Departamento de Saúde Pública da ARS Norte, I.P. Área Funcional de Alerta e Resposta em Saúde Pública Investigação laboratorial.

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1 Ministério da Saúde DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA Agosto 2012

2 Índice 1. Introdução Investigação e intervenção Investigação laboratorial Inquérito epidemiológico Controlo da transmissão Identificação da fonte de infeção Interrupção da cadeia de transmissão Casos adicionais Conclusões Recomendações

3 Relatório sobre a ocorrência de um caso importado de sarampo na região de saúde do Norte, Introdução No dia 14 de maio de 2012 a Delegada de Saúde Regional (DSR) do Norte foi informada por um médico infeciologista do Serviço de Doenças Infeciosas do Centro Hospitalar de S. João (CHSJ), no Porto, de que teria sido internado no dia 13 de maio naquele serviço, um jovem adulto do sexo masculino com hipótese de diagnóstico de sarampo. De acordo com a informação preliminar, tratava-se de um indivíduo sem história de sarampo e sem vacinação contra o sarampo que, nas três semanas anteriores à data de início dos sintomas, tinha viajado, por motivos profissionais, para Xangai, China. De acordo com a Norma n.º 12/2011 da Direção-Geral da Saúde (DGS) de 07/06/2011, foram desencadeadas as seguintes ações: a. Comunicação da situação à Unidade de Apoio às Emergências em Saúde Pública da DGS; b. Comunicação da situação ao Delegado de Saúde da área de residência do caso para realização do inquérito epidemiológico; c. Promoção da investigação laboratorial do caso. 2. Investigação e intervenção 2.1. Investigação laboratorial No dia 14 de maio foram colhidos produtos biológicos do doente, designadamente exsudado da orofaringe, soro e urina (conforme previsto na norma da DGS), enviados para a Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica das Doenças Evitáveis pela Vacinação, do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. A pesquisa do RNA do vírus do sarampo por RT-PCR no exsudado da orofaringe e na urina foi positiva. A pesquisa de anticorpos IgG e IgM pelo método imunoenzimático ELISA foi, também, positiva. Posteriormente foi feita a identificação do genotipo do vírus como sendo H1. 3

4 2.2. Inquérito epidemiológico A investigação epidemiológica do caso, adiante designado como caso 1, permitiu concluir tratar-se de um indivíduo do sexo masculino, 35 anos de idade, residente no concelho de Gondomar, gestor de uma empresa sedeada no concelho de Vagos, sem história de sarampo ou de vacinação contra o sarampo. Sem antecedentes patológicos, viajou por motivos profissionais entre 24 a 30 de abril para a China, tendo apenas permanecido na cidade de Xangai. No dia 7 de maio inicia quadro de mialgias, astenia e tosse seca e no dia seguinte, recorre ao serviço de urgência de um hospital privado da cidade do Porto, onde lhe foi diagnosticada infeção respiratória, tendo sido medicado com antibiótico de largo espetro. No dia 9 iniciou exantema macular retro auricular, na face e no couro cabeludo, o qual progride nos dias posteriores para o pescoço e tronco. No dia 10 foi submetido a uma pequena cirurgia programada em consulta de dermatologia no mesmo hospital privado. Como nos dias subsequentes ocorreu agravamento da tosse, com aparecimento de expetoração mucopurulenta e dejeções diarreicas, recorre ao serviço de urgência do CHSJ no dia 13 de maio tendo ficado internado no Serviço de Doenças Infeciosas com a hipótese de diagnóstico de sarampo. O doente permaneceu em isolamento e, perante a evolução favorável do quadro clínico teve alta ao sétimo dia de internamento. Durante o período de tempo entre o regresso a Portugal e o internamento hospitalar o doente manteve contactos familiares e profissionais Controlo da transmissão Identificação da fonte de infeção O doente não referiu contacto com caso de sarampo em período de contágio nas três semanas anteriores à data de início dos sintomas. Uma vez que a China é considerada zona endémica de sarampo, e que o doente terá permanecido naquele país durante o período provável de ocorrência da infeção, é de presumir que a mesma tenha ocorrido durante a estadia naquele país, tratando-se, portanto, de um caso confirmado de sarampo, importado Interrupção da cadeia de transmissão A. Contactos familiares A identificação dos contactos familiares foi feita no decurso do inquérito epidemiológico, efetuado pelo Delegado de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de residência do caso. Foram identificados 15 contactos próximos do doente, familiares que conviveram com o doente durante o período de contágio. Do total de contactos, 5 eram crianças (11 meses, 2, 4, 6 e 11 anos de idade) e 10 adultos com mais de 18 anos de idade. A criança de 11 meses não estava vacinada, tendo-lhe sido administrada uma dose de VASPR, no dia 14 de maio. As duas crianças de 2 e 4 4

