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1 ACHEGUE-SE A JEOV A

2 A respeito de Jeov a Deus, Isa ıas 40:11 diz: Qual pastor ele pastorear aasua pr opria grei. Com o seu braco reunir a os cordeiros; e os carregar aaocolo. Ao observar o cordeiro no colo do pastor, vocen ao anseia um aconchego similar com seu Pai celestial? Mas como poder a achegar-se a Jeov a?

3 ACHEGUE-SE A JEOV A

4 Cr editos das fotos: ˇ P agina 49: cortesia do Anglo-Australian Observatory, foto de David Malin ˇ P agina 174: U.S. Fish & Wildlife Service, Washington, DC/Wyman Meinzer ˇ P agina 243: J. Heidecker/VIREO 2002, 2014 WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF PENNSYLVANIA ASSOCIAC AO TORRE DE VIGIA DE B IBLIAS E TRATADOS Todos os direitos reservados Achegue-se a Jeov a Editoras WATCHTOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF NEW YORK, INC. Wallkill, New York, U.S.A. ASSOCIAC AO TORRE DE VIGIA DE B IBLIAS E TRATADOS Ces ario Lange, Sao Paulo, Brasil Edic ao de agosto de 2015 Esta publicac ao nao e vendida. Ela faz parte de uma obra educativa b ıblica, mundial, mantida por donativos. Amenosquehajaoutraindica cao, os textos b ıblicos citados sao da Traduçao do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referencias. Draw Close to Jehovah Portuguese (Brazilian Edition) (cl-t) ISBN X Made in Brazil Impresso no Brasil

5 Prezado leitor: Sente-se achegado a Deus? Muitos acham isso simplesmente imposs ıvel. Alguns receiam que Deus seja algu em distante demais; outros se consideram irremediavelmente indignos. Contudo, a B ıblia amorosamente nos exorta: Chegai-vos a Deus, e ele se chegar aav os. (Tiago 4:8) Deus at emesmogarante a seus adoradores: Eu, Jeov a, teu Deus, agarro a tua direita, Aquele que te diz: Nao tenhas medo. Eu mesmo te ajudarei. Isa ıas 41:13. Como podemos desenvolver uma relaçao tao achegada com Deus? Em qualquer amizade que desenvolvemos, o v ınculo se baseia em conhecer a pessoa, em admirar e valorizar suas caracter ısticas distintas. Assim, as qualidades e os tratos de Deus, revelados na B ıblia, sao um campo vital para estudo. Ponderar sobre como Jeov a manifesta cada uma de suas qualidades, ver como Jesus Cristo as refletiu com perfeiçao e entender como n os as podemos cultivar nos achegar aadeus.veremosquejeov a eoleg ıtimo e ideal Soberano do Universo. Al em disso, ele eopai de que todos n os precisamos. Poderoso, justo, s abio e amoroso, jamais abandona seus filhos fi eis. Que este livro o ajude a achegar-se ainda mais a Jeov adeus,acriarumv ınculo com ele que jamais ser a rompido, de modo que voce possa viver para louv a-lo eternamente. Os Editores

6 Cap ıtulo 1 Eis! Este e o nosso Deus 7 2 E mesmo poss ıvel achegar-se a Deus? 16 3 Santo, santo, santo ejeov a 26 SEC AO 1 Vigoroso em poder 4 Jeov a e...grandeempoder 37 5 Poder criativo Aquele que fez oc eu e a terra 47 6 Poder de destruicao Jeov a e pessoa varonil de guerra 57 7 Poder protetor Deus eparan os um ref ugio 67 8 Poder de restauracao Jeov a faz novas todas as coisas 77 9 Cristo e o poder de Deus Tornai-vos imitadores de Deus no uso do poder 97 SEC AO 2 Sum ario Ama a justica 11 Todos os seus caminhos sao justica H ainjusti ca da parte de Deus? A lei de Jeov a e perfeita Jeov a providenciou um resgate emtrocademuitos 138

7 Cap ıtulo 15 Jesus estabelece justica na Terra Exerca a justica ao andar com Deus 158 SEC AO 3 S abio de corac ao 17 O profundidade da sabedoria de Deus! Sabedoria encontrada na Palavra de Deus A sabedoria de Deus em segredo sagrado S abio de coracao, mas humilde Jesus revela a sabedoria de Deus Est a pondo em pr atica a sabedoria de cima? 219 SECAO 4 Deus e amor 23 Ele nos amou primeiro Nada pode nos separar do amor de Deus A terna compaixao de nosso Deus Um Deus pronto a perdoar Quao grande e a sua bondade! S otu es leal Para que conhecaisoamordocristo Prossegui andando em amor Chegai-vos a Deus, e ele se chegar aav os 310

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9 C A P I T U L O 1 Eis! Este e o nosso Deus CONSEGUE se imaginar conversando com Deus? A pr opria ideia disso assusta um di alogo com o Soberano do Universo? De in ıcio, voce hesita, mas da ı consegue falar. Deus escuta, responde e at e lhe permite fazer qualquer pergunta. Que pergunta vocefaria? 2 Muito tempo atr as, um homem se encontrava justamente nessa situac ao. Seu nome era Mois es. A pergunta que ele fez a Deus, por em, talvez o surpreenda. Ele nao perguntou a respeito de si mesmo, de seu futuro, ou mesmo da aflic ao da humanidade. Em vez disso, perguntou o nome de Deus. Que coisa estranha! Mois es j asabiaonomededeus.portanto, a pergunta deve ter tido um sentido mais profundo. De fato, foi a pergunta mais significativa que Mois es podia ter feito. A resposta afeta a todos n os. Pode ajudar voce a tomar medidas importantes a fim de achegar-se a Deus. Como assim? Vamos dar uma olhada nesse not avel di alogo. 3 Mois es estava com 80 anos de idade. Ele havia passado quatro d ecadas exilado de seu povo, os israelitas, que eram escravos no Egito. Certo dia, enquanto cuidava dos rebanhos de seu sogro, ele viu um fenomeno estranho. Um espinheiro estava em chamas, mas nao se consumia. Simplesmente continuava queimando, reluzindo como um farol na encosta do monte. Mois es se aproximou para olhar. Como deve ter ficado espantado ao ouvir uma voz do meio do fogo! Da ı, por meio de um porta-voz ang elico, Deus e Mois es dialogaram longamente. E, como talvez saiba, naquela ocasiao, Jeov a incumbiu o hesitante Mois es de deixar 1, 2. (a) Que perguntas vocegostariadefazeradeus?(b)oquemoi- s es perguntou a Deus? 3, 4. Que incidentes levaram a um di alogo entre Mois es e Deus, e qual foi a essencia dessa conversa?

10 8 ACHEGUE-SE A JEOV A a sua vida tranquila e voltar ao Egito para libertar os israelitas da escravid ao. Exodo 3: Naquele momento, Mois es podia ter feito qualquer perguntaadeus. Masnoteaque ele escolheu: Suponhamos que eu v a ter com os filhos de Israel e deveras lhes diga: O Deus de vossos antepassados enviou-me a v os, e eles deveras me digam: Qual e o seu nome? O que hei de dizerlhes? Exodo 3:13. 5 Essa pergunta nos ensina, acima de tudo, que Deus tem nome. Nao devemos encarar levianamente essa verdade simples. Muitos, por em,ofazem.onomededeusfoiremovido de in umeras traduc oes da B ıblia e substitu ıdo por t ıtulos, como Senhor e Deus. Essa e uma das coisas mais tristes e repreens ıveis feitas em nome da religiao. Afinal, qual eaprimeiracoisaquevoc e faz ao conhecer algu em? Nao e perguntar o nome? E similar quando se trata de conhecer a Deus. Ele nao eumsersemnomeedistante, imposs ıvel de se conhecer ou entender. Embora seja in- vis ıvel, eumapessoaetemnome Jeov a. 6 Al em disso, quando Deus revela seu nome, h aalgomais envolvido, algo grandioso e emocionante. Ao fazer isso, ele na verdade nos convida a conhece-lo. Deseja que facamos a melhor escolha na vida achegar-nos a ele. Mas Jeov afaz mais do que apenas nos dizer o seu nome. Ele tamb em nos ensina sobre a pessoa que esse nome representa. O significado do nome de Deus 7 Opr oprio Jeov a escolheu seu nome, que e rico em significado. Entende-se que Jeov a significa Ele Causa que 5, 6. (a) QueverdadesimplesevitalnosensinaaperguntadeMois es? (b) Que coisa repreens ıvel tem sido feita com o nome de Deus? (c) Por que et ao significativo que Deus tenha revelado seu nome a ` humanidade? 7. (a) Entende-sequeonomedeDeussignificaoqu e? (b) O que Mois es realmente queria saber ao perguntar a Deus o seu nome?

11 EIS! ESTE E O NOSSO DEUS Venha a Ser. Nao existe ningu em igual a ele em todo o Universo, pois ele trouxe aexist ` enciatodasascoisasefaz com que todos os seus prop ositos se tornem realidade. Essa ideia inspira reverencia. Mas ser aqueexisteoutroaspecto relacionado ao significado do nome de Deus? Mois es, evidentemente, desejava aprender mais. Ele j a sabia que Jeov a e o Criador e conhecia o nome de Deus. O nome divino nao era novo. Fazia s eculos que as pessoas o usavam. Realmente, ao perguntar o nome de Deus, Mois es indagava a respeito da pessoa representada pelo nome. Era como se ele dissesse: O que posso dizer a teu respeito ao teu povo, Israel, algo que edifique a f e que eles tem em ti, que os convenca de que realmente os libertar as? 8 Em resposta, Jeov a revelou um aspecto emocionante de sua personalidade, algo relacionado com o significado de seu nome. Ele disse a Mois es: Mostrarei ser o que eu mostrar ser. ( Exodo 3:14) Muitas traduc oes da B ıblia dizem aqui: Eu sou o que sou. Mas traduc oes cuidadosas mostram que Deus nao estava meramente confirmando sua pr opria existencia. Em vez disso, Jeov aestavaensinandoa Mois es e por extensao a todos n os que Ele mostraria ser, ou escolheria se tornar, o que quer que fosse preciso para cumprir as Suas promessas. Outra traduc ao verte apropriadamente esse vers ıculo: Tornar-me-ei o que for da minha vontade. (Rotherham) Certo versado em hebraico b ıblico explica assim essa expressao: Qualquer que seja a situac ao ou a necessidade..., Deus se torna a soluc ao para essa necessidade. 9 O que isso significava para os israelitas? Nao importa que obst aculos enfrentassem, ou quanto fosse dif ıcil a situac ao deles, Jeov a se tornaria o que quer que fosse 8, 9. (a) Como Jeov a respondeu aperguntademois ` es, e o que h a de errado na maneira em que sua resposta muitas vezes e traduzida? (b)oquesignificaadeclara cao mostrarei ser o que eu mostrar ser? 9

12 10 ACHEGUE-SE A JEOV A necess ario para libert a-los da escravidao e lev a-los aterra ` Prometida. Certamente, esse nome inspirava confianca em Deus. Pode fazer o mesmo por n os hoje. (Salmo 9:10) Por que? 10 Para ilustrar: os pais sabem como e preciso ser vers a- til e adapt avel na criac ao dos filhos. Num s o dia, o pai (ou am ae) talvez tenha de ser enfermeiro, cozinheiro, professor, disciplinador, juiz e muito mais. Muitos se sentem sobrecarregados pelos muitos pap eis diferentes que se espera que desempenhem. Sabem que os filhos tem total confianca neles, jamais duvidando que papai ou mamae possam aliviar a dor, resolver disputas, consertar qualquer brinquedo quebrado e responder a qualquer pergunta que surja nassuasmentessempret ao cheias de indagac oes. Alguns pais se sentem humilhados e, as ` vezes, frustrados por causa de suas pr oprias limitac oes. Sentem-se terrivelmente despreparados para cumprir muitos desses pap eis. 11 Jeov atamb em e um Pai amoroso. No entanto, no ambito de seus padroes perfeitos, nao h a nada que ele nao pos- sa se tornar para cuidar de seus filhos terrestres do melhor modo poss ıvel. Portanto, o seu nome, Jeov a, nos faz pensar nele como o melhor Pai imagin avel. (Tiago 1:17) Mois es e todos os outros israelitas fi eis logo perceberam que Jeov a faz jus ao seu nome. Observaram assombrados como Jeov a se tornou um Comandante Militar imbat ıvel, o Senhor de todos os elementos naturais, um inigual avel Legislador, Juiz, Arquiteto, Provisor de alimentos e de agua, Preservador de roupas e calcados e mais. 12 Desse modo, Deus tornou conhecido seu nome, revelou coisas emocionantes sobre a pessoa representada por 10, 11. Por que o nome de Jeov a nos faz pensar nele como o mais vers atil e o melhor Pai imagin avel? Ilustre. 12. ComoaatitudedeFara oparacomjeov afoidiferentedademois es?

13 EIS! ESTE E O NOSSO DEUS esse nome e at e mesmo demonstrou que o que ele diz sobre si mesmo e verdade. Sem d uvida, Jeov a quer que o conhecamos. Como reagimos? Mois es desejava conhecer a Deus. Esse desejo intenso moldou sua vida e fez com que se achegasse bem ao seu Pai celestial. (N umeros 12:6-8; Hebreus 11:27) Infelizmente, poucos dos contemporaneos de Mois es tinham o mesmo desejo. Quando ele mencionou o nome de Jeov aafara o, esse altivo monarca eg ıpcio retrucou: Quem ejeov a? ( Exodo 5:2) Fara on ao queria se informar mais a respeito de Jeov a. Em vez disso, cinicamente descartou o Deus de Israel como sendo sem importancia ou irrelevante. Essa atitude ainda emuitocomumhoje.ela cega a pessoa a uma das verdades mais importantes que existe: Jeov a e o Soberano Senhor. O Soberano Senhor Jeov a 13 Jeov a et ao vers atil, tao adapt avel, que tem merecidamente uma grande variedade de t ıtulos nas Escrituras. Eles nao rivalizam com o seu nome; em vez disso, nos ensinam mais sobre o que o nome representa. Por exemplo, ele e chamado de Soberano Senhor Jeov a. (2 Samuel 7:22) Esse t ıtulosublime,queocorrecercade300vezesnab ıblia, fala-nos da posic ao de Deus. S o ele tem o direito de ser o Governante de todo o Universo. Veja por que. 14 Jeov a e unico como Criador. Revela c ao (Apocalipse) 4:11 diz: Digno es, Jeov a, sim, nosso Deus, de receber a gl oria, e a honra, e o poder, porque criaste todas as coisas e porque elas existiram e foram criadas por tua vontade. Essas palavras sublimes nao sao aplic aveis a nenhum outro ser. Tudo no Universo deve sua existencia a Jeov a! Sem d u- vida, ele e digno da honra, do poder e da gl oria que vem 13, 14. (a) PorqueaB ıblia d amuitost ıtulos a Jeov aequaiss ao alguns deles? (Veja o quadro na p agina 14.) (b) Por que somente Jeov a merece ser chamado de Soberano Senhor? 11

14 12 ACHEGUE-SE A JEOV A com o fato de ele ser o Soberano Senhor e Criador de todas as coisas. 15 Outro t ıtulo aplicado exclusivamente a Jeov a e Reida eternidade. (1 Tim oteo 1:17; Revelac ao 15:3) O que isso significa? Edif ıcil para a nossa mente limitada entender, mas Jeov a e eterno em ambas as direc oes passado e futuro. O Salmo 90:2 diz: De tempo indefinido a tempo indefinido, tu es Deus. Portanto, Jeov anuncateveprinc ıpio; ele sempre existiu. E corretamente chamado de Antigo de Dias existia por uma eternidade antes de algu em ou alguma coisa no Universo ter vindo aexist ` encia! (Daniel 7:9, 13, 22) Quem pode questionar validamente seu direito de ser o Soberano Senhor? 16 No entanto, alguns realmente questionam esse direito, como fez Fara o. Parte do problema e que os homens imperfeitos confiam demais no que podem ver com os olhos literais. Nao podemos ver o Soberano Senhor. Ele eumser espiritual, invis ıvel aos olhos humanos. ( Joao 4:24) Al em disso, se um ser humano, de carne e sangue, viesse a estar na presenca literal de Jeov a, isso lhe seria fatal. O pr oprio Jeov adisseamois es: Nao podes ver a minha face, porque homem algum pode ver-me e continuar vivo. Exodo 33:20; Joao 1: Isso nao nos deve surpreender. Mois es chegou a ver apenas uma parte da gl oria de Jeov a, evidentemente por meio de um representante ang elico. Com que efeito? O rosto de Mois es emitia raios por um bom tempo depois. Os israelitas temiam at e mesmo olhar diretamente para o rosto dele. ( Exodo 33:21-23; 34:5-7, 29, 30) Certamente, pois, nenhum mero ser humano poderia ver o pr o- 15. Por que Jeov a e chamado de Rei da eternidade? 16, 17. (a) Por que nao podemos ver a Jeov a, e por que isso nao nos deve surpreender? (b) Em que sentido Jeov a e mais real do que qualquer coisa que possamos ver ou tocar?

15 EIS! ESTE E O NOSSO DEUS prio Soberano Senhor em toda a sua gl oria! Isso significa, entao, que ele e menos real do que aquilo que podemos ver etocar?n ao, n os aceitamos prontamente como reais muitascoisasquen ao podemos ver o vento, as ondas de r a- dio e os pensamentos, por exemplo. Al em do mais, Jeov a e permanente, nao e afetado pela passagem do tempo, nem mesmo por incont aveis bilhoes de anos! Nesse sentido, ele e muito mais real do que qualquer coisa que possamos tocar ou ver, pois o ambiente f ısico est a sujeito ao envelhecimento e a ` decadencia. (Mateus 6:19) Devemos imagin a- lo, entao, como simples forca abstrata, impessoal, ou como vaga Causa Prim aria? Vejamos. Um Deus de personalidade 18 Embora nao possamos ver a Deus, h aemocionantes trechos na B ıblia que nos dao vislumbres do pr oprio c eu. Um exemplo eoprimeirocap ıtulo de Ezequiel. Esse profeta teve uma visao da organizac ao celestial de Jeov a, na forma de um enorme carro celestial. Especialmente impressionante eadescri cao das poderosas criaturas espirituais em volta de Deus. (Ezequiel 1:4-10) Essas criaturas viventes se associam intimamente com Jeov a, e sua aparencia nosrevelaalgoimportantesobreodeusaquemservem. Cada qual tem quatro faces: de touro, de leao, de aguiaede homem. Essas evidentemente simbolizam as quatro qualidades not aveis da personalidade de Jeov a. Revelac ao 4:6-8, Na B ıblia, o touro muitas vezes representa forca, ou poder, e merecidamente, pois e um animal muito forte. O leao, por sua vez, representa a justica, pois a verdadeira justica exige coragem, uma qualidade destacada dos 18. Que visao Ezequiel teve e o que simbolizam as quatro faces das criaturas viventes pr oximas a Jeov a? 19. Quequalidaderepresenta(a) afacedetouro?(b)afacedele ao? (c) a face de aguia? (d) a face de homem? 13

16 14 ACHEGUE-SE A JEOV A Alguns t ıtulos de Jeov a Grandioso Instrutor. Ele e o todo-s abio Mestre, a quem devemos recorrer em busca de instruc ao e orientac ao. Isa ıas 30:20; 48:17. Pai. A fonte de toda a vida, incluindo a vida eterna; tem amor paternal pelos seus servos. Prov erbios 27:11; Joao 5:21. Pastor. Eleguiaeprotegeseusservoscompar aveis a ovelhas, providenciando seu sustento espiritual. Salmo 23:1. ARocha.Imut avel, ele eumref ugio seguro. Deuteronomio 32:4. Todo-Poderoso. Seu poder e ilimitado, insuper avel. Revela c ao 15:3. leoes. As aguias sao bem conhecidas por sua visao agucada, podendo enxergar at e mesmo pequenos objetos a quilome- tros de distancia. Assim, a face de aguia representaria bem a previdente sabedoria de Deus. E a face de homem? Bem, o homem, feito aimagemdedeus, ` e unico na capacidade de refletir a principal qualidade divina: o amor. (Gene- sis 1:26) Essas facetas da personalidade de Jeov a poder, justica, sabedoria e amor sao tantas vezes destacadas nas Escrituras que podem ser chamadas de atributos principais de Deus. 20 Devemos temer que Deus possa ter mudado nos milhares de anos desde que foi descrito na B ıblia? Nao, a personalidadededeusn ao muda. Ele nos diz: Eu sou Jeov a; nao mudei. (Malaquias 3:6) Em vez de mudar arbitrariamente, Jeov a mostra ser um Pai ideal no modo de reagir a cada situac ao. Ele manifesta os aspectos de sua personalidade que sejam mais apropriados. Das quatro qualidades, a predominante e o amor, que permeia tudo o que Deus faz. Ele exerce o poder, a justica e a sabedoria de maneira amo- 20. TemosmotivosparatemerqueapersonalidadedeJeov a tenha mudado? Por que responde assim?

17 EIS! ESTE E O NOSSO DEUS rosa. De fato, a B ıblia declara algo extraordin ario a respeito de Deus e dessa qualidade. Diz: Deus eamor. (1Jo ao 4:8) Note que nao diz que Deus tem amor ou que Deus e amoroso, esimquedeus e amor. O amor, a sua pr opria essen- cia, motiva-o em tudo o que ele faz. Eis! Este e o nosso Deus 21 J a viu alguma vez uma criancinha apontar o pai para seus amiguinhos e dizer, toda contente e orgulhosa: Esse e o meu pai!? Os adoradores de Jeov at em todos os motivos para sentirem o mesmo a respeito dele. A B ıblia predisse um tempo em que as pessoas fi eis exclamariam: Eis! Este e o nosso Deus. (Isa ıas 25:8, 9) Quanto mais voceen- tender as qualidades de Jeov a, tanto mais ver aquetemo melhor Pai imagin avel. 22 Esse Pai nao e frio, arredio ou distante apesar do que tem ensinado alguns religiosos e fil osofos r ıgidos. Dificilmente nos sentir ıamos atra ıdos a um Deus frio, e nao eassimqueab ıblia retrata nosso Pai celestial. Ao contr ario, ela o chama de Deus feliz. (1 Tim oteo 1:11) Ele tem sentimentos tanto fortes como ternos. Fica magoado no coracao quando suas criaturas inteligentes violam as diretrizes que ele fornece para o bem-estar delas. (Genesis 6:6; Salmo 78:41) Mas, quando agimos sabiamente segundo a sua Palavra, alegramos seu corac ao. Prov erbios 27: Nosso Pai deseja que nos acheguemos a ele. A sua Palavra nos incentiva a tatearmos por ele e realmente o acharmos, embora, de fato, nao esteja longe de cada um de n os. (Atos 17:27) Mas como e poss ıvel que meros humanos se acheguem ao Soberano Senhor do Universo? 21. A que conclusao chegaremos a ` medida que conhecermos melhor as qualidades de Jeov a? 22, 23. Como a B ıblia retrata o nosso Pai celestial e como sabemos que ele quer que nos acheguemos a ele? 15

18 C A P I T U L O 2 Emesmoposs ıvel achegar-se a Deus? COMO se sentiria se o Criador do c eu e da Terra dissesse a seu respeito: Este e meu amigo? Muitos talvez achem isso fantasioso. Afinal, como poderia um mero ser humano ter amizade com Jeov a? Mas a B ıblia garante que podemos realmente nos achegar a Deus. 2 Abraao, da antiguidade, foi um dos que desfrutaram tal achego. Jeov a referiu-se a esse patriarca como meu amigo. (Isa ıas 41:8) Sim, Deus o considerava como amigo pessoal. Abraao foi recompensado com esse relacionamento porque depositou f eemjeov a. (Tiago 2:23) Tamb em hoje, Jeov a busca oportunidades de se afeicoar aos que o servem por amor. (Deuteronomio 10:15) A sua Palavra exorta: Chegai-vos a Deus, e ele se chegar aav os. (Tiago 4:8) Essas palavras, na verdade, sao tanto um convite como uma promessa. 3 Jeov a nos convida a nos achegarmos a ele. Ele se dispoe a nos aceitar como amigos. E promete que, se dermos os passos nesse sentido, ele far a o mesmo: se achegar aan os. Assim, podemos ter algo realmente precioso: intimidade com Jeov a. (Salmo 25:14) Intimidade E interessante que a palavra hebraica traduzida por intimidade eusadaemam os 3:7, que diz que o Soberano Senhor Jeov a revela seu assunto confidencial aos seus servos, comunicando-lhes com antecedenciaoquepretendefazer. 1, 2. (a) O que muitos talvez achem fantasioso, mas que garantia a B ıblia nos d a? (b) Abraao foi recompensado com que relacionamento e por que? 3. Que convite Jeov a nos faz e que promessa se relaciona com esse convite?

19 EMESMOPOSS IVEL ACHEGAR-SE A DEUS? d a a ideia de conversa confidencial com um amigo especial. 4 Voce tem um amigo bem achegado em quem pode confiar? Um amigo assim se importa com a sua pessoa. Ealgu em em quem voce confia, pois mostrou-se leal. Partilhar suas alegrias com ele deixa voce ainda mais feliz. Quando voceest a triste e precisa desabafar, ele o ouve com empatia. Mesmo quando ningu em mais parece entender voce, ele entende. Da mesma forma, quando nos achegamos a Deus, ganhamos um Amigo especial que realmente nos valoriza, que se importa profundamente conosco e nos entende plenamente. (Salmo 103:14; 1 Pedro 5:7) Podemos ter a mais profunda confianca nele, sabendo que Deus e leal aos que lhe sao leais. (Salmo 18:25) No entanto, essa privilegiada intimidade com Deus s oest aaonosso alcance porque ele a tornou poss ıvel. Jeov a abriu o caminho 5 Como pecadores, jamais poder ıamos nos achegar a Deus sem ajuda. (Salmo 5:4) Mas Deus recomenda a n os o seu pr oprio amor, por Cristo ter morrido por n os enquanto eramos ainda pecadores, escreveu o ap ostolo Paulo. (Romanos 5:8) Sim, Jeov a providenciou que Jesus desse a sua alma como resgate em troca de muitos. (Mateus 20:28) Nossa f e nesse sacrif ıcio de resgate possibilita nos achegarmos a Deus. Visto que ele nos amou primeiro, lancou a base para entrarmos numa relac ao de amizade com ele. 1 Joao 4:19. 6 Jeov a tomou outra medida: revelou-se a n os. Numa 4. Como descreveria um amigo bem achegado? De que modo Jeov a mostra ser um amigo desse tipo para os que se achegam a ele? 5. O que Jeov a fez para possibilitar que nos acheg assemos a ele? 6, 7. (a) Como sabemos que Jeov an ao e um Deus oculto e indecifr avel? (b) De que maneiras Jeov aserevelouan os? 17

20 18 ACHEGUE-SE A JEOV A amizade, s o pode haver achego se realmente conhecermos a pessoa, valorizando suas qualidades e seu modo de ser. Assim, se Jeov a fosse um Deus oculto e indecifr avel, jamais poder ıamos nos achegar a ele. No entanto, longe de se ocultar, Deus quer que o conhecamos. (Isa ıas 45:19) Al em do mais, o que ele revela sobre si mesmo est a dispon ıvel a todos, mesmo aos que sao considerados humildes segundo os padroes do mundo. Mateus 11:25. 7 Como Jeov aserevelaan os? As suas obras criativas dao a conhecer certos aspectos de sua personalidade: seu vasto poder, sua profunda sabedoria, seu incompar avel amor. (Romanos 1:20) Mas Jeov an ao se revela apenas por meio das coisas que criou. Como Grandioso Comunicador, ele forneceu uma revelac ao escrita a respeito de si mesmo na sua Palavra, a B ıblia. Contemple a afabilidade de Jeov a 8 Apr opria B ıblia eevid enciadoamordejeov a por n os. Em sua Palavra, ele revela a si mesmo em termos que podemos compreender uma prova de que ele nao apenas nos ama, mas deseja que o conhecamos e amemos. O que lemos nesse livro precioso nos possibilita contemplar a afabilidade de Jeov a enosmotivaaquerernos achegar a ele. (Salmo 90:17) Vejamos algumas das animadoras maneiras pelas quais Jeov aserevelanasuapalavra. 9 As Escrituras contem muitas declarac oes diretas que identificam as qualidades de Deus. Note alguns exemplos. Jeov aamaajusti ca. (Salmo 37:28) Deus e sublime em poder. (J o 37:23) Sou leal, e a pronuncia- cao de Jeov a. (Jeremias 3:12) Ele es abio de corac ao. 8. Por que se pode dizer que a pr opria B ıblia eevid encia do amor de Jeov a por n os? 9. Cite alguns exemplos de declarac oes b ıblicas diretas que identificam as qualidades de Deus.

21 AB ıblia nos ajuda a nos achegar a Jeov a (J o9:4)ele e Deus misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolencia e em verdade. ( Exodo 34:6) Tu, ojeov a, es bom e est as pronto a perdoar. (Salmo 86:5) E, como mencionado no cap ıtulo anterior, uma qualidade e predominante: Deus eamor. (1Jo ao 4:8) Ao refletir sobre essas qualidades agrad aveis, nao se sente atra ıdo a esse Deus incompar avel? 10 Al em de nos revelar as suas qualidades, Jeov aamorosamente incluiu na sua Palavra exemplos reais dessas qualidades em ac ao. Esses relatos v ıvidos nos ajudam a visualizar e entender melhor as v arias facetas de sua personalidade, contribuindo para que nos acheguemos mais a ele. Veja um exemplo. 11 Uma coisa e ler que Deus e vigoroso em poder. (Isa ıas 40:26) Outra bem diferente e ler sobre como ele libertou Israel no mar Vermelho e, da ı, sustentou a nac ao no deserto por 40 anos. Imagine as aguas agitadas se abrindo. Tente visualizar a nac ao talvez 3 milhoes de pessoas caminhando no leito seco do mar, com as aguas est aticas, como enormes paredes, em ambos os lados. ( Exodo 14:21; 15:8) Pense em como Deus cuidou deles no deserto: providenciou que jorrasse agua de uma rocha e fez surgir sobre o solo um alimento que parecia sementes brancas. 10, 11. (a) Para nos ajudar a entender melhor a sua personalidade, o que Jeov aincluiunasuapalavra?(b)queexemplob ıblico nos ajuda a visualizar o poder de Deus em ac ao?

22 ` 20 ACHEGUE-SE A JEOV A ( Exodo 16:31; N umeros 20:11) Jeov a revelou ali que nao somente tem poder, mas que o usa em favor de seu povo. Nao e reconfortante saber que as nossas orac oes ascendem a um Deus poderoso que e para n os ref ugio e forca, uma ajuda encontrada prontamente durante aflic oes? Salmo 46:1. 12 Jeov a, que eesp ırito, fez ainda mais para nos ajudar a conhece-lo. Como humanos, nossa visao se limita as ` realidades vis ıveis, de modo que nao podemos ver o dom ınio espiritual. Se Deus descrevesse a si mesmo para n os usando termos espirituais, seria como tentar explicar detalhes de nossa aparencia, como a cor dos olhos ou a existen- cia de sardas, a um cego de nascenca. Em vez disso, Jeov a bondosamente nos ajuda a ve-lo em termos que podemos entender. As vezes, emprega met aforas e analogias, comparando-se a coisas que conhecemos. Ele at e mesmo descreve a si mesmo como tendo certas caracter ısticas humanas. 13 Note a descric ao de Jeov a, em Isa ıas 40:11: Qual pastor ele pastorear aasuapr opria grei. Com o seu braco reunir a os cordeiros; e os carregar a ao colo. Jeov a e comparado aqui a um pastor que apanha os cordeiros com o braco. Isso denota que Deus pode proteger e apoiar o seu povo, mesmo os mais vulner aveis. Podemos nos sentir seguros nosseusfortesbra cos, pois, se formos leais, ele jamais nos Por exemplo, a B ıblia fala da face, olhos, ouvidos, narinas, boca, bracos e p es de Deus. (Salmo 18:15; 27:8; 44:3; Isa ıas 60:13; Mateus 4:4; 1 Pedro 3:12) Tais expressoes, assim como as referencias a Jeov acomo Rocha ou escudo, nao devem ser entendidas literalmente. Deuteronomio 32:4; Salmo 84: Como Jeov anosajudaa v e-lo em termos que podemos entender? 13. O que vem anossamentequandolemosisa ` ıas 40:11 e como isso afeta voce?

23 EMESMOPOSS IVEL ACHEGAR-SE A DEUS? abandonar a. (Romanos 8:38, 39) O Grandioso Pastor carrega os cordeiros ao colo uma expressao que se refere a folgadas dobras na parte superior da roupa, onde o pastor as ` vezes carregava um cordeiro rec em-nascido. Isso nos assegura de que Jeov a nos preza e cuida ternamente de n os. E somente natural querer achegar-se a ele. O Filho est adispostoarevel a-lo 14 Na sua Palavra, Jeov afornece a mais plena reve- lac ao de si mesmo por meio de seu Filho amado, Jesus. Ningu em poderia refletir melhor o modo de pensar e os sentimentos de Deus, ou explic a-lo mais vividamente, do que Jesus. Afinal, esse Filho primogenito existia junto a seu Pai antes de outras criaturas espirituaiseouniversof ısico serem criados. (Colossenses 1:15) Jesus conhecia muito bem a Jeov a. E por isso que podia dizer: Quem o Filho e, ningu em sabe, exceto o Pai; e quem o Pai e, ningu em sabe exceto o Filho, 14. Por que se pode dizer que Jeov a fornece a mais plena revelac ao de si mesmo por meio de Jesus? Jeov a revela a si mesmo por meio de suas obras criativas e de sua Palavra escrita 21

24 22 ACHEGUE-SE A JEOV A e aquele a quem o Filho estiver disposto a revel a-lo. (Lucas 10:22) Quando esteve na Terra como homem, Jesus revelou seu Pai de duas maneiras importantes. 15 Primeiro, os ensinos de Jesus nos ajudam a conhecer o seu Pai. Jesus descreveu Jeov aemtermosquetocamonosso corac ao. Por exemplo, para explicar que Deus e miseri- cordioso e acolhe de volta pecadores arrependidos, Jesus assemelhou Jeov a a um pai perdoador que, de tao comovido que fica ao ver seu filho pr odigo voltar, sai correndoeselan ca ao pescoco dele, beijando-o ternamente. (Lucas 15:11-24) Jesus tamb em retratou Jeov a como Deus que atrai pessoas retas porque as ama como indiv ıduos. (Joao 6:44) Ele sabe at e mesmo quando um pequenino pardal cai ao chao. Nao temais, Jesus explicou, v os valeis mais do que muitos pardais. (Mateus 10:29, 31) Nao podemos deixar de nos sentir atra ıdos a um Deus tao afetuoso. 16 Segundo, o exemplo de Jesus nos mostra como Jeov a e. Jesus refletiu seu Pai com tanta perfeic ao, que podia dizer: Quem me tem visto, tem visto tamb em o Pai. (Joao 14:9) Assim, quando lemos sobre ele nos Evangelhos os sentimentos que demonstrou e como tratou os outros, estamos de certa forma vendo um retrato vivo de seu Pai. Jeov an ao poderia nos ter dado uma revelac ao mais clara de suas qualidades do que essa. Por que? 17 Para ilustrar: imagine tentar explicar o que e bondade. Voce poderia defini-la em palavras. Mas, se pudesse apontar algu em realizando um ato bondoso e dizer: Isso eum exemplo de bondade, a palavra assumiria maior significado e ficaria mais f acil de entender. Jeov a fez algo similar para nos ajudar a entender como ele e. Al em de descrever a si mesmo em palavras, forneceu-nos o exemplo vivo de 15, 16. De que duas maneiras Jesus revelou seu Pai? 17. Ilustre o que Jeov a fez para nos ajudar a entender como ele e.

25 EMESMOPOSS IVEL ACHEGAR-SE A DEUS? seu Filho. Em Jesus, as qualidades de Deus sao vistas em ac ao. Por meio dos relatos evang elicos a respeito de Jesus, Jeov aest a, na realidade, dizendo: E assim que eu sou. Como o registro inspirado descreve Jesus quando esteve na Terra? 18 Jesus expressou muito bem as quatro qualidades principais de Deus. Ele tinha poder sobre as doencas, a fome e at emesmoamorte.noentanto,aocontr ario de homens ego ıstas que abusam do poder, Jesus jamais usou o poder milagroso em benef ıcio pr oprio, ou para prejudicar outros. (Mateus 4:2-4) Ele amava a justiça. Seucorac ao encheu-se de indignac ao justa ao ver vendedores inescrupulosos explorando o povo. (Mateus 21:12, 13) Ele tratou os pobres e os oprimidos com imparcialidade, ajudando-os a achar revigoramento para a sua alma. (Mateus 11:4, 5, 28-30) Havia inigual avel sabedoria nos ensinos de Jesus, que era maior do que Salomao. (Mateus 12:42) Mas Jesus jamais fez uso exibicionista de sua sabedoria. Suas palavras tocavam o corac ao das pessoas comuns, pois seus ensinos eram claros, simples e pr aticos. 19 Jesus foi um exemplo not avel de amor. Durante todo o seu minist erio, ele demonstrou amor em suas muitas facetas, incluindo a empatia e a compaixao. Ele nao deixava de sentir pena ao ver o sofrimento alheio. Vez ap os vez, essa sensibilidade induziu-o aa ` cao. (Mateus 14:14) Embora curasse doentes e alimentasse famintos, Jesus mostrou compaixao de um modo muito mais vital. Ele ajudou outros a conhecer, a aceitar e a amar a verdade a respeito do Reino de Deus, que trar ab enc aos eternas a ` humanidade. (Marcos 6:34; Lucas 4:43) Acima de tudo, Jesus mostrou amor 18. Como Jesus expressou as qualidades de poder, justicaesabedoria? 19, 20. (a) DequemaneiraJesusfoiumexemplonot avel de amor? (b) Ao lermos e refletirmos a respeito do exemplo de Jesus, o que temos de ter em mente? 23

26 24 ACHEGUE-SE A JEOV A Perguntas para Meditac ao Salmo 15:1-5 OqueJeov a espera dos que querem ser seus amigos? Salmo 34:1-18 Jeov aest a perto de quem e que confianca podem estes ter nele? Salmo 145:18-21 Que atividade de nossa parte nos achegar a ajeov a? 2Cor ıntios 6:14 7:1 Que conduta e essencial para mantermos um relacionamento achegado com Jeov a? abnegado por entregar voluntariamente a sua vida em favor de outros. Joao 15: E de admirar que pessoas de todas as idades e formacoes se sentissem atra ıdas a esse homem tao caloroso e de sentimentos tao profundos? (Marcos 10:13-16) Ao lermos e refletirmos a respeito do exemplo vivo de Jesus, por em, tenhamos sempre em mente que nesse Filho vemos um reflexo claro de seu Pai. Hebreus 1:3. Um compendio que nos ajuda 21 Por revelar a si mesmo tao claramente na sua Palavra, Jeov an ao deixa d uvidas de que deseja que nos acheguemos a ele. Ao mesmo tempo, ele nao nos obriga a procurar uma relac ao aprovada com ele. Cabe a n os buscarmos a Jeov a enquanto pode ser achado. (Isa ıas 55:6) Isso envolve vir a conhecer as suas qualidades e o seu modo de agir, revelados na B ıblia. O livro que voceest a lendo foi produzido para ajud a-lo nesse sentido. 22 Ver a que este livro e dividido em sec oes correspondentes as ` quatro qualidades principais de Jeov a: poder, justica, 21, 22. O que est a envolvido em buscar a Jeov a,eoqueestelivro cont em para nos ajudar nesse esforco?

27 EMESMOPOSS IVEL ACHEGAR-SE A DEUS? sabedoria e amor. Cada sec ao comeca com um resumo da respectiva qualidade. Os cap ıtulos seguintes da sec ao abordam como Jeov a manifesta essa qualidade, em seus v arios aspectos. Cada sec ao cont em tamb em um cap ıtulo que mostra como Jesus exemplificou a qualidade e outro que examina como podemos refleti-la na nossa vida. 23 Comecando neste cap ıtulo, h a uma parte especial chamada Perguntas para Meditac ao. Como exemplo, veja oquadronap agina 24. Os textos e as perguntas nao foram preparados para servir como recapitulac ao do cap ıtulo. Antes, seu objetivo e ajudar vocearefletirsobreoutros aspectos importantes do assunto. Como poder a usar bem essa parte? Procure todos os textos citados e leia-os atentamente. Da ı, tente responder a ` pergunta que acompanha cada citac ao. Medite nas respostas. Talvez possa fazer pesquisas. Faca a si mesmo perguntas adicionais: O que essa informac ao me diz a respeito de Jeov a? Como afeta a minha vida? Como posso usar isso para ajudar outros? 24 Essa meditac ao nos ajudar a a nos achegarmos ainda mais a Jeov a. Por que? A B ıblia associa a meditac ao com ocora cao. (Salmo 19:14) Quando refletimos com apreco sobre o que aprendemos a respeito de Deus, as informacoes se infiltram no nosso corac ao simb olico, onde afetam o nosso modo de pensar, estimulam os sentimentos e, por fim, nos movem aa ` cao. O nosso amor a Deus se aprofunda e esse amor, por sua vez, nos move a desejar agrad a-lo como nosso Amigo mais querido. (1 Joao 5:3) Para chegar a essa relac ao, temos de conhecer as qualidades e o modo de Jeov a agir. Primeiro, no entanto, vamos considerar um aspecto da natureza de Deus que nos impele a nos achegar a ele a santidade. 23, 24. (a) Explique a parte especial Perguntas para Meditac ao. (b) Como a meditac ao nos ajudar aanosachegaraindamaisadeus? 25

28 C A P I T U L O 3 Santo, santo, santo ejeov a ISA IAS ficou pasmado com o que presenciou numa visao da partededeus.pareciat ao real! Mais tarde, ele escreveu que realmente chegou a ver Jeov a em Seu trono enaltecido e Suas longas vestes que enchiam o enorme templo de Jerusal em. Isa ıas 6:1, 2. 2 Isa ıas tamb em ficou pasmado com o que ouviu: um canto tao forte que estremecia os alicerces do templo. Os cantores eram serafins, criaturas espirituais de alt ıssimo posto. A poderosa melodia deles soava palavras de pura grandeza: Santo, santo, santo ejeov a dos ex ercitos. A plenitude de toda a terra esuagl oria. (Isa ıas 6:3, 4) Entoar a palavra santo tres vezes conferiu-lhe enfase especial e isso e bem apropriado, pois Jeov a e santo em grau superlativo. (Revelac ao [Apocalipse] 4:8) A santidade de Jeov a e enfatizada na B ıblia inteira. Centenas de vers ıculos associam o Seu nome as ` palavras santo e santidade. 3 Obviamente, pois, uma das primeiras coisas que Jeov adeseja que entendamos a seu respeito equeele e santo. Essa ideia, no entanto, afasta a muitos hoje que erroneamente associam santidade com farisa ısmo, ou falsa piedade. Para pessoas que lutam contra sentimentos negativos a respeito de si mesmas, a santidade de Deus pode parecer mais intimidadora do que atraente. Talvez temam jamais ser dignas de se achegarem a esse Deus santo. Assim, muitos se afastam dele por causa de sua santidade. Isso e lament avel, pois a santidade de Deus, na verdade, deveria impelir-nos a nos achegarmos a ele. Como assim? Antes de respondermos a essa pergunta, vejamos o que e a verdadeira santidade. 1, 2. Que visao teve o profeta Isa ıas e o que ela nos ensina sobre Jeov a? 3. Por que certos conceitos errados sobre a santidade de Jeov aafastam muitos de Deus, em vez de acheg a-los a ele?

29 SANTO, SANTO, SANTO EJEOV A Oque e santidade? 4 Ser santo nao significa que Deus seja presuncoso, altivo ou arrogante. Ao contr ario, ele odeia essas caracter ısticas. (Prov erbios 16:5; Tiago 4:6) Assim, o que realmente significa a palavra santo? No hebraico b ıblico, ela deriva de um termo que significa separado. Na adorac ao, santo se aplica ao que e separado do uso comum, ou tido como sagrado. A santidade tem tamb em forte conotac ao de limpeza e pureza. Em que sentido essa palavra se aplica a Jeov a? Significa que ele est a separado de humanos imperfeitos, bem longe de n os? 5 De modo algum. Como Santo de Israel, Jeov a disse que morava no meio de seu povo, embora esse fosse pecaminoso. (Isa ıas 12:6; Oseias 11:9) Assim, a santidade de Jeov a nao o torna distante. Em que sentido, entao, ele est a separado? De duas maneiras importantes. Primeiro, ele est ase- parado, ou distinto, de toda a criac ao no sentido de que somente ele eoalt ıssimo. A sua pureza eabsolutaeinfinita. (Salmo 40:5; 83:18) Segundo, Jeov aest a inteiramente separado de toda pecaminosidade, uma ideia consoladora. Por que? 6 Vivemos num mundo em que a verdadeira santidade e uma raridade. Tudo a respeito da sociedade humana alienada de Deus e polu ıdo de alguma maneira, manchado com pecado e imperfeic ao. Todos n os temos de lutar contra o pecado dentro de n os. E todos corremos o risco de sermos vencidos pelo pecado, se baixarmos a guarda. (Romanos 7:15-25; 1 Cor ıntios 10:12) Jeov an ao corre esse risco. Totalmente afastado da pecaminosidade, jamais ser a manchado pelo mais leve traco do pecado. Isso reforca nosso conceito de 4, 5. (a) O que significa santidade e o que nao significa? (b) Em que dois sentidos importantes Jeov aest a separado? 6. Por que o fato de Jeov a estar absolutamente separado da pecaminosidade e consolador? 27

30 28 ACHEGUE-SE A JEOV A Jeov a como Pai ideal, pois significa que ele e inteiramente confi avel. Ao contr ario de muitos pais humanos pecadores, Jeov a jamais se tornar a corrupto, dissoluto ou abusivo. A sua santidade impede tais coisas. Algumas vezes, Jeov aat emesmo jurou em nome de sua pr opria santidade, pois nada poderia ser mais digno de confianca. (Am os 4:2) Nao acha isso animador? 7 A santidade faz parte da pr opria natureza de Jeov a. O que isso significa? Para ilustrar: considere as palavras homem e imperfeito. Nao podemos falar da primeira sem lembrar da segunda. Somos marcados pela imperfeic ao e ela deixa vest ıgios em tudo o que fazemos. Considere agora duas palavras bem diferentes: Jeov a e santo. A santidade epr o- pria de Jeov a. Tudo a seu respeito e limpo, puro e correto. Nao podemos conhecer a Jeov a como ele realmente esem entender essa palavra profunda santo. A santidade pertence a Jeov a 8 Visto que Jeov apersonificaaqualidadedasantidade, pode-se dizer corretamente que ele e a fonte de toda a santidade. Ele nao ret em egoistamente essa qualidade preciosa; divide-a com outros, de forma generosa. Ora, quando Deus falou a Mois es, por meio de um anjo no espinheiro ardente, at e mesmo o solo em volta tornou-se santo devido asua ` ligac ao com Jeov a! Exodo 3:5. 9 Podem humanos imperfeitos se tornar santos com a ajuda de Jeov a? Sim, em sentido relativo. Deus ofereceu ao seu povo Israel a perspectiva de se tornarem uma nac ao santa. ( Exodo 19:6) Ele abencoou essa nac aocomumsistema de adorac ao santo, limpo e puro. De modo que a santidade eumtemarecorrentenaleimosaica.defato,osumo 7. Por que se pode dizer que a santidade faz parte da pr opria natureza de Jeov a? 8, 9. O que mostra que Jeov a ajuda humanos imperfeitos a se tornaremsantosemsentidorelativo?

31 SANTO, SANTO, SANTO EJEOV A sacerdote usava uma laminadeouronafrentedoturbante, onde todos podiam ve-la reluzindo. Gravadas nela havia as palavras: A santidade pertence a Jeov a. ( Exodo 28:36) Portanto, a adorac ao dos israelitas e, sem d uvida, seu modo de vida, se distinguiriam por um alto padrao de limpeza e pureza. Jeov a disse-lhes: Deveis mostrar-vos santos, porque eu, Jeov a, vosso Deus, sou santo. (Lev ıtico 19:2) Enquanto viviam a ` altura dos conselhos de Deus, dentro dos limites da imperfeic ao humana, os israelitas eram santos em sentido relativo. 10 Essa enfase na santidade estava em n ıtido contraste com a adorac ao praticada pelas nac oes vizinhas de Israel. Essas nac oes pagas adoravam deuses cuja pr opria existencia era uma mentira e uma farsa, deuses estes representados como violentos, gananciosos e prom ıscuos. Eram pervertidos em todos os sentidos. A adorac ao de tais deuses pervertia as pessoas. Por isso, Jeov a alertou seus servos a se manterem separados dos adoradores pagaos e de suas contaminadas pr aticas religiosas. Lev ıtico 18:24-28; 1 Reis 11:1, Quando muito, a nac ao escolhida de Jeov a, o Israel antigo, podia fornecer apenas um leve reflexo da santidade da organizac ao celestial de Deus. Os milhoes de criaturas espirituais que servem lealmente a Deus sao chamados de santas mir ıades. (Deuteronomio 33:2; Judas 14) Eles refletem com perfeic ao o brilho e a pura beleza da santidade de Deus. E lembre-se dos serafins que Isa ıas observou na visao. O conte udo do cantico deles sugere que essas poderosas criaturas espirituais desempenham um papel importante na divulga c ao da santidade de Jeov a em todo o Universo. Mas h a uma criatura espiritual que est a acima de todos eles o Filho unigenito de Deus. Jesus e o mais sublime reflexo 10. Na questao da santidade, que contraste havia entre o Israel antigo e as nac oes vizinhas? 11. Comoasantidadedaorganiza cao celestial de Jeov a eevidente (a) nos anjos? (b) nos serafins? (c) em Jesus? 29

32 30 ACHEGUE-SE A JEOV A dasantidadedejeov a. Corretamente, ele e conhecido como o Santo de Deus. Joao 6:68, 69. Nome santo, esp ırito santo 12 Que dizer do nome do pr oprio Deus? Como vimos no Cap ıtulo 1, esse nome nao emerot ıtulo ou r otulo. RepresentaaJeov a Deus, englobando todas as suas qualidades. Assim, a B ıblia nos diz que seu nome e santo. (Isa ıas 57:15) A Lei mosaica previa a pena de morte para quem profanasse onomededeus.(lev ıtico 24:16) E note o que Jesus colocou como prioridade na orac ao: Nosso Pai nos c eus, santificado seja o teu nome. (Mateus 6:9) Santificar algo significa coloc a-lo a ` parte como sagrado e vener a-lo, defende-lo como santo. Mas por que algo puro por natureza, como o nome do pr oprio Deus, necessitaria ser santificado? 13 O santo nome de Deus tem sido contestado, manchado com mentiras e cal unias. No Eden, Satan as mentiu a respeito de Jeov a e deu a entender que Ele e um Soberano injusto. (Genesis 3:1-5) Desde entao, Satan as o governante deste mundo ımpio tem cuidado de que as mentiras a respeito de Deus se multiplicassem. (Joao 8:44; 12:31; Revelacao 12:9) As religioes tem representado a Deus como arbitr ario, distante ou cruel. Tem afirmado ter o apoio dele em suas guerras sangrentas. O cr edito pelas maravilhosas criacoesdedeusmuitasvezes edadoaoacasocego,ouevolu- cao. Sim, o nome de Deus tem sido maldosamente difamado. Precisa ser santificado; a sua merecida gl oria tem de ser restabelecida. Ansiamos a santificac ao de seu nome e a vindicac ao de sua soberania, e alegra-nos ter certa participac ao nesse grandioso objetivo. 14 H a algo mais, estreitamente ligado a Jeov a, que quase 12, 13. (a) Por que o nome de Deus e apropriadamente chamado de santo? (b) Por que eprecisosantificaronomededeus? 14. Por que o esp ırito de Deus e chamado de santo, e por que et ao s erio blasfemar o esp ırito santo?

33 SANTO, SANTO, SANTO EJEOV A sempre e chamado de santo: seu esp ırito, ou forca ativa. (Ge- nesis 1:2) Jeov a usa essa forca poderosa para realizar seus prop ositos. Deus realiza tudo de maneira santa, pura e limpa, de modo que sua forca ativa e apropriadamente chamada de esp ırito santo, ou esp ırito de santidade. (Lucas 11:13; Romanos 1:4) Blasfemar esse esp ırito santo, que implica agir deliberadamente contra os prop ositos de Jeov a, e um pecado imperdo avel. Marcos 3:29. Por que a santidade de Jeov a nos atrai a ele? 15 Nao edif ıcil ver, portanto, por que a B ıblia faz uma ligacao entre a santidade de Deus e o temor piedoso da parte do homem. Por exemplo, o Salmo 99:3 reza: Elogiem eles o teu nome. Grande e atemorizante, santo ele e. Mas esse temor nao eumpavorm orbido. Em vez disso, eumsenso profundo de admirac ao reverente, respeito na sua forma mais enobrecedora. E apropriado sentir-se assim, visto que a santidade de Deus est at ao acima de n os. Ela efulgurantemente limpa, gloriosa. Ainda assim, nao nos deve repelir. Ao contr ario, o conceito correto sobre a santidade de Deus nos achegar a ainda mais a ele. Por que? 16 Por um lado, a B ıblia associa a santidade a ` beleza. Em Isa ıas 63:15, o c eu e descrito como morada excelsa de santidade e beleza. A beleza nos atrai. Por exemplo, veja a foto na p agina 33. Acha esse cen ario atraente? Por que? Note como a agua parece pura. At e mesmo o ar deve ser limpo, pois o c eu e azul e a luz parece cintilar. Mas se o cen ario fosse alterado o riacho entulhado de lixo, as arvores e as pedras 15. Por que ter temor piedoso eumarea cao apropriada a ` santidade de Jeov a? O que envolve esse temor? 16. (a) Como a santidade e associada a ` beleza? Deumexemplo. (b) Como as descric oes vision arias de Jeov a acentuam a limpeza, a purezaealuz? 31

34 ` 32 ACHEGUE-SE A JEOV A cobertas de pichac oes, o ar polu ıdo nao nos atrairia mais; nos repeliria. Normalmente, associamos a beleza a ` limpeza, apurezaea ` luz. Essas mesmas palavras podem ser usadas para descrever a santidade de Jeov a. Nao edeadmirarque as descric oes vision arias de Jeov a nos encantem! Reluzente, deslumbrante como pedras preciosas, fulgurante como fogo, ou como os mais puros e brilhantes metais preciosos assim e a beleza de nosso Deus santo. Ezequiel 1:25-28; Revelac ao 4:2, Mas ser a que a santidade de Deus deveria nos fazer sentir inferiores, em comparac ao? A resposta, naturalmente, e sim. Afinal, somos mesmo muit ıssimo inferiores a Jeov a, para dizer o m ınimo. Seria esse um motivo para nos afastarmos dele? Considere a reac ao de Isa ıas ao ouvir os serafins proclamarem a santidade de Jeov a. Eu passei a dizer: Ai de mim! Pois, a bem dizer, fui silenciado, porque sou homem de l abiosimpurosemoronomeiodeumpovo de l abios impuros; pois os meus olhos viram o pr oprio Rei, Jeov a dos ex ercitos! (Isa ıas 6:5) Sim, a infinita santidade de Jeov a lembrou Isa ıas de como ele era pecaminoso e imperfeito. Inicialmente, esse homem fiel ficou arrasado. Mas Jeov an ao o deixou nesse estado. 18 Um serafim prontamente consolou o profeta. Como? Esse poderoso esp ırito voou at e o altar, apanhou uma brasa ali e, com ela, tocou nos l abios de Isa ıas. Isso talvez pareca mais uma tortura do que um consolo. Mas lembre-se de que era uma visao, rica em simbolismos. Isa ıas, um judeu fiel, bem sabia que diariamente eram oferecidos sacrif ıcios no altar do templo, para expiac ao de pecados. E o serafim amorosamente lembrou o profeta de que, embora fosse mesmo imperfeito, de l abios impuros, ainda assim podia ter uma 17, 18. (a) Qual foi a reac ao inicial de Isa ıas diante da visao que teve? (b) Como Jeov a usou um serafim para consolar Isa ıas, e que significado teve o gesto do serafim?

