Novo Paradigma no uso do Concreto Usinado visando cumprimento de prazos, redução de desperdícios e gastos desnecessários na construção civil

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Novo Paradigma no uso do Concreto Usinado visando cumprimento de prazos, redução de desperdícios e gastos desnecessários na construção civil"

Transcrição

1 CONCRETO REDIMIX DO BRASIL S/A UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL SINDUSCON PREMIUM 2012 Inovação Tecnológica Novo Paradigma no uso do Concreto Usinado visando cumprimento de prazos, redução de desperdícios e gastos desnecessários na construção civil Engº Eduardo Polesello, M.Sc. Engº Abrahão Bernardo Rohden, M.Sc. Engª Drª Denise Carpena Coitinho Dal Molin Engª Drª Angela Borges Masuero Porto Alegre Março de 2013

2 1. Apresentação do Projeto 1.1 Apresentação da Empresa O projeto realizou-se através de uma parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Concreto Redimix do Brasil S/A. A UFRGS destaca-se por seu importante papel na formação de profissionais e na prestação de serviços à sociedade através da qualidade de suas pesquisas. A Concreto Redimix atua no segmento de concreto prémisturado há mais de 50 anos e destaca-se por ser a pioneira do segmento no Brasil. Tem suas centrais dosadoras de concreto distribuídas por todo país, com atuação em quatro cidades no estado do Rio Grande do Sul onde este projeto foi desenvolvido. 1.2 Descrição do Cenário O ritmo acelerado no cronograma das obras tem demandado, de seus coordenadores, um aperfeiçoamento e alinhamento de todos os processos envolvidos durante a construção. Não basta apenas estipular prazos na execução de cada etapa da obra, mas sim, monitorar para que realmente estes prazos sejam cumpridos, pois o atraso de uma etapa, automaticamente, por envolver agendamento de várias equipes de trabalho, pode gerar um efeito dominó acumulando, ao final, dias e até meses de atraso na entrega da obra, resultando em prejuízos financeiros irreversíveis. Dentro desse contexto, as etapas de concretagens requerem um cuidado especial, pois além de toda organização e preparação da obra, há o envolvimento e participação de uma equipe externa à obra, para o fornecimento e lançamento do concreto, já que, atualmente, pela praticidade e comodidade e por exigências do mercado de um melhor controle na dosagem assim como uniformidade e homogeneidade mais constante das misturas, grande parte do concreto consumido no Brasil sai de centrais dosadoras. A sincronia entre obra e central dosadora deve ser a mais eficiente possível, evitando que reagendamentos devam ser feitos, pois em virtude da alta demanda de concreto, esse reagendamento nem sempre consegue ser efetivado para o dia seguinte. Os motivos disso podem estar atrelados a contratempos por parte da central de concreto ou em função da logística da obra, pelos quais, conforme situações reais já presenciadas, caminhões de concreto são devolvidos pelo responsável

3 técnico da obra por estar com tempo de mistura e transporte muito próximo ao limite de tempo especificado pela norma, havendo a necessidade de conclusão da concretagem em data posterior. Cabe ressaltar que tal situação, ou por atraso do fornecimento ou da descarga, gera prejuízo financeiro, desperdício de matéria-prima, considerável volume de concreto residual e contratempos no reagendamento para conclusão desta etapa de concretagem, podendo impactar diretamente no cronograma de execução para entrega final da obra. Esse atraso final da obra geralmente gera transtornos e desgasta a imagem da construtora, muitas vezes, de forma irreparável. Por outo lado, para a central dosadora de concreto, dar um destino para esse concreto residual tem sido cada vez mais difícil por ser agressivo ao meio ambiente. Todas as medidas e processos adotados no intuito de reduzir essas perdas agregam, não apenas, ganho financeiro, mas, sobretudo, diminuição do dano ambiental gerado. Como alternativas, há a necessidade de desenvolvimento de processos e soluções eficientes tecnicamente que contribuam para diminuição desse índice. Surge então o questionamento em relação ao limite do tempo de mistura e transporte do concreto em 150 minutos, já que o aumento desse tempo refletirá diretamente na redução do concreto residual, consequentemente, do impacto ambiental gerado. A norma brasileira NBR 7212, para execução de concreto dosado em central, estipula o tempo máximo de transporte da central até a obra em 90 min, bem como o tempo máximo para que o concreto seja descarregado (aplicado) completamente em 150 min (figura 1). Porém, na prática, ocorrem situações onde caminhões ficam carregados com concreto por 4 ou 5 horas, em função de atrasos no transporte, agravado pela dificuldade cada vez mais crítica do trânsito nas grandes cidades, ou durante a descarga, caracterizando um tempo bem acima do limite especificado pela norma. Nestes casos, enfrentam-se duas realidades: a) o concreto é aceito pelo engenheiro da obra pelo simples fato de não se perceber alteração na temperatura do concreto; no qual, provavelmente, será feita alguma correção do abatimento com a adição de água, afetando com isso sua relação a/c e consequentemente suas propriedades mecânicas e de durabilidade;

4 b) o concreto é devolvido para a central dosadora que deve dar um destino ao mesmo, processo esse cada vez mais complicado por ser um resíduo agressivo ao meio ambiente e por envolver grandes volumes. Figura 1 Tempo de lançamento e adensamento do concreto segundo a NBR 7212 A dúvida de utilizar ou não o concreto nessas condições existe, pois não há conhecimento consolidado quanto às propriedades finais de concretos aplicados com tempo de mistura que já tenham excedido o tempo especificado por norma. 1.3 Objetivos e Desafios Por observar que há uma lacuna de conhecimento em relação à utilização ou não de concretos com tempo de mistura e transporte acima do limite especificado pela norma, o objetivo principal deste estudo consiste em avaliar qual o impacto no concreto em relação à sua resistência à compressão, quando utilizado após o tempo máximo especificado pela NBR 7212 de 150 minutos, a partir do primeiro contato do cimento com a água. 2. Gestão do Projeto 2.1 Estratégia Adotada O mercado da construção civil, mais precisamente de concreto dosado em central, tem observado nas ultimas décadas uma grande evolução na variedade e qualidade de aditivos químicos para concreto. Já está comprovada pela literatura que a utilização de aditivos no

5 concreto melhora suas propriedades, tanto no estado fresco quanto endurecido, possibilitando atender exigências decorrentes de construções modernas que necessitam concretos que apresentem maior trabalhabilidade e durabilidade. Em função disso, adotou-se como estratégia principal desse estudo a manutenção do abatimento do concreto, ao longo de todo o tempo analisado, com a utilização de aditivo superplastificante à base de policarboxilato. A escolha do aditivo superplastificante é atribuída ao efeito benéfico ao concreto quando utilizado, conforme detalha figura 2. IV Menor relação a/c Maior Resistência e Durabilidade Maior Retração, Fluência e Desenvolvimento de Calor Mesma Trabalhabilidade Menor relação a/c Maior Resistência e Durabilidade Mesma Trabalhabilidade I SEM SUPERPLASTIFICANTE AUMENTAR RESISTÊNCIA (+ CIMENTO) CONTROLE CONCRETO AUMENTAR TRABALHABILIDADE (+ÁGUA + CIMENTO) ECONOMIZAR CIMENTO (-ÁGUA E CIMENTO) Mesma Resistência Durabilidade e Trabalhabilidade Menor Retração, Fluência e Desenvolvimento de Calor II COM SUPERPLASTIFICANTE V Mesma Resistência e Maior Trabalhabilidade Mesma Resistência e Durabilidade III Maior Retração, Fluência e Desenvolvimento de Calor Maior Trabalhabilidade Figura 2 - Diagrama esquemático do efeito dos superplastificantes no concreto nos estados fresco e endurecido (COLLERPADI, 2005).