5 anos de idade tinham uma dose de VASPR, administrada aos 15 e aos 20 meses de idade, pelo que lhes foi administrada uma segunda dose de VASPR. As crianças de 6 e 11 anos tinham duas doses de VASPR, pelo que não foram vacinadas. Em relação aos adultos, dois deles tinham uma dose de VAS, não tendo sido vacinados. Os restantes 8 adultos foram considerados suscetíveis e receberam todos, uma dose de VASPR (Quadro 1). Quadro 1 Caracterização dos contactos familiares do caso 1, suscetibilidade ao sarampo e medidas tomadas Idade N.º pessoas < 6 meses 6-11 meses 1-18 anos >18 anos Total N.º pessoas sem VAS/VASPR e sem história de sarampo N.º pessoas com 1 VAS/VASPR N.º pessoas com 2 VAS/VASPR N.º pessoas com história sarampo Total N.º pessoas vacinadas B. Contactos laborais Sendo o local de trabalho do doente no concelho de Vagos, pertencente à região de saúde do Centro, foi comunicada a situação ao DSR daquela região. Posteriormente informação sobre estes contactos foi fornecida à DSR do Norte pelo DSR do Centro. Foram identificados 16 contactos próximos em meio laboral, todos adultos com mais de 18 anos: 4 com história credível de sarampo, 8 com duas doses de VAS/VASPR, 4 com uma dose de VAS/VASPR. Estes últimos, classificados como suscetíveis, receberam todos, uma dose de VASPR (Quadro 2). 5

6 Quadro 2 Caracterização dos contactos laborais do caso 1, suscetibilidade ao sarampo e medidas tomadas N.º pessoas sem VAS/VASPR e sem história de sarampo 0 N.º pessoas com 1 VAS/VASPR 4 N.º pessoas com 2 VAS/VASPR 8 N.º pessoas com história sarampo 4 Total 16 N.º pessoas vacinadas 4 C. Contactos nos serviços de saúde O doente tinha recorrido, durante o período de contágio, a dois serviços de saúde situados no concelho do Porto em três momentos diferentes: - No dia 8 de maio ao serviço de urgência de um hospital privado do Porto; - No dia 10 de maio à consulta de dermatologia do mesmo hospital privado; - No dia 13 de maio ao serviço de urgência do CHSJ, tendo ficado, nessa data, internado. Os contactos próximos do caso, nos diferentes serviços de saúde que o doente frequentou, foram identificados pelos Delegados de Saúde dos ACES Porto Oriental e Porto Ocidental. Foi feita a distribuição dos contactos assim identificados, por área de residência, e foi enviada informação aos Delegados de Saúde dos respetivos ACES. No desconhecimento do tempo de permanência do doente e dos seus contactos nas diferentes salas de espera, foi feita a avaliação da situação de risco de todas as pessoas que entraram no serviço de urgência nas duas horas precedentes e nas duas horas após a hora de entrada do doente. Os contactos ocorridos no dia 8 de maio no serviço de urgência do hospital privado totalizaram 19 pessoas com mais de 18 anos de idade, entre profissionais de saúde e utentes, das quais 10 com história credível de sarampo, 3 com uma dose de VAS/VASPR e 6 suscetíveis. Destes últimos contactos, um profissional de saúde recusou a vacinação e 5 pessoas foram vacinadas com VASPR (entre 18 e 24 de Maio). No dia 10 de maio o doente contactou com 2 profissionais de saúde, ambos não suscetíveis (uma dose de VAS/VASPR). O Serviço de Saúde Ocupacional do CHSJ identificou 7 profissionais de saúde que contactaram com o doente durante a sua permanência no CHSJ, dos quais 4 com história credível de sarampo e 3 com duas doses de VAS/VASPR, pelo que não foi necessário, imunização pós-exposição. 6