35 Assim como a beleza, a santidade deve nos atrair

36 34 ACHEGUE-SE A JEOV A Perguntas para Meditac ao Lev ıtico 19:1-18 Para que a nossa conduta seja santa, quais sao alguns princ ıpios que temos de aplicar? Deuteronomio 23:9-14 Como a limpeza pessoal se relaciona com a santidade? Como isso deve influir no nosso modo de nos vestir e arrumar, e no nosso lar? Romanos 6:12-23; 12:1-3 Ao nos esfor carmos para ser santos, como devemos encarar o pecado e as influencias do mundo? Hebreus 12:12-17 Como podemos buscar a santifica c ao, ou santidade? posic ao limpa perante Deus. Jeov a se dispunha a considerar santo um homem imperfeito e pecaminoso pelo menos em sentido relativo. Isa ıas 6:6, O mesmo se aplica hoje. Todos aqueles sacrif ıcios oferecidos no altar em Jerusal em eram apenas sombras de algo maior o perfeito sacrif ıcio unico, oferecido por Jesus Cristo em 33 EC. (Hebreus 9:11-14) Se realmente nos arrependermos de nossos pecados, corrigirmos nosso modo errado de agir e exercermos f e nesse sacrif ıcio, seremos perdoados. (1 Joao 2:2) Tamb em podemos ter uma posic ao limpa perante Deus. Assim, o ap ostolo Pedro nos lembra: Est aescrito: Tendes de ser santos, porque eu sou santo. (1 Pedro 1:16) Note que Jeov a nao disse que temos de ser tao santos quanto ele. Ele jamais espera o imposs ıvel de n os. (Salmo 103:13, 14) Em vez disso, Jeov a diz para sermos santos por- Aexpress ao de l abios impuros e apropriada, pois a B ıblia muitas vezes usa os l abios como s ımbolo da fala, ou linguagem. Em todos os humanos imperfeitos, uma grande proporc ao de pecados pode ser atribu ıda ao modo de usar a faculdade da fala. Prov erbios 10:19; Tiago 3:2, Como podemos ser santos em sentido relativo, mesmo sendo imperfeitos?

37 ` ` SANTO, SANTO, SANTO EJEOV A que ele e santo. Como filhos amados, tentamos imit a-lo da melhor maneira, dentro do que e poss ıvel para humanos imperfeitos. (Ef esios 5:1) Portanto, alcancar a santidade e um processo cont ınuo. A medida que crescemos espiritualmente, procuramos aperfeicoar a santidade todos os dias. 2 Cor ıntios 7:1. 20 Jeov aamaoque e direito e puro. Ele odeia o pecado. (Habacuque 1:13) Mas ele nao nos odeia. Enquanto encararmos o pecado como ele o encara odiarmos o que e mau e amarmos o que e bom e nos esforcarmos em seguir as pisadas perfeitas de Cristo Jesus, Jeov a perdoar anossos pecados. (Am os 5:15; 1 Pedro 2:21) Quando entende- mos que podemos ser puros aos olhos de nosso Deus santo, os efeitos sao profundos. Lembre-se de que a santidade de Jeov a, de in ıcio, fez Isa ıas lembrar-se de sua pr opria impureza. Ele bradou: Ai de mim! Mas, uma vez que entendeu que seus pecados haviam sido expiados, sua disposic ao mudou. Quando Jeov a pediu um volunt ario para cumprir certa designac ao, Isa ıas respondeu prontamente, sem nem saber do que se tratava. Ele exclamou: Eis-me aqui! Envia-me. Isa ıas 6: Fomos feitos a ` imagem do Deus santo, dotados de qualidades morais e da capacidade de exercer espiritualidade. (Genesis 1:26) Existe um potencial de santidade dentro de cada um de n os. A medida que continuarmos a cultiv a-la, Jeov ater a prazer em ajudar. Nesse processo, nos achegaremos cada vez mais ao nosso Deus santo. Al em disso, ao considerarmos as qualidades de Jeov a nos pr oximos cap ıtulos, veremos que existem muitos motivos fortes para nos achegarmos a ele. 20. (a) Por que e importante entender que podemos ser puros aos olhos de nosso Deus santo? (b) Como Isa ıas reagiu quando soube que seus pecados haviam sido expiados? 21. Que base temos para confiar que podemos cultivar a qualidade da santidade? 35

38 S E C A O 1 VIGOROSO EM PODER Nesta seçao examinaremos relatos b ıblicos que atestam o poder de Jeov adecriar,destruir, proteger e restaurar. Entender como Jeov adeus, que e vigoroso em poder, usa a sua energia dinamica encher a o nosso coraçao de profunda reverencia. Isa ıas 40:26.

39 C A P I T U L O 4 Jeov a e...grandeempoder ELIAS j a havia visto coisas espantosas: corvos lhe trouxeram comida duas vezes por dia, enquanto vivia num esconderijo; dois recipientes supriram farinha e azeite sem nunca esvaziar durante uma fome prolongada; at emesmofogo caiu do c eu em resposta asuaora ` cao. (1 Reis, cap ıtulos 17, 18) Mas Elias nunca havia visto nada como o que se segue. 2 Abrigado a ` entrada de uma caverna no monte Horebe, ele presenciou uma s erie de eventos espetaculares. Primeiro, um vento. Deve ter causado um ru ıdo ensurdecedor, pois, de tao forte, rompia montes e destrocava rochedos. Depois houve um terremoto, que liberou forcas tremendas confinadas na crosta terrestre. Em seguida, fogo. Enquanto esse ardia, Elias deve ter sentido o sopro de seu calor escaldante. 1 Reis 19: Todos esses eventos de naturezas diversas, presenciados por Elias, tiveram algo em comum eram demonstrac oes do grande poder de Jeov a. Naturalmente, nao eprecisover um milagre para discernir que Deus tem essa qualidade. Ela e obvia. A B ıblia diz que a criac ao e prova do sempiterno poder e Divindade de Jeov a. (Romanos 1:20) Pense nos claroes e estrondos de uma tempestade, na majestosa precipitac ao das aguas de uma cachoeira, na estonteante vastidao de um c eu estrelado! Nao ve nessas manifestac oes o poder de Deus? No entanto, poucos no mundo atual realmente reconhecem o poder divino. Menos ainda encaram de maneira apropriada esse poder. Entender essa qualidade divina, por em, nos d a muitos motivos para nos achegar 1, 2. Que coisas espantosas Elias j a havia visto, mas que eventos espetaculares presenciou a ` entrada de uma caverna no monte Horebe? 3. Elias presenciou evidencias de que qualidade divina e onde podemos ver evidencias dessa mesma qualidade?

40 38 ACHEGUE-SE A JEOV A ajeov a. Nesta sec ao, vamos realizar um estudo detalhado do poder inigual avel de Jeov a. Qualidade essencial de Jeov a 4 Jeov a e incompar avel em poder. Jeremias 10:6 diz: De modo algum h aalgu em igual a ti, ojeov a. Tu es grande eteunome egrandeempot encia. Note que potencia, ou poder, est a relacionada com o nome de Jeov a. Lembre-se de que esse nome evidentemente significa Ele Causa que Venha a Ser. O que habilita Jeov a a criar qualquer coisaqueelequeiraesetornaroquequerqueeledesejese tornar? O poder. Sim, Jeov a tem capacidade ilimitada para agir, para cumprir a sua vontade. Esse poder eumadesuas qualidades essenciais. 5 Visto que jamais poder ıamos entender a plenitude de seu poder, Jeov a usa ilustrac oes para nos ajudar. Como j a vimos, ele usa o touro como s ımbolo de poder. (Ezequiel 1:4-10) E uma escolha apropriada, pois mesmo o touro domesticado e uma criatura grande e poderosa. O povo da Palestina nos tempos b ıblicos raramente, se equealguma vez, se confrontava com algum animal mais forte. Mas eles conheciam, sim, um tipo de touro ainda mais tem ıvel o touro selvagem, ou auroque, hoje extinto. ( J o 39:9-12) O imperador romano J ulio C esar disse certa vez que os touros selvagens eram quase do tamanho de elefantes. E grande a forca deles, escreveu, e egrandeasuavelocidade. Imagine como vocesesentiriapequenoefracoperto de uma criatura dessas! 6 Similarmente, o homem e bem pequeno e fraco em 4, 5. (a) Que relac ao existe entre o nome de Jeov a e seu poder? (b) Por que e apropriado que Jeov atenhaescolhidootourocomos ımbolo de seu poder? 6. Por que somente Jeov a e chamado de Todo-Poderoso? Eis que Jeov a estava passando

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42 40 ACHEGUE-SE A JEOV A comparac ao com o Deus de poder, Jeov a. Para este, at e mesmo nac oes poderosas sao como mera camada fina de p o numa balanca. (Isa ıas 40:15) Diferentemente de qualquer criatura, o poder de Jeov a e ilimitado, pois s oele e chamado de Todo-Poderoso. (Revelac ao [Apocalipse] 15:3) Jeov a e vigoroso em poder e abundante em energia dinamica. (Isa ıas 40:26) Ele e a fonte perene, inesgot avel, de forca e de poder. Ele nao depende de uma fonte externa de energia, pois a forca pertence adeus.(salmo 62:11) De que maneiras, por em, Jeov a usa seu poder? Como Jeov a usa seu poder 7 Esp ırito santo emana de Jeov a em quantidade ilimitada. E o poder de Deus em açao. De fato, em Genesis 1:2 a B ıblia refere-se ao esp ırito santo como forca ativa de Deus. As palavras hebraica e grega originais vertidas esp ırito podem, em outros contextos, ser traduzidas por vento, fo- lego e sopro. Segundo os lexic ografos, as palavras dos idiomas originais transmitem a ideia de uma forca invis ı- vel em ac ao. Assim como o vento, o esp ırito de Deus einvis ıvel para n os, mas seus efeitos sao reais e discern ıveis. 8 Oesp ırito santo de Deus e infinitamente vers atil. Jeov a pode us a-lo para realizar qualquer prop osito que tenha em mente. E apropriado, pois, que na B ıblia o esp ırito santo seja simbolicamente chamado de dedo, mao forte ou braco estendido de Deus. (Lucas 11:20; Deuteronomio 5:15; Salmo 8:3) Assim como o homem pode usar as maos para realizar uma grande variedade de tarefas que exigem diferentes graus de forca ou de destreza, Deus po- A palavra grega traduzida por Todo-Poderoso literalmente significa Governante de Todos; Aquele Que Tem Todo o Poder. 7. O que eoesp ırito santo de Jeov a, e que ideia transmitem as palavras dos idiomas originais usadas na B ıblia? 8. Que expressoes simb olicas a B ıblia usa para referir-se ao esp ırito santo, e por que sao apropriadas?

43 JEOV A E...GRANDEEMPODER dia, e ainda pode, usar seu esp ırito para realizar qualquer coisa como criar o infinit esimo atomo, partir o mar Vermelho ou capacitar os cristaosdoprimeiros eculo a falar em l ınguas. 9 Jeov atamb em usa o poder no exerc ıcio de sua autoridade como Soberano Universal. Consegue imaginar ter sob seu comando milhoes e milhoes de s uditos inteligentes e capazes, ansiosos de cumprir as suas ordens? Jeov atem tal poder de comando. Ele tem servos humanos, que as Escrituras muitas vezes comparam a um ex ercito. (Salmo 68:11; 110:3) No entanto, o ser humano e uma criatura fraca, em comparac ao com um anjo. Ora, quando os soldados ass ırios atacaram o povo de Deus, um unico anjo matou 185 mil deles numa s o noite! (2 Reis 19:35) Os anjos de Deus sao poderosos em poder. Salmo 103:19, Quantos anjos existem? O profeta Daniel, numa visao que teve do c eu, observou bem mais de 100 milhoes de criaturas espirituais perante o trono de Jeov a. Mas nada indica que ele tenha visto a totalidade dos anjos. (Daniel 7:10) Portanto, talvez existam centenas de milhoes de anjos. De modo que Deus e chamado de Jeov a dos ex ercitos. Esse t ıtulo indica sua posic ao poderosa de Comandante de uma vasta e organizada formac ao de anjos poderosos. Acima de todas essas criaturas espirituais ele colocou algu em como respons avel, seu Filho amado, o primogenito de toda a criac ao. (Colossenses 1:15) Como arcanjo superior a todos os anjos, serafins e querubins, Jesus eacriatura mais poderosa de Jeov a. 11 Mas Jeov a usa o poder ainda de outras maneiras. Hebreus 4:12 diz: A palavra de Deus e viva e exerce poder. J a 9. At e que ponto vai o poder de comando de Jeov a? 10. (a) Por que o Todo-Poderoso e chamado de Jeov a dos ex ercitos? (b) Quem e a criatura mais poderosa de Jeov a? 11, 12. (a) De que maneiras a palavra de Deus exerce poder? (b) Como Jesus atestou a grandeza do poder de Jeov a? 41

44 42 ACHEGUE-SE A JEOV A observou o poder fenomenal da palavra de Deus, a mensagem inspirada pelo esp ırito, preservada na B ıblia? Ela pode nos fortalecer, edificar a nossa f eenosajudarafazergrandes mudancas pessoais. O ap ostolo Paulo alertou concren- tes contra indiv ıduos que levavam uma vida crassamente imoral. Da ı acrescentou: No entanto, isso eoquefostesalguns de v os. (1 Cor ıntios 6:9-11) Sim, a palavra de Deus havia exercido seu poder sobre eles e os ajudado a fazer mudancas. 12 O poder de Jeov a et ao imenso, e seus meios de us a- lo sao tao eficazes, que nada pode impedi-lo. Jesus disse: A Deus todas as coisas sao poss ıveis. (Mateus 19:26) Com que objetivos Jeov a usa seu poder? Poder guiado por um prop osito 13 Oesp ırito de Jeov a e muito superior a qualquer forca f ı- sica; e Jeov an ao eumafor ca impessoal, uma mera fonte de energia. E um Deus pessoal, no pleno controle de seu pr o- prio poder. O que, entao, o induz a us a-lo? 14 Como veremos, Deus usa seu poder para criar, destruir, proteger e restaurar em suma, para fazer tudo o que se enquadra nos seus prop ositos perfeitos. (Isa ıas 46:10) Em certos casos, Jeov a usa o poder para revelar aspectos importantes de sua personalidade e de seus padroes. Acima de tudo, ele o usa para cumprir Sua vontade vindicar sua soberania e santificar seu santo nome por meio do Reino messianico. Nada pode frustrar esse prop osito. 15 Jeov atamb em usa seu poder para nos beneficiar pessoalmente. Note o que diz 2 Cronicas 16:9: Quanto a Jeov a, seus olhos percorrem toda a terra, para mostrar a sua 13, 14. (a) Por que se pode dizer que Jeov an ao eumafonteimpessoal de energia ou poder? (b) De que maneiras Jeov a usa seu poder? 15. Com que prop osito relacionado com os seus servos Jeov ausao seu poder, e como se viu isso no caso de Elias?

45 JEOV A E...GRANDEEMPODER forca a favor daqueles cujo corac ao e pleno para com ele. O que aconteceu com Elias, conforme mencionado no in ı- cio, ilustra isso. Por que Jeov a lhe fez aquelas demonstracoes assombrosas de poder divino? Bem, a perversa Rainha Jezabel havia jurado matar Elias. O profeta estava fugindo para salvar a vida. Ele se sentia sozinho, assustado e desanimado como se todo o seu trabalho arduo tivesse sido em vao. Para consolar esse homem aflito, Jeov a lembrou-o vividamente da grandeza do poder divino. O vento, o terremoto e o fogo indicavam que o Ser mais poderoso do Universo apoiava Elias. Por que deveria ter medo de Jezabel, tendo o apoio do Deus Todo-Poderoso? 1 Reis 19: Embora atualmente nao seja sua epoca de fazer milagres, Jeov an ao mudou desde os dias de Elias. (1 Cor ıntios 13:8) Ele est at ao desejoso como sempre esteve de usar seu poder em favor dos que o amam. E verdade que ele reside num elevado dom ınio espiritual, mas nao est a longe de n os. Seu poder e ilimitado, de modo que a distancia nao e nenhum obst aculo. Na verdade, Jeov aest a perto de todos osqueoinvocam.(salmo145:18)certavez,quandooprofeta Daniel orou a Jeov a pedindo ajuda, um anjo lhe apareceu antes mesmo de ele terminar de orar! (Daniel 9:20-23) Nada pode impedir Jeov a de ajudar e fortalecer aqueles a quem ele ama. Salmo 118:6. O grande poder de Deus o torna inacess ıvel? 17 Ser aquedever ıamos temer a Deus por causa do seu AB ıblia diz que Jeov an ao estava no vento, no tremor ou no fogo. Ao contr ario dos adoradores de m ıticos deuses da natureza, os servos de Jeov an aooprocuramdentrodasfor cas da natureza. Ele egrandioso demais para ficar confinado em algo que ele mesmo criou. 1 Reis 8: Quando meditamos no grande poder de Jeov a, por que isso nos consola? 17. Em que sentido o poder de Jeov anosinspiratemor,masquetipo de temor nao inspira? 43

46 44 ACHEGUE-SE A JEOV A poder? A unica resposta poss ıvel esimen ao. Sim, no sentido de que tal qualidade nos d a amplos motivos para termos temor reverente, aquele profundo respeito que consideramos brevemente no cap ıtulo anterior. Esse temor, diz ab ıblia, e oprinc ıpio da sabedoria. (Salmo 111:10) Mas tamb em respondemos nao, no sentido de que o poder de Deus nao nos d a motivo para ter pavor dele ou evitar nos dirigir a ele. 18 O poder tende a corromper; o poder absoluto corrompe absolutamente. Assim escreveu o historiador ingles Lorde Acton, em Essa declarac ao j a foi citada muitas vezes, talvez porque tantas pessoas veem nela uma verdade ineg avel. Humanos imperfeitos costumam abusar do poder, como a Hist oria confirma vez ap os vez. (Eclesiastes 4:1; 8:9) Por isso, muitos nao confiam nos poderosos e se afastam deles. Tendo em vista que o poder de Jeov a e absoluto, ser a que isso o corrompeu de alguma maneira? Certamente que nao! Como j a vimos, ele e santo, absolutamente incorrupt ıvel. Jeov a e diferente dos imperfeitos homens e mulheres de poder neste mundo corrupto. Ele nunca abusou de seu poder, e jamais o far a! 19 Lembre-se de que o poder nao ea unica qualidade de Jeov a. Ainda estudaremos sua justica, sua sabedoria e seu amor. Mas nao pense que as qualidades de Jeov asemanifestam de modo r ıgido ou mecanico, como se ele exer- cesse apenas uma delas por vez. Ao contr ario, veremos nos pr oximos cap ıtulos que Jeov a sempre usa seu poder em harmonia com a justica, a sabedoria e o amor. Considere ain- 18. (a) Por que muitos nao confiam em pessoas poderosas? (b) Que certeza temos de que o poder de Jeov an ao pode corrompe-lo? 19, 20. (a) Jeov a sempre usa seu poder em harmonia com que outras qualidades, e por que isso e reanimador? (b) Como voce ilustraria o autocontrole de Jeov a, e por que isso o atrai?

47 JEOV A E...GRANDEEMPODER 45 Perguntas para Meditac ao 2Cr onicas 16:7-13 De que modo o exemplo do Rei Asa mostra a seriedade de nao confiar no poder de Jeov a? Salmo 89:6-18 O poder de Jeov atemqueefeitosobreseus adoradores? Isa ıas 40:10-31 Como se descreve aqui o poder de Jeov a? Como e descrita a grandeza desse poder e como ele pode beneficiar-nos pessoalmente? Revelac ao 11:16-18 OqueJeov aprometefazermedianteoseu poder no futuro? Por que isso anima os crist aos verdadeiros? da outra qualidade de Deus, rara entre os governantes do mundo o autocontrole. 20 Imagine encontrar um homem tao alto e tao forte que voce se sinta intimidado por ele. Com o tempo, por em, voce percebe que ele parece ser gentil. Est a sempre disposto e ansioso para usar seu poder para ajudar e proteger as pessoas, em especial os indefesos e vulner aveis. Ele jamais abusa de sua forca. Voc eov e ser caluniado sem justa causa e ainda assim o comportamento dele e firme, por em calmo,digno,at e mesmo bondoso. Talvez fique imaginando se seria capaz de mostrar a mesma mansidao e autocontrole, em especial se fosse tao forte quanto ele! Amedidaque ` fosse conhecendo melhor esse homem, nao teria vontade de se achegar mais a ele? Temos muitos outros motivos para nos achegar ao todo-poderoso Jeov a. Note a sentenca inteira em que se baseia o t ıtulo deste cap ıtulo: Jeov a e vagaroso em irar-se e grande em poder. (Naum 1:3) Jeov a nao se apressa em usar seu poder contra as pessoas, nem mesmo contra os perversos. Ele e brando e bondoso. Mostrou ser vagaroso em irar-se diante de muitas provocacoes. Salmo 78:37-41.

48 ` 46 ACHEGUE-SE A JEOV A 21 Considere o autocontrole de Jeov adeoutro angulo. Se voce tivesse poder ilimitado, acha que se sentiria, as vezes, tentado a obrigar as pessoas a fazer as coisas do seu jeito? Jeov a, com todo o seu poder, nao compele as pessoas a servi-lo. Embora servir a Deus seja o unico caminho para a vida eterna, ele nao nos obriga a prestar-lhe tal servico. Em vez disso, bondosamente dignifica cada pessoa com a liberdade de escolha. Ele alerta contra as consequencias das escolhas erradas e fala das recompensas das escolhas certas. Mas n os e que temos de escolher. (Deuteronomio 30:19, 20) Jeov asimplesmenten ao tem interesse em que seus servos o obedecam por obrigac ao, ou por temor m orbido de seu assombroso poder. Ele procura os que se oferecem voluntariamente para servi-lo, por amor. 2 Cor ıntios 9:7. 22 Vejamosmaisummotivopeloqualn ao precisamos ter pavor do Deus Todo-Poderoso. Humanos poderosos, em geral, temem partilhar o poder. Jeov a, no entanto, se agrada em dar poder a seus adoradores leais. Ele delega grande autoridade a outros, como a seu Filho, por exemplo. (Mateus 28:18) Jeov atamb em d a poder a seus servos de outra maneira. A B ıblia explica: Tuas, ojeov a, sao a grandeza, e a potencia, e a beleza, e a excelencia, e a dignidade; pois teu e tudo nos c eus e na terra.... Na tua mao h a poder e poten- cia,enatuam ao h a a capacidade para engrandecer e para dar forca a todos. 1 Cronicas 29:11, Sim, Jeov ater a prazer em lhe dar forca. Ele at emesmo confere poder al em do normal aos que desejam servi-lo. (2 Cor ıntios 4:7) Nao se sente atra ıdo a esse Deus dinami- co, que usa seu poder de modo tao bondoso e correto? No pr oximo cap ıtulo, focalizaremos como Jeov a usa seu poder para criar. 21. Por que Jeov an ao obriga as pessoas a fazer a Sua vontade, e o que isso nos ensina a respeito dele? 22, 23. (a) Que indicac oes h adequejeov a se agrada em dar poder aoutros?(b)oqueconsideraremosnopr oximo cap ıtulo?

49 C A P I T U L O 5 Poder criativo Aquele que fez o c eu e a terra J A FICOU alguma vez perto do fogo numa noite fria? Talvez tenha mantido as maos na distancia certa das chamas, para sentir seu calor agrad avel. Se voce momentaneamente chegou perto demais, o calor ficou insuport avel. E, caso tenha se afastado demais, o ar gelado da noite o fez sentir frio. 2 Existe um fogo que esquenta o nosso corpo durante o dia. Est aaumadist anciadeuns150milh oes de quilome- tros. Para que sintamos o calor do Sol de uma distancia tao grande, que tremenda energia ele precisa ter! Mas a Terra orbita essa assombrosa fornalha termonuclear na distancia exata. Perto demais, as aguas da Terra evaporariam; longe demais, congelariam. Ambos os extremos eliminariam a vida no nosso planeta. Essencial para a vida na Terra, a luz solar e tamb em limpa e eficiente, al em de agrad avel. Eclesiastes 11:7. 3 No entanto, a maioria das pessoas encara o Sol como algo corriqueiro, embora dependam dele para viver. Com isso, deixam de aprender uma lic ao importante. A B ıblia diz a respeito de Jeov a: Preparaste o luzeiro, o Sol. (Salmo 74:16) Sim, o Sol honra a Jeov a, Aquele que fez o c eu e a terra. (Salmo 19:1; 146:6) Ele e apenas um dos incont aveis corpos celestes que nos conscientizam do tremendo poder criativo de Jeov a. Vamos examinar alguns desses e depois voltaremos nossa atenc ao para a Terra e sua grande variedade de vida. Paraterumaideiadaenormidadedessen umero, imagine: cobrir essa distanciadecarro a160quil ometros por hora, 24 horas por dia levariamaisdecemanos! 1, 2. De que modo o Sol demonstra o poder criativo de Jeov a? 3. O Sol confirma que verdade importante?

50 48 ACHEGUE-SE A JEOV A Jeov a preparou o luzeiro, sim, o Sol Levantai ao alto os vossos olhos e vede 4 Como sem d uvida sabe, o Sol e uma estrela. Ele parece ser maior do que as estrelas noturnas, pois est abemmaisperto de n os. Qual e a sua capacidade? No n ucleo, sua temperatura edeuns15milh oes de graus Celsius. Se voc e pudesse apanhar do n ucleo do Sol um pedacinho do tamanho de uma cabeca de alfinete e traze-lo aqui para a Terra, ningu em estaria seguro a menos de 140 quilometros distante dessa min uscula fonte de calor! A cada segundo, o Sol emite energia equivalente aexplos ` ao de muitas centenas de milhoes de bombas nucleares. 5 OSol et ao grande que, dentro dele, caberiam mais de 1 milhao e 300 mil Terras. Mas ser aqueele e uma estrela excepcionalmente grande? Nao, os astr onomos chamam-na 4, 5. Qual e a capacidade e o tamanho do Sol, mas como se compara isso com outras estrelas?

51 PODER CRIATIVO AQUELE QUE FEZ O C EU E A TERRA de anaamarela.oap ostolo Paulo escreveu que estrela difere de estrela em gl oria. (1 Cor ıntios 15:41) Ele nem tinha noc ao de como essas palavras inspiradas eram verdadeiras. Existe uma estrela tao grande que, se fosse colocada no lugar do Sol, a Terra ficaria dentro dela. Se fosse feita a mesma coisa com outra estrela gigante, essa ocuparia todo o espaco at e Saturno embora esse planeta esteja tao distante da Terra que uma espaconave, viajando 40 vezes mais r apido do que uma bala de fuzil, levou quatro anos para chegar l a! 6 Ainda mais assombroso do que o tamanho das estrelas e a sua quantidade. De fato, a B ıblia sugere que as estrelas sao praticamente inumer aveis, tao dif ıceis de contar como 6. Como a B ıblia mostra que o n umero de estrelas e vasto do ponto de vista humano? 49 Ele chama a todas elas por nome

52 50 ACHEGUE-SE A JEOV A a areia do mar. (Jeremias 33:22) Isso subentende que h a muito mais estrelas do que se pode ver a olho nu. Afinal, se um escritor b ıblico, como Jeremias, erguesse os olhos e tentasse contar as estrelas a ` noite, teria contado apenas umas tres mil o total que se pode detectar a olho nu numa noite estrelada. Isso e compar avel ao n umero de graos num mero punhado de areia. Na realidade, por em, o n umero de estrelas einimagin avel,comoodegr aos de areia do mar. Quem seria capaz de cont a-lo? 7 Isa ıas 40:26 responde: Levantai ao alto os vossos olhos e vede. Quem criou estas coisas? Foi Aquele que faz sair oex ercito delas at e mesmo por n umero, chamando a todas elas por nome. O Salmo 147:4 diz: Ele conta o n u- mero das estrelas. Qual e on umero das estrelas? Nao e uma pergunta f acil de ser respondida. Os astronomos calculam que h a mais de 100 bilhoes delas s o na nossa gal a- xia, a Via L actea. Mas a nossa gal axia e apenas uma dentre muitas outras, muitas das quais fervilham com mais estrelas ainda. Quantas gal axias existem? Alguns astronomos estimamem50bilh oes. Outros calculam que possam existir at e 125 bilhoes. De modo que o homem nao consegue determinar nem mesmo o n umero de gal axias e muito menos o total exato dos bilhoesdeestrelasqueelascont em. Mas Alguns acham que os antigos, nos tempos b ıblicos, devem ter usado algum tipo de telesc opio primitivo. Senao, ponderam, como as pessoas daquele tempo poderiam saber que o n umero de estrelas et ao vasto e incont avel do ponto de vista humano? Essa especulac ao infundada nao leva em conta Jeov a, o Autor da B ıblia. 2 Tim oteo 3:16. Sabe quanto tempo voce levaria apenas para contar 100 bilhoes de estrelas? Se pudesse contar uma por segundo 24 horas por dia, levaria anos! 7. (a) Mais ou menos quantas estrelas existem na gal axia Via L actea e, em comparac ao com o total, ser a que esse eumn umero muito grande? (b) Por que e significativo que os astronomos achem dif ıcil contar as gal axias, e o que isso nos diz a respeito do poder criativo de Jeov a?

53 PODER CRIATIVO AQUELE QUE FEZ O C EU E A TERRA Jeov a sabe quantas sao. Al em disso, ele d aumnome acada estrela! 8 A nossa rever encia s o pode aumentar quando pensamos no tamanho das gal axias. Calcula-se que a extensao da Via L actea seja de uns 100 mil anos-luz. Imagine um raio de luz viajando atremendavelocidadede300milquil ` ometros por segundo. Esse raio levaria 100 mil anos para cruzar a nossa gal axia! E h agal axias muito maiores do que a nossa. A B ıblia diz que Jeov a estende esses vastos c eus como se fossem um simples tecido. (Salmo 104:2) Ele tamb em controla os movimentos dessas criac oes. Desde a menor part ıcula de poeira interestelar at e a mais poderosa gal axia, tudo se move segundo leis f ısicas formuladas e aplicadas por Deus. (J o 38:31-33) Assim, alguns cientistas comparam os movimentos precisos dos corpos celestes a ` coreografia de um complexo bal e. Pense, entao, Naquele que criou essas coisas. Nao sente profunda reverencia pelo Deus de tamanho poder criativo? Quem fez a terra pelo seu poder 9 O poder criativo de Jeov a eevidenteemnossolar,aterra. Ele a situou com muita precisao dentro do vasto Univer- so. Alguns cientistas acreditam que muitas gal axias sejam in ospitas para um planeta em que h a vida, como o nosso. A maior parte da Via L actea evidentemente nao foi projetada para sustentar vida. O centro gal actico est acoalhadode estrelas. A radiac ao ealtaequasecolis oes entre estrelas sao comuns. Nas extremidades da gal axia nao existem muitos dos elementos essenciais a ` vida. O nosso sistema solar se localiza no ponto ideal, entre esses extremos. 8. (a) Como se pode ter uma ideia do tamanho da gal axia Via L actea? (b) Por que meios Jeov a controla os movimentos dos corpos celestes? 9, 10. De que maneiras e evidente o poder de Jeov a no posicionamentodosistemasolar,dej upiter,daterraedalua? 51

54 52 ACHEGUE-SE A JEOV A 10 A Terra se beneficia de um remoto, por em gigante, protetor o planeta J upiter. Mais de mil vezes maior do que aterra,j upiter exerce uma tremenda influencia gravitacional. O resultado? Ele absorve ou desvia objetos que cruzam oespa co. Os cientistas calculam que, se nao fosse J upiter, a chuva de proj eteis macicos que atingem a Terra seria 10 mil vezes maior do que e no presente. Mais perto, a Terra eaben- coada com um sat elite incomum a Lua. Mais do que um ornamento e fonte de luz noturna, a Lua mant em a Terra numa inclinac ao constante e firme. Essa inclinac ao produz aqui estac oes previs ıveis e est aveis outro fator importante quefavoreceavida. 11 O poder criativo de Jeov a e evidente em todas as facetas do projeto da Terra. Veja a atmosfera, que serve como um grande escudo. O Sol emite tanto raios ben eficos como mort ıferos. Ao atingirem a parte superior da atmosfera, os raios letais transformam o oxigenio comum em ozo- nio. A resultante camada de ozonio, por sua vez, absorve a maioria desses raios. Assim, nosso planeta tem seu pr oprio guarda-chuva protetor. 12 Esse e apenas um dos aspectos da atmosfera, uma complexa mistura de gases, ideal para sustentar a vida das criaturas na superf ıcie da Terra ou perto dela. Outra maravilha da atmosfera e o ciclo da agua. Todo ano, o sol faz mais de 400 mil quilometros c ubicos de agua evaporar dos oceanos e mares da Terra. Essas aguas formam nuvens, que os ventos atmosf ericos espalham por toda a parte. Depois, filtradas e purificadas, elas caem como chuva, neve ou gelo, reabastecendo os suprimentos de agua. E exatamente como diz Eclesiastes 1:7: Todas as torrentes hibernais correm para o mar, 11. Como a atmosfera da Terra foi projetada para servir de escudo protetor? 12. Como o ciclo de agua atmosf erico ilustra o poder criativo de Jeov a?

55 PODER CRIATIVO AQUELE QUE FEZ O C EU E A TERRA contudo, o pr oprio mar nao est a cheio. Ao lugar de onde correm as torrentes hibernais, para l aelasvoltamafimde sair correndo. Somente Jeov a poderia ter acionado tal ciclo. 13 Onde existe vida, h aevid encia do poder do Criador. Desde as majestosas sequoias-sempre-verdes (mais altas do que um pr edio de 30 andares) at e as plantas microsc opicas que pululam nos oceanos e suprem grande parte do oxigenio que respiramos, o poder criativo de Jeov a eevidente.opr o- prio solo fervilha de coisas vivas minhocas, fungos e micr obios, todos interagindo de maneiras complexas que ajudam no crescimento das plantas. Apropriadamente, a B ıblia fala do solo como tendo poder. Genesis 4: Sem d uvida, ejeov a Quem fez a terra pelo seu poder. (Jeremias 10:12) O poder de Deus eevidenteat emesmonas menores criac oes. Por exemplo, um milhao de atomos colocados lado a lado nao atingiriam a espessura de um fio de cabelo humano. E, mesmo se um atomo fosse aumentado at eaalturadeumpr edio de 14 andares, seu n ucleo seria do tamanho de um mero grao de sal no s etimoandar.noentanto, esse infinit esimo n ucleo e a fonte da espantosa ener- gialiberadanumaexplos ao nuclear! Toda coisa que respira 15 Outra prova v ıvida do poder criativo de Jeov a eaabundancia de vida animal na Terra. Entre as muitas coisas que louvam a Jeov a, alistadas no Salmo 148, o vers ıculo 10 inclui feras e todos os animais dom esticos. Para mostrar por que o homem deve ter rever encia pelo Criador, Jeov afalou certa vez a J o a respeito de animais como o leao, a zebra, 13. Que evidencias do poder do Criador vemos na vegetac ao e no solo da Terra? 14. Que poder latente existe at e mesmo no min usculo atomo? 15. Ao referir-se a v arios animais selvagens, que lic ao Jeov aensinou aj o? 53

56 54 ACHEGUE-SE A JEOV A o touro selvagem, o beemote (ou hipop otamo) e o leviata (pelo visto, o crocodilo). Qual era o ponto em questao? Se o homem se admira dessas criaturas fortes, tem ıveis e indom aveis, como deveria se sentir com relac ao ao Criador delas? J o, cap ıtulos O Salmo 148:10 menciona tamb em aves aladas. Pense na enorme variedade! Jeov afalouaj odaavestruz,que ri do cavalo e do seu cavaleiro. (J o 39:13, 18) De fato, essa avede2,5metrosdealturatalvezn ao saiba voar, mas pode correr a 65 quilometros por hora, com passadas de at euns 4metros!(J o 39:13, 18) O albatroz, por sua vez, eumplanador nato que passa a maior parte da vida no ar, sobre os oceanos. Essa ave tem uns 3 metros de envergadura e pode planar por horas a fio sem bater as asas. Em contraste, o beija-flor-abelha, de apenas uns 5 cent ımetros de comprimento, e a menor ave do mundo. Ele pode bater as asas 80 vezes por segundo! Beija-flores, reluzentes como pequeninas gemas aladas, podem pairar no ar como helic opteros e at e voardemarchaar e. 17 O Salmo 148:7 diz que at e mesmo os monstros marinhos louvam a Jeov a. Considere o que em geral econsiderado o maior animal que j a viveu neste planeta, a ba- leia-azul. Esse monstro marinho pode chegar a mais de 30 metros de comprimento. Pode igualar-se ao peso de uma manada de 30 elefantes adultos. S oasual ıngua tem o peso de um elefante. O corac ao e do tamanho de um carro popular. Esse enorme org ao bate apenas 9 vezes por minuto em contraste com o corac ao do beija-flor, que pode bater umas vezes por minuto. Pelo menos um dos vasos sangu ı- neos da baleia-azul et ao grande que uma crianca poderia se arrastar por dentro dele. Com certeza, nosso corac ao nos 16. O que o impressiona a respeito de algumas aves criadas por Jeov a? 17. Qual e o tamanho da baleia-azul? A que conclusao natural devemos chegar ao meditar nos animais que Jeov acriou?

57 PODER CRIATIVO AQUELE QUE FEZ O C EU E A TERRA 55 Perguntas para Meditac ao Salmo 8:3-9 Como as criac oes de Jeov a podem ensinar-nos a ser humildes? Salmo 19:1-6 O que o poder criativo de Jeov a pode incitar-nos a fazer? Por que? Mateus 6:25-34 Como meditar no poder criativo de Jeov a pode ajudar-nosacombateraansiedadeeaestabelecerprioridadescorretas na vida? Atos 17:22-31 De que modo o uso do poder criativo de Jeov anos ensina que a idolatria eerradaequedeusn ao est a longe de n os? induz a repetir a exortac ao final do livro dos Salmos: Toda coisaquerespira louveelaajah. Salmo150:6. Aprendamos do poder criativo de Jeov a 18 O que nos ensina o uso do poder criativo de Jeov a? A diversidade da criac ao nos assombra. Certo salmista exclamou: Quantos sao os teus trabalhos, ojeov a!...aterra est a cheia das tuas produc oes. (Salmo 104:24) Everdade! Os bi ologos j a identificaram bem mais de um milhao de esp eciesdecoisasvivasnaterra;masasopini oes variam quantoaseototal ede10milh oes, 30 milhoes, ou mais. Um artista humano pode achar que as ` vezes esgota a sua criatividade. Em contraste, a criatividade de Jeov a seu poder de inventar e criar coisas diversificadas e obviamente inesgot avel. 19 OusoqueJeov a faz de seu poder criativo nos ensina algo a respeito de Sua soberania. A pr opria palavra Criador distingue Jeov a de qualquer outra coisa no Universo, onde tudo o que existe e cria cao. At e mesmo o Filho unigeni- to de Jeov a, que serviu como mestre de obras durante a 18, 19. At e que ponto chega a diversidade das coisas vivas feitas por Jeov anaterra,eoqueacria caonosensinaarespeitodesuasobera- nia?

58 ` 56 ACHEGUE-SE A JEOV A criac ao, jamais e chamado de Criador, ou de Cocriador, na B ıblia. (Prov erbios 8:30; Mateus 19:4) Em vez disso, ele e o primogenito de toda a criaçao. (Colossenses 1:15) A posic ao de Jeov a como Criador d a a ele o direito inerente de exercer exclusivo poder soberano sobre todo o Universo. Romanos 1:20; Revelac ao (Apocalipse) 4: Ser aquejeov a parou de usar seu poder criativo? Bem, ab ıblia diz que Jeov a passou a repousar no s etimo dia de toda a sua obra que fizera nos anteriores seis dias criativos. (Genesis 2:2) O ap ostolo Paulo indicou que a durac ao desse s etimo dia e de milhares de anos, pois ainda estava em curso nos seus dias. (Hebreus 4:3-6) Mas ser a que repousar significa que Jeov a parou totalmente de trabalhar? Nao, Jeov a nunca para de trabalhar. (Salmo 92:4; Joao 5:17) Portanto, seu repouso deve simplesmente significar que ele encerrou suas obras criativas materiais com relac ao aterra. ` As obras para cumprir os seus prop ositos, por em, tem continuado sem interrupc ao. Essas obras incluem a inspirac ao das Escrituras Sagradas e at e mesmo uma nova criac ao, assunto que ser a abordado no Cap ıtulo Cor ıntios 5: Quando o dia de repouso de Jeov a chegar ao fim, ele poder aclassificarde muitobom tudooquefezcomrela cao a Terra, assim como fez no fim de cada um dos seis dias criativos. (Genesis 1:31) Como ele vai decidir usar o seu ilimitado poder criativo depois disso, resta ver. Seja como for, podemos ter certeza de que o uso do poder criativo de Deus continuar a a nos fascinar. Por toda a eternidade, aprenderemosmaiscoisasarespeitodejeov a por meio de suas criacoes. (Eclesiastes 3:11) Quanto mais aprendermos sobre ele, mais profunda ser a a nossa rever encia e mais nos achegaremos ao nosso Grandioso Criador. 20. Em que sentido Jeov a repousou depois de terminar sua criac ao terrestre? 21. Como o poder criativo de Jeov aafetar aoshumanosfi eis por toda a eternidade?

59 C A P I T U L O 6 Poder de destruic ao Jeov a e pessoa varonil de guerra OS ISRAELITAS estavam encurralados espremidos entre rochedos ıngremes de um lado e um mar intranspon ıvel de outro. O ex ercito eg ıpcio, uma cruel m aquina de matanca, os perseguia a todo o vapor, decidido a aniquil a-los. Apesar disso, Mois es exortou o povo de Deus a nao perder a esperanca. O pr oprio Jeov alutar a por v os, garantiu-lhes. Exodo 14:14. 2 Mesmo assim, Mois es pelo visto invocou a Jeov a, que lhe respondeu: Por que persistes em clamar a mim? Ergue teu bastao e estende tua mao sobre o mar e parte-o. ( Exodo 14:15, 16) Imagine o desenrolar dos eventos. Jeov a imediatamente deu ordens ao seu anjo e, assim, a coluna de nuvem passou para a retaguarda de Israel, talvez se estendendo como uma parede e bloqueando a linha de ataque eg ıpcia. ( Exodo 14:19, 20; Salmo 105:39) Mois es estendeu a mao. Impelido por um vento forte, o mar se abriu. As aguas de alguma maneira ficaram est aticas e se ergueram como muralhas, abrindo uma passagem suficientemente largaparaana cao inteira! Exodo 14:21; 15:8. 3 Diante dessa prova de poder, Fara o deveria ter ordenado o recuo de suas tropas. Mas ele era orgulhoso demais para isso e mandou atacar. ( Exodo 14:23) Os eg ıpcios lancaram-se ao leito do mar atr as dos israelitas, mas a cacada Segundo o historiador judeu Josefo, os hebreus foram perseguidos por seiscentos carros de guerra, cinquenta mil cavaleiros e duzentos mil homens de infantaria bem armados. Antiguidades Judaicas, Volume 1, p (a) Que ameaca dos eg ıpcios os israelitas enfrentaram? (b) Como Jeov a lutou pelo seu povo?

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61 PODER DE DESTRUIC AO JEOV A E PESSOA VARONIL DE GUERRA 59 logo virou um caos, porque as rodas dos carros de guerra comecaram a se desprender. Quando os israelitas estavam seguros na outra margem, Jeov aordenouamois es: Estende tua mao sobre o mar, para que as aguas voltem sobre os eg ıpcios, sobre seus carros de guerra e seus cavalarianos. As muralhas de agua desabaram, afogando Fara oesuasfor- cas. Exodo 14:24-28; Salmo 136:15. 4 Asalva cao do povo de Israel no mar Vermelho foi um evento momentoso na hist oria dos tratos de Deus com a humanidade. Naquela ocasiao, Jeov a mostrou ser pessoa varonil de guerra. ( Exodo 15:3) Mas como reage ao saber que Jeov a as ` vezes e descrito dessa maneira? Na verdade, as guerras tem causado muitas dores e sofrimento para a humanidade. Acha, entao, que o poder de destruic ao de Deus parece mais um obst aculo do que um incentivo para se achegar a ele? Guerras divinas versus conflitos humanos 5 Quase trezentas vezes nas Escrituras Hebraicas, e duas vezes nas Escrituras Gregas Cristas, Deus e chamado de Jeov a dos ex ercitos. (1 Samuel 1:11) Como Governante Soberano, Jeov a comanda um vasto ex ercito de forcas ang elicas. ( Josu e 5:13-15; 1 Reis 22:19) O potencial de destruicao desse ex ercito e assombroso. (Isa ıas 37:36) A ideia de destruir seres humanos nao eagrad avel. Mas cabe lembrar queasguerrasdivinass ao diferentes dos mesquinhos conflitos humanos. L ıderes militares e pol ıticos talvez tentem 4. (a) O que Jeov a mostrou ser no mar Vermelho? (b) Como alguns talvez reajam ao saber que Jeov a e descrito dessa maneira? 5, 6. (a) Por que Deus e chamado apropriadamente de Jeov a dos ex ercitos? (b) Em que diferem as guerras divinas das guerras humanas? No mar Vermelho, Jeov a mostrou ser pessoa varonil de guerra

62 60 ACHEGUE-SE A JEOV A atribuir motivos nobres asuaagress ` ao. Mas as guerras humanas sao sempre marcadas pela ganancia e pelo ego ısmo. 6 Em contraste com isso, Jeov an ao se guia pela emoc ao cega. Deuteronomio 32:4 diz: A Rocha, perfeita easua atuac ao, pois todos os seus caminhos sao justica. Deus de fidelidade e sem injustica; justo e reto eele. APalavrade Deuscondenaaf uria, a crueldade e a violencia desenfreadas. (Genesis 49:7; Salmo 11:5) Portanto, Jeov a jamais age sem motivos. Seu poder de destruic ao e usado com moderac ao e como ultimo recurso. E como ele declarou por meio de seu profeta Ezequiel: Acaso me agrado de algum modo na morte do in ıquo, e a pronunciac ao do Soberano Senhor Jeov a, e nao em que ele recue dos seus caminhos erealmentecontinueaviver? Ezequiel18:23. 7 Por que, entao, Jeov a usa o poder de destruic ao? Antes de responder, conv em lembrar-nos de J o, um homem justo. Satan as duvidava de que J o na realidade de que qualquer ser humano se manteria ıntegro sob provacao. Jeov a aceitou o desafio, permitindo que Satan as testasse a integridade de J o. Em resultado disso, J o sofreu doencas, perda dos bens e dos filhos. ( J o 1:1 2:8) Sem saber das questoes envolvidas, J o concluiu erroneamente que seu sofrimento era uma punic ao injusta da parte de Deus. Ele perguntou a Deus por que fizera dele um alvo, um inimigo. J o 7:20; 13:24. 8 Um jovem chamado Eli uexp os a falha do racioc ınio de J o, dizendo: Disseste: Minha justica e maior do que adedeus. (J o 35:2) Sim, e insensato pensar que sabemos mais do que Deus, ou supor que ele tenha agido com injustica. Longe est a do verdadeiro Deus agir ele iniquamente, e do Todo-Poderoso agir injustamente, disse Eli u. 7, 8. (a) O que J o concluiu erroneamente a respeito de seus sofrimentos? (b) Como Eli u corrigiu o racioc ınio de J o nesse respeito? (c) Que lic ao podemos aprender daquilo que J o passou?

63 ` PODER DE DESTRUIC AO JEOV A E PESSOA VARONIL DE GUERRA Mais adiante, acrescentou: Quanto aotodo-poderoso, nao o descobrimos; ele e sublime em poder, e nao depreciar a [a retidao] e a abundancia da justica. ( J o 34:10; 36:22, 23; 37:23) Podemos ter certeza de que Deus, quando luta, tem bons motivos para faze-lo. Com isso em mente, analisemos algumas das razoes de o Deus de paz as ` vezes vestir o manto de guerreiro. 1 Cor ıntios 14:33. Por que o Deus de paz e impelido a lutar 9 Depois de louvar a Deus como pessoa varonil de guerra, Mois es declarou: Quem entre os deuses e semelhante a ti, ojeov a? Quem e semelhante a ti, mostrando-se poderoso em santidade? ( Exodo 15:11) O profeta Habacuque tamb em escreveu: Es de olhos puros demais para ver o que emau;en ao podes olhar para a desgraca. (Habacuque 1:13) Embora Jeov asejaumdeusdeamor,ele etamb em um Deus de santidade, de retidao e de justica. As vezes, tais qualidades o impelem a usar o seu poder de destruic ao. (Isa ıas 59:15-19; Lucas 18:7) Portanto, Deus nao macula a sua santidade quando luta. Na verdade, ele luta porque esanto. Exodo 39: Considere a situac ao que surgiu depois que o primeiro casal humano, Adao e Eva, se rebelou contra Deus. (Ge- nesis 3:1-6) Se tivesse tolerado a iniquidade deles, Jeov ateria minado sua posic ao como Soberano Universal. Como Deus justo, foi obrigado a conden a-los amorte.(romanos ` 6:23) Na primeira profecia b ıblica, ele predisse inimizade entre seus servos e os seguidores da serpente, Satan as. (Revelac ao [Apocalipse] 12:9; Genesis 3:15) Essa inimizade s o poderia ser definitivamente resolvida pelo esmagamento de Satan as. (Romanos 16:20) Mas executar esse 9. Por que o Deus de paz as ` vezes precisa lutar? 10. (a) Quando e como surgiu a necessidade de Deus travar guerra? (b) De que unica maneira poderia ser resolvida a inimizade predita em Genesis 3:15 e com que benef ıcios para os humanos justos? 61

64 62 ACHEGUE-SE A JEOV A julgamento resultaria em grandes ben c aos para os humanos justos, livrando a Terra da influencia de Satan as e abrindo o caminho para um para ıso global. (Mateus 19:28) At e chegar esse dia, os partid arios de Satan as constituiriam uma ameaca constante ao bem-estar f ısico e espiritual do povo de Deus. Vez por outra, Jeov a teria de intervir. Deus age para eliminar a perversidade 11 ODil uvio dos dias de No e e um exemplo dessa intervenc ao. Genesis 6:11, 12 diz: A terra veio a estar arruinada a ` vista do verdadeiro Deus, e a terra ficou cheia de violencia.deusviu,pois,aterraeeisqueestavaarruinada, porque toda a carne havia arruinado seu caminho na terra. Ser a que Deus permitiria que os perversos apagassem o ultimo vest ıgio de boa moral na Terra? Nao. Jeov a viu-se obrigado a provocar um dil uvio global para livrar a Terra das pessoas fortemente propensas aviol ` encia e a ` imoralidade. 12 Asitua cao era similar no caso da condena c ao divina dos cananeus. Jeov a havia revelado que Abraao teria um descendente, por meio do qual todas as fam ılias da Terra abencoariam a si mesmas. Em harmonia com esse prop o- sito, Deus decretou que a descendenciadeabra ao receberiaaterradecana a, que era habitada por um povo chamado de amorreus. Que justificativa Deus teria para expulsar essas pessoas de sua terra? Jeov apredissequea expulsao s o ocorreria depois de uns 400 anos s o depois de se completar o erro dos amorreus. (Genesis 12:1-3; 13:14, 15; 15:13, 16; 22:18) Nesse per ıodo, aquele povo se Ao que tudo indica, o termo amorreus aqui inclui todos os povos de Canaa. Deuteronomio 1:6-8, 19-21, 27; Josu e 24:15, Por que Deus se viu na obrigac ao de provocar um dil uvio global? 12. (a) O que Jeov a predissera a respeito do descendente de Abraao? (b) Por que os amorreus tinham de ser exterminados?

65 PODER DE DESTRUIC AO JEOV A E PESSOA VARONIL DE GUERRA afundou cada vez mais na corrupc ao moral. Canaatornou- se uma terra de idolatria, derramamento de sangue e pr ati- cas sexuais degradantes. ( Exodo 23:24; 34:12, 13; N umeros 33:52) Os habitantes do pa ıs at e mesmo matavam criancas em fogos sacrificiais. Poderia um Deus santo expor seu povo a tais perversidades? Nao! Ele declarou: A terra eimpura e eu trarei sobre ela punic ao pelo seu erro, e a terra vo- mitar a os seus habitantes. (Lev ıtico 18:21-25) Mas Jeov a nao executou as pessoas indiscriminadamente. Cananeus de ındole justa, como Raabe e os gibeonitas, foram poupados. Josu e 6:25; 9:3-27. Deus luta em favor de Seu nome 13 Visto que Jeov a e santo, seu nome tamb em e santo. (Lev ıtico 22:32) Jesus ensinou seus disc ıpulos a orar: Santificado seja o teu nome. (Mateus 6:9) A rebeliao no Eden profanou o nome de Deus, lancando d uvidas sobre Sua reputac ao e maneira de governar. Jeov a jamais poderia tolerar essa cal unia e rebeliao. Ele viu-se na obrigac ao de limpar seu nome de toda a desonra. Isa ıas 48: Considere, mais uma vez, o caso dos israelitas. Enquanto eram escravos no Egito, a promessa de Deus a Abraao de que por meio de seu Descendente todas as fam ılias da Terra abencoariam a si mesmas parecia sem sentido. Mas, ao libert a-los e fazer deles uma nac ao, Jeov a limpou seu nome. Assim, o profeta Daniel lembrou em oracao: OJeov a, nosso Deus,... fizeste teu povo sair da terra do Egito por maoforteepassasteafazerumnomeparati mesmo. Daniel 9: Curiosamente, Daniel fez essa orac ao numa epoca em queosjudeusprecisavamquejeov a agisse de novo pela 13, 14. (a) Por que Jeov a se viu na obrigac ao de santificar o seu nome? (b) Como Jeov a limpou seu nome? 15. Por que Jeov a libertou os judeus do cativeiro em Babilonia? 63

66 64 ACHEGUE-SE A JEOV A causa de Seu nome. Os judeus desobedientes estavam no cativeiro, dessa vez em Babilonia. A capital deles, Jerusal em, estava em ru ınas. Daniel sabia que a volta dos judeus para sua terra natal magnificaria o nome de Jeov a. De modo que orou: OJeov a, perdoa deveras. OJeov a, presta deveras atenc ao e age. Nao tardes, por tua pr opria causa, omeudeus,pois o teu pr oprio nome foi invocado sobre a tuacidadeesobreoteupovo. Daniel9:18,19. Deus luta pelo seu povo 16 Ser a que o interesse de Jeov a em defender o seu nome indica que ele efrioeegoc entrico? Nao, porque agindo de acordo com a sua santidade e seu amor ajusti ` ca, Deus protege o seu povo. Analise Genesis, cap ıtulo 14. Lemos ali que quatro reis invasores raptaram o sobrinho de Abraao, L o, junto com a fam ılia deste. Com a ajuda de Deus, Abraao impos uma derrota colossal a forcas imensamente superiores! O relato dessa vit oria provavelmente foi o primeiro registro no livro das Guerras de Jeov a, que pelo visto era um livro que documentava tamb em alguns embates militares nao registrados na B ıblia. (N umeros 21:14) Muitas outras vit orias se seguiriam. 17 Pouco antes de os israelitas entrarem na terra de Canaa, Mois es garantiu-lhes: Jeov a, vosso Deus, equemvaina vossa frente. Ele lutar a por v os segundo tudo o que fez convosconoegito. (Deuteron omio 1:30; 20:1) Comecando com o sucessor de Mois es, Josu e, e continuando por todo o per ıodo dos ju ızes e dos reinados de reis fi eis de Jud a, Jeov a realmente lutou pelo seu povo, dando-lhe muitas vit orias espetaculares sobre seus inimigos. Josu e 10:1-14; Ju ızes 4:12-17; 2 Samuel 5: Explique por que o interesse de Jeov a em defender o seu nome nao significa que ele seja frio e egocentrico. 17. Que indicac ao h adequejeov a lutou pelos israelitas depois de terem entrado na terra de Canaa? Deexemplos.