6 Collerpadi (2005), através do diagrama, resume que, quando um superplastificante é usado como um redutor de água numa dada trabalhabilidade (I), melhora as propriedades do concreto endurecido e, em particular, aumenta a resistência e durabilidade, devido à redução na porosidade e permeabilidade capilar, ambos relacionados a uma menor relação água/cimento (a/c). Outro modo de uso de superplastificantes envolve a redução de água e de cimento, de modo que a trabalhabilidade e a resistência do concreto com superplastificante são as mesmas que as do concreto sem o aditivo (II). Sendo o superplastificante, neste caso, redutor de cimento, ele é capaz de reduzir o calor de hidratação, uma propriedade que é útil para concretagem em climas quentes ou estruturas com grandes massas de concreto. Há também um efeito benéfico sobre a redução da retração e fluência devido a maior proporção agregado/cimento relacionadas com a redução do teor de cimento e aumento de agregado, compensando a diminuição do volume total de cimento e água. Finalmente, se superplastificantes são adicionados sem alterar o teor de água e de cimento, melhor será a trabalhabilidade do concreto (III), que é uma importante característica para concretos utilizados nas áreas que contém alta concentração de armadura e que exigem uma mistura mais trabalhável. As mudanças (I) e (II), obtidas na presença de superplastificantes, podem ser realizadas sem o aditivo, aumentando o teor de cimento (IV) ou ambos os teores de cimento e água em uma dada relação a/c (V), respectivamente. Para ambas as situações (IV) e (V) ocorre maior retração, fluência e calor de hidratação em função do aumento no teor de cimento. 2.2 Detalhamento da Metodologia Apresentada Esse estudo foi realizado em condição real numa central dosadora de concreto, sendo assim, adotaram-se dosagens de concretos utilizadas frequentemente pela mesma. No entanto, limitou-se a pesquisa a três dosagens especificadas por relações água/cimento (a/c) bem distintas, caracterizando concretos com consumos de cimento bem diferenciados, cada uma das quais para dois tipos de cimentos presentes em grande parte das centrais dosadoras de concreto da região de Porto Alegre, inclusive na empresa em questão. A figura 3 ilustra a matriz adotada, com os respectivos tempos de mistura analisados.

7 Figura 3 - Combinações entre as variáveis adotadas no estudo Além dos concretos recém-misturados e no tempo de mistura de 6 horas, adotaram-se outros pontos intermediários para conhecer melhor seu comportamento nesses primeiros tempos. Optou-se por intervalos de tempos de 2 horas, porém, como havia possibilidade de outro tempo adicional, adotou-se 5 horas e não 3 horas por entender que quanto mais o concreto permanecesse misturando, maior a probabilidade de ocorrer alteração nas propriedades analisadas. Além disso, os cimentos utilizados nessa pesquisa ainda não haviam iniciado seu processo de início de pega em 3 horas. A determinação e escolha dos materiais empregados na pesquisa foram baseadas no atual cenário das centrais dosadoras de concreto da região Porto Alegre. Os materiais escolhidos são os materiais utilizados pela empresa em que se reproduziu a pesquisa. Em função disso, os materiais selecionados e utilizados nesse estudo foram: cimento Portland composto CP II Z 32 e cimento Portland pozolânico CP IV 32 RS; agregado miúdo sendo a areia natural oriunda do rio Jacuí; agregado graúdo com duas faixas granulométricas de britas de basalto, definidas como brita 1 e brita 0; aditivo plastificante de pega normal e aditivo superplastificante à base policarboxilato e água. A caracterização desses materiais foi determinada em ensaios realizados pela Fundação de Ciência e Tecnologia, CIENTEC, do estado do Rio Grande do Sul. Conforme já citado, pretendeu-se reproduzir as dosagens segundo padrões utilizados pela central dosadora. Sendo assim, o agregado graúdo é composto por 85% com brita 1 e 15% de brita 0 e a dosagem do aditivo plastificante é de 0,6% sobre a massa de cimento. O

8 abatimento foi fixado em 120±20mm. Esse padrão de traços de concreto é produzido na central atualmente com cimento CP IV. Como neste estudo foi estabelecido utilizar dois tipos de cimento, adotaram-se os mesmos traços, substituindo-se apenas cimento CP IV pelo cimento CP II. O detalhamento dos traços, assim como da caraterização dos materiais, está apresentado em Polesello (2012). Após o carregamento e dosagem final do caminhão, concreto recém-misturado (0h), o caminhão foi mantido pelo período de 6 horas com o concreto e verificado o abatimento nos tempos de 120 (2h), 1 (3h), 240 (4h), 0 (5h) e 360 (6h) minutos. Ao longo desse período, simulou-se situação real de obra para os intervalos de descanso, que o caminhão ficasse girando em rotação baixa de 2 rotações/minuto, e antes da verificação do abatimento seria mantido por 5 minutos em rotação máxima de 16 rotações/minuto. Para cada tempo, depois de verificado abatimento do concreto, quando necessário, procedeu-se com a incorporação do aditivo superplastificante para correção do mesmo à condição inicial da mistura (120±20 mm). Esse processo está ilustrado na figura 4. 0h 125 mm 2h mm 2h 110 mm 3h mm 3h 120 mm 4h mm 4h 110 mm 5h 70 mm 5h 110 mm 6h 50 mm 6h 100 mm Figura 4 - Verificação do abatimento com restabelecimento à condição inicial ( mm) através da incorporação de aditivo superplastificante à mistura durante o período de 6 horas

9 Após a adição do superplastificante e restabelecimento do abatimento à condição inicial ( mm), verificado de acordo com prescrições da NBR NM 67 (1998), nos tempos de 2h, 4h, 5h e 6h, moldaram-se os corpos-de-prova para posterior ensaios de verificação da resistência à compressão aos 28 dias de idade. Estes permaneceram em local protegido cobertos com lona plástica durante as primeiras 24 horas para evitar a evaporação da água de amassamento, quando então foram desmoldados e devidamente identificados. Após identificação foram colocados em um tanque de água saturada com cal a uma temperatura de 23±2ºC, na câmara climatizada do laboratório do NORIE/UFRGS, para sua cura até a idade de ensaio, aos 28 dias, conforme prescreve a norma NBR 5738 (ABNT, 2003). 3. Resultados Alcançados 3.1 Resistência à Compressão Após a idade de 28 dias os corpos-de-prova foram submetidos ao ensaio de resistência à compressão, para verificar o impacto na resistência final dos concretos quando mantidos em mistura por até 6 horas, segundo procedimento adotado neste estudo. Os resultados médios obtidos para resistência à compressão em cada tempo analisado, estão apresentados nas figuras 5 e 6, respectivamente para cimento tipo CPIV e CPII. Resistência à compressão (MPa) 60,0 50,0 40,0,0 20,0 10,0 Limite NBR 7212: 150 min 49,3 46,2 47,2 45,0 46,8 39,5 38,4 38,3 37,6 38,2 25,0 23,8 22,8 23,0 23,1 a/c = 0,68 a/c = 0,52 a/c = 0,40 0,0 0h 2h 4h 5h 6h Tempo de Mistura (horas) Figura 5 - Resistência média à compressão aos 28 dias do concreto com CP IV

10 Limite NBR 7212: 150 min Resistência à compressão (MPa) 60,0 50,0 40,0,0 20,0 10,0 0,0 50,1 48,3 47,9 47,4 48,0 40,1 40,8 41,3 38,3 40,0 27,5 26,4 25,7 25,3 25,2 0h 2h 4h 5h 6h Tempo de Mistura (horas) a/c = 0,68 a/c = 0,52 a/c = 0,40 Figura 6 - Resistência média à compressão aos 28 dias do concreto com CP II Em ambas as situações, com utilização de cimento CPIV ou CPII, verificou-se um comportamento semelhante no concreto. Em geral houve uma manutenção dos valores de resistência à compressão ao longo do tempo estudado. Através da análise de variância (ANOVA), para os valores individuais, verificou-se a influência da relação a/c, do tipo de cimento, do tempo de mistura e suas interações nos resultados obtidos. Segundo essa análise todas as variáveis de controle (relação a/c, tipo de cimento e tempo de mistura) influenciam significativamente sobre a resistência à compressão para idade de 28 dias. No entanto, nenhuma das interações entre essas variáveis mostrou-se significativa. Porém, analisando as figuras 5 e 6, percebe-se que o fato do tempo de mistura mostrar-se significativo está atrelado a pequena redução na resistência identificada durante o primeiro intervalo analisado de 0h para 2h, sendo que após este tempo houve a manutenção da resistência até o tempo de 6h. Cabe salientar que essa perda na resistência registrada ocorreu ainda dentro do tempo limite que a norma especifica; em relação a essa diminuição há necessidade de uma investigação mais aprofundada para entender melhor o porquê isso ocorreu. Com a análise estatística considerando somente os resultados de 2h à 6h, a variável tempo de mistura do concreto não se mostrou significativa para os resultados, evidenciando que após 6 horas de mistura com manutenção do abatimento através da utilização de aditivo superplastificante, o concreto teve o mesmo desempenho em relação a sua resistência à compressão quando comparado ao concreto com 2 horas de mistura (POLESELLO, 2012).