7 Foram identificados 33 adultos que se presume tenham contactado com o doente durante a sua permanência na sala de espera do Serviço de Urgência do CHSJ no dia 13 de maio, havendo informação disponível em relação a 9. Destes, 3 tinham história de sarampo, 2 tinham duas doses de VAS/VASPR e 4 não estavam contactáveis. Uma das pessoas que não foi possível contactar era um cidadão estrangeiro, tendo sido enviada a informação sobre a ocorrência à DGS. O resumo dos dados encontra-se no quadro 3. Quadro 3 Caracterização dos contactos do caso 1 nos serviços de saúde, suscetibilidade ao sarampo e medidas tomadas N.º pessoas sem VAS/VASPR e sem história de sarampo 6 N.º pessoas com 1 VAS/VASPR 5 N.º pessoas com 2 VAS/VASPR 5 N.º pessoas com história sarampo 17 N.º pessoas sem informação 28* Total 61 N.º pessoas vacinadas 5** * 1 cidadão estrangeiro cuja informação foi enviada à DGS ** 1 profissional de saúde considerado suscetível recusou a vacinação D. Outros contactos O doente viajou fora do período de contágio, não tendo sido necessário desencadear quaisquer medidas tendentes a interromper a transmissão junto dos contactos próximos durante o voo. No dia 9 de maio o doente compareceu e permaneceu num tribunal do Porto. A investigação dos contactos próximos resultou na identificação de 7 pessoas com mais de 18 anos de idade: 3 pessoas tinham história credível de sarampo, 2 pessoas tinham 1 dose de VAS/VASPR, 1 pessoa tinha uma dose de VAS/VASPR e uma pessoa foi classificada como suscetível, tendo sido vacinada com VASPR (em 21 de maio). 7

8 Casos adicionais Departamento de Saúde Pública da ARS Norte, I.P. Caso 2 (DDO com o número de ordem 34 e número de caso 2 do ACES de Gondomar) - No dia 21 de maio a DSR do Norte tomou conhecimento de que estava internada no Serviço de Pediatria do CHSJ uma criança de 11 meses de idade, residente em Gondomar, com suspeita de sarampo. Tratava-se da filha do caso 1, vacinada com VASPR no dia 14 de maio no decurso do inquérito epidemiológico efetuado ao pai (Quadro 1). À data de aplicação da vacina a criança já tinha estado em contacto com o pai durante todo o período de contágio. Cinco dias após a vacinação a criança iniciou um quadro com febre, exantema, conjuntivite, rinite e tosse. O Delegado de Saúde do ACES de Gondomar efetuou o inquérito epidemiológico. Foram colhidos produtos biológicos à criança para confirmação do diagnóstico. A pesquisa de RNA do vírus na urina e no exsudado da orofaringe foi negativa e a pesquisa de anticorpos IgM no soro foi positiva, pelo que o caso foi classificado como confirmado. A evolução clínica foi favorável, tendo a criança tido alta hospitalar ao quarto dia de internamento. Para além dos contactos familiares identificados para o pai, foram sinalizados mais 3 adultos sem história de sarampo nem vacinação com VAS/VASPR, pelo que lhes foi administrada uma dose de VASPR. Num dos casos a vacina foi administrada mais de 72 horas após o último contacto com a criança e em dois casos a vacina foi administradas às 72 horas após contacto. A criança não frequentava creche ou infantário. Durante o período de contágio a criança recorreu aos seguintes serviços de saúde: - No dia 17 de maio à consulta de Pediatria de um serviço privado de saúde do Porto; - No dia 20 de maio ao serviço de urgência de um hospital privado do Porto; - No dia 21 de maio ao Serviço de Urgência de Pediatria do CHSJ, onde ficou internada em isolamento No primeiro serviço de saúde em que a criança foi observada (17 de maio) foram identificados os seguintes contactos próximos: - 9 Profissionais de saúde, 3 com história credível de sarampo e os restantes com 1 ou 2 doses de VAS/VASPR; - 11 Utentes, dos quais 5 crianças com menos de 18 anos de idade (2 com 15 meses, 2 com 2 anos e uma com 11 anos) e 6 adultos. Apenas a criança de 11 anos de idade tinha duas doses de VASPR. As crianças de 2 anos de idade tinham uma dose de VASPR e foram vacinadas com uma segunda dose (24 de maio). Uma das crianças com 15 meses tinha uma dose de VASPR aplicada há mais de quatro semanas, pelo que foi vacinada com uma segunda dose. A outra criança tinha feito a primeira dose de VASPR 8

