Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco DISCIPLINA. Construção Civil II

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Thiago Azambuja Macedo
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1 Curso: Engenharia Civil Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco DISCIPLINA Construção Civil II Aula 08 Coberturas em telhados Prof. Dr. Alberto Casado Lordsleem Jr. Sumário Aula 08 Coberturas Funções Tipos principais Características Coberturas em telhados Telhado Partes constituintes Trama Estrutura de apoio Sistema de captação de águas pluviais Execução de telhamento em telhas cerâmicas 1

2 COBERTURAS Funções Proteção Segurança Estanqueidade Isolação termo-acústica Estética Valorização COBERTURAS Tipos principais Lajes de concreto impermeabilizadas Coberturas em telhado 2

3 Telhado Revestimento descontínuo constituído de materiais capazes de prover estanqüeidade à água de chuva, fixados sobre uma estruturação leve. Partes constituintes Trama Estrutura de apoio Sistema de captação de águas pluviais 3

Trama É a estrutura que serve de sustentação e fixação das telhas. Estrutura de apoio Tem a função de receber e distribuir as cargas verticais.

4 Partes constituintes É denominado em função do tipo de telha que promove a vedação. Há telhas de diversos materiais e dimensões: cerâmica, onduladas de fibrocimento, de concreto, onduladas de poliéster, de aço, de asfalto coberta por grânulos (shingle). Trama É a estrutura que serve de sustentação e fixação das telhas. Estrutura de apoio Tem a função de receber e distribuir as cargas verticais. Sistema de captação de águas pluviais Tem a função de garantir a correta drenagem e evitar sobrecargas de lâminas d água. Telha cerâmica Uso em residências unifamiliares Teste de estanqueidade (anel de argamassa: lâmina de 5cm de água, boa: 24h) Absorção < 18% Encaixe/Sem encaixe/fixação Armazenamento (3 fiadas na vertical) Tipos: planas: marselha (francesas), escamas NBR 7172 curvas: capa e canal (romanas ou coloniais) NBR 9601 Francesa (encaixe) Romana (encaixe) 4

Plan (capa e canal) Duplan (encaixe) Romana (encaixe) Francesa (encaixe) Paulista (capa e canal) Cumeeira Telha de fibrocimento Uso em edificações de padrão popular, comerciais e industriais Baixo

do beiral para a cumeeira O amianto ou asbesto é uma fibra mineral natural. Asbestose é uma doença pulmonar relacionada à prolongada inalação de poeira contendo alta concentração de fibras de amianto.

5 Plan (capa e canal) Duplan (encaixe) Romana (encaixe) Francesa (encaixe) Paulista (capa e canal) Cumeeira Telha de fibrocimento Uso em edificações de padrão popular, comerciais e industriais Baixo conforto térmico Estrutura de madeira, metálica ou de concreto e fixação metálica (ganchos, parafusos e grampos) NBR 7581 Armazenamento: 35 peças sobre 3 pontaletes Não pisar direto (tábua) Montagem do beiral para a cumeeira O amianto ou asbesto é uma fibra mineral natural. Asbestose é uma doença pulmonar relacionada à prolongada inalação de poeira contendo alta concentração de fibras de amianto. Do início da exposição às fibras de amianto até o aparecimento do câncer, passam-se em média 20 anos. Alternativa para a substituição do amianto: fibras de malva, banana, coco, sisal e eucalipto; além de resíduos siderúrgicos (escória de alto-forno). 5

aumentar a luminosidade do ambiente Estrutura de madeira ou metálica e fixação com pregos, parafusos e rosca Montagem: beiral para cumeeira, no

6 Telha de concreto Uso em edificações de médio e alto padrão Conhecidas como tégula (fabricante) Absorção: 7 a 10% Montagem: direita para esquerda, baixo para cima Armazenamento: 3 fiadas na vertical, na horizontal prever camada de 5cm de areia Telha ondulada de poliéster Objetivo principal: aumentar a luminosidade do ambiente Estrutura de madeira ou metálica e fixação com pregos, parafusos e rosca Montagem: beiral para cumeeira, no sentido oposto ao vento Obs: Resina de poliéster reforçada com fibra de vidro (resina termoendurecida) Resina de policarbonato (resina termoplástica) 6

Telha de aço Uso em edificações comerciais e industriais Chapa de aço para moldagem à frio, zincada ou pintada, ondulada (NBR 14513) ou trapezoidal (NBR 14514) Armazenamento: protegida das

utilizado no mundo, mais de 1,2 bilhão de m² por ano É uma manta asfáltica composta por elementos descontínuos que possui na composição camadas a base de asfalto, fibra de vidro e acabamento