67 PODER DE DESTRUIC AO JEOV A E PESSOA VARONIL DE GUERRA 65 Perguntas para Meditac ao 2Reis6:8-17Como o papel de Deus como Jeov a dos ex ercitos pode nos encorajar em tempos de aflic ao? Ezequiel 33:10-20 Antes de usar seu poder de destruic ao, que oportunidade Jeov aestendemisericordiosamenteaosqueviolam suas leis? 2 Tessalonicenses 1:6-10 Que al ıvio a vindoura destrui c ao dos perversos trar aparaosservosfi eis de Deus? 2 Pedro 2:4-13 OquelevaJeov a a exercer seu poder de destruicao e isso d aqueli cao para toda a humanidade? 18 Jeov an ao mudou; tampouco mudou o seu prop osito de fazer deste planeta um pac ıfico para ıso. (Genesis 1:27, 28) Deus ainda odeia a perversidade. Ao mesmo tempo, ele ama ternamente o seu povo e agir a em breve em favor dele. (Salmo 11:7) De fato, a inimizade mencionada em Genesis 3:15 deve chegar a um ponto dram atico e violento no futuro pr oximo. Para santificar seu nome e proteger seu povo, Jeov adenovosetornar a uma pessoa varonil de guerra! Zacarias 14:3; Revelac ao 16:14, Veja uma ilustrac ao: suponha que uma maeeseusfi- lhos estivessem sendo atacados por um animal feroz e que o pai entrasse na luta e matasse o violento animal. Acha que esse ato afastaria dele a esposa e os filhos? Ao contr ario, seria de se esperar que eles se comovessem com o amor abnegado do pai. De modo similar, nao devemos nos afastar de Deus por ele usar seu poder de destruic ao. Sua 18. (a) Por que podemos ser gratos de que Jeov an ao mudou? (b) O que acontecer a quando a inimizade mencionada em Genesis 3:15 chegar ao cl ımax? 19. (a) Ilustre por que o uso do poder de destruic ao de Deus pode nos achegar a ele. (b) Que efeito deve ter sobre n os a disposic ao de Deus de lutar?

68 66 ACHEGUE-SE A JEOV A disposic ao de lutar para nos proteger deve aumentar nosso amor a ele. E deve aprofundar nosso respeito pelo seu poder ilimitado. Assim, podemos prestar a Deus servico sagrado com temor piedoso e espanto reverente. Hebreus 12:28. Achegue-se a ` pessoa varonil de guerra 20 Naturalmente, a B ıblia nao explica em cada caso todos os detalhes das decisoes de Jeov a a respeito de guerras divinas. Mas de uma coisa podemos estar certos: Jeov a jamais usa o poder de destruic ao de modo injusto, leviano ou cruel. Muitas vezes, considerar o contexto de um relato b ı- blico, ou certas informac oes de fundo, nos ajuda a colocar as coisas na perspectiva correta. (Prov erbios 18:13) Mesmo se nao tivermos todos os detalhes, simplesmente aprender mais sobre Jeov a e meditar nas suas preciosas qualidades pode nos ajudar a dirimir qualquer d uvida que surja. Se fizermos isso, veremos que temos amplos motivos para confiar em nosso Deus, Jeov a. J o 34: Embora Jeov a seja uma pessoa varonil de guerra quando a situac ao exige, isso nao significa que ele tenha um corac ao de guerreiro. Na visao que Ezequiel teve do carro celestial, Jeov a e retratado como estando pronto para lutar contra seus inimigos. No entanto, Ezequiel viu Deus rodeado de um arco- ıris um s ımbolo da paz. (Genesis 9:13; Ezequiel 1:28; Revelac ao 4:3) Obviamente, Jeov a e sereno e pac ıfico. Deus eamor,escreveuoap ostolo Joao. (1 Joao 4:8) Todas as qualidades de Jeov a existem em perfeito equil ıbrio. Portanto, como e grande o nosso privil egio de podermos nos achegar a um Deus de tamanho poder, por em amoroso! 20. Ao ler relatos b ıblicos de guerras divinas que talvez nao entendamos plenamente, como devemos reagir? Por que? 21. Embora as ` vezes seja pessoa varonil de guerra, o que Jeov a eno corac ao?

69 ` C A P I T U L O 7 Poder protetor Deus e para n os um ref ugio OS ISRAELITAS corriam perigo ao entrar na regiao do Sinai, no in ıcio de 1513 AEC. Tinham afrenteumajornada assustadora, por um enorme e perigoso deserto, cheio ` de cobras venenosas e escorpioes. (Deuteronomio 8:15, B ıblia na Linguagem de Hoje) Havia tamb em a ameaca de ataque de nac oes hostis. Jeov a havia levado seu povo a essa situac ao. Como Deus deles, poderia protege-los? 2 As palavras de Jeov a eram muito animadoras: V os mesmos vistes o que fiz aos eg ıpcios, para vos carregar sobre asas de aguias e vos trazer a mim. ( Exodo 19:4) Jeov alembrou ao seu povo que ele os havia libertado dos eg ıpcios, usando aguias, por assim dizer, para lev a-los a ` seguranca. Mas h a outros motivos pelos quais asas de aguias ilustram bem a protec ao divina. 3 A aguia nao usa suas asas largas e fortes apenas para planar nas alturas. No calor do dia, a mae aguia arqueia as asas que podem se estender at e dois metros formando uma sombra que protege os filhotinhos do sol escaldante. Outras vezes, ela encobre os filhotes com as asas para proteg e-los do vento frio. Assim como a aguia os protege, Jeov a havia defendido e protegido a jovem nac ao de Israel. Entao no deserto, seu povo continuaria a se refugiar a sombra de Suas asas poderosas, desde que permanecesse fiel. (Deuteron omio 32:9-11; Salmo 36:7) Mas, e n os hoje, podemos contar com a protec ao de Deus? 1, 2. Que perigo os israelitas corriam ao entrar na regiao do Sinai em 1513 AEC, e que encorajamento Jeov alhesdeu? 3. Por que asas de aguias ilustram bem a protec ao divina?

70 68 ACHEGUE-SE A JEOV A A promessa de protec ao divina 4 Jeov acertamente e capaz de proteger seus servos. Ele e o Deus Todo-Poderoso um t ıtulo que indica que seu poder einsuper avel. (Genesis 17:1) Como uma indom a- vel onda do mar, e imposs ıvel impedir o poder aplicado de Jeov a. Visto que Ele pode fazer tudo o que dita a sua vontade, nos perguntamos: E da vontade de Jeov a usar seu poder para proteger seu povo? 5 A resposta e bem simples: sim! Jeov anosgaranteque proteger aseupovo. Deus eparan os ref ugio e forca, uma ajuda encontrada prontamente durante aflic oes, diz o Salmo 46:1. Visto que Deus nao pode mentir, podemos ter confianca absoluta na sua promessa de prote c ao. (Tito 1:2) Vejamosalgunsv ıvidos exemplos da linguagem figurada que Jeov a usa para descrever seus cuidados protetores. 6 Jeov a eumpastor,en os somos seu povo e ovelhas do seu pasto. (Salmo 23:1; 100:3) Poucos animais sao tao indefesos como a ovelha dom estica. O pastor dos tempos b ıblicos tinha de ser corajoso para proteger as ovelhas contra leoes, lobos e ursos, bem como contra ladroes. (1 Samuel 17:34, 35; Joao 10:12, 13) Mas havia momentos em que proteger as ovelhas exigia ternura. Se uma delas desse ` a luz longe do curral, o prestimoso pastor acudiria o animal nesses momentos dif ıceis, apanharia o filhote indefeso e o levaria at eocurral. 7 Comparando-se a um pastor, Jeov anosgaranteseudesejo sincero de nos proteger. (Ezequiel 34:11-16) Lembre-se 4, 5. Por que podemos ter confianca absoluta na promessa de protecao divina? 6, 7. (a) Que protec ao o pastor nos tempos b ıblicos dava as ` ovelhas? (b) Como a B ıblia ilustra o desejo sincero de Jeov adeprotegersuas ovelhas e zelar por elas? Ele os carregar a ao colo

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72 ` 70 ACHEGUE-SE A JEOV A doquesedizsobrejeov aemisa ıas 40:11, considerado no Cap ıtulo 2 deste livro: Qual pastor ele pastorear aasua pr opria grei. Com o seu braco reunir a os cordeiros; e os carregar a ao colo. Como equeumcordeirinhoviriaaestar no colo do pastor nas dobras na parte superior de sua roupa? Ele talvez se aproximasse do pastor, at emesmotocando de leve nas suas pernas. Mas e o pastor que preci- saria se abaixar, pegar o cordeirinho e delicadamente acomod a-lo na seguranca do colo. Que terna representac ao da disposic ao de nosso Grandioso Pastor de nos defender e proteger! 8 A promessa de protec ao divina e condicional s oarecebe quem se achega a Jeov a. Prov erbios 18:10 diz: O nome de Jeov a e uma torre forte. O justo corre para dentro dela e recebe prote c ao. Nos tempos b ıblicos, as vezes se constru ıam torres nos lugares desabitados como locais de ref u- gio. Mas cabia a quem estivesse em perigo fugir at eatorre em busca de seguranca. E similar no caso de encontrar ref ugio no nome de Deus. Isso envolve mais do que apenas repeti-lo; o nome divino em si nao e um talisma. Em vez disso, temos de conhecer o Portador desse nome, confiar Nele e viver de acordo com os seus padroes justos. Quanta bondade da parte de Jeov aemnosgarantirque,seobuscarmos com f e, ele se tornar aumatorredeprote cao para n os! Nosso Deus poder asalvar-nos 9 Jeov a tem feito mais do que apenas prometer protec ao. Nos tempos b ıblicos, ele mostrou de maneiras milagrosas que pode proteger seu povo. Durante a hist oria de Israel, a 8. (a) A quem se estende a promessa divina de protec ao, e como Prov erbios 18:10 indica isso? (b) O que est a envolvido em encontrar ref ugio no nome de Deus? 9. De que modo Jeov a tem feito mais do que apenas prometer protecao?

73 PODER PROTETOR DEUS EPARAN OS UM REF UGIO mao dejeov a muitas vezes reprimiu inimigos poderosos. ( Exodo 7:4) Mas Jeov atamb em usou seu poder protetor em favor de indiv ıduos. 10 Quando tres jovens hebreus Sadraque, Mesaque e Abednego se recusaram a curvar-se perante a imagem de ouro do Rei Nabucodonosor, o rei furioso ameacou lanc a-los numa fornalha superaquecida. Quem e esse deus que vos pode salvar das minhas maos?, zombou Nabucodonosor, o monarca mais poderoso da Terra. (Daniel 3:15) Os tres rapazes tinham confianca absoluta no poder de seu Deus para os proteger, mas nao pressupunham que ele faria isso. Assim, responderam: Se for preciso, nosso Deus, a quem servimos, poder asalvar-nos. (Daniel3:17) Ora, aquela fornalha, mesmo que aquecida sete vezes mais do que o normal, nao representava nenhum desafio para o Deus todo-poderoso. Ele realmente protegeu os tres hebreus, e o rei foi obrigado a reconhecer: Nao h aoutro deus que possa livrar assim como este. Daniel 3: Jeov afeztamb em uma demonstrac ao realmente not a- vel de seu poder protetor ao transferir a vida de seu Filho unigenito para o ventre da virgem judia Maria. Um anjo disseamariaqueela conceberianasuamadreedariaaluz ` um filho. O anjo explicou: Esp ırito santo vir a sobre ti e poder do Alt ıssimo te encobrir a. (Lucas 1:31, 35) Pelo visto,ofilhodedeusnuncahaviaestadot ao vulner avel. Ser a queopecadoeaimperfei cao da mae humana maculariam oembri ao? Satan as seria capaz de ferir ou matar esse Filho antes que nascesse? Imposs ıvel! Na verdade, a partir do momento da concepc ao, Jeov a como que cercou Maria de uma muralha protetora, de modo que nada imperfeic ao, forca prejudicial, assassino humano ou algum demonio poderia prejudicar o desenvolvimento do embriao. Jeov a 10, 11. Que exemplos b ıblicos mostram como Jeov a usou seu poder protetor em favor de indiv ıduos? 71

74 72 ACHEGUE-SE A JEOV A continuou a proteger Jesus durante sua juventude. (Mateus 2:1-15) At e que chegasse o tempo marcado por Deus, seu amado Filho seria inatac avel. 12 Por que Jeov a protegeu algumas pessoas de tais maneiras milagrosas? Em muitos casos, ele fez isso a fim de proteger algo muito mais importante: a realizac ao de Seu prop osito. Por exemplo, a sobrevivencia do menino Jesus era essencial para o cumprimento do prop osito de Deus, que, por fim, beneficiaria toda a humanidade. O registro das muitas demonstrac oes de poder protetor faz parte das Escrituras inspiradas, escritas para a nossa instruc ao, para que, por interm edio da nossa perseveranca e por interm e- dio do consolo das Escrituras, [tenhamos] esperanca. (Romanos 15:4) Sem d uvida, esses exemplos fortalecem nossa f e no Deus todo-poderoso. Mas que protec ao podemos esperar de Deus hoje? Quetipodeprote cao divina nao se pode esperar 13 A promessa de protec ao divina nao significa que Jeov a seja obrigado a fazer milagres em nosso favor. Nao, nosso Deus nao nos garante uma vida sem problemas neste velho sistema. Muitos servos fi eis de Jeov a sofrem severas adversidades, incluindo pobreza, guerras, doencas e morte. Jesus disse claramente a seus disc ıpulos que, como indiv ıduos, poderiam ser mortos por causa de sua f e. E por isso que Jesus frisou a necessidade de perseverar at e o fim. (Mateus 24:9, 13) Se Jeov a usasse seu poder de efetuar libertac oes milagrosas em todos os casos, poderia dar margem para Satan as zombar dele e questionar a genuinidade de nossa devoc ao a Deus. J o1:9, Por que Jeov a protegeu milagrosamente algumas pessoas nos tempos b ıblicos? 13. Jeov a e obrigado a realizar milagres em nosso favor? Explique.

75 PODER PROTETOR DEUS EPARAN OS UM REF UGIO 14 Mesmo nos tempos b ıblicos, Jeov an ao usou seu poder protetor para poupar da morte prematura cada um de seus servos. Por exemplo, o ap ostolo Tiago foi executado por Herodes, por volta de 44 EC; no entanto, pouco tempo depois, Pedro foi livrado da mao de Herodes. (Atos 12:1-11) EJo ao, irmao de Tiago, viveu mais do que Pedro e Tiago. Obviamente, nao podemos esperar que Deus proteja todos os seus servos de maneiras identicas. Al em disso, o tempo e o imprevisto sobrevem a todos n os. (Eclesiastes 9:11) Como, entao, Jeov a nos protege hoje em dia? Jeov ad aprote cao f ısica 15 Considere, primeiro, o aspecto da prote c ao f ısica. N os, adoradores de Jeov a, podemos ter certeza de que ele nos proteger a como grupo. Do contr ario, ser ıamos presa f a- cil de Satan as. Pense nisso: Satan as, o governante deste mundo, teria o maior prazer em eliminar a adorac ao verdadeira. ( Joao 12:31; Revelac ao [Apocalipse] 12:17) Alguns dos mais poderosos governantes da Terra proibiram nossa obra de pregac ao e tentaram nos exterminar. No entanto, opovodejeov a permanece firme e continua a pregar sem cessar! Por que nac oes poderosas nao conseguiram parar a atividade desse grupo de cristaos relativamente pequeno e aparentemente indefeso? Porque Jeov a, de modo simb olico, nos protege com suas poderosas asas! Salmo 17:7, Podemos esperar ter prote c ao f ısica durante a vindoura grande tribulac ao? Nao precisamos temer a execuc ao dos julgamentos de Deus. Afinal, Jeov asabelivrardaprovac ao os de devoc ao piedosa, mas reservar os injustos para o dia do julgamento, para serem decepados. (Revelac ao 14. Que exemplos mostram que Jeov a nem sempre protege todos os seus servos de maneiras identicas? 15, 16. (a) Qual eaevid encia de que Jeov ad aprote cao f ısica para seus adoradores como grupo? (b) Por que podemos confiar que Jeov a proteger aseusservosagoraedurantea grandetribula cao? 73

76 74 ACHEGUE-SE A JEOV A 7:14; 2 Pedro 2:9) Nesse meio-tempo, podemos sempre estar certos de duas coisas. Primeiro, Jeov a jamais permitir a que seus servos leais sejam varridos da Terra. Segundo, ele recompensar aos ıntegros com vida eterna no seu novo mundo justo se necess ario, por meio da ressurreicao. Para os que morrem, nao existe lugar mais seguro do que estar na mem oria de Deus. Joao 5:28, Mesmo agora, Jeov a nos protege por meio de sua palavra viva, cuja forca motiva as pessoas, curando seu corac ao e ajudando-as a mudar de vida. (Hebreus 4:12) Pela aplicac ao de seus princ ıpios podemos, em certos sentidos, ser protegidos contra danos f ısicos. Eu, Jeov a, te ensino a tirar proveito, diz Isa ıas 48:17. Sem d uvida, viver em harmonia com a Palavra de Deus pode melhorar nossa sa u- de e prolongar a vida. Por exemplo, se aplicarmos o conselho b ıblico de evitar a fornicac ao e nos purificar de toda a imund ıcie, evitaremos pr aticas impuras e h abitos nocivos quecausamestragosnavidademuitosquen ao temem a Deus. (Atos 15:29; 2 Cor ıntios 7:1) Como somos gratos pela protec aodapalavradedeus! Jeov a nos protege espiritualmente 18 O mais importante equejeov anosd aprote cao espiritual. Nosso Deus amoroso nos protege contra o dano espiritual, fornecendo-nos o que precisamos para suportar provac oes e preservar nossa relac ao com ele. Desse modo, Jeov a age para preservar nossa vida, nao apenas por alguns anos, mas pela eternidade. Considere algumas das provisoes de Deus que podem proteger-nos espiritualmente. 19 Jeov a e o Ouvinte de orac ao. (Salmo 65:2) Quando as 17. Como Jeov a nos protege por meio de sua Palavra? 18. Que protec ao espiritual Jeov anosd a? 19. Comooesp ırito de Jeov a pode nos ajudar a enfrentar qualquer provac ao?

77 PODER PROTETOR DEUS EPARAN OS UM REF UGIO 75 Perguntas para Meditac ao Salmo 23:1-6 Como Grandioso Pastor, de que maneira Jeov a protege e cuida de seu povo compar avel a ovelhas? Salmo 91:1-16 Como Jeov anosprotegecontraacalamidadeespiritual, e o que temos de fazer para recebermos a sua protec ao? Daniel 6:16-22, Que demonstra c ao de seu poder protetor Jeov a fez a um rei do passado? O que podemos aprender desse exemplo? Mateus 10:16-22, Que oposic ao podemos esperar, mas por que nao devemos temer os opositores? pressoes da vida parecerem esmagadoras, abrir nosso corac ao a ele pode nos dar muito al ıvio. (Filipenses 4:6, 7) Jeov atalvezn ao acabe milagrosamente com as provac oes, mas, em resposta a nossas orac oes sinceras, ele pode nos dar a sabedoria para lidar com elas. (Tiago 1:5, 6) Mais do que isso, Jeov ad aesp ırito santo aos que lhe pedem. (Lucas 11:13) Esse poderoso esp ırito nos ajuda a enfrentar qualquer prova c ao ou problema que tenhamos. Pode dar-nos poder al em do normal para suportarmos todos os problemas dolorosos at equejeov aosremovanonovomundo tao pr oximo. 2 Cor ıntios ` 4:7. 20 As vezes, o poder protetor de Jeov a e expresso por meio de nossos irmaos cristaos. Jeov a reuniu seu povo numa associac ao de irmaos mundial. (1 Pedro 2:17; Joao 6:44) O amor que caracteriza essa fraternidade eumtestemunho vivo do poder do esp ırito santo de Deus de influen- ciar pessoas para o bem. Esse esp ırito produz frutos em n os belas e preciosas qualidades, como o amor, a benignidade e a bondade. (G alatas 5:22, 23) Assim, quando estamos 20. Como o poder protetor de Jeov a e expresso por meio de nossos irmaos cristaos?

78 76 ACHEGUE-SE A JEOV A angustiados e um concrente se sente movido a nos dar conselhos uteis, ou a expressar palavras de encorajamento muito necess arias, podemos agradecer a Jeov a por tais express oes de Seu cuidado protetor. 21 Jeov anosd a algo mais para nos proteger: alimento espiritual oportuno. Para nos ajudar a derivar forca de sua Palavra, Jeov a encarregou o escravo fiel e discreto de distribuir alimento espiritual. Esse escravo fiel usa publicacoes, como as revistas ASentinelae Despertai!, bem como reunioes, assembleias e congressos, para nos fornecer alimento no tempo apropriado o que necessitamos e quando o necessitamos. (Mateus 24:45) J a ouviu alguma vez numa reuni ao crista num coment ario, num discurso, ou mesmo numa orac ao algo que lhe deu exatamenteafor ca e o encorajamento de que precisava? J a lhe aconteceudeumartigoespec ıfico de nossas revistas lhe tocar profundamente? Lembre-se, Jeov a faz todas essas provisoes para nos proteger espiritualmente. 22 Jeov a e certamente um escudo para todos os que se refugiam nele. (Salmo 18:30) Entendemos que ele nao usa seu poder protetor para nos defender de toda calamidade agora. Mas ele sempre o usa para garantir a realizac ao de seu prop osito. A longo prazo, isso resulta nos melhores interesses de seu povo. Se nos achegarmos a ele e permanecermos no seu amor, Jeov a nos dar a uma eternidade de vida perfeita. Com essa perspectiva em mente, podemos de fato encarar qualquer sofrimento neste sistema como momentaneo e leve. 2 Cor ıntios 4: (a) Que alimento espiritual oportuno Jeov a fornece por meio do escravo fiel e discreto? (b) Que benef ıcios vocej a derivou das provisoes de Jeov aparanossaprote cao espiritual? 22. De que maneiras Jeov a sempre usa seu poder? Por que isso enos nossos melhores interesses?

79 C A P I T U L O 8 Poder de restaurac ao Jeov a faz novas todas as coisas J AVIUumacrian ca chorar de tristeza por ter perdido ou quebrado seu brinquedo preferido? Edepartirocora cao! Mas quando o pai ou a mae encontra o brinquedo ou o conserta, o rosto da crianca se ilumina com um sorriso! Para os pais, talvez tenha sido uma tarefa simples. Mas a crianca fica muito contente e admirada. O que parecia perdido para sempre foi recuperado! 2 Jeov a, o Pai supremo, tem o poder de recuperar, ou restaurar, o que seus filhos terrestres talvez encarem como perda irremedi avel. Naturalmente, nao estamos falando de meros brinquedos. Nestes tempos cr ıticos, dif ıceis de manejar, enfrentamos perdas muito mais s erias. (2 Tim oteo 3:1-5) Muitas das coisas que as pessoas tem em alta estima parecem estar sempre em perigo a casa, os bens, o emprego, at emesmo asa ude. Tamb em nos entristece ver a destruic ao do meio ambienteeaextin cao de muitas esp ecies de coisas vivas. No entanto, nada nos atinge mais duramente do que a morte de uma pessoa amada. Os sentimentos de perda e de impot encia podem ser esmagadores. 2 Samuel 18:33. 3 Portanto, como e consolador aprender a respeito do poder de restaurac ao de Jeov a! Conforme veremos, o n umero de coisas que Deus pode e vai restaurar para seus filhos terrestres e espantosamente grande. De fato, a B ıblia mostra que Jeov a deseja o restabelecimento de todas as coisas. (Atos 3:21) Para isso, ele usar a o Reino messianico, governado por seu Filho, Jesus Cristo. As evidencias mostram que esse Reino 1, 2. Que perdas afligem a fam ılia humana hoje, e como nos afetam? 3. Que perspectiva consoladora apresenta Atos 3:21, e que meios Jeov ausar aparaisso?

80 78 ACHEGUE-SE A JEOV A comecou a governar em (Mateus 24:3-14) O que ser a restabelecido, ou restaurado? Vejamos alguns dos grandiosos atos de restaurac ao de Jeov a. Um desses j a podemos ver e sentir. Outros ocorrerao em larga escala no futuro. Arestaura cao da adorac ao pura 4 Uma das coisas j a restauradas por Jeov a eaadora cao pura. Para entendermos o que isso significa, examinemos brevemente a Hist oria do reino de Jud a. Isso nos dar aumaemocionante visao do poder de restaurac ao de Jeov aema cao. Ro- manos 15:4. 5 Tente imaginar como os judeus fi eis se sentiram em 607 AEC, quando Jerusal em foi destru ıda. A amada cidade deles foi arruinada, suas muralhas foram derrubadas. Pior ainda, o glorioso templo constru ıdo por Salomao, que era o unico centro da adorac ao pura de Jeov a na Terra, ficou em ru ınas. (Salmo 79:1) Os sobreviventes foram exilados para Babilonia, e a terra natal deles virou um desolado ref ugio de animais selvagens. ( Jeremias 9:11) Do ponto de vista humano, tudo parecia perdido. (Salmo 137:1) Mas Jeov a, que muito antes havia predito essa destruic ao, apresentou a esperanca de um futuro per ıodo de restaurac ao. 6 Realmente, a restaurac ao era um tema recorrente nos es- Os tempos do restabelecimento de todas as coisas comeca- ram quando o Reino messianico foi estabelecido, tendo no trono um herdeiro do fiel Rei Davi. Jeov a havia prometido a Davi que um herdeiro seu seria rei para sempre. (Salmo 89:35-37) Mas, depois que Babilonia destruiu Jerusal em, em 607 AEC, nenhum descendente humano de Davi ocupou o trono de Deus. Ap os algum tempo, Jesus nasceu na Terra como herdeiro de Davi. Quando foi entronizado no c eu, Jesus tornou-se aquele Rei h a muito prometido. 4, 5. O que aconteceu com o povo de Deus em 607 AEC, e que esperanca Jeov alhesdeu? 6-8. (a) Que tema recorrente se encontra nos escritos dos profetas hebreus, e que cumprimento inicial tiveram essas profecias? (b) Nos tempos modernos, como se cumpriram no povo de Deus muitas profecias de restaurac ao?

81 PODER DE RESTAURAC AO JEOV A FAZNOVASTODASASCOISAS critos dos profetas hebreus. Por meio deles, Jeov aprometera uma terra restaurada e repovoada, f ertil, protegida con- tra animais selvagens e ataques de inimigos. Sua descric ao da terra restaurada era de um autentico para ıso! (Isa ıas 65:25; Ezequiel 34:25; 36:35) Acima de tudo, a adorac ao pura seria restabelecida e o templo, reconstru ıdo. (Miqueias 4:1-5) Essas profecias deram esperanca para os judeus exilados, ajudando-os a suportar o cativeiro de 70 anos em Babilonia. 7 Finalmente, chegara o tempo de restaurac ao. Libertados de Babilonia, os judeus retornaram para Jerusal em e reconstru ıram o templo de Jeov a ali. (Esdras 1:1, 2) Enquanto praticavam a adorac ao pura, Jeov aosaben coava e fazia com que a terra deles fosse f ertil e pr ospera. Ele os protegia contra inimigos e os animais selvagens que, por d ecadas, haviam ocupado a terra. Quanta alegria deve ter-lhes dado o poder de restaurac ao de Jeov a! Mas esses acontecimentos eram apenas um cumprimento inicial e limitado das profecias de restaurac ao. Viria um cumprimento maior na parte final dos dias, nos nossos tempos, quando o Herdeiro do Rei Davi, h a muito prometido, estaria entronizado. Isa ıas 2:2-4; 9:6, 7. 8 Pouco depois de ter sido entronizado no Reino celestial em 1914, Jesus passou a suprir as necessidades espirituais do povo fiel de Deus na Terra. Assim como o conquistador persa Ciro libertou um restante de judeus de Babilonia em 537 AEC, Jesus libertou um restante de judeus espirituais seguidores de suas pisadas da influencia de uma Babilonia moderna, o imp erio mundial da religiao falsa. (Romanos 2:29; Revelac ao [Apocalipse] 18:1-5) De 1919 em diante, a adorac ao pura voltou a ocupar o lugar correto na vida dos cristaos genu ınos. (Malaquias 3:1-5) Desde entao, o povo de Jeov a o adora no Seu templo espiritual purificado Seu sistema de adorac ao pura. Por que isso eimportanteparan os hoje? Por exemplo, Mois es, Isa ıas, Jeremias, Ezequiel, Oseias, Joel, Am os, Obadias, Miqueias e Sofonias abordaram esse tema. 79

82 80 ACHEGUE-SE A JEOV A Restaurac ao espiritual Porque eimportante? 9 Analise a Hist oria. Os cristaos no primeiro s eculo tiveram muitas ben c aos espirituais. Mas Jesus e os ap ostolos predisseramqueaadora cao verdadeira seria corrompida e desapareceria. (Mateus 13:24-30; Atos 20:29, 30) Depois da era apost o- lica, surgiu a cristandade. Seu clero adotou ensinos e pr aticas pagas. Al em disso, tornou praticamente imposs ıvel achegarse a Deus, retratando-o como uma incompreens ıvel Trindade, ensinando o povo a confessar pecados a sacerdotes e a orar a Maria e a v arios santos, em vez de a Jeov a. Essa falsidade persistiu por muitos s eculos, mas o que Jeov a fez entao? No meio do mundo atual abarrotado de mentiras religiosas e polu ıdo por pr aticas pecaminosas, ele interveio e restaurou a adorac ao pura! Pode-se dizer, sem exagero, que essa restaurac ao e um dos acontecimentos mais importantes dos tempos modernos. 10 Por isso, os cristaos verdadeiros na atualidade desfrutam um para ıso espiritual. O que esse para ısoabrange?primariamente, dois aspectos. O primeiro eaadora cao pura do Deus verdadeiro, Jeov a. Ele nos abencoou com uma forma de adorac ao sem mentiras e distorc oes. E tamb em nos abencoou com alimento espiritual. Assim, podemos aprender a respeito de nosso Pai celestial, agrad a-lo e nos achegar a ele. ( Joao 4:24) O segundo aspecto do para ıso espiritual envolve pessoas. Conforme Isa ıas predisse, na parte final dos dias Jeov a ensina seus adoradores a serem pac ıficos. Ele aboliu a guerra entre n os. Apesar de nossas imperfeic oes,elenosajudaadesenvolver a nova personalidade. Abencoa nossos esforcos dando-nos seu esp ırito santo, que produz excelentes qualida- 9. Depois da era apost olica, como as religioes da cristandade deturparam a adorac ao divina, mas o que Jeov a fez em nossos dias? 10, 11. (a) O para ıso espiritual abrange que dois aspectos e como isso oafeta?(b)quetipodepessoasjeov a tem trazido ao para ıso espiritual, e o que elas teraooprivil egio de presenciar?

83 PODER DE RESTAURAC AO JEOV A FAZNOVASTODASASCOISAS des em n os. (Ef esios 4:22-24; G alatas 5:22, 23) Se voceageem harmonia com o esp ırito de Deus, realmente faz parte do para ıso espiritual. 11 Jeov a tem trazido a esse para ıso espiritual o tipo de pessoas que ele ama pessoas que o amam, que amam a paz eest ao conscias de sua necessidade espiritual. (Mateus 5:3) Elas teraooprivil egio de presenciar uma restaurac ao ainda mais espetacular da humanidade e da Terra inteira. Eis que faco novas todas as coisas 12 Muitas das profecias de restaurac ao se referem a mais do que apenas uma restaurac ao espiritual. Isa ıas, por exemplo, escreveu a respeito de um tempo em que doentes, deficientes f ısicos, cegos e surdos seriam curados e at emesmoa morte seria eliminada para sempre. (Isa ıas 25:8; 35:1-7) Tais promessas nao se cumpriram literalmente no Israel antigo. E, embora elas se cumpram em nossos dias em sentido espiritual, h a todos os motivos para crer que, no futuro, haver a um cumprimento literal em plena escala. Como sabemos disso? 13 L ano Eden, Jeov a deixou claro qual era seu prop osito para a Terra: ser habitada por uma fam ılia humana feliz, sadia e unida. O homem e a mulher cuidariam deste planeta e de todas as suas criaturas, transformando todo ele num para ıso. (Genesis 1:28) Isso e bem diferente de como as coisas sao hoje em dia. Mas voce pode estar certo disto: os prop o- sitos de Jeov a nunca falham. (Isa ıas 55:10, 11) Jesus, como Rei messianico designado por Jeov a, tornar a realidade esse Para ıso global. Lucas 23: Imagine ver a Terra inteira ser transformada num 12, 13. (a) Por que as profecias de restaurac ao ainda terao de ter outro cumprimento? (b) Qual e o prop osito de Jeov aparaaterra, conforme declarado no Eden, e por que isso nos d a esperanca? 14, 15. (a) Como Jeov afar a novas todas as coisas? (b) Como ser a avidanopara ıso, e que aspecto mais o atrai? 81

84 82 ACHEGUE-SE A JEOV A Para ıso! Jeov a diz a respeito daquele tempo: Eis que faco novas todas as coisas. (Revelac ao 21:5) Pense no que isso significar a. Depois de Jeov a ter usado seu poder de destruicao contra este perverso velho sistema, existir ao novos c eus e uma nova terra. Isso significa que um novo governo reger adoc eu uma nova sociedade terrestre composta de pessoas que amam a Jeov a e fazem a Sua vontade. (2 Pedro 3:13) Satan as e seus demonios estarao fora de ac ao. (Revelac ao 20:3) Pela primeira vez em milhares de anos, a humanidade ficar a livre dessa influencia corrompedora, odiosa e prejudicial. Que sensac ao de al ıvio! 15 Finalmente, poderemos cuidar deste belo planeta como deveria ter sido desde o princ ıpio. A Terra tem capacidades naturais de recuperac ao. Lagos e rios polu ıdos limparao a si mesmos se a fonte da poluic ao for eliminada; paisagens danificadas pela guerra podem se recuperar, se os conflitos cessarem. Que prazer ser a trabalhar em harmonia com as leis naturais da Terra, ajudando a transform a-la num parque ajardinado, um Eden global de infinita variedade! Em vez de levianamente exterminar esp ecies animais e vegetais, o homem estar aempazcomtodaacria cao na Terra. Nem mesmo as criancas terao qualquer temor dos animais selvagens. Isa ıas 9:6, 7; 11: Teremos uma restaurac ao tamb em em n ıvel pessoal. Ap os o Armagedom, os sobreviventes presenciarao curas milagrosas em escala global. Como fez quando esteve na Terra, Jesus usar a o poder divino para restaurar a visao aos cegos, a audic ao aos surdos e corpos sadios e normais aos deficientes f ısicos e aos doentes. (Mateus 15:30) Os idosos ficarao felizes ao recuperar a forca, a sa ude e o vigor da juventude. (J o 33:25) As rugas desaparecerao, os membros se regenerarao e os m usculos recuperarao o vigor. Todos os humanos obedientes sentir ao os efeitos do pecado e da imperfeic ao 16. No Para ıso, que restaurac ao afetar atodasaspessoasfi eis?

85 PODER DE RESTAURAC AO JEOV A FAZNOVASTODASASCOISAS diminuir gradativamente, at e desaparecer. Quanta gratidao sentiremos a Jeov a Deus por seu maravilhoso poder de restaurac ao! Focalizemos agora um aspecto especialmente animador desse emocionante tempo de restaurac ao. Mortos voltarao a viver 17 No primeiro s eculo EC, alguns l ıderes religiosos, chamados saduceus, nao criam na ressurreic ao. Jesus os repreendeu com as palavras: Estais equivocados, porque nao conheceis nem as Escrituras, nem o poder de Deus. (Mateus 22:29) Sim, as Escrituras revelam que Jeov a tem esse poder de restaurac ao. Como assim? 18 Visualize o que aconteceu nos dias de Elias. Uma vi uva segurava nos bracos o corpo inerte de seu filho unico. O menino estava morto. O profeta Elias, que havia sido h ospede dela por algum tempo, com certeza estava chocado. Anteriormente, ele havia ajudado a salvar essa crianca da inanicao. Eprov avel que Elias tivesse se apegado ao garoto. A mae estava arrasada. O menino era a unica lembranca viva de seu falecido esposo. Ela talvez esperasse que esse filho cuidasse dela na velhice. Desolada, a vi uva temia estar sendo punida por algum erro do passado. Elias nao suportou ver essa trag e- dia. Com cuidado, apanhou o cad aver do colo da mae, subiu ao seu quarto e pediu a Jeov aquerestaurasseaalma,ou vida, da crianca. 1 Reis 17: Elias nao foi a primeira pessoa a crer na ressurreic ao. S e- culos antes, Abraao j aacreditavaquejeov a tem tal poder de restaurac ao e com bons motivos. Quando Abraao tinha 100 anos de idade e Sara tinha 90, Jeov a restaurou as faculdades reprodutivas do casal, tornando poss ıvel que Sara 17, 18. (a) Por que Jesus repreendeu os saduceus? (b) Que circunstancias levaram Elias a pedir a Jeov a que realizasse uma ressurreic ao? 19, 20. (a) Como Abraao mostrou que tinha f e no poder de restaurac ao de Jeov a,equaleraabasedessaf e? (b) Como Jeov a recompensou a Elias por sua f e? 83

86 ` 84 ACHEGUE-SE A JEOV A milagrosamente tivesse um filho. (Genesis 17:17; 21:2, 3) Mais tarde, quando o filho j a era adulto, Jeov apediua Abraao que o sacrificasse. Abraao mostrou f e, reconhecendo que Jeov a poderia restaurar a vida de seu amado Isaque. (Hebreus 11:17-19) Essa forte f e talvez explique por que Abraao, antes de subir ao monte para oferecer seu filho, garantiu aos seus servos que ele e Isaque voltariam juntos. Genesis 22:5. 20 Jeov a poupou Isaque, de modo que nao foi preciso uma ressurreic ao naquela ocasiao. No caso de Elias, por em, o filho da vi uva j aestavamorto masn ao por muito tempo. Jeov a recompensou a f e do profeta ressuscitando a crianca. Em seguida, Elias entregou o menino a m ae, com estaspalavrasinesquec ıveis: Ve, teu filho est avivo! 1Reis 17: Essa e a primeira vez, no registro b ıblico, em que vemos Jeov a usar seu poder para restaurar uma vida humana. Mais tarde, Jeov atamb em capacitou Eliseu, Jesus, Paulo e Pedro para ressuscitar mortos. Naturalmente, os que foram ressuscitados por fim morreram de novo. Mas esses relatos b ıblicos indicam maravilhosas perspectivas para o futuro. 22 No Para ıso, Jesus cumprir a seu papel de ser a ressurreicao e a vida. ( Joao 11:25) Ele ressuscitar aincont aveis milhoes de pessoas, dando-lhes a oportunidade de viverem para sempre no Para ıso na Terra. ( Joao 5:28, 29) Imagine o reencontro de amigos e parentes, h a muito separados pela morte, ao se abracarem quase fora de si de tanta alegria! Toda a humanidade louvar aajeov a por esse poder de restaurac ao. 21, 22. (a) Qual foi o objetivo das ressurreic oes registradas nas Escrituras? (b) Qual ser aaextens ao da ressurreic ao no Para ıso e quem a realizar a? V e, teu filho est avivo!

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88 86 ACHEGUE-SE A JEOV A Perguntas para Meditac ao 2Reis5:1-15Por ter cultivado a humildade, como certo homem nos tempos b ıblicos se beneficiou do poder de restaura c ao de Jeov a? J o14:12-15que confianca J o tinha? Como esses vers ıculos podem influir na nossa pr opria esperanca? Salmo 126:1-6 Que sentimentos os cristaos hoje podem ter a respeito da restaura c ao da adorac aopuraedesuaparticipa cao nisso? Romanos 4:16-25 Por que e importante ter f e no poder de restaurac ao de Jeov a? 23 Jeov a forneceu uma garantia s olida como uma rocha de que tais esperancas sao seguras. Na maior de todas as demonstrac oes de poder, ele ressuscitou seu Filho, Jesus, como poderosa criatura espiritual, colocando-o numa posic ao inferior apenas asuapr ` opria. O ressuscitado Jesus apareceu a centenas de testemunhas oculares. (1 Cor ıntios 15:5, 6) At e mesmo para os c epticos, essa evidencia deve ser conclusiva. Jeov a tem o poder de restaurar a vida. 24 Jeov an ao apenas tem o poder de ressuscitar os mortos, mas tamb em o desejo de fazer isso. Pelo que o fiel J ofoiinspirado a dizer podemos deduzir que Jeov a realmente anseia ressuscitar os mortos. ( J o14:15)n ao se sente atra ıdoaonosso Deus, que est a ansioso de usar seu poder de restaurac ao de maneira tao amorosa? Lembre-se, por em, de que a ressurreic ao e apenas um dos aspectos da futura grande obra de restaurac ao de Jeov a. Ao se achegar cada vez mais a ele, preze sempre a preciosa esperan ca de poder estar presente para ver Jeov a fazer novas todas as coisas. Revelac ao 21: Qual foi a maior de todas as demonstrac oes do poder de Jeov a? Que garantia isso nos d aparaofuturo? 24. Por que podemos ter certeza de que Jeov a ressuscitar aosmortos? Que esperanca cada um de n os pode prezar?

89 C A P I T U L O 9 Cristo e o poder de Deus OS DISC IPULOS estavam apavorados. Quando atravessavam o mar da Galileia, tamb em conhecido como lago de Genesar e, uma tempestade comecou de repente. Sem d uvida, eles j a haviam enfrentado tempestades naquele lago, afinal alguns deles eram pescadores experientes. (Mateus 4:18, 19) Mas essa era uma violenta tempestade de vento que rapidamente agitou as aguas, deixando o mar em f uria. Os homens faziam de tudo para controlar a embarcac ao, mas a tempestade era forte demais. Ondas altas abatiam-se sobre o barco, inundando-o. Apesar de toda essa agitac ao, Jesus dormia profundamente na popa, exausto depois de um dia ensinando as multidoes. Temendo por suas vidas, os disc ıpulos acordaram-no e imploraram: Senhor, salva-nos, pois estamos prestes a perecer! Marcos 4:35-38; Mateus 8: Jesus nao demonstrou nenhum medo. Com total confianca, censurou o vento e disse ao mar: Silencio! Cala-te! Ambos obedeceram imediatamente a tempestade cessou, as ondas desapareceram e deu-se uma grande calmaria. Os disc ıpulos ficaram muito assustados. Quem e realmente este?, cochicharam entre si. De fato, que homem era esse que censurava o vento e o mar como se repreendesse uma crianca levada? Marcos 4:39-41; Mateus 8:26, 27. Tempestades s ubitas sao comuns no mar da Galileia, que fica numa depressao (uns 200 metros abaixo do n ıvel do mar). O ar ali e muitomaisquentedoquenasregi oes ao redor, o que gera perturbacoes atmosf ericas. Ventos fortes descem o vale do Jordao vindos do monte Hermom, que fica ao norte. Num momento, tudo est acalmo; no outro, pode comecar uma tempestade violenta (a) Que situac ao assustadora os disc ıpulos enfrentaram no mar da Galileia, e o que Jesus fez? (b) Por que e apropriado dizer que Cristo e o poder de Deus?

90 88 ACHEGUE-SE A JEOV A 3 Jesus nao era um homem qualquer. Jeov a demonstrou poder a favor dele e por meio dele de maneiras extraordin arias. A respeito de Jesus, o ap ostolo Paulo escreveu apropriadamente, sob inspirac ao: Cristo e o poder de Deus. (1 Cor ıntios 1:24) De que maneiras o poder de Deus se manifestou em Jesus? E como o modo de Jesus usar o poder deve influenciar nossa vida? O poder do Filho unigenito de Deus 4 Pense no poder que Jesus tinha durante sua existencia pr e-humana. Jeov a exerceu seu sempiterno poder quando criou seu Filho unigenito, que veio a ser conhecido como Jesus Cristo. (Romanos 1:20; Colossenses 1:15) Depois, Jeov a delegou grande poder e autoridade ao Filho para, por meio dele, criar tudo o que existe. A respeito do Filho, a B ıblia diz: Todas as coisas vieram aexist ` encia por interm edio dele, e a ` parte dele nem mesmo uma s ocoisaveio aexist ` encia. Jo ao 1:3. 5 N os nem fazemos ideia da grandiosidade dessa incumbencia. Imagine o poder necess ario para criar milhoes de anjos poderosos, o Universo f ısico com seus bilhoes de gal a- xias e a Terra com sua enorme variedade de formas de vida! Para realizar essas tarefas, o Filho unigenito tinha a ` disposicao a forca mais poderosa do Universo: o esp ırito santo de Deus. O Filho teve muito prazer em ser o Mestre de Obras usado por Jeov a para criar todas as outras coisas. Prov erbios 8: Ser a que o Filho unigenito receberia ainda mais poder e autoridade? Depois de sua morte e ressurreic ao, Jesus disse: Foi-medadatodaaautoridadenoc eu e na terra. (Mateus 4, 5. (a) Que poder e autoridade Jeov a delegou para seu Filho unigenito? (b) Como o Filho conseguiu executar as tarefas criativas de que o Pai lhe incumbiu? 6. Ap ossuamorteeressurrei cao, que poder e autoridade Jesus recebeu?

91 CRISTO EOPODERDEDEUS 89 28:18) Portanto, foram concedidos a Jesus tanto a capacidade como o direito de exercer poder em todo o Universo. Como Rei dos reis e Senhor dos senhores, ele recebeu autorizac ao de reduzir a nada todo governo, e toda autoridade e poder vis ıvel ou invis ıvel que se oponha ao seu Pai. (Revelac ao [Apocalipse] 19:16; 1 Cor ıntios 15:24-26) Deus nao deixou nada que nao...fossesujeito ajesus,exceto, e claro, ele pr oprio, Jeov a. Hebreus 2:8; 1 Cor ıntios 15:27. 7 Ser a que precisamos ficar preocupados que Jesus use mal seu poder? De modo algum! Jesus ama de verdade o seu Pai enuncafarianadaparadesagrad a-lo. ( Joao 8:29; 14:31) Ele sabe que Jeov a nunca usa mal seu poder ilimitado. Observou de primeira mao como o Criador procura oportunidades de mostrar a sua forca a favor daqueles cujo corac ao epleno para com ele. (2 Cronicas 16:9) De fato, Jesus, assim como seu Pai, ama muito a humanidade, de modo que podemos ter confianca de que ele sempre usar a seu poder para o bem. (Jo ao 13:1) As ac oes de Jesus no passado confirmam isso. Ele jamais usou mal o poder. Vamos analisar o poder que ele tinha quando estava na Terra e como se sentiu motivado a us a-lo. Poderosoem...palavra 8 Evidentemente, Jesus nao realizou milagres quando era menino e crescia em Nazar e. Mas isso mudou depois que ele foi batizado em 29 EC, com cerca de 30 anos de idade. (Lucas 3:21-23) A B ıblia nos diz: Deus o ungiu com esp ırito santo e poder, e ele percorria o pa ıs, fazendo o bem e sarando a todos os oprimidos pelo Diabo. (Atos 10:38) Fazendo o bem isso indica que Jesus usou corretamente o poder, nao acha? Depois de ser ungido, ele se tornou profeta poderoso em obras e palavra. Lucas 24: Por que podemos ter certeza de que Jesus nunca usar a mal o poder que Jeov a lhe concedeu? 8. Depois de ser ungido, que poder Jesus recebeu e como o usou?

92 90 ACHEGUE-SE A JEOV A 9 Em que sentido Jesus era poderoso em palavra? Ele muitas vezes ensinava ao ar livre: a beira de lagos, nas colinas, ` nasruasenasfeiras.(marcos6:53-56;lucas5:1-3;13:26)ou seja, seus ouvintes poderiam simplesmente ir embora se suas palavras nao prendessem a atenc ao. Naquela epoca, em que nao havia livros impressos, os ouvintes apreciativos tinham de guardar as palavras dele na mente e no corac ao. De modo que o ensino de Jesus tinha de prender a atenc ao, ser f acil de entender e de lembrar. Mas isso nao era problema para ele. Veja um exemplo: o Sermao do Monte. 10 Certa manha, no in ıcio do ano 31 EC, uma multidao se reuniu numa colina perto do mar da Galileia. Alguns haviam vindo da Judeia e de Jerusal em, que ficavam adist ` anciade100a110quil ometros dali. Outros haviam vindo da regiao costeira de Tiro e S ıdon, ao norte. Muitos doentes se aproximaram de Jesus para toc a-lo e ele curou a todos. Quando j an ao havia nenhuma pessoa gravemente doente entre eles, ele comecou a ensinar. (Lucas 6:17-19) Quando terminou de falar algum tempo depois, as pessoas estavam fascinadas com o que tinham ouvido. Por que? 11 Anos depois, algu em que havia ouvido aquele sermao escreveu: As multidoes ficaram assombradas com o seu modo de ensinar; pois ele as ensinava como quem tinha autoridade. (Mateus 7:28, 29) As pessoas sentiam o poder de Jesus quando ele falava como representante divino, baseando seu ensino na autoridade da Palavra de Deus. ( Joao 7:16) As declara c oes de Jesus eram claras, suas exortac oes, persuasivas; e seus argumentos, irrefut aveis. Suas palavras chegavam ao amago das questoes e tocavam o corac ao dos ouvintes. Ele os ensinou a encontrar felicidade, a orar, a buscar o Reino de Deus e a ter um futuro seguro. (Mateus 5:3 7:27) (a) Onde Jesus realizou a maior parte da sua obra de ensinar e por que isso era um desafio? (b) Por que as multidoes ficaram assombradas com o modo de Jesus ensinar? Observaram Jesus andando sobre o mar

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94 92 ACHEGUE-SE A JEOV A Suas palavras estimulavam o corac ao dos que tinham fome daverdadeedajusti ca. Esses se dispunham a negar a si mesmos e a abandonar tudo para segui-lo. (Mateus 16:24; Lucas 5:10, 11) Que demonstrac ao do poder das palavras de Jesus! Poderoso em obras 12 Jesus tamb em era poderoso em obras. (Lucas 24:19) Os Evangelhos relatam mais de 30 milagres espec ıficos que ele realizou todos pelo poder de Jeov a. (Lucas 5:17) Os milagres de Jesus beneficiaram milhares de pessoas. Em apenas dois desses milagres quando ele alimentou primeiro 5 mil homens e mais tarde 4 mil homens, al em de mulheres e criancinhas, estiveram envolvidas multidoes de, provavelmente, umas 20 mil pessoas. Mateus 14:13-21; 15: Os milagres de Jesus eram bem variados. Ele tinha autoridade sobre demonios, expulsando-os facilmente. (Lucas 9:37-43) Tinha poder sobre elementos f ısicos, transformando agua em vinho. ( Joao 2:1-11) Para surpresa dos disc ıpulos, ele caminhou sobre o revolto mar da Galileia. (Joao 6:18, 19) Tinha o poder de curar todo tipo de defeitos f ısicos, de doencas cronicas, ou potencialmente fatais. (Marcos 3:1-5; Joao 4:46-54) As maneiras de ele curar tamb em variavam. Alguns foram curados adist ` ancia; outros foram tocados diretamente por Jesus. (Mateus 8:2, 3, 5-13) Alguns foram curados na hora; outros, aos poucos. Marcos 8:22-25; Lucas 8:43, Al em disso, Jesus tinha uma habilidade not avel: o poder de anular a morte. H a registros de tres ocasioes em que ele Al em disso, os Evangelhos as ` vezes agrupam muitos milagres sob uma unica descric ao geral. Por exemplo, em certa ocasiao uma cidade toda foi ve-lo e ele curou muitos doentes. Marcos 1: , 13. Por que se diz que Jesus era poderoso em obras, e em que sentidos seus milagres eram variados? 14. Em que circunstancias Jesus demonstrou que tinha o poder de anular a morte?

95 CRISTO EOPODERDEDEUS 93 ressuscitou mortos: devolveu uma menina de 12 anos aos pais; um filho unico am ` ae, que era vi uva; e um irmao muito querido as ` suas irmas. (Lucas 7:11-15; 8:49-56; Joao 11:38-44) Para ele, nenhuma circunstancia era tao dif ıcil que o impedisse de realizar uma ressurreic ao. A menina de 12 anos, por exemplo, foi trazida de volta a ` vida pouco depois de ter morrido. J a o filho da vi uva foi ressuscitado quando era transportado no seu esquife, sem d uvidanomesmodiaemquemorreu. E a ressurreic ao de L azaro se deu quatro dias depois de ele ter morrido. Poder usado de forma altru ısta, respons avel e compassiva 15 Consegue imaginar o que aconteceria se o poder de Jesus ca ısse nas maos de um governante imperfeito? Possivelmente, haveria abuso de poder. Mas Jesus nao tinha pecado. (1 Pedro 2:22) Ele se recusou a ser manchado pelo ego ısmo, pela ambic ao e pela ganancia que levam os humanos imperfeitos a usar o poder para prejudicar outros. 16 Jesus usava o poder de forma altru ısta, nunca para obter vantagens pessoais. Quando estava faminto, recusou-se a transformar pedras em pao, em proveito pr oprio. (Mateus 4:1-4) Ele tinha poucos bens, o que demonstra claramente que nao usava o poder para obter lucros materiais. (Mateus 8:20) H a outro fato que prova que suas obras poderosas nao tinham motivac ao ego ısta. Realizar milagres lhe custava algo. Quando curava doentes, sa ıa poder dele. Ele sentia isso at e quando curava uma unica pessoa. (Marcos 5:25-34) Mesmo assim, deixava que multidoes o tocassem, e elas eram curadas. (Lucas 6:19) Que abnegac ao! 17 Jesus usava o poder de modo respons avel. Ele nunca fez obras poderosas s o para se mostrar ou por exibicionismo, sem um prop osito. (Mateus 4:5-7) Ele se recusou a 15, 16. O que demonstra que Jesus usava o poder de forma altru ısta? 17. Como Jesus mostrou que usava o poder de modo respons avel?