9 há menos de quatro semanas, pelo que não foi feita segunda dose. Dos 6 adultos, 3 tinham duas doses de VASPR e 3 apenas uma dose. Na sequência da ida ao serviço de urgência do hospital privado no dia 20 de Maio, foram identificados os seguintes contactos: - 12 Profissionais de saúde, 2 com história credível de sarampo, 5 com duas doses de VAS/VASPR, 1 com uma dose. Dos restantes quatro suscetíveis, três fizeram VASPR (28 de maio) e num foi recomendada a vacinação; - 44 Utentes/acompanhantes, dos quais 15 com menos de 18 anos de idade (1 com menos de 6 meses, 1 com 14 meses e restantes com idades compreendidas entre os 2 e os 10 anos de idade). Destas crianças 4 tinham duas doses de VASPR e 10 tinham uma dose. Das crianças com recomendação para uma segunda dose de vacina, 3 foram vacinadas (24 e 25 de maio), 6 não foram vacinadas por recomendação do médico pediatra e numa não dispomos de informação. Recorreu ao Serviço de Urgência do CHSJ no dia 21 de maio, sinalizada como tendo contacto com caso confirmado de sarampo, pelo que foram de imediato tomadas todas as medidas de controlo de infeção adequadas à situação. Foi feito o levantamento dos profissionais de saúde que contactaram com a criança no Serviço de Urgência e no Serviço de Pediatria. Foi efetuado também o levantamento dos utentes que contactaram com a criança na sala de espera. Uma vez que o CHSJ teve conhecimento prévio de que a criança se ia dirigir ao Serviço de Urgência com suspeita de sarampo, o tempo de permanência da criança na sala de espera foi muito reduzido. Neste âmbito foram sinalizados os seguintes contactos: - 33 Profissionais de saúde, 8 com história credível de sarampo, 17 com uma ou duas doses de VAS/VASPR, 7 sem história de sarampo ou vacinação e 1 incontactável. Foram vacinadas com VASPR 7 profissionais de saúde suscetíveis; - 19 Crianças com menos de 18 anos de idade, 16 com duas doses de VASPR, 3 com uma dose de VASPR. Foi recomendada a aplicação de uma segunda dose de vacina nestes três casos, mas não temos disponível informação atualizada sobre a efetivação da vacinação. No quadro 4 encontra-se o resumo da informação sobre os contactos ocorridos nos serviços de saúde. 9

10 Quadro 4 Caracterização dos contactos do caso 2 nos serviços de saúde, suscetibilidade ao sarampo e medidas tomadas Idade N.º pessoas < 6 meses 6-11 meses 1 18 anos >18 anos Total N.º pessoas sem VAS/VASPR e sem história de sarampo ** 28 N.º pessoas com 1 VAS/VASPR N.º pessoas com 2 VAS/VASPR N.º pessoas história sarampo N.º pessoas sem informação Total N.º pessoas vacinadas N.º pessoas com vacinação recomendada e sem confirmação ** 2 recusaram vacinação Caso 3 Através da informação que nos foi enviada pelo DSR do Centro, tivemos conhecimento que um dos contactos laborais do caso 1, uma mulher de 30 anos de idade, vacinada com uma dose de VAS, em 1983 e uma dose de VASPR, em Apresentou febre no dia 24 de Maio e exantema no dia 26 de maio. Fez colheita de soro mais de 30 dias após a data de início dos sintomas. A pesquisa de anticorpos IgM foi negativa e a pesquisa de anticorpos IgG foi positiva, com titulação muito alta, de acordo com a informação da Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica das Doenças Evitáveis pela Vacinação, do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Tratou-se de um caso de sarampo classificado como confirmado, com base nos critérios clínicos e na existência de relação epidemiológica com um caso confirmado laboratorialmente (Caso 1). Caso 4 De acordo com a informação que nos foi enviada pelo DSR do Centro, registou-se um caso adicional de sarampo em criança com cinco meses de idade, contacto do caso 3. No dia 1 de Junho a criança apresentou um quadro de febre, rinite, conjuntivite e exantema, tendo sido internada no Hospital de Aveiro com boa evolução. A investigação laboratorial indicou tratar-se de um caso confirmado de sarampo, com pesquisa de anticorpos IgM positiva e IgG negativa. A tipagem do vírus indicou tratar-se do genotipo H1, idêntico ao do caso 1. 10

