UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES Estrutura Cristalina - arranjo (organização espacial) - simetria - empacotamento espacial - grupos repetitivos (células unitárias) Prof. Dr. Jeverson Teodoro Arantes Junior

2 Introdução: Bases Atômicas e Moleculares da Microestrutura Modelo planetário Esfera rígida (hard sphere) Esfera flexível (soft sphere)

3 Introdução: Bases Atômicas e Moleculares da Microestrutura Considerar que átomos podem ser representados como: Esferas perfeitas Maciças Indivisíveis Diferentes elementos = diferentes raios das esferas (raio atômico) Raio atômico ou iônico = distância do centro do átomo até seu orbital mais externo

4 Introdução: Bases Atômicas e Moleculares da Microestrutura Propriedades de alguns materiais estão diretamente relacionadas às suas estruturas cristalinas...

5 Introdução: Bases Atômicas e Moleculares da Microestrutura - A forma externa: conseqüência do arranjo interno dos átomos das moléculas de um cristal reflete a sua estrutura interna. - Clivagem de um cristal em planos paralelos cada vez menores. - Até uma célula original primitiva (célula unitária). Vanaditina Rutilo Magnetita

6 Sólidos cristalinos e amorfos Segundo a distribuição espacial dos átomos, moléculas ou íons, os sólidos podem ser classificados em: - Cristalinos: compostos por átomos, moléculas ou íons arranjados de uma forma periódica em três dimensões. As posições ocupadas seguem uma ordenação que se repete para grandes distâncias atômicas (de longo alcance). - Amorfos: compostos por átomos, moléculas ou íons que não apresentam uma ordenação de longo alcance. Podem apresentar ordenação de curto alcance.

7 Reticulado cristalino Nos materiais cristalinos, denomina-se estrutura cristalina à maneira como átomos, moléculas ou íons se encontram espacialmente arranjados. Modelo de esferas rígidas: os átomos ou íons são representados como esferas de diâmetro fixo. Reticulado: arranjo tridimensional de pontos no qual cada ponto tem a mesma vizinhança. Célula unitária: é o menor agrupamento de átomos representativo de uma determinada estrutura cristalina específica.

8 Padrão geométrico repetitivo Introdução: célula unitária Qual o elemento fundamental de repetição? (Menor unidade que pode ser usada para construir o todo)

9 Introdução: célula unitária Arranjo aparentemente confuso Arranjo mais ordenado

10 Introdução: célula unitária Ordem e períodos de repetição podem ser destacados Célula unitária ou primitiva

11 Introdução: célula unitária Célula unitária ou primitiva

12 Introdução: célula unitária Célula unitária ou primitiva

13 Qual das células unitárias é a correta? Introdução: célula unitária 2 por

14 Arranjo...organização espacial Arranjos tridimensionais Minimização de energia

15 Arranjos tridimensionais Sólidos Cristalinos: apresentam arranjos tridimensionais Matriz que se repete Estruturas simples (metais) Estruturas complexas (polímeros)

16 Alguns conceitos importantes... Conceitos... - Estrutura Cristalina e redes cristalinas Arranjos regulares tridimensionais - Célula unitária Padrão repetitivo/unidade estrutural básica (menor arranjo atômico que pode representar um sólido cristalino)

17 Alguns conceitos importantes... Conceitos... - Número de coordenação (NC): número de vizinhos mais próximos na rede trimensional (a) (b) (a) NC=4 (c) (b) NC=4 (c) NC=6

18 Estruturas Cristalinas Cúbica Simples (CS) Estrutura Cristalina: Cúbica Simples (CS) Estrutura rara devido ao empacotamento pobre NC = 6

19 Estrutura Cristalina: Cúbica de Corpo Centrado (CCC) Cúbica de Corpo Centrado (CCC) NC = 8

20 Estrutura Cristalina: Cúbica de Face Centrada (CFC) Cúbica de Face Centrada (CFC) NC = 12

21 Estrutura Cristalina: Cúbica de Face Centrada (CFC)

22 Estrutura Cristalina: Cúbica de Face Centrada (CFC)

23 Estrutura Cristalina: Cúbica de Face Centrada (CFC)

24 Estrutura Cristalina: Cúbica de Face Centrada (CFC)

25 Estrutura Cristalina: Cúbica de Face Centrada (CFC)

26 Estrutura Cristalina: Cúbica de Face Centrada (CFC)

27 Estrutura Cristalina: Cúbica de Face Centrada (CFC)

28 Estrutura Cristalina: Cúbica de Face Centrada (CFC)

29 Estrutura Cristalina: Cúbica de Face Centrada (CFC)

30 Estrutura Cristalina: Cúbica de Face Centrada (CFC)

31 Estrutura Cristalina: Hexagonal Compacta (HC) Hexagonal Compacto (HC) Seqüência de planos ABAB... Projeção 3D: Projeção 2D A sites B sites A sites Top layer Middle layer Bottom layer Número de coordenação = 12

32 Estrutura Cristalina: Hexagonal Compacta (HC)

33 Estrutura Cristalina: Hexagonal Compacta (HC) NC=12

34 Estrutura Cristalina: Hexagonal Compacta (HC)

35 Estrutura Cristalina: Hexagonal Compacta (HC)

36 Estrutura Cristalina: Hexagonal Compacta (HC)

37 Para as estruturas CCC, CFC e HC, determine: - Número de átomos associados a cada célula unitária - Relação entre raio e arresta - Fator de empacotamento volume! total! das! esferas FEA = = volume! total! da! célula! unitária Ve Vc

38 Exemplo: CFC - Número de átomos associados Compartilhado por 8 células unitárias Compartilhado por 2 células unitárias = 4átomos 8 2 a - Relação raio aresta - FEA a = 2R Ve = 4!R 3 Vc = a 3 = 16 R 3 2 FEA = 0,74 ou 74% da célula unitária encontra-se ocupada

39 Fator de empacotamento atômico (FEA) célula átomos V V FEA = 0,74 2) ( =!! " # $ $ % & =!! " # $ $ % & = R R a R FEA CFC ' '

40 Estruturas compactas - CFC Plano compacto formado por esferas rígidas (A). Observam-se dois tipos de interstícios, que são assinalados como B e C. Empilhamento de planos compactos formando uma estrutura CFC.

