Sistema digestório. Sistema digestório. Nutrição e alimentação dos suínos. Digestão e absorção. Digestão e absorção

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1 Disciplina AZ044 - Suinocultura Sistema digestório 9 Nutrição e alimentação dos suínos Prof. Marson Bruck Warpechowski 1 - Boca e língua 2 - Larínge, farínge e glote 3 - Esôfago 4 - Estômago 5 - Cárdia e pilóro 6 - Intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo) 7 - Intestino grosso (ceco e cólon) 8 - Reto e ânus 9 Fígado, vesícula biliar e pâncreas Sistema digestório Proporção dos segmentos do trato digestório em diversas espécies Espécie Estômago Intestino delgado Intestino grosso Cão Suíno Coelho Cavalo Digestão e absorção Boca: mastigação, saliva e alfa-amilase Estômago: reserva, acidificação (HCl ph 1,7-2), pepsinogênio Intestino delgado: Duodeno Bile (bicarbonato, sais biliares); Muco alcalino; Suco pancreático (bicarbonato, tripsinogênio, lipases, alfa-amilase, procarboxipeptidases, elastase); Suco entérico (lipase, enteroquinase, aminopeptidase, dipeptidase, maltase, sacarase, lactase, trealase e oligoglicosidase) Digestão e absorção Intestino delgado: hormônios Secretina, pancreamicina, enteroquinase Jejuno e íleo: digestão enzimática, emulsificação e absorção dos nutrientes Intestino grosso: ceco e cólon Fermentação de resíduos e fibra Produção de AGV e vitaminas B Absorção de água e eletrólitos Excreção dos resíduos 1

2 Sistemas para energia Sistemas de descrição do valor nutricional para suínos Energia Bruta Energia Digestível e NDT Energia Metabolizável Energia Líquida Sistemas para energia % Proteína: 18,9 16,7 14,6 12,3 Excreção de N 37,0 31,1 24,8 15,7 ED (kcal/kg) EM (kcal/kg) EL (kcal/kg) EM/ED % 95,5 96,2 96,5 97,2 EL/EM % 72,8 74,9 75,8 76,6 EL/ED % 69,6 72,1 73,2 74,5 Calor, % EM 56,7 55,2 53,2 52,8 Sistemas para proteína Proteína Bruta e Digestível Proteína e Aminoácidos (P. ideal) Digestibilidade total e ileal Dig.s aparente, verdadeira e real Relação Energia : Lisina Crescimento e necessidades nutricionais Curva de Crescimento Manutenção: Funções vitais e termorregulação Relação exponencial com o peso vivo Produção Deposição tecidual, leite, esperma Depositado no produto + custo de produzir peso vivo desaceleração do crescimento nascimento aceleração do crescimento idade maturidade sexual 2

3 peso vivo Curva de Crescimento (consumo à vontade) Tecido adiposo Tecido magro Ganho total idade Ganho de gordura Ganho magro Tecido adiposo água gordura proteína Composição tecidual 80 g alimento = 20 g gordura Tecido magro água gordura proteína 100 g alimento = 80 g tecido magro Composição corporal de suínos conforme o peso vivo (%) PV (kg) Água Proteína Lipídeos Cinzas 15 70,4 16,0 9,5 3, ,6 16,4 10,1 3, ,7 16,5 14,1 3, ,8 16,2 18,5 3, ,0 15,6 23,2 3, ,2 14,9 27,9 2, ,4 14,1 32,7 2,7 EMBRAPA-CNPSA 1979 Composição de carcaça e conversão alimentar de suínos Conversão alimentar 4 3,5 3 2, % tecido magro na carcaça Adaptado de STAHLY 1989 Composição do ganho corporal de suínos conforme o peso vivo (%) PV (kg) Água Prot Lip Cinzas Energia kcal/100g ,5 17,5 11,7 3, ,0 16,6 17,9 3, ,6 15,6 26,7 3, ,8 13,5 36 2, ,6 15,6 43,5 2, ,0 10,9 52,2 1,9 553 EMBRAPA-CNPSA 1979 Necessidades de mantença e de produção/crescimento Manutenção: 0,036 g Lis/kg PV 0,75 /dia (DIV) 106 kcal EM/kg PV 0,75 /dia (EM=0,96ED) Produção (crescimento) 0,12 g Lis/g PB depositada 10,6 kcal/g PB depositada 12,5 kcal/g gordura depositada NRC

