O PERÍODO DA EXPERIÊNCIA DEMOCRÁTICA: A REPÚBLICA BRASILEIRA COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS

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1 O PERÍODO DA EXPERIÊNCIA DEMOCRÁTICA: A REPÚBLICA BRASILEIRA COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS

2 : FIM DO ESTADO NOVO E A REDEMOCRATIZAÇÃO Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas foi pressionado a sair do governo, tendo fim a ditadura do Estado Novo. Todas as práticas autoritárias são suspensas: fim da censura e retorno do funcionamento dos partidos políticos. São convocadas as eleições para o ano de 1945 e, posteriormente, convocam a Assembleia Nacional Constituinte para elaborar uma nova constituição para o Brasil: a CONSTITUIÇÃO DE 1946.

3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA CONSTITUIÇÃO DE 1946 Definia o Brasil como uma República federativa presidencialista; Garantia ampla liberdade de pensamento, de expressão e de associação; Concedia grande autonomia a cada um dos três poderes; Permitia o direito de voto a todos os brasileiros maiores de 18 anos, de ambos os sexos, mas mantinha a restrição aos analfabetos (metade da população). Garantia aos trabalhadores o direito de greve, mas proibia as greves em atividades essenciais, como transporte, saúde, segurança, etc.

4 PRINCIPAIS PARTIDOS POLÍTICOS NO PERÍODO PTB Aliança Política PSD PCB Partido Trabalhista Brasileiro Partido Social Democrático UDN Partido Comunista do Brasil Partido ligado à causa dos trabalhadores urbanos e rurais. Defensor radical da reforma agrária e das reformas sociais. Partido getulista ligado ao Ministério do Trabalho e aos sindicatos de trabalhadores Partido getulista ligado às oligarquias agrárias e aos interventores nomeados por Vargas União Democrática Nacional Partido antigetulista contrário à intervenção do Estado na economia e favorável à abertura ao capital estrangeiro

5 PERÍODO CONHECIDO PELO EMBATE ENTRE DOIS PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO PARA O PAÍS PROJETO NACIONALISTA O Estado devia intervir na economia, investindo em áreas estratégicas, como petróleo, siderurgia e transportes, e incentivando os investimentos privados. A entrada do capital estrangeiro devia ser controlada pelo Estado, que também deveria regular as remessas de lucros para o exterior. O governo devia manter uma posição de independência em relação aos Estados Unidos; PROJETO LIBERAL A economia devia caminhar com a menor interferência possível do Estado, devendo ser regulada pelas leis do mercado. O desenvolvimento devia apoiar-se nas empresas privadas nacionais e estrangeiras. Os capitais e as empresas estrangeiras deviam ter liberdade para atuar no Brasil inclusive quanto à remessa de lucro. O governo brasileiro devia se aliar aos Estados Unidos de forma incondicional, ajudando-o a combater o comunismo.

6 ENTRE 1946 E 1964 TIVEMOS 5 GOVERNOS DEMOCRÁTICOS: Eurico Dutra Getúlio Vargas Juscelino Kubtschek Jânio Quadros João Goulart ( ) ( ) ( ) (janeiro a agosto de 1961) (agosto de )

7 O GOVERNO DUTRA ( ): ALINHAMENTO COM OS ESTADOS UNIDOS EM PLENA GUERRA FRIA Governo de caráter liberal (capitalista). Colocou o PCB na ilegalidade em Rompeu as relações diplomáticas com a URSS em Incentivou as importações. Preocupou-se com o crescimento da produção industrial.

8 O SEGUNDO GOVERNO VARGAS ( ): AS ELEIÇÕES DE 1950 A campanha de Vargas (PTB) nas eleições de 1950: "Bota o retrato do velho outra vez Bota no mesmo lugar Bota o retrato do velho outra vez Bota no mesmo lugar O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar Eu já botei o meu E tu não vais botar Eu já enfeitei o meu E tu não vais enfeitar O sorriso do velhinho faz a gente se animar O sorriso do velhinho faz a gente se animar - Defesa da intervenção do Estado na economia; - Defesa do investimento na indústria de base; - Defesa da ampliação das Leis Trabalhistas Pela Constituição de 1946, os candidatos para a Presidência e Vice- Presidência da República concorriam separadamente. Dessa forma, foi eleito como vice Café Filho pelo PSP 48,7% dos votos