11 3. Conclusões Departamento de Saúde Pública da ARS Norte, I.P. Os dados descritos apontam para a ocorrência de um surto de sarampo com quatro casos e três gerações, caracterizado pela ocorrência de um caso primário importado da China, o qual originou 2 casos secundários, sendo que um dos casos secundários originou um caso terciário (Figura 1). Figura 1 Cadeia de transmissão de sarampo com caso primário importado da China. Região de saúde do Norte, Abril/Junho de 2012 Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4 O caso primário ocorreu num adulto sem história de sarampo e não vacinado, o primeiro caso secundário (Caso 2) ocorreu numa criança que não tinha atingido a idade de vacinação, à qual foi administrada VASPR como medida de proteção individual. A vacina foi aplicada no dia seguinte ao fim do período de contágio do caso 1, tendo a criança estado exposta ao caso primário durante todo aquele período de tempo (Figura 2). O caso 3 ocorreu num adulto com uma dose de VAS e uma dose de VASPR, tratando-se, provavelmente, de um caso de falência vacinal secundária. Considerando que a exposição ao caso primário terá terminado no dia 11 de maio, último dia de trabalho do caso antes do internamento hospitalar, e que a data de início dos sintomas do caso 3 está correta, o período de incubação da doença terá sido mais longo do que os 10 dias de incubação mediana que se considera para o sarampo. O caso 4 ocorreu numa criança cuja idade não recomendava a vacinação antecipada com VASPR. Poderia ter sido ponderada a administração de imunoglobulina humana. 11

12 Figura 2 Descrição dos casos de sarampo de acordo com início de sintomas, período de incubação e período de contágio. Região de saúde do Norte, abril/junho de 2012 Abr-12 Mai-12 Jun Caso 1 (DDO 31/1) Estadia China Período de contágio Caso 2 (DDO 34/2) VASPR Caso 3 Período de contágio Caso 4 Legenda Período de incubação (10 dias) Data de início dos sintomas Data do exantema Período de contágio (4 dias antes e após o início do exantema) 12

13 4. Recomendações Departamento de Saúde Pública da ARS Norte, I.P. O diagnóstico tardio do caso 1 e o consequente atraso na implementação e o compromisso da eficácia das medidas de prevenção da ocorrência de casos secundários, podem explicar a dimensão que este surto atingiu. Este facto releva a necessidade de melhorar o conhecimento dos profissionais de saúde em relação ao sarampo, às normas da DGS relacionadas com a vigilância desta doença e aos circuitos de comunicação, aumentando o seu grau de suspeição perante um quadro clínico sugestivo e um contexto epidemiológico favorável. Na região de saúde do Norte tem sido feito um esforço considerável, mais intenso desde 2011, na divulgação das normas da DGS e dos dados publicados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças sobre sarampo, junto dos responsáveis pelos serviços de saúde da rede pública e privada. Tanto o caso 1 como o caso 2 recorreram mais do que uma vez a diferentes serviços de saúde com quadro clínico sugestivo de sarampo, sem que essa hipótese de diagnóstico tenha sido colocada. Trinta e oito pessoas foram vacinadas com VASPR mais de 72 horas após o contacto com os casos de doença. Apesar da eficácia imediata desta medida ser discutível, poderá ter contribuído para a prevenção da ocorrência de casos de sarampo, parotidite e rubéola no futuro. A atitude de médicos pediatras que desaconselharam a administração de uma segunda dose de VASPR a algumas crianças, é preocupante, chamando a atenção para a necessidade de melhorar o processo de comunicação entre os serviços de saúde pública e os restantes profissionais de saúde. Finalmente, deve ser realçada a excelente articulação e colaboração que se gerou entre o Departamento de Saúde Publica da ARS Norte e o Departamento de Saúde Publica e Planeamento da ARS do Centro, a Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica das Doenças Evitáveis pela Vacinação, do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, os serviços de saúde pública locais da região de saúde do Norte envolvidos e entre estes e os hospitais. Este relatório espelha o resultado final de todo o investimento na vigilância clínica, laboratorial e epidemiológica das doenças infeciosas, pelo que aqui se presta reconhecimento a todos os que para ele contribuíram. Porto, 10 de agosto de 2012 Ana Maria Correia Isabel Andrade 13

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