DREBES FINANCEIRA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO DIRETORIA DREBES FINANCEIRA S/A
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- Adelino Teves Duarte
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1 2009 DREBES FINANCEIRA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO DIRETORIA DREBES FINANCEIRA S/A [ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS] O presente documento apresenta a Estrutura de Gestão de Riscos da DREBES Financeira S/A Crédito Financiamento e Investimento atendendo a regulamentação do Conselho Monetário Nacional e em consonância com as orientações do Banco Central do Brasil
2 GESTÃO DE RISCOS DREBES FINANCEIRA Com as constantes mudanças no cenário financeiro mundial mercado globalizado, diversidade de produtos e serviços financeiros cada vez mais complexos, número crescente de transações e grandes montantes de recursos envolvidos, o aumento da sofisticação tecnológica, negócios virtuais a tarefa de identificar, medir, controlar e administrar os riscos tornou-se fundamental para a sobrevivência das instituições financeiras de todos os portes. Visando o fortalecimento do sistema financeiro e a saúde financeira dos bancos, os órgãos reguladores estão implementando regulamentações, em consonância com o Novo Acordo de Basiléia de Basiléia II, onde a grande novidade é a incorporação do risco operacional em sua estrutura. Mais recentemente, no Brasil, vivemos um período de cautela por parte das instituições financeiras, num momento em que a inadimplência do consumidor ainda não dá sinais de aceleração porque o nível de emprego é crescente. Também até agora o governo apenas ensaiou medidas para conter o avanço do crédito, apesar de ter subido os juros básicos para segurar a inflação e, com isso, encarecer os financiamentos. Neste contexto, implementar uma política de gestão de riscos passou a ser um dos focos da Administração da DREBES FINANCEIRA S/A, que, mesmo sendo uma Instituição Financeira estreante no Mercado, já se preocupou com o monitoramento correto dos riscos conferindo aos principais uma Diretoria específica responsável. Mesmo com uma estrutura física e de pessoal inicial bastante enxutas, foi previsto na sua organização uma segregação de cargos e funções que promovesse o controle interno e minimizasse os riscos do negócio, conforme podemos observar no organograma a seguir: 2
3 ORGANOGRAMA DREBES FINANCEIRA DREBESPART PARTICIPAÇÕES LTDA DREBES FINANCEIRA S/A CFI ASSESSORIA JURÍDICA AUDITORIA EXTERNA DIRETOR FINANCEIRO OPERACIONAL DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DIRETOR DE RELAÇÕES COM O MERCADO DIRETOR ADMINISTRATIVO DIRETOR DE OUVIDORIA GERÊNCIA OPERACIONAL FINANCEIRA SISTEMAS E INFORMES AO BACEN GERÊNCIA ADMINISTRATIVA OUVIDOR DEPTO FINANCEIRO TESOURARIA ANÁLISE DE CRÉDITO DEPTO COBRANÇA DEPTO CONTÁBIL RH Nesta segregação, a Diretoria Financeira Operacional ficou responsável pelos Riscos Operacionais, tendo abaixo uma Gerência de Operações composta por um Depto Financeiro e Tesouraria cuja função é efetivar as operações analisadas e um Depto de Análise de Crédito que analisa o risco de crédito das operações. A Diretoria Administrativa tem, logo abaixo, uma Gerência Administrativa, que, além de outras funções, possui um Depto de Cobrança com o encargo da cobrança dos valores relacionados às operações realizadas. Esta estrutura divide claramente as 3
4 principais etapas relacionadas às operações da Financeira e, conseqüentemente, mitiga os riscos vinculados a fraudes e falhas, conforme diagrama a seguir: ANÁLISE OPERAÇÃO COBRANÇA GERÊNCIA DE OPERAÇÕES GERÊNCIA DE OPERAÇÕES GERÊNCIA ADMINISTRATIVA DEPTO ANÁLISE DE CRÉDITO DEPTO FINANC. TESOURARIA DEPTO DE COBRANÇA Além do envolvimento destas duas Diretorias anteriormente citadas, temos a análise do Risco de Mercado a cargo da Diretoria de Relações com o Mercado, A Ouvidoria a cargo de uma Diretoria de Ouvidoria específica, evidenciando, desta forma, o comprometimento de toda a Diretoria da DREBES FINANCEIRA S/A com a Política de Gestão dos Riscos do Negócio. A Diretoria da Financeira aprova as políticas e diretrizes para gestão de riscos. O processo de gestão de riscos envolve um fluxo contínuo de informações, obedecendo às seguintes fases: a. preparação: fase de coleta e análise dos dados. Nessa etapa são analisadas e propostas medidas sobre os riscos, para discussão nos estágios operacionais e diretivos. b. decisão: as decisões são tomadas no âmbito da Diretoria Colegiada (os 05 Diretores se reunirão periodicamente), e comunicadas às áreas intervenientes. c. execução: as áreas intervenientes implementam as decisões tomadas. d. acompanhamento: a Diretoria Operacional Financeira acompanha o cumprimento das deliberações, reportando-se às áreas operacionais quanto às medidas a serem adotadas. Como o fluxo é contínuo, novas ações são propostas pelos gestores e são levadas à Diretoria Operacional, reiniciando-se, então, o processo de gestão de riscos. 4
