PRECAUÇÕES-PADRÃO E ISOLAMENTO

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1 AULA 00 PRECAUÇÕES-PADRÃO E ISOLAMENTO Professor Lincoln Vitor

2 Aula 00 Aula Demonstrativa Sumário 1. Introdução 2. Precauções-padrão 2.1. Higienização das mãos 2.2. Equipamentos de proteção individual EPI 3. Precauções de Isolamento 3.1 Precauções de Contato 3.2 Precauções contra Gotículas 3.3 Precauções contra Aerossóis 4. Questões de provas anteriores 5. Comentários e gabarito Referências.

3 1 Introdução Olá, colega, Seja bem-vindo (a) ao CURSO para RESIDÊNCIAS EM SAÚDE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DE ENFERMAGEM, NA ÁREA DE INFECTOLOGIA. Anualmente, diversas instituições de ensino do mais alto nível ofertam vagas nesta área. Iniciaremos com a Aula Demonstrativa tratando das Precauções-padrão e Isolamento. Serão utilizadas questões de diversas instituições e bancas examinadoras e tendo como base editais lançados no final de 2016 e início de Apresentação do Professor Sou Enfermeiro, graduado pela Universidade Federal de Sergipe, com Mestrado em Biologia Parasitária/UFS e especializações em Acupuntura/INCISA/IMAN e Gestão em Saúde (Saúde Coletiva)/FIOCRUZ. Sou concursado como Enfemeiro do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe e Enfermeiro Emergencista em Aracaju. Atuo ainda como Conselheiro efetivo do COREN/SE, a frente da Diretoria do Setor de Dívida Ativa, Ouvidoria, Corregedoria de Processos Éticos e Comissão de Ética, Instrutor dos cursos de Suporte Avançado de Vida em Pediatria (SAVP/PALS) e em Cardiologia (SAVC/ACLS), certificados pela American Heart Association, Professor da Pós-Graduação nas IES Estácio FaSe e Faculdade Jardins, além de membro do Corpo Editorial da

4 Revista de Enfermagem UFPE on line (REUOL). Associado efetivo da Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras (SOBEP). Fui Enfermeiro de Saúde da Família de São Cristóvão/SE, Coordenador da Atenção Primária em São Cristóvão, Coordenador da Rede de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju (REUE/SMS/AJU), Coordenador do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju - Augusto Franco (REAE/SMS/Aracaju), Gerente Administrativo da Urgência Zona Norte Dr. Nestor Piva, Professor das disciplinas Introdução à Enfermagem, Enfermagem em Saúde Pública, Estágio Supervisionado, Enfermagem Pediátrica e Enfermagem em Neonatologia (DEN/UFS) e da Especialização em Enfermagem Obstétrica da UFMG/UFS. Tenho ampla experiência nas áreas de Gestão em Saúde, Enfermagem em Saúde Pública/Saúde da Família, Educação em Enfermagem, Enfermagem em Urgência e Emergência, Enfermagem Pediátrica, Ética Profissional.

5 2 Precauções-Padrão São medidas de proteção que devem ser adotadas por todos os profissionais, em RELAÇÃO A TODOS OS PACIENTES, visando evitar qualquer tipo de contato com sangue e fluidos corpóreos (pele íntegra, não íntegra, mucosas ou acidentes perfurocortantes) e, deste modo, minimizar os riscos de infecção e ou acidente com material biológico. Fluidos corpóreos incluem todos os tipos de secreções e excreções, exceto suor. A postura de manter precauções-padrão leva em consideração que todo e qualquer paciente é fonte potencial de infecção contaminação e os profissionais de saúde devem entender que nem sempre os sinais de doença transmissível são claros, porém pode estar presente. Os profissionais de enfermagem são os que mantem contato próximo por mais tempo e mais frequentemente com os pacientes, tornando-se veículo de microrganismos de e para outras pessoas. Há muitos anos, se preconiza que a principal medida isolada das precauções-padrão é a HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS!!! Além disso, deve-se utilizar medidas adicionais, como uso dos EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL!