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10 O SEGUNDO GOVERNO VARGAS ( ): O NACIONALISMO ECONÔMICO Incentivo à industrialização; Contenção da inflação; Ampliar o consumo da população; Criação do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico). Preocupação energética: o projeto de construção da ELETROBRAS (Empresa Brasileira de Eletrecidade). A nacionalização dos recursos do subsolo: a campanha O PETRÓLEO É NOSSO e a criação da PETROBRAS (1953).

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14 A pressão dos trabalhadores: o movimento sindical e as greves. João Goulart (JANGO) no Ministério do Trabalho: diálogo com a classe trabalhadora (negociação e conflitos). A proposta de aumento do salário mínimo em 100 % A reação das Forças Armadas: o Memorial dos Coronéis. 1954: A CRISE DO GOVERNO VARGAS

15 1954: A CRISE DO GOVERNO VARGAS Intensa oposição ao governo: Imprensa, UDN e Forças Armadas. Carlos Lacerda Importante líder da UDN e forte oposicionista a Vargas.

16 O governo de Getúlio Vargas é, pois, além de imoral, ilegal. É um governo de banditismo e de loucura... A Getúlio Vargas dirijo, de todo coração, um apelo supremo; presidente da república: renuncia para salvar a República. Getúlio Vargas: deixa o poder para que o teu país, que é o nosso país, possa respirar nos dias de paz que os teus lhe roubaram.

17 O atentado a Carlos Lacerda: morte as Forças Armadas pressionam a renúncia de Vargas. 1954: A CRISE DO GOVERNO VARGAS Imprensa denuncia a corrupção: o mar de lama no Palácio do Catete.

18 1954: A CRISE DO GOVERNO VARGAS O SUICÍDIO

19 O povo atacou os oposicionistas a Vargas 1954: A CRISE DO GOVERNO VARGAS A REAÇÃO POPULAR E O FUNERAL

20 1954: A CRISE DO GOVERNO VARGAS A REAÇÃO POPULAR E O FUNERAL

21 1954: A CRISE DO GOVERNO VARGAS A POSSE DO VICE-PRESIDENTE CAFÉ FILHO Café Filho estabeleceu um governo de transição na medida em que no ano de 1955 ocorreriam novas eleições presidenciais.

22 "Gigante pela própria natureza / há 400 anos a dormir / são 21 estados, são teus / filhos a chamar / agora vem lutar, vamos trabalhar. / Queremos demonstrar ao mundo inteiro / e a todos que nos querem dominar / que o Brasil pertence aos brasileiros, / e um homem vai surgir para trabalhar. / Aparece como estrela radiosa / neste céu azul de anil / o seu nome é uma bandeira gloriosa / pra salvar este Brasil. / Juscelino Kubitschek é o homem / vem de Minas das bateias do sertão / Juscelino, Juscelino é o homem / Que além de patriota é nosso irmão. / Brasil, vamos para as urnas / Povo democrata, gente varonil / Juscelino, Juscelino, Juscelino, / Para presidente do Brasil!" AS ELEIÇÕES DE 1955: VITÓRIA DE JK (PSD)

23 AS ELEIÇÕES DE 1955: VITÓRIA DE JK (PSD) Votos de JK: Votos de Jango (vice):

24 AS ELEIÇÕES DE 1955: VITÓRIA DE JK (PSD) E A TENTATIVA DE GOLPE Renúncia de Café Filho Posse de Carlos Luz General Henrique Lott Nereu Ramos tentou impedir a posse de JK general do contragolpe

25 O GOVERNO JK ( ): 50 ANOS EM 5 PROJETO NACIONALISTA NACIONAL-DESENVOLVIMENTISMO Forte industrialização com participação maciça do capital nacional. DESENVOLVIMENTISMO Forte industrialização com capitais nacional e estrangeiro.

26 O GOVERNO JK ( ): 50 ANOS EM 5 O PLANO DE METAS: plano de governo que previa investimentos públicos em cinco grandes áreas: energia, transporte, indústria, alimentação e educação.