5 Enfatiza-se, dessa forma, que o processo de gestão de riscos na Financeira não está restrito a uma controladoria, mas envolve as áreas de negócios, área de Controles Internos e área estratégica da Empresa. Nesta Política de Gestão de Riscos apresentamos a seguinte subdivisão dos mesmos: RISCOS OPERACIONAIS Para a Gestão dos Riscos Operacionais a responsável é a Diretoria Financeira Operacional da DREBES FINANCEIRA. De acordo com a Resolução CMN nº 3.380/06, o conceito de risco operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. A essa definição inclui-se o risco legal associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela Instituição, bem como as sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pelo Banco. Entre os eventos de risco operacional, incluem-se: fraudes externas; fraudes internas; falhas em processos; falhas em sistemas; danos ao patrimônio físico; falhas nos negócios; demandas trabalhistas; interrupção do negócio. Conforme já abordado no item anterior, a Estrutura Organizacional da DREBES FINANCEIRA foi constituída visando diminuir ao máximo a possibilidade de fraudes e falhas relacionadas ao negócio, às pessoas e aos processos envolvidos, onde cada Gerência e cada Diretoria executa um importante papel neste sentido. Tal exigência é clara quanto à delegação de autoridade e de responsabilidade; segregação de funções que envolvem a assunção de compromissos, a execução dos pagamentos e a contabilidade dos ativos e passivos; salvaguarda de ativos e 5
6 Auditoria Interna específica para a Financeira, para testar a adequação e o cumprimento dos controles estabelecidos, bem como a observância da legislação e regulamentos. Compete à Auditoria Interna a realização de avaliações periódicas de processos, identificando os riscos inerentes e a eficácia dos controles em uso e, implementar planos de ação para mitigar os riscos identificados e/ou aprimorar os controles. Esses processos resultam em menor exposição a riscos. Muito antes de ser constituída a DREBES FINANCEIRA, a DREBES & CIA LTDA, acompanhando a tendência mundial, já contemplava em suas atividades processos para identificar, avaliar, controlar e mitigar potenciais riscos para seus negócios, registrando-os e analisando as perdas decorrentes, com o objetivo de tornar mais confiáveis e seguros suas práticas e sistemas, para isso, periodicamente, avalia os processos e a eficácia dos controles das empresas do Grupo. Embora a responsabilidade sobre a Gestão do Risco Operacional esteja a cargo da Diretoria Financeira Operacional, as decisões sobre a Gestão do Risco Operacional ocorrem, também, na Diretoria Colegiada, que incorpora proposições e delibera. Ainda visando à mitigação dos Riscos Operacionais relacionados a falhas e/ou acidentes que resultem em interrompimento das operações da Financeira, que tem toda a sua operacionalidade baseada na utilização do Sistema de ERP que está em processo de contratação e de uma rede interligada através da Internet, será elaborado um Plano de Contingência Tecnológica que demonstrará a providência imediata invocando os procedimentos de recuperação do sistema corporativo da DREBES FINANCEIRA, considerando o tempo de espera previsto para o restabelecimento da atividade, definido pela Diretoria da Instituição e de acordo com as exigências do Banco Central do Brasil (BACEN). Tal documento, estará concluído antes do início das atividades da Financeira e será parte integrante do relatório sobre Gestão de Riscos. A Gestão também considera o aspecto econômico de alocação de capital e dispõe de condições para atender aos aspectos regulatórios que venham a ser exigidos. 6