6 1.1 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Outrora chamada de Lavagem das Mãos, a HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é a medida individual mais simples e menos custosa para prevenção da propagação de infecções em serviços de saúde. O termo engloba a higienização simples, a higienização antisséptica, a fricção antisséptica e a antissepsia cirúrgica das mãos. Entre as medidas de segurança adotadas em um ambiente de promoção e cuidado da saúde, a higienização das mãos é uma das iniciativas mais simples e que garantem aos pacientes e profissionais proteção contra várias doenças. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), infecções relacionadas à assistência à saúde afetam milhões de pacientes e têm um

7 impacto significativo nos doentes e nos sistemas de saúde em todo o mundo. Nos países desenvolvidos, essas infecções representam de 5% a 10% das internações em hospitais de cuidados agudos, aponta a OMS. Nos países em desenvolvimento, o risco é de duas a 20 vezes superior e a proporção de pacientes com esse tipo de infecção pode ultrapassar 25%. As mãos são instrumentos de carreamento e transferência de microrganismos entre pessoas e entre pessoas e objetos. A pele das mãos e dos punhos são colonizadas por uma infinidade de microrganismos, dentre eles, muitos patogênicos e potencialmente patogênicos. Assim, higienizar as mãos removerá as sujidades visíveis, o suor, a oleosidade, os pelos, as células descamativas e os microrganismos da microbiota transitória, tipicamente, pelas bactérias Gram-negativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia coli), bactérias não fermentadoras (Ex: Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus. A ação também reduzirá e prevenirá a transmissão de infecção cruzada.

8 USO DE ÁGUA E SABÃO Deve-se realizar lavagem das mãos com água e sabão: Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais; Ao iniciar o turno de trabalho, Após ir ao banheiro, Antes e depois das refeições, Antes de preparo de alimentos; Antes de preparo e manipulação de medicamentos; E em todas as situações descritas a seguir para preparação alcoólica.

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10 FONTE: USO DA PREPARAÇÃO ALCÓOLICA Gel a 70% ou solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão, quando as mãos não estiverem visivelmente sujas Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos. Antes de contato com o paciente: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos das mãos do profissional de saúde, em exames físicos, contato físico direto, massagem, realização de higiene corporal e gestos de cortesia e conforto. Após contato com o paciente: proteção do profissional e das superfícies e objetos próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente. Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos: proteção do paciente, quando há contato com membranas mucosas; com pele não intacta e com dispositivos invasivos. Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico: proteção do paciente.

11 Após risco de exposição a fluidos corporais: proteção do profissional e das superfícies e objetos próximos ao paciente. Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente: proteção do paciente, em troca de fraldas e subsequente manipulação de cateter intravascular. Ressalta-se que esta situação não deve ocorrer com frequência na rotina profissional. Devem-se planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistência na sequência: sítio menos contaminado para o mais contaminado. Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente: proteção do profissional e das superfícies e objetos próximos ao paciente, em manipulação de respiradores, monitores cardíacos, troca de roupas de cama, ajuste da velocidade de infusão de solução endovenosa. Antes e após remoção de luvas: proteção do profissional e das superfícies e objetos próximos ao paciente. As luvas previnem a contaminação das mãos dos profissionais de saúde e ajudam a reduzir a transmissão de patógenos. Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder sua integridade sem que o profissional perceba, possibilitando a contaminação das mãos. Outros procedimentos: manipulação de invólucros de material estéril.

12 USO DE ANTISSÉPTICOS Associam detergentes com antissépticos e se destinam à higienização das mãos e degermação da pele. Higienização antisséptica das mãos: precaução de contato para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes e em casos de surtos. Degermação da pele: no pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda equipe cirúrgica) e antes da realização de procedimentos invasivos, tais como a inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias e outros.