96 94 ACHEGUE-SE A JEOV A realizar sinais s o para satisfazer a curiosidade de Herodes, que tinha motivac oes erradas. (Lucas 23:8, 9) Em vez de propagar os seus feitos aos quatro ventos, Jesus muitas vezes dizia aos curados que nao contassem nada a ningu em. (Marcos 5:43; 7:36) Nao queria que as pessoas tirassem conclusoes a seu respeito com base em relatos sensacionalistas. Mateus 12: Jesus era um homem poderoso, mas era bem diferente de certos governantes que exercem o poder de forma insens ıvel, sem levar em conta as necessidades e o sofrimento dos outros. Jesus se preocupava com as pessoas. S o de ver os aflitos, ele sentia tanta compaixao que simplesmente tinha de aliviar seu sofrimento. (Mateus 14:14) Ele levava em considerac ao seus sentimentos e necessidades, e essa preocupac ao amorosa influenciava seu modo de usar o poder. Em Marcos 7:31-37 encontra-se um exemplo comovente disso. 19 Naquela ocasiao, grandes multidoes encontraram Jesus e trouxeram-lhe muitos doentes, e ele curou a todos. (Mateus 15:29, 30) Mas Jesus mostrou considerac ao especial por um homem surdo que mal conseguia falar. Talvez ele tenha percebido que o homem estava muito nervoso ou embaraca- do. Bondosamente, levou o homem para longe da multidao. Da ı, em particular, usou sinais para explicar ao homem o que faria. Entao, pos os seus dedos nos ouvidos do homem, e, depois de cuspir, tocou na l ıngua dele. (Marcos 7:33) Depois, Jesus olhou para o c eu e suspirou. Com essas ac oes, ele queria dizer ao homem: O que vou fazer por vocesedeveao poder de Deus. Por fim, Jesus disse: Abre-te. (Marcos 7:34) Cuspir era um m etodo ou sinal de cura conhecido tanto por judeuscomoporgentios,eousodesalivaemcurasest a registrado em escritos rab ınicos. Possivelmente, Jesus cuspiu apenas para mostrar ao homem que ele ia ser curado. Seja como for, Jesus nao usou a saliva como substancia curativa natural (a) O que influenciava o modo de Jesus usar o poder? (b) O que voce acha do modo de Jesus curar um surdo?

97 CRISTO EOPODERDEDEUS Com isso, a audic ao do homem foi restaurada e ele comecou a falar normalmente. 20 Como e emocionante pensar que, mesmo quando usava o poder dado por Deus para curar os aflitos, Jesus mostrava empatia e considerac ao pelos sentimentos deles! Nao ficamos mais tranquilos de saber que Jeov a colocou o Reino messianico nas maos de um Governante tao bondoso e compassivo? Pren uncio do futuro 21 As obras poderosas que Jesus realizou na Terra dao apenas uma ideia das ben c aos muito maiores que haver asobseureinado. No novo mundo de Deus, Jesus novamente far ami- lagres, mas em escala mundial. Veja quais sao algumas das perspectivas emocionantes para o futuro. 22 Jesus restaurar aoequil ıbrio ecol ogico da Terra. Lembrese de que ele acalmou um vendaval, o que demonstra que ele tem controle sobre as forcas da natureza. Sem d uvida, entao, soboseudom ınio no Reino, a humanidade nao precisar ater medo de tufoes, terremotos, erupc oes vulcanicas ou outras calamidades naturais. Visto que foi o Mestre de Obras usado por Jeov aparacriaraterraetodasasformasdevidanela, Jesus entende plenamente a constituic ao do planeta. Sabe como usar seus recursos de forma apropriada. Sob seu dom ı- nio, a Terra inteira ser atransformadanumpara ıso. Lucas 23: E as necessidades da humanidade? Usando poucas provisoes, Jesus forneceu alimento mais do que suficiente a milhares de pessoas. Isso nos assegura que, sob seu dom ınio, a fome desaparecer a. De fato, haver a muito alimento, que ser a 21, 22. (a) O que os milagres de Jesus indicavam para o futuro? (b) Visto que Jesus tem controle sobre as forcas da natureza, o que podemos esperar sob seu dom ınio no Reino? 23. Como Rei, de que formas Jesus satisfar a as necessidades da humanidade? 95

98 96 ACHEGUE-SE A JEOV A Perguntas para Meditac ao Isa ıas 11:1-5 Como Jesus manifesta o esp ırito de... potencia e, por causa disso, que confianca podemos ter a respeito do dom ınio dele? Marcos 2:1-12 As curas milagrosas de Jesus demonstram que ele recebeu que autoridade? Joao 6:25-27 Embora Jesus satisfizesse de forma milagrosa as necessidades f ısicas das pessoas, qual era o objetivo principal do seu minist erio? Joao 12:37-43 Por que algumas testemunhas oculares dos milagres de Jesus nao depositaram f e nele, e o que podemos aprender disso? distribu ıdo de forma justa, eliminando a fome para sempre. (Salmo 72:16) Como ele e capaz de curar doencas, podemos ter certeza de que os enfermos, cegos, surdos, mutilados e deficientes f ısicos serao curados de forma completa e permanente. (Isa ıas 33:24; 35:5, 6) E ele tamb em tem a habilidade de trazer os mortos de volta a ` vida! Portanto, podemos ter certeza de que, como poderoso Rei celestial, ele ressuscitar a os incont aveis milhoes que seu Pai guarda na mem oria. Jo ao 5:28, Ao refletirmos no poder de Jesus, e bom termos em mente que ele imita seu Pai de forma perfeita. ( Joao 14:9) Assim, o modo como o Filho usa o poder mostra-nos claramente como Jeov atamb em o usa. Por exemplo, pense em como Jesus mostrou considera c ao ao curar um leproso. Cheio de compaixao, Jesus tocou no homem e disse: Eu quero. (Marcos 1:40-42) Em relatos como esse, ecomosejeov anos dissesse: E assim que eu uso o poder! Nao sente vontade de louvar nosso Deus todo-poderoso e agradecer-lhe por usar seu poder de modo tao amoroso? 24. Ao refletirmos no poder de Jesus, o que e bom termos em mente, e por que?

99 C A P I T U L O 1 0 Tornai-vos imitadores de Deus nousodopoder NAO h a poder sem sutil laco. Essaspalavrasdeuma poetisa do s eculo 19 revelam um perigo insidioso: o mau uso do poder. Infelizmente, com muita frequencia os humanos, que sao imperfeitos, caem nesse laco. De fato, ao longo de toda a Hist oria, homem tem dominado homem para seu preju ızo. (Eclesiastes 8:9) O poder exercido sem amor tem resultado em indescrit ıvel sofrimento para a humanidade. 2 Nao acha not avel, entao, que Jeov a Deusnunca use mal seu poder ilimitado? Como notamos nos cap ıtulos anteriores, ele sempre usa seu poder criativo, de destruic ao, protetor ou de restaurac ao em harmonia com seus prop ositos amorosos. Se analisarmos seu modo de usar o poder, sentiremos o desejo de nos achegar a ele. Isso, por sua vez, nos motivar a a nos tornarmos imitadores de Deus ao usar nosso poder. (Ef esios 5:1) Mas que poder n os, humanos fr ageis, possu ımos? 3 Lembre-se de que os humanos foram criados aimagem de Deus e asuasemelhan ` ca. (Genesis 1:26, 27) De ` modo que tamb em temos certa medida de poder: o poder de fazer coisas, de trabalhar; o controle ou a autoridade sobre outros; a habilidade de influenciar outros, em especial os que nos amam; a forca f ısica (vigor); ou os recursos materiais. O salmista disse o seguinte a respeito de Jeov a: Contigo est a a fonte da vida. (Salmo 36:9) Portanto, 1. Com frequencia, os humanos, que sao imperfeitos, caem em que laco sutil? 2, 3. (a) O que enot avel quanto ao modo de Jeov a usar o poder? (b) O que est ainclu ıdo no nosso poder e como devemos us a-lo?

100 98 ACHEGUE-SE A JEOV A direta ou indiretamente, Deus e a fonte de todo poder leg ı- timo que possamos ter. Assim, devemos us a-lo de forma a agradar a Ele. Como fazer isso? Osegredo eoamor 4 O segredo para usarmos corretamente o poder eoamor. O exemplo do pr oprio Deus demonstra isso. Lembre-se dos quatro atributos principais de Deus, analisados no Cap ıtulo 1: poder, justica, sabedoria e amor. Qual e a mais desta- cada dessas quatro qualidades? O amor. Deus eamor,diz 1Jo ao 4:8. Na verdade, o amor eapr opria essencia do que Jeov a eeinfluenciatudooqueelefaz.assim,quandousa seu poder, o Criador sempre e motivado pelo amor e tem por objetivo final o bem dos que o amam. 5 Oamortamb em nos ajudar a a usar corretamente o poder. Afinal, a B ıblia diz que o amor e benigno e n ao procura os seus pr oprios interesses. (1 Cor ıntios 13:4, 5) Assim, ele nao nos deixar a agir de modo duro ou cruel para com os que estao debaixo de nossa autoridade. Pelo contr a- rio, trataremos os outros com dignidade e colocaremos suas necessidades e sentimentos a ` frente dos nossos. Filipenses 2:3, 4. 6 Oamorest a relacionado a outra qualidade que nos ajuda a usar bem o poder: o temor de Deus. Por que essa qualidade e importante? No temor de Jeov aapessoasedesviado mal, diz Prov erbios 16:6. O uso incorreto do poder sem d u- vida est ainclu ıdo entre as coisas m as das quais devemos nos desviar. O temor de Deus impedir a que tratemos mal aqueles que estao sob nossa autoridade. Por que? Um dos moti- 4, 5. (a) Qual e o segredo para usar corretamente o poder, e como o exemplo do pr oprio Deus demonstra isso? (b) Como o amor nos ajudar a a usar corretamente nosso poder? 6, 7. (a) O que eotemordedeuseporqueessaqualidadenosajudar a a evitar usar mal o poder? (b) Ilustre a ligac aoqueexisteentre o temor de desagradar a Deus e o amor a Ele.

101 TORNAI-VOSIMITADORESDEDEUS NOUSODOPODER vos e que sabemos que teremos de prestar contas a Deus pelo modo como os tratamos. (Neemias 5:1-7, 15) Mas o temor de Deus envolve mais do que isso. Os termos para temor nas l ınguas originais muitas vezes se referem aprofundareverencia a Deus e aadmira ` cao por ele. Assim, a B ıblia associa ` o temor com o amor a Deus. (Deuteron omio 10:12, 13) Essa admirac ao reverente inclui o temor saud avel de desagradar adeus,n ao apenas porque temos medo das consequencias, mas porque realmente o amamos. 7 Para ilustrar: pense no bom relacionamento entre um garotinho e seu pai. O menino sente o interesse carinhoso e amoroso do pai por ele. Mas tamb emsabeoqueopaiexige dele e que vai disciplin a-lo se ele se comportar mal. O menino nao vive com um medo m orbido do pai. Pelo contr ario, ele o ama muito. Procura agir de um modo que venha a ter aaprova cao do pai. O mesmo se d a com o temor de Deus. Visto que amamos a Jeov a, nosso Pai celestial, tememos fazer algo que o deixe magoado no corac ao. (Genesis 6:6) Temosmuitavontadedealegrarocora cao Dele. (Prov erbios 27:11) E por isso que nos esfor camos para usar corretamente nosso poder. Vamos analisar em mais detalhes como podemos fazer isso. Na fam ılia 8 Analisemos primeiro o c ırculo familiar. O marido ecabeca de sua esposa, diz Ef esios 5:23. Como o marido deve exercer a autoridade que recebeu de Deus? A B ıblia diz que os maridos devem morar com a esposa segundo o conhecimento, [atribuindo-lhe] honra como a um vaso mais fraco. (1Pedro3:7)Osubstantivogregotraduzido honra significa preco, valor,... respeito. Algumas formas dessa palavra sao traduzidas como d adivas e precioso. (Atos 28:10; 8. (a) Que autoridade o marido tem na fam ılia, e como se espera queeleaexer ca? (b) Como o marido pode mostrar que honra a esposa? 99

102 100 ACHEGUE-SE A JEOV A 1Pedro2:7)Omaridoquehonraaesposanuncaaatacafisicamente, nem a humilha ou rebaixa, fazendo com que se sinta in util. Ao contr ario,elereconheceovalordelaeatrata com respeito. Mostra por suas palavras e ac oes em p ublico e em particular que ela epreciosaparaele.(prov erbios 31:28) O marido que age assim nao s o obt emoamoreorespeito da esposa, mas tamb em, o que e mais importante, a aprova c ao de Deus. 9 A esposa tamb em tem certo poder na fam ılia. A B ıblia menciona mulheres tementes a Deus que, sem desrespeitar a chefia, tomaram a iniciativa, influenciando o marido de modo positivo ou ajudando-o a nao cometer erros de crit erio. (Genesis 21:9-12; 27:46 28:2) A esposa talvez tenha um racioc ınio mais r apido do que o do marido, ou outras habilidades que ele nao possui. Mesmo assim, ela deve ter profundo respeito por ele e estar sujeita a ele como ao Senhor. (Ef esios 5:22, 33) O desejo de agradar a Deus a ajudar a a usar suas habilidades para apoiar o marido, em vez de rebaix a-lo ou tentar domin a-lo. Essa mulher realmente s a- bia coopera com o marido para edificar a fam ılia. Assim, ela mant em a paz com Deus. Prov erbios 14:1. 10 Os pais tamb em tem autoridade dada por Deus. A B ıblia incentiva: Pais, nao estejais irritando os vossos filhos, mas prossegui em cri a-los na disciplina e na regulac ao mental de Jeov a. (Ef esios 6:4) Na B ıblia, a palavra disciplina pode significar criac ao, treinamento, instruc ao. As criancas precisam de disciplina; elas crescem felizes quando tem orientacoes, restri c oeselimitesclaros.ab ıblia associa essa disciplina, ou instruc ao, com o amor. (Prov erbios 13:24) Portanto, a vara da disciplina nunca deve ser usada de forma abu- 9. (a) Que poder a esposa tem na fam ılia? (b) O que ajudar aaesposa a usar suas habilidades para apoiar o marido, e com que resultado? 10. (a) Que autoridade Deus concedeu aos pais? (b) Qual eosentido da palavra disciplina e como deve ser administrada? (Veja tam- b em a nota.)

103 ` TORNAI-VOSIMITADORESDEDEUS NOUSODOPODER 101 siva, quer em sentido emocional quer f ısico. (Prov erbios 22:15; 29:15) Pais que disciplinam de forma r ıgida, cruel ou desamorosa estao abusando da autoridade e podem esmagar o esp ırito da crianca. (Colossenses 3:21) Por outro lado, adisciplinaequilibradaeadministradadeformacorretademonstra para a crianca que os pais a amam e se preocupam com o tipo de pessoa que ela est a se tornando. 11 E os filhos? Como podem usar corretamente o seu poder? A beleza dos jovens e o seu poder, diz Prov erbios 20:29. Sem d uvida, o melhor modo de os jovens usarem sua forca e seu vigor e servindo ao nosso Grandioso Criador. (Eclesiastes 12:1) E bom que os jovens se lembrem de que suas ac oes podem afetar os sentimentos dos pais. (Prov erbios 23:24, 25) Quando os filhos obedecem aos pais temen- tes a Deus e seguem o caminho correto, alegram o corac ao dos pais. (Ef esios 6:1) Agir assim ealgo bemagrad avel no Senhor. Colossenses 3:20. Na congregac ao 12 Jeov a providenciou que superintendentes tomassem a dianteiranacongrega cao crista verdadeira. (Hebreus 13:17) Esses homens qualificados devem usar a autoridade concedida por Deus para dar a ajuda necess aria e contribuir para o bem-estar do rebanho. Ser a que, devido a sua posicao, os anciaos tem o direito de dominar sobre os concrentes? De modo algum! Esses homens devem ter um conceito equilibrado e humilde sobre o seu papel na congrega c ao. Nos tempos b ıblicos, a palavra hebraica para vara significava um bastao ou cajado, como o que o pastor usava para guiar as ovelhas. (Salmo 23:4) De modo similar, a vara de autoridade dos pais sugere orientac ao amorosa, nao punic ao cruel ou brutal. 11. Como os filhos podem usar corretamente o seu poder? 12, 13. (a) Como os anciaos devem encarar sua autoridade na congregac ao? (b) Ilustre por que os anciaos devem tratar o rebanho com bondade.

104 102 ACHEGUE-SE A JEOV A (1 Pedro 5:2, 3) A B ıblia diz aos superintendentes: [Pastoreiem] a congregac ao de Deus, que ele comprou com o sangue do seu pr oprio Filho. (Atos 20:28) Esta ultima expressao revela uma razao muito importante para tratar cada membro do rebanho com bondade. 13 Para ilustrar isso, digamos que um grande amigo lhe pedisse para cuidar de um bem precioso. Voc esabequeo seu amigo pagou um preco muito alto por ele. Nao o trataria com delicadeza, com extremo cuidado? De modo similar, Deus encarregou os anciaos da responsabilidade de cuidar de um bem muito valioso: a congrega c ao, cujos membros sao comparados a ovelhas. ( Joao 21:16, 17) Jeov a considera suas ovelhas tao preciosas que as comprou com o sangue valioso do seu Filho unigenito,jesuscristo opre co mais alto que Ele poderia ter pago por elas. Anciaos humildes nao se esquecemdissoetratamasovelhasdejeov a concordemente. O poder da l ıngua 14 Morteevidaest ao no poder da l ıngua, diz a B ıblia. (Prov erbios 18:21) De fato, a l ıngua pode causar grandes estragos. Quem de n os nunca se sentiu magoado por um coment ario impensado ou depreciativo? Mas a l ıngua tamb em tem o poder de curar. A l ıngua dos s abios e uma cura, diz Prov erbios 12:18. De fato, palavras positivas e ben eficas sao compar aveis a uma pomada suavizante e curativa para o corac ao. Veja alguns exemplos. 15 Falai consoladoramente as ` almas deprimidas, incentiva 1 Tessalonicenses 5:14. At eservosfi eis de Jeov a vez por outra talvez tenham de lutar contra a depressao. Como podemos ajud a-los? De elogios sinceros a respeito de pontos espec ıficos que os ajudem a ver como sao preciosos aos olhos de Jeov a. Leia com eles trechos das Escrituras que revelam como Jeov aamaeseimportacomos quet em corac ao 14. Que poder tem a l ıngua? 15, 16. De que maneiras podemos usar a l ıngua para animar outros?

105 quebrantado e esp ırito esmagado. (Salmo 34:18) Quando usamos o poder da l ıngua para consolar outros, imitamos nosso Deus compassivo, que consola os abatidos. 2 Cor ıntios 7:6. 16 Tamb em podemos usar o poder da l ıngua para dar a ou- tros o incentivo de que precisam. Conhece um concrente que perdeu uma pessoa querida? Palavras compassivas que expressem nossa preocupac ao ajudarao a consolar o corac ao do enlutado. Um irmao idoso est asesentindoin util? Palavras compreensivas podem reanimar os idosos, assegurando-lhes que sao valiosos e apreciados. Sabe de algu doenca cr Maridos e esposas usam corretamente seu poder tratando um ao outro com amor e respeito em que est a lutando contra uma onica? Palavras bondosas ditas pelo telefone ou pessoalmente podem contribuir muito para melhorar a disposic ao de animo do adoentado. Como nosso Criador deve ficar contente quando usamos o poder da fala para proferir uma palavra boa para a edificac ao! Ef esios 4: Mas a maneira mais importante de usarmos o poder da 17. De que maneira importante podemos usar a l ınguaparaobenef ıcio de outros e por que devemos fazer isso?

106 104 l ıngua e transmitindo as boas novas do Reino de Deus a outros. Nao negues o bem aqueles ` a quem e devido, quando estiver no poder da tua mao faze-lo, diz Prov erbios 3:27. E nossa obrigac ao transmitir a outros as boas novas de salvac ao. Nao seria correto guardar para n os mesmos a mensagem urgente que Jeov a nos transmitiu de forma tao generosa. (1 Cor ıntios 9:16, 22) Mas at e que ponto Jeov aesperaque participemos dessa obra? Sirvamos a Jeov acom todaanossafor ca 18 O amor por Jeov anoslevaaparticiparplenamenteno minist erio cristao. O que ele espera de n os nesse respeito? 18. O que Jeov aesperaden os? ACHEGUE-SE A JEOV A Transmitir as boas novas um modo excelente de usar nosso poder

107 TORNAI-VOSIMITADORESDEDEUS NOUSODOPODER Algo que todos n os, nao importa a situac ao na vida, podemos dar: O que for que fizerdes, trabalhai nisso de toda a alma como para Jeov a, e nao como para homens. (Colossenses 3:23) Segundo Jesus, o maior mandamento de todos e: Tens de amar a Jeov a, teu Deus, de todo o teu coracao, e de toda a tua alma, e de toda a tua mente, e de toda atuafor ca. (Marcos 12:30) De modo que aquilo que Jeov a espera de cada um de n os e que o amemos e o sirvamos de todaaalma. 19 O que significa servir a Deus de toda a alma? A alma se refere a ` pessoa como um todo, com todas as suas habilidades f ısicas e mentais. Visto que a alma abrange o corac ao, a menteeafor ca, por que se mencionam essas outras faculdades em Marcos 12:30? A seguinte ilustrac ao nos ajudar a a entender: nos tempos b ıblicos, a pessoa podia vender a si mesma (a sua alma) como escrava. Mas o escravo talvez nao servisse ao dono de todo o corac ao; e poss ıvel que nao usasse toda sua energia ou todas as suas habilidades mentais em benef ıcio do dono. (Colossenses 3:22) Assim, provavelmente Jesus mencionou essas outras faculdades para enfatizar que nao devemos reter nada de Deus no nosso servico a Ele. Servi-lo de toda a alma significa dar de n os mesmos, usando nossa forcaeenergiasaom aximo poss ı- vel no seu servico. 20 Ser aqueoservi co de toda a alma significa que todos temos de gastar a mesma quantidade de tempo e energia no minist erio? Isso seria imposs ıvel, porque as circunstancias e habilidades diferem de pessoa para pessoa. Por exemplo, um jovem com boa sa ude e vigor f ısico talvez possa gastar mais tempo na pregac ao do que aqueles 19, 20. (a) Visto que a alma abrange o corac ao,amenteeafor ca, por que se mencionam essas outras faculdades em Marcos 12:30? (b) O que significa servir a Jeov adetodaaalma? 105

108 106 ACHEGUE-SE A JEOV A Perguntas para Meditac ao Prov erbios 3:9, 10 Que coisas valiosas possu ımos e como podemos us a-las para honrar a Jeov a? Eclesiastes 9:5-10 Porquedeveriausaragorasuafor ca de um modo que Deus aprove? Atos 8:9-24 Que abuso de poder e descrito nesse texto, e como podemos evitar cair no mesmo erro? Atos 20:29-38 O que o exemplo de Paulo ensina aos que tem posic oes de responsabilidade na congregac ao? cuja forca diminuiu devido a ` idade avancada. Uma pessoa solteira, livre de obrigac oes familiares, possivelmente conseguir a realizar mais do que aqueles que tem uma fam ılia para cuidar. Se nossa forcaecircunst ancias nos permitem fazer muito no minist erio, devemos ser gratos por isso. Naturalmente, nao devemos nos tornar cr ıticos, comparando-nos com outros nessas questoes. (Romanos 14:10-12) Em vez disso, queremos usar nosso poder para incentivar outros. 21 Jeov a deu o exemplo perfeito em usar o poder corretamente. N os, humanos imperfeitos, devemos nos esforcar para imit a-lo da melhor maneira poss ıvel. Podemos usar bem o poder tratando com dignidade os que estao sob nossa autoridade. Al em disso, queremos realizar de toda a alma a obra salvadora de que Jeov a nos incumbiu: a pregacao. (Romanos 10:13, 14) Jeov aficamuitocontentequando vequevoc e suaalma est a dando o seu melhor. Nao se sente motivado de corac ao a fazer tudo o que pode no servico desse Deus amoroso e compreensivo? Nao existe maneira melhor ou mais importante de usar nosso poder. 21. Qual e a melhor e mais importante maneira de usar nosso poder?

109 S E C A O 2 AMA A JUSTICA Hoje se ve injustiça em toda a parte, e muitos equivocadamente culpam a Deus por isso. Mas a B ıblia ensina uma verdade maravilhosa: Jeov aamaajustiça. (Salmo 37:28) Nesta seçao, aprenderemos como ele demonstrou queessaspalavrass ao verdadeiras. Isso e motivo de esperança para toda a humanidade.

110 C A P I T U L O 1 1 Todos os seus caminhos sao justica QUE injustica! Ele era um homem bonito e nao havia cometido nenhum crime. Mesmo assim foi jogado num calabouco, sob a acusac ao falsa de tentativa de estupro. Mas nao era a primeira vez que esse jovem, Jos e, se deparava com injusticas. Anos antes, quando tinha 17 anos, ele havia sido tra ıdo pelos pr oprios irmaos, que quase o assassinaram. Acabou sendo vendido como escravo em um pa ıs estrangeiro. Ali resistiu as ` propostas imorais da esposa do seu dono que, sentindo-se rejeitada, forjou a acusac ao falsa que levou Jos e apris ` ao. Lamentavelmente, parecia que ningu em ia intervir a favor dele. 2 Mas o Deus que ama a justicaeoju ızo observava tudo. (Salmo 33:5) Jeov a manobrou os eventos e fez com quesecorrigisseainjusti ca, de modo que Jos e quehavia sido lancado numa masmorra por fim foi liberta- do. E nao foi s o isso! Ele acabou sendo designado para um cargo de grande responsabilidade e extraordin aria honra. (Genesis 40:15; 41:41-43; Salmo 105:17, 18) Com o tempo a inocencia de Jos e ficou provada, e ele usou sua posic ao de destaque a favor dos prop ositos de Deus. Genesis 45: Nao acha esse relato emocionante? Quem nunca testemunhououfoiv ıtima de uma injustica? De fato, todos n os desejamos ser tratados de modo justo e imparcial. Era de se esperar que nos sent ıssemos assim, porque Jeov a colocou 1, 2. (a) Que tremendas injusticas Jos e sofreu? (b) Como Jeov aas corrigiu? 3. Por que nao e de admirar que todos tenhamos o desejo de ser tratados de modo justo?

111 TODOS OS SEUS CAMINHOS SAO JUSTICA em n os qualidades que refletem sua personalidade, e a justica e um de Seus atributos principais. (Genesis 1:27) Para conhecer bem a Jeov a, precisamos entender seu senso de justica. Assim, apreciaremos ainda mais seus modos maravilhosos e nos sentiremos motivados a nos achegar a ele. Oque ejusti ca? 4 Do ponto de vista humano, considera-se como justicaameraaplica cao imparcial das leis. Certo livro diz que a justica est a relacionada com leis, obrigac oes, direitos e deveres, e confere suas decisoes segundo a igualdade ou o m erito. (Right and Reason Ethics in Theory and Practice [Direito e Razao a EticanaTeoriaenaPr atica]) Mas a justica de Jeov an ao envolve apenas impor regulamentos de forma insens ıvel, devido a um senso de dever ou obrigacao. 5 Podemos entender melhor o pleno alcance da justica de Jeov a analisando as palavras que descrevem essa qualidade nas l ınguas originais em que a B ıblia foi escrita. Nas Escrituras Hebraicas, usam-se tres palavras para expressar essa ideia. Uma delas, que algumas vezes e traduzida por justica, e outras por ju ızo, tamb em pode ser vertida como o que e direito. (Genesis 18:25) As outras duas em geral sao traduzidas por justica.nasescriturasgregascrist as, a palavra traduzida justica e definida como qualidade de ser direito ou justo. Basicamente, nao h adistin cao entre justicaeju ızo. Am os 5:24. 6 Assim, quando a B ıblia diz que Deus e justo, quer dizer que ele sempre faz o que ecorretoedireito,demodoimparcial. (Romanos 2:11) Na verdade, eimpens avel que ele 4. Do ponto de vista humano, o que e considerado justica? 5, 6. (a) Qual e o sentido das palavras originais que expressam a ideia de justica? (b) Quando se afirma que Deus ejusto,oquesequer dizer? 109

112 110 ACHEGUE-SE A JEOV A possa agir de outra maneira. O fiel Eli u declarou: Longe est a do verdadeiro Deus agir ele iniquamente, e do Todo- Poderoso agir injustamente! (J o 34:10) Para Jeov a, eimposs ıvel agir injustamente. Por que? Por duas razoes importantes. 7 Primeiramente, porque ele e santo. Como notamos no Cap ıtulo 3, Jeov a e infinitamente puro e direito. Portanto, ele e incapaz de agir de modo injusto. Pense no que isso significa. Visto que nosso Pai celestial e santo, temos boas razoesparaconfiarqueelenuncatratar a mal os seus filhos. Jesus tinha essa confianca. Na ultima noite da sua vida terrestre, ele orou: Santo Pai, vigia sobre eles [os disc ıpulos] por causa do teu pr oprio nome. (Joao 17:11) Santo Pai nas Escrituras esse t ıtulo e aplicado unica e exclusivamenteajeov a. Isso e apropriado porque nenhum pai humano se compara a Ele em santidade. Jesus tinha total confianca que seus disc ıpulos ficariam a salvo sob os cuidados do Pai, que e absolutamente puro, limpo e separado de todo pecado. Mateus 23:9. 8 Em segundo lugar, porque o amor altru ısta e parte essencial da pr opria personalidade de Deus. Esse amor o leva a ser justo nos seus tratos com outros. A injustica em suas muitas formas incluindo racismo, discriminac ao e parcialidade muitas vezes surge devido agan ` anciaeao ego ısmo, que sao opostos ao amor. Falando sobre o Deus de amor, a B ıblia nos assegura: Jeov a e justo; deveras ama atos justos. (Salmo 11:7) Jeov adizoseguinteaseupr oprio respeito: Eu, Jeov a, amo a justica. (Isa ıas 61:8) Nao ficamos mais tranquilos sabendo que nosso Deus sente prazer em fazer o que e certo, ou justo? Jeremias 9:24. 7, 8. (a) Por que Jeov a e incapaz de agir injustamente? (b) O que leva Jeov a a ser justo nos seus tratos? Jos e sofreu injustamente na masmorra

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114 112 ACHEGUE-SE A JEOV A A miseric ordia e a justica perfeita de Jeov a 9 Ajusti ca de Jeov a, como todas as outras facetas de sua personalidade incompar avel, e perfeita, impec avel. Mois es louvou a Jeov a, dizendo: A Rocha, perfeita easuaatua- cao, pois todos os seus caminhos sao justica. Deus de fidelidade e sem injustica; justo e reto eele. (Deuteron omio 32:3, 4) Quando expressa sua justica, Jeov asempreofaz com perfeic ao nunca e tolerante demais, nem severo demais. 10 Ajusti caeamiseric ordia de Jeov aest ao intimamente ligadas. O Salmo 116:5 diz: Jeov a eclementeejusto;enosso Deus equemmostratermiseric ordia. De fato, Jeov a e justo e misericordioso. Essas duas qualidades nao sao conflitantes. A miseric ordia divina nao abranda ou suaviza sua justica, como se esta fosse severa demais. Em vez disso, Deus muitas vezes demonstra as duas qualidades ao mesmo tempo, as ` vezes at e no mesmo ato. Veja um exemplo. 11 Todos os humanos herdaram o pecado e, portanto, merecem a penalidade correspondente: a morte. (Romanos 5:12) Mas Jeov an ao se agrada da morte de pecadores. Ele e um Deus de atos de perdao, clemente e misericordioso. (Neemias 9:17) Mas como e santo, ele n ao pode tolerar a injustica. Como seria poss ıvel, entao, mostrar miseric ordia para com humanos inerentemente pecadores? A resposta encontra-se em uma das verdades mais preciosas da Palavra de Deus: o resgate que Jeov aprovidenciou para a salvac ao da humanidade. No Cap ıtulo 14, aprenderemos mais sobre essa d adiva amorosa, que e, ao mesmo tempo, extremamente justa e maravilhosamente misericordiosa. Por meio dela, Jeov a pode expressar terna (a) Que ligac ao existe entre a justica e a miseric ordia de Jeov a? (b) Como a justicaeamiseric ordia de Deus ficam evidentes no modo como ele lida com humanos imperfeitos?

115 TODOS OS SEUS CAMINHOS SAO JUSTICA 113 miseric ordia para com pecadores arrependidos e, ainda assim, defender Suas normas perfeitas de justica. Romanos 3: Ajusti ca de Jeov a acalenta nosso corac ao 12 Ajusti ca de Jeov an ao e uma qualidade fria, que nos afasta; e atraente e nos faz querer achegar-nos a ele. A B ıblia descreve claramente como a justica de Jeov a e compassiva. Analisemos algumas das maneiras animadoras em que Jeov aexercesuajusti ca. 13 Ajusti ca perfeita de Jeov aolevaaagircomfidelidadee lealdade para com seus servos. O salmista Davi vivenciou essa faceta da justica de Jeov a. Com base na experiencia pessoal e no estudo do modo de Deus agir, a que conclusao Davi chegou? Ele declarou: Jeov aamaajusti ca e ele nao abandonar a aqueles que lhe sao leais. Hao de ser guardados por tempo indefinido. (Salmo 37:28) Que promessa tranquilizadora! Nem por um momento sequer nosso Deus abandonar aosquelhes ao leais. Assim, podemos ter certeza de que ele sempre estar apertoden os, demonstrando seu cuidado amoroso para conosco. Sua justica garante isso! Prov erbios 2:7, Ajusti ca divina leva em conta as necessidades dos aflitos. A preocupac ao de Jeov a para com os menos favorecidos e evidente na Lei que ele deu a Israel. Por exemplo, a Lei tinha regulamentos especiais que asseguravam que orfaos e vi uvas fossem bem cuidados. (Deuteronomio 24:17-21) Sabendo que a vida dessas pessoas podia ser muito 12, 13. (a) Por que a justica de Jeov a nos atrai a ele? (b) No que se refere ajusti ` ca de Jeov a, a que conclusao Davi chegou, e como isso nos tranquiliza? 14. Como a preocupac ao de Jeov a para com os menos favorecidos fica evidente na Lei que ele deu a Israel?

116 114 ACHEGUE-SE A JEOV A dif ıcil, o pr oprio Jeov a assumiu o papel de seu Juiz e Protetor paterno, aquele que executava julgamento pelo menino orf ao de pai e pela vi uva. (Deuteronomio 10:18; Salmo 68:5) Jeov a avisou aos israelitas que, se eles se aproveitassem de mulheres e criancas indefesas, ele sem d uvida ouviria o clamor delas. Ele declarou: Deveras se acen- der aaminhaira. ( Exodo 22:22-24) Embora a ira nao seja uma das qualidades dominantes de Jeov a, atos deliberados de injustica, em especial contra os humildes e indefesos, o deixam indignado e com toda a razao. Salmo 103:6. 15 Jeov atamb em nos assegura que ele nao trata a ningu em com parcialidade, nem aceita suborno. (Deuterono- mio 10:17) Diferentemente de muitos humanos que tem poder ou prest ıgio, Jeov an ao e influenciado por riquezas ou aparencia. Ele nao tem absolutamente nenhum preconceito, nem demonstra favoritismo. Veja um exemplo not avel da imparcialidade de Jeov a. A oportunidade de adorar a ele em verdade, com a perspectiva de vida infind avel, nao se restringe a uma pequena elite. Muito pelo contr ario, em cada nac ao, o homem que o teme e que faz a justica lhe eaceit avel. (Atos 10:34, 35) Essa perspectiva maravilhosa est a aberta a todos, nao importa qual seja sua posic ao social, a cor da pele ou o pa ıs onde vive. Nao concorda que isso ejusti ca expressa com perfeic ao? 16 H a outro aspecto da justica perfeita de Jeov aquemerece nossa considerac ao e respeito: o modo como ele lida com os que violam suas normas justas. Embora a palavra hebraica para orf ao de pai esteja no masculino, isso de modo algum indica falta de interesse pelas meninas. Jeov a incluiu na Lei um relato sobre uma decisao judicial que assegurou a heranca das filhas de Zelofeade. Aquela decisao estabeleceu um precedente que defendia os direitos das orf as. N umeros 27: , 16. Qual eumexemplorealmentenot avel da imparcialidade de Jeov a?

117 TODOS OS SEUS CAMINHOS SAO JUSTICA Nao deixa de punir 17 Alguns se perguntam: Visto que Jeov an ao aprova a injustica, como se explica o sofrimento injusto e as pr aticas corruptas tao comuns no mundo hoje? Essas injusticas de modo algum refutam a justica de Jeov a. As muitas injusti cas que vemos neste mundo perverso sao consequencias do pecado que os humanos imperfeitos herdaram de Adao. Visto que eles escolheram seguir seus pr oprios modos pecaminosos, a injustica se espalhou por toda a parte mas nao continuaria por muito tempo. Deuteronomio 32:5. 18 Embora demonstre grande miseric ordia para com os que se achegam a ele sinceramente, Jeov an ao tolerar a para sempre uma situac ao que envergonha seu santo nome. (Salmo 74:10, 22, 23) Nao se pode zombar do Deus de justica; ele nao impedir a que pecadores deliberados recebam o julgamento merecido. Jeov a e um Deus misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolencia e emverdade,...masdemodoalgumisentar adapuni cao. ( Exodo 34:6, 7) Em harmonia com essas palavras, Jeov a as ` vezes acha necess ario executar julgamento nos que deliberadamenteviolamsuasleisjustas. 19 Pense, por exemplo, nos tratos dele com o Israel antigo. Mesmo depois de estabelecidos na Terra Prometida, os israelitas repetidas vezes se tornaram infi eis. Embora seus modos corrompidos fizessem Jeov a sentir-se magoado, ele nao os rejeitou imediatamente. (Salmo 78:38-41) Demonstrando miseric ordia, deu-lhes oportunidades de mudar de proceder. Ele disse: Nao me agrado na morte do in ıquo, mas em que o in ıquo recue do seu caminho e realmente continue vivendo. Recuai, recuai dos vossos maus caminhos, pois, por que dev ıeis morrer, o casa de Israel? (Ezequiel 33:11) Jeov aencara 17. Explique por que as injusticas do mundo nao refutam a justica de Jeov a. 18, 19. O que mostra que Jeov an ao tolerar a para sempre os que violam deliberadamente suas leis justas? 115

118 116 ACHEGUE-SE A JEOV A Perguntas para Meditac ao Jeremias 18:1-11 Como Jeov aensinouajeremiasqueelen ao se precipita em expressar julgamentos desfavor aveis? Habacuque 1:1-4, 13; 2:2-4 Como Jeov a assegurou a Habacuque que nao ia tolerar a injustica para sempre? Zacarias 7:8-14 Como Jeov a se sente em relac ao aos que usurpamosdireitosdeoutros? Romanos 2:3-11 AbasedequeJeov ` a julga pessoas e nac oes? a vida como preciosa e, por isso, enviou os seus profetas vez ap os vez para incentivar os israelitas a abandonar a conduta errada. Mas, de modo geral, teimosamente o povo recusouseaescutareasearrepender.finalmente,porcausadoseu santo nome e de tudo o que esse significa, Jeov aosentregou nas maos de seus inimigos. Neemias 9: A maneira como Jeov a lidou com Israel nos ensina muito a respeito Dele. Aprendemos que seus olhos observam tudo, incluindo a injustica, e que aquilo que ele ve o aflige profundamente. (Prov erbios 15:3) Etamb em tranquilizador saber que ele procura mostrar miseric ordia quando h abasepara isso. Al em disso, aprendemos que ele nunca exerce a justica de forma precipitada. Visto que ele mostra paciencia e longanimidade, muitas pessoas concluem erroneamente que Jeov a nunca executar a um julgamento contra os perversos. Mas isso nao e verdade, porque os tratos Dele com Israel tamb em nos mostram que a paciencia divina tem limites. Jeov a einabal avel ao defender a justica. Diferentemente dos humanos, que muitas vezes se refreiam de exerce-la, ele sempre defende corajosamente o que e direito. De forma bem apro- 20. (a) O modo de Jeov a lidar com Israel nos ensina o que a respeito Dele? (b) Por que o leao eums ımbolo apropriado da justica de Jeov a?

119 TODOS OS SEUS CAMINHOS SAO JUSTICA priada, o leao, que es ımbolo de justica corajosa, est a associado apresen ` caeaotronodedeus. (Ezequiel 1:10; Revela c ao [Apocalipse] 4:7) Assim, podemos ter certeza de que ele cumprir a sua promessa de acabar com a injusti ca na Terra. Seu modo de julgar pode ser resumido da seguinte maneira: firmeza quando necess ario, miseric ordia sempre que poss ıvel. 2Pedro3:9. Como se achegar ao Deus de justica 21 Quando meditamos na maneira de Jeov aexercerajusti- ca, nao devemos encar a-lo como um juiz frio e severo, preocupado apenas em sentenciar os transgressores. Em vez disso, devemos pensar nele como um Pai amoroso, mas firme, que sempre lida com os filhos da melhor maneira poss ı- vel. Como Pai justo, Jeov aconciliaafirmezaafavordoque ecertocomaternacompaix ao para com seus filhos terrestres, que precisam de sua ajuda e do seu perdao. Salmo 103:10, Como somos gratos de que a justica divina envolve muito mais do que sentenciar transgressores! Guiado por essa qualidade, Jeov a tornou poss ıvel que tiv essemos uma perspectiva emocionante: vida perfeita e infind avel num mundo onde h ademorarajusti ca. (2 Pedro 3:13) Nosso Deus lida conosco dessa forma porque sua justi ca tem por objetivo salvar em vez de condenar. De fato, entender melhor o pleno alcance da justica de Jeov a nos achega a ele. Nos pr o- ximos cap ıtulos, analisaremos com mais atenc ao as maneiras em que Ele expressa essa qualidade admir avel. O interessante equejeov a comparou a si mesmo com um leao ao executar julgamento contra o Israel infiel. Jeremias 25:38; Oseias 5: Quando meditamos na maneira de Jeov aexercerajusti ca, como devemos pensar nele e por que? 22. Guiado por sua justica, Jeov a tornou poss ıvel que tiv essemos que perspectiva, e por que ele lida conosco dessa forma? 117

120 C A P I T U L O 1 2 H ainjusti ca da parte de Deus? VI UVA idosa ev ıtima de fraude e perde as economias de uma vida inteira. Bebe indefeso e abandonado pela mae insens ıvel. Homem epresoporumcrimequen ao cometeu. Como reage a isso? Provavelmente, fica perturbado, o que e bem compreens ıvel. N os, humanos, temos um fortesensodoque ecertoedoque e errado. Quando vemos uma injustica, ficamos indignados. Queremos que a v ıtima seja compensada e o causador da injustica, punido. Quando isso nao acontece, alguns se perguntam: Ser a que Deus nao ve o que acontece? Por que ele nao faz nada? 2 Ao longo da Hist oria, servos fi eis de Jeov a fizeram perguntas similares. Por exemplo, o profeta Habacuque orou a Deus: Por que me fazes ver tanta maldade? Por que toleras a injustica? Estou cercado de destruic ao e violencia; h a brigas e lutas por toda parte. (Habacuque 1:3, B ıblia na Linguagem de Hoje)Jeov an ao censurou Habacuque por ter feito essas perguntas francas. Afinal de contas, foi Ele mesmo quem nos abencoou com uma pequena medida do seu profundo senso de justica. Jeov aodeiaainjusti ca 3 Jeov an ao e indiferente ainjusti ` ca. Ele veoqueest a acontecendo. A B ıblia nos diz o seguinte sobre os dias de No e: Jeov a viu que a maldade do homem era abundante na terra e que toda inclinac ao dos pensamentos do seu corac ao era s om a, todo o tempo. (Genesis 6:5) Pense no 1. Que reac ao costumamos ter diante de injusticas? 2. Como Habacuque reagiu ainjusti ` ca, e por que Jeov an ao o censurou? 3. Por que se pode dizer que Jeov aest a muito mais ciente da injustica do que n os?

121 H AINJUSTI CADAPARTEDEDEUS? 119 que isso significa. Muitas vezes, nosso conceito de injustica baseia-se em alguns poucos incidentes sobre os quais ouvimos falar ou que presenciamos. Em contraste, Jeov av etodas as injusticas, em escala global! Mais do que isso, ele discerne as inclinac oes do corac ao, os racioc ınios depravados por tr as dos atos injustos. Jeremias 17:10. 4 Mas Jeov a faz mais do que simplesmente observar a injustica. Ele tamb em se preocupa com os que foram v ıtimas dela. Quando seu povo era tratado cruelmente por nac oes inimigas, Jeov a ficava perturbado com o seu gemido por causa dos seus opressores e dos que os empurravam. ( Ju ı- zes 2:18) Talvez j a tenha percebido o que acontece com algumas pessoas: quanto mais sao expostas aviol ` encia, mais se tornam insens ıveis a ela. Isso nao acontece com Jeov a! Ele viu todo tipo de injustica imagin avel ao longo de uns 6 mil anos, mas seu odio por ela nao diminuiu nem um pouco. Pelo contr ario, a B ıblia assegura que coisas como l ıngua falsa, maos que derramam sangue inocente e a testemunha falsa que profere mentiras sao detest aveis para ele. Prov erbios 6: Note tamb em como Jeov acensuroufortementeosl ıderes injustos de Israel. Ele inspirou um profeta a perguntar-lhes: Nao e vosso neg ocio conhecerdes a justica? Depois de descrever em termos v ıvidos o abuso de poder desses homens corruptos, Jeov a predisse o resultado para eles: Clamarao a Jeov a por socorro, mas ele nao lhes responder a. E naquele tempo esconder a deles a sua face, conforme a maldade que praticaram nas suas ac oes. (Miqueias 3:1-4) Como Jeov a abomina a injustica! Ora, ele mesmo tem sofrido por causa dela! H a milhares de anos, Satan as o desafia injustamente. (Prov erbios 27:11) Al em disso, Jeov a foi profundamente afetado pelo mais horr ıvel ato de injustica: seu Filho, que nao 4, 5. (a) Como a B ıblia mostra que Jeov a se importa com os que foram tratados injustamente? (b) Como o pr oprio Jeov asofreuinjusti- cas?

122 120 ACHEGUE-SE A JEOV A cometeu pecado, foi executado como criminoso. (1 Pedro 2:22; Isa ıas 53:9) E obvio que Jeov an ao ignora o sofrimento das v ıtimas de injusticas, nem eindiferenteaele. 6 Mesmo assim, quando vemos uma injustica ou quando n os mesmos nos tornamos v ıtimas dela, e natural ficarmos indignados. Afinal, fomos criados aimagemde ` Deus, e a injustica e exatamente o contr ario de tudo o que Jeov a representa. (Genesis 1:27) Por que, entao, Deus permiteainjusti ca? Aquest ao da soberania de Deus 7 A resposta a essa pergunta tem que ver com a questao da soberania. Como vimos, o Criador tem o direito de dominar sobre a Terra e todos os que moram nela. (Salmo 24:1; Revelac ao [Apocalipse] 4:11) Mas logo no in ıcio da hist o- riahumanaasoberaniadejeov a foi desafiada. Como isso aconteceu? Jeov aordenouqueoprimeirohomem,ad ao, nao comesse de certa arvore que crescia no jardim, seu lar paradis ıaco. E se ele desobedecesse? Deus avisou: Positivamente morrer as. (Genesis 2:17) Nao seria dif ıcil para Adao nem para sua esposa, Eva, cumprir a ordem de Deus. Contudo, Satan as convenceu Eva de que Deus estava sendo indevidamente restritivo. Segundo ele, o que aconteceria se Eva comesse da arvore? Satan as afirmou: Positivamente nao morrereis. Porque Deus sabe que, no mesmo dia em que comerdes dele, forcosamenteseabrir ao os vossos olhos e forcosamente sereis como Deus, sabendo o que e bom e o que emau. G enesis 3: Ao dizer isso, Satan as estava na verdade afirmando que 6. Como muitas vezes reagimos quando nos confrontamos com injusticas, e por que? 7. DescrevacomoasoberaniadeJeov a foi desafiada. 8. (a) Quando falou com Eva, o que na verdade Satan as afirmou? (b) No que se refere asoberaniadedeus,qualfoiodesafiodesatan as? `

123 H AINJUSTI CADAPARTEDEDEUS? Jeov an ao s o havia omitido informac oes vitais, mas tamb em que havia mentido para Eva. Ele tomou o cuidado de nao questionar o fato de que Deus era soberano. Antes, seu desafio foi: Ser aquedeusexerceasoberaniademodoleg ıtimo, merecido e justo? Em outras palavras, ele afirmou que Jeov an aoexerciasuasoberaniademodojustoen ao visava os melhores interesses dos Seus s uditos. 9 Depois disso, tanto Adao como Eva desobedeceram a Jeov a e comeram da arvore proibida. Devido asuadesobediencia, com o tempo receberiam a punic ao (a morte), ` exatamente como Deus havia decretado. Mas a mentira de Satan as levantou algumas perguntas muito importantes: Jeov a tem mesmo o direito de reinar sobre a humanidade ou ser a que o homem pode se governar sozinho? Deus exerce sua soberania da melhor maneira poss ıvel? O Criador poderia ter usado seu poder ilimitado para destruir os rebeldes na hora. Mas o que se questionou foi o seu modo de governar, nao o seu poder. Assim, eliminar Adao, Eva e Satan as nao teria comprovado que o dom ınio de Deus e justo. Pelo contr ario, poderia ter levantado ainda mais d u- vidas a esse respeito. A unica maneira de determinar se os humanos conseguiriam ser bem-sucedidos em governar a si mesmos de maneira independente de Deus, era dar tempo ao tempo. 10 Com o passar do tempo, o que ficou comprovado? Ao longo dos milenios, as pessoas experimentaram muitas formas de governo: autocracia, democracia, socialismo, comunismo, etc. Qual foi o resultado? A seguinte declarac ao sucinta e honesta da B ıblia responde muito bem: Homem 9. (a) Para AdaoeEva,qualfoiaconsequ encia da desobediencia, e que questoes importantes foram levantadas? (b) Por que Jeov asimplesmente nao destruiu os rebeldes? 10. No que se refere ao dom ınio humano, o que a Hist oria demonstra? 121

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125 H AINJUSTI CADAPARTEDEDEUS? tem dominado homem para seu preju ızo. (Eclesiastes 8:9) O profeta Jeremias tinha boas razoes para afirmar: Bem sei, ojeov a, que nao e do homem terreno o seu caminho. Nao edohomemqueandaodirigiroseupasso. Jeremias 10: Jeov asabiadesdeoin ıcio que o governo humano independente dele resultaria em muito sofrimento. Foi injusto da parte dele, entao, permitir que o inevit avel acontecesse? De modo algum! Para ilustrar: suponhamos que seu filho precise de uma cirurgia por causa de uma doenca que poderia mat a-lo. Voc esabequeaopera cao causar a certo sofrimento ao seu filho e isso o deixa muito triste. Ao mesmo tempo, sabe que ela permitir a que seu filho tenha sa udemelhor.demodosimilar,deussabia eat e predisse que, ao permitir que os humanos se governassem sozinhos, o resultado seria dor e sofrimento. (Genesis 3:16-19) Mas sabia tamb em que o al ıvio duradouro e significativo s o seria poss ıvel se ele permitisse que toda a humanidade visse os maus resultados da rebeliao. Dessa forma, a questao seria resolvida de uma vez para sempre. Aquest ao da integridade do homem 12 H a algo mais a se levar em conta. Satan as contestou o dom ınio divino se era leg ıtimo e justo e, ao fazer isso, difamou a soberania de Jeov a. Mas nao parou por a ı. Com esse desafio, ele tamb em caluniou os servos de Deus a respeito da sua integridade. Note, por exemplo, o que Satan as disse a Jeov aarespeitodej o, um homem justo: Nao puseste tu mesmo uma sebe em volta dele, e em volta da 11. Por que Jeov apermitiuqueara ca humana sofresse? 12. Como ilustrado no caso de J o, que acusac ao Satan as lancou contra os humanos? Jeov a nunca arrasar aojustojuntocomoin ıquo 123

126 124 ACHEGUE-SE A JEOV A sua casa, e em volta de tudo o que ele tem? Abencoaste o trabalho das suas maos, e o pr oprio gado dele se tem espalhado pela terra. Mas, ao inv es disso, estende tua mao, por favor,etocaemtudooqueeletem,ev esen ao te amaldicoar anatuapr opria face. J o1:10, Satan as afirmou que Jeov a usava Seu poder protetor para comprar a devoc ao de J o. Isso, por sua vez, dava a entender que a integridade de J oeras odabocaparafora,que ele adorava a Deus apenas por interesse. Satan as disse que, se fosse privado da ben c ao de Deus, at emesmoj o amaldicoaria ao Criador. O Diabo sabia que J o se destacava como homem inculpe e reto, temendo a Deus e desviando-se do mal. Se conseguisse destruir a integridade de J o, o que se poderia esperar do restante da humanidade? Assim, o Diabo na verdade estava questionando a lealdade de todos os que querem servir a Deus. De fato, levando a questao mais adiante, Satan as disse a Jeov a: Tudo o que ohomem[nao apenas J o] tem dar apelasuaalma. J o 1:8; 2:4. 14 AHist oria demonstra que muitos, como J o, permaneceram leais a Jeov aemfacedeprova coes exatamente o contr ario do que Satan as afirmou. Pela sua fidelidade, alegraram o corac ao de Jeov a e permitiram que Ele desmentisse o desafio arrogante do Diabo de que os humanos nao serviriam a Deus se passassem por dificuldades. (Hebreus 11:4-38) Muitas pessoas sinceras se recusaram a dar as costas a Deus. Quando confrontadas com as situac oes ArespeitodeJ o, Jeov a disse: Nao h aningu em igual a ele na terra. (J o1:8) Eprov avel, entao, que ele tenha vivido depois da morte de Jos eeantesdemois es se tornar o l ıder designado de Israel. Assim, podia-se dizer que, naquela epoca, ningu em era tao leal quanto J o. 13. O que Satan as deu a entender com suas acusac oes contra J o, e como isso envolve a todos os humanos? 14. OqueaHist oria tem mostrado quanto aacusa ` cao de Satan as contra os humanos?

127 H AINJUSTI CADAPARTEDEDEUS? mais perturbadoras, elas confiaram totalmente que Jeov a lhes daria forcas para perseverar. 2 Cor ıntios 4: Mas a justica de Jeov an ao tem que ver apenas com as questoes da soberania e da integridade do homem. A B ıblia apresenta um registro dos julgamentos de Jeov acontrapessoas e at ena coes inteiras. Tamb em cont em profecias sobre julgamentos que ele far a no futuro. Ser aquejeov asempre foi justo nos seus julgamentos? Por que podemos ter confianca que Ele sempre julgar acomjusti ca? Por que a justica divina esuperior 16 Sobre Jeov a, pode-se dizer corretamente: Todos os seus caminhos sao justica. (Deuteronomio 32:4) Nenhum de n os pode afirmar isso a seu pr oprio respeito, porque muitas vezes nossa limitada compreensao das coisas impede que entendamos plenamente o que e certo. Veja um exemplodisso.quandojeov a estava para destruir Sodoma, por causa da maldade excessiva daquela cidade, Abraao perguntou-lhe: Arrasar as realmente o justo junto com o in ı- quo? (Genesis 18:23-33) E claro que a resposta era nao. S o depois que o justo L o e suas filhas estavam a salvo na cidade de Zoar equejeov a fez... chover enxofre e fogo sobre Sodoma. (Genesis 19:22-24) Em contraste, quando Deus estendeu miseric ordia ao povo de N ınive, acendeu-se a... ira de Jonas. Visto que j a havia anunciado a destrui c ao da cidade, ele queria ve-la aniquilada apesar do arrependimento de corac ao dos seus habitantes. Jonas 3:10 4:1. 17 Jeov a assegurou a Abraao que sua justica inclu ıa nao s o destruir os perversos, mas tamb em salvar os justos. Por outro lado, Jonas teve de aprender que Jeov a e misericordioso. Se pessoas perversas mudam de atitude, ele est a 15. Que perguntas talvez surjam acerca dos julgamentos passados e futuros de Deus? 16, 17. Que exemplos demonstram que os humanos nao entendem bem o que e a verdadeira justica? 125

128 126 ACHEGUE-SE A JEOV A pronto a perdoar. (Salmo 86:5) Ao contr ario de alguns humanos inseguros, Jeov an ao executa julgamentos desfavor aveis s o para reafirmar seu poder, nem deixa de mostrar compaixao por medo de ser encarado como fraco. Seu modo de agir emostrarmiseric ordia sempre que h abase para ela. Isa ıas 55:7; Ezequiel 18: Mas Jeov an ao se deixa cegar por sentimentalismo. Quando seu povo se atolou na idolatria, Jeov adeclarou, com firmeza: Vou julgar-te segundo os teus caminhos e trazer sobre ti todas as tuas coisas detest aveis. E meu olho nao ter ad o de ti, nem terei compaixao, pois trarei sobre ti os teus pr oprios caminhos. (Ezequiel 7:3, 4) De modo que, quando humanos ficam obstinados no seu modo de agir, Jeov a julga-os de acordo com isso. Mas seu julgamento baseia-se em provas conclusivas. Assim, quando um alto clamor de queixa chegou aos seus ouvidos por causa de Sodoma e Gomorra, Jeov a declarou: Estou de todo resolvido a descer para ver se de fato agem segundo o clamor sobre isso, que tem chegado a mim. (Genesis 18:20, 21) Como somos gratos de que Jeov an ao e como muitos humanos que tiram conclusoes precipitadas antes de ouvir todos os fatos! Na verdade, Jeov a e, como a B ıblia o descreve muito bem, Deus de fidelidade e sem injustica. Deuteron o- mio 32:4. Tenha confianca na justica de Jeov a 19 AB ıblia nao esclarece cada d uvida a respeito das ac oes de Jeov a no passado, nem fornece todos os detalhes de como ele julgar a pessoas e grupos no futuro. Quando ficamos intrigados com relatos ou profecias b ıblicas que nao dao esses detalhes, devemos demonstrar a mesma lealdade 18. UseaB ıblia para mostrar que Jeov an ao age por sentimentalismo. 19. O que devemos fazer se ficarmos intrigados ao estudar as demonstrac oes da justica de Jeov a?