27 O GOVERNO JK ( ): 50 ANOS EM 5 Consequências positivas do Plano de Metas: - Grandes investimentos na Indústria de Base; - Atração de empresas e indústrias multinacionais (automobilística) - Aumento do consumo da classe média (decorrente da produção de Bens de Consumo); - Crescimento econômico a uma taxa anual de 8,1%. - Conexão do país por meio da construção de grandes rodovias; - Criação da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste)

28 O GOVERNO JK ( ): 50 ANOS EM 5 A Meta Síntese : a construção da nova capital federal- BRASÍLIA Construída com empréstimos estrangeiros. Objetivo: conectar e desenvolver o interior do país

29 O GOVERNO JK ( ): 50 ANOS EM 5 Os Anos Dourados do capitalismo no Brasil. O consumo de massa no Brasil; A expansão dos meios de comunicação; A Copa do Mundo de 1958; JK: o presidente Bossa Nova;

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32 NEM TUDO SÃO ANOS DOURADOS : PROBLEMAS ECONÔMICOS, DESIGUALDADE SOCIAL E AS REVOLTAS MILITARES Alto endividamento interno e externo (FMI) Dívida Externa por volta dos 3 bilhões de dólares; Intensificação da desigualdade social e regional. Motivo: a industrialização se concentrou no Sudeste; Crescimento desordenado das capitais do sudeste (intensificação do processo de favelização); Intenso movimento grevista e sindical; Intensificação da ação das Ligas Camponesas: lutas no campo por reforma agrária; As revoltas de Jacareacanga (1956) e de Aragarças (1959): conspiração militar contra o governo de JK.

33 A POLÍTICA EXTERNA DO GOVERNO JK: OPA E O GRUPO DOS PAÍSES NÃO-ALINHADOS A criação da OPERAÇÃO PAN-AMERICANA (1958): fórum de debate que reunia os países latino-americanos com o objetivo comum de combater o subdesenvolvimento na região. Reata as relações diplomáticas e comerciais om a URSS.

34 AS ELEIÇÕES DE 1960 Varre, varre, varre, varre, varre, varre vassourinha! Varre, varre a bandalheira! Que o povo já está cansado De sofrer dessa maneira Jânio Quadros é a esperança desse povo abandonado! Jânio Quadros é a certeza de um Brasil, moralizado! Alerta, meu irmão! Vassoura, conterrâneo! Vamos vencer com Jânio! Presidência: Jânio Quadros (PTN) 48,26% dos votos ( ) Vice: João Goulart (PTB) ( )

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38 O GOVERNO JÂNIO QUADROS (31 DE JANEIRO A 25 DE AGOSTO DE1961) Governo preocupado com a limpeza do serviço público : diminuição de benefícios e demissão de servidores; Estabeleceu medidas impopulares: corte de gastos públicos; diminuição de crédito; congelamento de salários; Estabeleceu medidas polêmicas: proibiu a briga de galos e o uso de maiôs; Criou a POLÍTICA EXTERNA INDEPENDENTE (PEI): início de uma aproximação com os países do bloco comunista e do bloco do Terceiro Mundo.

39 Condecorou o membro do governo socialista de Cuba, Ernesto Che Guevara com a mais alta honraria da República Brasileira: a medalha da Ordem Cruzeiro do Sul.

40 O GOVERNO JÂNIO QUADROS (31 DE JANEIRO A 25 DE AGOSTO DE1961) O governo Jânio Quadros passou a enfrentar uma forte oposição do Congresso; Diante da crise política, renunciou em agosto de 1961.

41 A DIFÍCIL POSSE DE JOÃO GOULART Após a renúncia de Jânio Quadros, o seu vice (João Goulart) foi impedido, pelos militares. de tomar posse e de entrar no território nacional. Em resposta, o governador do Rio Grande de Sul, Leonel Brizola, iniciou uma campanha de resistência aos militares, cogitando inclusive a possibilidade de armar a população para defender a democracia e a posse de João Goulart. Essa resistência foi denominada como a CAMPANHA PELA LEGALIDADE. O então vice-presidente João Goulart em visita diplomática na China.