11 3.2 Perda de Abatimento Primeiramente, analisou-se a perda de abatimento para o período inicial de 2 horas de mistura, onde ainda não houve a incorporação do aditivo superplastificante. Após essa incorporação, observou-se o incremento do abatimento proporcionado pela adição do aditivo à mistura, assim como seu comportamento na manutenção do abatimento ao longo de todo o tempo estudado. Os resultados obtidos de perda de abatimento no período inicial de 0h para 2h, assim como o registro da umidade relativa do ar, encontram-se na figura 7. Perda de Abatimento em 2 horas (mm) 100,0,0 60,0 40,0 20,0 0,0 81% 83% 81% 98% 77% 68% a/c = 0,68 a/c = 0,52 a/c = 0,40 a/c = 0,68 a/c = 0,52 a/c = 0,40 100% % 60% 40% 20% 0% Umidade Relativa do Ar (%) CP IV 32 RS CP II Z 32 Figura 7 - Perda do abatimento após 2 horas com o registro da umidade relativa do ar Em relação à temperatura ambiente, não houve variação expressiva nos dias em que os concretos foram produzidos (15º±1,5º). Durante o período de 2 horas o comportamento em relação à manutenção do abatimento foi mais eficiente para concretos produzidos com cimento tipo CP IV, exceto para o concreto com a menor relação a/c onde a perda de abatimento mostrou-se igual para ambos os cimentos. Porém, neste caso, observa-se que a umidade relativa do ar estava bem elevada para o concreto produzido com cimento tipo CPII. Essa mudança da umidade do ar pode justificar o fato da perda de abatimento para concretos com cimento CPII ter sido menor para menor relação a/c, pois o esperado em condições semelhantes é que quanto maior o consumo de cimento na mistura, maior será sua perda de abatimento em função do calor liberado pela hidratação, como observado nos

12 concretos produzidos em laboratório e para o concreto produzido na central com cimento CPIV. Observa-se também que para as relações a/c de 0,68 e 0,52, produzidas com cimento CPIV, houve a mesma perda de abatimento, porém, da mesma forma, para a maior relação a/c a temperatura estava levemente superior e com a umidade do ar menor, contribuindo para tal resultado. As figuras 8 e 9 ilustram o comportamento, ao longo de todo o tempo estudado, em relação aos abatimentos e o incremento proporcionado pela adição do aditivo superplastificante. Abatimento do Concreto (mm) Incremento no abatimento devido à adição do superplastificante Abatimento anterior à adição do superplastificante Faixa de abatimento final desejada : 120±20 mm 0 0h 2h 3h 4h 5h 6h 0h 2h 3h 4h 5h 6h 0h 2h 3h 4h 5h 6h a/c = 0,68 a/c = 0,52 a/c = 0,40 Figura 8 - Abatimento e incremento no abatimento pela adição do aditivo para concretos produzidos com cimento tipo CP IV Abatimento do Concreto (mm) Incremento no abatimento devido à adição do superplastificante Abatimento anterior à adição do superplastificante Faixa de abatimento final desejada : 120±20 mm 0 0h 2h 3h 4h 5h 6h 0h 2h 3h 4h 5h 6h 0h 2h 3h 4h 5h 6h a/c = 0,68 a/c = 0,52 a/c = 0,40 Figura 9 - Abatimento e incremento no abatimento pela adição do aditivo para concretos produzidos com cimento tipo CP II

13 A perda de abatimento apresentou-se muito semelhante para ambos os tipos de cimento, mantendo certa constância até a quarta hora de mistura e apresentando, a partir desse tempo, uma perda mais acentuada. Isso porque nos tempos finais o abatimento está mais condicionado à ação do aditivo e menos em função da água. Houve, também, uma perda de abatimento mais expressiva para cimento tipo CPII, principalmente para os maiores tempos de mistura. A dosagem total do aditivo superplastificante consumido até o tempo de 6 horas, em todas as situações apresentadas, respeitou o limite especificado pelo fabricante para esse aditivo que está entre 0,2% a 1,0%. Ficou evidente que com o restabelecimento do aditivo, segundo procedimento utilizado, o concreto apresentou-se em boas condições de lançamento e adensamento, verificado no seu estado fresco no momento da moldagem dos corpos-de-prova e validado após 28 dias no estado endurecido, através da uniforme distribuição dos agregados ao longo de toda a altura do corpo-de-prova, sem a ocorrência de processo de segregação, ratificando, assim, a possibilidade de aplicação de concretos com tempo de mistura prolongado quando se adota a metodologia proposta nesta pesquisa. Na figura 10 isso pode facilmente ser visualizado. 0h 2h 4h 5h 6h Figura 10 - Aspecto da distribuição dos agregados no estado endurecido do concreto produzido com cimento CPIV e relação a/c de 0,52

14 4. Considerações Finais Considerando os resultados obtidos, salienta-se que essa metodologia trata-se de uma importante ferramenta tanto para as empresas de construção civil como para as que prestam serviço e fornecimento de concreto pré-misturado, sendo, sem dúvida, um avanço no conhecimento para tomada de decisão em situações já presenciadas em obra. A incorporação do aditivo superplastificante à mistura mostrou-se extremamente eficiente, pois além de permitir o restabelecimento do abatimento, garantiu que o concreto permanecesse em boas condições para manuseio e adensamento. Pelos resultados apresentados, segundo a propriedade analisada (resistência à compressão), e com os materiais que foram utilizados, pode-se concluir que é possível utilizar concretos com tempo de mistura e transporte acima do máximo estabelecido pela NBR 7212, por até 6 horas, desde que a trabalhabilidade seja mantida até o momento do lançamento do concreto com a incorporação de aditivo superplastificante e o concreto permaneça em processo de mistura. Pela metodologia adotada, os resultados de resistência à compressão do concreto não são afetados, contrariamente ao que ocorre com a utilização de água, prática corriqueira registrada em muitas obras. Face ao grande número de dados obtidos, primeiramente em laboratório e posteriormente em escala real na central dosadora de concreto, consolidando a possibilidade de utilização do concreto acima do tempo de mistura e transporte especificado pela norma, essa pesquisa será encaminhada para a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com objetivo de gerar uma mobilização para revisão da norma, considerando a inovação tecnológica detalhada nesse estudo. 5. Referências Bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 5738: Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro: ABNT, p. NBR 7212: Execução de concreto dosado em central. Rio de Janeiro: ABNT, p. NBR NM 67: Concreto Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro: ABNT, p.

15 COLLERPADI, M. Admixtures-enhancing concrete performance. 6th International Congress, Global Construction, Ultimate Concrete Opportunities, Dundee, U.K. July POLESELLO, E. Avaliação da resistência à compressão e da absorção de água de concretos utilizados após o tempo máximo de mistura e transporte especificado pela NBR (Dissertação de Mestrado) Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.