129 H AINJUSTI CADAPARTEDEDEUS? 127 Perguntas para Meditac ao Deuteronomio 10:17-19 Por que podemos ter confianca de que Jeov a e imparcial no seu modo de tratar a outros? J o 34:1-12 Quando confrontado com uma injustica, como as palavras de Eli u podem fortalecer sua confianca na justica de Deus? Salmo 1:1-6 Por que e tranquilizador saber que Jeov a avalia cuidadosamente os atos tanto dos justos como dos perversos? Malaquias 2:13-16 Como Jeov asesentiuemrela cao ainjusti ` ca praticada contra mulheres cujo marido se divorciava delas sem motivo v alido? queoprofetamiqueias,queescreveu: Mostrareiumaatitude de espera pelo Deus da minha salvac ao. Miqueias 7:7. 20 Podemos estar certos de que, em todas as situac oes, Jeov a sempre far aoque e certo. Embora asvezesoshumanos aparentemente ignorem as injusticas, Jeov aprome- ` te: A vinganca e minha; eu pagarei de volta. (Romanos 12:19) Nossa atitude de espera revelar a que temos a mesma convicc ao que o ap ostolo Paulo: H ainjusti ca da parte de Deus? Que isso nunca se torne tal! Romanos 9: Enquanto isso, vivemos em tempos cr ıticos, dif ıceis de manejar. (2 Tim oteo 3:1) Por causa da injustica e dos atos de opressao, presenciamos muitos abusos cru eis. (Eclesiastes 4:1) Mas Jeov an ao mudou. Ele ainda odeia a injusticaesepreocupamuitocomasv ıtimas dela. Se permanecermos leais a Jeov ae a ` sua soberania, ele nos dar afor cas para perseverarmos at e o tempo designado, sob o dom ı- nio do seu Reino, quando ele corrigir atodasasinjusti cas. 1Pedro5:6,7. 20, 21. Por que podemos ter certeza de que Jeov asemprefar aoque ecerto?

130 ` C A P I T U L O 1 3 A lei de Jeov a eperfeita A LEI eumburacosemfundo,...engoletudo. Essadeclarac ao aparece num livro publicado em O autor ex- pressava sua desaprovac ao a um sistema jur ıdico em que os processos muitas vezes se arrastavam por anos nos tribunais, resultando em ru ına financeira para os que buscavam justica. Em muitos pa ıses, o sistema judicial e legal et ao complexo, tao cheio de injusticas, preconceitos e incoerencias que o desprezo pela lei se tornou comum. 2 Em contraste, veja estas palavras escritas h a uns anos: Quanto eu amo a tua lei! (Salmo 119:97) Por o salmista tinha sentimentos tao intensos? Porque a lei queeleamavan ao havia sido criada por governos seculares, mas por Jeov adeus. A medida que estudar as leis de Jeov a, provavelmente vocetamb em se sentir a cada vez mais como o salmista. Esse estudo o ajudar a a entender um pouco melhor o maior Legislador do Universo. O Legislador supremo 3 H aumque e legislador e juiz, diz a B ıblia. (Tiago 4:12) De fato, Jeov a e o Legislador por excelencia. At eosmovimentos dos corpos celestes sao governados pelas leis dos c eus, que ele criou. ( J o 38:33; AB ıblia de Jerusal em) Os milhares e milhares de santos anjos de Jeov aest ao organizados em categorias definidas e servem sob a ordem direta de Deus, como Seus ministros. Portanto, tamb em sao governados pela lei divina. Salmo 104:4; Hebreus 1:7, Jeov atamb em deu leis a ` humanidade. Cada um de n os tem uma consciencia, que reflete o senso de justica de 1, 2. Por que muitas pessoas desprezam a lei, mas como talvez venhamosanossentiremrela cao as ` leis de Deus? 3, 4. De que modos Jeov a mostrou ser Legislador?

131 A LEI DE JEOV A EPERFEITA Jeov a. Ela eumaesp ecie de lei interior que nos ajuda a distinguir o certo do errado. (Romanos 2:14) Nossos primeiros pais foram abencoados com uma consciencia perfeita, de modo que precisavam de poucas leis. (Genesis 2:15-17) Humanos imperfeitos, por em, precisam de mais leis para orient a-los a fim de fazer a vontade de Deus. Patriarcas, como No e, Abraao e Jac o, receberam leis de Jeov a Deus e as transmitiram as ` suas fam ılias. (Genesis 6:22; 9:3-6; 18:19; 26:4, 5) Jeov a se tornou Legislador de uma forma sem precedentes quando deu ana ` cao de Israel o c odigo da Lei por meio de Mois es. Esse c odigo jur ıdico nos ajuda a entender melhor o senso de justica de Jeov a. Lei mosaica um apanhado geral 5 Muitos acham que a Lei mosaica era um conjunto de leis volumoso e complexo. Mas estao redondamente enganados! O c odigo inteiro inclu ıa mais de 600 leis. Isso talvez pareca bastante, mas pense: no fim do s eculo 20, as leis federais dos Estados Unidos enchiam 150 mil p aginas de livros jur ıdicos. A cada dois anos, acrescentavam-se mais umas 600 leis! Assim, em termos apenas de volume, a Lei mosaica parece min uscula em comparac ao com essa montanha de leis humanas. Mas a lei de Deus orientava os israelitas em areas da vida que as leis modernas nem de longe abrangem. a. Por isso, nenhum ou- ıdico se compara a ela. A maior de suas leis era: Escuta, o Israel: Jeov a, nosso Deus, eums ojeov a. E tens de amar a Jeov a, teu Deus, de todo o teu corac ao, e de toda a tuaalma,edetodaatuafor cavital. ComoopovodeDeus Vamos ver um apanhado geral dela. 6 A Lei exaltava a soberania de Jeov tro c odigo jur 5. Pode-se dizer que a Lei mosaica era um conjunto de leis volumoso e complexo? Por que responde assim? 6, 7. (a) O que torna a Lei mosaica diferente de qualquer outro c odigo jur ıdico, e qual era o maior mandamento expresso nela? (b) Como os israelitas mostravam que aceitavam a soberania de Jeov a? 129

132 130 ACHEGUE-SE A JEOV A poderia expressar amor por Ele? Deveriam servi-lo e se sujeitar a ` Sua soberania. Deuteron omio 6:4, 5; 11:13. 7 Como os israelitas mostravam que aceitavam a soberania de Jeov a? Sujeitando-se aqueles ` que representavam a autoridade divina, como pais, maiorais, ju ızes, sacerdotes e, mais tarde, reis. Jeov a encarava qualquer rebeliao contra essas autoridades como rebeli ao contra ele pr oprio. Por outro lado, autoridades que lidassem de forma injusta ou arrogante com opovodejeov asearriscavamaincorrernairadele.( Exodo 20:12; 22:28; Deuteronomio 1:16, 17; 17:8-20; 19:16, 17) Assim, ambas as partes deveriam defender a soberania de Deus. 8 A Lei defendia a norma divina de santidade. As palavras santo e santidade aparecem mais de 280 vezes na Lei mosaica. A Lei ajudava o povo de Deus a distinguir entre o queerapuroeoqueeraimpuro,citandocercade70coisas que tornavam um israelita cerimonialmente impuro. Essas leis traziam benef ıcios not aveis para a sa ude, porque tratavam de higiene f ısica, dieta e at e manejo de lixo e res ıduos. Maselastinhamumobjetivomaisnobre:manteropovono favor de Jeov a, separado das pr aticas pecaminosas das nacoes degeneradas que os rodeavam. Vejamos um exemplo. 9 Estatutos do pacto da Lei declaravam que o parto e as relac oes sexuais mesmo entre casados resultavam num per ıodo de impureza. (Lev ıtico 12:2-4; 15:16-18) Isso nao depreciava essas d adivas puras de Deus. (Genesis 1:28; 2:18-25) Ao contr ario, essas leis defendiam a santidade de Jeov a, Por exemplo, leis que exigiam que o excremento humano fosse enterrado, que doentes fossem postos de quarentena e que aqueles que tocassem num cad aver se lavassem estavam s eculos afrentedoseu ` tempo. Lev ıtico 13:4-8; N umeros 19:11-13, 17-19; Deuteronomio 23:13, Como a Lei defendia a norma divina de santidade? 9, 10. O pacto da Lei inclu ıa que estatutos sobre relac oes sexuais e parto, e que benef ıcios essas leis traziam?

133 A LEI DE JEOV A EPERFEITA ajudando Seus adoradores a evitar depravac oes. Como? As nac oes ao redor de Israel costumavam misturar sexo e ritos de fertilidade na sua adorac ao. A religiao cananeia inclu ıa prostitui c ao masculina e feminina. O resultado disso era depravac ao da pior esp ecie, que se espalhava facilmente. Em contraste com isso, a Lei separava totalmente a adorac ao de Jeov a de assuntos sexuais. Tamb em havia outros benef ıcios. 10 Essas leis serviam para ensinar uma verdade fundamental. Afinal de contas, como e que o pecado adamico etransmitido de gerac ao para gerac ao? Nao e por meio das relac oes sexuais e do parto? (Romanos 5:12) De modo que a Lei de Deus lembrava ao Seu povo que o pecado era uma realidade da vida. De fato, todos nascemos com ele. (Salmo 51:5) Precisamos de perdao e redenc ao para poder nos achegar ao nosso Deus santo. 11 A Lei defendia a justiça perfeita de Jeov a. Ela sustentava oprinc ıpio da equivalencia, ou equil ıbrio, em questoes judiciais. Por isso, declarava: Ser a alma por alma, olho por olho, dente por dente, mao por mao, p e por p e. (Deuteronomio 19:21) Portanto, a punic ao pelos crimes tinha de ser proporcional a ` gravidade deles. Esse aspecto da justica divinapermeavaaleieat ehoje eessencialparaentendermoso sacrif ıcio de resgate de Cristo Jesus, conforme mostrar aocap ıtulo Tim oteo 2:5, 6. Nos templos cananeus havia salas reservadas para atividades sexuais, mas a Lei mosaica declarava que algu em impuro nao podia nem mesmo entrar no templo. Assim, visto que as relac oes sexuais resultavam num per ıodo de impureza, ningu em poderia legalmente incluir o sexo como parte da adorac ao na casa de Jeov a. O objetivo principal da Lei era ensinar. Na verdade, a obra Conhecimento Judaico menciona que a palavra hebraica para lei, tohr ah, significa instruc ao. 11, 12. (a) A Lei sustentava que princ ıpio fundamental de justica? (b) Ela inclu ıa que regulamentos para evitar que a justica fosse deturpada? 131

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135 A LEI DE JEOV A EPERFEITA 12 ALeitamb em inclu ıa regulamentos para evitar que a justica fosse deturpada. Por exemplo, era preciso pelo menos duas testemunhas para confirmar uma acusac ao. A penalidade por perj urio era severa. (Deuteron omio 19:15, 18, 19) Tamb em se proibia categoricamente a corrupc ao e o suborno. ( Exodo 23:8; Deuteronomio 27:25) At emesmonaspr a- ticas comerciais o povo de Deus devia defender as elevadas normas divinas de justica. (Lev ıtico 19:35, 36; Deuterono- mio 23:19, 20) A Lei mosaica era um c odigo jur ıdico sublime ejusto.foiumagrandeb enc ao para Israel. Leis que ressaltavam a miseric ordia e a imparcialidade 13 A Lei mosaica era um conjunto de regras r ıgidas e impiedosas? Nada disso! O Rei Davi foi inspirado a escrever: A lei de Jeov a e perfeita. (Salmo 19:7) Ele sabia muito bem que a Lei promovia a miseric ordiaeaimparcialidade.como? 14 Em alguns pa ıses hoje, parece que as leis mostram mais compaixao e considerac aopeloscriminososdoquepelasv ı- timas. Por exemplo, os ladroes sao mandados para a prisao, mas, nesse meio-tempo, as v ıtimas ficam privadas dos bens roubados e ainda tem de pagar os impostos que servem para abrigar e alimentar os criminosos. No Israel antigo, nao havia prisoes como as que existem hoje, e leis espec ıficas determinavam a severidade das punic oes. (Deuteron omio 25:1-3) Oladr ao tinha de indenizar a v ıtima por aquilo que havia roubado e ainda pagar uma multa adicional. De quanto? Isso variava. Em Lev ıtico 6:1-7 estipula-se uma multa bem menordoqueamencionadaemexodo 22:7. Pelo visto, isso se dava porque os ju ızes tinham autonomia para avaliar diversos fatores, como o arrependimento do transgressor, antes de estipular o valor da multa. 13, 14. Como a Lei promovia o tratamento imparcial e justo para com ladroes e v ıtimas? 133

136 134 ACHEGUE-SE A JEOV A 15 Numa demonstrac ao de miseric ordia, a Lei reconhecia que nem todos os pecados sao deliberados. Por exemplo, se algu em matasse outra pessoa por acidente, nao precisava pagar alma por alma se tomasse a ac ao correta: fugir para uma das cidades de ref ugio espalhadas pelo territ orio de Israel. Ju ızes capacitados examinavam o caso e o fugitivo tinha de morarnacidadederef ugio at eamortedosumosacerdote. Da ı, estaria livre para morar onde quisesse. Assim, ele se beneficiava da miseric ordia divina, mas ao mesmo tempo essa lei lembrava o grande valor da vida humana. N umeros 15:30, 31; 35: A Lei defendia os direitos individuais. Veja como ela protegia os endividados. Era proibido que algu em entrasse na casa de outra pessoa para pegar um bem como garantia de uma d ıvida. O credor tinha de esperar, na porta, que o devedor trouxesse o bem at e ele. Ou seja, o lar de um homem era considerado inviol avel. Se o credor pegasse a roupa exterior de algu em como garantia, deveria devolv e-la anoite, ` visto que o devedor provavelmente precisaria dela para se aquecer. Deuteron omio 24: A Lei tinha regulamentos at e mesmo em relac ao aguerra. O povo de Deus ia aguerra,n ` ao para satisfazer uma an- ` sia por poder ou conquistas, mas para servir como representantes de Deus nas Guerras de Jeov a. (N umeros 21:14) Em muitos casos, os israelitas eram obrigados a oferecer a rendicao primeiro. Somente se a cidade rejeitasse a oferta eque Israel podia siti a-la, mas ainda assim era preciso seguir as orientac oes de Deus. Diferentemente de muitos soldados ao longo da Hist oria, os homens do ex ercito de Israel nao podiam estuprar as mulheres nem promover massacres injusti- 15. Como a Lei refletia tanto miseric ordia como justica no caso daqueles que matavam algu em por acidente? 16. Como a Lei defendia certos direitos individuais? 17, 18. Noquesereferea ` guerra, em que sentidos os israelitas eram diferentes das outras nac oes, e por que?

137 A LEI DE JEOV A EPERFEITA fic aveis. Deviam at e mesmo respeitar o meio ambiente: nao podiam derrubar as arvores frut ıferas nas terras do inimigo. Outros ex ercitos nao tinham essas restric oes. Deuterono- mio 20:10-15, 19, 20; 21: Fica horrorizado quando ouve falar que, em alguns pa ı- ses, criancas sao treinadas como soldados? No Israel antigo, nenhum homem com menos de 20 anos podia ser recrutado para o ex ercito. (N umeros 1:2, 3) At e homens adultos eram eximidos se tivessem muito medo. Um rec em-casado era eximido por um ano inteiro para que, antes de par- tir para esse servico perigoso, pudesse ver o nascimento de um herdeiro. Dessa forma, explicava a Lei, o jovem marido poderia alegrar sua jovem esposa. Deuteronomio 20:5, 6, 8; 24:5. 19 ALeitamb em protegia e fazia provis oes para mulheres, criancas e fam ılias. Ela ordenava que os pais dessem constante atenc ao e instruc ao espiritual aos filhos. (Deuteron o- mio 6:6, 7) Proibia toda forma de incesto, sob pena de morte. (Lev ıtico, cap ıtulo 18) Proibia tamb em o adult erio, que muitas vezes destr oi fam ılias e acaba com sua seguranca e dignidade. A Lei estipulava provis oes para vi uvas e orf aos e proibia, nos termos mais fortes poss ıveis, que fossem maltratados. Exodo 20:14; 22: Nesse respeito, por em, alguns se perguntam: Por que a Lei permitia a poligamia? (Deuteronomio 21:15-17) E preciso analisar essas leis no seu contexto hist orico. Quem A Lei perguntava de modo direto: Ea arvore do campo algum homem a ser sitiado por ti? (Deuteronomio 20:19) Filo, erudito judeu do primeiro s eculo, citou essa lei, explicando que Deus acha injusto que a ira que se acende contra homens seja lancada contra coisas que sao inocentes de todo o mal. 19. Como a Lei protegia mulheres, criancas, fam ılias, vi uvas e orf aos? 20, 21. (a) Por que a Lei mosaica permitia a poligamia em Israel? (b) Na questao do div orcio, por que a Lei era diferente da norma que mais tarde Jesus restaurou? 135

138 136 ACHEGUE-SE A JEOV A avalia a Lei mosaica a ` luz da cultura e dos tempos modernos com certeza vai entende-la mal. (Prov erbios 18:13) A norma de Jeov a, estabelecida l ano Eden, era que o casamento fosse uma uniao duradoura entre um s ohomemeuma s omulher.(g enesis 2:18, 20-24) Mas, quando Jeov adeua Lei a Israel, costumes como o da poligamia j a eram praticados por s eculos. Jeov a sabia muito bem que seu povo de dura cerviz frequentemente falharia em obedecer at eaos mandamentos mais simples, como o que proibia a idolatria. ( Exodo 32:9) Assim, de forma muito sensata, ele nao tentou fazer naquela epoca grandes reformas nos costumes matrimoniais. E preciso lembrar, por em, que nao foi Jeov aquem instituiu a poligamia. Mas ele usou a Lei mosaica para regulamentar essa pr atica entre o seu povo e evitar abusos. 21 De modo similar, a Lei mosaica apresentava uma lista relativamente ampla de razoes graves que permitiam que um homem se divorciasse da esposa. (Deuteronomio 24:1-4) Jesus chamou isso de uma concessao da parte de Deus ao povo judeu porcausadadurezados...cora coes deles. Mas essa era uma concessao tempor aria. Para seus seguidores, Jesus restaurou a norma original de Jeov aparaocasamento. Mateus 19:8. ALeipromoviaoamor 22 Sabe de algum sistema jur ıdico moderno que incentive o amor? Pois a Lei mosaica promovia o amor acima de tudo. S onolivrodedeuteron omio a palavra amor, e outras derivadas, aparece mais de 20 vezes. O segundo maior mandamento de toda a Lei era: Tens de amar o teu pr oximo como a ti mesmo. (Lev ıtico 19:18; Mateus 22:37-40) O povo de Deus devia mostrar esse amor nao s o a outros israelitas, mas tamb em aos imigrantes que morassem entre eles, lem- 22. De que modos e a quem a Lei mosaica incentivava que se demonstrasse amor?

139 ` A LEI DE JEOV A EPERFEITA 137 Perguntas para Meditac ao Lev ıtico 19:9, 10; Deuteron omio 24:19 Como se sente em relacao ao Deus que fez essas leis? Salmo 19:7-14 Como Davi se sentia em relac ao a lei de Jeov a? As leis divinas devem ter que valor para n os? Miqueias 6:6-8 Como esse texto nos ajuda a entender que nao e correto encarar as leis de Jeov a como um fardo? Mateus 23:23-39 Como os fariseus mostravam que nao entendiam o esp ırito da Lei, e de que modo o exemplo deles serve de alerta para n os? brando-se de que eles pr oprios haviam vivido numa terra estrangeira no passado. Deviam mostrar amor pelos pobres e sofredores, ajudando-os em sentido material e nao tirando vantagem de sua situac ao. Os israelitas foram at emesmo orientados a tratar seus animais de carga com bondade e considerac ao. Exodo 23:6; Lev ıtico 19:14, 33, 34; Deuteronomio 22:4, 10; 24:17, Que outra nac ao foi abencoada com um c odigo jur ıdico semelhante? Nao edeestranhar,ent ao, que o salmista escrevesse: Quanto eu amo a tua lei! Longe de ser apenas um sentimento, seu amor o movia aa ` cao ele se esforcava a obedecer aquela ` lei e a viver segundo os seus princ ıpios. Ele prosseguiu, dizendo: O dia inteiro [tua lei] eaminhapreocupac ao. (Salmo 119:11, 97) Ele regularmente passava tem- po estudando as leis de Jeov a. Sem d uvida, amedidaquefazia isso, aumentava o seu amor tanto por essas leis quanto ` pelo Legislador, Jeov a Deus. Continue a estudar a lei divina evoc etamb em se achegar amaisajeov a, o Grandioso Legislador, o Deus de justica. 23. O escritor do Salmo 119 se sentiu motivado a fazer o qu e, e o que devemos estar decididos a fazer?

140 C A P I T U L O 1 4 Jeov aprovidenciouum resgate em troca de muitos TODA a criac ao junta persiste em gemer e junta est a em dores. (Romanos8:22)Essaspalavrasdoap ostolo Paulo descrevem muito bem o estado deplor avel em que nos encontramos. Do ponto de vista humano, parece nao haver sa ıda do sofrimento, do pecado e da morte. Mas Jeov an ao ecomo os humanos ele nao tem limita c oes. (N umeros 23:19) ODeusdejusti ca providenciou uma maneira de escaparmos do sofrimento. Chama-se resgate. 2 Oresgate eomaiorpresentedejeov aparaahumanidade. Torna poss ıvel que sejamos libertos do pecado e da morte. (Ef esios 1:7) E a base da esperanca de vida eterna, quer no c eu quer no Para ıso na Terra. (Lucas 23:43; Joao 3:16; 1 Pedro 1:4) Mas o que e exatamente o resgate? O que nos ensina sobre a inigual avel justi ca de Jeov a? Como surgiu a necessidade de um resgate 3 O resgate se tornou necess ario devido ao pecado de Adao. Ele desobedeceu a Deus e, com isso, deixou para a sua descendencia uma heranca de doenca, pesar, dor e morte. (Ge- nesis 2:17; Romanos 8:20) Deus nao podia simplesmente ceder ao sentimentalismo e substituir a sentenca de morte por um castigo menor. Se fizesse isso, estaria ignorando sua pr o- pria lei: O sal ario pago pelo pecado e a morte. (Romanos 6:23) E se Jeov a desconsiderasse suas pr oprias normas de justica, o resultado seria caos e anarquia universais. 1, 2. Como a B ıblia descreve a condic ao da humanidade e qual ea unica sa ıda? 3. (a) Por que surgiu a necessidade de um resgate? (b) Por que Deus nao podia simplesmente mudar a sentenca de morte da descenden- ciadead ao?

141 JEOV A PROVIDENCIOU UM RESGATE EM TROCA DE MUITOS 4 Como vimos no Cap ıtulo 12, a rebeliao no Eden levantou questoes ainda mais importantes. Satan as difamou o bom nome de Deus. Na verdade, ele acusou Jeov adeserummentiroso, um ditador cruel que privava Suas criaturas de liber- dade. (Genesis 3:1-5) Quando aparentemente frustrou o prop osito divino de encher a Terra de humanos justos, Satan as tamb em deu a entender que Deus era um fracassado. (Ge- nesis 1:28; Isa ıas 55:10, 11) Se Jeov a tivesse deixado de responder a esses desafios, muitas de suas criaturas inteligentes talvez tivessem perdido a confianca no Seu dom ınio. 5 Satan as tamb em caluniou os servos leais de Jeov a, acusando-os de servir a Ele apenas por motivos ego ıstas e afirmando que, sob pressao, nenhum deles permaneceria fiel a Deus. ( J o 1:9-11) Essas questoes eram muito mais importantes do que as dificuldades da humanidade. Com toda a razao, Jeov asesentiunaobriga cao de responder as ` acusac oes caluniosas de Satan as. Mas como Ele poderia resolver essas questoes e ainda assim salvar a humanidade? Resgate uma equivalencia 6 Asolu cao que Jeov a apresentou era totalmente misericordiosa, extremamente justa e maravilhosamente simples umasolu cao que nenhum humano poderia ter imaginado. E chamada de v arias maneiras: compra, reconciliac ao, redenc ao, propiciac ao e expiac ao. (Salmo 49:8; Daniel 9:24; G alatas 3:13; Colossenses 1:20; Hebreus 2:17) Mas a expressao que melhor a define e aquela usada pelo pr oprio Jesus, que disse: O Filho do homem naoveioparaqueselhemi- nistrasse, mas para ministrar e dar a sua alma como resgate [em grego, l ytron] em troca de muitos. Mateus 20:28. 4, 5. (a) Como Satan ascaluniouadeus,eporqueestesesentiuna obrigac ao de responder aos desafios? (b) Do que Satan as acusou os servos leais de Jeov a? 6. Quais sao algumas expressoes usadas na B ıblia para descrever o modo de Deus salvar a humanidade? 139

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143 JEOV A PROVIDENCIOU UM RESGATE EM TROCA DE MUITOS 7 Oque eumresgate?apalavragregausadaaquivemde um verbo que significa deixar ir, libertar. Esse termo era usado para o preco pago em troca da liberdade de prisioneiros de guerra. Basicamente, entao, pode-se definir resgate como algo pago para recomprar outra coisa. Nas Escrituras Hebraicas, a palavra para resgate (k ofer) derivadeum verbo que significa cobrir. Por exemplo, Deus disse a No e que cobrisse (uma forma da mesma palavra) a arca com alcatrao. (Genesis 6:14) Isso nos ajuda a entender que resgatar tamb em significa cobrir pecados. Salmo 65:3. 8 Um dicion ario teol ogico afirma que essa palavra (k o- fer) sempredenotaumaequival encia, ou corresponden- cia. (Theological Dictionary of the New Testament) Assim, a tampa da arca do pacto tinha um formato que correspondia, ou equivalia, ao da pr opria arca. De modo similar, a fim de resgatar, ou cobrir, o pecado, era preciso pagar um preco que correspondesse, ou cobrisse, plenamente o dano causado pelo pecado. Em harmonia com isso, a Lei de Deus a Israel declarava: Ser a alma por alma, olho por olho, dente por dente, mao por mao, p e por p e. Deuteronomio 19:21. 9 Homens fi eis, a partir de Abel, ofereceram sacrif ıcios de animais a Deus. Ao fazer isso, demonstraram que estavam cientes de que o pecado existia e que se precisava de redenc ao, e mostraram sua f enaliberta cao prometida por Deus por interm edio do seu descendente. (Genesis 3:15; 4:1-4; Lev ıtico 17:11; Hebreus 11:4) Jeov aseagradavadesses sacrif ıcios e concedia uma condic ao limpa a seus adora- dores. Contudo, os sacrif ıcios de animais eram, na melhor 7, 8. (a) O que o termo resgate significa nas Escrituras? (b) Por quesedizqueoresgateenvolveequival encia? 9. Por que razao homens fi eis ofereceram sacrif ıcios de animais, e como Jeov aencaravaessessacrif ıcios? Um resgate correspondente por todos 141

144 142 ACHEGUE-SE A JEOV A das hip oteses, apenas representativos. Nao podiam cobrir totalmente os pecados humanos, pois os animais sao inferiores ao homem. (Salmo 8:4-8) Por isso, a B ıblia diz: Nao e poss ıvel que o sangue de touros e de bodes tire pecados. (Hebreus 10:1-4) Esses sacrif ıcios eram apenas ilustrativos, simbolizando o verdadeiro sacrif ıcio de resgate futuro. Resgate correspondente 10 Em Adao todos morrem, disse o ap ostolo Paulo. (1 Cor ıntios 15:22) Assim, o resgate precisava envolver a morte do equivalente exato de Adao: um humano perfeito. (Romanos 5:14) Nenhuma outra criatura podia equilibrar a balanca da justica. Somente um humano perfeito, que nao estivesse debaixo da sentenca de morte adamica, poderia oferecer um resgate [perfeitamente] correspondente aad ao. (1 Tim oteo 2:6) Nao seria preciso que incont aveis milhoes de humanos se sacrificassem para corresponder a cada descendente de Adao. O ap ostolo Paulo explicou: Por interm edio de um s ohomem[ad ao] entrou o pecado no mundo, e a morte por interm edio do pecado. (Romanos5:12)E vistoqueamorte e por interm e- dio dum homem, Deus providenciou a redenc ao para a humanidade por interm edio dum homem. (1 Cor ıntios 15:21) Como? 11 Jeov a tomou providencias para que um homem perfeito sacrificasse voluntariamente a sua vida. Segundo Romanos 6:23, o sal ario pago pelo pecado eamorte.aosacrificar sua vida, o resgatador provaria a morte por todo homem. Em outras palavras, pagaria o sal ario pelo pecado de Adao. (Hebreus 2:9; 2 Cor ıntios 5:21; 1 Pedro 2:24) Isso 10. (a) O resgatador tinha de ser equivalente a quem, e por que? (b) Por que foi necess ario s oumsacrif ıcio humano? 11. (a) Em que sentido o resgatador provaria a morte por todo homem? (b) Por que Adao e Eva nao se beneficiariam do resgate? (Veja anota.)

145 ` JEOV A PROVIDENCIOU UM RESGATE EM TROCA DE MUITOS teria profundas implicac oes jur ıdicas. Ao anular a sentenca de morte sobre a descendencia obediente de Adao, o resgate eliminaria o poder destrutivo do pecado direto na fonte. Romanos 5: Para ilustrar: imagine-se morando numa cidade em que a maioria dos habitantes trabalha em uma grande f a- brica. Voceeseusvizinhost em um bom sal ario e uma vida confort avel. At equeumdiaaf abrica fecha as portas. Por que motivo? O diretor se tornou corrupto e levou a firma afal encia. De repente, voce e seus vizinhos estao desempregados e as contas comecam a se acumular. Conjuges, filhos e credores sofrem por causa da corrupc ao daquele homem. Existe sa ıda? Sim! Um benfeitor rico resolve intervir. Elesabequantovaleacompanhiaeimaginaoqueosempregados e suas fam ılias estao passando. Assim, paga as d ı- vidasdafirmaereabreaf abrica. O cancelamento daquela unica d ıvida traz al ıvio para muitos empregados, suas fam ılias e credores. De modo similar, o cancelamento da d ıvida de Adao beneficia incont aveis milhoes de pessoas. Quem providenciou o resgate? 13 Somente Jeov a poderia providenciar o Cordeiro... que tira o pecado do mundo. (Joao 1:29) Mas Deus nao enviou um simples anjo para resgatar a humanidade. Enviou Aquele que poderia fornecer uma resposta definitiva Adao e Eva nao podiam se beneficiar do resgate. A Lei mosaica declarou o seguinte princ ıpio com respeito a assassinos deliberados: Nao deveis aceitar nenhum resgate pela alma dum assassino que merece morrer. (N umeros 35:31) E obvio que Adao e Eva mereciam morrer porque desobedeceram a Deus deliberadamente e com plena consciencia dos seus atos. Dessa forma, abriram mao de suas perspectivasdevidaeterna. 12. Ilustre como o pagamento de uma unica d ıvida pode beneficiar muitas pessoas. 13, 14. (a) Como Jeov a providenciou o resgate para a humanidade? (b) A quem este e pago, e por que esse pagamento e necess ario? 143

146 144 ACHEGUE-SE A JEOV A econclusiva aacusa ` cao de Satan as contra os servos de Jeov a. De fato, Deus fez o sacrif ıcio supremo de enviar seu Filho unigenito, aquele de quem ele gostava especialmente. (Prov erbios 8:30) Voluntariamente, o Filho de Deus se esvaziou de sua natureza espiritual. (Filipenses 2:7) De forma milagrosa, Jeov atransferiuavidaeapersonalidade do seu Filho primogenito do c eu para o utero de uma virgem judia, chamada Maria. (Lucas 1:27, 35) Como homem, recebeu o nome de Jesus. Mas em sentido jur ıdico, poderia ser chamado de o segundo Adao, porque era o equivalente exato de Adao. (1 Cor ıntios 15:45, 47) Assim, Jesus podia se oferecer em sacrif ıcio como resgate pela humanidade pecadora. 14 A quem o resgate seria pago? O Salmo 49:7 diz especificamente que seria pago a Deus. Mas nao foi Jeov a quem providenciou o resgate? Sim, mas isso nao eraz ao para encararmos esse ato como uma troca in util e meca- nica, como se ele tirasse dinheiro de um bolso e colocasse no outro. Deve-se entender que o resgate nao eumatroca f ısica, mas uma transac ao jur ıdica. Ao providenciar o pagamento do resgate, a um enorme custo para si mesmo, Jeov a confirmou sua inabal avel aderencia asuapr ` opria justica perfeita. Genesis 22:7, 8, 11-13; Hebreus 11:17; Tiago 1: No in ıcio do ano 33 EC, Jesus Cristo voluntariamente se submeteu a uma provac ao que resultou no pagamento do resgate. Ele se deixou ser preso sob acusac oes falsas, julgado culpado e pregado numa estaca de execuc ao. Era realmente necess ario que Jesus sofresse tanto? Sim, porque era preciso resolver a questao da integridade dos servos de Deus. O interessante e que Deus nao permitiu que Herodes matasse Jesus enquanto este era bebe. (Mateus 2:13-18) Mas quando se tornou adulto, Jesus estava apto a re- 15. Por que era necess ario que Jesus sofresse e morresse?

147 JEOV A PROVIDENCIOU UM RESGATE EM TROCA DE MUITOS 145 sistir aos ataques de Satan as com pleno entendimento das questoes envolvidas. Ao se manter leal, candido, imaculado, separado dos pecadores apesar do horr ıvel tratamento que recebeu, Jesus provou de forma maravilhosa econclusivaquejeov a tem mesmo servos que permanecem fi eis sob provac oes. (Hebreus 7:26) Nao edeadmirar, entao, que no momento de sua morte Jesus clamasse em triunfo: Est a consumado! Joao 19:30. Ele leva at e o fim seu trabalho de redenc ao 16 Jesus ainda tinha de concluir seu trabalho de redenc ao. No terceiro dia depois da sua morte, Jeov a o ressuscitou dos mortos. (Atos 3:15; 10:40) Por meio desse ato marcante, Jeov an ao s o recompensou o Filho por seu servico fiel, mas tamb em lhe deu a oportunidade de terminar seu trabalho de redenc ao como Sumo Sacerdote de Deus. (Romanos 1:4; 1 Cor ıntios 15:3-8) O ap ostolo Paulo explica: Quando Cristoveiocomosumosacerdote...,eleentrounolugar santo, nao, nao com o sangue de bodes e de novilhos, mas com o seu pr oprio sangue, de uma vez para sempre, e obteve para n os um livramento eterno. Porque Cristo entrou, nao num lugar santo feito por maos, que eumac opia da realidade, mas no pr oprio c eu, para aparecer agora por n os perante apessoadedeus. Hebreus9:11,12,24. Para contrabalancar o pecado de Adao, Jesus tinha de morrer, nao como crianca perfeita, mas como homem perfeito. Lembre-se de que o pecado de Adao foi deliberado, cometido com pleno conhecimentodaseriedadedoatoedesuasconsequ encias. Assim, a fim de se tornar o ultimo Adao e cobrir o pecado, Jesus tinha de fazer uma escolhamaduraeconscientedemanteraintegridadeajeov a. (1 Cor ıntios 15:45,47)DemodoqueacondutafieldeJesusdurantetodaavida incluindo sua morte sacrificial serviu como um s oatodejustificac ao. Romanos 5:18, , 17. (a) Como Jesus concluiu seu trabalho de redenc ao? (b) Por que era necess ario que Jesus aparecesse por n os perante a pessoa de Deus?

148 146 ACHEGUE-SE A JEOV A 17 Cristo nao podia levar seu sangue literal para o c eu. (1 Cor ıntios 15:50) Em vez disso, ele levou o que o sangue simbolizava: o valor legal do sacrif ıcio de sua vida humana perfeita. Da ı,peranteapessoadedeus,eleapresentouformalmente o valor da sua vida como resgate em troca da hu- manidade pecadora. Ser aquejeov a aceitou esse sacrif ıcio? Sim,eissoficouevidentenoPentecostesde33EC,quando foi derramado esp ırito santo sobre 120 disc ıpulos em Jerusal em. (Atos 2:1-4) Embora isso tenha sido emocionante, era apenas o primeiro dos maravilhosos benef ıcios que o resgate ainda traria. Benef ıcios do resgate 18 Na sua carta aos colossenses, Paulo explica que Deus achou bom reconciliar Consigo mesmo, por meio de Cristo, todas as outras coisas, fazendo a paz por interm edio do sangue que Jesus derramou na estaca de tortura. Paulo tamb em explica que essa reconciliac ao envolve dois grupos de pessoas: as coisas nos c eus e as coisas na terra. (Colossenses 1:19, 20; Ef esios 1:10) O primeiro grupo e composto de 144 mil cristaos que recebem a esperanca de servir como sacerdotes celestiais e reinar sobre a Terra com Cristo Jesus. (Revelac ao [Apocalipse] 5:9, 10; 7:4; 14:1-3) Por interm e- dio deles, os benef ıcios do resgate serao aplicados gradativamente a ` humanidade obediente por um per ıodo de mil anos. 1 Cor ıntios 15:24-26; Revelac ao 20:6; 21:3, As coisas na terra s ao aqueles que aguardam ter vida perfeita na Terra transformada num para ıso. Revelac ao 7:9-17 descreve-os como uma grande multidao que sobreviver a a ` vindoura grande tribulac ao. Mas nao precisam esperar at el a para se beneficiar do resgate. Eles j a lavaramas suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do 18, 19. (a) Que dois grupos se beneficiam da reconciliac ao possibilitada pelo sangue de Cristo? (b) Para os membros da grande multidao, quais sao alguns dos benef ıcios atuais e futuros do resgate?

149 JEOV A PROVIDENCIOU UM RESGATE EM TROCA DE MUITOS 147 Perguntas para Meditac ao N umeros 3:39-51 Por que e essencial que o resgate seja o equivalente exato? Salmo 49:7, 8 Por que temos uma d ıvida para com Deus por ele ter providenciado o resgate? Isa ıas 43:25 Como esse texto nos ajuda a entender que a salvacao do homem nao e o motivo principal de Jeov aprovidenciar oresgate? 1Cor ıntios 6:20 Que efeito o resgate deve ter na nossa conduta e no nosso estilo de vida? Cordeiro. Visto que exercem f e no resgate, desde j a recebem ben c aos espirituais por meio dessa provisao amorosa. Por exemplo, sao declarados justos como amigos de Deus. (Tiago 2:23) Em resultado do sacrif ıcio de Jesus, podem se aproximar, com franqueza no falar, do trono de benignidade imerecida. (Hebreus 4:14-16) Quando erram, recebem perdao genu ıno. (Ef esios 1:7) Apesar de imperfeitos, tem uma consciencia limpa. (Hebreus 9:9; 10:22; 1 Pedro 3:21) Assim, a reconciliac ao com Deus nao e algo que aguardam para o futuro j a e uma realidade! (2 Cor ıntios 5:19, 20) Durante omil enio, eles aos poucos serao libertos da escraviza c ao a ` corrupc ao e finalmente terao a liberdade gloriosa dos filhos de Deus. Romanos 8: Damos gracas a Deus [que], por interm edio de Jesus Cristo, providenciou o resgate! (Romanos 7:25) Em essen- cia, trata-se de algo simples, mas et ao profundo que nos enchedeadmira cao. (Romanos 11:33) Se meditarmos com apreco no resgate, ele tocar a nosso corac ao e nos achegar a cada vez mais ao Deus de justica. Como o salmista, temos otimos motivos para louvar a Jeov a, aquele que ama a justicaeoju ızo. Salmo 33: Aomeditarnoresgate,comoissooafetapessoalmente?

150 C A P I T U L O 1 5 Jesus estabelece justica na Terra CONSEGUE imaginar Jesus furioso? Talvez ache isso dif ıcil porque, afinal de contas, ele era conhecido como um homem muito manso. (Mateus 21:5) Houve uma ocasiao, por em, em que ele ficou realmente zangado. E claro que, apesar disso, Jesus manteve perfeito controle sua raiva era totalmente justa. Mas o que havia deixado esse homem pac ıfico tao furioso? Uma vergonhosa injustica. 2 Jesus prezava muito o templo em Jerusal em. No mundo todo, aquele era o unico lugar sagrado dedicado a ` adorac ao de seu Pai celestial. Judeus de muitos lugares viajavam grandes distancias para adorar ali. At e mesmo gentios tementes a Deus vinham e ficavam no p atio do templo reservado para eles. Mas certa vez, no in ıcio do seu minist erio, quando entrou no templo, Jesus ficou chocado com o que viu. E nao era para menos, o lugar mais parecia um mercado do que umacasadeadora cao! Estava cheio de comerciantes e cambistas. Mas qual era a injustica? Para esses homens, o templo de Deus nao passava de um lugar para explorar e at e roubar as pessoas. Como assim? Joao 2:14. 3 Uma regra, inventada pelos l ıderes religiosos, dizia que somente um tipo espec ıfico de moeda poderia ser usado para pagar o imposto do templo. Os visitantes tinham de trocar o Quando demonstrou ira justa, Jesus imitou a Jeov a, que est adisposto ao furor contra toda a maldade. (Naum 1:2) Por exemplo, de- pois de dizer ao seu povo rebelde que eles haviam transformado sua casa em um mero covil de salteadores, Jeov a acrescentou: Eis que se despeja a minha ira e o meu furor sobre este lugar. Jeremias 7:11, 20. 1, 2. Qual foi uma ocasiao em que Jesus ficou furioso, e por que? 3, 4. Que explorac ao gananciosa acontecia na casa de Jeov a, e que ac ao Jesus tomou para corrigir o problema?

151 JESUS ESTABELECE JUSTICA NA TERRA 149 dinheiro para conseguir essas moedas. De modo que os cambistas armavam suas mesas dentro do templo e cobravam uma taxa pelas transac oes. O neg ocio de venda de animais tamb em era muito lucrativo. Os visitantes que quisessem oferecer sacrif ıcios podiam comprar animais de qualquer comerciante da cidade, mas os funcion arios do templo poderiam julg a-los impr oprios como ofertas e rejeit a-los. Por outro lado, os animais para sacrif ıcio comprados no templo sempre eram aceitos. Assim, com o povo asuamerc ` e, os comerciantes muitas vezes cobravam precos exorbitantes. Isso nao era apenas uma pr atica comercial conden avel. Era, na realidade, roubo! 4 Jesus nao podia tolerar essa injustica. Tratava-se da casa do seu pr oprio Pai! Ele fez um chicote de cordas e expulsou o gado e as ovelhas do templo. Da ı, se dirigiu aos cambistas e virou suas mesas. Imagine todas aquelas moedas rolando pelo chao de m armore! Com voz firme, ele ordenou aos vendedores de pombas: Tirai estas coisas daqui! (Joao 2:15, 16) Parece que ningu em se atreveu a opor-se a esse homem corajoso. Tal pai, tal filho 5 Naturalmente, depois de algum tempo os comerciantes voltaram. Cerca de tres anos depois, Jesus se deparou com a mesma injustica e dessa vez citou as palavras do pr oprio Jeov a que condenou os que transformavam Sua casa em um covil de salteadores. (Mateus 21:13; Jeremias 7:11) Quando viu Segundo a M ıxena, anos depois aconteceu um protesto contra os precos cobrados pelas pombas vendidas no templo. Imediatamente, opre co foi reduzido em 99%! Quem e que mais lucrava com esse com ercio? Alguns historiadores indicam que os mercados do templo eram de propriedade da casa do Sumo Sacerdote An as, o que contribu ıa muito para a vasta riqueza daquela fam ılia sacerdotal. Joao 18: (a) Como a existencia pr e-humana de Jesus influenciou seu senso de justica, e o que aprendemos ao estudar seu exemplo? (b) Como Cristo tem combatido as injusticas contra a soberania e o nome de Jeov a?

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153 ` agan ancia daqueles exploradores e como o templo de Deus havia sido profanado, Jesus se sentiu exatamente como seu Pai. E nao e de admirar! Por incont aveis milhoes de anos, Jesus foi ensinado por seu Pai celestial. Em resultado disso, desenvolveu o mesmo senso de justica que Jeov a. Nele, se cumpriu bem o ditado: Tal pai, tal filho. Assim, se quisermos entender plenamente a justica divina, nao h a nada melhor do que meditar no exemplo de Jesus Cristo. Joao 14:9, O Filho unigenito de Jeov aestavapresentequandosatan as injustamente chamou o Criador de mentiroso e levantou aquest ao sobre se o Seu dom ınio era justo. Que cal unia! O Filho tamb em ouviu o desafio posterior de Satan as de que ningu em serviria a Jeov a altruistamente, por amor. D aparaimaginar que essas acusac oes falsas deixaram aquele Filho justo profundamente magoado. Quando soube que desempenharia o papel principal em resolver essas questoes, como isso deve te-lo deixado emocionado! (2 Cor ıntios 1:20) Como faria isso? 7 Como aprendemos no Cap ıtulo 14, Jesus Cristo deu a resposta definitiva, conclusiva, aacusa cao de Satan as contra a integridade das criaturas de Jeov a. Assim, lancou a base para avindica cao final da soberania de Jeov aeasantifica cao do Seu nome. Como Agente Principal de Jeov a, Jesus estabelecer aajusti ca divina em todo o Universo. (Atos 5:31) Seu modo de vida na Terra tamb em refletia a justica divina. A respeito dele, Jeov a disse: Porei sobre ele o meu esp ırito e ele esclarecer a as ` nac oes o que ejusti ca. (Mateus 12:18) Como Jesus cumpriu essas palavras? Jesus esclarece o que ejusti ca 8 Jesus amava a Lei de Jeov a e vivia de acordo com ela. Mas (a) Como as tradic oes orais dos l ıderes religiosos judeus promoviam o desprezo pelos nao judeus e pelas mulheres? (b) De que modo as leis orais tornaram a lei do s abado de Jeov a um fardo? Tirai estas coisas daqui! JESUS ESTABELECE JUSTICA NA TERRA 151

154 152 ACHEGUE-SE A JEOV A os l ıderes religiosos dos seus dias distorciam a Lei e a aplicavam incorretamente. Jesus lhes disse: Ai de v os, escribas e fariseus, hip ocritas!... desconsiderastes os assuntos mais importantes da Lei, a saber, a justica, a miseric ordia e a fidelidade. (Mateus 23:23) E obvio que esses instrutores da Lei de Deus nao estavam esclarecendo o que ejusti ca. Pelo contr ario, eles obscureciam a justica divina. Como? Veja alguns exemplos. 9 Jeov a ordenou que Seu povo se mantivesse separado das nac oes pagas ao seu redor. (1 Reis 11:1, 2) Mas alguns l ıderes religiosos fan aticos incentivavam o povo a desprezar todos os nao judeus. A M ıxena at einclu ıa a seguinte regra: Nao se deve deixar gado nas hospedarias dos gentios, pois se suspeita que pratiquem a bestialidade. Esse preconceito generalizado contra todos os nao judeus era injusto e totalmente contr a- rio ao esp ırito da Lei mosaica. (Lev ıtico 19:34) Outras regras criadas por homens rebaixavam as mulheres. A lei oral dizia que a mulher tinha de andar atr as, nao ao lado, do marido. Os homens nao deviam conversar com mulheres em p ublico, nem com a pr opria esposa. Depoimentos de mulheres, assim como os de escravos, nao eram aceitos nos tribunais. Havia at eumaora cao formal na qual os homens agradeciam a Deus por nao terem nascido mulher. 10 Os l ıderes religiosos soterraram a Lei de Deus sob uma montanha de regras e regulamentos inventados por homens. A lei do s abado, por exemplo, simplesmente proibia o trabalho naquele dia, reservando-o para adorac ao, revigoramento espiritual e descanso. Mas os fariseus transformaram aquela lei num fardo. Assumiram a tarefa de determinar exatamenteoquesignificavaaexpress ao trabalho. Consideravam 39 atividades como trabalho, entre elas colher e cacar. Por causa dessas classificac oes, surgiam perguntas intermin a- veis. Se um homem matasse uma pulga no s abado, isso seria considerado cacar? Se arrancasse um punhado de cereais para comer ao passar por uma plantac ao, estaria colhendo?

155 JESUS ESTABELECE JUSTICA NA TERRA Se curasse um doente, estaria trabalhando? Havia regras r ıgidas e detalhadas para tratar dessas questoes. 11 Em um ambiente como esse, como Jesus ajudaria as pessoas a entender o que ejusti ca? Nos seus ensinos e no seu modo de vida, ele tomou uma posic ao corajosa contra os l ıderes religiosos. Primeiramente, veja como ele fez isso por meio dos seus ensinos. Ele condenou diretamente os milhares de regras inventadas por homens, dizendo: Invalidastes a palavra de Deus pela vossa tradic ao que transmitistes. Marcos 7: Jesus ensinou de modo vigoroso que os fariseus estavam errados a respeito da lei do s abado que, na verdade, nao haviam captado o esp ırito daquela lei. O Messias, explicou ele, e Senhor do s abado e, portanto, podia curar pessoas naquele dia. (Mateus 12:8) Para ressaltar isso, ele abertamente realizou curas milagrosas no s abado. (Lucas 6:7-10) Essas curas eram uma amostra daquelas que ele realizar a na Terra inteira durante seu Reinado Milenar. Aquele Milenio ser aos abado definitivo, em que toda a humanidade fiel por fim descansar a dos s eculos de labuta sob o fardo do pecado e da morte. 13 Jesus tamb em esclareceu o que ejusti ca por meio de uma nova lei, a lei do Cristo, que entrou em vigor depois que ele terminou seu minist erio terrestre. (G alatas 6:2) Diferentemente de sua predecessora, a Lei mosaica, essa nova lei se baseava, na maior parte, nao em uma s erie de mandamentos escritos, mas em princ ıpios. Mas ela tamb em inclu ıa alguns mandamentos diretos. Jesus chamou um deles de novo mandamento. Ensinou seus seguidores a amar uns aos outros assim como ele os amou. (Joao 13:34, 35) O amor altru ısta deveria ser o sinal identificador de todos os que vivessem sob a lei do Cristo. 11, 12. Como Jesus indicou que era contr ario as ` tradic oes nao b ıblicas dos fariseus? 13. Que lei entrou em vigor em resultado do minist erio terrestre de Cristo, e em que ela e diferente de sua predecessora? 153

156 154 ACHEGUE-SE A JEOV A Exemplo vivo de justica 14 Em vez de simplesmente ensinar o amor, Jesus viveu a lei do Cristo. Ela fazia parte da sua conduta di aria. Vejamos tres modos em que o exemplo de Jesus esclareceu o que ejusti ca. 15 Primeiro, ele evitou escrupulosamente cometer qualquer injustica. J a notou que, quando humanos imperfeitos se tornam arrogantes e extrapolam os limites da sua autoridade, isso muitas vezes resulta em injusticas? Jesus nao tinha esse problema. Em certa ocasiao, um homem se aproximou dele e disse: Instrutor, dize a meu irmao que divida comigo a heranca. Qual foi a resposta de Jesus? Homem, quem me designou juiz ou partidor sobre v os? (Lucas 12:13, 14) Nao acha isso not avel? O intelecto, o discernimento e at e a autoridade de Jesus que Deus lhe dera eram muito superiores aos de qualquer outra pessoa na Terra; mesmo assim, ele se recusou a envolver-se no assunto, visto que nao recebera autoridade espec ıfica para isso. Nesse respeito, Jesus sempre foi modesto, at eduranteosmil enios de sua existencia pr e-humana. (Judas 9) Uma de suas qualidades not aveis e que ele confia humildemente no que Jeov adeterminaserjusto. 16 Segundo, Jesus mostrou justica no seu modo de pregar as boas novas do Reino de Deus. Ele nunca agiu com preconceito. Pelo contr ario, se esforcava muito para alcancar todo tipo de pessoas, quer fossem ricas quer pobres. Em contraste com isso, os fariseus desprezavam as pessoas comuns; referiam-se a elas usando o termo preconceituoso am ha a rets ( povo da terra ). O Filho de Deus corajosamente denunciou essa injustica.quandoensinavaasboasnovas as ` pessoas ou quando comia com elas, as curava ou as ressuscitava, Jesus 14, 15. Como Jesus mostrou que reconhecia os limites de sua autoridade, e por que isso nos tranquiliza? 16, 17. (a) Como Jesus mostrou justica ao pregar as boas novas do Reino de Deus? (b) Como Jesus demonstrou nao s ojusti ca, mas tamb em miseric ordia?

157 JESUS ESTABELECE JUSTICA NA TERRA 155 defendia a justica de Deus, visto que Ele deseja alcancar toda sorte de homens. 1Tim oteo 2:4. 17 Terceiro, o senso de justica de Jesus estava ligado a profunda miseric ordia. Ele se esforcava a ajudar os pecadores. (Mateus 9:11-13) Defendia prontamente os indefesos. Por exemplo, Jesus nao agia como os l ıderes religiosos que promoviam a desconfianca contra todos os gentios. Ele ajudou e ensinou misericordiosamente alguns estrangeiros, embora sua missao principal fosse pregar aos judeus. Ele concordou em fazer uma cura milagrosa para um oficial do ex ercito romano, dizendo: Em ningu em em Israel tenho encontrado tamanha f e. Mateus 8: De modo similar, Jesus nao defendeu os conceitos comuns sobre as mulheres; ele fez corajosamente o que era justo. As samaritanas eram consideradas tao impuras quanto os gentios. Mas Jesus nao hesitou em pregar para uma samaritana junto ao poco em Sicar. De fato, foi a essa mulher que Jesus, pela primeira vez, identificou-se abertamente como o prometido Messias. (Joao 4:6, 25, 26) Os fariseus diziam que nao se devia ensinar a lei de Deus as ` mulheres, mas Jesus gastou bastante tempo e energia ensinando-as. (Lucas 10:38-42) E embora a tradic ao considerasse que o depoimento de mulheres nao era digno de confianca, Jesus deu a v arias mulheres a honra de serem as primeiras a ve-lo ap os a ressurreic ao. Ele at e lhes disse que fossem contar a seus disc ıpulos a respeito desse evento important ıssimo! Mateus 28:1-10. Os fariseus consideravam os humildes, que nao eram versados na Lei, como amaldicoados. ( Joao 7:49) Diziam que nao se deviam instruir essas pessoas, nem ter neg ocios, comer ou orar com elas. Permitir que uma filha se casasse com um desses humildes era considerado pior do que expo-la a animais selvagens. Afirmavam que tais pessoas nao podiam esperar ser ressuscitadas. 18, 19. (a) De que maneiras Jesus promoveu a dignidade feminina? (b) Como o exemplo de Jesus nos ajuda a entender a relac ao entre coragem e justica?