41 Cúbica de Corpo Centrado (CCC)

42 Cúbica de Corpo Centrado (CCC) A relação entre o raio atômico, R, e a aresta do cubo, a, é dada 4R por: a = 3 O número de átomos por célula unitária é igual a 2. Exemplo de metais CCC: Fe-α, cromo, tungstênio, molibdênio.

43 Hexagonal Compacta (HC)

44 Hexagonal Compacta (HC) c a c/a = 1,633 (ideal). O número de átomos por célula unitária é igual a 6. O FEA é igual a 0,74. Exemplo de metais HC: cádmio, cobalto, zinco.

45 Estruturas compactas HC Plano compacto formado por esferas rígidas (A). Observam-se dois tipos de interstícios, que são assinalados como B e C. Empilhamento compactos. de dois planos Empilhamento de planos compactos formando uma estrutura HC.

46 Estrutura Cristalina: Exemplos de Metais

47 CÁLCULO DA DENSIDADE O conhecimento da estrutura cristalina permite o cálculo da densidade (ρ):! = na VcNA n= número de átomos da célula unitária A= massa atômica Vc= volume da célula unitária NA= Número de Avogadro (6,02 x átomos/mol)

Tecnologia Dos Materiais

Tecnologia Dos Materiais Tecnologia Dos Materiais Aula 2: Estrutura Cristalina Conceitos Fundamentais Célula Unitária Estrutura Cristalina Por que estudar? As propriedades de alguns materiais estão diretamente associadas à sua

Leia mais

ESTRUTURA CRISTALINA 1

ESTRUTURA CRISTALINA 1 ESTRUTURA CRISTALINA ARRANJO ATÔMICO Por que estudar? As propriedades de alguns materiais estão diretamente associadas à sua estrutura cristalina (ex: magnésio e berílio que têm a mesma estrutura se deformam

Leia mais

ESTRUTURAS CRISTALINAS - TEORIA

ESTRUTURAS CRISTALINAS - TEORIA ESTRUTURAS CRISTALINAS - TEORIA Introdução Sólidos são compostos que apresentam uma alta regularidade estrutural. Com exceção dos sólidos amorfos, nos quais essa regularidade só existe em um curto espaço,

Leia mais

UNIDADE 4 - ESTRUTURA CRISTALINA

UNIDADE 4 - ESTRUTURA CRISTALINA UNIDADE 4 - ESTRUTURA CRISTALINA 4.1. INTRODUÇÃO Em geral, todos os metais, grande parte dos cerâmicos e certos polímeros cristalizam-se quando se solidificam. Os átomos se arranjam em uma estrutura tridimensional

Leia mais

PRINCÍPIOS DA ESTRUTURA EM SÓLIDOS. QFL-4010 Prof. Gianluca C. Azzellini

PRINCÍPIOS DA ESTRUTURA EM SÓLIDOS. QFL-4010 Prof. Gianluca C. Azzellini PRINCÍPIOS DA ESTRUTURA EM SÓLIDOS Estrutura dos Sólidos Tipo Exemplo Unidades Natureza Estruturais da ligação Iônico NaCl, CaCl 2 Íons positivos Iônica - Atração e negativos Eletrostática forte Metálico

Leia mais

Arranjos Atômicos 26/3/2006 CM I 1

Arranjos Atômicos 26/3/2006 CM I 1 Arranjos Atômicos 26/3/2006 CM I 1 26/3/2006 CM I 2 Arranjo Periódico de Átomos Sólido: constituído por átomos (ou grupo de átomos) que se distribuem de acordo com um ordenamento bem definido; Esta regularidade:»

Leia mais

Estrutura de Sólidos Cristalinos. Profa. Dra Daniela Becker

Estrutura de Sólidos Cristalinos. Profa. Dra Daniela Becker Estrutura de Sólidos Cristalinos Profa. Dra Daniela Becker Bibliografia Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. LTC, 5ed., cap 3, 2002. Shackelford, J.F. Ciências dos Materiais,

Leia mais

ESTRUTURA CRISTALINA DOS METAIS

ESTRUTURA CRISTALINA DOS METAIS ESTRUTURA CRISTALINA DOS METAIS Estrutura cristalina dos metais 1 DEFINIÇÃO DE CRISTAL - Sólidos cristalinos: Uma substância pode ser considerada cristalina quando os átomos (ou moléculas) que a constitui

Leia mais

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS CAP. 03

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS CAP. 03 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS CAP. 03 CMA CIÊNCIA DOS MATERIAIS 2º Semestre de 2014 Prof.

Leia mais

O CRISTAL IDEAL Estrutura Cristalina. Livro Texto - Capítulo 3

O CRISTAL IDEAL Estrutura Cristalina. Livro Texto - Capítulo 3 46 O CRISTAL IDEAL Estrutura Cristalina Livro Texto - Capítulo 47 O Cristal Perfeito - Estrutura Cristalina Muitos materiais - metais, algumas cerâmicas, alguns polímeros - ao se solidificarem, se organizam

Leia mais

ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS 1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS Materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade com que os seus átomos ou íons estão arranjados um em relação

Leia mais

ARRANJOS ATÔMICOS. Química Aplicada

ARRANJOS ATÔMICOS. Química Aplicada ARRANJOS ATÔMICOS Química Aplicada Sólidos Sólidos 1. Arranjo Periódico de Átomos SÓLIDO: Constituído por átomos (ou grupo de átomos) que se distribuem de acordo com um ordenamento bem definido; Esta regularidade:

Leia mais

Os materiais no estado sólido ocupam geralmente menos volume que no estado líquido (fundido).

