6. Resposta: E Comentário: Analisando cada item:
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- Cacilda Prada Alcântara
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1 1. E Comentário: No processo de osmose, a água se desloca de um meio hipotônico (menos concentrado) para um meio hipertônico (mais concentrado). Como a membrana plasmática não permite a difusão livre de NaCl, a diferença de concentração de sal levará ao deslocamento de água por osmose. No exemplo descrito, se a hemácia, com concentração de 0,15 mol/l de NaCl, é colocada em uma solução 0,20 mol/l de NaCl, pode-se afirmar que ela é colocada num meio hipertônico, perdendo água por osmose para a solução. 2. Comentário: Células vegetais são dotadas de uma parede celular permeável, flexível e altamente resistente. Apesar disso, não há ligação entre a parede celular e a membrana plasmática, de modo que elas não estão ''coladas'' uma na outra. Ao se colocar células vegetais em meio hipertônico, elas perdem água por osmose e murcham, sofrendo plasmólise. Nela, a água perdida é proveniente do vacúolo de suco celular que ocupa praticamente todo volume do citoplasma, de modo que o citoplasma se retrai (diminui de volume) e a membrana celular separa da parede celular, mas o arcabouço celular representado pela parede celular não se altera, sendo que o volume da célula não se altera de modo significativo. Esse fenômeno ocorre porque a membrana plasmática é semipermeável e seletivamente permeável e a parede celular é completamente permeável. 3. Comentário: Mecanismos de transporte em bloco envolvem a passagem pela membrana de partículas muito grandes para atravessá-la. Esses mecanismos podem envolver a fusão de vesículas derivadas de organelas citoplasmáticas (como o complexo de Golgi) com a membrana plasmática para eliminar seu conteúdo no meio extracelular, num mecanismo chamado de exocitose, relacionado a processos de secreção. 4. E Comentário: O transporte de substâncias lipossolúveis (apolares) através da membrana plasmática se dá por difusão simples ou diálise, que é o transporte de solutos através da bicamada lipídica. Assim, substâncias apolares atravessa a membrana mais facilmente do que substâncias polares. 5. C Comentário: Em condições normais, a concentração de sódio no meio extracelular (155 mmol/l) é maior que a concentração de sódio no meio intracelular (19 mmol/l), de modo que ocorre difusão de sódio para o interior da célula, o que poderia causar desequilíbrios iônicos e osmóticos na célula. Ainda em condições normais, a concentração de potássio no meio intracelular (136 mmol/l) é maior que a concentração de potássio no meio extracelular (5 mmol/l), de modo que ocorre difusão de potássio para o exterior da célula, o que poderia causar déficit de potássio no meio celular e prejudicar processos como síntese e proteica e respiração aeróbica, dos quais o potássio é cofator enzimático. Para evitar os problemas descritos, a bomba de sódio e potássio, por transporte ativo, mantém continuamente o transporte de sódio para fora da célula e o transporte de potássio para dentro da célula, devolvendo aos meios de origem os íons que se deslocam por difusão. Assim, nas hemácias do grupo 1, mantidas em condições normais, o fluxo de potássio para o meio intracelular é constante devido à ação da bomba de sódio e potássio, como mostrado no gráfico abaixo: No grupo 2, as hemácias tratadas com um inibidor de metabolismo não podem produzir energia para manter a bomba de sódio e potássio, de modo que cessa o fluxo de potássio para o meio intracelular, como no gráfico abaixo: 6. E Comentário: Analisando cada item:
2 Item I: verdadeiro. Mecanismos de transporte passivo ocorrem a favor de um gradiente de concentração (do meio mais concentrado para o menos concentrado), de modo espontâneo e exotérmico (com liberação de energia). Esses podem ser difusão simples (transporte de solutos através da bicamada lipídica), difusão facilitada (transporte de solutos através das proteínas de membrana, como proteínas-canais e proteínas carreadoras), e osmose (transporte de água através da bicamada e de proteínas aquaporinas). Item II: verdadeiro. Mecanismos de transporte ativo ocorrem contra de um gradiente de concentração (do meio menos concentrado para o mais concentrado), de modo não espontâneo e endotérmico (com consumo de energia), sempre através de proteínas de membrana. No transporte ativo 1º, utiliza-se a energia do ATP, mas