaírem sobre os bens e os serviços transacionados no mercado, o Estado pode estimular ou retrair o consumo, a produção e a oferta. Despesas O aumento das despesas públicas pode estimular o crescimento da economia e gerar mais emprego e mais rendimento. O aumento das despesas públicas pode contribuir para o aumento da atividade produtiva das empresas. O aumento das transferências sociais pode aumentar o rendimento das Famílias, o que se fará sentir no consumo privado.

55 Políticas económicas e sociais Ao definir políticas económicas e sociais, o Estado pretende Promover uma melhor afetação dos recursos disponíveis, de forma a melhorar o nível e a qualidade de vida de todos os cidadãos. Regular a atividade económica, de forma a evitar ou a minimizar os efeitos da ocorrência de desequilíbrios, como o caso do desemprego ou da inflação. Intervir na repartição dos rendimentos, de forma a reduzir as desigualdades económicas e sociais e garantir a justiça e a equidade sociais. Atividade pág. 151

56 Políticas económicas e sociais Fases de formulação de uma política económica 1. Diagnóstico e caraterização da situação económica e social do país num dado momento; 2. Definição das finalidades, ou seja, dos resultados de ordem geral que se pretendem atingir; 3. Definição dos objetivos a atingir, ou seja, o que se pretende modificar ou melhorar, horizonte temporal necessário para os alcançar; 4. Escolha dos instrumentos mais adequados para alcançar os objetivos fixados, ou seja, definir as medidas concretas e precisas a tomar para que os objetivos sejam alcançados; 5. Avaliação dos resultados, através da medição do grau de concretização dos objetivos fixados.

57 Políticas económicas e sociais Políticas conjunturais Trata-se de políticas de curto prazo, isto é, esperam-se resultados dentro de um a dois anos. Estas políticas destinam-se a corrigir desequilíbrios que se vão gerando na economia, como o desemprego, a inflação ou o desequilíbrio das contas externas. Políticas estruturais Trata-se de políticas estruturais quando se esperam resultados num período de médio prazo (entre três e seis anos) ou longo prazo (seis ou mais anos). Trata-se de políticas em que se pretendem alterar as condições de funcionamento da economia, de forma a corrigir falhas de mercado e promover o crescimento económico.

58 Exemplos de políticas económicas e sociais Política monetária Política orçamental Política fiscal Política de preços Política de educação Política de saúde Política de redistribuição dos rendimentos

59 Política monetária Principal objetivo garantir a estabilidade dos preços, como forma de assegurar o crescimento económico e o emprego. Principais instrumentos o enquadramento do crédito; as operações de mercado aberto; as reservas obrigatórias. É de salientar que, com a adesão de Portugal à UEM, a política monetária (bem como a cambial), de caráter exclusivamente nacional, deixou de existir, vigorando a política monetária única, definida pelas autoridades monetárias da zona euro. Atividade pág. 153

60 Política orçamental A Política Orçamental consiste na utilização do Orçamento do Estado para atingir fundamentalmente os seguintes objetivos: a satisfação das necessidades da coletividade; a redistribuição do rendimento; a estabilização da economia.

61 Política de Redistribuição dos Rendimentos Principal objetivo Promover a equidade na distribuição do rendimento, de forma a reduzir as desigual- dades geradas pela repartição primária do rendimento. Carga fiscal Principais Instrumentos Fixação do salário mínimo Fixação de preços Sistemas de Segurança Social Atividades págs. 155 e 157

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