Patrimônio Líquido. Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas e Retificação de Erro. Agosto Elaborado por:
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1 Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) , (teleatendimento), fax (11) web: Rua Rosa e Silva, 60 Higienópolis São Paulo SP Presidente: Luiz Fernando Nóbrega Gestão SEÇÃO S 22 Patrimônio Líquido SEÇÃO 10 Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas e Retificação de Erro A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Agosto 2012 Elaborado por: Paulo César Raimundo Peppe O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). Acesso gratuito pelo portal do CRC SP
2 Canal IFRS -PMEs TEMA: CPC PME NBC TG RESOLUÇÃO CFC Nº 1.255/09 SEÇÃO 22 PATR. LÍQUIDOL SEÇÃO 10 POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇAS AS DE ESTIMATIVAS E RETIFICAÇÃO DE ERRO CONTAS CORRELATAS Empresa ABC Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Expresso em milhares de reais) ATIVO Circulante Caixa e Equivalentes de Caixa Contas a Receber Adiantamentos a Terceiros Impostos a Compensar Estoques Outras Obrigações Não Circulante Depósitos Judiciais Investimento em Coligadas Imobilizado Intangível TOTAL ATIVO
3 CONTAS CORRELATAS PASSIVO Circulante Saques a Descoberto em Bancos Fornecedores Empréstimos a Pagar Impréstimos e Contribuições a Recolher Outras Obrigações Não Circulante Empréstimos a Pagar Provisão para Contingências Patrimônio Líquido Capital Social Ajuste a Valor Patrimonial (-) Ações em Tesouraria Reserva de Lucros TOTAL PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras Resultado Financeiro Líquido Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro IR e CSLL Resultado líquido das Operações Continuadas Resultado líquido das Operações Descontinuadas Resultado Líquido do Período
4 CONCEITUAÇÃO DEFINIÇÃO DA NBC TG CPC PME Seção Patrimônio Líquido É a diferença entre o total dos ativos da entidade e todos os seus passivos. Um passivo é uma obrigação presente da entidade, originada de eventos já ocorridos, cuja liquidação deve resultar em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos. CONCEITUAÇÃO DEFINIÇÃO DA NBC TG CPC PME Seção Patrimônio Líquido Inclui os investimentos realizados pelos proprietários da entidade, mais adições a esses investimentos obtidas por meio de operações rentáveis e retidas para utilização nas operações da entidade (Lucros Acumulados), menos reduções como resultado de operações não rentáveis (Prejuízos Acumulados), ou distribuições aos proprietários. 4
5 22.7 Emissão original de ações ou outros títulos patrimoniais A entidade deve reconhecer a emissão de ações ou outros títulos patrimoniais como PL quando emitir esses instrumentos e a outra parte for obrigada a conceder caixa ou outros recursos a entidade em troca dos instrumentos: a) se os títulos patrimoniais forem emitidos antes da entidade receber o caixa ou os outros ativos, a entidade deve apresentar o valor recebível como redução do PL no seu BP, e não como ativo; 22.7 Emissão original de ações ou outros títulos patrimoniais b) se a entidade receber o caixa ou os outros ativos antes dos títulos patrimoniais serem emitidos e a entidade não puder ser exigida a reembolsá-los, deve reconhecer o aumento correspondente no PL na extensão dos valores recebidos; 5
6 22.7 Emissão original de ações ou outros títulos patrimoniais c) se, na extensão em que os títulos patrimoniais tenham sido subscritos, mas não emitidos, e a entidade ainda não tenha recebido o caixa ou os outros recursos, a entidade não deve reconhecer o aumento no PL Mensuração dos títulos patrimoniais A entidade deve mensurar os títulos patrimoniais pelo valor justo de caixa ou dos outros recursos recebidos ou recebíveis, líquido dos custos diretos da emissão dos instrumentos patrimoniais. Se o pagamento é a prazo e o valor do dinheiro no tempo for material, a mensuração inicial deve ser na base de valor presente. 6
7 22.9 Contabilização dos Custos de Transação Patrimonial. A entidade deve contabilizar os custos de transação patrimonial como dedução do PL, pelo valor líquido de qualquer benefício tributário correspondente Apresentação Deverá ser apresentado no BP conforme determinado pelas leis aplicáveis. Ex.: O valor face das ações e o valor pago em excesso podem ser apresentados separadamente. Seções a Outras situações que devem ser observadas são: 1. venda de opção, direito de subscrição e warrant; 2. capitalização ou bonificação em ações e desdobramento de ações; 3. dívida conversível ou instrumentos financeiros compostos similares; 4. ações ou quotas em tesouraria; 7