no transporte ativo 2º, utiliza-se a energia liberada na difusão (que é exotérmica) de uma molécula co-transportada. Um exemplo é o co-transporte sódio-glicose no intestino, onde a bomba de sódio e potássio mantém uma baixa concentração de sódio no meio intracelular, forçando o sódio a entrar por difusão e, com isso, liberar energia para o transporte de glicose, mesmo contra o gradiente, uma vez que a proteína transportadora responsável pelo processo só permite a passagem do sódio junto à glicose e simultaneamente. Item III: verdadeiro. A bomba de sódio e potássio tem ações como a de manter o equilíbrio osmótico das células animais, o que não é necessário em células vegetais, fungos e bactérias, uma vez que possuem parede celular, capaz de impedir sua plasmoptise. Apesar disso, ocorrem mecanismos de co-transporte envolvendo processos de transporte ativo 2º. 7. D Comentário: Mecanismos de transporte ativo ocorrem contra de um gradiente de concentração (do meio menos concentrado para o mais concentrado), de modo não espontâneo e endotérmico (com consumo de energia), sempre através de proteínas de membrana. Mecanismos de transporte passivo ocorrem a favor de um gradiente de concentração (do meio mais concentrado para o menos concentrado), de modo espontâneo e exotérmico (com liberação de energia). Esses podem ser difusão simples (transporte de solutos através da bicamada lipídica), difusão facilitada (transporte de solutos através das proteínas de membrana, como proteínas-canais e proteínas carreadoras), e osmose (transporte de água através da bicamada e de proteínas aquaporinas). Assim, o processo de transporte passivo inclui todos os outros processos descritos. 8. C Comentário: Osmose é o transporte passivo de água através da membrana plasmática, do meio hipotônico (meio menos concentrado em soluto e mais concentrado em solvente) para o meio hipertônico (meio mais concentrado em soluto e menos concentrado em solvente). Hemácias apresentam uma concentração de 0,9% de NaCl. Ao serem colocadas em meio de concentração 2% de NaCl, esse meio será hipertônico, e elas perdem água por osmose e murcham, sofrendo plasmólise. Se o volume de água na célula diminui, a concentração de solutos na mesma aumenta, como representado no gráfico do item C. 9. C Comentário: Osmose é o transporte passivo de água através da membrana plasmática, do meio hipotônico (meio menos concentrado em soluto e mais concentrado em solvente) para o meio hipertônico (meio mais concentrado em soluto e menos concentrado em solvente). Se a concentração de solutos em uma célula aumenta, como representado no gráfico, a mesma está perdendo água por osmose, o que significa que está num meio hipertônico. Essa perda de água, na qual a célula murcha, caracteriza o fenômeno de plasmólise. 10. Comentário: Células vegetais são envolvidas por uma membrana plasmática semipermeável (de modo que passa solvente, mas não solutos) e uma parede celular permeável (de modo que passam solvente e solutos). Em células vegetais colocadas em meio hipertônico, ocorre perda de água e plasmólise, e a membrana plasmática retrai, se separando da parede celular. Nessas mesmas células vegetais em meio hipotônico, ocorre ganho de água e deplasmólise, com inchaço da célula, sendo que, quando em meio muito hipotônico, ocorre ganho de grandes quantidades de água e turgência, com a célula inchando até seu volume máximo e entrando em equilíbrio, com o excesso de água sendo eliminado devido à resistência da parede celular. Assim, a célula torna-se plasmolisada quando colocada em meio hipertônico, com a solução ocupando o espaço entre a parede celular e a membrana plasmática, de modo que parede celular e membrana plasmática se separam e o vacúolo de suco celular se contrai pela redução na quantidade de água. 11. Comentário: Analisando cada item: Item I: verdadeiro. O transporte ativo ocorre contra o gradiente de concentração, com gasto de energia e através de proteínas de membrana, sendo que: - aminoácidos e monossacarídeos são transportados ativamente da luz do intestino para as células intestinais, no processo de absorção de alimentos, e da luz dos túbulos renais para os capilares sanguíneos, no processo de reabsorção de solutos nos rins; - sódio e potássio são transportados ativamente na bomba de sódio e potássio em todas as células animais; - íons de hidrogênio são transportados ativamente em áreas como o estômago, na formação do HCl do suco gástrico.
