COMENTÁRIO DA PROVA DE HISTÓRIA Professores Daniel Hortêncio de Medeiros, Renato Mocellin e Rogério Bastos Vieira

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1 COMENTÁRIO DA PROVA DE HISTÓRIA Professores Daniel Hortêncio de Medeiros, Renato Mocellin e Rogério Bastos Vieira O que se esperava da prova de História, aconteceu: questões nas quais se exigia leitura atenta, cuidadosa. Temas que apareceram, ora de maneira clara, ora exigindo interpretação. Com exceção da questão 25 embora o tema seja relevante e tenha sido destacado na revisão de véspera que provavelmente induziu bons alunos(as) ao erro (o que não ajuda a selecionar os mais preparados), a prova atendeu às expectativas. Que venha a segunda fase! 1 HISTÓRIA

2 Conforme indicamos, já era esperada uma questão sobre a História da América. A escolha foi a independência do Haiti, o único processo de libertação colonial que articulou a emancipação política com a abolição da escravidão. Ótima questão. 2 HISTÓRIA

3 Boa questão. A Conferência de Bandung realizada na Indonésia reuniu chefes de Estado de 29 países asiáticos e africanos. A conferência condenou o racismo, o colonialismo e a corrida armamentista. Defendeu o não alinhamento: nem Moscou, nem Washington. 3 HISTÓRIA

4 Interpretação de texto. Lembram? Quando o enunciado afirmar: "De acordo com o(s) texto(s) acima", não é propriamente uma questão de História. Daí você vai procurando onde há mais segurança e trabalhando as alternativas. A 1 é claramente correta: lá se foi a letra "D", o item 4 é claramente falso e, com isso os itens "B" e "E". A solução, então, residia no item 3. Muitos alunos quiseram dar uma interpretação pessoal às palavras e ficaram invocados com a palavra "perdão". Ora, perdoar é esquecer total ou parcialmente um delito e/ou seus efeitos. Logo, letra C. 4 HISTÓRIA

5 Os elaboradores consideraram que o aluno(a) do Ensino Médio precisavam saber o significado de "Guerra Justa", expressão vinculada à Igreja Católica e que teve larga utilização nos conflitos apoiados por ela. Esse apoio também se expressou nos ataques dos portugueses às tribos indígenas que não se submetiam à colonização e à catequese. Letra A. Resolução: Questão vista na revisão de véspera. Abordagem clássica sobre a Revolução Industrial. 5 HISTÓRIA

6 Boa questão sobre o imaginário medieval. As características elementares da sociedade feudal estão corretamente indicadas na afirmativa C e os alunos bem preparados certamente as reconheceram. Outra possibilidade de resolução da questão era a eliminação dos itens incorretos que mencionam de forma anacrônica e cristianismo protestante (século XVI) e a possibilidade de grande mobilidade social. Resolução: Conforme recomendamos aos nossos alunos, a realização das olimpíadas em 2016 no Brasil indicava a possibilidade de abordagem do tema na prova de História. A origem dos Jogos na Grécia Antiga, em Olímpia (776 a.c.) e a realização da primeira olimpíada da era moderna em Atenas (1896) certamente foram conhecimentos utilizados pelos nossos alunos para excluírem as alternativas falsas. Lamentamos a elaboração de uma questão "de almanaque" diante de tantas possibilidades de abordagem do tema que poderiam privilegiar o conteúdo de História do Ensino Médio. O destaque negativo foi o item "E" que poderia induzir o bom aluno ao erro. 6 HISTÓRIA

7 Bastava que os alunos(as) lembrassem do centenário do fim da Guerra do Contestado e a questão estaria resolvida. E não foi por falta de avisar, lembrar e insistir sobre a possibilidade de a Guerra do Contestado aparecer. Letra B. 7 HISTÓRIA

8 Na nossa revisão de véspera, quando analisamos as tendências da prova da UFPR, destacamos 3 temas: negros, índios e o regime militar. Nessa questão, 2 desses temas apareceram juntos, em uma referência indireta às obras do governo civil-militar na Amazônia, particularmente a Transamazônica. Letra E. Resolução: 8 HISTÓRIA