ESTUDO DE CARACTERÍSTICA FÍSICA E MECÂNICA DO CONCRETO PELO EFEITO DE VÁRIOS TIPOS DE CURA

ESTUDO DE CARACTERÍSTICA FÍSICA E MECÂNICA DO CONCRETO PELO EFEITO DE VÁRIOS TIPOS DE CURA ESTUDO DE CARACTERÍSTICA FÍSICA E MECÂNICA DO CONCRETO PELO EFEITO DE VÁRIOS TIPOS DE CURA AUTORES : Engº Roberto J. Falcão Bauer (Diretor técnico) Engº Rubens Curti (Gerente técnico) Engº Álvaro Martins

Leia mais

Propriedades do Concreto

Propriedades do Concreto Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais Propriedades do Concreto EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO Profa. Nívea Pons PROPRIEDADES DO CONCRETO O concreto fresco é assim considerado até

Leia mais

CURSO DE AQUITETURA E URBANISMO

CURSO DE AQUITETURA E URBANISMO 1- Generalidades PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO Todas as misturas de concreto devem ser adequadamente dosadas para atender aos requisitos de: Economia; Trabalhabilidade; Resistência; Durabilidade. Esses

Leia mais

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS UFBA-ESCOLA POLITÉCNICA-DCTM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS ROTEIRO DE AULAS CONCRETO FRESCO Unidade III Prof. Adailton de O. Gomes CONCRETO FRESCO Conhecer o comportamento

Leia mais

Definição. laje. pilar. viga

Definição. laje. pilar. viga Definição É a rocha artificial obtida a partir da mistura, e posterior endurecimento, de um aglomerante (normalmente cimento portland), água, agregado miúdo (areia quartzoza), agregado graúdo (brita),

Leia mais

Influence of coarse aggregate shape factoc on concrete compressive strength

Influence of coarse aggregate shape factoc on concrete compressive strength Influência do índice de forma do agregado graúdo na resistência a compressão do concreto Resumo Influence of coarse aggregate shape factoc on concrete compressive strength Josué A. Arndt(1); Joelcio de

Leia mais

Concreto de Cimento Portland

Concreto de Cimento Portland Definição: é o material resultante da mistura, em determinadas proporções, de um aglomerante - cimento Portland - com um agregado miúdo - geralmente areia lavada -, um agregado graúdo - geralmente brita

Leia mais

Faculdade de Tecnologia e Ciências Curso de Engenharia Civil Materiais de Construção Civil II. Dosagem de concreto. Prof.ª: Rebeca Bastos Silva

Faculdade de Tecnologia e Ciências Curso de Engenharia Civil Materiais de Construção Civil II. Dosagem de concreto. Prof.ª: Rebeca Bastos Silva Faculdade de Tecnologia e Ciências Curso de Engenharia Civil Materiais de Construção Civil II Dosagem de concreto Prof.ª: Rebeca Bastos Silva Histórico - Egípcios e os etruscos empregava argamassa na construção

Leia mais

Estudo do Mecanismo de Transporte de Fluidos de Concretos Auto-Adensáveis. -Mendes,M.V.A.S.; Castro, A.; Cascudo, O.

Estudo do Mecanismo de Transporte de Fluidos de Concretos Auto-Adensáveis. -Mendes,M.V.A.S.; Castro, A.; Cascudo, O. Estudo do Mecanismo de Transporte de Fluidos de Concretos Auto-Adensáveis -Mendes,M.V.A.S.; Castro, A.; Cascudo, O. Maceió-Alagoas outubro/2012 Objetivos do Trabalho - Avaliar se a trabalhabilidade do

Leia mais

21/08/2012. Disciplina: Materiais de Construção II DOSAGEM

21/08/2012. Disciplina: Materiais de Construção II DOSAGEM Disciplina: Materiais de Construção II DOSAGEM 1 Importância A dosagem do concreto: É o processo de obtenção da combinação correta de cimento, agregados, águas, adições e aditivos Os efeitos da dosagem

Leia mais

e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br

e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br Disciplina: Materiais de Construção I Assunto: Concreto II Prof. Ederaldo Azevedo Aula 5 e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br A trabalhabilidade é influenciada pela consistência e pela coesão. As principais

Leia mais

DOSAGEM DE CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL PELO MÉTODO DE TU- TIKIAN E DAL MOLIN

DOSAGEM DE CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL PELO MÉTODO DE TU- TIKIAN E DAL MOLIN DOSAGEM DE CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL PELO MÉTODO DE TU- TIKIAN E DAL MOLIN Daniele Kochem (PIBIC/Fundação Araucária-UNIOESTE), Jeferson Marinho Camboin, Lennon Biancato Runke, Maxer Antonio da Rosa, Giovanna

Leia mais

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO MCC2001 AULA 6 (parte 1)

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO MCC2001 AULA 6 (parte 1) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO MCC2001 AULA 6 (parte 1) Disciplina: Materiais de Construção II Professora: Dr. a Carmeane Effting 1 o semestre 2015 Centro de Ciências Tecnológicas Departamento de Engenharia

Leia mais

TRAÇOS DE CONCRETO PARA OBRAS DE PEQUENO PORTE

TRAÇOS DE CONCRETO PARA OBRAS DE PEQUENO PORTE 1 TRAÇOS DE CONCRETO PARA OBRAS DE PEQUENO PORTE Marcos R. Barboza Paulo Sérgio Bastos UNESP, Faculdade de Engenharia de Bauru, Departamento de Engenharia Civil Resumo Este trabalho surgiu de duas necessidades

Leia mais

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II TECNOLOGIA DA ARGAMASSA E DO CONCRETO

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II TECNOLOGIA DA ARGAMASSA E DO CONCRETO SEÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II TECNOLOGIA DA ARGAMASSA E DO CONCRETO Definição de concreto hidráulico e de argamassa. Componentes; indicação das proporções

Leia mais

ABNT NBR 12.655:2015 Concreto de cimento Portland Preparo, controle, recebimento e aceitação Procedimento

ABNT NBR 12.655:2015 Concreto de cimento Portland Preparo, controle, recebimento e aceitação Procedimento ABNT NBR 12.655:2015 Concreto de cimento Portland Preparo, controle, recebimento e aceitação Procedimento Eng.º Evaldo Penedo Brascontec Engenharia e Tecnologia Ltda Sinduscon-ES, 19 de março de 2015 ABNT

Leia mais

CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL: AVALIAÇÃO DO EFEITO

CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL: AVALIAÇÃO DO EFEITO CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL: AVALIAÇÃO DO EFEITO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS EM SUBSTITUIÇÃO À AREIA (PARTE 1) SELF-COMPACTING CONCRETE: EVALUATION OF INDUSTRIAL WASTES REPLACING THE SAND (PART 1) Silva, Cláudia

Leia mais

Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais DOSAGEM DO CONCRETO EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO. Profa.

Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais DOSAGEM DO CONCRETO EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO. Profa. Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais DOSAGEM DO CONCRETO EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO Profa. Nívea Pons Dosar um concreto é compor os materiais constituintes em proporções convenientemente

Leia mais

VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UM CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND DO TIPO CPII-Z-32 PREPARADO COM ADIÇÃO DE UM RESÍDUO CERÂMICO

VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UM CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND DO TIPO CPII-Z-32 PREPARADO COM ADIÇÃO DE UM RESÍDUO CERÂMICO VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UM CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND DO TIPO CPII-Z-32 PREPARADO COM ADIÇÃO DE UM RESÍDUO CERÂMICO Belarmino Barbosa Lira (1) Professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental

Leia mais

TIJOLOS CRUS COM SOLO ESTABILIZADO

TIJOLOS CRUS COM SOLO ESTABILIZADO TIJOLOS CRUS COM SOLO ESTABILIZADO João Maurício Fernandes Souza¹; José Dafico Alves² ¹ Bolsista PIBIC/CNPq, Engenheiro Agrícola, UnUCET - UEG 2 Orientador, docente do Curso de Engenharia Agrícola, UnUCET

Leia mais

Goiânia GO. Daniel da Silva ANDRADE Danillo de Almeida e SILVA André Luiz Bortolacci GAYER

Goiânia GO. Daniel da Silva ANDRADE Danillo de Almeida e SILVA André Luiz Bortolacci GAYER O comportamento do concreto de alto desempenho com sílica ativa e metacaulim como adições químicas minerais quanto à sua resistência à compressão utilizando agregados provenientes da região metropolitana

Leia mais

Ficha Técnica de Produto

Ficha Técnica de Produto Ficha Técnica de Produto GLENIUM 3400 NV Aditivo hiperplastificante. GLENIUM 3400 NV é um aditivo com alto índice de redução de água, pronto para o uso. O GLENIUM 3400 NV é uma nova geração de aditivos

Leia mais

CONSUMO DE CIMENTO EM CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND: A INFLUÊNCIA DA MASSA ESPECÍFICA DOS AGREGADOS

CONSUMO DE CIMENTO EM CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND: A INFLUÊNCIA DA MASSA ESPECÍFICA DOS AGREGADOS CONSUMO DE CIMENTO EM CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND: A INFLUÊNCIA DA MASSA ESPECÍFICA DOS AGREGADOS Vicente Coney Campiteli (1); Sérgio Luiz Schulz (2) (1) Universidade Estadual de Ponta Grossa, vicente@uepg.br

Leia mais

PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS DA QUALIDADE DE CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND

PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS DA QUALIDADE DE CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS PARA O CONTROLE TECNOLÓGICO E DA QUALIDADE DE CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND Engº.. Roberto José Falcão Bauer JUNHO / 2006 SUMÁRIO 1. DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO 2. PREMISSAS VISANDO

Leia mais

e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br

e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br Assunto: Tecnologia de Concreto e Argamassas Prof. Ederaldo Azevedo Aula 8 e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br 8. Tecnologia do Concreto e Argamassas 8.1. Concreto: 8.1. Concreto: Concreto é a mistura

Leia mais

A Durabilidade das Estruturas de Concreto e o Cimento Egydio Hervé Neto 1

A Durabilidade das Estruturas de Concreto e o Cimento Egydio Hervé Neto 1 A Durabilidade das Estruturas de Concreto e o Cimento Egydio Hervé Neto 1 Num passado recente nossas estruturas correntes usavam concretos com resistências da ordem de 135, 150, no máximo 180 kgf/cm2.

Leia mais

IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS

IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS Universidade Federal da Bahia Escola Politécnica Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS Prof.Dra Vanessa Silveira Silva 1 IMPORTÂNCIA DA CURA

Leia mais

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS UFBA-ESCOLA POLITÉCNICA-DCTM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS ROTEIRO DE AULAS CONCRETO Unidade III Prof. Adailton de O. Gomes II Materiais de Construção CONCRETO Definição:

Leia mais

Dosagem de Concreto INTRODUÇÃO OBJETIVO. Materiais Naturais e Artificiais

Dosagem de Concreto INTRODUÇÃO OBJETIVO. Materiais Naturais e Artificiais Dosagem de Concreto INTRODUÇÃO Atualmente, no Brasil, são produzidos cerca de 20 milhões de m3 de concreto/ano em Centrais de Concreto, denominadas Empresas de Serviços de Concretagem. Uma economia de

Leia mais

SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO DE LODO GALVÂNICO EM BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO (PAVERS)

SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO DE LODO GALVÂNICO EM BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO (PAVERS) 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO DE LODO GALVÂNICO EM BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO (PAVERS) Janaina de Melo Franco 1, Célia Regina Granhen Tavares 2,

Leia mais

CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO. O Concreto de 125 MPa do

CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO. O Concreto de 125 MPa do CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO O Concreto de 125 MPa do e-tower SÃO PAULO O QUE É CAD?! Concreto com propriedades de resistência e durabilidade superiores às dos concretos comuns;! Qualquer concreto com características

Leia mais

Aditivos para argamassas e concretos

Aditivos para argamassas e concretos Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil Aditivos para argamassas e concretos Materiais de Construção II Professora: Mayara Moraes Introdução Mehta: Quarto componente do concreto ; Estados

Leia mais

Tecnologia da Construção I CRÉDITOS: 4 (T2-P2)

Tecnologia da Construção I CRÉDITOS: 4 (T2-P2) UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DECANATO DE ENSINO DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS E REGISTRO GERAL DIVISÃO DE REGISTROS ACADÊMICOS PROGRAMA ANALÍTICO DISCIPLINA CÓDIGO: IT836

Leia mais

CIMENTO. 1.5 Tipos de Cimento Portland produzidos no Brasil. - Cimento Branco. - Cimentos resistentes a sulfato

CIMENTO. 1.5 Tipos de Cimento Portland produzidos no Brasil. - Cimento Branco. - Cimentos resistentes a sulfato CIMENTO 1.5 Tipos de Cimento Portland produzidos no Brasil - Cimento Branco - Cimentos resistentes a sulfato 1.6. Composição química do clínquer do Cimento Portland Embora o cimento Portland consista essencialmente

Leia mais

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO ADITIVOS PARA O CONCRETO 1) Definição : NBR 11768 (EB-1763/92) - Aditivos para concreto de Cimento Portland. Produtos que adicionados em pequena quantidade a concreto de Cimento Portland modificam algumas

Leia mais

Concreto: O que utilizar nas diversas Tipologias?

Concreto: O que utilizar nas diversas Tipologias? Seminário: Concreto: O que utilizar nas diversas Tipologias? EngºArcindo A. Vaquero y Mayor Wish List Veloz Durável Prático (com racionalização) Econômico Baixo Desperdicio Confortável (Desempenho Termico

Leia mais

Conteúdo Programático

Conteúdo Programático FEVEREIRO 0 TEO 05 09 11 TEO 1 Definir as regras do curso. Histórico do. P&D e avanços da tecnologia do. tipos e aplicações do cimento. Contexto da indústria do cimento Materiais de Construção Civil II

Leia mais

ADITIVOS. Reforçar ou introduzir certas características. Em pequenas quantidades (< 5%). Pode ou não ser lançado diretamente na betoneira

ADITIVOS. Reforçar ou introduzir certas características. Em pequenas quantidades (< 5%). Pode ou não ser lançado diretamente na betoneira ADITIVOS 1. OBJETIVO Reforçar ou introduzir certas características 2. UTILIZAÇÃO Em pequenas quantidades (< 5%). Pode ou não ser lançado diretamente na betoneira 3. FUNÇÕES BÁSICAS DOS ADITIVOS CONCRETO

Leia mais

PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO

PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO Consistência Textura Trabalhabilidade Integridade da massa Segregação Poder de retenção de água Exsudação Massa específica TRABALHABILIDADE É a propriedade do concreto fresco

Leia mais

Propriedades do Concreto

Propriedades do Concreto Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil Propriedades do Concreto Referência desta aula Agosto - 2008 1 Propriedades

Leia mais

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO ATRAVÉS DA VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DA ONDA ULTRA-SÔNICA

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO ATRAVÉS DA VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DA ONDA ULTRA-SÔNICA AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO ATRAVÉS DA VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DA ONDA ULTRA-SÔNICA Ricardo Oliveira Mota 1,4 ; Paulo Francinete Jr. 2,4 ; Rodrigo Augusto Souza 3,4 (1) Bolsista

Leia mais

O fluxograma da Figura 4 apresenta, de forma resumida, a metodologia adotada no desenvolvimento neste trabalho.