8 Seções a Outras situações que devem ser observadas são: 5. distribuição para os proprietários; e 6. participação dos não controladores e transações com ações de controlada consolidada. Canal IFRS -PMEs TEMA: CPC PME NBC TG RESOLUÇÃO CFC Nº 1.255/09 SEÇÃO 10 POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇAS AS DE ESTIMATIVAS E RETIFICAÇÃO DE ERRO 8
9 ALCANCE DESTA SEÇÃO 10.1 Fornece orientação para a seleção e aplicação das políticas (práticas) contábeis usadas na elaboração de DCs. Cobre também mudanças nas estimativas contábeis e correção de erros de DCs pertinentes a períodos anteriores. SELEÇÃO E APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS 10.2 As políticas contábeis são princípios específicos, bases, convenções, regras e práticas aplicadas pela entidade na elaboração e apresentação de DCs Se esta Norma trata de transação específica, outro evento ou condição, a entidade deve aplicá-la. A entidade não precisa seguir a exigência desta Norma se o efeito de sua aplicação não for relevante. 9
10 SELEÇÃO E APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS 10.4 Se esta Norma não trata de uma transação específica, outro evento ou condição, a administração da entidade deve usar seu julgamento no desenvolvimento e aplicação da prática contábil que resulte em informações que sejam: a) relevantes às necessidades para a tomada de decisão econômica dos usuários; e SELEÇÃO E APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS b) confiáveis, no sentido de que as DCs: i. representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade; ii. reflitam a substância econômica das transações, de outros eventos e condições, e não meramente sua forma legal; 10
11 SELEÇÃO E APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS b) confiáveis, no sentido de que as DCs: iii. sejam neutras, isto é, sem distorção ou tendenciosidade; iv. sejam prudentes; e v. sejam completas em todos os aspectos relevantes. CONSISTÊNCIA DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS A entidade deve selecionar e aplicar suas práticas contábeis consistentemente para transações, outros eventos e condições, a menos que esta Norma exija ou permita, especificamente a categorização de itens, para os quais práticas diferentes possam se apropriadas. Se esta Norma exigir ou permitir tal categorização, uma prática contábil apropriada deve ser selecionada e aplicada para cada categoria, de forma consistente. 11
12 MUDANÇA NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS 10.8 A entidade deve mudar uma prática contábil somente se a mudança: a. for exigida por mudança nesta Norma; ou b. resultar em DCs que forneçam informações mais relevante e confiável sobre os efeitos de transações, de outros eventos ou condições, em relação à posição patrimonial e financeira, ao desempenho ou aos fluxos de caixa da entidade. MUDANÇA NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS 10.9 Não se constituem mudanças nas práticas contábeis: a. aplicação de prática contábil para transações, outros eventos ou condições que diferem, em substância dos anteriormente ocorridos; b. aplicação de nova prática contábil para transações, outros eventos ou condições que não ocorreram anteriormente ou não eram relevantes; 12
13 MUDANÇA NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS c. mudança feita para o método do custo quando a mensuração confiável do valor justo não está mais disponível (ou vice-versa) para um ativo que deveria ou poderia ser avaliado, com base no valor justo Se esta Norma permite a escolha de tratamento contábil para uma transação específica, ou outro evento ou condição, e a entidade muda sua escolha anterior, trata-se de mudança na prática contábil. APLICANDO MUDANÇA NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS A entidade deve contabilizar as mudanças de prática contábil da seguinte forma: a. segundo as condições das disposições transitórias, se houver, especificadas naquela emenda; b. se a entidade decidir seguir a NBC TG 38 Instr. Finan. Rec. e Mensuração e não as Seções Pertinentes desta norma, deverá explicar as mudanças; c. contabilizar todas as mudanças RETROSPECTIVAMENTE. 13
14 APLICAÇÃO RETROSPECTIVA A entidade deve aplicar a nova prática contábil às informações comparativas de exercícios anteriores à data mais antiga para a qual é praticável, como se a nova prática contábil sempre tivesse sido aplicada. Quando é impraticável determinar os efeitos, em um período único, de mudança na prática contábil sobre informações comparativas para um ou mais exercícios anteriores, a entidade deve: APLICAÇÃO RETROSPECTIVA APLICAR A NOVA PRÁTICA CONTÁBIL aos valores contábeis dos ativos e passivos no início do exercício mais antigo para o qual a aplicação retrospectiva é praticável, que pode ser o EXERCÍCIO CORRENTE, e fazer o correspondente ajuste no saldo de abertura de cada componente afetado do patrimônio líquido para aquele exercício. 14