3 Item II: falso. O transporte de substâncias de um meio mais concentrado para um meio menos concentrado ocorre sem gasto de energia, por transporte passivo. Item III: verdadeiro. O mecanismo básico envolvido no transporte ativo envolve bombas, que são proteínas transportadores que agem como enzimas para quebrar ATP e fornecer energia para o processo de transporte contra o gradiente de concentração. 12. E Comentário: Osmose é a passagem de água de um meio menos concentrado, hipotônico, para um meio mais concentrado, hipertônico. Hemácias são células anucleadas, apresentando um formado bicôncavo, como representado na figura 3. Na figura 1, com as hemácias plasmolisadas ou crenadas (murchas), pode-se afirmar que a célula perdeu água, de modo que o meio está hipertônico em relação a ela. Na figura 2, com as hemácias deplasmolisadas (inchadas), pode-se afirmar que a célula ganhou água, de modo que o meio está hipotônico em relação a ela. Na figura 3, com as hemácias normais, pode-se afirmar que a célula está em equilíbrio com o meio, que está isotônico em relação a ela. 13. Comentário: O transporte em bloco é o processo de transporte de partículas muito grandes que não conseguem atravessar a membrana plasmática, sendo chamado de endocitose, quando se dá de fora para dentro da célula (fagocitose para partículas sólidas e pinocitose para partículas líquidas), ou de exocitose quando se dá de dentro para fora da célula, como na secreção de proteínas como a insulina. 14. Comentário: Osmose é a passagem de água de um meio hipotônico para um meio hipertônico. Células animais em meio hipertônico (I) perdem água e murcham, sofrendo plasmólise (crenação em hemácias), em meio isotônico II se mantém inalteradas, e em meio hipotônico (III) ganham água e rompem, sofrendo plasmoptise (hemólise em hemácias). Células vegetais, devido à parede celular resistente, em meio hipertônico (I) perdem água e murcham, sofrendo plasmólise (de modo que a membrana descola da parede celular), em meio isotônico II se mantém inalteradas; em meio hipotônico (III) ganham água, mas não rompem, atingindo um equilíbrio sem isotonicidade, de modo que a quantidade de água que entra por osmose iguala à quantidade de água que sai devido à resistência da parede celular, caracterizando a turgência. Assim, analisando cada item: Item I: verdadeiro. Como mencionado, em I a solução é hipertônica, em II a solução é isotônica e, em III a solução é hipotônica. Item II: verdadeiro. Em I, meio hipertônico, as células ficam plasmolisadas; em II, meio isotônico, as células mantêm seu formato normal; em III, meio hipotônico, as células animais sofrem plasmoptise e as vegetais sofrem turgência. Item III: falso. A passagem de água se dá por osmose, e não por difusão facilitada. Item IV: verdadeiro. Como mencionado, as células em I estão plasmolisadas, em II elas estão em volume inalterado, e em III elas estão, as animais plasmolisadas e as vegetais túrgidas. 15. C Comentário: Analisando cada item: Item I: verdadeiro. Segundo o modelo do mosaico fluido, a membrana plasmática é constituída de uma bicamada de fosfolipídios com proteínas mergulhadas totalmente (proteínas integrais ou intrínsecas, que atravessam a bicamada) ou parcialmente (proteínas periféricas ou extrínsecas, que não atravessam a bicamada). As proteínas podem ter agir como proteínas canais ou poros (que não se alteram durante a passagem da substância transportada), proteínas carreadoras ou permeases (que se alteram durante a passagem da substância transportada), proteínas receptoras (para hormônios, neurotransmissores, etc) e proteínas de reconhecimento (como aquelas encontradas no glicocálix, associadas a açúcares). Item II: falso. As células bacterianas apresentam membrana plasmática e, externa à ela, uma parede celular constituída principalmente de peptidioglicanas e ausente nas bactérias do gênero Mycoplasma. Bactérias não possuem glicocálix, que corresponde a oligo e polissacarídeos associados a lipídios (glicolipídios) ou a proteínas (glicoproteínas) na face externa da bicamada lipídica da membrana de células animais. Item III: falso. A bomba de sódio e potássio é o processo de transporte ativo