7 Processo de Gestão do Risco Operacional O processo de gestão do Risco Operacional está estruturado em quatro etapas: Identificação do Risco Acompanhamento Mensuração Mitigação Os gestores das operações, com a coordenação da Diretoria Financeiro Operacional, identificam as perdas operacionais e as fragilidades associadas aos processos, estabelecendo a vinculação com as causas (fatores e subfatores de risco). No acompanhamento, monitoram a eficiência e a eficácia do processo de gestão do Risco Operacional. A estrutura do Risco Operacional evidencia que os fatores de riscos (pessoas, processos, sistemas e eventos externos) estão vinculados aos eventos de perda que resultem em impactos financeiros negativos. Na etapa de mensuração são quantificadas as perdas esperadas e inesperadas, são identificados e revistos os indicadores, é efetuado o cálculo da exigência de capital, entre outros. Na etapa de mitigação os gestores das operações utilizam-se da assessoria da Controladoria para definir, priorizar e implementar ações de mitigação (minimização) dos riscos operacionais identificados. Conclusão O risco operacional está presente nas atividades de Instituições Financeiras e pode trazer conseqüências negativas graves, relacionadas às perdas decorrentes de causas diversas. Identificar qual exposição ao risco e determinar em que nível esta é tolerada na condução dos negócios, é componente importante na cultura de gestão de riscos da instituição. A DREBES FINANCEIRA S.A., atenta às melhores práticas de gestão do risco operacional, investirá continuamente na gestão promovendo a redução dos riscos e conseqüentemente das perdas operacionais, melhoria dos processos internos, aumento da credibilidade, resultando em maior competitividade, solidez e estabilidade. 7
8 Este item do Plano de Negócios procura apresentar de forma resumida os principais aspectos relacionados a gestão de risco operacional na Instituição, descrevendo a estrutura e o modelo de gestão e atendendo aos requisitos de transparência. RISCOS DE MERCADO A Gestão do Risco de Mercado está a cargo da Diretoria de Relações com o Mercado da DREBES FINANCEIRA e está relacionado a prejuízos potenciais decorrentes de mudanças em fatores de risco como taxas de juros e de câmbio, índices e preços. A DREBES FINANCEIRA fará a gestão desses riscos buscando otimizar a relação risco-retorno através modelos internos e uso ferramentas de gestão baseadas nas melhores práticas adotadas pelo mercado. As ferramentas e parâmetros associados à otimização da relação risco-retorno, levam em consideração, entre outros fatores, a diversificação de riscos e limites mínimos de spread pretendidos. Seu objetivo é identificar, medir e informar diariamente os riscos de mercado e de liquidez da Instituição Financeira. Para o Plano Financeiro apresentado, a exposição ao descasamento de taxas passivas e ativas (principal risco) é relativamente controlado, pois as operações realizadas possuem prazos médios de 10 parcelas (ou em torno de 5,5 meses), o que possibilita a correção rápida de qualquer distorção ou tendência apontada pelo Mercado. Mesmo as taxas ativas sendo pré-fixadas, o risco é totalmente controlável, uma vez que os recursos para fundear a operação virão dos próprios acionistas e/ou empresas ligadas. Além disso, a DREBES FINANCEIRA emprega uma política conservadora na administração das exposições a riscos de mercado, supervisionando e controlando de forma independente todas as suas carteiras para cada fator de risco primário. Pois todas as operações realizadas serão avaliadas diariamente. A Diretoria de Relações com o Mercado de forma colegiada com as demais Diretorias, também estabelecerá os limites de exposição para cada uma das modalidades de operações praticadas, levando-se em conta fatores como a volatilidade do mercado, cenários previstos, oportunidades de lucro, riscos potenciais e as necessidades de funding, que, para os primeiros exercícios, será totalmente suportada pelo próprio Grupo Econômico. Reuniões extraordinárias do Colegiado da Diretoria (Comitê de Riscos) serão realizadas quando surgirem mudanças inesperadas no ambiente macroeconômico que gerem oportunidades e/ou riscos. 8
9 O comitê de riscos, constituído por toda a Diretoria, também se reunirá mensalmente. O objetivo principal do comitê é analisar políticas relacionadas à tesouraria, taxas praticadas, produtos, entre outros. Políticas de limite também são definidas por esse comitê, incluindo-se para a mesa de operações. Além disto, este Comitê tratará dos seguintes temas: discussão do ambiente macroeconômico; discussão de posições tomadas e os riscos relacionados; e decisão sobre posições e exposições de acordo com os limites da política e novas oportunidades de negócio. As exposições a riscos de mercado serão controladas e administradas através da gestão dos descasamentos de moedas, vencimentos e taxas de juros. A medida que a quantidade, diversificação e prazos das operações forem aumentando, este Comitê, comandado pela Diretoria de Relações com o Mercado, tem o encargo de elaborar novos processos para detectar, monitorar e mitigar os