AÇÕES E REAÇÕES, ATÉ ONDE SERIA TERRORISMO?
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- Francisco da Costa Casqueira
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1 XVI EGAL - Encontro Nacional dos Geógrafos da América Latina La Paz - Bolívia 26 a 29 de abril de 2017 AÇÕES E REAÇÕES, ATÉ ONDE SERIA TERRORISMO? Bernardo Cunha de Godoy - UFMG Belo Horizonte - MG - Brasil bernardocgodoy@gmail.com Március Herculano Pereira Carneiro Araújo - UFMG - Belo Horizonte - MG - Brasil mhgeografia1993@gmail.com Sávio Augusto Nogueira Silva - UFMG - Belo Horizonte - MG - Brasil savioigc.ufmg@gmail.com
2 ORGANIZAÇÃO - Introdução; - Objetivo; - Perspectivas Conceituais; - Terrorismo; - Ações e reações, até onde seria terrorismo?; - Conclusão; - Bibliografia.
3 INTRODUÇÃO - O terrorismo não é uma questão recente; - Foi especialmente a partir da segunda metade do século XX que esse tema veio à tona, tratado amplamente pela mídia e academias de todo o mundo; - No século XXI, os ataques terroristas do dia 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos levaram o mundo a vivenciar uma nova era marcada pela guerra ao terror, expressão utilizada pelo até então presidente americano George W. Bush; - A partir dessa declaração questiona-se se o terrorismo pode ser cometido por um estado, ou seja, não apenas por um grupo paralelo.
4 OBJETIVO Este trabalho objetiva levantar algumas provocações em torno do termo terrorismo, e como este está associado à soberania dos Estados. Seria o terrorismo exclusivo de grupos paralelos ou uma ação realizada também por Estados?
5 PERSPECTIVAS CONCEITUAIS Estado Perspectiva histórica; Entendemos Estado como sendo o meio de coerção de uma força política sobre a população. Portanto, sendo um Contrato Social para proteger sua população e território. Essa proteção pode implicar no uso bélico ou no uso diplomático. O Estado possui três elementos constitutivos, sendo que a falta de qualquer elemento descaracteriza a formação do Estado. Para o reconhecimento do Estado perfeito se faz necessário a presença do povo, território e soberania. (Maluf, 1998) Soberania Os diversas formas de poder tem influência direta sobre a soberania dos países;
6 PERSPECTIVAS CONCEITUAIS Hegemonia [...] o conceito de hegemonia mundial [...] refere-se especificamente à capacidade de um Estado exercer funções de liderança e governo sobre um sistema de nações soberanas [...]. (Arrighi, p 27.) [...] a supremacia de um grupo social manifesta-se de duas maneiras, como dominação e como liderança intelectual e moral. Um grupo social domina os grupos antagônicos, que ele tende a liquidar ou subjugar, talvez até pela força das armas, e lidera os grupos afins ou aliados. (In Arrighi- p.28) Gramsci. Segurança The concept of national security has traditionally included political independence and territorial integrity as values to be protected; but other values are sometimes added.
7 TERRORISMO Atos criminosos pretendidos ou calculados para provocar um estado de terror no público em geral, num grupo de pessoas ou em indivíduos para fins políticos são injustificáveis em qualquer circunstância, independentemente das considerações de ordem política, filosófica, ideológica, racial, étnica, religiosa ou de qualquer outra natureza que possam ser invocadas para justificá-los. (Resolução 49/60 da Assembleia Geral da ONU, pará. 3) [...] o uso calculado da violência ou a ameaça da violência para atingir objetivos de natureza política, religiosa ou ideológica... por meio da intimidação e da coerção ou implantando o medo. (MANUAL DO EXÉRCITO ESTADUNIDENSE) Os fortes também não utilizam as armas dos fracos?
8 AÇÕES E REAÇÕES, ATÉ ONDE SERIA TERRORISMO? - Remetendo à uma prática já conhecida, Pinochet foi reconhecido pelo congresso chileno em 2016 como terrorista de estado. Suas ações eram caracterizadas pela capacidade de impor medo sobre a população a fim de garantir uma governabilidade; - Respeito à soberania - Um ataque a um território estrangeiro, sem o consentimento do mesmo, torna-se um ato terrorista e de desrespeito à soberania do país alvo.
9 AÇÕES E REAÇÕES, ATÉ ONDE SERIA TERRORISMO? - Ato de Guerra x Ato Terrorista; - Guerra ao Terror, ajuda humanitária ou interesse geopolítico? - Os Estados Unidos e o Reino Unido continuarão os ataques ao Afeganistão até que eles trocassem sua liderança (palavras do chefe de estado britânico em 28 de outubro de 2001).
10 CONCLUSÃO A amplitude do conceito de terrorismo possibilita outras interpretações; O terrorismo não é algo que se restringe a grupos paralelos; Os verdadeiros interesses geopolíticos mascarados pela assistência humanitária.
11 BIBLIOGRAFIA ALCÂNTARA, Priscila Drozdek. Terrorismo: Uma abordagem conceitual. Paraná. Universidade Federal do Paraná ALVES, Ana Rodrigues Cavalcanti. O conceito de hegemonia: de Gramsci a Laclau e Mouffe. Lua Nova, São Paulo, p , ARRIGHI, Giovanni. O Longo Século XX: dinheiro, poder e as origens de nosso tempo. UNESP, São Paulo, AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do estado. 36 ed. São Paulo: Globo, 1997, p. 3. BAALBAKI, Sérgio. O Estado, o povo e a soberania. Boletim Jurídico, BALDWIN, David A. The concept of security. Review of International Studies. P. 5-26, BRASIL DE FATO. Congresso chileno declara Pinochet oficialmente como ditador e terrorista de Estado. Disponível em < acessado em 11 de novembro de 2016 CARDOSO, Rodrigo Bertoglio. O conceito de soberania nos realistas clássicos: Aron, Morgenthau e Carr. Universidade Federal de Santa Catarina, 2009.
12 BIBLIOGRAFIA CARTA CAPITAL. França vive islamização do radicalismo. Disponível em < acessado em 02 de agosto de CHOMSKY, Noam. Mídia: Propaganda política e manipulação. Ed. WMF Martins Fontes - São Paulo, 2013 (p ). COCKBURN, Patrick. A origem do Estado Islâmico: Fracasso da Guerra ao Terror e a Ascensão Jihadista. Ed. Autonomia Literária - São Paulo, COLOMBO, Silvana. A relativização do conceito de soberania no plano internacional. Direito de Estado Universidade Federal do Paraná, FONT, Joan Nogué; RUFI, Joan Vicente. Geopolítica, identidade e globalização. São Paulo: Annablume, 2006 HOBSBAWN, Eric. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras, BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. Formação do Império americano. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005.
13 BIBLIOGRAFIA MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. 23 ed. São Paulo: Saraiva, OLIVEIRA, Ariana Bazzano. O fim da Guerra Fria e os Estudos de Segurança Internacional: O conceito de segurança humana. AURORA ano III número 5, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração sobre as Medidas para Eliminar o Terrorismo Internacional, Disponível em < acessado em 17 de novembro de 2016 RUDZIT, Gunther. O debate teórico em segurança internacional: Mudanças frente ao terrorismo? Civitas, v. 5. n. 2, VISACRO, Alessandro. Guerra Irregular: Terrorismo, guerrilha e movimentos de resistência ao longo da história. Editora Contexto, 2009.
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