4 As necessidades mudam com a idade Quanto maior o no. de fases, mais próximo da real necessidade Maximiza desempenho Aproveita potencial de deposição e melhora características de carcaça Otimiza custo por unidade de ganho Diminui perdas e poluição Diferença entre sexos Potencial de deposição de proteína depende do perfil hormonal Diferença depende da idade (curva) Consumo de alimento e conversão alimentar também são afetados Dieta mista: excesso de AA para machos castrados e/ou falta de AA para fêmeas Diferenciar a partir do crescimento (70 dias) Diferença entre sexos Potencial de deposição de tecido magro Consumo kg kg >100 kg Machos inteiros 100 ( kg) 100 Fêmeas 90 (68-84 kg) Machos castrados 85 (45-65 kg) Eficiência kg Ganho de peso diário (g) Diferença entre sexos castrado fêmea 700 inteiro ,65 0,75 0,85 0,95 1,05 1,15 1,25 1,35 Nível de lisina (%) Adaptado de YEN et al 1986 Fase Pré-inicial Fase Pré-inicial dias; ~2 a 12 kg Consumo de 8-9 kg na fase (1 kg 1a sem) Dieta especial: alta lactose, proteína de digest., AA sintéticos ( PB), enzimas, ácidos orgânicos, pro/prébiótico/antibiótico Oferecimento diversas vezes/dia Dieta úmida/líquida X farelada/granulada SEMANA DE IDADE 4

5 Fase Inicial dias; kg Consumo ~30 kg na fase Dieta de alta digestibilidade, amido gelatinizado, pré/probiótico/antibiótico, ácidos orgânicos, ingredientes padrão Fase Crescimento dias; a kg Consumo ~85 kg na fase Pode-se incluir ingredientes alternativos (quantidade controlada) Mista ou uma por sexo Fase Terminação dias (abate); 60/65 95/110 kg Consumo ~110 kg na fase (variável) Pode-se incluir ingredientes alternativos (quantidade máxima possível) Níveis de microminerais e aditivos Mista ou uma por sexo À vontade X Restrição (quali ou quantitativa) Restrição na fase final Diminui desperdício Melhora características de carcaça Melhora CA (até certo nível de restrição) Diminui ganho de peso Aumenta período de terminação Lotes devem ser menores, com mais equipamentos disponíveis (comedouro) Variável Restrição na fase final Efeito de restrição quantitativa sobre desempenho À vontade (9,8 Mcal/dia) 8 % restrição (8,53 Mcal/dia) 12 % restrição (8,16 Mcal/dia) Dias p/ abate GPMD (g) 916 a 885 a 829 a Consumo (g) a b b CA 2,97 a 2,79 b 2,75 b (60 a 92 kg) Restrição na fase final Efeito sobre características de carcaça ET (mm) 27 Pernil (%) Nível de restrição quantitativa (%) Adaptado de Belaver 1992 (80 a 96 kg) Adaptado de Warpechowski et al

6 Recria de reprodutores Alimentação de reprodutores A partir de 110 dias de idade (60-65 kg) Alimentação controlada para chegar aos kg aos dias de idade (cobertura marrãs) Não retirar os micronutrientes e aditivos Balanceamento de AA e nível de proteína melhores que de terminação Ração Gestação Ração gestação desde a cobertura até ~80 dias de gestação (1os. 2/3) Alimentação controlada conforme escore corporal e/ou ganho de peso (escore 3,5) ~1,8 a 2,2 kg/dia Multíparas ~2 a 2,8 kg/dia Primíparas Final: Ração lactação: 2,5-3,2 kg/dia Diluição com ingrediente fibroso Em gaiola: Levantar p/ beber água Ração Lactação De antes do parto até a próxima cobertura Não suspender água no parto e no desmame! Dieta com alta energia, mais alta proteína que gestação, maior utilização de AA sintéticos e micronutrientes Durante lactação, estimular ao máximo o consumo da porca (temperatura!) Mais de uma vez ao dia, úmida/molhada Quantidade variável (5 7,5 kg) Necessidades de EM de acordo com peso e tamanho da leitegada Peso inicial Gestação kcal/kg/dia Lactação (kcal/leitão/dia) (kg) 1os 1/3 2/3 final ,7 43,9 14,2 13,0 12,2 11, ,6 40,0 12,5 11,3 10,5 10, ,5 37,8 11,8 10,5 9,8 9, ,5 36,5 11,0 9,8 9,0 8, ,5 35,0 9,8 8,6 7,8 7,3 Cachaços Cachaços jovens devem receber alimentação compatível (crescimento) A composição da dieta (AA, Vitaminas, Microminerais, níveis) interfere na produção de sêmem e na viabilidade espermática Dieta específica ou dieta lactação (pode ser diluída com fibra para melhorar bem estar) Manter escore corporal e diferenciar período de descanso (2-2,5 kg gest.) e serviço (~3 kg lact.) Adaptado de NPNA

7 Cachaços Níveis recomendados para machos PESO VIVO GPMD (g) ED (kcal/dia) PB (g/dia) Lisina (g/dia) 17,5 15,8 16,8 14,5 15,7 17 Consumo (kg/dia) 2,5 2,25 2,4 2,63 2,86 3,09 Cachaços Níveis recomendados para machos kg kg ED (kcal/kg) PB % Lisina % MET + Cis % Cálcio % Fósforo % Água: Estimativa de consumo FASES Consumo (litros/cab/dia) Desmamados 6 kg 0,2-0,8 10 kg 1,4-4,2 Crescimento 25 kg 1,9-4,5 50 kg 3,0-6,8 Porcas Lactação 14,0-32,0 Gestação 7,0-18,0 Adaptado de Brooks e Carpenter