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14 1.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EPI De acordo com a NORMA REULAMENTADORA-6 (NR-6) e a PORTARIA Nº , considera-se EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento. O funcionário deve utilizar os EPI fornecidos como forma de proteção, evitando ou minimizando o risco de acidentes de trabalho. Para os profissionais de saúde, devem ser fornecidos os seguintes EPI: Óculos: proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes; Protetor facial: proteção da face contra impactos de partículas volantes; Vestimentas: proteção do tronco contra riscos de origem térmica, mecânica, química e umidade proveniente de operações com uso de água; Luvas: proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes, cortantes e perfurantes, agentes térmicos, biológicos, químicos e contra umidade proveniente de operações com uso de água. Calçado fechado: contra agentes térmicos, abrasivos, escoriantes, cortantes e perfurantes, umidade proveniente de operações com uso de água e respingos de produtos químicos.

15 MÁSCARA N95/PFF2 (peças faciais filtrantes contra partículas finas, fumos e névoas tóxicas)

16 Vida útil: Limitada conforme o tempo de uso (contínuo ou não), grau de saturação do ar ambiente, cuidados, higiene ou dano. Deve ser trocada sempre que o usuário perceber um aumento na dificuldade de respiração através do filtro - significará que ele se encontra saturado e causará desconforto ao usuário, ou houver alteração da estrutura da máscara (umidade, rasgos, furos, etc). Higienização: Não se executa nenhum tipo de manutenção, tais com lavagem ou troca de peças, por serem todas descartáveis. 2 PRECAUÇÕES DE ISOLAMENTO 2.1 PRECAUÇÕES DE CONTATO Adotadas para pacientes com doenças transmitidas por contato direto com a superfície corporal ou fômites. MÉTODO Manter o paciente em quarto privativo ou compartilhado com pacientes de mesmo diagnóstico médico (coorte), desde que os leitos mantenham distancia mínima de 1 metro entre si; Manter preferencialmente um profissional exclusivo para os cuidados do paciente;

17 Uso de artigos (estetoscópio, aparelho de pressão, termômetros) individualizado para o paciente ou, se não possível, proceder à desinfecção; Os profissionais devem: Lavar as mãos com anti-séptico (PVPI ou clorexidina degermantes) ou utilizar álcool gel, antes e após o contato com o paciente ou material infectante, evitando qualquer outro tipo de contato manual; Lavar as mãos após a retirada das luvas; Avental e luvas de uso único antes de entrar em contato com o paciente ou material infectante; Utilizar luvas ao manipular paciente, equipamentos e mobiliários; Utilizar avental, e após o uso retirá-lo antes de sair do quarto; Transportar o paciente para fora do quarto mantendo todas as precauções; Limpar artigos e superfícies, passar álcool 70% com maior frequência; Equipamentos e artigos de uso exclusivo ou desinfecção; Disponibilizar um hamper para roupa no quarto. INDICAÇÕES Rubéola congênita, até 1 ano de idade Hepatite A, durante toda a doença Herpes disseminado e Herpes zoster, até a fase de crosta Conjuntivite hemorrágica, durante toda a doença Abscessos e úlceras não ocluídas, durante toda a doença Impetigo, por 24 horas

18 Ectoparasitoses, durante toda a doença S. aureus e Sbha, durante toda a doença Ebola 2.2 PRECAUÇÕES CONTRA GOTÍCULAS Adotadas para pacientes com doenças transmissíveis por partículas de tamanho maior que 5 micras, como os perdigotos expelidos na fala, no espirro, na tosse e na aspiração de vias aéreas, que podem se espalhar por uma distancia de até 1 metro.