Os materiais no estado sólido ocupam geralmente menos volume que no estado líquido (fundido). Campus Experimental de Sorocaba Materiais e Reciclagem 3 Arranjo Atômico e Cristalografia Professor Sandro Donnini Mancini Sorocaba, Fevereiro de 2015. Os materiais no estado sólido ocupam geralmente menos

Leia mais

CAPÍTULO 3 ESTRUTURAS CRISTALINAS E GEOMETRIA DOS CRISTAIS

CAPÍTULO 3 ESTRUTURAS CRISTALINAS E GEOMETRIA DOS CRISTAIS 58 CAPÍTULO ESTRUTURAS CRISTALINAS E GEOMETRIA DOS CRISTAIS Sumário Objetivos deste capítulo...59.1 Introdução...59.2 Rede espacial e células unitárias...59. Sistemas cristalográficos e redes de bravais...60.4

Leia mais

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESTRUTURA DOS SÓLIDOS PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia 2º semestre de

Leia mais

Tecnologia Mecânica I. Prof. Vinicius Karlinski de Barcellos ESTRUTURA CRISTALINA

Tecnologia Mecânica I. Prof. Vinicius Karlinski de Barcellos ESTRUTURA CRISTALINA Tecnologia Mecânica I Prof. Vinicius Karlinski de Barcellos 2011 ESTRUTURA CRISTALINA 3. Materiais cristalinos ASSUNTO -Estrutura cristalina: conceitos fundamentais célula unitária - Sistemas cristalinos

Leia mais

Estruturas Hexagonais

Estruturas Hexagonais Estruturas Hexagonais Hexagonal Simples (HS) Estruturas Hexagonais As estruturas cristalinas hexagonais, juntamente com as estruturas cúbicas, formam os arranjos atômicos dos principais cristais elementares

Leia mais

Os reticulados de Bravais 60 CAPÍTULO 4

Os reticulados de Bravais 60 CAPÍTULO 4 4 Estrutura Cristalina A palavra estrutura vem do latim structura, derivada do verbo struere, construir. No sentido mais geral, ela significa organização das partes ou dos elementos que formam um todo.

Leia mais

Espectroscopia de Raios X

Espectroscopia de Raios X Espectroscopia de Raios X 1. Introdução Raios X O conhecimento da estrutura dos materiais, a maioria dos quais são cristalinos no estado sólido, s é fundamental para a caracterização das propriedades físicas

Leia mais

Ciência dos materiais Aula 3. Profª Mª Patrícia Cristina Costa Ladeira

Ciência dos materiais Aula 3. Profª Mª Patrícia Cristina Costa Ladeira Ciência dos materiais Aula 3 Profª Mª Patrícia Cristina Costa Ladeira patricia.ladeira@educadores.net.br patricia.ladeira@yahoo.com.br Recapitulando 2 Na Unidade 1 nós vimos: Aspectos históricos da Ciência

Leia mais

Como Montar Modelos de Estruturas Metálicas a Partir do Empacotamento de Esferas de Isopor

Como Montar Modelos de Estruturas Metálicas a Partir do Empacotamento de Esferas de Isopor Como Montar Modelos de Estruturas Metálicas a Partir do Empacotamento de Esferas de Isopor Luiz Antonio Andrade de Oliveira Camila Silveira da Silva Olga Maria Mascarenhas de Faria Oliveira COMO COLAR

Leia mais

ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS

ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS Os sólidos são caracterizados por uma associação muito próxima de átomos, em geral representados por esferas rígidas, em contato uns com os outros e mantidos juntos por

Leia mais

Ciência de Materiais. LEGI. ESTRUTURA CRISTALINA. 1. I) Desenhe em cubos unitários os planos com os seguintes índices de Miller:

Ciência de Materiais. LEGI. ESTRUTURA CRISTALINA. 1. I) Desenhe em cubos unitários os planos com os seguintes índices de Miller: 1. I) Desenhe em cubos unitários os planos com os seguintes índices de Miller: a) ( 1 0 1) b) ( 0 3 1) c) ( 1 2 3) II) Desenhe em cubos unitários as direcções com os seguintes índices: a) [ 1 0 1] b) [

Leia mais

SOLIDOS CRISTALINOS. Conceitos Gerais

SOLIDOS CRISTALINOS. Conceitos Gerais SOLIDOS CRISTALINOS Conceitos Gerais CAPA Liga de Magnésio CAPA ligas de magnésio O sistema da ASTM estabelece que as ligas de magnésio, divididas em fundidas e trabalhadas, são designadas por um conjunto

Leia mais

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS. Mestranda: Marindia Decol

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS. Mestranda: Marindia Decol ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS Mestranda: Marindia Decol Bibliografia Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. LTC, 5ed., cap 3, 2002. Shackelford, J.F. Ciências dos Materiais,

Leia mais

Estrutura de Sólidos Cristalinos. Profa. Dra Daniela Becker

Estrutura de Sólidos Cristalinos. Profa. Dra Daniela Becker Estrutura de Sólidos Cristalinos Profa. Dra Daniela Becker Bibliografia Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. LTC, 5ed., cap 3, 2002. Shackelford, J.F. Ciências dos Materiais,

Leia mais

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. Unidade 4 ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. Unidade 4 ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Unidade 4 ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS PMT 3100 - Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais

Leia mais

PMT Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais 2º semestre de 2014

PMT Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais 2º semestre de 2014 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais PMT 3100 - Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais 2º semestre de 2014 ESTRUTURA DOS SÓLIDOS

Leia mais

ESTRUTURA E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ESTRUTURA CRISTALINA

ESTRUTURA E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ESTRUTURA CRISTALINA ESTRUTURA E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ESTRUTURA CRISTALINA Prof. Rubens Caram 1 POR QUE CRISTAL? Antigos gregos: pedaços de quartzo encontrados em regiões frias era um tipo especial de gelo - Krystallos

Leia mais

Os materiais no estado sólido ocupam geralmente menos volume que no estado líquido (fundido).