158 156 ACHEGUE-SE A JEOV A 19 De fato, Jesus esclareceu as ` nac oesoque ejusti ca. Em muitos casos, ele fez isso apesar de correr grandes riscos. O exemplo dele nos ajuda a entender que defender a verdadeira justica requer coragem. Ele foi apropriadamente chamado de o Leao que edatribodejud a. (Revelac ao [Apocalipse] 5:5) Lembre-se de que o leao es ımbolo de justica corajosa. No futuro pr oximo, por em, Jesus executar a ainda mais atos de justica. Ele estabelecer a justica na Terra no mais pleno sentido. Isa ıas 42:4. O Rei messianico estabelece justica na Terra 20 Desde que se tornou o Rei messianico em 1914, Jesus tem promovido a justica na Terra. Como? Ele tem dado orientacoes para que se cumpra sua profecia encontrada em Mateus 24:14. Os seguidores de Cristo na Terra ensinam a pessoas de todas as nac oes a verdade sobre o Reino de Jeov a. Como Jesus, pregam de maneira imparcial e justa, procurando dar a todos jovens ou idosos, ricos ou pobres, homens ou mulheres a oportunidade de vir a conhecer a Jeov a, o Deus de justica. 21 Jesus tamb em promove a justica dentro da congregac ao crista verdadeira, da qual ele eocabe ca. Conforme profetizado, ele providenciou d adivas em homens, fi eis anciaos cristaos que tomam a dianteira na congregac ao. (Ef esios 4:8-12) Ao pastorear o precioso rebanho de Deus, esses homens seguem o exemplo de Jesus Cristo em promover a justica. Sempre tem em mente que Jesus deseja que suas ovelhas sejam tratadas com justica, nao importa qual seja sua posic ao, status ou situac ao financeira. 22 Contudo, no futuro pr oximo, Jesus estabelecer ajusti ca na Terra numa escala sem precedentes. Neste mundo corrupto, 20, 21. Nos nossos tempos, como o Rei messianico promove a justicaemtodaaterraenacongrega cao crista verdadeira? 22. Como Jeov asesenteemrela cao as ` injusticas tao comuns no mundo hoje, e ele designou seu Filho para fazer o que a esse respeito?

159 JESUS ESTABELECE JUSTICA NA TERRA 157 Perguntas para Meditac ao Salmo 45:1-7 Por que podemos ter confian ca em que o Rei messianico promover ajusti ca perfeita? Mateus 12:19-21 Segundo a profecia, como o Messias trataria os humildes? Mateus 18:21-35 Como Jesus ensinou que a verdadeira justica inclui a miseric ordia? Marcos 5:25-34 Como Cristo demonstrou que a justica divina leva em conta a situac ao das pessoas? ainjusti ca e generalizada. Cada crianca que morre de fome ev ıtima de uma injustica imperdo avel, em especial quando pensamos no dinheiro e no tempo desperdicados na producao de armas de guerra ou na satisfac ao dos caprichos ego ıstas daqueles que se empenham pelos prazeres. Os milhoes de mortes desnecess arias a cada ano sao apenas uma das muitas formas de injustica. E todas elas provocam a justa indigna c ao de Jeov a. Ele designou seu Filho para travar uma guerra justa contra este inteiro sistema perverso, a fim de eliminar todasasinjusti cas de uma vez por todas. Revela c ao 16:14, 16; 19: Mas a justica de Jeov a exige mais do que a mera destruicao dos perversos. Ele tamb em designou seu Filho para reinar como Pr ıncipe da Paz. Depois da guerra do Armagedom, o dom ınio de Jesus estabelecer a paz em toda a Terra e ele dominar a por meio da justica. (Isa ıas 9:6, 7) Jesus entao ter aprazer em desfazer todas as injusticas que causaram tanta dor e sofrimento no mundo. Por toda a eternidade, ele defender a fielmente a justica perfeita de Jeov a. Portanto, e vital que nos esforcemos a imitar a justica de Jeov a agora. Vejamos como podemos fazer isso. 23. Depois do Armagedom, como Cristo promover aajusti ca por toda a eternidade?

160 C A P I T U L O 1 6 Exerca a justica ao andar com Deus IMAGINE-SE preso num navio que est a afundando. Quando acha que nao h a mais esperanca, aparece algu em que o resgata e leva para um lugar seguro. Que al ıvio vocesente quando ele lhe diz: Agora voceest aasalvo!n ao se sentiria em d ıvida com essa pessoa? No mais pleno sentido, poderia dizer: Devo minha vida a voce. 2 Em certos aspectos, isso ilustra o que Jeov a fez por n os. E evidente que temos uma d ıvida com ele. Afinal, ele forneceu o resgate, que tornou poss ıvel nosso livramento das garras do pecado e da morte. N os nos sentimos seguros por saber que, enquanto exercermos f enaquelesacrif ıcio valioso, nossos pecados serao perdoados e nosso futuro eterno estar a assegurado. (1 Joao 1:7; 4:9) Como vimos no Cap ıtulo 14, o resgate easupremaexpress ao do amor e da justica de Jeov a. Em vista disso, qual deveria ser nossa atitude? 3 Nada mais apropriado do que analisarmos o que nosso amoroso Resgatador pede que facamos em troca. Por meio do profeta Miqueias, Jeov adiz: Eleteinformou, ohomem terreno, sobre o que e bom. E o que equejeov apededevolta de ti senao que exercas a justica, e ames a benignidade, e andes modestamente com o teu Deus? (Miqueias 6:8) Note que uma das coisas que Jeov a nos pede eque exer camos a justica. Como podemos fazer isso? Empenhe-se pela verdadeira justica 4 Jeov a espera que sigamos suas normas do que ecertoedo 1-3. (a) Por que temos uma d ıvida com Jeov a? (b) O que nosso amoroso Resgatador pede que facamos? 4. Como sabemos que Jeov a espera que vivamos em harmonia com suas normas justas?

161 EXERCAAJUSTI CA AO ANDAR COM DEUS que e errado. Visto que elas sao justas, quando as obedecemos estamos nos empenhando pela justica. Aprendei a fazer o bem; buscai a justica, diz Isa ıas 1:17. A Palavra de Deus nos incentiva a procurar a justica. (Sofonias 2:3) Ela tamb em nos encoraja a nos revestirmos da nova personalidade, que foi criada segundo a vontade de Deus, em verdadeira justica. (Ef esios 4:24) A verdadeira justica nao admite a violencia,aimpurezaeaimoralidade,vistoqueessaspr aticas violam o que e santo. Salmo 11:5; Ef esios 5: Edif ıcil demais para n os nos harmonizarmos com as normasjustasdejeov a? Nao. Se estivermos achegados a Deus de corac ao, nao consideraremos a vontade Dele um fardo. Visto que amamos o tipo de pessoa que nosso Criador e, queremos levar a vida de um modo que o agrade. (1 Joao 5:3) Lembre-sedequeJeov a deveras ama atos justos. (Salmo 11:7)Serealmenteimitarmosajusti ca divina, nos esfor caremos a amar o que Jeov a ama e odiar o que ele odeia. Sal- mo 97:10. 6 Para humanos imperfeitos, nao ef acil empenhar-se pela justica. Temos de nos livrar da velha personalidade com suas pr aticas pecaminosas e nos revestir duma nova, que, segundo a B ıblia, est a sendo renovada por meio do conhecimento exato. (Colossenses 3:9, 10) A expressao sendo renovada indicaquerevestir-sedanovapersonalidade eum processo cont ınuo, que exige bastante esforco. Mas, nao importa quanto tentemos fazer o que e direito, haver aocasi oes em que nossa natureza imperfeita nos far a tropecar em pensamento, palavras ou ac oes. Romanos 7:14-20; Tiago 3:2. 7 Ao nos empenharmos pela justica, como devemos 5, 6. (a) Por que nao deve ser dif ıcil demais para n os nos harmonizarmos com as normas de Jeov a? (b) Como a B ıblia indica que se empenhar pela justica e um processo cont ınuo? 7. Ao nos empenharmos pela justica, como devemos encarar nossas reca ıdas? 159

162 160 ACHEGUE-SE A JEOV A encarar nossas reca ıdas? Eclaroquen ao devemos minimizar a seriedade do pecado. Ao mesmo tempo, jamais devemos desistir, achando que nossas falhas nos tornam indignos de servir a Jeov a. Nosso Deus bondoso tomou providencias para que os sinceramente arrependidos voltem a ter o Seu favor. Note estas palavras tranquilizadoras do ap ostolo Joao: Escrevo-vos estas coisas para que nao cometais um pecado. Mas da ı, de forma bem realista, ele acrescentou: Contudo, se algu em cometer um pecado [por causa da imperfeic ao herdada], temos um ajudador junto ao Pai, Jesus Cristo. (1 Joao 2:1) De modo que Jeov a forneceu o sacrif ı- cio resgatador de Jesus para que pud essemos servir-lhe aceitavelmente apesar de nossa natureza pecaminosa. Isso nos motiva a querer fazer o melhor para agradar a Jeov a, nao e verdade? As boas novas e a justica divina 8 Podemos exercer ou melhor, imitar a justica divina participando plenamente na pregac ao das boas novas do Reino de Deus a outros. Mas que relac ao existe entre a justica de Jeov aeasboasnovas? 9 Jeov an ao acabar a com este sistema perverso sem antes daroaviso.nasuaprofeciasobreoqueacontecerianotempo do fim, Jesus disse: Em todas as nac oes tem de ser pregadas primeiro as boas novas. (Marcos 13:10; Mateus 24:3) O uso da palavra primeiro indica que outros eventos se seguiriam aobradeprega ` cao mundial. Esses incluem a predita grande tribula c ao, na qual os perversos serao destru ı- dos, abrindo caminho para um novo mundo justo. (Mateus 24:14, 21, 22) Com certeza, ningu em pode acusar a Jeov ade ser injusto para com os perversos. Ele soa o aviso e, assim, d a toda a oportunidade para que mudem de vida e escapem da destruic ao. Jonas 3: , 9. Como a proclamac ao das boas novas demonstra a justica de Jeov a?

163 EXERCAAJUSTI CA AO ANDAR COM DEUS 10 Como a nossa pregac ao das boas novas reflete a justica divina? Em primeiro lugar, nos empenharmos ao m aximo para ajudar outros a ganhar a salvac ao eacoisacertaafazer. Pense novamente na ilustra c ao sobre ser resgatado dum navio que est a afundando. Quando estivesse seguro num bote salva-vidas, vocesemd uvida tentaria ajudar outros que ainda estivessem na agua. De modo similar, temos uma obrigacao para com os que ainda estao se debatendo nas aguas deste mundo perverso. E verdade que muitos rejeitam a nossa mensagem. Mas, enquanto Jeov a continuar a demonstrar paciencia, temos a responsabilidade de dar-lhes a oportunidade de alcancar o arrependimento e de se candidatar asalvac ao. 2 Pedro 3:9. ` 11 Quando pregamos as boas novas a todos os que encontramos, demonstramos justica de outro modo importante: mostramos imparcialidade. Lembre-se de que Deus nao e parcial, mas, em cada nac ao, o homem que o teme e que faz ajusti ca lhe eaceit avel. (Atos 10:34, 35) Se queremos imitar ajusti ca dele, nao podemos prejulgar as pessoas. Antes, devemos transmitir as boas novas a outros nao importa qual seja sua raca, posic ao social ou situac ao financeira. Assim, damos a todos os que nos escutam a oportunidade de ouvir as boas novas e reagir a elas. Romanos 10: Nosso modo de tratar outros 12 Tamb em podemos exercer justica tratando outros como Jeov a nos trata. E muito f acil julgar algu em, criticando seus defeitos e questionando suas motivac oes. Mas quem de n os gostaria que Jeov a inspecionasse impiedosamente todasasnossasmotiva coes e falhas? Nao e assim que ele lida 10, 11. Como a nossa participac ao na pregac ao das boas novas reflete a justica divina? 12, 13. (a) Por que nao devemos nos apressar a julgar outros? (b) Qual e o sentido do conselho de Jesus de parar de julgar e parar de condenar? (Veja tamb em a nota.) 161

164 162 ACHEGUE-SE A JEOV A conosco. O salmista perguntou: Se vigiasses os erros, ojah, ojeov a, quem poderia ficar de p e? (Salmo 130:3) Nao somos gratos de que nosso Deus justo e misericordioso prefere nao se concentrar nos nossos defeitos? (Salmo 103:8-10) Como, entao, devemos tratar outros? 13 Se compreendermos a natureza misericordiosa da justica divina, nao vamos nos apressar a julgar outros em questoes que, na verdade, nao nos competem ou que sao de pouca importancia. No seu Sermao do Monte, Jesus avisou: Parai de julgar, para que nao sejais julgados. (Mateus 7:1) Segundo o relato de Lucas, Jesus acrescentou: Parai de condenar, e de modo algum sereis condenados. (Lucas 6:37) Com essas palavras, Jesus demonstrou que se apercebia que humanos imperfeitos tem a tendencia de julgar outros. Se algum de seus ouvintes tinha esse h abito, deveria parar com isso. 14 Por que devemos parar de julgar outros? Primeiro, porque nossa autoridade e limitada. O disc ıpulo Tiago nos lembra: H aumque e legislador e juiz : Jeov a. De modo que ele apropriadamente pergunta: Quem es tu para julgares oteupr oximo? (Tiago 4:12; Romanos 14:1-4) Al em disso, nossa natureza pecaminosa pode facilmente nos levar a sermos injustos no julgamento. Muitas atitudes e motivac oes incluindo preconceito, orgulho ferido, ci umeeachar-nos justos podem distorcer o modo como encaramos outras pessoas. Temos outras limitac oes e, se refletirmos nelas, isso nos ajudar a a tolerar os defeitos de outros. Nao podemos ler ocora cao, nem temos como saber de todas as circunstancias que outros enfrentam. Quem somos n os, entao, para atri- Algumas traduc oes dizem nao julguem e nao condenem. Essas expressoes transmitem a ideia de que nao se deve comecar a julgar e nao se deve comecar a condenar. Mas os escritores b ıblicos usaram a forma negativa do tempo presente (cont ınuo). De modo que as ac oes descritas estavam acontecendo naquele momento, mas deviam cessar. 14. Por que razoes devemos parar de julgar outros?

165 Mostramos justiça divina quando transmitimos as boas novas a outros de forma imparcial buir motivac oes erradas a concrentes ou criticar os esforcos deles ao servir a Deus? E muito melhor imitarmos a Jeov a olhando o que nossos irmaos tem de bom, em vez de nos concentrarmos nas falhas deles. 15 E os membros da nossa fam ılia? Infelizmente, hoje em dia o lar que deveria ser um lugar de ref ugio e paz muitas vezes eondeaspessoass ao mais duramente julgadas. Com frequ encia, ouvimos falar de maridos, esposas ou pais que sentenciam seus familiares a uma saraivada constante de abusos verbais ou f ısicos. Mas entre os adoradores de Deus nao h a lugar para palavras duras, sarcasmo cruel e tratamento abusivo. (Ef esios 4:29, 31; 5:33; 6:4) O conselho de Jesus de parar de julgar e parar de condenar se aplica 15. Entre os adoradores de Deus, nao h alugarparaquetipodepalavras ou atitudes, e por que?

166 164 ACHEGUE-SE A JEOV A mesmo quando estamos em casa. Lembre-se de que exercer ajusti ca envolve tratar os outros como Jeov a nos trata. E nosso Deus nunca e duro ou cruel ao lidar conosco. Pelo contr a- rio, ele e mui terno em afeic ao para com os que o amam. (Tiago 5:11) Que exemplo maravilhoso para imitarmos! Anciaos que servem para o pr oprio ju ızo 16 Todos temos de exercer justica, mas quem tem a maior responsabilidade nesse sentido sao os anciaos da congregacao crista verdadeira. Note a descric ao prof etica dos pr ıncipes, ou anciaos, registrada por Isa ıas: Eis que um rei rei- nar aparaapr opria justica; e quanto a pr ıncipes, governar ao como pr ıncipes para o pr oprio ju ızo. (Isa ıas 32:1) De fato, Jeov aesperaqueosanci aos defendam a justica. Como podem fazer isso? 17 Esses homens espiritualmente qualificados sabem muito bem que a justicaexigequeacongrega cao seja mantida limpa. As ` vezes, surge a necessidade de julgarem casos de transgressao grave. Ao fazer isso, lembram-se de que a justica divina procura estender miseric ordia quando poss ıvel. Assim, procuram conduzir o pecador ao arrependimento. Mas o que fazer se ele deixa de demonstrar arrependimento genu ıno, apesar dos esforcos de ajud a-lo? Em perfeita justica, a Palavra de Jeov adizquesedevetomarumaatitudefirme: Removei o homem in ıquo de entre v os. Isso quer dizer expuls a-lo da congregac ao. (1 Cor ıntios 5:11-13; 2 Joao 9-11) Os anciaos ficam tristes quando tem de tomar essa ac ao, mas reconhecem que isso e necess ario a fim de proteger a pureza moral e espiritual da congrega c ao. Mesmo depois disso, esperam que, algum dia, o pecador caia em si e volte acongregac ao. Lucas 15:17, ` , 17. (a) O que Jeov a espera dos anciaos? (b) O que eprecisofazer quando um pecador deixa de demonstrar arrependimento genu ı- no, e por que?

167 EXERCAAJUSTI CA AO ANDAR COM DEUS 18 Servir aos interesses da justica tamb em envolve dar conselhos b ıblicos quando necess ario. Eclaroqueosanci aos nao procuram defeitos nos outros. Nem ficam dando conselho sobre cada coisinha. Mas um concristao talvez deum passo em falso antes de se aperceber disso. Lembrando-se de que a justica divina nao e cruel nem insens ıvel, os anciaos se sentem motivados a tentar reajustar tal homem num esp ırito de brandura. (G alatas 6:1) Assim, nao seria correto que eles insultassem a pessoa que errou ou falassem com ela de forma grosseira. O que encoraja o aconselhado sao conselhos amorosos. Mesmo quando dao repreensao pertinente indicando de forma bem direta as consequencias de um proceder imprudente, os anciaos tem em mente que um concrist ao que errou e uma ovelha do rebanho de Jeov a. (Lucas 15:7) Quando fica obvioqueoconselhoouarepreensao sao motivados por amor e dados de forma amorosa, e mais prov avelqueotransgressormudedeatitude. 19 Muitas vezes, os anciaos precisam tomar decisoes que afetam a vida de concrentes. Por exemplo, eles se re unem periodicamente para avaliar se outros irmaos na congregacao se qualificam para serem recomendados como anciaos ou servos ministeriais. Os anciaos sabem que e importante ser imparcial. Em vez de confiar em sentimentos pessoais, deixam que os requisitos de Deus para essas designac oes os orientem nas suas decisoes. Assim, agem sem preconceito, nao fazendo nada por parcialidade. 1 Tim oteo 5:21. Em 2 Tim oteo 4:2, a B ıblia diz que os anciaos as ` vezes tem de repreender, advertir, exortar. A palavra grega traduzida exortar (pa raka l e o) pode significar encorajar. Uma palavra derivada, pa r a kletos, pode se referir a um assistente legal ou advogado. Assim, mesmo quando os anciaos dao repreensao firme, devem agir como ajudadores dos que precisam de orientac ao espiritual. 18. De que os anciaos devem se lembrar ao dar conselhos b ıblicos a outros? 19. Que decisoes os anciaos precisam tomar, e em que eles devem se basear? 165

168 ` Os anciaos refletem a justiça de Jeov a quando encorajam os desanimados 20 Os anciaos administram a justica divina ainda de outras maneiras. Depois de predizer que eles serviriam para o pr o- prio ju ızo, Isa ıas continuou: Cada um deles ter ademos- trarsercomoabrigocontraoventoecomoesconderijocon- tra o temporal, como correntes de agua numa terra arida, como a sombra dum pesado rochedo numa terra esgotada. (Isa ıas 32:2) Assim, os anciaos se esforcam a ser fontes de consolo e revigoramento para seus concrentes. 21 Hoje, com tantos problemas que tendem a causar desani- mo, muitos precisam de encorajamento. Anciaos, o que po- dem fazer para ajudar as almas deprimidas? (1 Tessalonicenses 5:14) Escutem-nas com empatia. (Tiago 1:19) Devido a ansiedade no corac ao, talvez esses irmaos precisem desa- 20, 21. (a) Os anciaos se esforcam a ser o que, e por que? (b) O que os anciaos podem fazer para ajudar as almas deprimidas?

169 EXERCAAJUSTI CA AO ANDAR COM DEUS 167 Perguntas para Meditac ao Deuteronomio 1:16, 17 OqueJeov a exigia dos ju ızes em Israel eoqueosanci aos aprendem disso? Jeremias 22:13-17 Jeov aadvertecontraquepr aticas injustas e oque eessencialparaimitarmosajusti ca dele? Mateus 7:2-5 Por que n ao devemos nos apressar em procurar defeitos nos nossos concrentes? Tiago 2:1-9 OqueJeov aachadesemostrarfavoritismoe como podemos aplicar esse conselho nos nossos tratos com outros? bafar com algu em em quem confiam. (Prov erbios 12:25) Assegurem-lhes de que sao queridos, valiosos e amados tanto por Jeov a como pelos irmaos. (1 Pedro 1:22; 5:6, 7) Al em disso, orem com eles e a favor deles. E muito consolador ouvir um anciao orar de corac ao a nosso favor. (Tiago 5:14, 15) Seus esforcosamorososdeajudarosdeprimidosn ao passarao despercebidos ao Deus de justica. 22 Na verdade, quando imitamos a justica de Jeov a, nos achegamos cada vez mais a ele. Quando defendemos suas normas justas, participamos em transmitir as boas novas de salvac ao a outros e procuramos nos concentrar nas boas qualidades das pessoas, em vez de procurar seus defeitos, estamos demonstrando justica divina. Anciaos, quando voces protegem a pureza da congregac ao, dao conselhos b ıblicos edificantes, tomam decisoes imparciais e encorajam os desanimados, refletem a justica divina. Como o corac ao de Jeov adeveficarfelizquandoeleolhadesdeosc eus e observa que o seu povo procura, da melhor maneira poss ıvel, exercer a justica ao andar com seu Deus! 22. De que maneiras podemos imitar a justica de Jeov a, e com que resultado?

170 S E C A O 3 S ABIO DE CORAC AO Asabedoriagenu ına e um dos tesouros mais preciosos que se pode desejar. Jeov a ea unica fonte dela. Nesta seçao, vamos analisar de perto a sabedoria ilimitada de Jeov adeus. Sobre ele, o fiel J o disse: Ele es abio de coraçao. J o9:4.

171 ` C A P I T U L O 1 7 Oprofundidadeda sabedoria de Deus! QUE pena! O sexto dia criativo de Deus havia atingido seu ponto culminante com a criac ao da humanidade. Jeov adissera, entao, que tudo o que tinha feito incluindo os hu- manos era muito bom. (Genesis 1:31) Mas, no in ıcio do s etimo dia, Adao e Eva decidiram se juntar a ` rebeliao de Satan as. A raca humana de repente se viu atolada no pecado, na imperfeic aoenamorte. 2 Talvez parecesse que o prop osito de Jeov aparaos etimo dia havia sido irremediavelmente frustrado. Aquele dia, como os seis que o precederam, duraria milhares de anos. Jeov aohavia declarado sagrado e, quando terminasse, a Terra inteira se- ria um para ıso, habitado por uma fam ılia humana perfeita. (Genesis 1:28; 2:3) Mas, depois daquela rebeliao catastr ofica, como isso se daria? O que Deus faria? Esse seria um grande testeparaasabedoriadejeov a, talvez o teste decisivo. 3 Jeov a tomou providencias imediatas. Sentenciou os rebeldes no Eden e, ao mesmo tempo, forneceu informac oes sobre algo maravilhoso: seu prop osito de corrigir todos os males que surgiriam em resultado daquela rebeliao. (Genesis 3:15) Oprop osito de Jeov a estende-se desde o Eden, passando por todos os milhares de anos da Hist oria humana e avanca para o futuro. E maravilhosamente simples, mas tao profundo que um leitor da B ıblia poderia passar uma vida inteira estudando-o e meditando nele. Al em disso, o prop osito de Jeov atem exito garantido. Resultar a no fim de toda a maldade, pecado 1, 2. Qual era o prop osito de Jeov aparaos etimo dia, e como a sabedoria divina foi posta aprovanoin ` ıcio desse dia? 3, 4. (a) Por que a reac ao de Jeov a a ` rebeliao no Eden eumexemplo admir avel de sua sabedoria? (b) A medida que estudarmos a sabedoria de Jeov a, de que nao devemos nos esquecer?

172 170 ACHEGUE-SE A JEOV A e morte. Levar aahumanidadefiel aperfei ` cao. Tudo isso se dar a antes do fim do s etimo dia, de modo que, apesar de tudo, Jeov acumprir a seu prop osito para a Terra e a humanidade bem dentro do cronograma. 4 Nao fica admirado com essa demonstrac ao de sabedoria? Oap ostolo Paulo sentiu-se motivado a escrever: Oprofundidade da sabedoria de Deus! (Romanos 11:33) Amedida ` que estudarmos v arias facetas dessa qualidade divina, nao se esqueca do seguinte: na melhor das hip oteses, s o conseguiremos arranhar a superf ıcie da profunda sabedoria de Jeov a. (J o 26:14) Mas, primeiro, vamos definir o que e essa qualidade admir avel. Oque e a sabedoria divina? 5 Sabedoria nao e a mesma coisa que conhecimento. Os computadores podem armazenar enormes quantidades de conhecimento, mas dificilmente algu em os consideraria m a- quinas s abias. Contudo, o conhecimento e a sabedoria estao relacionados. (Prov erbios 10:14) Por exemplo, se precisasse de conselho s abio sobre um problema de sa ude, consultaria algu em com pouco ou sem nenhum conhecimento de medicina? E pouco prov avel! De modo que o conhecimento exato e essencial para a verdadeira sabedoria. 6 O conhecimento de Jeov a e infinito. Como Rei da eternidade, somente ele e eterno. (Revelac ao [Apocalipse] 15:3) E durante todas as incont aveis eras, ele sempre soube de tudo. AB ıblia diz: Nao h acria cao que nao esteja manifesta asua ` vista,mastodasascoisasest ao nuas e abertamente expostas aos olhos daquele com quem temos uma prestac ao de contas. (Hebreus 4:13; Prov erbios 15:3) Como Criador, Jeov aentende plenamente tudo o que fez e tem observado as ativida- des humanas desde o in ıcio. Ele examina o corac ao humano; nada lhe escapa. (1 Cronicas 28:9) Visto que nos criou com 5, 6. Qual earela cao entre conhecimento e sabedoria e qual eoalcance do conhecimento de Jeov a?

173 O PROFUNDIDADE DA SABEDORIA DE DEUS! livre-arb ıtrio, fica feliz quando nos ve fazer escolhas s abias na vida. Como Ouvinte de orac ao, ele escuta in umeras expressoes ao mesmo tempo! (Salmo 65:2) E nem eprecisomencionar que a mem oria de Jeov a e perfeita. 7 Por em, Jeov a tem mais do que conhecimento. Ele tamb em entende a inter-relac ao dos fatos e tem a visao geral dos assuntos, levando em considerac ao incont aveis detalhes. Ele avalia e julga, distinguindo entre o que e bom e o que emau,oimportante e o trivial. Al em disso, ele olha mais fundo; exami- na o corac ao. (1 Samuel 16:7) Assim, Jeov a tem entendimento e discernimento, qualidades superiores ao conhecimento. Mas a sabedoria e superior a todas essas. 8 Sabedoria envolve usar, em conjunto, o conhecimento, o discernimento e o entendimento, colocando-os em pr atica. De fato, algumas das palavras b ıblicas originais traduzidas sabedoria literalmente significam trabalho eficiente ou sabedoria pr atica. De modo que a sabedoria de Jeov an ao e meramente te orica; epr atica, funciona. Com base no seu amplo conhecimento e profundo entendimento, o Criador sempre toma as melhores decisoes poss ıveis e as executa da melhor maneira imagin avel. Isso e verdadeira sabedoria! Jeov a demonstra a veracidade da declarac ao de Jesus: A sabedoria e provada justa pelas suas obras. (Mateus 11:19) As obras de Deus espalhadas pelo Universo dao poderoso testemunho de sua sabedoria. Ind ıcios da sabedoria divina 9 J a ficou impressionado com o talento de um artesao que, de forma habilidosa, produz objetos lindos que funcionam bem? Esse eumtiponot avel de sabedoria. ( Exodo 31:1-3) Opr oprio Jeov a e a fonte e o maior detentor dessa sabedoria. 7, 8. Como Jeov a demonstra entendimento, discernimento e sabedoria? 9, 10. (a) Que tipo de sabedoria Jeov a demonstra e como? (b) Como ac elula d aind ıcios da sabedoria de Jeov a? 171

174 ` 172 ACHEGUE-SE A JEOV A Sobre ele, o Rei Davi disse: Elogiar-te-ei porque fui feito maravilhosamente, dum modo atemorizante. Teus trabalhos sao maravilhosos, de que minha alma est a bem apercebida. (Salmo 139:14) De fato, quanto mais aprendemos sobre o corpo humano, mais nos maravilhamos da sabedoria de Jeov a. 10 Para ilustrar: quando sua vida comecou, voceerauma unica c elula um ovulo de sua mae, fertilizado por um espermatozoide do seu pai. Logo, aquela c elula comecou a se dividir. Voce, o produto final, tem uns 100 trilhoes de c elulas. Elas sao min usculas. Na cabeca de um alfinete cabem cer- ca de 10 mil c elulas de tamanho m edio. Mas cada uma delas eumacria cao tao complexa que nos deixa pasmados. A c elula e muito mais intrincada do que qualquer m aquina ou f abrica humana. Os cientistas comparam-na a uma cidade mura- da: tem entradas e sa ıdas vigiadas, sistema de transporte, rede de comunicac oes, usinas de energia, f abricas, centrais de tratamento de lixo e reciclagem, orgaos de defesa e at eumaesp ecie de governo central no n ucleo. Al em disso, a c elula pode fazer uma c opia completa de si mesma em poucas horas! 11 Naturalmente, nem todas as c elulas sao iguais. Amedida que as c elulas do embriao vao se dividindo, elas assumem func oes bem distintas. Algumas se tornarao c elulas nervosas; outras, c elulas osseas, musculares, sangu ıneas ou oculares. Toda essa diferenciac ao est a programada no arquivo de plantas gen eticas da c elula: o DNA. O interessante equedavi foi inspirado a dizer sobre Jeov a: Teus olhos viram at emesmo meu embriao, e todas as suas partes estavam assentadas por escrito no teu livro. Salmo 139: Alguns org aos do corpo sao extremamente complexos. Um exemplo disso eoc erebro humano. Alguns o chamam de o mais complexo objeto j a descoberto no Universo. Cont em 11, 12. (a) O que faz com que as c elulas de um embriao em desenvolvimento se diferenciem, e como isso se harmoniza com o Salmo 139:16? (b) De que maneiras o c erebro humano mostra que nosso corpo foi feito maravilhosamente?

175 O PROFUNDIDADE DA SABEDORIA DE DEUS! cercade100bilh oes de c elulas nervosas; nossa gal axia tem mais ou menos a mesma quantidade de estrelas. Cada uma dessas c elulas se ramifica, estabelecendo milhares de conexoes com outras c elulas. Os cientistas dizem que um c erebro humano poderia conter as informac oesdetodasasbibliotecas do mundo e que, de fato, talvez seja imposs ıvel me- dir sua capacidade de armazenamento. J afazd ecadas que os cientistas estudam esse org ao que foi feito maravilhosamente, mas admitem que talvez nunca consigam entender totalmente como ele funciona. 13 Os humanos, por em, sao apenas um exemplo da sabedoria criativa de a. O Salmo 104:24 diz: Quantos sao os teus trabalhos, ojeov a! A todos eles fizeste em sabedoria. A terra est a cheia das tuas produc oes. A sabedoria de Jeov a e evidente em todas as criac oes que nos rodeiam. As formigas, por exemplo, sao instintivamente s abias. (Prov erbios 30:24) Realmente, os formigueiros sao muito bem organizados. Algumas colonias de formigas criam gado : cuidam, abrigam e se nutrem de insetos chamados af ıdeos. H atamb em formigas agricultoras, que cultivam plantac oes de fungos. Muitas outras criaturas foram programadas com um instinto que lhes permite fazer coisas not aveis. Uma mosca comum realiza feitos aeron auticosquenemasmaisavan cadas aeronaves humanas sao capazes de imitar. As aves migrat orias se guiam pelas estrelas, pelo campo magn etico da Terra ou por algum tipo de mapa interno. Os bi ologos passam anos estudando os comportamentos sofisticados que foram programados nessas criaturas. Como deve ser s abio, entao, o Programador divino! 14 Os cientistas j a aprenderam muita coisa sobre a sabedoria criativa de Jeov a. Existe at e um ramo da engenharia, 13, 14. (a) Como as formigas e outras criaturas demonstram que sao instintivamente s abias, e o que isso nos ensina sobre o Criador delas? (b) Por que podemos dizer que criac oes como a teia de aranha foram feitas em sabedoria? 173

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177 O PROFUNDIDADE DA SABEDORIA DE DEUS! chamado biomim etica, que procura imitar os projetos encontrados na natureza. Por exemplo, talvez j a tenha admirado a beleza de uma teia de aranha. Mas um engenheiro ve nela um projeto espetacular. Alguns desses fios que parecem tao fr ageis sao, proporcionalmente, mais resistentes do que o aco, mais fortes do que as fibras usadas em coletes aprovade ` bala. Uma comparac ao ajuda a entender como sao resistentes: imagine uma teia de aranha que fosse ampliada em escala at e ficar do tamanho de uma rede usada num barco de pesca. Uma teia dessas proporc oes conseguiria apanhar um aviao de passageiros em pleno voo! De fato, Jeov a fez todas as coisas em sabedoria. Sabedoria fora da Terra 15 A sabedoria de Jeov a e evidente em suas obras espalhadas por todo o Universo. As estrelas, que j a analisamos um pouco no Cap ıtulo 5, nao estao espalhadas a esmo pelo espaco. Em sabedoria, Jeov a estabeleceu as leis dos c eus, de modo que o espaco est a elegantemente organizado em gal axias estruturadas, agrupadas em aglomerados que, por sua vez, se juntam para formar superaglomerados. ( J o 38:33, AB ıblia de Jerusal em)n ao edeadmirarquejeov a se refira aos corpos celestes como ex ercito. (Isa ıas 40:26) Mas existe outro ex ercito que comprova de modo ainda mais not avel a sabedoria de Jeov a. 16 Como vimos no Cap ıtulo 4, Deus tem o t ıtulo de Jeov a dos ex ercitos devido a ` sua posic ao como Comandante Supremo de um vasto ex ercito de centenas de milhoes de 15, 16. (a) Os c eus estrelados dao que evidencia da sabedoria de Jeov a? (b) Como a posic ao de Jeov a, de Comandante Supremo de incont aveis milhoes de anjos, demonstra que ele e um administrador s abio? 175 Quem programou as criaturas da Terra de modo a serem instintivamente s abias?

178 176 ACHEGUE-SE A JEOV A criaturas espirituais. Isso evidencia o poder de Jeov a. Mas como a sabedoria est a envolvida? Pense no seguinte: Jeov a e Jesus nunca ficam desocupados. ( Joao 5:17) A conclusao l ogica, portanto, e que os ministros ang elicos do Alt ıssimo tamb em estao sempre atarefados. E lembre-se de que eles sao superiores aos humanos, superinteligentes e superpoderosos. (Hebreus 1:7; 2:7) Apesar disso, h a bilhoes de anos Jeov amant em todos esses anjos ocupados, fazendo alegremente trabalho significativo cumprindoasuapalavra e fazendo a sua vontade. (Salmo 103:20, 21) A sabedoria desse Administrador edefatoimpressionante! Jeov a eo unico s abio 17 Em vista desses ind ıcios, edeadmirarqueab ıblia afirme que a sabedoria de Jeov a e sem igual? Por exemplo, as Escrituras dizem que Jeov a eo unico s abio. (Romanos 16:27) Somente Ele possui sabedoria no grau absoluto; eafontede toda a verdadeira sabedoria. (Prov erbios 2:6) E por isso que Jesus, embora fosse a mais s abia das criaturas de Jeov a, nao confiava na pr opria sabedoria, mas falava o que o Pai havia mandado. Joao 12: Note como o ap ostolo Paulo descreveu a inigual avel sabedoria de Jeov a: O profundidade das riquezas, e da sabedoria, e do conhecimento de Deus! Quao inescrut aveis sao os seus julgamentos e al em de pesquisa sao os seus caminhos! (Romanos 11:33) Note como Paulo iniciou o vers ıculo com a exclamac ao O, que revela forte emoc ao, nesse caso, profunda reverencia. O termo grego que ele usou para profundidade est a diretamente relacionado com a palavra para abismo. Podemos, assim, formar uma v ıvida imagem mental. Quando refletimos na sabedoria de Jeov a, ecomoseolh assemos para dentro de um precip ıcio aparentemente sem fundo, tao profundo e vasto que nao podemos sequer imaginar 17, 18. PorqueaB ıblia diz que Jeov a eo unico s abio, e por que sua sabedoria deve nos deixar abismados?

179 O PROFUNDIDADE DA SABEDORIA DE DEUS! 177 Perguntas para Meditac ao J o 28:11-28 Qual e o valor da sabedoria divina? Que bom resultado podemos obter se meditarmos nesse assunto? Salmo 104:1-25 Como a sabedoria de Jeov a se manifesta na criac ao e que sentimentos isso produz em voce? Prov erbios 3:19-26 Se meditarmos na sabedoria de Jeov aea pusermos em pr atica, qual ser a o efeito na nossa vida di aria? Daniel 2:19-28 Por que Jeov a e chamado de Revelador de segredos? Como dever ıamos reagir a ` sabedoria prof etica encontrada na sua Palavra? sua imensidao que dir a avaliar todos os seus detalhes! (Salmo 92:5) Nao nos sentimos humildes ao pensar nisso? 19 Jeov a eo unico s abio tamb em em outro sentido: somente ele e capaz de ver o futuro. Lembre-se de que Jeov a usa a aguia como s ımbolo da sabedoria divina. Uma aguiareal pesa apenas uns cinco quilos, mas seus olhos sao maiores doqueosdeumhomemadulto.suavis ao e incrivelmente agucada, permitindo que ela localize pequenas presas mesmo quando est a voando a centenas de metros ou talvez at e aquil ometros do chao! O pr oprio Jeov a certa vez disse o seguinte sobre a aguia: Seus olhos olham para longe. ( J o 39:29) De modo similar, Jeov a pode olhar para longe no tempo paraofuturo! 20 AB ıblia tem muitas provas de que isso e verdade: centenas de profecias, ou seja, Hist oria escrita previamente. Entre as predic oesencontradasnasescriturasest aooresultado de guerras, a ascensaoeaquedadepot encias mundiais e at e estrat egias de batalha espec ıficas que seriam usadas por comandantes militares. Algumas dessas foram proferidas com 19, 20. (a) Por que a aguia eums ımbolo apropriado da sabedoria divina? (b) Como Jeov a demonstrou sua habilidade de ver o futuro?

180 178 ACHEGUE-SE A JEOV A centenas de anos de antecedencia. Isa ıas 44:25 45:4; Daniel 8:2-8, Significa isso, por em, que Deus j a previu as escolhas que vocefar a na vida? Aqueles que pregam a doutrina da predestinac ao insistem em dizer que a resposta e Sim. Mas esse conceito na verdade rebaixa a sabedoria de Jeov a, porque d aaentender que ele e incapaz de controlar sua habilidade de ver o futuro. Para ilustrar: digamos que sua voz fosse de uma beleza sem igual. Quer dizer, entao, que vocen ao teria escolha a nao ser cantar dia e noite? Isso seria um absurdo! De modo similar, Jeov a tem a habilidade de predizer o futuro, mas ele nao a usa o tempo todo. Se fizesse isso, estaria infringindo nosso livre-arb ıtrio, uma d adivapreciosaquejeov anuncarevogar a. Deuteronomio 30:19, Opior e que a ideia da predestinac ao sugere que a sabedoriadejeov a e fria, desamorosa, insens ıvel ou sem compaixao. Mas isso nao e verdade. A B ıblia ensina que Jeov a e s abio de coraçao. (J o9:4)n ao que ele tenha um corac ao literal, mas ab ıblia muitas vezes usa esse termo com relac ao aquilo ` que a pessoa tem no ıntimo, incluindo suas motivac oes e sentimentos, como o amor. Assim, a sabedoria de Jeov a, como suas outras qualidades, eguiadapeloamor. 1Jo ao 4:8. 23 Naturalmente, a sabedoria de Jeov a e perfeitamente confi avel. Et ao superior a ` nossa sabedoria que a Palavra de Deus nos incentiva amorosamente: Confia em Jeov a de todo o teu corac ao e nao te estribes na tua pr opria compreensao. Nota-o em todos os teus caminhos, e ele mesmo endireitar aastuas veredas. (Prov erbios 3:5, 6) Vamos agora analisar com cuidado a sabedoria de Jeov a para que possamos nos achegar mais ao nosso Deus totalmente s abio. 21, 22. (a) Por que nao existe base para concluir que Jeov apreviu todas as escolhas que vocefar a na vida? Ilustre isso. (b) Como sabemos que a sabedoria de Jeov an ao efriaeinsens ıvel? 23. A superioridade da sabedoria de Jeov adevenosmotivarafazer oqu e?

181 C A P I T U L O 1 8 Sabedoria encontrada na Palavra de Deus LEMBRA-SE da ultima vez que recebeu uma carta de uma pessoa querida, de bem longe? Poucas coisas nos deixam mais contentes do que isso. Ficamos felizes de saber de seu bem-estar, o que tem feito e quais sao seus planos. Assim, nos sentimos mais achegados ao remetente da carta, embora fisicamente ele talvez esteja longe. 2 Oque,ent ao, poderia nos dar mais prazer do que receber uma mensagem escrita do Deus que amamos? Jeov a, em certo sentido, nos escreveu uma carta : sua Palavra, a B ı- blia. Nela, ele nos conta quem e, o que fez, o que vai fazer e muito mais. Jeov a nos deu sua Palavra porque deseja que nos acheguemos a ele. Nosso Deus s abio escolheu o melhor m e- todo poss ıvel para se comunicar conosco. O modo em que a B ıblia foi escrita e o seu conte udo revelam sabedoria incompar avel. Por que uma mensagem escrita? 3 Alguns se perguntam: Por que Jeov an ao usou um m etodo mais chamativo como, por exemplo, uma voz ressoando desde o c eu para se comunicar com o homem? Para falar a verdade, em algumas ocasioes Jeov a se comunicou mesmo desde o c eu por meio de representantes ang elicos. Fez isso, por exemplo, quando deu a Lei a Israel. (G alatas 3:19) A voz que ressoou do c eu foi assombrosa tanto que os israelitas apavorados pediram que Jeov an ao falasse com eles dessa maneira, mas que se comunicasse por meio de Mois es. ( Exodo 20:18-20)Assim,aLei,queconsistiaemuns600estatutos,foi ditada a Mois es palavra por palavra. 1, 2. Que carta Jeov a nos escreveu e por que? 3. De que modo Jeov a transmitiu a Lei a Mois es?

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183 SABEDORIAENCONTRADANA PALAVRADEDEUS Mas o que provavelmente teria acontecido se aquela Lei nunca tivesse sido colocada por escrito? Acha que Mois es teria se lembrado de todas as palavras daquele c odigo detalhado e as transmitido com exatidao para o restante da nac ao? Easgera coes posteriores? Teriam de se basear apenas em relatos orais? Esse nao seria um m etodo muito confi avel de se transmitir as leis de Deus. Possivelmente vocej a brincou de telefonesemfio,umjogoemqueaprimeirapessoadeuma filadizumafrasenoouvidodequemest aaoseuladoeassim sucessivamente at e chegar ao fim da fila. Quando a ultima pessoa diz o que entendeu, em geral trata-se de algo bem diferente do original. A Lei de Deus nao correu o perigo de ser deturpada da mesma maneira. Por que? 5 Porque, sabiamente, Jeov a decidiu que suas palavras fossem escritas. Ele instruiu a Mois es: Escreve para ti estas palavras, porque edeacordocomestaspalavrasquedeverasconcluo um pacto contigo e com Israel. ( Exodo 34:27) Assim, em 1513 AEC, comecou o per ıodo de escrita da B ıblia. Duranteos1.610anosqueseseguiram,Jeov a falou em muitas ocasioes e de muitos modos com os cerca de 40 humanos que escreveram a B ıblia. (Hebreus 1:1) Durante esse mesmo per ıodo, copistas dedicados cuidadosamente produziram c o- pias exatas das Escrituras, a fim de preserv a-las. Esdras 7:6; Salmo 45:1. 6 Sem d uvida, para n os eumagrandeb enc aoofatodejeov a se comunicar conosco por escrito. J a recebeu uma carta tao especial talvez porque o consolou numa hora em que voce precisava quevoc e a guardou e releu vez ap os vez? Isso se d a com a carta de Jeov aparan os. Visto que ele pos suas 4. Explique por que a transmissao oral nao seria um m etodo confi a- vel de preservar as leis de Deus. 5, 6. Jeov ainstruiumois es a fazer o que com Suas palavras, e por que eumab enc ao para n os o fato de termos a Palavra de Jeov a por escrito? TodaaEscritura e inspirada por Deus

184 182 ACHEGUE-SE A JEOV A palavras por escrito, podemos l e-las regularmente e meditar no que dizem. (Salmo 1:2) Podemos ter o consolo das Escrituras sempre que precisamos. Romanos 15:4. Por que usou escritores humanos? 7 Numa demonstra c ao de sabedoria, Jeov ausouhumanos para escrever sua Palavra. Imagine: se Jeov a tivesse usado anjos para escrever a B ıblia, ser aqueelaseriat ao fascinante? E verdade que os anjos poderiam ter descrito a Jeov ado angulo da sua posic ao privilegiada, expressado sua devoc ao a Ele e contado a hist oria de fi eis servos humanos de Deus. Mas ser a que nos identificar ıamos com o ponto de vista de criaturas espirituais perfeitas, cujo conhecimento, experiencia e forca sao muito superiores aos nossos? Hebreus 2:6, 7. 8 Ao usar homens como escritores, Jeov a nos deu exatamenteoqueprecis avamos: um registro inspirado por Deus, mas que ainda assim e profundamente humano. (2 Tim oteo 3:16) Como conseguiu essa facanha? Em muitos casos, ele evidentemente permitiu que os escritores usassem suas faculdades mentais para escolher palavras deleitosas e a escrita de palavras corretas de verdade. (Eclesiastes 12:10, 11) Isso explica a diversidade de estilos encontrados na B ıblia; os escritos refletem a formac aoeapersonalidadedecadaescritor. Mas esses homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por esp ırito santo. (2 Pedro 1:21) De modo que o produto final e, de fato, a palavra de Deus. 1 Tessalonicenses 2:13. Por exemplo, Davi, que havia sido pastor, empregou exemplos tirados da vida no campo. (Salmo 23) Mateus, um ex-cobrador de impostos, fez v arias referencias a n umeros e valores monet arios. (Mateus 17:27; 26:15; 27:3) O m edico Lucas usou palavras que refletiam sua formac ao. Lucas 4:38; 14:2; 16: Por que podemos dizer que foi uma expressao da sabedoria de Jeov a usar ele humanos para escrever a B ıblia? 8. At e que ponto os escritores b ıblicos tiveram permissao de usar suas faculdades mentais? (Veja tamb em a nota.)

185 SABEDORIAENCONTRADANA PALAVRADEDEUS 9 Por que a leitura da B ıblia tem um impacto emocional tao fortesobren os? Porque seus escritores eram homens com sentimentos iguais aos nossos. Sendo imperfeitos, enfrentaram provac oes e pressoes semelhantes as ` nossas. Em alguns casos, o esp ırito de Jeov a os inspirou a escrever, na primeira pessoa, sobre seus sentimentos e dificuldades pessoais, algo que nenhum anjo poderia ter feito. 2 Cor ıntios 12: Veja o exemplo do Rei Davi, de Israel. Depois de cometer v arios erros graves, ele compos um salmo em que abria seu corac ao, implorando o perdao de Deus. Escreveu: Purificame mesmo do meu pecado. Pois eu mesmo conheco as minhas transgressoes e meu pecado est a constantemente diante de mim. Eis que em erro fui dado a ` luz com dores de parto, e em pecado me concebeu minha mae. Nao me lances fora de diante da tua face; e nao tires de mim o teu esp ırito santo. Os sacrif ıcios a Deus sao um esp ırito quebrantado; um corac ao quebrantado e esmagado nao desprezar as, odeus. (Salmo 51:2, 3, 5, 11, 17) D a para sentir a ang ustia do escritor nessas palavras, nao e verdade? Quem, al em de um homem imperfeito, poderia expressar sentimentos tao sinceros? Por que um livro sobre pessoas? 11 H a mais uma coisa que torna a B ıblia fascinante. Na maior parte, trata-se de um livro sobre pessoas reais que serviram, ou nao, a Deus. Lemos sobre o que passaram na vida, suas dificuldades e alegrias. Aprendemos sobre o resultado das escolhas que fizeram. Esses relatos foram inclu ıdos na B ıblia para a nossa instruc ao. (Romanos 15:4) Por meio desses casos da vida real, Jeov a nos ensina de uma maneira que toca o coracao. Veja alguns exemplos. 12 AB ıblia relata o que aconteceu com os infi eis ou perversos. 9, 10. Por que o fato de Deus ter usado escritores humanos faz com queab ıblia tenha maior impacto emocional sobre n os? 11. Por que se pode dizer que os casos da vida real inclu ıdos na B ı- blia sao para a nossa instruc ao? 12. Dequemaneiraosrelatosb ıblicos sobre humanos infi eis sao de ajudaparan os? 183

186 184 ACHEGUE-SE A JEOV A Nesses relatos, vemos qualidades indesej aveis em ac ao, o que torna mais f acil entende-las. Por exemplo, consegue pensar em uma maneira melhor de condenar a deslealdade do que descrever o exemplo de Judas ao executar sua conspirac ao traicoeira contra Jesus? (Mateus 26:14-16, 46-50; 27:3-10) Relatos como esse tocam mais eficazmente o nosso corac ao, ajudando-nos a identificar e rejeitar caracter ısticas ruins. 13 AB ıblia tamb em descreve muitos servos fi eis de Deus. Lemos sobre sua devoc ao e lealdade. Podemos observar na pr atica as qualidades que temos de cultivar a fim de nos achegarmos a Deus. Veja o caso da f e. A B ıblia traz a definic ao dela e nos diz que ela e essencial para agradarmos a Deus. (Hebreus 11:1, 6) Mas as Escrituras tamb em contem exemplos significativos de f eema cao. Pense na f equeabra ao demonstrou quando tentou oferecer Isaque. (Genesis, cap ıtulo 22; Hebreus 11:17-19) Relatos como esse fazem com que a palavra f e assuma um sentido totalmente novo e tornam mais f acil entende-la. Como foi s abio da parte de Jeov an ao s o nos incentivar a cultivar qualidades desej aveis, mas tamb em nos dar exemplos delas em ac ao! 14 Os relatos da vida real, encontrados na B ıblia, muitas vezes nos ensinam algo a respeito do tipo de pessoa que Jeov a e. Um exemplo e o caso duma mulher que Jesus observou no templo. Enquanto estava sentado perto dos cofres do tesouro, Jesus observava as pessoas colocando suas contribuic oes. Muitos ricos vinham e davam dos seus excedentes. Mas Jesus se concentrou numa vi uva humilde. Sua d adiva foi duas pequenas moedas de muito pouco valor. Era o ultimo di- Cada moeda dessas era um l epton, a menor moeda judaica em circulac ao naquele tempo. Dois l eptons equivaliam a 1/64 do sal ario de um dia. Essas duas moedinhas nao eram suficientes nem para comprar um unico pardal, a ave mais barata usada como alimento pelos pobres. 13. De que maneira a B ıblia nos ajuda a entender qualidades desej a- veis? 14, 15. O que a B ıblia nos diz sobre uma mulher que compareceu aotemploeoqueesserelatonosensinasobrejeov a?

187 SABEDORIAENCONTRADANA PALAVRADEDEUS nheirinho que ela possu ıa. Jesus, que refletia com perfeic ao oconceitodejeov a sobre os assuntos, disse: Esta vi uva pobre lancou neles mais do que todos estes que lancam dinheiro nos cofres do tesouro. Segundo essas palavras, ela contribuiu mais do que todos os outros juntos. Marcos 12:41-44; Lucas 21:1-4; Joao 8: Nao e significativo que, de todas as pessoas que compareceram ao templo naquele dia, essa vi uva tenha sido escolhida para ser mencionada na B ıblia? Por meio desse exemplo, Jeov a nos ensina que ele e um Deus apreciativo. Ele fica contente de receber nossas d adivas de toda a alma, nao importa o valor delas em comparac ao com o que outros possam dar. Jeov an ao poderia ter achado uma maneira melhor de nos ensinar essa verdade comovente! OqueaB ıblia nao cont em 16 Quandoresolveescreverumacartaparaumamigoou parente, voce tem de usar de bom-senso e decidir o que vai incluir nela; ela precisa ter um limite. De modo similar, Jeov a decidiu mencionar determinadas pessoas ou acontecimentos na sua Palavra. Mas a B ıblia nem sempre d atodos os detalhes desses relatos descritivos. ( Joao 21:25) Por exemplo, quando se mencionam os julgamentos de Deus, nem sempre as informac oes fornecidas na B ıblia sao suficientes para responder a todas as perguntas que possamos ter. A sabedoria de Jeov aficaevidenteat e naquilo que ele decidiu nao incluir na sua Palavra. Como assim? 17 O modo em que a B ıblia foi escrita serve para testar o que temos no corac ao. Hebreus 4:12 diz: A palavra [ou, mensagem] de Deus e viva e exerce poder, e e mais afiada do que qualquer espada de dois gumes, e penetra at eadivisao da alma e do esp ırito... e e capaz de discernir os pensa- mentos e as intenc oes do corac ao. A mensagem da B ıblia 16, 17. Como se pode observar a sabedoria de Jeov aat e naquilo que ele decidiu nao incluir na sua Palavra? 185

188 186 ACHEGUE-SE A JEOV A penetra fundo, revelando nossos verdadeiros racioc ınios e motivac oes. Aqueles que a leem com olho cr ıtico muitas vezes ficam perplexos, porque se deparam com relatos que nao contem todas as informac oes que os satisfariam. Essas pessoas talvez at equestionemse,defato,jeov a eamoroso, s abio e justo. 18 Em contraste, quando estudamos cuidadosamente a B ı- blia com corac ao sincero, passamos a conhecer a Jeov ano contexto em que a sua Palavra o apresenta. Assim, nao ficamos perturbados se determinado relato levanta algumas questoes para as quais nao encontramos respostas imediatas. Para ilustrar: se estiver montando um grande quebra-cabeca, talvez de in ıcio vocen ao consiga encontrar determinada peca ou nao entenda como uma peca se encaixa. Mas talvez j a tenha juntado pecas suficientes para entender qual eaapar encia geral do quadro. De modo similar, quando estudamos a B ıblia, pouco a pouco aprendemos sobre o tipo de Deus que Jeov a e e formamos um quadro mental dele. Mesmo que, de in ıcio, nao entendamos certo relato nem percebamos como ele se encaixa na personalidade do Criador, nosso estudo da B ıblia j a nos ensinou mais do que o suficiente sobre Jeov a para sabermos que ele eumdeusinfalivelmente amoroso, imparcial e justo. 19 Assim, para entender a Palavra de Deus, devemos le-la e estud a-la com corac ao sincero e mente aberta. Nao e essa uma evidencia da grande sabedoria de Jeov a? Homens inteligentes saocapazesdeescreverlivrosquesomenteos s a- bios e os intelectuais conseguem entender. Mas para escrever um livro que s o pode ser entendido por aqueles que tem acorretamotiva cao de corac ao e preciso sabedoria divina! Mateus 11:25. 18, 19. (a) Por que nao devemos nos sentir perturbados se determinado relato b ıblico levantar questoesparaasquaisn ao encontramos respostas imediatas? (b) O que e preciso para entender a Palavra de Deus, e como isso eumaevid enciadagrandesabedoriadejeov a?