19 MÉTODO RESIDÊNCIAS EM SAÚDE Específico para Enfermagem concentração em Infectologia Manter o paciente em quarto privativo ou compartilhado com pacientes de mesmo diagnóstico médico (coorte), desde que os leitos mantenham distancia mínima de 1 metro entre si, com PORTA FECHADA; Os profissionais devem: Lavar as mãos antes de sair do quarto, evitando qualquer outro tipo de contato manual; Utilizar luvas ao manipular paciente, equipamentos e mobiliários; Utilizar avental, e após o uso retirá-lo antes de sair do quarto; Utilizar máscara comum durante toda a assistencia; Transportar o paciente para fora do quarto mantendo todas as precauções e o uso de máscara. INDICAÇÕES Rubéola adquirida, até 7 dias após o início do rash cutaneo Difteria, até negativar as culturas Coqueluche, até 5 dias após início do tratamento Caxumba, até 9 dias após início do edema Haemophilus influenzae, incluindo H1N1 Meningite bacteriana, por até 24 horas após início da antibioticoterapia Ebola

20 2.3 PRECAUÇÕES CONTRA AEROSSÓIS Adotadas para pacientes com doenças transmissíveis por micropartículas ( 5 micras) suspensas no ar e com capacidade de dispersão maior que 1 metro. MÉTODO Manter o paciente em quarto privativo ou compartilhado com pacientes de mesmo diagnóstico médico (coorte), desde que os leitos mantenham distancia mínima de 1 metro entre si, com PORTA SEMPRE FECHADA

21 E SISTEMA DE PRESSÃO NEGATIVA (Filtragem de ar do quarto de alta eficiência filtro HEPA[high-efficiency particulate air]); Pacientes com Tuberculose resistente não podem ser coortizados; Os profissionais devem: Lavar as mãos antes de sair do quarto, evitando qualquer outro tipo de contato manual; Utilizar luvas ao manipular paciente, equipamentos e mobiliários; Utilizar avental, e após o uso retirá-lo antes de sair do quarto; Utilizar máscara N95 durante toda a assistencia; Transportar o paciente para fora do quarto mantendo todas as precauções e o uso de máscara. INDICAÇÕES Varicela, até a fase de crosta Sarampo, durante toda a doença Tuberculose pulmonar ou laríngea, até negativar o exame de escarro Influenza A (H7N9 e H1N1), por sete dias após o início dos sintomas ou até por 24 horas após o desaparecimento da febre e sintomas respiratórios.

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23 3 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS E RESIDÊNCIAS ANTERIORES 1. (RESID. MULT. PROF. SAÚDE - UFRN - ENFERMAGEM 2016) Para impedir a transmissão inter-humana dos germes causadores de doenças como meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza e rubéola são adotadas precauções A)para gotículas B)para aerossóis C)de contato D)padrão. 2. (RESID. MULT. PROF. SAÚDE EESP BA ENFERMAGEM 2015) O Ebola é um vírus altamente infeccioso que pode atingir uma taxa de mortalidade de até 90%. A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença. Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais desse vírus. O vírus tem cinco cepas (origem ou linhagem). O mais letal deles, chamado Zaire, é predominante na epidemia, que desde março de 2014 atinge a África Ocidental e é considerada a maior da história. Entre março e outubro desse ano, quase cinco mil pessoas morreram e a epidemia está longe de estar controlada. O Ebola pode ser transmitido por animais e humanos. A transmissão de humanos para

24 humanos se dá por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluidos corpóreos de uma pessoa infectada com Ebola e somente quando o paciente apresenta sintomas da doença. Sobre os tipos de isolamento de pacientes, em se tratando de uma pessoa internada na UTI que esteja com o vírus Ebola, é correto afirmar que A) o paciente pode ficar na área não isolada na UTI, entretanto fica obrigatório o uso de máscara do tipo N95, por qualquer pessoa que for visitá-lo. B) o paciente, obrigatoriamente, deve ser mantido em quarto de isolamento individual, mantendo medidas de precaução padrão, de contato e para gotículas. C) o paciente pode ficar na área não isolada na UTI, entretanto ele tem que estar em uso de máscara do tipo N95 e luvas para evitar contato com os profissionais e familiares. D) o paciente deve ser isolado em quarto individual na UTI, sendo obrigatório apenas o uso de máscara do tipo N95 para o mesmo, para os profissionais de saúde e para os familiares/visitantes. E) é obrigatório manter o paciente em quarto de isolamento individual, mantendo medidas de precaução padrão, de contato e para gotículas. O paciente utiliza obrigatoriamente máscara do tipo N (RESID. MULT. PROF. SAÚDE UFG ENFERMAGEM 2015) Cerca de 16 a 25% dos pacientes internados serão submetidos a cateterismo vesical em algum momento de sua hospitalização, sendo este uma das causas prevalentes de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Com a finalidade de auxiliar na prevenção da infecção urinária relacionada a este procedimento, é recomendado:

25 A) enviar ponta da sonda vesical de demora (SVD) para cultura sempre que a permanência atingir ou ultrapassar sete dias. B) higienizar as mãos antes e após a inserção do cateter e ocasiões de manuseio de qualquer ponto do sistema ou do sítio. C) inserir o cateter quando necessário e manter o dispositivo até a alta hospitalar, com orientações adequadas. D) coletar amostra de urina por meio de drenagem, na abertura de saída da bolsa coletora, após desinfecção do local de coleta. 4. (RESIDENCIA ENFERMAGEM - GDF/SES 2010) A infecção representa um estado de doença resultante da associação de vários elementos da cadeia de infecção. Com relação a esse assunto, julgue os próximos itens. 12 Para que os microrganismos provoquem doenças, vários fatores devem ser considerados, como a quantidade de microrganismos, a virulência, a capacidade para entrar e sobreviver e a suscetibilidade do hospedeiro. C 13 Na cadeia de infecção, a entrada do Mycobacterium tuberculosis ocorre pela pele, mucosas, tratos respiratório ou urinário. A precaução a ser tomada envolve o uso de máscaras comuns. E 14 Para que um artigo semicrítico não seja um veículo de contaminação ao paciente, é necessária a limpeza e desinfecção de baixo nível, a exemplo dos urinóis portáteis (comadres e papagaios). E

26 15 As precauções de contato devem ser observadas no cuidado ao paciente com leptospirose, sendo que, nesse caso, ele deve ser mantido em quarto individual. E 5. (RESIDENCIA UFJF 2015) Assinale a alternativa INCORRETA. No âmbito das Ações Programáticas Estratégicas relacionadas à exposição a materiais biológicos (Ministério da Saúde, 2006), estão previstas a capacitação e a educação em saúde. Nesse contexto, quanto às recomendações sobre o uso de EPI, sobre as práticas de trabalho adotadas e as limitações desses meios, pode-se afirmar que: a) A lavagem frequente das mãos é a precaução mais importante e deve ser realizada sempre após contato com paciente e/ou material biológico e ao descalçar as luvas. b) O uso de luvas estéreis é obrigatório no exame dos pacientes que se encontram com a pele íntegra, independente de haver ou não o contato com sangue ou fluidos corporais e com as mucosas. c) O uso de óculos, protetor facial, máscara, deve ser utilizado sempre que se antecipar a possibilidade de respingo de sangue ou fluidos corporais. d) Uso de avental deve ser restrito à área de trabalho, evitando-se seu uso em refeitórios.

27 6. (BIORIO 2015) Nas situações de precaução de contato é correto afirmar, EXCETO: a) equipamentos como termômetro, esfignomanômetro e estetoscópio devem ser de uso exclusivo do paciente. b) o uso de avental só é necessário quando prestar cuidados de higiene, troca de roupa de cama, mudança de decúbito ou transporte do paciente. c) a higienização das mãos é indispensável antes e após os cuidados, mesmo que toda manipulação seja feita com luvas. d) este tipo de paciente pode permanecer no mesmo quarto que outro(s), desde que haja uma distância mínima de um metro entre os leitos. e) o uso de óculos é indispensável quando houver risco de contato com sangue. 7. (BIORIO 2015) A higienização das mãos é um cuidado de biossegurança de suma importância para garantir não só a segurança do profissional, quanto a do paciente. Nas situações em que há precaução de contato recomendada para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes, indica-se que se faça: a) higienização antisséptca das mãos. b) degermação da pele das mãos. c) higienização com água e sabonete. d) higienização com preparações alcoólicas. e) higienização antisséptca combinada com degermação da pele das mãos.