Os materiais no estado sólido ocupam geralmente menos volume que no estado líquido (fundido). Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba Materiais e Reciclagem 3 Arranjo Atômico e Cristalografia Professor Sandro Donnini Mancini Sorocaba, Fevereiro de 2018. Os materiais no estado sólido ocupam

Leia mais

30 Exercícios Resolvidos CAPÍTULO 3 ESTRUTURA CRISTALINA

30 Exercícios Resolvidos CAPÍTULO 3 ESTRUTURA CRISTALINA IFRS - Mestrado em Tecnologia e Engenharia de Materiais DISCIPLINA: Ciência dos Materiais PROFESSOR: Juliano Toniollo ALUNO: PAULO CESAR FRITZEN 30 Exercícios Resolvidos CAPÍTULO 3 ESTRUTURA CRISTALINA

Leia mais

Biologia Estrutural. Simetria. Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr. wfdaj.sites.uol.com.br. 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr.

Biologia Estrutural. Simetria. Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr. wfdaj.sites.uol.com.br. 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Biologia Estrutural Simetria Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr. Resumo Características dos Cristais Características dos Cristais de Proteínas Elementos de Simetria Rede, Retículo e Empacotamento

Leia mais

Estrutura Cristalina

Estrutura Cristalina Estrutura Cristalina Para todos os tipos de sólidos (metálicos, iónicos, covalentes ou moleculares), a energia de ligação é máxima para uma distância de equílibrio específica r 0. Um sistema de átomos

Leia mais

Faculdade de Ciência e Tecnologia Universidade Fernando Pessoa Exercícios de Ciências dos Materiais

Faculdade de Ciência e Tecnologia Universidade Fernando Pessoa Exercícios de Ciências dos Materiais Faculdade de Ciência e Tecnologia Universidade Fernando Pessoa Exercícios de Ciências dos Materiais Isabel Abreu Maria Alzira Dinis UFP 2005/2006 ESTRUTURA ATÓMICA E LIGAÇÕES 1. Calcule: a. A massa em

Leia mais

ARRANJOS ATÔMICOS. Química Aplicada. Profº Vitor de Almeida Silva

ARRANJOS ATÔMICOS. Química Aplicada. Profº Vitor de Almeida Silva ARRANJOS ATÔMICOS Química Aplicada Profº Vitor de Almeida Silva 1. Arranjo Periódico de Átomos SÓLIDO: Constituído por átomos (ou grupo de átomos) que se distribuem de acordo com um ordenamento bem definido;

Leia mais

Estrutura Cristalina dos Sólidos (Arranjos Atômicos)

Estrutura Cristalina dos Sólidos (Arranjos Atômicos) Estrutura Cristalina dos Sólidos (Arranjos Atômicos) INTRODUÇÃO As propriedades dos materiais dependem dos arranjos dos seus átomos. Esses arranjos podem ser classificados em: Estruturas moleculares: agrupamento

Leia mais

Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais

Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais Estrutura Cristalina Prof. Vera L Arantes 2014 25/3/2014 ESTRUTURA CRISTALINA 2 ARRANJO ATÔMICO Por que estudar? As propriedades de alguns materiais estão

Leia mais

CAPÍTULO 4 NOÇÕES DE CRISTALOGRAFIA

CAPÍTULO 4 NOÇÕES DE CRISTALOGRAFIA 73 CAPÍTULO 4 NOÇÕES DE CRISTALOGRAFIA Sumário Objetivos deste capítulo...74 4.1 Introdução...74 4. Posições atômicas em células unitárias cúbicas...74 4.3 Direções em células unitárias cúbicas...75 4.4

Leia mais

Fotografia de vários cristais de fluorita CaF 2 3-0

Fotografia de vários cristais de fluorita CaF 2 3-0 Arranjos Atômicos Fotografia de vários cristais de fluorita CaF 2 3-0 Conceito de Cristalinidade Cristalinidade corresponde a forma de organização da estrutura em um modelo ordenado e repetitivo de longo

Leia mais

Ciência dos Materiais Lista de Exercícios II - Estrutura dos Sólidos Cristalinos

Ciência dos Materiais Lista de Exercícios II - Estrutura dos Sólidos Cristalinos 1. Qual a diferença entre estrutura atômica e estrutura cristalina? 2. Considere os sistemas cristalinos (a) Cúbico Simples (CS), (b) Cúbico de Faces Centradas (CFC) e (c) Cúbico de Corpo Centrado (CCC).

Leia mais

DIFRAÇÃO DE RAIOS X DRX

DIFRAÇÃO DE RAIOS X DRX DIFRAÇÃO DE RAIOS X DRX O espectro eletromagnético luz visível raios-x microondas raios gama UV infravermelho ondas de rádio Comprimento de onda (nm) Raios Absorção, um fóton de energia é absorvido promovendo

Leia mais

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS CAP. 03 Parte II

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS CAP. 03 Parte II UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS - PGCEM ESTRUTURA DOS SÓLIDOS

Leia mais

Aula 6: Estrutura Cristalina dos Metais

Aula 6: Estrutura Cristalina dos Metais Aula 6: Estrutura Cristalina dos Metais - Como a ligação metálica é não-direcional, não há restrições quanto ao número e posições dos vizinhos mais próximos. - A estrutura cristalina dos metais têm um