de sódio e potássio através da proteína de membrana com atividade enzimática de quebra de ATP denominada Na + K + ATPase (ou ATPase dependente de sódio e potássio). Item IV: verdadeiro. A concentração de K + é maior dentro da célula do que fora dela, a tendência é que saia K + da célula por difusão através da membrana. E como a concentração de Na + é maior fora do que dentro da célula, a tendência é que entre Na + na célula por difusão. Para reposicionar os íons que se movimentaram por difusão em seus meios de origem, restaurando as concentrações originais de cada um, a bomba reposiciona os íons que se moveram por difusão. Como existe mais Na + que K +, proporcionalmente entra mais sódio do que sai potássio, o que faz com que a bomba trabalhe de maneira as simétrica: para cada molécula de ATP utilizada, dois íons K + entram na célula e três íons Na + saem da mesma. Como saem três cargas positivas (equivalentes aos três Na + ) para cada duas cargas positivas que entram (equivalentes aos dois K + ), isto significa que, todo o tempo, está saindo uma carga positiva. Assim, o meio externo fica positivo em relação ao interno, que fica então negativo, num fenômeno que é conhecido como polaridade de membrana, a base para a transmissão do impulso nervoso. Item V: verdadeiro. A fagocitose é o englobamento de partículas sólidas pela célula. Este englobamento ocorre devido a projeções citoplasmáticas (evaginações da membrana), denominadas pseudópodes, que envolvem a partícula, formando uma vesícula de membrana, e posteriormente o conteúdo desta vesícula, isto é, a partícula englobada, é digerida intracelularmente. Leucócitos utilizam esse processo no combate a infecções e no processo de involução uterina pós-parto.
4 16. D Comentário: Células vegetais são dotadas de uma parede celular permeável, flexível e altamente resistente. Apesar disso, não há ligação entre a parede celular e a membrana plasmática, de modo que elas não estão ''coladas'' uma na outra. Ao se colocar células vegetais em meio hipertônico, elas perdem água por osmose e murcham, sofrendo plasmólise. Nela, a água perdida é proveniente do vacúolo de suco celular que ocupa praticamente todo volume do citoplasma, de modo que o citoplasma se retrai (diminui de volume) e a membrana celular separa da parede celular, mas o arcabouço celular representado pela parede celular não se altera, sendo que o volume da célula não se altera de modo significativo. Ao se colocar células vegetais em meios hipotônicos, elas ganham água por osmose e incham, sofrendo deplasmólise. Se a entrada de água é muito intensa, não há plasmoptise na célula vegetal porque a parede celular oferece resistência à entrada de água, de modo a ocorrer turgência. Nesse processo, há um equilíbrio dinâmico quando a célula vegetal chega em seu volume máximo: a quantidade de água que entra por osmose é igual à água que sai devido à resistência da parede celular. Assim, se a célula incha na solução I, o meio é hipotônico (situação 2), se a célula permanece inalterada na solução 2, o meio é isotônico, e se a célula murcha na solução III, o meio é hipertônico (situação 1). As situações 1 e 2 correspondem, então, às figuras III e I, respectivamente. 17. Comentário: O transporte passivo de substâncias por difusão simples tem velocidade do transporte diretamente proporcional à diferença de concentração da molécula transportada. O transporte passivo de substâncias por difusão facilitada é mediado por um carreador, aumentando de velocidade com o aumento da concentração da substância a ser transportada; no entanto, a velocidade de transporte se aproxima de um valor máximo quando a proteína carreadora está saturada, com todos os carreadores ocupados, de modo que a velocidade passa a ser constante. Como a velocidade de transporte de A é proporcional à concentração extracelular, trata-se de difusão simples. Como a velocidade de transporte de B assume um valor constante em altas concentrações, conclui-se que ocorreu saturação, de modo que se trata de difusão facilitada. 