Histologia. Disciplina que estuda a organização das células para formar os tecidos.

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1 Histologia Disciplina que estuda a organização das células para formar os tecidos. Prof a. Gerdine gerdinesanson@hotmail.com

2 Bibliografia JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica.11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 SAMUELSON, D.A. Tratado de Histologia Veterinária, 1ª ed. Ed. Elsevier, KIERSZENBAUM, A. L., Histologia e Biologia Celular: Uma Introdução à Patologia, 2 a ed. Ed. Elsevier, Apostila de Apoio e Apostila de trabalho A apostila de trabalho será usada em aulas práticas.

3 Método de Avaliação a partir de 2012/1 5 avaliações parciais, 3 teóricas e 2 práticas VALENDO 8,0. Média de Avaliação (MA) = média aritmética das 5 parciais MA = AvT1 + AvP1 + AvT2 + AvT3 + AvP2 Se MA => 5,5 APROVADO Se MA < 2,4 REPROVADO Se 2,4 <= MA < 5,5 fazer Avaliação Final (AvF), com todo o conteúdo da matéria. A Avaliação Final também valerá 8,0. A Média Final (MF) é obtida por 5 MA = MA + AvF 2 MF= MA (até 8,0) + PtoPart (até 2,0) PtoPart ponto de participação (vale até 2,0) é contabilizado pela participação nas aulas práticas e execução das atividades propostas.

4 Técnicas Histológicas Um pequeno fragmento do órgão é colocado em solução fixadora aldeído fórmico, líquido de Bouin (mistura). Depois de fixado, o fragamento utilizado para análise biópsia é colocado em um cassete. O material passa por um processamento para observação em microscopia.

5 Processamento do material Desidratação por imersão numa bateria de soluções alcoólicas em concentrações graduais e crescentes. Diafanização por imersão em xilol. Inclusão em parafina. Alternativas: congelamento, resina. Microtomia. Montagem em lâmina. Coloração.

6 Coloração Tem por objetivo evidenciar a morfologia de células e tecidos. Moléculas corantes se associam a moléculas ionizadas constituintes dos tecidos por afinidade, por ligações eletrostáticas. Basófilo tecidos corados por corantes básicos Acidófilos os que se coram por corantes ácidos Colorações mais importantes: Hematoxilina e eosina (HE) Ácido Periódico de Schiff (PAS) Tricrômio de Masson ou Mallory Metacromasia é o fenômeno de alteração da cor do corante ao reagir com componentes do tecido.

7 H&E (ou HE) A combinação hematoxilina eosina é a mais usual em histologia. É a combinação de dois corantes com afinidades distintas. É um corante estrutural, ou seja, evidencia a morfologia do tecido. Eosina é um corante ácido, cora as estruturas em alaranjado. A eosina cora proteínas citoplasmáticas básicas, mitocôndrias, colágeno. Hematoxilina se comporta como um corante básico, cora as estruturas em arroxeado. O que a hematoxilina evidencia: principalmente o núcleo, mas também o retículo endoplasmático rugoso e outras estruturas ácidas.

8 Tecidos fundamentais Epitelial Revestimento, absorção, secreção Conjuntivo Apoio, proteção Nervoso Transmissão de impulsos Muscular Movimento

9 Organização celular em tecidos Glomérulo renal Estômago região pilórica

10 Tecido epitelial

11 Tecido epitelial Funções: revestimento, absorção e secreção e atividades sensoriais. Há dois tipos principais: epitélios de revestimento e glandulares. Tudo que entra ou sai do organismo deve atravessar o tecido epitelial. Células justapostas, com pouca matriz extracelular. Profusão de junções intercelulares. Todo tecido epitelial tem um t.conjuntivo associado: lâmina própria. Tudo que entra ou sai do organismo deve atravessar o tecido epitelial. São tecidos avasculares, e sua nutrição depende da irrigação sanguínea da lâmina própria subjacente.

12 Tipos de tecido epitelial Simples Pavimentoso: endotélio, mesotélio Cúbico: revestimento externo do ovário, ductos de glândulas Cilíndrico: revestimento do intestino Pseudoestratificado: epitélio respiratório Estratificado Pavimentoso queratinizado (seco): epiderme Pavimentoso não-queratnizado (úmido): esôfago Cúbico: folículos ovarianos em crescimento Cilíndrico: membrana conjuntiva do olho Transição: revestimento do trato urinário

13 Epitélio simples pavimentoso Hemácias no lúmen Núcleo achatado de uma célula endotelial Epitélio simples pavimentoso Lâmina basal Lúmen Endotélio Endotélio: revestimento de vasos sanguíneos. Mesotélio: revestimento de peritônio, pleura e pericárdio.

14 Epitélio simples cúbico Lâmina basal Lúmen Epitélio simples cúbico Túbulo coletor do rim Encontrado por exemplo no revestimento interno dos túbulos renais e dos folículos tireoidianos. Participam na absorção, secreção e transporte ativo de íons.