Leia mais

ESTRUTURA CRISTALINA 1

ESTRUTURA CRISTALINA 1 ESTRUTURA CRISTALINA ARRANJAMENTO ATÔMICO Por que estudar? As propriedades de alguns materiais estão diretamente associadas à sua estrutura cristalina (ex: magnésio e berílio que têm a mesma estrutura

Leia mais

Formas regulares e simétricas assim como a ordenação das partículas que os formam. Cristalografia e Difração em Raio X - Michele Oliveira

Formas regulares e simétricas assim como a ordenação das partículas que os formam. Cristalografia e Difração em Raio X - Michele Oliveira Formas regulares e simétricas assim como a ordenação das partículas que os formam. Cristalografia e Difração em Raio X - Michele Oliveira 2 Cristais são arranjos atômicos ou moleculares cuja estrutura

Leia mais

Ciências dos materiais- 232

Ciências dos materiais- 232 1 Ciências dos materiais- 232 2 a aula - Ligações químicas - Estruturas Cristalinas Quinta Quinzenal Semana par 10/03/2015 1 Professor: Luis Gustavo Sigward Ericsson Curso: Engenharia Mecânica Série: 5º/

Leia mais

estrutura atômica cristalino

estrutura atômica cristalino Aula 0b estrutura atômica cristalina ZEA 1038 Ciência e Tecnologia dos Materiais Prof. João Adriano Rossignolo Profa. Eliria M.J.A. Pallone estrutura atômica cristalino 1 CRISTAL ESTRUTURA CRISTALINA Muitos

Leia mais

TP064 - CIÊNCIA DOS MATERIAIS PARA EP. FABIANO OSCAR DROZDA

TP064 - CIÊNCIA DOS MATERIAIS PARA EP. FABIANO OSCAR DROZDA TP064 - CIÊNCIA DOS MATERIAIS PARA EP FABIANO OSCAR DROZDA fabiano.drozda@ufpr.br 1 AULA 03 ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS 2 BREVE REVISÃO AULA PASSADA LIGAÇÕES QUÍMICAS Ligações primárias ou fortes

Leia mais

Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos. Princípio de Ciências dos Materiais Prof.: Luciano H. de Almeida

Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos. Princípio de Ciências dos Materiais Prof.: Luciano H. de Almeida Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos Princípio de Ciências dos Materiais Prof.: Luciano H. de Almeida Porque estudar estrutura atômica? Ligação atômica e as propriedades dos materiais

Leia mais

Forças intermoleculares, Disciplina de Química Geral Profa. Marcia Margarete Meier

Forças intermoleculares, Disciplina de Química Geral Profa. Marcia Margarete Meier , líquidos e sólidos 1 Uma comparação entre líquidos e sólidos As propriedades físicas das substâncias entendidas em termos de teoria cinética molecular : Os gases são altamente compressíveis, assumem

Leia mais

TM 704 - Metalurgia Fisica PIPE e PG-MEC

TM 704 - Metalurgia Fisica PIPE e PG-MEC TM 704 - Metalurgia Fisica PIPE e PG-MEC Ana Sofia C. M. d Oliveira, Ph.D. Profa Titular/DEMEC Principais estruturas cristalinas dos metais Estruturas cristalinas Sistema cristalino Triclinico Monoclinico

Leia mais

Sólidos: Estudo de Estruturas Cristalinas

Sólidos: Estudo de Estruturas Cristalinas UnB - Universidade de Brasília IQD - Instituto de Química Curso de Graduação Disciplina: Química Inorgânica 1 Experimental (Código 114073) Sólidos: Estudo de Estruturas Cristalinas A estrutura dos materiais

Leia mais

ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS Prof. Dr.: Anael Krelling 1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS Materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade com que os seus átomos ou íons

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES Estrutura Cristalina - direções e planos cristalográficos - alotropia

Leia mais

INDICIE 1. INTRODUÇÃO 2 2. ESTRUTURA CRISTALINA DOS MATERIAIS 13 3. DIAGRAMAS DE FASES 23 4. O SISTEMA FERRO-CARBONO 37 5. AÇOS E FERROS FUNDIDOS 48

INDICIE 1. INTRODUÇÃO 2 2. ESTRUTURA CRISTALINA DOS MATERIAIS 13 3. DIAGRAMAS DE FASES 23 4. O SISTEMA FERRO-CARBONO 37 5. AÇOS E FERROS FUNDIDOS 48 INDICIE 1. INTRODUÇÃO 2 2. ESTRUTURA CRISTALINA DOS MATERIAIS 13 3. DIAGRAMAS DE FASES 23 4. O SISTEMA FERRO-CARBONO 37 5. AÇOS E FERROS FUNDIDOS 48 6. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS 63 7. TRATAMENTOS

Leia mais

Ligações Químicas Ligação Iônica Ligação Metálica

Ligações Químicas Ligação Iônica Ligação Metálica Química Geral e Inorgânica QGI0001 Eng a. de Produção e Sistemas Prof a. Dr a. Carla Dalmolin Ligações Químicas Ligação Iônica Ligação Metálica Periodicidade O átomo é visto como uma esfera, onde só as

Leia mais

ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS Prof. M.Sc.: Anael Krelling 1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS Materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade com que os seus átomos ou íons

Leia mais

DRIFRAÇÃO DE RAIOS-X

DRIFRAÇÃO DE RAIOS-X DRIFRAÇÃO DE RAIOS-X Prof. Márcio Antônio Fiori Prof. Jacir Dal Magro O espectro eletromagnético luz visível raios-x microondas raios gama UV infravermelho ondas de rádio Comprimento de onda (nm) Absorção,

Leia mais

A4 Estrutura cristalina perfeição

A4 Estrutura cristalina perfeição A4 Estrutura cristalina perfeição TEM Muitos dos materiais aplicados em engenharia têm estrutura cristalina: os átomos do material estão dispostos de modo regular e repetitivo Estrutura cristalina A célula

Leia mais

Começando pelo começo

Começando pelo começo Começando pelo começo Introdução Esta é a primeira aula do seu curso sobre materiais para a indústria mecânica. E sabe por onde vamos começar? Pelo começo, naturalmente! E onde está esse começo? Está no

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DE PROTEÍNAS POR DIFRAÇÃO DE RAIOS-X

DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DE PROTEÍNAS POR DIFRAÇÃO DE RAIOS-X DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DE PROTEÍNAS POR DIFRAÇÃO DE RAIOS-X Disciplina: Engenharia de Proteínas Ma. Flávia Campos Freitas Vieira NÍVEIS ESTRUTURAIS DAS PROTEÍNAS Fonte: Lehninger, 2010.