15 DIVULGAÇÃO DE MUDANÇA NA PRÁTICA CONTÁBIL Quando uma alteração tem efeito sobre o exercício corrente ou quaisquer períodos anteriores ou possa ter efeitos sobre os exercícios futuros a entidade deve divulgar: a) natureza da alteração na prática contábil; b) na medida do possível, o valor do ajuste de cada rubrica afetada das DCs para o exercício corrente e para cada período anterior; DIVULGAÇÃO DE MUDANÇA NA PRÁTICA CONTÁBIL c) o valor do ajuste relacionado aos exercícios anteriores aos apresentados, na medida do possível; d) uma NE, caso seja impraticável determinar os valores a serem divulgados em (b) ou (c) acima. As DCs subsequentes não precisam repetir essas divulgações. 15
16 DIVULGAÇÃO DE MUDANÇA NA PRÁTICA CONTÁBIL Quando uma mudança voluntária na prática contábil tem efeito sobre o exercício corrente ou qualquer período anterior, a entidade deve divulgar: a) natureza da alteração na prática contábil; b) os motivos porque a aplicação da nova prática contábil fornece informações mais relevantes e confiáveis; DIVULGAÇÃO DE MUDANÇA NA PRÁTICA CONTÁBIL c) na medida do possível o valor do ajuste de cada rubrica afetada nas DCs, divulgar separadamente: i. para o exercício corrente; ii. para cada período anterior apresentado; e iii. de modo agregado, para exercícios anteriores aos apresentados. d) uma NE, caso não seja praticável determinar os valores a serem divulgados em (c) acima. As DCs subsequentes não precisam repetir essas divulgações. 16
17 MUDANÇA NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS É um ajuste do valor contábil de ativo ou passivo, ou do valor do consumo periódico de ativo decorrente da avaliação da posição corrente e esperada dos benefícios futuros e obrigações associadas com ativos e passivos. Alterações nas estimativas, não são correção de erros; Na dificuldade em diferenciar mudança de prática contábil ou em estimativa, deverá ser tratada como MUDANÇA EM ESTIMATIVA CONTÁBIL. RECONHECIMENTO NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS A entidade deve reconhecer o efeito de mudança em estimativa contábil, prospectivamente, incluindo-a no resultado no: a) exercício da mudança, se a mudança afetar somente esse exercício; ou b) exercício da mudança e exercícios futuros se a mudança afetar ambos. 17
18 DIVULGAÇÃO DE MUDANÇA NA ESTIMATIVA A entidade deve divulgar a natureza de qualquer mudança em estimativa contábil e o efeito dessa mudança sobre os ativos, passivos, receitas e despesas do exercício corrente. Se a entidade conseguir estimar o efeito da mudança em um ou mais exercícios futuros, ela deve divulgar essa estimativa. RETIFICAÇÃO DE ERROS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES Erros de exercícios anteriores são omissões e má apresentação nas DCs de um ou mais exercícios anteriores, decorrente de falha no uso ou de uso errôneo de informações confiáveis que: a) estavam disponíveis quando as DCs daqueles exercícios foram autorizadas para emissão; e b) poderiam ter sido obtidas e levadas em consideração na elaboração e apresentação daquelas DCs. 18
19 NATUREZA DOS ERROS Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação das práticas contábeis, omissões ou interpretações erradas dos fatos e fraudes Na medida do possível, a entidade deve corrigir o erro material, RETROSPECTIVAMENTE nas primeiras DCs autorizadas para emissão após sua descoberta, por meio de: NATUREZA DOS ERROS a) reapresentação dos valores comparativos para os exercícios anteriores apresentados em que o erro ocorreu; ou b) se o erro ocorreu antes do período mais antigo apresentado, recalculando o saldo inicial dos ativos, passivos e patrimônio líquido do período anterior mais antigo apresentado. 19
20 DIVULGAÇÃO DE ERROS DE EXERCÍCIO ANTERIOR A entidade deve divulgar o seguinte sobre erros de exercícios anteriores: a) a natureza do erro do período anterior; b) para cada período anterior apresentado, na medida do possível, o valor da correção para rubrica das DCs afetadas; c) na medida do possível, o valor da correção no início do período anterior mais antigo apresentado; d) uma NE, caso seja impraticável determinar os valores a serem divulgados em (b) e (c) acima. CONTATO: desenvolvimento@crcsp.org.br 20
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