28 8. (CESPE 2016) Com relação às práticas de biossegurança aplicadas ao processo de cuidar e ao controle de infecção hospitalar, assinale a opção correta. a) Equipamentos de proteção individual devem ser usados durante procedimentos invasivos. No caso de procedimentos não invasivos, somente é recomendada a utilização desses equipamentos quando há exposição a sangue e secreções. b) Capotes de barreira, aventais e máscaras devem ser utilizados no momento do procedimento clínico e, após retirados e guardados em lugar limpo e seco, podem ser reutilizados. c) As diretrizes para precaução-padrão baseiam-se nas informações sobre padrões de doenças infecciosas, modalidades de transmissão e intervenções de práticas seguras. d) A utilização de luvas descartáveis, pelos profissionais de saúde em exercício nos ambientes hospitalares, tem substituído gradativamente a exigência de higienização das mãos. e) O termo precauções-padrão refere-se a um sistema destinado a reduzir o risco na transmissão de microrganismos a partir de fontes de infecção não reconhecidas e externas à instituição de saúde. 9. (EBSERH 2015) A ação considerada uma das mais importantes para reduzir a taxa de infecção no ambiente hospitalar é: a) manter o setor em ordem. b) fazer desinfecção dos leitos com álcool 70%. c) manusear com cuidado os materiais contaminados.

29 d) lavar as mãos com técnicas corretas. e) descartar os resíduos hospitalares.

30 5 COMENTÁRIOS E GABARITOS 1. A) para gotículas Comentários: De acordo com as recomendações da ANVISA, para as doenças apresentadas no enunciado, utiliza-se o isolamento contra gotículas, com os seguintes tempos: Rubéola adquirida, até 7 dias após o início do rash cutâneo Difteria, até negativar as culturas Coqueluche, até 5 dias após início do tratamento Caxumba, até 9 dias após início do edema Haemophilus influenzae, incluindo H1N1 Meningite bacteriana, por até 24 horas após início da antibioticoterapia 2. B) o paciente, obrigatoriamente, deve ser mantido em quarto de isolamento individual, mantendo medidas de precaução padrão, de contato e para gotículas. Comentários: De acordo com Nota Técnica no 02/ GGTES/ANVISA - Medidas de precaução e controle a serem adotadas na assistência a pacientes suspeitos de infecção por Ebola, a assistência a pacientes com suspeita de infecção pelo vírus Ebola deve ser realizada em um QUARTO PRIVATIVO (um paciente por quarto) contendo

31 banheiro e com porta fechada. Também deve estar sinalizado quanto às medidas de precaução PADRÃO, DE CONTATO E GOTÍCULAS. Todos os profissionais envolvidos na assistência direta ou indireta devem utilizar ROUPA PRIVATIVA, SAPATOS FECHADOS, MÁSCARA CIRÚRGICA, ÓCULOS DE PROTEÇÃO/PROTETOR FACIAL, LUVAS, CAPOTE/AVENTAL DESCARTÁVEL, GORRO e PROPÉS. Os EPI devem ser colocados imediatamente antes da entrada no quarto de isolamento e devem ser removidos imediatamente antes da saída do quarto. A remoção dos EPI deve ser bastante criteriosa para evitar a contaminação de mucosas, pele e roupas dos profissionais de saúde. O profissional deve proceder a higienização das mãos imediatamente após a remoção do EPI. O profissional que atuar em procedimentos com risco de geração de aerossol deve utilizar máscara de proteção respiratória tipo N95 ou PFF2. Após o uso, também deve ser imediatamente descartada. 3. B) higienizar as mãos antes e após a inserção do cateter e ocasiões de manuseio de qualquer ponto do sistema ou do sítio. Comentários: A alternativa B é a correta, descrevendo exatamente as recomendações mais atuais para prevenção de infecção urinária, com o simples ato de higienização das mãos. A alternativa A não representa uma forma de prevenção, mas de diagnóstico de infecção. As situações descritas nas assertivas C e D aumentam os riscos de infecção urinária, como o longo período de uso de cateter vesical e a quebra do sistema fechado para coleta de urina.