Leia mais

Materiais Problemas. José Carlos Pereira Tel Sala 5-1.5A (5º Piso Torre Química) Lisboa, 2019

Materiais Problemas. José Carlos Pereira Tel Sala 5-1.5A (5º Piso Torre Química) Lisboa, 2019 Materiais Problemas José Carlos Pereira Carlos.pereira@ist.utl.pt Tel. 3938 Sala 5-1.5A (5º Piso Torre Química) Lisboa, 2019 Problema 1 Determine o factor de compacidade V o /V t para as estruturas cs,

Leia mais

ORDEM. Periocidade. SÓLIDO CRISTALINO OU CRISTAL agregado ordenado e periódico de átomos, moléculas ou iões, formando uma estrutura cristalina regular

ORDEM. Periocidade. SÓLIDO CRISTALINO OU CRISTAL agregado ordenado e periódico de átomos, moléculas ou iões, formando uma estrutura cristalina regular Capítulo I ESTRUTURA CRISTALINA DE SÓLIDOS ORDEM curto alcance médio alcance longo alcance Periocidade unidimensional bidimensional tridimensional SÓLIDO CRISTALINO OU CRISTAL agregado ordenado e periódico

Leia mais

Homogêneo: algo que não pode ser fisicamente dividido em componentes químicos mais simples.

Homogêneo: algo que não pode ser fisicamente dividido em componentes químicos mais simples. MINERAIS HALITA Um mineral é um sólido, homogêneo, natural, com uma composição química definida e um arranjo atômico altamente ordenado. É geralmente formado por processos inorgânicos. Sólido: as substâncias

Leia mais

COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS SOB TENSÃO. Prof. Rubens Caram

COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS SOB TENSÃO. Prof. Rubens Caram COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS SOB TENSÃO Prof. Rubens Caram 1 TENSÃO X DEFORMAÇÃO O EFEITO DE TENSÕES NA ESTRUTURA DE METAIS PODE SER OBSERVADO NA FORMA DE DEFORMAÇÕES: EM ESTRUTURAS DE ENGENHARIA, ONDE

Leia mais

CIÊNCIA DE MATERIAIS I

CIÊNCIA DE MATERIAIS I CIÊNCIA DE MATERIAIS I ENUNCIADOS DE PROBLEMAS PARA AS LICENCIATURAS EM ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL ENGENHARIA QUÍMICA Compilação efectuada por Alexandre Velhinho, Lucelinda Cunha,

Leia mais

CRISTALOGRAFIA NOTAÇÃO CRISTALOGRÁFICA

CRISTALOGRAFIA NOTAÇÃO CRISTALOGRÁFICA RISTLGRFI PÍTUL III NTÇÃ RISTLGRÁFI 3.1. EIS RISTLGRÁFIS Denominamos eixos cristalográficos a um conjunto de linhas imaginárias paralelas às arestas limitantes das principais faces de um cristal, e que

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA - DQMC. Estrutura Interna. Prof Karine P.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA - DQMC. Estrutura Interna. Prof Karine P. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA - DQMC Estrutura Interna Prof Karine P. Naidek Estrutura Cristalina Os materiais sólidos podem ser classificados

Leia mais

Química 1 Química Geral 1

Química 1 Química Geral 1 α α = 2 3 2 2 34 2 2 34 56787 977 7 767 34 2 56787 97657 23456789 9 24869 234869 + 567 7657 23456789 24869 24869 2 3 4 35 4 34 + = = Química Geral A Lei Periódica é estabelecida nestes termos: As

Leia mais

ESTRUTURAS IÔNICAS. Be 2+ Al 3+ Na + Cl- S 2- Mg 2+ Fe 2+ Fe 3+ Sc 3+ Ti 4+ V 5+ Cr 3+ Co 2+ Ni 2+ Cu + Zn 2+ Ga 3+ Ca 2+ K + Mn 2+ Se2- Br -

ESTRUTURAS IÔNICAS. Be 2+ Al 3+ Na + Cl- S 2- Mg 2+ Fe 2+ Fe 3+ Sc 3+ Ti 4+ V 5+ Cr 3+ Co 2+ Ni 2+ Cu + Zn 2+ Ga 3+ Ca 2+ K + Mn 2+ Se2- Br - ESTRUTURAS IÔNICAS Estamos em condição, agora, de estudar os tipos de estruturas cristalinas iônicas mais comuns. Muitos haletos dos Grupos 1 e 2 são usados como modelos estruturais básicos para compostos

Leia mais

UNIDADE 3 - COORDENAÇÃO ATÔMICA

UNIDADE 3 - COORDENAÇÃO ATÔMICA A força de repulsão entre os elétrons de dois átomos, quando estão suficientemente próximos, é responsável, em conjunto com as forças de atração, pela posição de equilíbrio dos átomos na ligação química

Leia mais

Difração. Espectrometria por Raios X 28/10/2009. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc. http://ww.walmorgodoi.com

Difração. Espectrometria por Raios X 28/10/2009. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc. http://ww.walmorgodoi.com Difração Espectrometria por Raios X Fenômeno encontrado enquanto ondas (sísmicas, acústicas, ondas de água, ondas eletromagnéticos, luz visível, ondas de rádio, raios X) encontram um obstáculo teia de