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45 A DIFÍCIL POSSE DE JOÃO GOULART A CAMPANHA PELA LEGALIDADE teve ampla mobilização da população brasileira ao longo de todo o território nacional. Alguns setores das Forças Armadas, e até mesmo a UDN, foram contra o impedimento da posse de João Goulart. Para resolver esse impasse, resolveram criar uma saída política: João Goulart tomaria posse como presidente do Brasil, mas o regime político deixaria de ser PRESIDENCIALISTA para se tornar PARLAMENTARISTA. Tancredo Neves e João Goulart

46 O GOVERNO JOÃO GOULART: ( ) Dificuldades de governar sob o regime parlamentarista; Desconfiança dos empresários, dos militares e dos Estados Unidos; Intensa oposição no Congresso (especialmente da UDN) Governo caracterizado por uma intensa inflação.

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48 O GOVERNO JOÃO GOULART: AS REFORMAS DE BASE O principal OBJETIVO do governo Jango: AS REFORMAS DE BASE; Por meio dessas reformas o governo de Jango pretendia diminuir as dificuldades estruturais do Brasil, assim como diminuir a desigualdade social. Junto a essas reformas, a proposta de Jango era conceder o DIREITO DE VOTO AOS ANALFABETOS E AOS MILITARES DE BAIXA PATENTE; Reformas de Base Agrária Administrativa Bancária Tributária Política Educacional: universitária

49 O GOVERNO JOÃO GOULART: AS REFORMAS DE BASE FAVORÁVEIS ÀS REFORMAS Movimentos sociais organizados como: União Nacional dos Estudantes (UNE); Meio católico: Juventude Operária Católica (JOC) e a Juventude Universitária Católica (JUC); Trabalhadores urbanos: Comando Geral dos Trabalhadores (CGT); Trabalhadores rurais: Ligas Camponesas (Liderança de Francisco Julião); CONTRÁRIOS ÀS REFORMAS Grandes empresários; Mundo católico: alto clero; Oficiais do Exército; Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD); Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES);

50 O GOVERNO JOÃO GOULART: A POLARIZAÇÃO POLÍTICA E SOCIAL Na ilegalidade desde Simpatizava com o governo Jango mas desconfiava dos limites para implementar as Reformas. Se dividiu em 1962 UNE Ligas Camponesas CGT EUA Empresários IBAB/IPES Militares As eleições de 1962 (para senadores e deputados) deram uma importante vitória para o PTB. Com isso, o PSD passou a se aliar a UDN para bloquear as propostas do partido de Jango no Congresso.

51 O GOVERNO JOÃO GOULART: A POLARIZAÇÃO POLÍTICA E SOCIAL O plebiscito de 1963: o povo rejeita o PARLAMENTARISMO.

52 O GOVERNO JOÃO GOULART: A POLARIZAÇÃO POLÍTICA E SOCIAL O comício da Central do Brasil no RJ: 13 de março de João Goulart anuncia 2 decretos: Desapropriação de terras para a Reforma Agrária e a Nacionalização das refinarias de petróleo. Compareceram aproximadamente 350 mil pessoas.

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54 O GOVERNO JOÃO GOULART: A POLARIZAÇÃO POLÍTICA E SOCIAL A reação da direita e dos grupos contra as reformas de Base: a Marcha da Família com Deus pela Liberdade em SP -19 de março de Compareceram 500 mil pessoas.

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57 O GOVERNO JOÃO GOULART: A POLARIZAÇÃO POLÍTICA E SOCIAL A revolta dos Marinheiros de 25 de março de 1964: soldados questionam as ordens dos comandantes, se reúnem e apoiam as Reformas de Base. Estavam presentes operários, estudantes e líderes do PTB. João Goulart anistia os revoltosos.

58 O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964 Após a Marcha de São Paulo, os comandantes das Forças Armadas começam a implementar os planos para dar um golpe militar; Esse golpe teve participação ampla de civis, tanto de governadores de estados como membros do Congresso Nacional; João Goulart foje para o sul do país e depois para o Uruguai. Tem início o período da Ditadura Civil-Militar no Brasil

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