32 4. 12 Para que os microrganismos provoquem doenças, vários fatores devem ser considerados, como a quantidade de microrganismos, a virulência, a capacidade para entrar e sobreviver e a suscetibilidade do hospedeiro. Comentários: A afirmativa 12 está CERTA, pois explana todos os fatores que favorecem o processo infeccioso. A alternativa 13 está ERRADA, pois a via de infecção do M. tuberculosis são as vias aéreas e a precaução deve ser contra aerossóis, exigindo o uso da máscara N95. A afirmativa 14 está ERRADA, pois as comadres e papagaios são considerados NÃO-CRÍTICOS, devendo passar pelo processo de limpeza e desinfecção de baixo nível A afirmativa 15 também está ERRADA, visto que não se recomenda isolamento de paciente com Leptospirose, utilizando-se as precauçõespadrão. 5. b) O uso de luvas estéreis é obrigatório no exame dos pacientes que se encontram com a pele íntegra, independente de haver ou não o contato com sangue ou fluidos corporais e com as mucosas. Comentários: As luvas estéreis somente é obrigatória para realizar procedimentos invasivos, cuja necessidade de assepsia é premente, a exemplo de cateterismo vesical, curativos e cirurgias, portanto a letra B está ERRADA e é a resposta da questão. 6. b) o uso de avental só é necessário quando prestar cuidados de higiene, troca de roupa de cama, mudança de decúbito ou transporte do paciente. Comentários: De acordo com a ANVISA, para paciente em isolamento de contato, o uso do avental deve ocorrer em todos os procedimentos

33 de manipulação do paciente, cateteres, sondas, circuitos e superfícies próximas ao mesmo. 7. a) higienização antissépitca das mãos. 8. c) As diretrizes para precaução-padrão baseiam-se nas informações sobre padrões de doenças infecciosas, modalidades de transmissão e intervenções de práticas seguras. d) A utilização de luvas descartáveis, pelos profissionais de saúde em exercício nos ambientes hospitalares, tem substituído gradativamente a exigência de higienização das mãos. e) O termo precauções-padrão refere-se a um sistema destinado a reduzir o risco na transmissão de microrganismos a partir de fontes de infecção não reconhecidas e externas à instituição de saúde. Comentários: A letra C é a única correta, pois a letra A traz afirmação que contraria os princípios das precauções-padrão (os EPI devem ser utilizados para atendimento a todos os pacientes), a letra B recomenda erroneamento a reutilização de capotes, aventais e máscaras, que devem ser descartados para limpeza ou no lixo, o uso de luvas não exclui a necessidade de higienizar as mãos e as precauções-padrão são adotadas para reduzir o risco de transmissão de fonte não reconhecidas e internas a instituição. 9. d) lavar as mãos com técnicas corretas. Comentários: A higienização correta das mãos é a medida mais simples e barata para a redução da infecção em serviços de saúde.

34 RESIDÊNCIAS EM SAÚDE Conhecimentos Específicos de Enfermagem - Área de Concentração Infectologia REFERÊNCIAS Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente. ory/higienizacao-das-maos. Higienização das mãos em serviços de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília : Anvisa, Ministério da Saúde Protocolo de tratamento de influenza pdf Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 6 (NR-6). Equipamento de Proteção Individual EPI.. Portaria SIT n. 194, de 7 de dezembro de Altera a Norma Regulamentadora nº 6 (Equipamentos de Proteção Individual - EPI). Professora Natale Souza 34

35 RESIDÊNCIAS EM SAÚDE Conhecimentos Específicos de Enfermagem - Área de Concentração Infectologia Professora Natale Souza 35

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