18. E Comentário: Células vegetais são dotadas de uma parede celular permeável, flexível e altamente resistente. Apesar disso, não há ligação entre a parede celular e a membrana plasmática, de modo que elas não estão ''coladas'' uma na outra. Ao se colocar células vegetais em meio hipertônico, elas perdem água por osmose e murcham, sofrendo plasmólise. Nela, a água perdida é proveniente do vacúolo de suco celular que ocupa praticamente todo volume do citoplasma, de modo que o citoplasma se retrai (diminui de volume) e a membrana celular separa da parede celular, mas o arcabouço celular representado pela parede celular não se altera, sendo que o volume da célula não se altera de modo significativo. Ao se colocar células vegetais em meios hipotônicos, elas ganham água por osmose e incham, sofrendo deplasmólise. Se a entrada de água é muito intensa, não há plasmoptise na célula vegetal porque a parede celular oferece resistência à entrada de água, de modo a ocorrer turgência. Nesse processo, há um equilíbrio dinâmico quando a célula vegetal chega em seu volume máximo: a quantidade de água que entra por osmose é igual à água que sai devido à resistência da parede celular. Assim, analisando cada item: Item A: falso. Em meio hipotônico, a célula ganha água por osmose e incha, aumentando a resistência da parede celular à entrada de água (ou seja, M aumenta). Item B: falso. Em meio isotônico, a célula atinge um equilíbrio, e a célula se mantém com volume constante, de modo a não murchar nem inchar. Item C: falso. Em meio hipertônico, a célula perde água por osmose e plasmolisa, separando a parede celular da membrana plasmática e diminuindo a resistência da parede celular à entrada de água (ou seja, M diminui). Item D: falso. Quando a célula está túrgida, ocorre equilíbrio dinâmico, de tal modo que a quantidade de água que entra por osmose se iguala à quantidade de água que sai pela resistência da parede celular, ou seja, Si = M e Sc = 0. Item E: verdadeiro. Como discutido acima, com a célula túrgida, M = Si, e o volume da célula fica constante. 19. Comentário: Transporte passivo é aquele que ocorre a favor de um gradiente de concentração, ou seja, do meio mais concentrado (hipertônico) para o menos concentrado (hipotônico). No caso da glicose, ocorre difusão facilitada, com o transporte passivo se dando por proteínas carreadoras específicas. Quanto maior a concentração de glicose a ser transportada, mais proteínas carreadoras são acionadas, aumentando a velocidade de transporte. Quando todas as proteínas carreadoras estão em ação, diz-se que estão saturadas e a velocidade de transporte é máxima e constante. Assim, se no início do experimento ocorre no meio de cultivo uma concentração de glicose que mantém o carreador saturado, a velocidade inicial de transporte é máxima e constante. Com três minutos, o bloqueio do metabolismo da glicose já absorvida leva ao acúmulo de glicose dentro da célula, de modo que o aumenta a concentração de glicose dentro da célula, dificultando sua entrada por difusão facilitada, que então diminui de velocidade. 20. Comentário: Em condições normais, a concentração de íons potássio dentro das células é maior do que fora delas. Assim, existe uma tendência à saída de potássio das células por difusão, que nesse caso é difusão facilitada, uma vez que ocorre por canais proteicos de membrana. A bomba de sódio e potássio, através de transporte ativo e, consequentemente, com consumo de ATP,
5 devolve os íons potássio que saíram por difusão de volta para o interior da célula. Se a substância mencionada no texto promove a diminuição da concentração intracelular do íon potássio, pode atuar de três maneiras: - diminuindo a atividade da bomba de sódio e potássio, o que impede o transporte ativo do mesmo para dentro da célula; - aumentando a difusão de potássio para fora da célula; - diminuindo a produção de ATP, o que impede a ação da bomba de sódio e potássio. As três situações descritas estão representadas no gráfico I. 21. Comentário: O transporte ativo é aquele que ocorre contra um gradiente de concentração, com gasto de energia, sendo mediado por um carreador proteico com ação ATPásica, ou seja, que quebra ATP para fornecer energia para o transporte. No caso em questão, quanto maior a concentração de soluto no meio de origem, menor