riscos de mercado. RISCO DE CRÉDITO (CIRC s. n s /97; 2.916; 2.099/94; 2.568/95; 3.019/00; 3.01/01; 3.054/01) Decorre de uma obrigação de direito advinda de um instrumento/contrato qualquer que não foi cumprido por qualquer motivo pela respectiva contraparte. Atualmente este risco é bastante conhecido pelos gestores da DREBES & CIA, pois a empresa possui mais de 50 (cinqüenta) anos de experiência em concessão de crédito para o varejo e utilizará todo esta experiência para gerir de forma eficiente os riscos de crédito da DREBES FINANCEIRA. RISCO DE LIQUIDEZ (Res. n 2.804/00) A ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociados e passivos exigíveis e, portanto, descasamentos entre pagamentos e recebimentos, que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em conta as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. Origina-se de 2 (duas) maneiras: Da falta de numerário/caixa necessário para o cumprimento de uma ou mais obrigações; Da falta de contrapartes em número suficiente ou do interesse do mercado em negociar a quantidade desejada de uma posição, afetando de forma anormal o seu preço. 9
10 Este risco será mitigado pela experiência de gestão financeira que os empreendedores possuem na administração do caixa da DREBES & CIA. RISCO LEGAL Origina-se do potencial questionamento jurídico da execução dos contratos, processos judiciais ou sentenças contrárias ou adversas àquelas esperadas pela instituição e que possam causar perdas ou perturbações significativas que afetem negativamente os seus processos operacionais e/ou sua organização. Neste sentido, o grupo conta com o assessoramento da empresa PLANIMEC (com mais de 20 anos de experiência em assessoramento à Instituições Financeiras no Brasil), que auxiliará no desenvolvimento dos instrumentos jurídicos para as operações financeiras a serem realizadas RISCO DE REPUTAÇÃO OU IMAGEM (Res. n 2.878/01) Origina-se da publicidade negativa, verdadeira ou não, em relação à prática da condução dos negócios da DREBES FINANCEIRA S/A, gerando declínio na base de clientes, litígio ou diminuição da receita. A DREBES FINANCEIRA será constituída com todo o suporte e experiência dos empreendedores detentores da Rede de Lojas LEBES, que é uma marca tradicional e consolidada dentro do mercado de atuação (público alvo da Financeira) RISCO SISTÊMICO Aquele que decorre de dificuldades financeiras de uma ou mais instituições que provoquem danos substanciais a outras instituições, ou uma ruptura na condução operacional de normalidade do sistema financeiro em geral. Em função da estabilidade econômica do País e, principalmente, da ação de regulamentação e fiscalização que o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central do Brasil vêm exercendo nos últimos anos, este risco está bastante mitigado. ESTRUTURA PARA A GESTÃO DE RISCOS As Diretorias por intermédio de sua equipe profissional devem atuar no sentido de: Facilitar a identificação dos riscos e o seu gerenciamento; Propiciar maior segurança na execução das atividades; Minimizar a probabilidade de ocorrência dos riscos envolvidos; A gestão dos riscos se processará a partir das definições operacionais das Diretorias. 10
11 O acompanhamento das atividades no decorrer do dia (monitoramento, medição e avaliação) será reportado aos Diretores com responsabilidades pelos riscos da DREBES FINANCEIRA S/A, pelos gestores de cada processo. Estes deverão manter rigidamente seus limites operacionais. A estrutura deverá ser apropriada às necessidades da DREBES FINANCEIRA S/A., devendo ser revista à luz das novas condições de mercado e das possíveis modificações na condução da estratégia do negócio. IDENTIFICAÇÃO DE RISCO A identificação dos riscos da DREBES FINANCEIRA S/A terá ligação direta ao seu cenário de atuação e às suas próprias características operacionais. A identificação dos riscos e de sua administração (limites, probabilidade de ocorrência, impactos, tratamento e ações preventivas). Cabendo a cada Gestor, identificar: Os riscos existentes em sua área de atuação; A probabilidade de ocorrência e seus impactos; Grau de entendimento da equipe de trabalho; Proposta de limites, tipos de tratamento a ser administrado e medidas preventivas, inclusive treinamento. Os limites serão definidos por segmento de negócio/ou produto e no máximo a cada 6 (seis) meses revistos pela Diretoria. Nas reuniões de avaliação do Sistema de Controles Internos (mensais), os riscos serão debatidos pela Diretoria e as conclusões serão consignadas na respectiva ata. 11
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