189 SABEDORIAENCONTRADANA PALAVRADEDEUS Um livro de sabedoria pr atica 20 Na sua Palavra, Jeov a nos ensina qual e o melhor modo de vida. Como nosso Criador, ele conhece nossas necessidades melhor do que n os mesmos. E as necessidades humanas b asicas incluindo o desejo de ser amado e feliz, e de ter relacionamentos bem-sucedidos ainda sao as mesmas. A B ıblia cont em muita sabedoria pr atica que pode nos ajudar a ter uma vida significativa. (Prov erbios 2:7) Cada sec ao deste livro cont em um cap ıtulo que mostra como aplicar o conselho s abio da B ıblia, mas vejamos s oumexemplo. 21 J anotouqueaspessoasqueguardamrancorouressentimento muitas vezes acabam magoando a si mesmas? O res- sentimento e um fardo muito pesado para carregar. Quando o nutrimos, ele absorve os pensamentos, tira nossa paz e sufoca a alegria. Estudos cient ıficos indicam que alimentar a raiva pode aumentar o risco de doencas card ıacas e muitas outras doencas cronicas. Bem antes desses estudos cient ıficos, por em, a B ıblia j a dizia sabiamente: Larga a ira e aban- dona o furor. (Salmo 37:8) Mas como podemos fazer isso? 22 APalavradeDeusd a o seguinte conselho prudente: A perspic acia do homem certamente torna mais vagarosa a sua ira, e ebelezadasuapartepassarporaltoatransgress ao. (Prov erbios 19:11) Perspic acia e a habilidade de ver abaixo da superf ıcie, de ver al em do obvio. A perspic acia resulta em compreensao, porque nos ajuda a discernir por que a outra pessoa falou ou agiu de determinada maneira. Se nos esforcarmos a entender suas verdadeiras motivac oes, sentimentos ecircunst ancias, isso nos ajudar a a deixar de lado pensamentos e sentimentos negativos para com ela. 23 AB ıblia traz outro conselho: Continuai a suportar-vos uns aos outros e a perdoar-vos uns aos outros liberalmente. 20. Por que somente Jeov a pode nos dizer qual e o melhor modo de vida,eoqueab ıblia cont em que pode nos ajudar? Que conselhos s abios nos ajudam a nao alimentar a raiva nem guardar ressentimento? 187

190 188 ACHEGUE-SE A JEOV A Perguntas para Meditac ao Prov erbios 2:1-6 Que esforco e necess ario para obtermos a sabedoria encontrada na Palavra de Deus? Prov erbios 2:10-22 De que benef ıcio ser a vivermos em harmonia com os conselhos s abios da B ıblia? Romanos 7:15-25 Como esse trecho da B ıblia ilustra a sabedoria de se terem usado homens para escrever a Palavra de Deus? 1Cor ıntios 10:6-12 O que podemos aprender dos exemplos de aviso, envolvendo Israel, que encontramos na B ıblia? (Colossenses 3:13) A expressao continuai a suportar-vos uns aos outros indica que se deve ter paciencia, tolerando algumas caracter ısticas das outras pessoas que talvez achemos irritantes. Essa longanimidade nos ajudar aaevitarguardar rancor por coisinhas sem importancia. Perdoar transmite a ideia de cessar de ter ressentimento. Nosso Deus sabe que precisamos perdoar outros quando h abases olida para isso. Nao se trata de algo proveitoso apenas para a outra pessoa, mas tamb em preserva nossa pr opria paz mental e de corac ao. (Lucas 17:3, 4) Quanta sabedoria encontramos na Palavra de Deus! 24 Devido ao seu amor ilimitado, Jeov aquissecomunicar conosco. Ele escolheu o melhor m etodo poss ıvel: uma carta escrita por homens sob a orientac ao do esp ırito santo. Em resultado disso, encontramos nas p aginas dela a sabedoria do pr oprio Jeov a. Trata-se de sabedoria mui fidedigna. (Salmo 93:5) Quando harmonizamos nossa vida com ela e a transmitimos a outros, nos achegamos naturalmente ao nosso Deus s abio. No pr oximo cap ıtulo, analisaremos outro exemplo not avel da sabedoria de Jeov a: sua habilidade de prever o futuro e de cumprir seus prop ositos. 24. Qual e o resultado quando harmonizamos nossa vida com a sabedoria divina?

191 C A P I T U L O 1 9 A sabedoria de Deus em segredo sagrado SEGREDOS! Por que et ao dif ıcil guard a-los? Talvez tenha algo que ver com sua aura de mist erio que nos deixa intrigados e fascinados. Mas a B ıblia diz: A gl oria de Deus emanter um assunto em segredo. (Prov erbios 25:2) De modo que, como Governante Supremo e Criador, Jeov amant em algumascoisasemsegredoat e que chegue o Seu tempo devido para revel a-las a ` humanidade. 2 Mas h aumsegredofascinanteeintrigantequejeov arevelou na sua Palavra. E chamado de o segredo sagrado da vontade de Deus. (Ef esios 1:9) Se o conhecermos, al em de satisfazer a curiosidade, nos candidataremos a obter a salvacao e entenderemos um pouco mais a imensur avel sabedoriadejeov a. Revelado progressivamente 3 Quando Adao e Eva pecaram, talvez parecesse que o prop osito de Jeov adeterumpara ıso na Terra, povoado por humanos perfeitos, havia sido frustrado. Mas Deus imediatamente atacou o problema. Ele disse: Porei inimizade entreti[aserpente]eamulher,eentreoteudescendenteeo seu descendente. Ele te machucar aacabe ca e tu lhe machucar as o calcanhar. Genesis 3:15. 4 Que palavras intrigantes e misteriosas! Quem era a mulher? a serpente? e o descendente que machucaria a cabeca da serpente? O casal infiel (Adao e Eva) nao tinha como saber. Mas as palavras de Deus dariam esperanca aos 1, 2. Que segredo sagrado deve nos interessar e por que? 3, 4. DequemaneiraaprofeciadeG enesis 3:15 dava esperanca, mas que mist erio, ou segredo sagrado, ela englobava?

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193 ` A SABEDORIA DE DEUS EM SEGREDO SAGRADO descendentes deles que se mostrassem fi eis. A justica haveriadetriunfar.oprop osito de Jeov a seria realizado. Mas como? Ah! Isso era um mist erio. A B ıblia o chama de a sabedoria de Deus em segredo sagrado, a sabedoria escondida. 1 Cor ıntios 2:7. 5 Como Revelador de segredos, Jeov a com o tempo divulgaria detalhes pertinentes sobre o desfecho desse segredo. (Daniel 2:28) Mas faria isso gradativamente, aos poucos. Para ilustrar, pense na resposta que um pai amoroso d a quando o filhinho pergunta: Pai, de onde eu vim? Se for sensato, o pai s odar aasinforma coes que o menino tem condic oes de entender. A medida que ele for crescendo, o pai explicar a mais detalhes. De modo similar, Jeov adetermina quando seu povo est a preparado para receber revelac oes adicionais de sua vontade e prop osito. Prov erbios 4:18; Daniel 12:4. 6 Como Jeov a fez essas revelac oes? Ele usou uma s erie de pactos, ou contratos, que revelavam muitos detalhes. Possivelmente vocej a assinou um contrato: ao comprar uma casa, ao fazer um empr estimo ou ao emprestar dinheiro aalgu em. Um contrato e uma garantia legal de que os termos dum acordo serao cumpridos. Mas por que Jeov aprecisava fazer pactos, ou contratos, formais com o homem? Naturalmente, Sua palavra egarantiasuficientedequeele cumprir a Suas promessas. Mesmo assim, em v arias ocasioes, Deus bondosamente refor cou a validade da sua palavra fazendo contratos legais. Esses acordos inviol aveis dao a n os, humanos imperfeitos, uma base ainda mais s olida para confiarnaspromessasdejeov a. Hebreus 6: Ilustre por que Jeov a revelou seu segredo aos poucos. 6. (a) Para que serve um pacto, ou contrato? (b) Por que enot avel que Jeov afa ca pactos com humanos? 191 Multiplicarei o teu descendente como as estrelas dos c eus

194 192 ACHEGUE-SE A JEOV A OpactocomAbra ao 7 Mais de 2 mil anos depois de o homem ter sido expulso do Para ıso, Jeov a disse a seu servo fiel Abraao: Seguramente multiplicarei o teu descendente como as estrelas dos c eus...etodasasna coes da terra hao de abencoar a si mesmas por meio de teu descendente, pelo fato de que escutaste a minha voz. (Genesis 22:17, 18) Isso nao era apenas uma promessa; Jeov a formulou-a como um pacto legal e confirmou-a com um juramento imut avel. (Genesis 17:1, 2; Hebreus 6:13-15) Que fato not avel! O Soberano Senhor fez um contrato para abencoar a humanidade. 8 O pacto abraamico revelou que o Descendente prometido viria como humano, pois descenderia de Abraao. Mas quem seria? Com o tempo Jeov a revelou que, dos filhos de Abraao, Isaque seria antepassado do Descendente. Entre os dois filhos de Isaque, Jac o foi escolhido. (Genesis 21:12; 28:13, 14) Mais tarde, Jac o disse as seguintes palavras prof e- ticas a respeito de um de seus 12 filhos: O cetro nao se afastar adejud a, nem o bastao de comandante de entre os seus p es, at e que venha Sil o [ Aquele a Quem Pertence ]; e a ele pertencer a a obediencia dos povos. (Genesis 49:10) A partir da ı, soube-se que o Descendente seria um rei e que Jud a seria seu ancestral. O pacto com Israel 9 Em 1513 AEC, Jeov a concluiu um pacto com os descendentes de Abraao, a nac ao de Israel. Isso preparou o caminho para novas revelac oes a respeito do segredo sagrado. Embora nao esteja mais em vigor hoje, o pacto da Lei mo- 7, 8. (a) Que pacto Jeov afezcomabra ao, esclarecendo o que a respeito do segredo sagrado? (b) Como Jeov a aos poucos foi dando detalhes mais espec ıficos sobre a linhagem do Descendente prometido? 9, 10. (a) Que pacto Jeov afezcomana cao de Israel e que protec ao esse pacto oferecia? (b) Como a Lei demonstrou que a humanidade precisava do resgate?

195 A SABEDORIA DE DEUS EM SEGREDO SAGRADO saica era parte essencial do prop osito de Jeov adeproduziro Descendente prometido. Como? De tres modos. Primeiro, a Lei era como um muro de prote c ao. (Ef esios 2:14) Seus estatutos justos serviam como barreira entre judeus e gentios. Assim, ajudou a preservar a linhagem do Descendente prometido. Em grande parte por causa dessa prote c ao, a nac ao ainda existia quando chegou o tempo devido de Deus para que o Messias nascesse na tribo de Jud a. 10 Segundo, a Lei, que era perfeita, demonstrou que a humanidade precisava mesmo do resgate, pois o homem imperfeito era incapaz de cumprir todos os seus requisitos. Assim, ela serviu para tornar manifestas as transgressoes, at e que chegasse o descendente a quem se fizera a promessa. (G alatas 3:19) Por meio de sacrif ıcios de animais, a Lei oferecia expiac ao provis oria dos pecados. Mas visto que, como Paulo escreveu, nao e poss ıvel que o sangue de touros e de bodes tire pecados, essas ofertas s o prefiguravam o sacrif ıcio de resgate de Cristo. (Hebreus 10:1-4) De modo que, para os judeus fi eis, aquele pacto se tornou um tutor, conduzindo a Cristo. G alatas 3: Terceiro, o pacto da Lei deu ana ` cao de Israel uma perspectiva maravilhosa: tornar-se um reino de sacerdotes e uma nac ao santa. Mas Jeov a lhes disse que isso s oaconteceriaseelesfossemfi eis aquele ` contrato. ( Exodo 19:5, 6) E, de fato, com o tempo, o Israel carnal acabou fornecendo os primeiros membros de um reino celestial de sacerdotes. Mas, como um todo, aquela nac ao se rebelou contra o pacto da Lei, rejeitou o Descendente messianico e perdeu essa oportunidade. Quem, entao, completaria o reino de sacerdotes? E que relac ao teria aquela nac ao abencoada com o Descendente prometido? Esses aspectos do segredo sagrado seriam revelados no tempo devido de Deus. 11. Que perspectiva maravilhosa o pacto da Lei oferecia a Israel, mas por que a nac ao como um todo perdeu essa oportunidade? 193

196 194 ACHEGUE-SE A JEOV A Opactodav ıdico do Reino 12 No s eculo 11 AEC, Jeov a esclareceu mais detalhes sobre o segredo sagrado quando fez outro pacto. Ele prometeu ao fiel Rei Davi: Hei de suscitar o teu descendente depois de ti,... e deveras estabelecerei firmemente o seu reino.... Eu hei de estabelecer firmemente o trono do seu reino por tempo indefinido. (2 Samuel 7:12, 13; Salmo 89:3) Com isso, a linhagem do Descendente prometido ficava restrita afam ` ı- lia de Davi. Mas ser a que um simples governante humano poderia reinar por tempo indefinido? (Salmo 89:20, 29, 34-36) E poderia esse rei humano resgatar a humanidade do pecado e da morte? 13 Sob inspirac ao, Davi escreveu: A pronunciac ao de Jeov a a meu Senhor e: Senta-te a ` minha direita, at e que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus p es. Jeov a jurou (e nao o deplorar a): Tu es sacerdote por tempo indefinido a ` maneira de Melquisedeque! (Salmo 110:1, 4) As palavras de Davi se aplicavam diretamente ao Descendente prometido, ou Messias. (Atos 2:35, 36) Esse Rei governaria, nao em Jerusal em, mas desde os c eus, a ` direita de Jeov a. Isso lhe daria autoridade nao s o sobre o territ orio de Israel, mas sobre toda a Terra. (Salmo 2:6-8) Mais um detalhe foi revelado naquela declarac ao. Note que Jeov a fez o juramento solene de que o Messias seria sacerdote... a ` maneira de Melquisedeque um rei-sacerdote que viveu nos dias de Abraao. Como Melquisedeque, o vindouro Descendente seria designado diretamente por Deus para ser Rei e Sacerdote! Genesis 14: Ao longo dos anos, Jeov a usou seus profetas para fazer revelac oes adicionais sobre o segredo sagrado. Por exemplo, Isa ıas revelou que o Descendente teria uma morte sacrifi- 12. Que pacto Jeov a fez com Davi e que detalhe sobre o segredo sagrado isso ajudou a esclarecer? 13, 14. (a) Segundo o Salmo 110, que promessa Jeov a fez ao seu Rei ungido? (b) Que revelac oes adicionais a respeito do vindouro Descendente foram feitas por meio dos profetas de Jeov a?

197 A SABEDORIA DE DEUS EM SEGREDO SAGRADO cial. (Isa ıas 53:3-12) Miqueias profetizou o lugar em que o Messias nasceria. (Miqueias 5:2) E Daniel predisse at eotempoexatodoaparecimentododescendenteedesuamorte. Daniel9: Reveladoosegredosagrado! 15 Como essas profecias se cumpririam continuou a ser um mist erio at e que o Descendente finalmente apareceu. G alatas 4:4 diz: Quando chegou o pleno limite do tempo, Deus enviou o seu Filho, que veio a proceder duma mulher. No ano 2 AEC, um anjo disse a uma virgem judia chamada Maria: Eis que conceber as na tua madre e dar as a ` luz um filho, e deves dar-lhe o nome de Jesus. Este ser agrandeeser achamado Filho do Alt ıssimo; e Jeov adeuslhedar aotronode Davi,seupai...Esp ırito santo vir a sobre ti e poder do Alt ıssimo te encobrir a. Por esta razao, tamb em, o nascido ser a chamado santo, Filho de Deus. Lucas 1:31, 32, Depois, Jeov a transferiu a vida de seu Filho do c eu para o utero de Maria, de modo que ele nasceu duma mulher imperfeita. Mas Jesus nao herdou a imperfeic ao dela porque era Filho de Deus. No entanto, os pais humanos de Jesus eram descendentes de Davi, de modo que ele herdou deles tanto o direito natural como legal de ser herdeiro daquele rei. (Atos 13:22, 23) Quando Jesus se batizou, em 29 EC, Jeov aoungiucomesp ırito santo e disse: Este e meu Filho, o amado. (Mateus 3:16, 17) Finalmente, ali estava o Descendente! (G alatas 3:16) Chegara o tempo para se revelar mais detalhes sobre o segredo sagrado. 2 Tim oteo 1: Durante seu minist erio, Jesus identificou a serpente de Genesis 3:15 como Satan as e o descendente da serpente como os seguidores do Diabo. (Mateus 23:33; Joao 8:44) Posteriormente, revelou-se como esses seriam esmagados 15,16.(a) ComooFilhodeJeov a veio a nascer duma mulher? (b) O que Jesus herdou de seus pais humanos e quando ele surgiu como o Descendente da promessa? 17. Como se esclareceu o significado de Genesis 3:15? 195

198 196 ACHEGUE-SE A JEOV A para sempre. (Revela c ao [Apocalipse] 20:1-3, 10, 15) E a mulher foi identificada como a Jerusal em de cima, a organizac ao-esposadejeov anosc eus, composta de criaturas espirituais. G alatas 4:26; Revelac ao 12:1-6. Onovopacto 18 Uma das revelac oes mais emocionantes foi dada na noite antes da morte de Jesus, quando ele falou aos seus disc ı- pulos fi eis sobre o novo pacto. (Lucas 22:20) Como seu predecessor, o pacto da Lei mosaica, esse novo pacto deveria produzir um reino de sacerdotes. ( Exodo 19:6; 1 Pedro 2:9) Mas, em vez de estabelecer uma nac ao carnal, fundaria uma nac ao espiritual, o Israel de Deus, composta exclusivamente de fi eis seguidores ungidos de Cristo. (G alatas 6:16) Com Jesus, esses participantes do novo pacto abencoa- riam a raca humana. 19 Mas por que o novo pacto consegue produzir um reino de sacerdotes para abencoar a humanidade? Porque, em vez de condenar os disc ıpulos de Cristo como pecadores, ele permite o perdao dos seus pecados mediante o sacrif ı- cio Dele. (Jeremias 31:31-34) Quando eles obtem uma condic ao justa perante Jeov a, este os adota como parte de sua fam ılia celestial, ungindo-os com esp ırito santo. (Romanos 8:15-17; 2 Cor ıntios 1:21) Assim, passam por um novo nascimento para uma esperanca viva... reservada nos c eus. (1 Pedro 1:3, 4) Visto que uma condic ao tao enaltecida e algo totalmente novo para os humanos, os cristaos ungidos O segredo sagrado [da] devoc ao piedosa tamb em foi revelado em Jesus. (1 Tim oteo 3:16) Durante muito tempo foi um segredo, ou mist erio, se algu em conseguiria manter perfeita integridade a Jeov a. Jesus forneceu a resposta. Ele manteve a integridade durante todas as provac oes que Satan as lancou contra ele. Mateus 4:1-11; 27: Qual e o objetivo do novo pacto? 19. (a) Por que o novo pacto consegue produzir um reino de sacerdotes? (b) Por que os cristaos ungidos sao chamados de uma nova criac ao e quantos reinarao no c eu com Cristo?

199 A SABEDORIA DE DEUS EM SEGREDO SAGRADO e gerados pelo esp ırito sao chamados de uma nova criacao. (2 Cor ıntios 5:17) A B ıblia revela que, por fim, 144 mil deles ajudarao a reinar desde o c eu sobre a humanidade resgatada. Revelac ao 5:9, 10; 14: Com Jesus, os ungidos se tornam o descendente de Abraao. (G alatas 3:29) Os primeiros a serem escolhidos foram judeus carnais. Mas, em 36 EC, outra faceta do segredo sagrado foi revelada: gentios (nao judeus) tamb em teriam partenaesperan ca celestial. (Romanos 9:6-8; 11:25, 26; Ef e- sios 3:5, 6) Os cristaos ungidos seriam os unicos a desfrutar as ben c aos prometidas a Abraao? Nao, porque o sacrif ıcio de Jesus beneficia o mundo inteiro. (1 Joao 2:2) Com o tempo, Jeov a revelou que um n umero nao especificado de pessoas faria parte de uma grande multidao que sobreviveria ao fim do sistema de Satan as. (Revelac ao 7:9, 14) Muitos outros seriam ressuscitados com a perspectiva de viver para sempre no Para ıso! Lucas 23:43; Joao 5:28, 29; Revelac ao 20:11-15; 21:3, 4. A sabedoria de Deus e o segredo sagrado 21 O segredo sagrado e uma demonstrac ao impressionante da grandemente diversificada sabedoria de Deus. (Ef esios 3:8-10) Como Jeov afois abio em esbocar esse segredo e, da ı, revel a-lo aos poucos! Ele sabiamente levou em conta as limitac oes dos humanos, permitindo que esses manifestassem sua verdadeira condic ao de corac ao. Salmo 103: Jeov atamb em demonstrou incompar avel sabedoria ao Jesus tamb em fez um pacto... para um reino com o mesmo grupo. (Lucas 22:29, 30) Trata-se de um contrato que ele fez com o pequeno rebanho para que reinem com ele no c eu como parte secund aria do descendente de Abraao. Lucas 12: (a) Que faceta do segredo sagrado foi revelada em 36 EC? (b) Quem desfrutar aasb enc aosprometidasaabra ao? 21, 22. De que maneiras o segredo sagrado de Jeov ademonstraasabedoria Dele? 197

200 198 ACHEGUE-SE A JEOV A Perguntas para Meditac ao Joao 16:7-12 Como Jesus imitou seu Pai ao revelar a verdade gradativamente? 1Cor ıntios 2:6-16 Por que muitas pessoas nao conseguem entender os segredos sagrados de Jeov a? Como n os podemos compreende-los? Ef esios 3:10 Que privil egio os cristaos tem hoje com respeito ao segredo sagrado de Deus? Hebreus 11:8-10 Comoosegredosagradosustentouaf eque homens da antiguidade tinham, embora nao soubessem de todos os detalhes a respeito dele? escolher Jesus como Rei. No Universo inteiro, nao existe criatura mais digna de confiancadoqueofilhodedeus. Ao viver como homem de carne e sangue, Jesus passou por todo tipo de adversidade. Por isso, ele entende muito bem os problemas humanos. (Hebreus 5:7-9) E que tipo de corregentes Jesus ter a? Ao longo dos s eculos, tanto homens como mulheres de todas as racas, l ınguas e formac oes foram ungidos. Simplesmente, nao existe problema que algum deles nao tenha enfrentado e superado. (Ef esios 4:22-24) Ser a maravilhoso viver sob o dom ınio desses reis-sacerdotes misericordiosos! 23 Oap ostolo Paulo escreveu: O segredo sagrado que estava escondido dos passados sistemas de coisas e das gerac oes passadas...temsidomanifestoaosseussantos. (Colossenses 1:26) De fato, os santos ungidos de Jeov aentenderam os muitos detalhes referentes ao segredo sagrado e transmitiram esse conhecimento a milhoes de pessoas. Que privil egio todos n os temos! Jeov a nos [fez] saber o segredo sagrado de sua vontade. (Ef esios1:9)contemosessemaravilhoso segredo a outros, ajudando-os a tamb em entender um pouco melhor a imensur avel sabedoria de Jeov adeus! 23. Que privil egio os cristaos tem com respeito ao segredo sagrado de Jeov a?

201 C A P I T U L O 2 0 S abio de corac ao, mas humilde UM PAI quer ensinar uma lic ao importante ao filho, tocando-lhe o corac ao. Que m etodo usar? Deve ficar de p e de forma intimidadora e usar palavras duras? Ou seria melhor agachar-se diante da crianca e falar de modo bondoso e amistoso? Sem d uvida, um pai s abio e humilde escolheria a segunda opc ao. 2 Que tipo de Pai ejeov a: orgulhoso ou humilde? severo ou bondoso? Jeov a sabe de tudo, quer dizer, es abio em escala absoluta. J a notou, por em, que o conhecimento e a inteligencia nem sempre tornam as pessoas mais humildes? Como diz a B ıblia, o conhecimento enfuna. (1 Cor ıntios 3:19; 8:1) Mas Jeov a, que e s abio de corac ao, etamb em humilde. (J o9:4)n ao que ele esteja numa posic ao inferior ou pouco enaltecida; mas percebe-se nele a total ausencia de arrogancia. Por que isso se d a? 3 Jeov a esanto.vistoqueaarrog ancia e uma qualidade queaviltaapessoa,ela e completamente inexistente nele. (Marcos 7:20-22) Al em disso, note o que o profeta Jeremias disse a Jeov a: Sem falta, a tua alma [o pr oprio Jeov a] se lembrar aesecurvar a sobre mim. (Lamentac oes 3:20) Imagine! Jeov a, o Soberano Senhor do Universo, estava disposto a se curvar, ou se colocar no mesmo n ıvel que Os escribas antigos (soferins) alteraram esse vers ıculo para dizer que Jeremias, nao Jeov a, e que se curvava. Pelo visto, acharam impr o- prio atribuir a Deus um ato humilde como esse. Em resultado disso, muitas traduc oes deixam de transmitir corretamente a ideia desse belo vers ıculo. Mas uma B ıblia em ingles traduz de forma exata a expressao de Jeremias para Deus, dizendo: Lembra-te, o lembra-te, e inclina-te na minha direc ao. The New English Bible Por que podemos ter certeza de que Jeov a e humilde?

202 200 ACHEGUE-SE A JEOV A Jeremias, a fim de mostrar favor aquele ` humano imperfeito. (Salmo 113:7) De fato, Jeov a ehumilde.masoqueest aenvolvido na humildade divina? O que ela tem que ver com a sabedoria? E por que eimportanteparan os? Como Jeov a demonstra humildade 4 Humildade eaus encia de orgulho ou arrogancia; despretensao. Trata-se de uma qualidade ıntima, do corac ao, e manifesta-se em caracter ısticas como brandura, paciencia e razoabilidade. (G alatas 5:22, 23) Mas nao se engane! Essas qualidades de Jeov an ao tem nada que ver com fraqueza ou acanhamento, porque nao o impedem de expressar ira justa nem de usar seu poder para destruir. Na verdade, a humildadeeabranduradejeov a revelam seu imenso poder, pois ele e capaz de controlar-se com perfeic ao. (Isa ıas 42:14) 4, 5. (a) O que e humildade, como se manifesta e por que nao deve ser confundida com fraqueza ou acanhamento? (b) Como Jeov a demonstrou humildade ao lidar com Davi e de que importancia eparan os essa qualidade de Deus? O pai s abio trata os filhos de forma humilde ebranda

203 ` S ABIO DE CORAC AO, MAS HUMILDE 201 Qual e a ligac ao entre humildade e sabedoria? Uma obra de refer encia b ıblica afirma: Humildade e conclusivamentedefinida...emtermosdealtru ısmo e eumabaseessencial para toda a sabedoria. A sabedoria genu ına, portan- to, nao pode existir sem humildade. Como a humildade de Jeov a nos beneficia? 5 O Rei Davi cantou a Jeov a: Tu me dar as o teu escudo de salvac ao,eatuapr opria direita me amparar a,eatuapr opria humildade me engrandecer a. (Salmo 18:35) Jeov acomo que se curvou para lidar com esse mero humano imperfeito, protegendo-o e amparando-o dia ap os dia. Davi entendia que era s o por causa da disposic ao de Deus de humilhar-se desse modo que ele podia esperar receber a salvac ao e chegar a ter certa medida de grandeza como rei. De fato, quem de n os poderia ter esperanca de salvac ao se Jeov an ao fosse humilde, se ele nao estivesse disposto a se rebaixar para lidar conosco como um Pai bondoso e amoroso? 6 E bom notarmos que h aumadiferen ca entre humildade emod estia. Esta ultima e uma bela qualidade que os humanos fi eis devem cultivar. Como a humildade, ela est a ligada a sabedoria. Por exemplo, Prov erbios 11:2 diz: A sabedoria est a com os modestos. Mas a B ıblia nunca fala que Jeov a e modesto. Por que nao? Conforme usada nas Escrituras, mod estia pode ter o sentido de conscientizar-se das pr oprias limitac oes. O Todo-Poderoso nao tem limitac oes, exceto as que ele impoeasimesmoporcausadesuasnormasjustas. (Marcos 10:27; Tito 1:2) Al em disso, como o Alt ıssimo, ele nao est asujeitoaningu em. Assim, o conceito de mod estia simplesmente nao se aplica a Jeov a. 7 Mas Jeov a ehumildeebrando.pormeiodesuapalavra, eleensinaaseusservosqueabrandura e essencial para a 6, 7. (a) Por que a B ıblia nunca fala que Jeov a e modesto? (b) Qual earela cao entre brandura e sabedoria, e quem d a o melhor exemplo nesse respeito?

204 202 ACHEGUE-SE A JEOV A verdadeira sabedoria, mencionando a brandura que pertence a ` sabedoria. (Tiago 3:13) Note o exemplo que o Criador d a nesse respeito. Jeov a delega e escuta humildemente 8 H amuitosind ıciosdahumildadedejeov a. Entre esses se destaca a sua disposic ao de delegar responsabilidades e de escutar. O mero fato de Deus fazer isso j a e, em si mesmo, surpreendente, pois ele nao precisa de ajuda ou conselho. (Isa ıas 40:13, 14; Romanos 11:34, 35) Mesmo assim, a B ıblia mostra repetidas vezes que ele se dispoe a agir desse modo. 9 Veja, por exemplo, um incidente not avel na vida de Abraao. Ele recebeu tres visitantes e dirigiu-se a um deles como Jeov a. Na verdade, os visitantes eram anjos, mas um deles veio e agiu em nome de Deus. O que aquele anjo falou e fez era, na verdade, como se o pr oprio Jeov a estivesse falando e agindo. Por meio dele, Deus contou a Abraao que tinha ouvido um alto clamor de queixa a respeito de Sodoma e Gomorra. Jeov a declarou: Estou de todo resolvido a descer para ver se de fato agem segundo o clamor sobre isso, que tem chegado a mim, e se nao for assim, ficarei sabendo disso. (Genesis 18:3, 20, 21) Naturalmente, essa declarac ao de Jeov an ao significava que otodo-poderoso desceria em pessoa. Ele enviou anjos para represent a-lo. (Genesis 19:1) Por que? Ser aquejeov a, que ve tudo, nao tinha os meios para ficar sabendo, por conta pr opria, da real condic ao daquela regiao? E claro que sim. Mas em vez disso, ele humildemente deu aqueles ` anjos uma designac ao de investigar a situac ao e visitar L oesuafam ılia em Sodoma. Outras versoes falam da humildade que prov em da sabedoria e da mansidao pr opria da sabedoria (a) Porqueadisposi cao de Jeov a de delegar responsabilidades edeescutar enot avel? (b) Como o Todo-Poderoso usou de humildade ao lidar com os anjos?

205 S ABIO DE CORAC AO, MAS HUMILDE 10 Al em disso, Jeov a escuta. Certa vez, ele pediu aos anjos que sugerissem v arias maneiras de trazer a ru ına ao perverso Rei Acabe. EclaroqueJeov an ao precisava de ajuda. Mesmo assim, aceitou a sugest ao de um anjo e o designou para executar o plano. (1 Reis 22:19-22) Quanta humildade! 11 Jeov aest aat e mesmo disposto a escutar humanos imperfeitos que desejem expressar suas preocupac oes. Por exemplo, quando ele contou a Abraao a sua intenc ao de destruir Sodoma e Gomorra, aquele homem fiel ficou perplexo. Einconceb ıvel a teu respeito, disse Abraao, e acrescentou: Nao far aojuizdetodaaterraoque edireito? Eleperguntou se Jeov a pouparia as cidades caso houvesse 50 homens justos nelas. Deus lhe assegurou que as pouparia. Mas Abraao continuou perguntando, abaixando o n umero para 45, da ı para 40, e assim por diante. Apesar das garantias de Jeov a, Abraao prosseguiu, at equeon umero chegou a apenas 10 homens. Talvez Abraao ainda nao entendesse plenamente o alcance da miseric ordia divina. Seja como for, Jeov a de modo paciente e humilde permitiu que seu amigo e servo Abraao expressasse suas preocupac oes. Genesis 18: Quantos humanos inteligentes e bem instru ıdos escutariam com tanta pacienciaaumapessoadeintelectomuit ıssimo inferior? Mas nosso Deus et ao humilde que faz exatamente isso. Durante a mesma conversa, Abraao tamb em se apercebeu de que Jeov a e vagaroso em irar-se. ( Exodo 34:6) Talvez se dando conta de que nao tinha o direito de questionar as ac oes do Alt ıssimo, o patriarca implorou duas vezes: Por favor, nao se acenda a ira de Jeov a. (Genesis 18:30, 32) E claro que isso nao aconteceu. Deus sem d uvida tem a brandura que pertence a ` sabedoria. O interessante equeab ıblia contrasta a paciencia com a arrogan- cia (soberba). (Eclesiastes 7:8) A paciencia de Jeov a eoutraevid encia de sua humildade. 2 Pedro 3:9. 11, 12. Como Abraao veio a entender a humildade de Jeov a? 203

206 204 ACHEGUE-SE A JEOV A Jeov a erazo avel 13 A humildade de Jeov atamb em e demonstrada por outra bela qualidade: a razoabilidade. Infelizmente, os humanos imperfeitos falham de forma lament avel em demonstr a-la. Al em de escutar suas criaturas inteligentes, Jeov asedisp oe a ceder quando nao h a conflito com seus princ ıpios justos. A palavra razo avel, conforme usada na B ıblia, literalmente significa flex ıvel, disposto a ceder. Trata-se de uma caracter ıstica pr opria da sabedoria divina. Tiago 3:17 diz: A sabedoria de cima e...razo avel. Em que sentido Jeov a, que e totalmente s abio, etamb em razo avel? Em primeiro lugar, ele eadapt avel. Lembre-se de que at emesmoseunomeindica queelesetornatudooquefornecess ario para cumprir seus prop ositos. ( Exodo 3:14) Isso revela Sua adaptabilidade e razoabilidade, nao concorda? 14 H aumanot avel passagem b ıblica que nos ajuda a ter uma ideiadecomojeov a eadapt avel. Em uma visao, o profeta Ezequiel observou a organiza c ao celestial de Deus, composta de criaturas espirituais, representada por um carro de dimensoes assombrosas o pr oprio ve ıculo de Jeov a, sempre sob o Seu controle. O modo como esse carro se movia era muito interessante. Suas rodas gigantescas tinham quatro lados cheios de olhos para que pudessem ver em todas as direc oes e mudar de rumo instantaneamente, sem precisar parar nem se virar. E esse carro gigantesco nao se arrastava pesadamente como um ve ıculo desengoncado feito por humanos. Podia mover-se a ` velocidade de um raio e at emudar de direc ao em angulos retos! (Ezequiel 1:1, 14-28) De fato, a organizac ao de Jeov a, assim como o Soberano todo-poderoso que a controla, etotalmenteadapt avel, ajustando-se a situac oes e necessidades em constante mutac ao. 13. Conforme usada na B ıblia, qual e o sentido da palavra razo a- vel? Por que essa e uma boa descric ao de Jeov a? 14, 15. O que a visao que Ezequiel teve do carro celestial de Jeov a nosensinasobreasuaorganiza cao celestial? Em que sentido ela e diferente das organizac oes do mundo?

207 S ABIO DE CORAC AO, MAS HUMILDE Om aximo que o ser humano pode fazer eprocurarimitar essa perfeita adaptabilidade. Na maioria dos casos, os hu- manos e suas organizac oes tendem mais a ser r ıgidos do que adapt aveis; costumam ser inflex ıveis em vez de male aveis. Para ilustrar: o tamanho e a forca de um superpetroleiro ou de um trem de carga sao impressionantes. Mas conseguem fazer mudancas s ubitas para ajustar-se as ` circunstancias? Suponhamos que surja um obst aculo nos trilhos afrentede ` um trem de carga. O que fazer? Mudar de direc ao e imposs ıvel. Parar subitamente tamb em nao emuitof acil. Para se ter uma ideia, um trem de carga carregado ainda percorrer a quase dois quilometros antes de parar, depois de acionados os freios. Algo similar acontece com um superpetroleiro.eleaindasedeslocar aunsoitoquil ometros depois de os motores terem sido desligados. Mesmo que se reverta a rotac ao dos motores, o navio continuar aasearrastarporuns tres quilometros. As organizac oes humanas sao semelhantes: caracterizam-se pela rigidez e falta de razoabilidade. Devido ao orgulho, muitas pessoas se recusam a adaptar-se a novas necessidades e circunstancias. Essa intransigencia j a levou empresas afal ` encia e derrubou governos. (Prov erbios 16:18) Como ficamos contentes de saber que nem Jeov anem sua organizac ao sao assim! Como Jeov a demonstra razoabilidade 16 Vamos voltar a atenc ao novamente adestrui ` cao de Sodoma e Gomorra. L oesuafam ılia receberam instruc oes espec ıficas do anjo de Jeov a: Escapa para a regiao montanhosa. Mas L on ao ficou muito contente com isso e implorou: Nao isso, por favor, Jeov a! Convencidodequemorreriase fugisse para as montanhas, implorou para que ele e sua fam ılia recebessem permissao de fugir para uma cidade pr oxima, Zoar. Bem, Jeov a pretendia destruir aquela cidade. Al em disso, os temores de L o eram infundados. Sem d uvida, Deus 16. Como Jeov a demonstrou razoabilidade ao lidar com L oantesda destruic ao de Sodoma e Gomorra?

208 206 ACHEGUE-SE A JEOV A tinha capacidade de preserv a-lo vivo nas montanhas! Apesar disso, Jeov a cedeu ao pedido dele e poupou Zoar. O anjo disseal o: Eis que tamb em neste ponto tenho deveras considerac ao para contigo. (Genesis 19:17-22) Nao foi uma demonstrac ao de razoabilidade da parte de Jeov a? 17 Jeov atamb em se adapta diante do arrependimento de corac ao, sempre fazendo o que e misericordioso e correto. Pense no que aconteceu quando o profeta Jonas foi enviado a N ı- nive,umacidadecheiadeperversidadeeviol encia. Quando marchou pelas ruas daquela cidade poderosa, a mensagem inspirada que proclamou era bem simples: ela seria destru ı- da em 40 dias. Mas as circunstancias mudaram drasticamente. Os ninivitas se arrependeram! Jonas, cap ıtulo E instrutivo compararmos a reac ao de Jeov acomadejonas diante da mudanca nas circunstancias. Nesse caso, Jeov a se adaptou, tornando-se Perdoador de pecados em vez de pessoa varonil de guerra. ( Exodo 15:3) Jonas, por outro lado, foi inflex ıvel e nada misericordioso. Em vez de refletir a razoabilidade de Jeov a, ele reagiu mais como o trem de carga ou o superpetroleiro j a mencionados. Ele havia proclamado destruic ao e era isso que tinha de acontecer! Mas Jeov a pacientemente ensinou ao profeta inconformado uma lic ao memor avel de razoabilidade e miseric ordia. Jonas, cap ıtulo Por fim, Jeov a erazo avel no que espera de n os. O Rei Davi disse: Ele mesmo conhece bem a nossa formac ao, lembrase de que somos p o. (Salmo 103:14) Jeov a entende nossas limitac oes e imperfeic oes melhor do que n os mesmos. Nun- No Salmo 86:5, diz-se que Jeov a e bom e est a pronto a perdoar. Quando esse salmo foi traduzido para o grego, a expressao pronto a perdoar foi vertida pela palavra e pi ei k es, ou razo avel. 17, 18. Ao lidar com os ninivitas, como Jeov a mostrou razoabilidade? 19. (a) Por que podemos ter certeza de que Jeov a erazo avel no que espera de n os? (b) Como Prov erbios 19:17 mostra que Jeov a eum Dono bom, razo avel e profundamente humilde?

209 S ABIO DE CORAC AO, MAS HUMILDE 207 Perguntas para Meditac ao Exodo 32:9-14 Como Jeov a mostrou humildade ao atender a ` s uplicademois es a favor de Israel? Ju ızes 6:36-40 Como Jeov a mostrou paciencia e razoabilidade quando atendeu aos pedidos de Gideao? Salmo 113:1-9 Como Jeov a mostra humildade ao lidar com a humanidade? Lucas 1:46-55 Com base nas palavras de Maria, o que se pode dizer do modo como Jeov a encara os humildes? Como esse conceito deve nos afetar? ca espera de n os mais do que podemos dar. A B ıblia contrasta os donos humanos que sao bons e razo aveis com os que sao dif ıceis de agradar. (1 Pedro 2:18) Que tipo de Dono Jeov a e? Note o que Prov erbios 19:17 diz: Aquele que mostra favor ao de condic ao humilde est a emprestando a Jeov a. E obvio que s o um dono bom e razo avel prestaria atenc ao a cada ato de bondade realizado a favor dos humildes. Mais do que isso, esse texto indica que o Criador do Universo na verdade se considera endividado para com meros seres humanos que agem com miseric ordia! Isso ehumildadenomais alto grau. 20 Ainda hoje Jeov a demonstra ser manso e razo avel nos seus tratos com seu povo. Quando oramos com f e, ele nos escuta. E embora nao envie mensageiros ang elicos para falar conosco, nao devemos concluir que ele nao responda nossas orac oes.lembre-sedequeoap ostolo Paulo pediu que concrentes fizessem orac oes para que ele fosse libertado da prisao, e da ı acrescentou: Para que eu vos seja restitu ıdo tanto mais cedo. (Hebreus 13:18, 19) Assim, nossas orac oes podem levar Jeov aafazeralgoquedeoutromodon ao faria! Tiago5: Que confirmac ao temos de que Jeov a ouve e responde nossas orac oes?

210 E claro que nenhuma dessas manifestac oes da humildade de Jeov a sua brandura, disposic ao de escutar, paciencia e razoabilidade significa que Ele transija nos Seus princ ı- pios justos. Os cl erigos da cristandade talvez pensem que estao sendo razo aveis quando fazem c ocegas nos ouvidos do seu rebanho, abrandando as normas de moral de Jeov a. (2 Tim oteo 4:3) Mas a tendencia humana de transigir por conveniencia nao tem nada que ver com a razoabilidade divina. Jeov a e santo; nunca vai profanar suas normas justas. (Lev ı- tico 11:44) Assim, demonstremos apreco pela razoabilidade de Jeov a devido ao que ela realmente e: uma prova de sua humildade. Nao fica emocionado de pensar que Jeov adeus,o Ser mais s abio do Universo, etamb em extremamente humilde? Que maravilha e nos achegarmos a esse Deus espantoso, mas brando, paciente e razo avel! 21 Jeov a erazo avel e entende nossas limitaç oes 21. NoqueserefereahumildadedeJeov ` a, a que conclusao nunca devemos chegar? Em vez disso, o que devemos reconhecer a respeito dele?

211 ` C A P I T U L O 2 1 Jesus revela a sabedoria de Deus OS OUVINTES estavam assombrados. O jovem Jesus, de p e diante deles na sinagoga, ensinava. Conheciam-no muito bem; ele havia crescido naquela cidade e, durante anos, trabalhara ali como carpinteiro. Talvez alguns deles morassem em casas que Jesus havia ajudado a construir ou, quem sabe, trabalhassem com arados e jugos que ele havia feito com as pr oprias maos. Mas como reagiriam aos ensinos desse excarpinteiro? 2 A maioria dos presentes, espantados, perguntavam: Onde obteve este homem tal sabedoria? Mas tamb em comentavam: Nao e este o carpinteiro, filho de Maria? (Mateus 13:54-58; Marcos 6:1-3) Infelizmente, os anteriores vizinhos de Jesus raciocinaram: Esse carpinteiro es oum homem como qualquer um de n os. Apesar das palavras s a- bias dele, rejeitaram-no. Mal sabiam que a sabedoria que ele transmitia nao era dele. 3 De onde, afinal, Jesus obteve toda aquela sabedoria? O que eu ensino nao e meu, disse ele, mas pertence aquelequemeenviou.(jo ao 7:16) O ap ostolo Paulo explicou que Jesus se tornou para n os sabedoria de Deus. (1 Cor ıntios 1:30) A sabedoria do pr oprio Jeov a e revelada por meio de seu Filho, Jesus. Tanto que este podia dizer: Eu Nos tempos b ıblicos, os carpinteiros eram contratados para construir casas, fabricar m oveis e fazer implementos agr ıcolas. Justino, o M artir, do segundo s eculo EC, escreveu sobre Jesus: Enquanto estava entre os homens, tinha por h abito trabalhar como carpinteiro fabricando arados e jugos Como os anteriores vizinhos de Jesus reagiram ao seu ensino e oquen ao reconheceram a respeito dele?

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213 JESUS REVELA A SABEDORIA DE DEUS e o Pai somos um. (Joao 10:30) Analisemos tres campos em que Jesus manifestou a sabedoria de Deus. Seu ensino 4 Primeiro, vamos analisar aquilo que Jesus ensinava. O tema da sua mensagem eram as boas novas do reino. (Lucas 4:43) Isso era muito relevante em vista do papel que o Reino desempenharia em vindicar a soberania de Jeov ae em trazer ben c aos duradouras para a humanidade. No seu ensino, Jesus tamb em deu conselhos s abios para a vida cotidiana. Comprovadamente, ele foi um Maravilhoso Conselheiro, conforme havia sido profetizado. (Isa ıas 9:6) E, de fato, seus conselhos nao poderiam ser nada mais nada menos do que maravilhosos. Afinal, ele conhecia em detalhes a Palavra e a vontade de Deus, entendia a fundo a natureza humana e amava muito a humanidade. De modo que seus conselhos sempre eram pr aticos e visavam os melhores interesses dos seus ouvintes. Jesus transmitiu declarac oes de vida eterna. Sem d uvida, seguir os conselhos dele resulta em salvac ao. Joao 6:68. 5 OSerm ao do Monte eumexemplonot avel da sabedoria sem igual encontrada nos ensinos de Jesus. Conforme registrado em Mateus 5:3 7:27, provavelmente levaria apenas uns 20 minutos para proferi-lo. Mas seus conselhos sao de valor permanente e sao tao relevantes hoje como no dia em que foram proferidos. Jesus tratou de diversos assuntos: como melhorar relacionamentos (5:23-26, 38-42; 7:1-5, 12), como se manter moralmente limpo (5:27-32) e como ter 4. (a) Qual era o tema da mensagem de Jesus e por que isso era relevante? (b) Por que os conselhos de Jesus sempre eram pr aticos e visavam os melhores interesses dos seus ouvintes? 5. Quais sao alguns dos assuntos de que Jesus tratou no Sermao do Monte? As multid oes ficaram assombradas com o seu modo de ensinar 211

214 212 ACHEGUE-SE A JEOV A uma vida significativa (6:19-24; 7:24-27). Mas Jesus fez mais do que apenas dizer aseusouvintesqual e a maneira s abia de agir; ele mostrou-lhes isso, explicando, raciocinando e apresentando provas. 6 Veja, por exemplo, o conselho s abio de Jesus sobre como lidar com as ansiedades relacionadas as ` coisas materiais, conforme registrado no cap ıtulo 6 de Mateus: Parai de estar ansiosos pelas vossas almas, quanto a que haveis de comer ou quanto a que haveis de beber, ou pelos vossos corpos,quantoaquehaveisdevestir. (Vers ıculo 25) Alimento e roupa sao necessidades b asicas e e natural preocupar-se em obte-las. Mas Jesus nos diz para pararmos de estar ansiosos por essas coisas. Por que? 7 Preste atenc ao ao racioc ınio convincente de Jesus. Visto que Jeov a nos deu a vida e o corpo, ser aqueelen ao pode nos fornecer o alimento para sustentar a vida e roupas para proteger o corpo? (Vers ıculo 25) Se Deus d a alimento as ` aves e veste lindamente as flores, quanto mais cuidar adeseus adoradores humanos! (Vers ıculos 26, 28-30) Na verdade, ficar ansioso demais ein util. Nao vai aumentar a durac ao de nossa vida nem um segundo sequer. (Vers ıculo 27) Mas entao como evitar a ansiedade? Jesus nos aconselha: continue a dar prioridade a ` adorac ao de Deus. Quem faz isso pode ter confianca de que todas as suas necessidades di arias lhe serao acrescentadas. (Vers ıculo 33) Por fim, Jesus d aumasugestao muito pr atica: viva um dia por vez. Por que juntar as O verbo grego traduzido estar ansiosos significa ter a mente distra ıda. Conforme usado em Mateus 6:25, refere-se ao temor apreensivo que distrai ou divide a mente, tirando a alegria de viver. Na verdade, estudos cient ıficos revelaram que preocupac ao e estresse excessivos aumentam os riscos de doencas cardiovasculares e de muitas outras enfermidades que encurtam a vida (a) Que fortes razoes Jesus apresenta para evitarmos a ansiedade? (b) O que mostra que os conselhos de Jesus refletem sabedoria de origem divina?

215 JESUS REVELA A SABEDORIA DE DEUS ansiedades de amanhacomasquevoc ej atemhoje?(vers ı- culo 34) Al em disso, por que se preocupar indevidamente com coisas que talvez nunca acontecam? Aplicar esses conselhos s abios pode nos poupar muitas dores de cabeca neste mundo estressante. 8 E evidente que os conselhos de Jesus sao tao pr aticos hoje como eram 2 mil anos atr as. Nao e esse um ind ıcio de sabedoria divina? At e as melhores recomendac oes de conselheiros humanos tendem a se tornar obsoletas e logo tem de ser revisadas ou substitu ıdas. Os ensinos de Jesus, por em, resistiram a ` passagem do tempo. Mas isso nao deveria nos surpreender, porque esse Maravilhoso Conselheiro transmitiu as declarac oes de Deus. Joao 3:34. Seu modo de ensinar 9 Um segundo campo em que Jesus refletiu a sabedoria de Deusfoinasuamaneiradeensinar.Emcertaocasi ao, alguns soldados enviados para prende-lo voltaram de maos vazias, dizendo: Nunca homem algum falou como este. (Jo ao 7:45, 46) Eles nao estavam exagerando. De todos os humanos que j a viveram, Jesus, que era dos dom ınios de cima, tinha o mais vasto cabedal de conhecimento e experiencia. (Joao 8:23) Ele realmente ensinava de uma maneira que nenhum outro humano poderia ensinar. Vejamos apenas dois dos m etodos usados por esse Instrutor s abio. 10 Uso eficaz de ilustraçoes. Jesus [falava] as ` multidoes por meio de ilustrac oes, nos diz a B ıblia. Deveras, nada lhes falava sem ilustrac ao. (Mateus 13:34) E imposs ıvel nao ficarmos maravilhados com sua capacidade inigual avel de usar coisas do dia a dia para ensinar verdades profundas. 9. O que alguns soldados disseram sobre o ensino de Jesus e por que eles nao estavam exagerando? 10, 11. (a) Por que ficamos maravilhados com o modo como Jesus usava ilustrac oes? (b) O que sao par abolas e que exemplo ilustra que as par abolas de Jesus sao um m etodo de ensino muito eficaz? 213

216 214 ACHEGUE-SE A JEOV A Agricultores semeando, mulheres fazendo pao, criancas brincando na feira, pescadores puxando as redes, pastores procurando ovelhas perdidas seus ouvintes tinham visto essas coisas muitas vezes. Relacionar coisas conhecidas com verdades importantes faz com que estas fiquem, quase que de imediato, profundamente gravadas na mente e no coracao. Mateus 11:16-19; 13:3-8, 33, 47-50; 18: Jesus usava muitas par abolas, quer dizer, hist orias curtas das quais se aprende uma verdade moral ou espiritual. Visto que emaisf acil entender e lembrar hist orias do que ideias abstratas, as par abolas ajudaram a preservar os ensinos de Jesus. Em muitas delas, ele descreveu seu Pai com termos v ıvidos que dificilmente seriam esquecidos. Por exemplo, quem nao entenderia o ponto-chave da par abola do filho pr odigo: que quando algu em que se desviou mostra arrependimento genu ıno, Jeov asentepenadeleeamorosamenteoaceita de volta? Lucas 15: Usoperitodeperguntas.Jesus usava perguntas para ajudarosouvintesatiraraspr oprias conclusoes, examinar suas motivac oes ou tomar decisoes. (Mateus 12:24-30; 17:24-27; 22:41-46) Quando l ıderes religiosos questionaram se Jesus tinha mesmo autoridade da parte de Deus, ele respondeu: Era o batismo de Joao do c eu ou dos homens? Perplexos com a pergunta, eles raciocinaram entre si: Se dissermos: Do c eu, ele nos dir a: Entao, por que nao acreditastes nele? Se, por em, dissermos: Dos homens, temos a multidao para temer, porque todos eles consideram Joao como profeta. Por fim, responderam: Nao sabemos. (Marcos 11:27-33; Mateus 21:23-27) Com uma simples pergunta, Jesus os deixou sem palavras e denunciou o corac ao ` traicoeiro deles. 13 As vezes, Jesus combinava os m etodos, introduzindo per- 12. (a) Para que Jesus usava perguntas no seu ensino? (b) Como Jesus calou os que questionavam sua autoridade? Como a par abola do bom samaritano reflete a sabedoria de Jesus?