O fluxograma da Figura 4 apresenta, de forma resumida, a metodologia adotada no desenvolvimento neste trabalho. 3. METODOLOGIA O fluxograma da Figura 4 apresenta, de forma resumida, a metodologia adotada no desenvolvimento neste trabalho. DEFINIÇÃO E OBTENÇÃO DAS MATÉRIAS PRIMAS CARACTERIZAÇÃO DAS MATÉRIAS PRIMAS

Leia mais

ESTUDO DE DOSAGEM DE CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO COM AREIA ARTIFICIAL DE GRANITO

ESTUDO DE DOSAGEM DE CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO COM AREIA ARTIFICIAL DE GRANITO ESTUDO DE DOSAGEM DE CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO COM AREIA ARTIFICIAL DE GRANITO Paulo Hidemitsu Ishikawa 1 1 Prof. Me. do curso Construção Civil Edifícios da FATEC-SP Paulo.ishikawa@uol.com.br Resumo

Leia mais

Doutorando do Departamento de Construção Civil PCC/USP, São Paulo, SP paulo.barbosa@poli.usp.br 2

Doutorando do Departamento de Construção Civil PCC/USP, São Paulo, SP paulo.barbosa@poli.usp.br 2 Influência de ciclos de molhamento e secagem, da altura e do posicionamento de pilares no teor de íons cloreto presentes no concreto de estrutura com 30 anos de idade Paulo Barbosa 1, Paulo Helene 2, Fernanda

Leia mais

UFBA-ESCOLA POLITÉCNICA-DCTM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS ROTEIRO DE AULAS

UFBA-ESCOLA POLITÉCNICA-DCTM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS ROTEIRO DE AULAS -ESCOLA POLITÉCNICA-DCTM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS ROTEIRO DE AULAS PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO DO CONCRETO NBR 12655 Unidade III Continuação Pro. Adailton

Leia mais

Palavras-chave: Capeamento; Concreto; Compressão Axial.

Palavras-chave: Capeamento; Concreto; Compressão Axial. INFLUÊNCIA DO MATERIAL DE CAPEAMENTO NA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DOS CORPOS-DE-PROVA DE CONCRETO E ARGAMASSAS: COMPARAÇÃO ENTRE ENXOFRE, PASTA DE CIMENTO E PASTA DE GESSO Rodrigo Boesing (1); Rogério A.

Leia mais

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO COMPARAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TIJOLO DE SOLO-CIMENTO INCORPORADO COM RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PROVENIENTES DE CATAGUASES - MG E O RESÍDUO DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DAS INDÚSTRIAS PERTENCENTES

Leia mais

Leia estas instruções:

Leia estas instruções: Leia estas instruções: 1 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. Caso se identifique em qualquer outro local deste

Leia mais

MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT

MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Bibliografia de Referência Manual de Dosagem

Leia mais

ESTUDO DE CASO TRAÇOS DE CONCRETO PARA USO EM ESTRUTURAS PRÉ- MOLDADAS CASE STUDY - TRACES OF CONCRETE FOR USE IN PREMOULDED STRUCTURES

ESTUDO DE CASO TRAÇOS DE CONCRETO PARA USO EM ESTRUTURAS PRÉ- MOLDADAS CASE STUDY - TRACES OF CONCRETE FOR USE IN PREMOULDED STRUCTURES ESTUDO DE CASO TRAÇOS DE CONCRETO PARA USO EM ESTRUTURAS PRÉ- MOLDADAS CASE STUDY - TRACES OF CONCRETE FOR USE IN PREMOULDED STRUCTURES Cleriston Barbosa da Silva (1), Dary Werneck da Costa (2), Sandra

Leia mais

Reduzido consumo de cimento na produção de concreto de elevada resistência

Reduzido consumo de cimento na produção de concreto de elevada resistência BE2008 Encontro Nacional Betão Estrutural 2008 Guimarães 5, 6, 7 de Novembro de 2008 Reduzido consumo de cimento na produção de concreto de elevada resistência Thiago Catoia 1, Bruna Catoia 2, Tobias Azevedo

Leia mais

CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO COM AREIA ARTIFICIAL

CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO COM AREIA ARTIFICIAL CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO COM AREIA ARTIFICIAL Paulo Hidemitsu Ishikawa 1 1 Prof. Me. do curso Construção Civil Edifícios da FATEC-SP paulo.ishikawa@uol.com.br Resumo Esta pesquisa tem como proposta

Leia mais

Concreto Definições. Concreto Durabilidade. Concreto Definições. Concreto Definições. Produção do concreto ANGELO JUST.

Concreto Definições. Concreto Durabilidade. Concreto Definições. Concreto Definições. Produção do concreto ANGELO JUST. UNICAP Curso de Arquitetura e Urbanismo EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO: Mistura, transporte, lançamento, adensamento e cura. MATERIAIS E TECNOLOGIA CONSTRUTIVA 1 Prof. Angelo Just da Costa e Silva

Leia mais

Dosagem dos Concretos de Cimento Portland

Dosagem dos Concretos de Cimento Portland (UFPR) (DCC) Disciplina: Materiais de Construção IV - Laboratório Dosagem dos Concretos de Cimento Portland Eng. Marcelo H. F. de Medeiros Professor Dr. do Professor Dr. do Programa de Pós-Graduação em

Leia mais

MÓDULO 2 PROPRIEDADES E DOSAGEM DO CONCRETO

MÓDULO 2 PROPRIEDADES E DOSAGEM DO CONCRETO MÓDULO 2 PROPRIEDADES E DOSAGEM DO CONCRETO Engº Rubens Curti DOSAGEM DEFINIÇÃO DOSAGEM é o proporcionamento adequado e mais econômico de materiais: cimento, água, agregados, adições e aditivos 2 DOSAGEM

Leia mais

CONCRETO SUSTENTÁVEL: SUBSTITUIÇÃO DA AREIA NATURAL POR PÓ DE BRITA PARA CONFECÇÃO DE CONCRETO SIMPLES

CONCRETO SUSTENTÁVEL: SUBSTITUIÇÃO DA AREIA NATURAL POR PÓ DE BRITA PARA CONFECÇÃO DE CONCRETO SIMPLES 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CONCRETO SUSTENTÁVEL: SUBSTITUIÇÃO DA AREIA NATURAL POR PÓ DE BRITA PARA CONFECÇÃO DE CONCRETO SIMPLES Prof Dr.Jorge Creso Cutrim Demetrio OBJETIVOS 1. Analisar a viabilidade

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO 11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( X ) TECNOLOGIA A IMPORTÂNCIA

Leia mais

3. Programa Experimental

3. Programa Experimental 3. Programa Experimental 3.1. Considerações Iniciais Este estudo experimental foi desenvolvido no laboratório de estruturas e materiais (LEM) da PUC- Rio e teve o propósito de estudar o comportamento de

Leia mais

Tal questão apresenta resposta que deve abranger pelo menos três aspectos distintos, a saber:

Tal questão apresenta resposta que deve abranger pelo menos três aspectos distintos, a saber: Procedimento Proposta ABECE ESTRUTURAS DE CONCRETO CONFORMIDADE DA RESISTÊNCIA DO CONCRETO Atualmente, pode-se afirmar que no Brasil, na grande maioria das obras com estruturas de concreto, adota-se como

Leia mais

CONSTRUÇÕES RURAIS: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. Vandoir Holtz 1

CONSTRUÇÕES RURAIS: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. Vandoir Holtz 1 Vandoir Holtz 1 ARGAMASSA Classificação das argamassas: Segundo o emprego: Argamassas para assentamento de alvenarias. Argamassas para revestimentos; Argamassas para pisos; Argamassas para injeções. DOSAGEM

Leia mais

SESSION 3: Mix Design

SESSION 3: Mix Design SESSION 3: Mix Design Prof. Bernardo F Tutikian btutikian@terra.com.br bftutikian@unisinos.br Métodos de Dosagem Brasileiros para o CAA Gomes (2002) Tutikian (2004) Melo-Repette (2005) Tutikian & Dal Molin

Leia mais

Propriedades do concreto JAQUELINE PÉRTILE

Propriedades do concreto JAQUELINE PÉRTILE Propriedades do concreto JAQUELINE PÉRTILE Concreto O preparo do concreto é uma série de operações executadas de modo a obter, á partir de um determinado número de componentes previamente conhecidos, um

Leia mais

O que é durabilidade?