a diferença de concentração em relação ao meio de destino, de modo que o transporte ativo pode ser mais rápido. Considerando que a concentração do soluto no meio de origem não se iguale ou ultrapasse a do meio de destino, continuando o transporte a ocorrer contra o gradiente de concentração, ou seja, por transporte ativo, a partir de certa concentração de soluto, todas as proteínas carreadoras estão em ação, estando saturadas e com velocidade de transporte máxima e constante, o que está representado no gráfico 2 (situação I). Se for inibida a produção de ATP, não ocorrerá transporte passivo e a velocidade inicial do mesmo será, consequentemente, nula, como está representado no gráfico 2 (situação II). O transporte passivo é aquele que ocorre a favor de um gradiente de concentração, sem gasto de energia, sendo que a difusão facilitada é um tipo transporte passivo mediado por um carreador proteico. Quanto maior a concentração de soluto a ser transportado, mais proteínas carreadoras são acionadas, aumentando a velocidade de transporte. Quando todas as proteínas carreadoras estão em ação, diz-se que estão saturadas e a velocidade de transporte é máxima e constante. Tanto na ausência (situação III) como na presença de um inibidor de ATP (situação IV), que não afeta o transporte passivo, uma vez que não depende de consumo de energia, o gráfico que representa o transporte passivo é o Comentário: Mecanismos de transporte ativo através da membrana celular ocorrem contra um gradiente de concentração, ou seja, do meio menos concentrado (hipotônico) para o meio mais concentrado (hipertônico). Esse processo se dá de modo não espontâneo e endotérmico, sendo realizado por proteínas transportadoras chamadas bombas, que utilizam a energia da quebra do ATP no processo. O principal exemplo de transporte ativo em células animais se dá com a bomba de sódio e potássio, que constantemente bombeia sódio para fora e potássio para dentro da célula, de modo que o teor de sódio no meio extracelular é maior que o teor de sódio no meio intracelular e o teor de potássio no meio intracelular é maior que o teor de potássio no meio extracelular. Essa diferença de concentração iônica, e consequentemente de polaridade elétrica, é chamada de potencial de membrana e é a base para a condução do impulso nervoso. Assim, pode-se afirmar que a opção correta é a de letra A. 23. Comentário: O processo de difusão simples ocorre de modo passivo através da bicamada lipídica, sendo mais veloz quanto maior for a diferença de concentração entre os dois meios envolvidos. Os processos de difusão facilitada e transporte ativo ocorrem através de proteínas de transporte que, quando em grandes concentrações do substrato a ser carreado, saturam e passam a assumir uma velocidade máxima e constante de transporte. Assim, os gráficos que representam adequadamente as situações analisadas são os da opção A. 24. Comentário: Analisando cada item: Item I: falso. As membranas celulares são constituídas por uma dupla camada de fosfolipídios, os quais são anfipáticos, com porções apolares (hidrofóbicas) voltadas para o interior da membrana e porções polares (hidrofílicas) voltadas para as superfícies da membrana. Item II: verdadeiro. Como a bicamada lipídica é apolar e, de acordo com a regra do semelhante dissolve semelhante, moléculas apolares atravessam a bicamada mais facilmente. Assim, quanto menor a molécula e quanto mais apolar ela for, maior a velocidade de transporte através da bicamada. Item III: verdadeiro. Moléculas apolares pequenas como oxigênio molecular (O 2 ) e o dióxido de carbono (CO 2 ) atravessam rapidamente a bicamada lipídica das membranas por difusão. Item IV: falso. Moléculas polares não carregadas, desde que muito pequenas, como água e etanol, também atravessam a bicamada lipídica, mas moléculas polares de tamanho pouco maior, como a glicose, só podem passar pelas proteínas de membrana. 25. E Comentário: Osmose é o transporte passivo de água através da membrana plasmática, do meio hipotônico (meio menos concentrado em soluto e mais concentrado em solvente) para o meio hipertônico (meio mais concentrado em soluto e menos concentrado em solvente).