15 Epitélio simples cilíndrico Planura estriada Lamina basal Célula caliciforme Epitélio simples cúbico Lúmen Célula caliciforme Planura estriada Intestino delgado As células são polarizadas, com núcleo na região basal e especializações de membrana na região apical.

16 Epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado Núcleos na camada mais superficial Células pavimentosas superficiais nucleadas Lâmina basal Célula basal Esôfago Lâmina basal Presença de células basais indiferenciadas que se dividem continuamente por mitose. As células se diferenciam ao longo das camadas. Presença de queratinas aumenta ao longo do processo de diferenciação.

17 Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado Núcleos não visualizados na camada mais superficial Células anucleadas altamente queratinizadas Lâmina própria Célula basal Lâmina basal A grande quantidade de queratina na camada superficial previne perda de água e penetração de agressões físicas e químicas.

18 Epitélio pseudo-estratificado Célula caliciforme Célula caliciforme Célula cilíndrica ciliada Célula cilíndrica ciliada Traquéia Célula basal Célula basal Lâmina basal Os núcleos celulares são observados em diferentes alturas do epitélio, mas todas as células se apóiam na lâmina basal.

19 Epitélio de transição Encontrado apenas no revestimento do trato urinário.

20 Domínios de uma célula epitelial polarizada Junção de oclusão Lúmen Especialização de domínio apical: cílios, microvilos ou estereocílios Domínio apical Microvilos Lúmen Domínio basolateral Membrana basal

21 Lâmina Basal Membrana basal Camada entre o t.epitelial e o conjuntivo, com nm. Composta por colágeno tipo IV, laminina, entactina e proteoglicanos. Colágeno tipo VII formam as fibrilas de ancoragem no conjuntivo.

22 Funções da Lâmina Basal Orienta a polarização da célula. Regula proliferação e diferenciação. Organiza proteínas da membrana. Serve de suporte para migração. Membrana basal é uma estrutura visível ao MO, formada pela fusão de 2 lâminas ou por uma mais uma lâmina de fibras reticulares.

23 Adesão intercelular e Junções Intercelulares A adesão é mais desenvolvida em epitélios sujeitos à tração. As junções aumentam adesão entre células adjacentes. Impedem passagem de substâncias entre as células. Junções de Adesão zônulas de adesão hemidesmossomos desmossomos Zônulas de Oclusão Junções comunicantes (tipo gap)

24 Complexo unitivo: ZO + ZA + desmossomo Zônula de oclusão Zônula de adesão ou desmossoma em cinturão (onde se ancoram filamentos de actina) Junção de oclusão Mácula de adesão ou desmossoma (onde ser ancoram filamentos intermediários) Hemidesmossoma (ancora a célula na lâmina basal) Lâmina basal Junções gap

25 Junções comunicantes (tipo gap) Conexons Permitem intercâmbio de moléculas entre células adjacentes. A célula gasta energia para manter a organização desse tipo de junção intercelular.

26 Especializações de membrana plasmática São modificações na superfície da membrana plasmática, e estão relacionadas à função. Na região apical da célula, podemos encontrar: Microvilosidade: formados por actina, ex. intestino delgado, túbulo contorcido proximal no rim; Estereocílio: formados por actina, ex. epidídimo Cílios: formados por microtúbulos, ex. epitélio respiratório Os cílios gastam energia para se movimentar e tem movimentação unidericional.

27 Microtúbulos Subunidades de tubulina que se polimerizam. Encontrados no citoplasma e também em cílios e flagelos. Polimerização orientada por MTOCs: centros organizadores de microtúbulos, como centríolos, corpúsculos basais e centrômeros.

28 Arranjo de microtúbulos em cílios e centríolos

29 Organização molecular dos CÍLIOS CÍLIO Cílio: Eixo de duplas de microtúbulos 9+2 Corpúsculo basal: Eixo de 9 trincas de microtúbulos em arranjo helicoidal Centríolos originam os CBs. Cílio CB 0,25 m 0,2 m MP cílio CB radícula microtúbulos MTOC Lâmina basal Tuba uterina MP: membrana plasmática CB: corpúsculo basal MTOC: centro organizador de microtúbulos

30 Epitélio Ciliado

31 Organização molecular de um MICROVILO MICROVILO Microvilo: Eixo de microfilamentos de actina. Capuz Filamentos de actina Tuba uterina Eixo de filamentos de actina Junção de oclusão e desmossoma, ponto terminal da trama de actina. 0,08 m Região da trama terminal Intestino delgado MICROVILOS CÍLIOS Lâmina basal

32 Organização molecular de um ESTEREOCÍLIO ESTEREOCÍLIO Estereocílio: eixo de microfilamentos de actina espermatozóide Ramificações Vesículas de endocitose Lâmina basal Epidídimo Setas indicam pontos de ramificação Estereocílios são mais longos e ramificados do que os microvilos, e apresentam vesículas de endocitose.