Leia mais

A hidroxiapatita (HA) é um constituinte natural dos ossos e possui de 30% a. 70% da massa dos ossos e dos dentes. Além de ter grande importância na

A hidroxiapatita (HA) é um constituinte natural dos ossos e possui de 30% a. 70% da massa dos ossos e dos dentes. Além de ter grande importância na 13 2 Hidroxiapatita 2.1. Aplicações biomédicas da hidroxiapatita A hidroxiapatita (HA) é um constituinte natural dos ossos e possui de 30% a 70% da massa dos ossos e dos dentes. Além de ter grande importância

Leia mais

Ciência de Materiais. LEGI. Ano lectivo ESTRUTURA CRISTALINA

Ciência de Materiais. LEGI. Ano lectivo ESTRUTURA CRISTALINA 1. I) Desenhe em cubos unitários os planos com os seguintes índices de Miller: a) ( 1 0 1) b) ( 0 3 1) c) ( 1 2 3) II) Desenhe em cubos unitários as direcções com os seguintes índices: a) [ 1 0 1] b) [

Leia mais

CAPÍTULO IV ESTRUTURAS ATÔMICAS

CAPÍTULO IV ESTRUTURAS ATÔMICAS CAPÍTULO IV ESTRUTURAS ATÔMICAS ESTRUTURAS ATÔMICAS 4.1. Introdução Através de ligações atômicas, os átomos podem formar compostos com propriedades bem distintas das propriedades de seus constituintes

Leia mais

Aula Prática 1. Análise de Difração de Raios X (DRX) Centro de Engenharia Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas

Aula Prática 1. Análise de Difração de Raios X (DRX) Centro de Engenharia Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas Aula Prática 1 Análise de Difração de Raios X (DRX) Centro de Engenharia Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas Raios-X Raios-X são uma forma de radiação eletromagnética com alta energia e pequeno comprimento

Leia mais

Propriedades dos sólidos metálicos. C. E. Housecroft, cap. 6

Propriedades dos sólidos metálicos. C. E. Housecroft, cap. 6 C. E. Housecroft, cap. 6 O caráter metálico refere-se às propriedades dos metais (brilhante ou lustroso, maleável e dúctil, os óxidos formam sólidos iônicos básicos e tendem a formar cátions em solução

Leia mais

Geometria Espacial Elementos de Geometria Espacial Prof. Fabiano

Geometria Espacial Elementos de Geometria Espacial Prof. Fabiano Geometria Espacial Elementos de Geometria Espacial Prof. Fabiano A Geometria espacial (euclidiana) funciona como uma ampliação da Geometria plana (euclidiana) e trata dos métodos apropriados para o estudo

Leia mais

LIGAÇÃO COVALENTE APOLAR ELEMENTOS COM MESMA ELETRONEGATIVIDADE

LIGAÇÃO COVALENTE APOLAR ELEMENTOS COM MESMA ELETRONEGATIVIDADE LIGAÇÃO COVALENTE APOLAR ELEMENTOS COM MESMA ELETRONEGATIVIDADE LIGAÇÃO COVALENTE POLAR ELEMENTOS COM ELETRONEGATIVIDADES DIFERENTES MOLÉCULA APOLAR VETORES SE ANULAM ///// µ R = 0 MOLÉCULA APOLAR VETORES

Leia mais

Aula 3 Estrutura electrónica e cristalográfica

Aula 3 Estrutura electrónica e cristalográfica Aula 3 Estrutura electrónica e cristalográfica Tópicos a abordar Estrutura electrónica, cristalográfica e metalo(materialo)gráfica Estrutura electrónica Estrutura cristalográfica Organização dos átomos

Leia mais

CAPÍTULO 5 ALGUMAS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS

CAPÍTULO 5 ALGUMAS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS 9 CAPÍTULO 5 ALGUMAS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS Sumário Objetivos deste capítulo...93 5.1 Introdução...93 5. O microscópio ótico...94 5.3 O microscópio eletrônico de transmissão (MET)...95

Leia mais

ES 542 Tratamentos Térmicos. Professor: Felipe Bertelli Site :

ES 542 Tratamentos Térmicos. Professor: Felipe Bertelli   Site : ES 542 Tratamentos Térmicos Professor: Felipe Bertelli E-mail: febertelli@fem.unicamp.br Site : www.gps.dema.fem.unicamp.br Pré-requisito para a disciplina: ter cursado a disciplina ES 242 Materiais de

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 6 1 (UNIDADE III INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DOS MATERIAIS)

LISTA DE EXERCÍCIOS 6 1 (UNIDADE III INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DOS MATERIAIS) UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO DE ENGENHARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA DISCIPLINA: QUÍMICA APLICADA À ENGENHARIA PROFESSOR: FREDERICO RIBEIRO DO CARMO Estrutura cristalina

Leia mais

Disciplina CIÊNCIA DOS MATERIAIS A. Marinho Jr. Materiais polifásicos - Processamentos térmicos

Disciplina CIÊNCIA DOS MATERIAIS A. Marinho Jr. Materiais polifásicos - Processamentos térmicos Tópico 7E Materiais polifásicos - Processamentos térmicos Introdução Já vimos que a deformação plástica de um metal decorre da movimentação interna de discordâncias, fazendo com que planos cristalinos

Leia mais

1. ESTRUTURAS CRISTALINAS

1. ESTRUTURAS CRISTALINAS 1. ESTRUTURAS CRISTALINAS 1.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS Materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade com a qual os átomos ou íons se arranjam entre si. Um material cristalino é aquele

Leia mais

Capítulo 6 Estrutura dos materiais

Capítulo 6 Estrutura dos materiais Capítulo Estrutura dos materiais. O Molibdénio (Mo) apresenta estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC) sendo o seu raio atómico 0, nm. O peso atómico do Mo é 95,94 g/mol e a sua densidade é

Leia mais

MATEMÁTICA PARA CONCURSOS II

MATEMÁTICA PARA CONCURSOS II 1 MATEMÁTICA PARA CONCURSOS II Fonte: http://www.migmeg.com.br/ MÓDULO II Estudaremos neste módulo geometria espacial e volume dos principais sólidos geométricos. Mas antes de começar a aula, segue uma

Leia mais

O mundo à nossa volta é povoado de formas as mais variadas tanto nos elementos da natureza como nos de objetos construídos pelo homem.