6 Se a concentração de solutos em uma célula diminui, como representado no gráfico, a mesma está ganhando água por osmose, o que significa que está num meio hipotônico. Como a concentração inicial é de 10 unidades por mil, a única das opções em que a concentração é menor do que essa (hipotônica) é a do item E, ou seja, de 5 unidade por mil. 26. Comentário: O celofane funciona como uma membrana semipermeável, de modo que o amido não consegue atravessá-la por difusão, e assim não atinge o meio circundante com iodo. Desse modo, o iodo mantém a cor marrom, não assumindo a cor azul por não reagir com o amido, uma vez que não atravessa a membrana de celofane. 27. Comentário: Mecanismos de transporte passivo ocorrem a favor de um gradiente de concentração (do meio mais concentrado para o menos concentrado), de modo espontâneo e exotérmico (com liberação de energia). Esses podem ser de três tipos: - difusão simples ou diálise, que é o transporte de solutos através da bicamada lipídica; esse processo transporta substâncias apolares pequenas (como O 2, CO 2 e lipídios) e substâncias polares muito pequenas sem carga (como NH 3 ). - difusão facilitada, que é o transporte de solutos através das proteínas de membrana; esse processo transporta substâncias polares pequenas sem carga (como aminoácidos e monossacarídeos) ou com carga (como íons). - osmose, que é o transporte de solvente (água) através da bicamada e de proteínas denominadas aquaporinas; ela ocorre do meio hipotônico (meio menos concentrado em soluto e mais concentrado em solvente) para o meio hipertônico (meio mais concentrado em soluto e menos concentrado em solvente). Mecanismos de transporte ativo ocorrem contra de um gradiente de concentração (do meio menos concentrado para o mais concentrado), de modo não espontâneo e endotérmico (com consumo de energia), sempre através de proteínas de membrana. Assim, A é difusão simples, B é difusão facilitada e C é transporte ativo. 28. Comentário: O transporte de substâncias lipossolúveis (apolares) através da membrana plasmática se dá por difusão simples ou diálise, que é o transporte de solutos através da bicamada lipídica. 29. FVFVV. Comentário: A palytoxina e a ouabaína são substâncias químicas que causam alterações no funcionamento normal das células de mamíferos. O efeito da ouabaína é bastante conhecido, sendo um inibidor da enzima sódio e potássio ATPase, o que impede o funcionamento normal da bomba de sódio e potássio e, conseqüentemente, altera a regulação osmótica celular, ocasionando comprometimento das funções de manutenção normal de íons, como o Na + e o K +, dentro e fora da célula. Já a palytoxina atua causando a hemólise celular, com danos diretos à membrana celular. A palytoxina, a ouabaína e o potássio competem pelo mesmo sítio específico de ligação, que corresponde a uma das subunidades da enzima sódio e potássio ATPase. A pré-incubação de hemácias em meio de cultura de células contendo ouabaína faria com que todos esses receptores ficassem ocupados, não permitindo a ligação da palytoxina posteriormente adicionada no experimento e, consequentemente, não desencadeando a hemólise nas células sanguíneas usadas no experimento. Já a incubação de hemácias normais em meio contendo palytoxina causaria a hemólise celular, independentemente da adição posterior de ouabaína ao meio. As células de animais geneticamente modificados, de modo que a enzima sódio e potássio ATPase passasse a apresentar as subunidades receptoras defeituosas, não poderiam se ligar à ouabaína nem à palytoxina, impedindo seu efeito nas células; entretanto, essas células perderão a capacidade de regulação osmótica, pois a subunidade receptora defeituosa também não poderá se ligar ao potássio, íon importante nesse processo de regulação osmótica. Células de animais geneticamente modificados e normais submetidos ao contado com ouabaína se comportariam da mesma maneira no que diz respeito à regulação osmótica, pois o grupo A não sofrerá os efeitos da ouabaína, entretanto terá, de qualquer maneira, a sua regulação osmótica alterada, e o grupo B sofrerá os efeitos da ouabaína, tendo também seu processo regulatório danificado. 30. Na desidratação severa, a hidratação com água contendo sal e açúcar tem a finalidade de repor o sódio (Na + ) perdido, já que o sódio só pode ser absorvido junto com a glicose pela proteína transportadora, por co-transporte do tipo simporte. 31. A) 1B ou C; 2A; 3B; A é difusão simples, transporte de solutos apolares a favor do gradiente pela bicamada lipídica; B é difusão facilitada, transporte de solutos polares a favor do gradiente por proteínas carreadoras; C é transporte ativo, transporte de solutos contra o gradiente por proteínas carreadoras com atividade ATPásica. B) A alface perdeu água por osmose por ter sido exposta a um meio hipertônico. 32.