7 Telha de aço Uso em edificações comerciais e industriais Chapa de aço para moldagem à frio, zincada ou pintada, ondulada (NBR 14513) ou trapezoidal (NBR 14514) Armazenamento: protegida das intempéries Montagem: fixação através de chumbadores, rebites ou parafusos Telha de asfalto coberta por grânulos (shingle) Inventadas há mais de 150 anos no Canadá, sistema de cobertura mais utilizado no mundo, mais de 1,2 bilhão de m² por ano É uma manta asfáltica composta por elementos descontínuos que possui na composição camadas a base de asfalto, fibra de vidro e acabamento superficial em grânulos ceramizados, lâmina de cobre ou titânio-zinco Estrutura semelhante às demais, base de madeira (compensado), subcobertura (manta impermeabilizante de fibras de polietileno), telhas, sistema de ventilação, manta de fibra de vidro Coleta de águas pluviais semelhante às demais 7

Trama Constituída por terças, caibros e ripas de madeira. As terças são peças horizontais colocadas na direção perpendicular à estrutura de apoio.

8 Trama Constituída por terças, caibros e ripas de madeira. As terças são peças horizontais colocadas na direção perpendicular à estrutura de apoio. Elas geralmente apóiam-se sobre: pontaletes, tesouras ou treliças, oitões ou paredes intermediárias. Os caibros são colocados na direção perpendicular à das terças e, portanto, paralelamente à estrutura de apoio. As ripas constituem a última parte da trama. São pregadas transversalmente aos caibros e, portanto, paralelamente às terças (vigas). Trama 8

9 Estrutura de apoio Os elementos das estruturas convencionais dos telhados, especialmente de habitações residenciais, são construídos de madeira. Todos os elementos utilizam geralmente a peroba como madeira padrão, por ser mais resistente ao apodrecimento e também por não ser tão dura quanto o ipê e a cabreúva. A ligação da estrutura do telhado ao edifício pode ser feita através de: amarração com aço de construção dobrado e torcido; amarração com aço de construção dobrado e pregado; amarração com chapa metálica com uma haste parafusada ou pregada. 9

extravasor, rufos). Principais componentes dos sistemas de captação de água pluviais são: rufos, calhas e condutores verticais.

10 Sistema de captação de águas pluviais As coberturas podem ser drenadas por: - saídas que se localizam externamente à cobertura (caixa de drenagem ligada diretamente a um condutor e condutores verticais); - canais ou saídas internas à cobertura (calha de beiral, extravasor, rufos). Principais componentes dos sistemas de captação de água pluviais são: rufos, calhas e condutores verticais. Método de execução 1. COLOCAÇÃO DAS TELHAS 2. BEIRAL 3. CUMEEIRA 4. ESPIGÃO 5. RINCÃO OU ÁGUA FURTADA 6. ARREMATES 7. ARGAMASSA DE EMBOÇAMENTO 10

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12 Método de execução 1. COLOCAÇÃO DAS TELHAS Por fiadas, início pelo beiral à cumeeira. Aplicação das telhas de capa e canal: início pela colocação dos canais, posicionando-se com sua parte mais larga voltada para cima. As capas são posicionadas sobre os canais com a parte mais larga voltada para baixo. Não se deve executar o telhado em dias de vento forte. Recomendação: telhas posicionadas simultaneamente em todas as águas do telhado, para que o seu peso seja distribuído de forma uniforme sobre a estrutura de madeira. Método de execução 2. BEIRAL O primeiro apoio da primeira fiada de telhas deve ser constituído por duas ripas sobrepostas, de forma a compensar a espessura da telha e garantir o plano do telhado. Beirais desprotegidos: fixar as telhas à estrutura de madeira; as telhas de encaixe devem ser amarradas às ripas; as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas e os canais fixados às ripas. 12

13 Método de execução 3. CUMEEIRA Peças cerâmicas específicas, encaixadas e emboçadas com argamassa. Sentido de colocação: contrário ao dos ventos dominantes. Método de execução 4. ESPIGÃO Encontro inclinado de duas águas. Pode ser executado com peças de cumeeiras ou capas das telhas de capa e canal. As peças são colocadas do beiral em direção à cumeeira, observando-se o recobrimento longitudinal mínimo. As peças devem ser emboçadas com argamassa. 13

14 Método de execução 5. RINCÃO OU ÁGUA FURTADA Geralmente constituído por uma calha metálica (chapa de aço galvanizado) fixada na estrutura de madeira do telhado. As telhas, ao atingirem o rincão, devem ser cortadas na direção do rincão de tal forma que recubram a calha metálica. A largura livre da calha deve ser de aproximadamente 100 mm, sendo que suas bordas devem ser viradas para cima para não permitir o vazamento da água que ali se acumula. 6. ARREMATES Os encontros do telhado com paredes paralelas ou transversais ao comprimento das telhas devem ser executados empregando-se rufos metálicos ou componentes cerâmicos, de forma a garantir a estanqueidade do telhado. 7. ARGAMASSA DE EMBOÇAMENTO A argamassa a ser empregada no emboçamento das telhas e das peças complementares (cumeeiras, espigão, arremates), deve ser de traço, em volume, 1:2:9 (cimento:cal:areia). 14

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