O mundo à nossa volta é povoado de formas as mais variadas tanto nos elementos da natureza como nos de objetos construídos pelo homem. TRIDIMENSIONALIDADE O mundo à nossa volta é povoado de formas as mais variadas tanto nos elementos da natureza como nos de objetos construídos pelo homem. As formas tridimensionais são aquelas que têm

Leia mais

Determinação experimental do raio atômico do cobre a partir da sua densidade.

Determinação experimental do raio atômico do cobre a partir da sua densidade. Determinação experimental do raio atômico do cobre a partir da sua densidade. Rosane Saraiva Melo, Jéssica Silva de Aquino, Israel Bezerra Pereira, Adilson Luis Pereira Silva *. Universidade Federal do

Leia mais

Introdução aos Materiais A Estrutura em Sólidos Cristalinos Metais DEMEC TM229 Prof. Adriano Scheid

Introdução aos Materiais A Estrutura em Sólidos Cristalinos Metais DEMEC TM229 Prof. Adriano Scheid Introdução aos Materiais A Estrutura em Sólidos Cristalinos Metais DEMEC TM229 Prof. Adriano Scheid Introdução: Diversas propriedades dos sólidos estão relacionadas à Estrutura Cristalina. Não somente

Leia mais

UNIDADE 4 Estrutura dos Sólidos Cristalinos

UNIDADE 4 Estrutura dos Sólidos Cristalinos UNIDADE 4 Estrutura dos Sólidos Cristalinos 1. Calcular a densidade teórica (em g/cm 3 ) dos seguintes metais: a) Fe- b) Al DADOS Estrutura Cristalina Raio Atômico (nm) Massa Molar (g/mol) Fe- CCC 0,1241

Leia mais

Tecnologia Mecânica MATERIAIS. Roda de aço. Mapa do Brasil em cobre. Prof. Marcio Gomes

Tecnologia Mecânica MATERIAIS. Roda de aço. Mapa do Brasil em cobre. Prof. Marcio Gomes Alumínio Tecnologia Mecânica Ferro fundido MATERIAIS Roda de aço Mapa do Brasil em cobre Introdução Átomo: modelo de Bohr Tecnologia Mecânica O átomo, que não dá para a gente ver nem com um microscópio,

Leia mais

Geologia Noções básicas. Profa. Dra. Andrea Sell Dyminski UFPR 2010

Geologia Noções básicas. Profa. Dra. Andrea Sell Dyminski UFPR 2010 Geologia Noções básicas Profa. Dra. Andrea Sell Dyminski UFPR 2010 Estrutura do Planeta Terra Fonte: http://domingos.home.sapo.pt/estruterra_4.html Eras Geológicas Evolução dos Continentes Vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=hsdlq8x7cuk

Leia mais

- LIGAÇÕES IÔNICAS: Na (1s 2 2s 2 2p 6 3s 1 ) + Cl (1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 5 ) Na + (1s 2 2s 2 2p 6 ) + Cl - (1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 )

- LIGAÇÕES IÔNICAS: Na (1s 2 2s 2 2p 6 3s 1 ) + Cl (1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 5 ) Na + (1s 2 2s 2 2p 6 ) + Cl - (1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 ) - LIGAÇÕES IÔNICAS: A ligação iônica é a ligação química formada pela atração eletrostática entre íons positivos e íons negativos. A ligação se dá entre dois átomos quando um elétron, ou mais um, se transfere

Leia mais

Ligações químicas e estrutura dos materiais

Ligações químicas e estrutura dos materiais Disciplina : - MFI Professores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica Aula 02 Revisão de alguns conceitos fundamentais da Ciência dos Materiais Ligações químicas e estrutura dos materiais Conceitos

Leia mais

Propriedades Mecânicas dos Aços DEMEC TM175 Prof Adriano Scheid

Propriedades Mecânicas dos Aços DEMEC TM175 Prof Adriano Scheid Propriedades Mecânicas dos Aços DEMEC TM175 Prof Adriano Scheid Tensão Propriedades Mecânicas: Tensão e Deformação Deformação Elástica Comportamento tensão-deformação O grau com o qual a estrutura cristalina

Leia mais

INTRODUÇÃO À FÍSICA DO ESTADO SÓLIDO

INTRODUÇÃO À FÍSICA DO ESTADO SÓLIDO FÍSICA PARA ENGENHARIA ELÉTRICA José Fernando Fragalli Departamento de Física Udesc/Joinville INTRODUÇÃO À FÍSICA DO ESTADO SÓLIDO É errado pensar que a tarefa da física é descobrir como a natureza é.

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE DE GERAÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE NANOESTRUTURAS

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE DE GERAÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE NANOESTRUTURAS DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE DE GERAÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE NANOESTRUTURAS Aluno: Marcos Paulo Moraes Orientador: André Silva Pimentel Introdução A nanotecnologia está associada a diversas áreas de pesquisa

Leia mais

4.2. Materiais celulares

4.2. Materiais celulares 4.2. Materiais celulares Tópicos a abordar... O que é um material celular? Quais os tipos de materiais celulares? Como é a estrutura dos materiais celulares? Quais as principais propriedades dos materiais

Leia mais