7 A) Transporte ativo secundário. A princípio, o houve passagem a favor do gradiente, e depois a passagem continuou contra o gradiente. Assim, a concentração intracelular de X, inicialmente menor que a extracelular, aumentou após a incubação, tornandose maior do que a extracelular e caracterizando um tipo de transporte contra gradiente de concentração, dependente de gasto energético. B) Devido à bomba de sódio e potássio, o meio extracelular terá mais sódio que o meio intracelular, como ocorre no quadrante A. 33. A) O salgamento desidrata as bactérias decompositoras por osmose. B) Sim, uma vez que a parede celular impede a plasmoptise. C) A bomba de sódio e potássio mantém a baixa concentração intracelular de sódio, o que força sua entrada por difusão. Como o sódio entra em co-transporte com a glicose, a difusão de sódio fornece energia para carregar. 34. questão cobre o tema de Biologia Celular, enfocando os efeitos da tonicidade do meio sobre o volume celular. Ao tratar as folhas de Elodea com a solução A, o técnico de laboratório observou, sob microscopia óptica, que as células apresentaram o mesmo aspecto daquelas imersas na solução isotônica de NaCl, então, pôde concluir que a solução A era isotônica com as células. Com a solução B, observou que as células de Elodea ficaram mais túrgidas, portanto, esta solução era hipotônica em relação às células e, assim, menos concentrada que a solução A (isotônica). Ao gotejar as células com a solução C, verificou que as células ficaram mais murchas que aquelas da Elodea submetidas à solução A, o que deu para concluir que a solução C era hipertônica em relação às células, pois o fato de terem murchado significa que o meio era mais concentrado que as células. Ao visualizar as células após gotejar a solução D verificou que as mesmas ficaram mais murchas que aquelas da solução A, porém menos murchas que as da solução C. Assim, pôde concluir que as concentrações das soluções seguiam a seguinte ordem decrescente [C] > [D] > [A] > [B]. Assim, pôde inferir que [C] = 0,8M; [D] =0,6M; [A] = 0,4M e [B] = 0,2M. Quanto ao item II da questão, as células de Elodea não estouraram quando gotejadas com a solução B (hipotônica em relação às células) porque, como as de todos os vegetais, possuem parede celular, que é uma estrutura rígida e externa à membrana plasmática, proporcionando resistência contra o rompimento da membrana com o aumento do volume celular. 35. A) Tanto em diarreias como na sudorese excessiva, a perda de água é acompanhada de perda de íons como sódio e potássio. Assim, a reposição de água deve ser acompanhada da reposição desses íons. No caso da reposição por via oral, para que ocorra absorção de sódio pelo epitélio do intestino, se faz necessária a adição de glicose, uma vez que a entrada de sódio e glicose se dá por um mecanismo de cotransporte, onde só pode haver a entrada das duas substâncias simultaneamente. B) A massa molecular da sacarose é bem maior que a do cloreto de sódio, de modo que, apesar de a quantidade de moléculas (ou de mol) ser a mesma, a massa de açúcar é maior do que a de sal. 36. quantidade de aquaporinas deverá ser maior no paciente. A elevada concentração de solutos indica desidratação causada pela diarreia e, portanto, a necessidade de reabsorver água, reduzindo sua perda na urina. 37. A) As soluções eram hipertônicas, pois foram capazes de reduzir o volume celular por perda de água devida à osmose. B) O soluto A foi capaz de atravessar a membrana pois, após algum tempo, o volume celular foi restaurado, indicando que as concentrações intracelulares e extracelulares se igualaram. 38. A) (x) O transporte da substância S2 é mediado por carreador. (x) A substância S1 é transportada por difusão simples. B) O transporte da substância S1 é feito por difusão simples, enquanto que a substância S2 é transportada por carreador. Na difusão simples, a velocidade do transporte é diretamente proporcional à concentração da molécula transportada. Já no transporte mediado por carreador, a velocidade de transporte se aproxima de um valor máximo quando a proteína carreadora está saturada (todos os sítios ligantes estão ocupados), pois este transporte depende da ligação da molécula a ser transportada à proteína carreadora. 39. A) (X) por difusão simples, através da bicamada lipídica da membrana citoplasmática. B) Sendo um lipídio esteroide de peso molecular intermediário (não é macromolécula), o colesterol atravessa a membrana por difusão simples via bicamada lipídica, e não por proteínas ou endocitose.
8 40. Se no meio A, hipertônico, não houve alteração de volume, é porque as concentrações se tornaram iguais por difusão do soluto, e se o soluto pode passar pela membrana, é porque as partículas são bastante pequenas. Se no meio B, também hipertônico, houve plasmólise, é porque houve perda de água, ou seja, o solvente se deslocou porque o soluto é muito grande para atravessar a membrana. Uma ressalva: na verdade, se há difusão, também tem que haver osmose, de modo que, na verdade, em A, a água deve ter se deslocado por osmose junto com a ocorrência da difusão, mas uma vez que o soluto atravessa a membrana, a água o acompanha por osmose, retornando o volume da célula ao original. Assim, a célula altera seu volume a princípio, mas retoma seu volume original, enquanto que em B, a célula altera seu volume, mas não retoma seu volume original.
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