O que é durabilidade? DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Profa. Eliana Barreto Monteiro 1 Conceito de Durabilidade O que é durabilidade? A durabilidade é a capacidade que um produto, componente ou construção possui

Leia mais

ADJUVANTES PARA AS ARGAMASSAS OU BETÕES

ADJUVANTES PARA AS ARGAMASSAS OU BETÕES 1.1. OBJECTO Os adjuvantes para as argamassas ou betões devem obedecer às condições técnicas gerais relativas a materiais e elementos de construção e ainda aos vários documentos que lhe são aplicáveis.

Leia mais

INFLUÊNCIA DAS ADIÇÕES MINERAIS NA CORROSÃO DE ARMADURAS INDUZIDA POR CLORETOS E POR CARBONATAÇÃO NO CONCRETO ARMADO

INFLUÊNCIA DAS ADIÇÕES MINERAIS NA CORROSÃO DE ARMADURAS INDUZIDA POR CLORETOS E POR CARBONATAÇÃO NO CONCRETO ARMADO INFLUÊNCIA DAS ADIÇÕES MINERAIS NA CORROSÃO DE ARMADURAS INDUZIDA POR CLORETOS E POR CARBONATAÇÃO NO CONCRETO ARMADO 1 OLIVEIRA, Andrielli Morais (1), CASCUDO, Oswaldo (2) Palavras chave: Corrosão, adições

Leia mais

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II TECNOLOGIA DA ARGAMASSA E DO CONCRETO

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II TECNOLOGIA DA ARGAMASSA E DO CONCRETO SEÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO MAJ MONIZ DE ARAGÃO MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II TECNOLOGIA DA ARGAMASSA E DO CONCRETO Idade do concreto. Verificação da resistência. Módulo de

Leia mais

ME-38 MÉTODOS DE ENSAIO ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS-DE-PROVA CILÍNDRICOS DE CONCRETO

ME-38 MÉTODOS DE ENSAIO ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS-DE-PROVA CILÍNDRICOS DE CONCRETO ME-38 MÉTODOS DE ENSAIO ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS-DE-PROVA CILÍNDRICOS DE CONCRETO DOCUMENTO DE CIRCULAÇÃO EXTERNA 1 ÍNDICE PÁG. 1. INTRODUÇÃO... 3 2. OBJETIVO... 3 3. S E NORMAS COMPLEMENTARES...

Leia mais

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 148 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1 CONCLUSÕES A partir dos resultados apresentados e analisados anteriormente, foi possível chegar às conclusões abordadas neste item. A adição tanto de cinza volante, como

Leia mais

PROPRIEDADES DO CONCRETO NO ESTADO FRESCO

PROPRIEDADES DO CONCRETO NO ESTADO FRESCO DO CONCRETO NO ESTADO FRESCO COMPORTAMENTO FÍSICO No estado fresco inicial Suspensão de partículas diversas pasta de cimento agregados aditivos ou adições Endurecimento progressivo na fôrma produtos da

Leia mais

DOSAGEM E CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

DOSAGEM E CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DOSAGEM E CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO A dosagem do concreto tem por finalidade determinar as proporções dos materiais a empregar de modo a atender duas condições básicas: 1 Resistência desejada; 2

Leia mais

DOSAGEM DE CONCRETO AUTO- ADENSÁVEL PARA APLICAÇÃO EM PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS NA OBRA

DOSAGEM DE CONCRETO AUTO- ADENSÁVEL PARA APLICAÇÃO EM PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS NA OBRA DOSAGEM DE CONCRETO AUTO- ADENSÁVEL PARA APLICAÇÃO EM PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS NA OBRA Alessandra L. de Castro; Rafael F. C. dos Santos; Givani Soares de Araújo 54º Congresso Brasileiro do Concreto

Leia mais

ANÁLISE DO DIAGRAMA DE DOSAGEM DE CONCRETO OBTIDO ATRAVÉS DOS CORPOS-DE-PROVA MOLDADOS EM OBRA

ANÁLISE DO DIAGRAMA DE DOSAGEM DE CONCRETO OBTIDO ATRAVÉS DOS CORPOS-DE-PROVA MOLDADOS EM OBRA ANÁLISE DO DIAGRAMA DE DOSAGEM DE CONCRETO OBTIDO ATRAVÉS DOS CORPOS-DE-PROVA MOLDADOS EM OBRA Luana Borges Freitas 1,4 ; Sueli Martins de Freitas Alves, Paulo Francinete Silva Júnior, 1 Bolsista PBIC/UEG

Leia mais

Exemplos: Análise de Valor Agregado (Ex_vagregado.SPRJ)

Exemplos: Análise de Valor Agregado (Ex_vagregado.SPRJ) Exemplos: Análise de Valor Agregado (Ex_vagregado.SPRJ) Este exemplo tem como base atividades descritas em um email distribuído na lista da E-Plan (planejamento@yahoogrupos.com.br) com o título Curva Física

Leia mais

Aditivos para argamassas e concretos

Aditivos para argamassas e concretos Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil Aditivos para argamassas e concretos Materiais de Construção II Professora: Mayara Moraes Introdução Mehta: Quarto componente do concreto ; Estados

Leia mais

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO NO CONCRETO EM IDADES AVANÇADAS

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO NO CONCRETO EM IDADES AVANÇADAS AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO NO CONCRETO EM IDADES AVANÇADAS Lucas Palma Tasca 1 ; Francislaine Facina 2, Janaina de Melo Franco³, Judson Ribeiro RESUMO: O concreto é um dos materiais mais utilizados

Leia mais

2 Materiais e Métodos

2 Materiais e Métodos 1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE VIGAS REFORÇADAS POR ACRÉSCIMO DE CONCRETO À FACE COMPRIMIDA EM FUNÇÃO DA TAXA DE ARMADURA LONGITUDINAL TRACIONADA PRÉ-EXISTENTE Elias Rodrigues LIAH; Andréa Prado Abreu REIS

Leia mais

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA 58 FUNDIÇÃO e SERVIÇOS NOV. 2012 PLANEJAMENTO DA MANUFATURA Otimizando o planejamento de fundidos em uma linha de montagem de motores (II) O texto dá continuidade à análise do uso da simulação na otimização

Leia mais

PROBLEMAS ATUAIS DA LOGÍSTICA URBANA NA ENTREGA DE MATERIAIS HOSPITALARES UM ESTUDO INVESTIGATIVO

PROBLEMAS ATUAIS DA LOGÍSTICA URBANA NA ENTREGA DE MATERIAIS HOSPITALARES UM ESTUDO INVESTIGATIVO PROBLEMAS ATUAIS DA LOGÍSTICA URBANA NA ENTREGA DE MATERIAIS HOSPITALARES UM ESTUDO INVESTIGATIVO Frederico Souza Gualberto Rogério D'Avila Edyr Laizo Leise Kelli de Oliveira PROBLEMAS ATUAIS DA LOGÍSTICA

Leia mais

Engenheiro Civil UFBA Administrador de Empresas UCSAL MBA Gestão de Negócios UNIFACS

Engenheiro Civil UFBA Administrador de Empresas UCSAL MBA Gestão de Negócios UNIFACS Engenheiro Civil UFBA Administrador de Empresas UCSAL MBA Gestão de Negócios UNIFACS 1. indicações precisas da localização da obra; 2. resistência característica do concreto (fck) definida em projeto;

Leia mais

Proposta de melhoria de processo em uma fábrica de blocos de concreto

Proposta de melhoria de processo em uma fábrica de blocos de concreto VII Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG campus Bambuí VII Jornada Científica 21 a 23 de outubro de 2014 Proposta de melhoria de processo em uma fábrica de blocos de concreto Warley Alves Coutinho CHAVES

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil. Professora: Mayara Moraes

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil. Professora: Mayara Moraes Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil Professora: Mayara Moraes Consistência; Textura; Trabalhabilidade; Integridade da massa / Segregação Poder de retenção de água / Exsudação Massa