33 Formação dos epitélios glandulares Gl. Exócrina: possui um sistema de ductos para secreção Gl. Endócrina: secreção é transportada no sangue.

34 Glândulas Endócrinas 1. Hipófise 2. Pineal 3. Tireóide 4. Paratireóides 5. Adrenais 6. Outras células endócrinas a. Ilhotas pancreáticas Córtex adrenal b. Neurônios neurosecretores do hipotálamo c. Intersticiais do testículo d. Secretoras da teca interna, granulosa e corpo lúteo Tireóide As glândulas endócrinas podem apresentar arranjo cordonal ou folicular.

35 Classificação de Glândulas Exócrinas Número de células: Gls unicelulares Gls multicelulares Simples Ramificada Composta Forma: Tubular Alveolar ou acinosa Tubuloalveolar Modo de secreção: Gls merócrinas Gls apócrinas Gls holócrinas Tipo de secreção: Gls mucosas Gls serosas Gls mistas Número de ductos: Simples (pode ser ramificada) Composta

36 Glândulas unicelulares células caliciformes São encontradas do epitélio colunar simples ou pseudo-estratificado. Citoplasma rico em grânulos com substâncias precursoras de muco.

37 Glândulas Multicelulares Apresentam regiões de aglomerados de células secretoras, formando a porção secretora e um sistema de ductos que transporta a secreção para o lúmen ou superfície. Glândulas simples: um único ducto não ramificado. Glândulas compostas: mais de um ducto Forma da região secretora define classificação em tubular, alveolar ou tubuloalveolar.

38 Classificação por tipo de secreção Glândula serosa: secreção predominantemente proteica, aquosa. Glândula mucosa: secreção rica em mucígenos, que em contato com a água do lúmen produzirão MUCO, viscoso. Glândula mista: a glândula contém tanto células serosas quanto mucosas. Célula caliciforme Porção secretora mista da glândula submandibular

39 Classificação por modo de secreção Glândulas merócrina: secreção por exocitose, sem perda de material celular. Glândula apócrina: parte do citoplasma apical é secretado junto com o produto. Glândula holócrina: toda a célula se destaca e forma o produto final secretado. Sebo exocitose Secreção apócrina Secreção merócrina Secreção merócrina Secreção apócrina Secreção holócrina

40 Glândulas simples Ex: glândulas intestinais de Lieberkühn Ex: glândula sudorípara Ex: glândulas do estômago e útero Ex: glândulas sebáceas Sem ducto excretor Ducto excretor Ducto excretor Porção secretora enovelada Porção secretora Glândula tubulosa simples Glândula tubulosa enovelada simples Glândula tubulosa ramificada simples Glândula acinosa ou alveolar simples

41 Glândulas compostas Glândula tubulosa composta Glândula acinosa (ou alveolar) composta Glândula túbuloalveolar composta Ex: glândulas da cavidade oral Ex: pâncreas exócrino Ex: glândula mamária

42 Organização geral de uma glândula composta Uma cápsula de tecido conjuntivo envia septos (1) para o interior do parênquima, definindo os lobos. Os septos se ramificam e dividem os lobos em lóbulos (2). A unidade secretora (3) pode ser tubulosa, acinosa ou túbulo-acinosa. A secreção é drenada primeiro para os ductos intralobulares (4) que se anastomosam e formam ductos interlobulares (5). Parênquima é formado pelos ácinos secretores e ductos e o estroma é o tecido conjuntivo de suporte, incluindo vasos e nervos.

43 Organização geral de uma glândula salivar composta

44 Glândulas Exócrinas Células caliciformes Tipo Forma Produto Modo de Secreção Localização unicelular caliciforme mucoso merócrina Epitélio de revestimento do sistema digestório, respiratório e reprodutor

45 Glândulas Exócrinas gl. sudoríparas Tipo Forma Produto Modo de Secreção Localização Muticelular simples Tubular enovelada Sais Globulinas Merócrina Ou Apócrina Pele Coxins

46 Glândulas Exócrinas gl. sebáceas Tipo Forma Produto Modo de Secreção Muticelular simples Alveolar ramificada Lipídeos Holócrina

47 Glândulas Exócrinas gl. uterinas Tipo Forma Produto Modo de Secreção Muticelular simples Tubulosa ramificada enovelada Misto Merócrina

48 Glândulas Exócrinas gl. mamárias Tipo Forma Produto Modo de Secreção Muticelular composta Tubuloalveolar Seroso, lipídico Merócrina (caseína) Apócrina (lipídeos)

49 Glândulas Exócrinas pâncreas Tipo Forma Produto Modo de Secreção Muticelular ramificada composta Tubuloalveolar Seroso Merócrina