Percepções históricas sobre quilombos no Brasil
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- Victor Gabriel Melgaço Frade
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1 Percepções históricas sobre quilombos no Brasil
2 Categorias de Quilombo Quilombo-rompimento esconderijo; proteção do cotidiana, sua organização interna. Quilombo Abolicionista lideranças conhecidas; articulação política; contato com a sociedade internalizado.
3 Palmares Surgiu com escravos fugidos que se estabeleceram na Zona da Mata, onde atualmente se localiza Alagoas. Primeira expedição portuguesa em A sociedade cresceu até 1640, quando os holandeses consideraram uma ameaça. Perseguição a minorias étnicas pode ter influenciado alguns brancos a decidir viver em Palmares. Primeira incursão holandesa, dos 31 capturados, sete eram indígenas.
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5 Quilombos nas Minas Gerais do Século XVIII A maioria da população escrava do movimento quilombola trabalhava em atividades mineradoras. Crescimento da população quilombola na região dependia de dois fatores: adesão de novos escravos fugidos; reprodução interna da própria população quilombola.
6 Relação Quilombo e sociedade escravista em Minas Gerais: Relações comerciais clandestina com contrabandistas, taberneiros, negras de tabuleiro e fazendeiros; Ataques a viajantes, tropeiros, fazendas e periferias das vilas e aldeias. Rede de informações que começavam dentro das senzalas e terminava dentro dos quilombos.
7 Quilombos de Mato Grosso Trabalho cativo em mineração, agricultura, pecuária e obras públicas. Quilombo de Quariterê imediações do Rio Galera. Produção do Quilombo: milho, feijão, mandioca, amendoim, batata. Conflito de 1795 foram presos: 6 negros, 8 índios e 19 índias.
8 Pampa Negro Propriedades de pardos, livres e libertos assaltadas e queimadas. Ataques aos feitores gaúchos Com a revolta Farroupilha o número de fugas aumentara. Os farroupilhas assaltavam as fazendas dos inimigos e libertavam os cativos que aceitassem lutar como soldados.
9 Quilombo de Catucá Próximo aos engenhos Mussupinho, Monjope, Utinga, Araripe e Pau Amarelo. Possuíram uma hierarquia sólida. Viviam em constante conflitos. Era um quilombo móvel, dividido em vários grupos no meio da floresta. Possuíam brancos na formação da resistência.
10 Quilombos Maranhenses Diversas formações no século XIX Movimentos populares contra o governo imperial levou a um esboço de alianças abrangendo livres e escravos. Quilombos sobrevivem graças aos aspectos geográficos e fraqueza do aparelho repressivo. Vínculo entre os balaios e os quilombolas.
11 Mocambos do Baixo Amazonas Uso de mão-de-obra escrava na região cresceu a partir da segunda metade do século XVIII. Instituição familiar como base da organização social dos mocambos. Mocambos cresciam pelo aumento natural da população. Atividades econômicas: extrativismo, agricultura e comércio. Convivência quilombola tranquila com etnias indígenas Caxuana e Tiriô.
12 Quilombos do Recôncavo da Guanabara Alguns quilombolas procuravam fixar seus acampamentos em locais montanhosos e íngremes. Praticavam roubos na região metropolitana. Comercializavam leite, capim, carvão e madeiras com comerciantes da região.
13 Principais Quilombos do Rio de Janeiro nas vésperas da abolição Quilombo Senna Limites da Quinta Imperial. Quilombo Clapp Situado no Escritório da Confederação Abolicionista e em São Domingos de Niterói. Quilombo Patrocínio São Cristóvão Quilombo Miguel Dias Catumbi, na casa de Miguel Antônio Dias. Quilombo Padre Ricardo Grande fazenda na Penha. Quilombo do Camorim Jacarepaguá.
14 A rota de fuga para o Quilombo do Camorim Um escravo em fuga para o quilombo do Camorim podia pegar o trem a vapor onde é hoje a estação Central do Brasil e seguir até a estação Cascadura, que já existia desde Em Cascadura descia do trem e pegava discretamente o bondinho puxado a burro da Companhia Ferro-Carril de Jacarepaguá, que existia desde 1875, e era só seguir em frente até um lugarejo chamado Nossa Senhora do Loreto de Jacarepaguá. Aí descia e fazia a baldeação para o ramal da ponte da Taquara, que seguia até o fim da linha. Depois, como no Leblon e no Jabaquara, tinha que seguir a pé, por uma trilha, ate o esconderijo. (SILVA, Eduardo. As camélias do Leblon e a Abolição da escravatura: uma investigação de História Cultural. São Paulo: Companhia das Letras, p. 22)
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16 Quilombo do Leblon Idealizado por José de Magalhaes Seixas. Protegido pela Confederação Abolicionista. Cultivo de Camélias Símbolo abolicionista Guerra das Flores.
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18 Quilombo do Jabaquara Origem Cunho Abolicionista. Iniciativa de um membro da elite santista. Formado por uma série de casas com armazéns. Moradores da região protegiam os quilombolas das incursões da polícia. Recebia refugiados de diversas regiões de São Paulo.
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20 Quilombo Ivaporonduva Formado no século XVII Com membros negros e indígenas Foco de resistência do Vale do Ribeira
21 Bibliografia: ASSUNÇÃO, Mathias Röhring. Quilombos Maranhenses. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, CARVALHO, Marcus Joaquim M. de. O quilombo de Malunguinho, o rei das matas de Pernambuco. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, FUNARI, Pedro Paulo. A Arqueologia de Palmares: sua contribuição para o conhecimento da história da cultura afroamericana. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, FUNES< Eurípedes A. Nasci nas matas, nunca tive senhor : mocambos do baixo Amazonas. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, GOMES, Flavio dos Santos. Quilombos do Rio de Janeiro do século XIX. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, GUIMARÃES, Carlos Magno. Mineração Quilombo e Palmares. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, MAESTRI, Mário. Pampa Negro: Quilombos no Rio Grande do Sul. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, RAMOS, Donald. O quilombo e o sistema escravista em Minas Gerais do século XVIII. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, SILVA, Eduardo. As camélias do Leblon e a Abolição da escravatura: uma investigação de História Cultural. São Paulo: Companhia das Letras, 2003 VOLPATO, Luiza Rios Ricci. Quilombos em Mato Grosso: resistência negra em área de fronteira. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
BRASIL COLÔNIA ( )
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