Leia mais

Pavimentação - sub-base de concreto de cimento Portland adensado por vibração

Pavimentação - sub-base de concreto de cimento Portland adensado por vibração MT - DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO - IPR DIVISÃO DE CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA Rodovia Presidente Dutra km 163 - Centro Rodoviário, Parada de Lucas

Leia mais

PUC-CAMPINAS Faculdade de Engenharia Civil. Disciplina Materiais de Construção Civil A

PUC-CAMPINAS Faculdade de Engenharia Civil. Disciplina Materiais de Construção Civil A PUC-CAMPINAS Faculdade de Engenharia Civil Disciplina Materiais de Construção Civil A CONCRETO Profa. Lia Lorena Pimentel CONCRETO 1. DEFINIÇÃO Aglomerado resultante da mistura de cimento, água, agregados

Leia mais

ESTUDO DA DOSAGEM DE CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO - COMPARATIVO DE CUSTOS

ESTUDO DA DOSAGEM DE CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO - COMPARATIVO DE CUSTOS ESTUDO DA DOSAGEM DE CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO - COMPARATIVO DE CUSTOS Tatiana Pereira Jucá (1), Fernando Alves Teixeira (1),Cláudio Henrique de Almeida Feitosa Pereira (1), Keila Regina Bento de Oliveira

Leia mais

Aquário do Pantanal Campo Grande -MS. Concreto autoadensável x concreto convencional. Sandra Regina Bertocini

Aquário do Pantanal Campo Grande -MS. Concreto autoadensável x concreto convencional. Sandra Regina Bertocini Aquário do Pantanal Campo Grande -MS Concreto autoadensável x concreto convencional Sandra Regina Bertocini PROBLEMA!!! Teste SIMULAR AS QUATRO VIGAS Teste Mudanças Para as vigas foi utilizado Concreto

Leia mais

3 Programa Experimental

3 Programa Experimental 3 Programa Experimental 3.1.Planejamento dos experimentos Com o objetivo de quantificar a diferença entre as resistências à compressão de corpos-de-prova moldados e de testemunhos extraídos, e de verificar

Leia mais

Fundamentos básicos do método

Fundamentos básicos do método MÉTODO DO IPT Fundamentos básicos do método I LEI DE ABRAMS: Para um certo conjunto particular de materiais, a resistência do concreto é função da relação a/c. f cj = K 1 / k 2 (A/C) II LEI DE LYSE: Para

Leia mais

ANÁLISE EXPERIMENTAL DA INFLUÊNCIA DOS DIFERENTES PROCEDIMENTOS DE CURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO

ANÁLISE EXPERIMENTAL DA INFLUÊNCIA DOS DIFERENTES PROCEDIMENTOS DE CURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO ANÁLISE EXPERIMENTAL DA INFLUÊNCIA DOS DIFERENTES PROCEDIMENTOS DE CURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE VIGAS DE RESUMO CONCRETO ARMADO Douglas Trevelin Rabaiolli (1), Alexandre Vargas (2) UNESC Universidade

Leia mais

25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1

25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 ESTUDO DA POTENCIALIDADE DA UTILIZAÇÃO DA MISTURA DE CINZA DE BAGAÇO DE CANA DE AÇÚCAR E RESÍDUOS DE PNEUS NA CONFECÇÃO DE CONCRETOS E PAVERS PARA PAVIMENTAÇÃO

Leia mais

Construções Rurais I IT 462 T 01 T 02 Materiais e Técnicas de Construções IT 461 T 01. Edmundo Rodrigues DOSAGEM DO CONCRETO

Construções Rurais I IT 462 T 01 T 02 Materiais e Técnicas de Construções IT 461 T 01. Edmundo Rodrigues DOSAGEM DO CONCRETO UNIERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Construções Rurais I IT 462 T 01 T 02 Materiais e Técnicas de Construções IT 461 T 01 Edmundo

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE COMPOSIÇÃO DE CONCRETO PERMEÁVEL COM AGREGADOS ORIUNDOS DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL DA REGIÃO DE CAMPINAS

DESENVOLVIMENTO DE COMPOSIÇÃO DE CONCRETO PERMEÁVEL COM AGREGADOS ORIUNDOS DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL DA REGIÃO DE CAMPINAS DESENVOLVIMENTO DE COMPOSIÇÃO DE CONCRETO PERMEÁVEL COM AGREGADOS ORIUNDOS DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL DA REGIÃO DE CAMPINAS Katrine Krislei Pereira Engenharia Civil CEATEC krisleigf@hotmail.com Resumo:

Leia mais

TIJOLOS DO TIPO SOLO-CIMENTO INCORPORADOS COM RESIDUOS DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DO POLO MOVELEIRO DE UBA

TIJOLOS DO TIPO SOLO-CIMENTO INCORPORADOS COM RESIDUOS DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DO POLO MOVELEIRO DE UBA TIJOLOS DO TIPO SOLO-CIMENTO INCORPORADOS COM RESIDUOS DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DO POLO MOVELEIRO DE UBA Sergio Celio Da Silva Lima (FIC/UNIS) serginhoblack1@hotmail.com Daniel Perez Bondi (FIC/UNIS)

Leia mais

INTERAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA NO CANTEIRO DE OBRAS

INTERAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA NO CANTEIRO DE OBRAS 11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( X ) TECNOLOGIA INTERAÇÃO

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DO ENTULHO VISANDO A SUA UTILIZAÇÃO COMO AGREGADO GRAÚDO PARA CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND

CARACTERIZAÇÃO DO ENTULHO VISANDO A SUA UTILIZAÇÃO COMO AGREGADO GRAÚDO PARA CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND CARACTERIZAÇÃO DO ENTULHO VISANDO A SUA UTILIZAÇÃO COMO AGREGADO GRAÚDO PARA CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND Adailton de O. Gomes; (2) Cleber M. R. Dias; (3) Alexandre T. Machado; (4) Roberto J. C. Cardoso;

Leia mais

PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO E ENDURECIDO MCC2001 AULA 2 e 3

PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO E ENDURECIDO MCC2001 AULA 2 e 3 PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO E ENDURECIDO MCC2001 AULA 2 e 3 Disciplina: Materiais de Construção II Professora: Dr. a Carmeane Effting 1 o semestre 2014 Centro de Ciências Tecnológicas Departamento

Leia mais

Influência da adição de microfibras de polipropileno no fenômeno da retração por secagem em concretos empregados em pisos

Influência da adição de microfibras de polipropileno no fenômeno da retração por secagem em concretos empregados em pisos PATOLOGÍAS DE LAS CONSTRUCCIONES Influência da adição de microfibras de polipropileno no fenômeno da retração por secagem em concretos empregados em pisos Senisse, Juliana A. de Lima 1,a, Dal Molin, Denise

Leia mais

Dosagem de concreto. Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira

Dosagem de concreto. Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira Dosagem de concreto Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira Método IPT-EPUSP: Fundamentos Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira Fonte: ELETROBRAS FURNS Lei de Abrams 3/22 Para um certo conjunto particular de materiais, a

Leia mais

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental III-065 - AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE VIDRO COMINUIDO COMO MATERIAL AGREGADO AO CONCRETO

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental III-065 - AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE VIDRO COMINUIDO COMO MATERIAL AGREGADO AO CONCRETO 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina III-065 - AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE VIDRO COMINUIDO COMO MATERIAL AGREGADO AO CONCRETO

Leia mais

Usos A linha MIRA pode ser usada com uma ampla gama de dosificações. É adequada as seguintes aplicações:

Usos A linha MIRA pode ser usada com uma ampla gama de dosificações. É adequada as seguintes aplicações: MIRA Aditivo Plastificante Polifuncional Redutor de Água Descrição A linha MIRA são aditivos polifuncionais para concreto com bom poder de redução de água e com aplicações múltiplas e isento de cloretos.

Leia mais