217 JESUS REVELA A SABEDORIA DE DEUS guntas intrigantes em suas ilustrac oes. Quando um advogado judeu lhe perguntou o que era preciso para ganhar a vida eterna, Jesus mencionou a Lei mosaica que ordenava amar a Deus e ao pr oximo. Querendo se mostrar justo, o homem perguntou: Quem erealmenteomeupr oximo? Em resposta, Jesus contou uma hist oria. Certo judeu viajava sozinho quando foi atacado por assaltantes, que o deixaram quase morto. Passaram dois outros judeus por aquela estrada: primeiro um sacerdote, depois um levita. Ambos o ignoraram. Mas entao passou um samaritano. Com pena do judeu, ele bondosamente tratou das feridas dele e amorosamente o levou para um lugar seguro, uma hospedaria, onde poderia se recuperar. Concluindo a hist oria, Jesus perguntou ao advogado: Qual destes tres te parece ter-se feito pr oximo do homem que caiu entre os salteadores? O homem teve de responder: Aquele que agiu misericordiosamente para com ele. Lucas 10: Como essa par abola reflete a sabedoria de Jesus? Naquele tempo, os judeus s o aplicavam o termo pr oximo aos que guardavam suas tradic oes, o que nao era o caso dos samaritanos. (Joao 4:9) Se na hist oria que Jesus contou a v ıtima fosse o samaritano e o judeu o ajudasse, ser a que isso teria ajudado a combater o preconceito? Sabiamente, Jesus formulou a hist oria de tal modo que o samaritano equem cuidou bondosamente do judeu. Note tamb em a pergunta que Jesus fez no fim da hist oria. Ele mudou o foco do termo pr oximo. O advogado tinha, em outras palavras, perguntado: Quem deve ser o alvo do meu amor, ou seja, meu pr o- ximo? Mas Jesus perguntou: Qual destes tres te parece terse feito pr oximo? Jesus nao enfocou aquele que recebeu a bondade (a v ıtima), mas aquele que a demonstrou (o samaritano). Quem realmente age como pr oximo tomaainiciativa de mostrar amor aos outros, nao importa qual seja aorigem etnica desses. Nao d a para imaginar uma maneira melhor de Jesus ressaltar esse ponto. 215

218 ` 216 Edeadmirar,ent ao, que as pessoas ficassem assombradas com o modo de ensinar de Jesus e se achegassem a ele? (Mateus 7:28, 29) Em certa ocasiao, umagrandemul- tidao o acompanhou por tres dias, ficando at emesmosem comer! Marcos 8:1, ACHEGUE-SE A JEOV A Seu modo de vida 16 O terceiro campo em que Jesus refletiu a sabedoria de Jeov a foi no seu modo de vida. A sabedoria funciona na pr atica. Quem entre voces es abio?, perguntou o disc ıpulo Tiago. Da ı, respondeu apr ` opria pergunta, dizendo: Que sua conduta correta deprovapr atica disso. (Tiago 3:13, The New English Bible) A conduta de Jesus dava prova pr atica de que ele se deixava guiar pela sabedoria divina. Vejamos como ele mostrou bom crit erio, tanto no seu modo de vida como nos tratos com outros. 17 J a notou que as pessoas que nao tem bom crit erio muitas vezes se tornam extremistas? Isso se d a porque e preciso sabedoria para ser equilibrado. Refletindo a sabedoria divina, Jesus tinha perfeito equil ıbrio. Acima de tudo, deu primazia as coisas espirituais. Envolveu-se plenamente na obra de declarar as boas novas. E com este objetivo que sa ı, disse ele. (Marcos 1:38) E evidente que bens materiais nao eram de importancia prim aria para ele, pois aparentemente ele tinha muito pouco em sentido material. (Mateus 8:20) Mas ele nao era um asceta. Como seu Pai, o Deus feliz, Jesus era umapessoaalegreecontribu ıa para a felicidade de outros. (1 Tim oteo 1:11; 6:15) Quando assistiu a uma festa de casamento onde ecomumhaverm usica, canto e alegria, ele nao agiu como desmancha-prazeres. Pelo contr ario, quando acabou a bebida, ele transformou agua em vinho, que alegra o corac ao do homem mortal. (Salmo 104:15; Joao 16. De que modo Jesus deu prova pr atica de que se deixava guiar pela sabedoria divina? 17. O que indica que Jesus levava uma vida perfeitamente equilibrada?

219 JESUS REVELA A SABEDORIA DE DEUS 217 Perguntas para Meditac ao Prov erbios 8:22-31 Como a descric ao da sabedoria personificadaseajustaaoqueab ıblia diz a respeito do Filho primoge- nito de Jeov a? Mateus 13:10-15 Como as ilustrac oes de Jesus eram eficazes em revelar a atitude de corac ao dos seus ouvintes? Joao 1:9-18 Por que Jesus pode revelar a sabedoria de Deus? Joao 13:2-5, Como Jesus ensinou uma lic ao na pr atica? Com isso, o que ele queria ensinar aos ap ostolos? 2:1-11) Jesus aceitou muitos convites para refeic oes e, com frequencia, usou essas ocasioes para ensinar. Lucas 10:38-42; 14: Jesus demonstrou impec avel bom crit erio ao lidar com outros. Sua compreensao da natureza humana lhe permitia ter um conceito claro sobre os seus disc ıpulos. Sabia muito bem que eles nao eram perfeitos. Mas percebia suas boas qualidades. Via o potencial desses homens que Jeov ahavia atra ıdo. (Joao 6:44) Apesar de suas falhas, Jesus estava disposto a dar-lhes um voto de confianca. Demonstrando isso, delegou uma responsabilidade muito grande aos disc ıpulos: pregar as boas novas. Confiava na habilidade deles de cumprir essa tarefa. (Mateus 28:19, 20) O livro de Atos confirma que realizaram fielmente a obra que ele lhes mandara fazer. (Atos 2:41, 42; 4:33; 5:27-32) E obvio, entao, que Jesus havia sido sensato ao confiar neles. 19 Como vimos no Cap ıtulo 20, a B ıblia associa a humildade e a brandura com a sabedoria. Naturalmente, o melhor exemplo em demonstrar essas qualidades eodejeov a. Mas ejesus? E emocionante ver a humildade que ele mostrou 18. Como Jesus demonstrou impec avel bom crit erio ao lidar com seus disc ıpulos? 19. Como Jesus demonstrou que era de temperamento brando e humildedecora cao?

220 218 ACHEGUE-SE A JEOV A ao lidar com os disc ıpulos. Como homem perfeito, ele era superior a eles. Mas nao os menosprezava. Nunca os fez se sentir inferiores ou incompetentes. Pelo contr ario, levava em conta as limitac oes deles e era paciente quando erravam. (Marcos 14:34-38; Joao 16:12) Nao acha interessante que at e criancas se sentiam a ` vontade com Jesus? Sem d uvida, sentiam-se atra ıdas a ele porque percebiam que ele era de temperamento brando e humilde de corac ao. Mateus 11:29; Marcos 10: Jesus refletiu a humildade divina de outra maneira importante. Ele era razo avel, ou flex ıvel, quando a miseric ordia tornava isso apropriado. Lembre-se, por exemplo, da ocasiao em que uma mulher gentia lhe implorou que curasse sua filha terrivelmente endemoninhada. De tres maneiras, Jesus indicou que nao a ajudaria: primeiro, nao respondeu; segundo, disse diretamente que havia sido enviado, nao aos gentios, mas aos judeus; e terceiro, contou uma ilustrac ao que bondosamente ressaltou esse mesmo ponto. Mas a mulher persistiu, dando evidencia de que tinha f eextraordin aria. Em vista dessa circunst ancia excepcional, como Je- sus reagiu? Ele fez exatamente aquilo que afirmara que nao faria: curou a filha da mulher. (Mateus 15:21-28) Que not a- vel demonstrac ao de humildade! E lembre-se de que a humildade eabasedaverdadeirasabedoria. 21 Como somos gratos de que os Evangelhos nos revelam as palavras e ac oes do homem mais s abio que j a viveu! Lembre-se de que Jesus refletia com perfeic ao o modo de agir do Seu Pai. Se imitarmos a personalidade, a maneira de falar e a conduta de Jesus, estaremos cultivando a sabedoria de cima. No pr oximo cap ıtulo, veremos como podemos por a sabedoria divina em pr aticananossavida. 20. Como Jesus mostrou razoabilidade ao lidar com uma mulher gentia cuja filha estava endemoninhada? 21. Por que devemos nos esforcar a imitar a personalidade, a maneira de falar e a conduta de Jesus?

221 C A P I T U L O 2 2 Est a pondo em pr atica a sabedoria de cima? ERA um caso dif ıcil: duas mulheres discutiam por causa de um bebe. Elas viviam na mesma casa e, com poucos dias de diferenca, cada uma havia dado a ` luz um filho. Um dos bebes morrera e agora cada mulher afirmava ser a mae do que estava vivo. Nao havia testemunhas do acontecido. Possivelmente, o caso j a havia sido apresentado a um tribunal de menor instancia, mas nao se chegara a um veredicto. Por fim, a disputa foi levada a Salomao, rei de Israel. Ser aqueeleconseguiria descobrir a verdade? 2 Depois de escutar um pouco a discussao das mulheres, Salomao pediu uma espada. Da ı, aparentemente cheio de convicc ao, ordenou que a crianca fosse cortada em duas partes e quesedessemetadeacadaumadasmulheres.imediatamente, a mae verdadeira implorou que o rei desse o bebe seu querido filho aoutramulher,queinsistiaqueacrian ` ca fosse cortada em dois. Salomao descobrira a verdade. Ele sabia da compaix ao e do carinho que uma mae sente pelo filho que carregou no ventre e usou esse conhecimento para resolver a disputa. Imagine o al ıvio da mae quando Salomao lhe entregou seu bebeedisse: Ela esuam ae. 1 Reis 3: Que sabedoria extraordin aria, nao concorda? Quando as Conforme 1 Reis 3:16, as duas mulheres eram prostitutas. A obra Estudo Perspicaz das Escrituras diz: Tais mulheres podem ter sido prostitutas, nao em sentido comercial, mas mulheres que tinham cometido fornicac ao, quer mulheres judias, quer, bem possivelmente, mulheres de ascendencia estrangeira. Publicada pelas Testemunhas de Jeov a (a) Como Salomao demonstrou sabedoria extraordin aria no modo como resolveu uma disputa entre duas mulheres? (b) O que Jeov a promete nos dar? Que perguntas surgem?

222 220 ACHEGUE-SE A JEOV A pessoas souberam como Salomao resolvera o caso, ficaram assombradas, pois viram que havia nele a sabedoria de Deus. De fato, a sabedoria de Salomao era uma d adiva divina. Jeov a lhe concedera um corac ao s abio e entendido. (1 Reis 3:12, 28) E n os? Ser aquetamb em podemos receber a sabedoria divina? Sim, porque sob inspirac ao Salomao escreveu: O pr oprio Jeov ad a sabedoria. (Prov erbios 2:6) Jeov a promete dar sabedoria a habilidade de usar bem o conhecimento, o entendimento e o discernimento a todos que a buscam com sinceridade. Como podemos obter a sabedoria de cima? E como podemos aplic a-la na vida? Como adquirir sabedoria? 4 Precisamos de inteligencia extraordin aria ou de muita instruc ao para receber a sabedoria divina? Nao. Jeov aest adisposto a partilh a-la conosco nao importa qual seja a nossa formac ao ou quanto estudo tenhamos. (1 Cor ıntios 1:26-29) Mas temos de tomar a iniciativa, porque a B ıblia nos incentiva a adquirir sabedoria. (Prov erbios 4:7) Como podemos fazer isso? 5 Primeiro, e preciso temer a Deus. O temor de Jeov a e oin ıcio da sabedoria [ o primeiro passo para a sabedoria, The New English Bible], diz Prov erbios 9:10. O temor de Deus e a base da sabedoria verdadeira. Por que? Lembre-se de que a sabedoria envolve a habilidade de usar com exito o conhecimento. Temer a Deus nao significa encolher-se de medo diante dele, mas curvar-se com assombro, respeito e confianca. Esse temor esaud avel e nos motiva a harmonizar nossa vida com o conhecimento da vontade e dos modos de Deus. Essa e a maneira mais sensata de agir, pois as normas de Jeov a sempre resultam nos maiores benef ıcios para os que as seguem. 6 Em segundo lugar, precisamos ser humildes e modestos Quais s ao quatro requisitos para adquirir sabedoria?

223 EST APONDOEMPR ATICA ASABEDORIADECIMA? Essas qualidades sao vitais para se obter sabedoria divina. (Prov erbios 11:2) Por que? Se formos humildes e modestos, estaremosdispostosaadmitirquen ao temos resposta para tudo, que nossas opinioes nem sempre sao corretas e que precisamos saber qual eoconceitodejeov a sobre os assuntos. Deus opoe-se aos soberbos, mas alegremente d a sabedoria aos humildes de corac ao. Tiago 4:6. 7 Um terceiro fator essencial e estudar a Palavra escrita de Deus, visto que a sabedoria divina e revelada nela. Para obter essa sabedoria, temos de nos esforcar para busc a-la. (Prov erbios 2:1-5) Um quarto requisito eaora cao. Se formos sinceros ao pedir sabedoria a Deus, ele a dar a generosamente. (Tiago 1:5) Se solicitarmos a ajuda do Seu esp ırito em orac ao, ele sem d uvida responder a. O esp ırito de Jeov a nos orientar aparaqueencontremosostesourosdasuapalavraquenos ajudarao a resolver problemas, evitar perigos e tomar decisoes s abias. Lucas 11:13. 8 Como mencionamos no Cap ıtulo 17, a sabedoria de Jeov a epr atica. Assim, se realmente a adquirimos, isso ficar a obvio no modo como nos comportamos. O disc ıpulo Tiago descreveu os frutos da sabedoria divina: A sabedoria de cima e primeiramente casta, depois pac ıfica, razo avel, pronta para obedecer, cheia de miseric ordia e de bons frutos, sem parcialidade, sem hipocrisia. (Tiago 3:17) Ao analisarmos cada um desses aspectos da sabedoria divina, podemos nos perguntar: Ser a que estou pondo em pr atica na vida a sabedoria de cima? Casta, depois pac ıfica 9 Primeiramente casta. Ser casto significa ser puro e imaculado nao s o externamente, mas tamb em no ıntimo. 8. Se realmente adquirimos sabedoria divina, em que isso ficar a obvio? 9. O que significa ser casto? Por que e apropriado que a castidade seja aprimeiraqualidadedasabedoriaaseralistada? 221

224 222 ACHEGUE-SE A JEOV A AB ıblia diz que a sabedoria est aligadaaocora cao, mas ela nao pode penetrar num corac ao aviltado por pensamentos, desejos e motivac oes errados. (Prov erbios 2:10; Mateus 15:19, 20) Contudo, se nosso corac ao for casto isto e, ao ponto em que isso e poss ıvel para humanos imperfeitos, n os nos desviaremos do que e mau e faremos o que e bom. (Salmo 37:27; Prov erbios 3:7) Nao acha apropriado que a castidade seja a primeira qualidade da sabedoria a ser alistada? Afinal, se nao formos moral e espiritualmente limpos, como poderemos refletir de forma plena as outras qualidades da sabedoria de cima? 10 Depois pac ıfica. A sabedoria celestial nos motiva a nos empenharmos pela paz, que eumfrutodoesp ırito de Deus. (G alatas 5:22) Fazemos tudo o que e poss ıvel para nao romper o v ınculo...dapaz queuneopovodejeov a. (Ef e- sios 4:3) Tamb em procuramos restaurar a paz quando ela e perturbada. Por que isso e importante? A B ıblia diz: Continuai... a viver pacificamente; e o Deus de amor e de paz estar a convosco. (2 Cor ıntios 13:11) De modo que o Deus de paz estar a conosco desde que continuemos a viver pacificamente. O modo como tratamos os companheiros de adorac ao afeta de forma direta o nosso relacionamento com Jeov a. Como podemos mostrar ser pacificadores? Veja um exemplo. 11 O que fazer se perceber que ofendeu um companheiro de adorac ao? Jesus disse: Se tu, pois, trouxeres a tua d adiva ao altar e ali te lembrares de que o teu irmao tem algo contra ti,deixaatuad adiva ali na frente do altar e vai; faze primeiro as pazes com o teu irmao, e entao, tendo voltado, oferece atuad adiva. (Mateus 5:23, 24) Poder a aplicar esse conselho tomando a iniciativa de ir falar com o irmao. Com que obje- 10, 11. (a) Por que e importante sermos pac ıficos? (b) Se achar que ofendeu um companheiro de adorac ao, como poder amostrarserum pacificador? (Veja tamb em a nota.)

225 Para obter sabedoria divina, temos de nos esforçar para busc a-la tivo? Fazer as pazes. Para conseguir isso, talvez seja necess ario admitir, nao negar, que voce feriu os sentimentos dele. Se ao conversarem voce mantiver em mente que o seu objetivo e restaurar a paz, ebemprov avelqueseesclare cam os mal-entendidos, se pecam desculpas e se estenda o perdao. Quando toma a iniciativa de fazer as pazes, vocemostraque se deixa guiar pela sabedoria divina. Razo avel, pronta para obedecer 12 Razo avel. O que significa ser razo avel? Segundo certos eruditos, edif ıcil traduzir a palavra grega original vertida Aexpress ao grega traduzida faze as pazes vem de um verbo que significa mudar, trocar e, consequentemente, reconciliar. De modo que o seu objetivo eocasionarumamudan ca, se poss ıvel removendo o rancor do corac ao do ofendido. Romanos 12:18. 12, 13. (a) Qual eosentidodapalavratraduzida razo avel em Tiago 3:17? (b) Como podemos mostrar que somos razo aveis?

226 224 ACHEGUE-SE A JEOV A razo avel em Tiago 3:17. Alguns tradutores usaram termos como bondosa, condescendente e compreensiva. O sentido literal da palavra grega e flex ıvel, disposto a ceder. Como podemos demonstrar que aplicamos esse aspecto da sabedoria de cima na nossa vida? 13 Seja a vossa razoabilidade conhecida de todos os homens, diz Filipenses 4:5. Outra tradu c ao diz: Tende a reputacao de ser razo aveis. (The New Testament in Modern English, de J. B. Phillips) Note que nao e tanto uma questao de como encaramos a n os mesmos; devemos levar em conta como outros nos encaram, como somos conhecidos. A pessoa razo avel nao insiste em aplicar a lei ao p edaletraouemqueascoisas sejam sempre feitas do seu jeito. Em vez disso, est a disposta a escutar outros e, quando apropriado, a ceder aos desejos deles. Uma pessoa assim nao e dura ou grosseira, mas bondosa nos seus tratos com outros. Embora essa qualidade seja essencial para todos os cristaos, e especialmente importante para os que servem como anci aos. Se estes forem atenciosos, outros se sentirao atra ıdos a eles, considerando-os acess ıveis. (1 Tessalonicenses 2:7, 8) Seria bom nos perguntarmos: Tenho a reputac ao de ser algu em compreensivo, flex ıvel e bondoso? 14 Prontaparaobedecer. A palavra grega traduzida pronta para obedecer nao se encontra em nenhuma outra parte das Escrituras Gregas Cristas. Segundo certo erudito, essa palavra e muitas vezes usada referente a ` disciplina militar. Transmite a ideia de ser f acil de persuadir e submisso. Quem egovernado pela sabedoria de cima se submete prontamente ao queasescriturasdizem.n ao e conhecido como algu em que toma uma decis ao e da ı se recusa a ser influenciado por quaisquer fatos que contrariem seu ponto de vista. Pelo contr ario, est a sempre pronto a fazer mudancas quando lhe apresentam provas b ıblicas incontest aveisdequesuaatitudeest aerrada ou de que tirou conclusoes incorretas. Ser aquevoc e e conhecido como algu em que age assim? 14. Como podemos demonstrar que somos prontos para obedecer?

227 EST APONDOEMPR ATICA ASABEDORIADECIMA? Cheia de miseric ordia e de bons frutos 15 Cheia de miseric ordia e de bons frutos. A miseric ordia e uma parte importante da sabedoria de cima, que edescrita como sendo cheia de miseric ordia. Note que se mencio- nam juntos a miseric ordia e os bons frutos. Isso e apropriado porque, na B ıblia, a miseric ordia em geral se refere a ` preocupac ao ativa com outros, a ` compaixao que produz uma grande quantidade de atos bondosos. Uma obra de refer encia define miseric ordia como sentimento de tristeza devido asituac ao ruim de algu em e a tentativa de fazer algo a respeito. ` De modo que a sabedoria divina nao e severa, fria ou meramente intelectual. Pelo contr ario, ela ebranda,calorosaesens ıvel. Como podemos mostrar que estamos cheios de miseri- c ordia? 16 Sem d uvida, um modo importante de fazer isso e por transmitir as boas novas do Reino de Deus a outros. O que nos leva a fazer essa obra? Em primeiro lugar, o amor a Deus. Mas tamb em somos motivados pela miseric ordia, ou compaix ao por outros. (Mateus 22:37-39) Muitas pessoas hoje sao esfoladas e empurradas dum lado para outro como ovelhas sem pastor. (Mateus 9:36) Falsos pastores religiosos as negligenciam e cegam em sentido espiritual. Em resultado disso, elas nao sabem que a Palavra de Deus tem orienta c oes s abias nem que o Reino logo trar ab enc aos para a Terra. Quando meditamos nas necessidades espirituais dos que nos rodeiam, nossa compaixao de corac ao nos motiva a fazer tudo o que podemos para lhes falar dos amorosos prop ositos de Jeov a. Ao verter essas palavras, outras traduc oes usaram expressoes como cheia de compaixao e boasa coes. Traduç ao Ecumenica; B ıblia na Linguagem de Hoje. 15. O que e miseric ordia? Por que e apropriado que miseric ordia e bons frutos sejam mencionados juntos em Tiago 3:17? 16, 17. (a) Al em do amor a Deus, o que mais nos motiva a participar na obra de pregac ao e por que? (b) De que maneiras podemos mostrar que estamos cheios de miseric ordia? 225

228 226 ACHEGUE-SE A JEOV A 17 De que outras maneiras podemos mostrar que estamos cheios de miseric ordia? Lembra-se da ilustrac ao de Jesus sobre o samaritano que encontrou um viajante ca ıdo abeirada ` estrada ap os ser espancado e assaltado? Movido pela compaixao, o samaritano agiu misericordiosamente, tratando dos ferimentos da v ıtima e cuidando dela. (Lucas 10:29-37) Isso ilustra muito bem que a miseric ordia envolve dar ajuda pr atica aos necessitados. A B ıblia nos ordena que facamos o que e bom para com todos, mas especialmente para com os aparentados conosco na f e. (G alatas 6:10) Veja alguns exemplos: um concrente idoso precisa de transporte para assistir as ` reunioes cristas. Uma vi uvadacongrega cao precisa de ajuda para fazer alguns consertos em casa. (Tiago 1:27) Uma pessoa deprimida precisa de uma boa palavra que a reanime. (Prov erbios 12:25) Quando mostramos miseric ordia dessas maneiras, damos prova de que colocamos em pr atica a sabedoria de cima. Sem parcialidade, sem hipocrisia 18 Sem parcialidade. A sabedoria divina d afor cas para se superar o preconceito racial e o orgulho nacional. Se formos guiados por ela, nos esforcaremos a eliminar do corac ao toda tendencia de mostrar favoritismo. (Tiago 2:9) Nao favoreceremos outros em virtude da sua formac ao educacional, condic ao financeira ou responsabilidade congregacional; nem desprezaremos companheiros de adorac ao, nao importa o quanto parecam humildes. Se Jeov ademonstrouoseu amor por eles, sem d uvida devemos consider a-los dignos do nosso amor. 19 Sem hipocrisia. A palavra grega para hip ocrita pode significar aquele que faz o papel de ator. No passado, os 18. Se formos guiados pela sabedoria de cima, o que nos esforcare- mos a eliminar do corac ao? Por que? 19, 20. (a) Qual e a origem da palavra grega para hip ocrita? (b) Como podemos demonstrar afeic ao fraternal sem hipocrisia? Por que isso e importante?

229 Quando mostramos miseric ordia, ou compaixao, para com outros, refletimos a sabedoria de cima atores gregos e romanos usavam grandes m ascaras quando representavam. Assim, a palavra grega para hip ocrita passou a ser usada para quem e fingido ou falso. Sabermos que a sabedoria divina e sem hipocrisia deve influenciar nao s o o modo como tratamos nossos companheiros de adoracao, mas tamb em como nos sentimos em relac ao a eles. 20 Oap ostolo Pedro mencionou que nossa obediencia a ` verdade deve resultar em afeic ao fraternal sem hipocrisia. (1 Pedro 1:22) De modo que nossa afeic ao pelos irmaos nao pode ser apenas da boca para fora. Nao devemos usar m ascaras nem desempenhar um papel para enganar outros. Nossa afeic ao precisa ser genu ına, de corac ao. Assim, conquistaremos a confianca de nossos concrentes, porque eles perceberao que somos exatamente o que parecemos ser, ou seja, sinceros. Isso nos possibilitar a ter relacionamentos abertos e honestos com outros cristaos e criar aumclimade confianca na congregac ao.

230 228 ACHEGUE-SE A JEOV A Perguntas para Meditac ao Deuteronomio 4:4-6 Como podemos mostrar-nos s abios? Salmo 119: Que benef ıcios teremos se estudarmos diligentemente a Palavra de Deus e aplicarmos o que aprendemos? Prov erbios 4:10-13, Por que precisamos da sabedoria de Jeov a? Tiago 3:1-16 Como aqueles que tem responsabilidades de supervisao na congregac ao podem mostrar que sao s abios e discernidores? Resguarda a sabedoria pr atica 21 A sabedoria divina eumad adivadejeov a, por isso, devemos resguard a-la. Salomaodisse: Filhomeu,...resguarda a sabedoria pr aticaeoracioc ınio. (Prov erbios 3:21) Infelizmente, o pr oprio Salomao deixou de fazer isso. Ele continuou a ser s abio enquanto manteve um corac ao obediente. Mas, por fim, suas muitas esposas estrangeiras desviaram seu corac ao da adorac ao pura de Jeov a. (1 Reis 11:1-8) O que aconteceu com Salomao ilustra que apenas ter conhecimento naoadiantamuitacoisaseessen ao for aplicado corretamente. 22 Como podemos resguardar a sabedoria pr atica? Al em de ler regularmente a B ıblia e as publicac oes baseadas nela, fornecidas pelo escravo fiel e discreto, devemos nos empenhar em aplicar o que aprendemos. (Mateus 24:45) Temos motivos de sobra para fazer isso. A sabedoria divina torna a nossa vida muito melhor agora. Permite que nos apeguemos firmemente a ` verdadeira vida, quer dizer, avidano ` novo mundo de Deus. (1 Tim oteo 6:19) E, o mais importante de tudo, cultivar a sabedoria de cima nos achega a ` fonte de toda a sabedoria, Jeov adeus. 21, 22. (a) Como Salomao deixou de resguardar a sabedoria? (b) Como podemos resguardar a sabedoria e que benef ıcios isso nos trar a?

231 S E C A O 4 DEUS EAMOR DetodasasqualidadesdeJeov a, o amor e a principal. Etamb em a mais atraente. Ao examinarmos algumas das lindas facetas dessa qualidade preciosa, entenderemos melhor por que a B ıblia diz que Deus eamor. 1Jo ao 4:8.

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233 C A P I T U L O 2 3 Ele nos amou primeiro QUASE 2 mil anos atr as, um homem inocente foi julgado, condenado por crimes que nao cometera e torturado at e amorte. Essa nao foi a primeira execuc ao cruel e injusta da Hist oria ` nema ultima, infelizmente. Mas aquela morte foi diferente de todas ` as outras. 2 A medida que aquele homem sofria suas agonizantes horas finais, viram-se ind ıcios no pr oprio c eu de que se tratava de um acontecimento incomum. Embora fosse o meio do dia, subitamente uma escurid ao cobriu a terra, ou, como descreveu um historiador, a luz do sol falhou. (Lucas 23:44, 45) Da ı, pouco antes de dar seu ultimo suspiro, aquele homem proferiu estaspalavrasinesquec ıveis: Est a consumado! Na verdade, ao dar sua vida, ele consumou, ou realizou, algo maravilhoso. Seu sacrif ıcio foi o maior ato de amor j a realizado por qualquer ser humano. Joao 15:13; 19:30. 3 Aquele homem, naturalmente, era Jesus Cristo. Seu sofrimento e morte naquele dia sombrio, 14 de nisade33ec,s ao bem conhecidos. Mas um fato importante efrequentemente ignorado: embora Jesus sofresse muito, houve algu em que sofreumaisdoqueele.defato,naquelediaoutrapessoafezum sacrif ıcio ainda maior, o maior ato de amor j a feito por qualquer pessoa no Universo inteiro. Qual foi? A resposta a essa pergunta servir adeintrodu cao apropriada para comecarmos a analisar o mais importante de todos os assuntos: o amor de Jeov a. O maior ato de amor 4 Ocenturi ao romano que supervisionou a execuc ao de 1-3. Quais sao alguns fatores que tornaram a morte de Jesus diferentedetodasasoutrasnahist oria? 4. Como um soldado romano percebeu que Jesus nao era um homem comum e a que conclusao chegou? Deus... deuoseufilhounig enito

234 232 ACHEGUE-SE A JEOV A Jesus ficou assombrado tanto com a escuridao que precedeu sua morte como com o fort ıssimo terremoto que se seguiu. Certamente este era o Filho de Deus, disse ele. (Mateus 27:54) E evidente que Jesus nao era um homem comum. Aquele soldado havia ajudado a executar o Filho unigenito do Deus Alt ıssimo! Qual a intensidade do amor que o Pai sentia por seu Filho? 5 AB ıblia chama Jesus de primogenito de toda a criac ao. (Colossenses 1:15) Imagine: o Filho de Jeov aexistiaantesde ser criado o Universo f ısico. Entao, por quanto tempo Pai e Filho estiveram juntos? Alguns cientistas calculam a idade do Universo em 13 bilhoes de anos. Consegue imaginar todo esse tempo? Para ajudar as pessoas a entender a idade do Universo, conforme calculada pelos cientistas, certo planet ario tem uma linha do tempo de 110 metros de comprimento. Os visitantes caminham ao longo dessa linha e cada passo deles representa cerca de 75 milhoesdeanosnaexist encia do Universo. No fim da linha do tempo, toda a Hist oria humana e representada por uma unica marca da espessura de um fio de cabelo humano! Mesmo que essa estimativa esteja correta, aquela inteira linha do tempo nao e suficiente para representar a durac ao da vida do Filho de Jeov a! O que ele fazia durante todas aquelas eras? 6 O Filho alegremente serviu como mestre de obras do Pai. (Prov erbios 8:30) A B ıblia diz: A ` parte [do Filho] nem mesmo uma s ocoisaveio aexist ` encia. ( Joao 1:3) De modo que Jeov a e seu Filho, trabalhando em conjunto, fizeram tudo que existe. Quantos momentos emocionantes e felizes passaram juntos! Pois bem, a maioria das pessoas reconhece que o amor entre pais e filhos e extremamente forte. E o amor eoperfeitov ınculo de uniao. (Colossenses 3:14) As- 5. Como se pode ilustrar a imensa durac ao do tempo que Jeov aeseu Filhopassaramjuntosnoc eu? 6. (a) O que o Filho de Jeov a fazia durante sua existencia pr e-humana? (b) Como e a ligac aoqueexisteentrejeov aeseufilho?

235 ELE NOS AMOU PRIMEIRO sim, ser aquealgumden os consegue sequer imaginar como efortealiga cao desenvolvida ao longo de tanto tempo entre Jeov a Deus e seu Filho? E obvio que eles estao unidos pelo mais forte v ınculo de amor que j aexistiu. 7 Mesmo assim, Jeov a enviou seu Filho para a Terra, onde nasceu como bebe humano. Ao fazer isso, o Pai abriu mao, por algumas d ecadas, do companheirismo achegado com seu Filho amado no c eu. Com grande interesse, observou desde o c eu Jesus crescer at e se tornar um homem perfeito. Com cerca de 30 anos de idade, Jesus foi batizado. Nao epreciso tentar adivinhar como Jeov a se sentiu em relac ao a ele. O Pai em pessoa falou desde o c eu: Este emeufilho,oamado, a quem tenho aprovado. (Mateus 3:17) Como deve ter ficado contente ao ver Jesus cumprir fielmente tudo o que havia sido profetizado, tudo o que lhe havia sido pedido! Jo ao 5:36; 17:4. 8 Mas como Jeov asesentiuem14denis ade33ecquando Jesus foi tra ıdo e preso por uma turba a ` noite; quando foi abandonado por seus amigos e submetido a um julgamento ilegal; quando o ridicularizaram, cuspiram nele e o esmurraram; quando foi acoitado, at e que suas costas ficaram em carne viva; quando pregaram as maos e os p es em um poste de madeira e ele foi pendurado para morrer, ao passo que as pessoas zombavam dele? Como o Pai se sentiu quando seu Filho amado, agonizando, clamou a ele? Como Jeov asesentiu quando Jesus deu seu ultimo suspiro, quando, pela primeira vez desde o in ıcio de toda a criac ao, Seu Filho querido nao existia mais? Mateus 26:14-16, 46, 47, 56, 59, 67; 27:38-44, 46; Joao 19:1. 9 E imposs ıvel descrever apropriadamente os sentimentos 7. Quando Jesus se batizou, como Jeov a expressou seus sentimentos em relac ao ao Filho? 8, 9. (a) O que Jesus sofreu em 14 de nisa de 33 EC e como isso afetou seu Pai celestial? (b) Por que Jeov apermitiuqueseufilhosofresse e morresse? 233

236 234 ACHEGUE-SE A JEOV A de Jeov a. Nao h a palavras para expressar a dor que ele sentiu com a morte de seu Filho. Mas o que pode ser explicado e o motivo de Jeov a ter permitido que isso acontecesse. Por que o Pai se submeteu a esses sentimentos? Em Joao 3:16, um vers ıculo b ıblico tao importante que j a foi chamado de o Evangelho em miniatura, Jeov anosfazumarevela- cao maravilhosa, dizendo: Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigenito, a fim de que todo aquele que nele exercer f en ao seja destru ıdo, mas tenha vida eterna. Assim, Jeov a se sujeitou a todo aquele sofrimento por um s omotivo: amor. Aquela d adiva de Deus enviar seu Filho para so- frer e morrer por n os foi o maior ato de amor de todos os tempos. Como se define o amor divino? 10 O que significa a palavra amor? O amor j a foi descrito como a maior necessidade humana. Do berco ao t umulo, as pessoas o procuram, se desenvolvem sob sua influencia e at e definham e morrem por falta dele. Mesmo assim, eincrivelmente dif ıcil defini-lo. E claro que as pessoas falam de amor o tempo todo. Incont aveis livros, canc oes e poemas sao lancados sobre esse tema. Mas isso nao ajuda a compreende- lo melhor. Na verdade, a palavra e usada com tanta frequen- cia que parece cada vez mais dif ıcil descobrir o que realmen- te significa. 11 AB ıblia, por em, explica claramente o que eoamor.um dicion ario de termos b ıblicos diz: O amor s o pode ser conhecido pelas ac oes que promove. (Expository Dictionary of New Testament Words, de Vine) O registro b ıblico sobre as ac oes de Jeov a nos ensina muito sobre seu amor, a afei- 10. Que necessidade os humanos tem e o que se pode dizer sobre o sentido da palavra amor? 11, 12. (a) Onde podemos aprender muito sobre o amor, e por que ali? (b) O grego antigo tinha termos espec ıficos para que tipos de amor e qual dessas palavras eusadacommaisfrequ encia nas Escrituras Gregas Cristas? (Veja tamb em a nota.) (c) O que e a g a pe?

237 ELE NOS AMOU PRIMEIRO 235 c ao bondosa que ele sente por suas criaturas. Por exemplo, j a analisamos o supremo ato de amor de Jeov a. Consegue pensar em uma maneira melhor de aprendermos sobre essa qualidade? Nos cap ıtulos seguintes, veremos muitos outros exemplos do amor de Jeov aema cao. Al em disso, analisarmosaspalavrasoriginaispara amor usadasnab ıblia nos ajudar a a compreender melhor essa qualidade. No grego antigo, havia quatro palavras para amor. Dessas, a mais frequentemente usada nas Escrituras Gregas Cristas e a g a pe. Um dicion ario b ıblico diz que essa e a mais poderosa palavra imagin avel para amor. Por que? 12 A g a pe se refere a amor guiado por princ ıpios. Assim, e mais do que apenas uma reac ao emocional em relac ao a outra pessoa. Seu alcance emaior;ele e mais absorvente e envolve reflex ao. Acima de tudo, a g a pe e totalmente abnegado. Por exemplo, leia novamente Joao 3:16. O que e o mundo que Deus amou tanto que deu seu Filho unigenito por ele? Eo mundo da humanidade que pode ser resgatada. Inclui muitas pessoas que levam uma vida de pecado. Ser aquejeov aamaa cada uma delas como amigos pessoais, assim como amou o fiel Abraao? (Tiago 2:23) Nao, mas Jeov a amorosamente demonstra bondade a todos, mesmo que isso envolva grandes sacrif ıcios para si mesmo. Ele deseja que todos se arrependam e mudem de vida. (2 Pedro 3:9) Muitos fazem isso, e Ele tem prazer em acolher a esses como seus amigos. 13 Alguns, por em, tem um conceito errado sobre a g a pe. Acham que se trata de um tipo de amor frio e intelectual. Na Overbofi l e o, que significa ter afeic ao por ou gostar de (como de um amigo achegado ou irmao), eusadocomfrequ encia nas Escrituras Gregas Cristas. Uma forma da palavra stor g e, o amor por parentes achegados, eusadaem2tim oteo 3:3 para mostrar que esse amor estaria em falta nos ultimos dias. E ros, oamorrom antico entre os sexos, nao e um termo usado nas Escrituras Gregas Cristas, embora esse tipo de amor seja mencionado na B ıblia. Prov erbios 5: , 14. O que mostra que a g a pe muitas vezes inclui afeic ao calorosa?

238 236 ACHEGUE-SE A JEOV A verdade, a g a pe muitas vezes inclui calorosa afeic ao pessoal. Por exemplo, quando Joao escreveu: O Pai ama o Filho, usou uma forma da palavra a g a pe. Ser a que esse amor nao inclui a afeic ao? Note que Jesus disse: O Pai tem afeic ao pelo Filho,usandoumaformadapalavrafi l e o. (Jo ao 3:35; 5:20) OamordeJeov a muitas vezes inclui terna afeic ao. Mas essa qualidade dele nunca e influenciada por mero sentimentalismo; sempre e guiada por princ ıpios s abios e justos. 14 Como vimos, todas as qualidades de Jeov as ao inigual a- veis, perfeitas e atraentes. Mas a que mais nos atrai a Ele eo amor. Felizmente, esta etamb em Sua qualidade dominante. Como sabemos disso? Deus eamor 15 AB ıblia usa uma expressao, a respeito do amor, que nunca utiliza para descrever nenhum dos outros atributos principais de Jeov a. As Escrituras nao dizem que Deus e poder, que Deus ejusti ca nem mesmo que Deus e sabedoria. Ele possui essas qualidades, e a derradeira fonte delas e, no que se refereademonstr a-las, ningu em se compara a ele. Mas a respeito do quarto atributo, usa-se uma expressao que d aoquepensar: Deus eamor. (1 Joao 4:8) O que isso significa? 16 Aexpress ao Deus eamor n ao se trata de uma esp ecie de f ormula matem atica, como se a B ıblia quisesse dizer que Outras declarac oes b ıblicas tem estrutura semelhante. Por exemplo, Deus eluz e Deus e... um fogo consumidor. (1 Joao 1:5; Hebreus 12:29) Mas essas devem ser entendidas como met aforas, pois comparam Jeov aacoisasf ısicas. Ele e como a luz, pois esantoereto. A escuridao, ou impureza, nao tem nada que ver com ele. E ele pode ser comparado ao fogo, porque pode usar seu poder de forma destrutiva. 15. Que declarac ao a B ıblia faz sobre o atributo do amor de Jeov a, e em que sentido essa declarac ao e unica? (Veja tamb em a nota.) (a) PorqueaB ıblia diz que Deus e amor? (b) De todas as criaturas na Terra, por que o homem eums ımbolo apropriado do atributo divino do amor?

239 ELE NOS AMOU PRIMEIRO Deus eigualaamor.al em disso, nao se pode inverter a ordem da frase; seria incorreto dizer: O amor edeus. Jeov a e muito mais do que uma qualidade abstrata. Ele e uma pessoa com muitos sentimentos e caracter ısticas al em do amor. Mas essa qualidade e parte fundamental de Deus como pessoa. Por isso, uma obra de referencia diz o seguinte sobre esse vers ıculo: O amor est anapr opria essencia ou natureza de Deus. De modo geral, podemos entender a questao da seguinte maneira: o poder de Jeov alhepossibilita agir; a justicaeasabedoria guiam seus atos; mas eoamorqueomotiva aagir.e,quando usa seus outros atributos, Jeov asempreincluioamor. 17 Muitas vezes se diz que Jeov a eapr opria personificacao do amor. Assim, se quisermos aprender a respeito desse amor baseado em princ ıpios, temos de aprender sobre Ele. Eclaroqueoshumanostamb em sao capazes de demonstrar essa bela qualidade. Por que? Na epocadacria cao, Jeov afalou, evidentemente ao seu Filho: Facamos o homem anos- ` sa imagem, segundo a nossa semelhanca. (Genesis 1:26) De todas as criaturas na Terra, apenas o ser humano pode decidir amar e, assim, imitar seu Pai celestial. Lembre-se de que Jeov ausouv arias criaturas para simbolizar seus atributos principais. Mas escolheu sua mais elevada criac ao terrestre, o homem, como s ımbolo de Sua qualidade dominante, oamor. Ezequiel1: Se nosso amor for altru ısta e baseado em princ ıpios, estaremos refletindo a qualidade dominante de Jeov a. Eexatamentecomooap ostolo Joao escreveu: Quanto a n os, amamos porque ele nos amou primeiro. (1 Joao 4:19) Mas de que maneiras Jeov a nos amou primeiro? Jeov a tomou a iniciativa 19 Oamorn ao e algo novo. Afinal, o que levou Jeov aa comecar a criar? Nao foi solidao nem necessidade de companhia. Jeov a e completo e perfeito em si mesmo; nao lhe 19. Por que se pode dizer que o amor desempenhou um papel vital naobracriativadejeov a? 237

240 238 ACHEGUE-SE A JEOV A falta nada que outra pessoa possa suprir. Mas seu amor, uma qualidade ativa, o motivou a querer partilhar as alegrias da vida com criaturas inteligentes, capazes de apreciar essa d adiva. O princ ıpio da criac ao de Deus foi seu Filho unigeni- to. (Revelac ao [Apocalipse] 3:14) Da ı, Jeov a usou esse Mestre deobrasparatrazertodasasoutrascoisasaexist ` encia, a comecar pelos anjos. (J o 38:4, 7; Colossenses 1:16) Abencoados com liberdade, inteligencia e sentimentos, esses esp ıritos poderosos tiveram a oportunidade de formar seus pr oprios lacos de amor: uns com os outros e, acima de tudo, com Jeov a Deus. (2 Cor ıntios 3:17) Assim, amaram porque foram amados primeiro. 20 O mesmo se deu com a humanidade. Desde o in ıcio, Adao e Eva estavam praticamente cercados de amor. Para todo lado que olhassem no seu lar paradis ıaco, o Eden, podiam ver provas do amor de seu Pai por eles. A B ıblia diz: Jeov a Deus plantou um jardim no Eden,doladodooriente, ealip os o homem que havia formado. (Genesis 2:8) J aesteve num bel ıssimo jardim ou parque? Do que gostou mais? Da luz atravessando as folhagens e iluminando um canto sombrio? Do impressionante arco- ıris de flores num canteiro? Da m usica de fundo produzida pelo murm urio de um riacho, pelo canto dos p assaros e pelo zumbido dos insetos? Do perfume de arvores, flores e frutos? Seja como for, nenhumparquedehojechegaaosp es do Eden. Por que? 21 Opr oprio Jeov a plantou aquele jardim! Deve ter sido um lugar indescritivelmente belo. Havia ali todo tipo de arvore frut ıfera ou ornamental. O jardim era bem irrigado, espaco- so e com uma variedade fascinante de animais. Adao e Eva ti- nham tudo de que precisavam para ter uma vida feliz e satisfat oria, incluindo trabalho gratificante e companheirismo perfeito. Jeov a os amou primeiro e eles tinham motivos de sobra para retribuir esse amor. Mas nao fizeram isso. Em vez 20, 21. Que provas AdaoeEvatinhamdequeJeov aosamava,mas como reagiram?

241 ELE NOS AMOU PRIMEIRO 239 Perguntas para Meditac ao Salmo 63:1-11 Como devemos encarar o amor de Jeov a? Essa qualidade pode nos ajudar a desenvolver que confianca? Oseias 11:1-4; 14:4-8 De que maneiras Jeov a mostrou amor paterno para com Israel (ou, Efraim), apesar de que hist orico de desobediencia? Mateus 5:43-48 Como Jeov a mostra amor paterno para com a humanidade em geral? Joao 17:15-26 Como a orac ao de Jesus a favor de seus seguidores nos assegura que Jeov a nos ama? de amorosamente obedecer ao seu Pai celestial, eles, de forma ego ısta, se rebelaram contra Ele. Genesis, cap ıtulo Como isso deve ter sido doloroso para Jeov a! Mas ser a que Jeov a ficou ressentido por causa dessa rebeliao? Nao! Sua benevolencia [ou, amor leal, nota, NM com Referen- cias] e por tempo indefinido. (Salmo 136:1) Assim, de for- ma amorosa, ele imediatamente tomou providencias para resgatar os descendentes de Adao e Eva que tivessem a disposic ao correta. Como vimos, entre esses preparativos estava osacrif ıcio de resgate de Seu Filho amado, que lhe custou tao caro. 1 Joao 4: De fato, desde o in ıcio Jeov a tomou a iniciativa de mostrar amor a ` humanidade. De incont aveis maneiras, ele nos amou primeiro. O amor promove harmonia e alegria, de modo que nao edeadmirarquejeov a seja descrito como o Deus feliz. (1 Tim oteo 1:11) Mas surge uma pergunta importante: Ser aquejeov a realmente nos ama em base individual? O pr oximo cap ıtulo tratar a dessa questao. 22. Como a reac ao de Jeov a a ` rebeliao no Eden provou que Seu amor e leal? 23. Por que Jeov a e o Deus feliz, e o pr oximo cap ıtulo tratar ade que pergunta vital?

242 C A P I T U L O 2 4 Nada pode nos separar do amor de Deus SER AqueJeov adeusamavoc e como pessoa? Alguns concordam que Deus ama a humanidade em geral, conforme diz Joao 3:16, mas pensam: Deus nunca poderia amar amim como indiv ıduo. At emesmocrist aos verdadeiros vez por outra tem d uvidas a esse respeito. Um homem desanimado disse: Acho muito dif ıcil crer que Deus se importe comigo. Sente d uvidas como essas de vez em quando? 2 OqueSatan as mais deseja e fazer-nos acreditar que Jeov a Deus nao nos ama nem nos d avalor. E verdade que muitas vezes ele seduz as pessoas apelando para a vaidade e o orgulho. (2 Cor ıntios 11:3) Mas ele tamb em tem prazer em destruir o amor-pr oprio das pessoas mais vulner aveis. ( Joao 7:47-49; 8:13, 44) Isso se d a, em especial, nestes ultimos dias cr ıticos. Muitos hoje sao criados em fam ılias sem afeicao natural ; outros tem tratos di arios com gente violenta, ego ısta e teimosa. (2 Tim oteo 3:1-5) Anos de maus-tratos, racismo ou odio talvez os tenham convencido de que nao valemnadaequen ao merecem ser amados. 3 Se voce tiver esses sentimentos negativos no ıntimo, nao se desespere. Muitos de n os, de vez em quando, somos um pouco duros demais com n os mesmos. Mas lembre-se de que a Palavra de Deus serve para endireitar as coisas e demolir as coisas fortemente entrincheiradas. (2 Tim oteo 3:16; 2Cor ıntios 10:4) A B ıblia diz: Asseguraremos os nossos corac oes diante dele quanto a tudo em que os nossos corac oes 1. Que sentimentos negativos afligem muitas pessoas, incluindo alguns cristaos verdadeiros? 2, 3. Quem deseja que acreditemos que, aos olhos de Jeov a, somos in uteis ou que nao merecemos ser amados? Como podemos combater essa ideia?

243 NADA PODE NOS SEPARAR DO AMOR DE DEUS nos possam condenar, porque Deus e maior do que os nossos corac oes e ele sabe todas as coisas. (1 Joao 3:19, 20) Vamos analisar, entao, quatro maneiras em que as Escrituras nos ajudam a assegurar o nosso corac ao do amor de Jeov a. Jeov a o considera precioso 4 Primeiro, a B ıblia ensina de forma bem direta que Deus d a valor a cada um de seus servos. Por exemplo, Jesus disse: Nao se vendem dois pardais por uma moeda de pequeno valor? Contudo, nem mesmo um deles cair aaoch ao sem o conhecimento de vosso Pai. Por em, os pr oprios cabelos de vossa cabeca estao todos contados. Portanto, nao temais; v os valeis mais do que muitos pardais. (Mateus 10:29-31) Vejamos o que essas palavras significavam para os ouvintes de Jesusnoprimeiros eculo. 5 Talvez vocesepergunteporquealgu em compraria um pardal. Acontece que, nos dias de Jesus, o pardal era a ave mais barata vendida como alimento. Note que, com uma moeda de pouco valor, o comprador podia levar dois pardais. Mais tarde, por em, Jesus declarou que, se a pessoa tivesse duas moedas, poderia comprar, nao quatro pardais, mas cinco. Op assaro extra era acrescentado como se nao tivesse nenhum valor. Talvez essas criaturas fossem sem valor aos olhos dos homens, mas como o Criador as encarava? Jesus disse: Nem mesmo um deles [nem mesmo o p assaro extra] est a esquecido diante de Deus. (Lucas 12:6, 7) Com isso, comecamos a entender o que Jesus queria dizer: se Jeov a d atantovaloraum unico pardal, quanto mais valioso ele deve considerar um ser humano! Como Jesus explicou, Deus sabe de todos os detalhes a nosso respeito. Ora, at e os nossos cabelos estao contados! 6 Nossos cabelos estao contados? Alguns acham essa 4, 5. Como a ilustrac ao de Jesus sobre os pardais mostra que temos valor aos olhos de Jeov a? 6. Como sabemos que Jesus estava sendo realista quando falou que nossos cabelos estao contados? 241

244 242 ACHEGUE-SE A JEOV A ilustrac ao de Jesus um pouco fantasiosa. Mas pense na esperanca da ressurreic ao. Jeov adevenosconhecermuitobem para poder nos recriar. Ele nos considera tao valiosos que se lembra de cada detalhe, incluindo nosso c odigo gen etico, todos os nossos anos de lembrancas e as coisas que passamos na vida. Em comparac ao com isso, contar nossos cabelos (em m edia a cabeca humana tem uns 100 mil fios) seria uma facanha simples. OqueJeov av eemn os? 7 Em segundo lugar, a B ıblia ensina-nos o que Jeov aaprecia nos seus servos: em termos simples, nossas boas qualida- des e nossos esforcos. O Rei Davi disse ao seu filho Salomao: Jeov a sonda todos os corac oes e discerne toda inclinac ao dos pensamentos. (1 Cronicas 28:9) Ao sondar bilhoes de corac oes humanos neste mundo violento e cheio de odio, como Jeov a deve ficar contente quando encontra um corac ao que ama a paz, a verdade e a justica! O que acontece quando Deus encontra um corac ao cheio de amor por ele, que procura aprender sobre ele e transmitir esse conhecimento a outros? Jeov a nos informa que ele presta atenc ao aos que falam com outros a Seu respeito. Ele at emesmotem um livro de recordac ao para todos os que temem a Jeov a e para os que pensam no seu nome. (Malaquias 3:16) Para ele, essas qualidades sao preciosas. 8 Quais sao algumas das boas obras a que Jeov ad avalor? Sem d uvida, aos esforcosquefazemosparaimitaroseufi- AB ıblia vez ap os vez relaciona a esperanca da ressurreic ao com a mem oria de Jeov a. O fiel J olhedisse: Quemderaque...mefixasses um limite de tempo e te lembrasses de mim! ( J o14:13)jesusfa- lou da ressurreic ao de todos os que estao nos t umulos memoriais. Isso e apropriado porque Jeov a se lembra perfeitamente dos mortos que ele vai ressuscitar. Joao 5:28, 29. 7, 8. (a) Ao sondar o corac ao dos humanos, Jeov a fica contente quando se depara com que qualidades? (b) Quais sao algumas das nossas obras a que Jeov ad avalor?

245 V os valeis mais do que muitos pardais lho, Jesus Cristo. (1 Pedro 2:21) Uma obra muito importante que Deus aprecia eadivulga cao das boas novas do Reino. Lemos, em Romanos 10:15: Quao lindos sao os p es daqueles que declaram boas novas de coisas boas! Normalmente talvez nao consideremos nossos humildes p es como lindos, ou belos. Mas aqui eles representam os esforcos dos servos de Jeov a para pregar as boas novas. Esse empenho e belo e precioso aos Seus olhos. Mateus 24:14; 28:19, Jeov atamb em d avalor a ` nossa perseveranca. (Mateus 24:13)Lembre-sedequeSatan as quer que voced eascostas ajeov a. Cada dia que voce permanece leal a Deus emaisum dia em que ajudou a dar uma resposta as ` zombarias de Satan as. (Prov erbios 27:11) Nem sempre ef acil perseverar. Problemas de sa ude, dificuldades financeiras, aflic ao emocional e outros obst aculos podem tornar cada dia que passa uma provac ao. Expectativas adiadas tamb em podem ser muito desanimadoras. (Prov erbios 13:12) Quando nos mantemos 9, 10. (a) Por que podemos ter certeza de que Jeov ad avaloranos- sa perseveranca em face de v arias dificuldades? (b) Jeov anuncatem ` que conceito negativo sobre seus servos fi eis?

246 244 ACHEGUE-SE A JEOV A firmes em face dessas provac oes, Jeov ad a ainda mais valor a ` nossa perseveranca. Foi por isso que o Rei Davi pediu que Deus guardasse suas l agrimas num odre e acrescentou, confiante: Nao estao no teu livro? (Salmo 56:8) Sem d uvida, Jeov ad amuitovaloratodasasnossasl agrimas e aos so- frimentos que suportamos ao manter nossa lealdade a ele, nao se esquecendo disso. Sao coisas valiosas aos seus olhos. 10 Mas talvez achemos dif ıcil aceitar essas provas de nosso valor aos olhos de Deus se o nosso corac ao nos condena. Ele talvez sussurre insistentemente: Mas h atantosoutros que sao mais exemplares do que eu. Como Jeov adeveficar desapontado quando me compara com eles! Mas o Criador nao faz comparac oes, nem tem um conceito r ıgido ou severo. (G alatas 6:4) Ele examina a fundo os corac oes humanos ed avaloras ` boas qualidades, mesmo que sejam m ınimas. Jeov a procura o que temos de bom 11 Terceiro, quando Jeov a nos examina, ele procura cuidadosamente o que temos de bom. Por exemplo, quando decretou que toda a dinastia ap ostata do Rei Jeroboao fosse executada, Ele ordenou que Abias, um dos filhos do rei, recebesse um enterro decente. Por que? Nele se achou algo de bom para com Jeov a, o Deus de Israel. (1 Reis 14:1, 10-13) Jeov a, na verdade, examinou o corac ao daquele jovem e encontrou algo de bom nele. Talvez se tratasse de muito pouca bondade, mas mesmo assim Deus considerou apropriado registrar isso na sua Palavra. Ele at e recompensou aquele unico membro de uma fam ılia ap ostata, mostrando-lhe a miseric ordia que julgou apropriada. 12 H a um exemplo ainda mais positivo: o do bom Rei Jeo- 11. Ao analisar o modo como Jeov a lidou com Abias, o que aprendemos sobre nosso Criador? 12, 13. (a) Como o caso do Rei Jeosaf a mostra que Jeov aprocurao que temos de bom mesmo quando pecamos? (b) No que se refere a nossas boas obras e qualidades, em que sentido Jeov aagecomoum Pai amoroso?

247 saf a. Quando ele cometeu um ato tolo, o profeta de Jeov a lhe disse: Por isso h a indignac ao contra ti da parte da pessoa de Jeov a. De fato, palavras preocupantes! Mas a mensagem de Jeov an ao parou por a ı. Acrescentou: Nao obstante, acharam-se boas coisas contigo. (2 Cronicas 19:1-3) De modo que, apesar de sua ira justa, Jeov an ao ficou cego para com a bondade de Jeosaf a. Como isso e diferente do modo como agem os humanos imperfeitos! Quando ficamos aborrecidos com outros, nossa tendencia e desconsiderar o que eles tem de bom. E, quando pecamos, o desapontamento, a vergonha e a culpa que sentimos nos fazem esquecer das boas qualidades que n os mesmos temos. Lembre-se, por em,deque,senos arrependermos de nossos pecados e fizermos bastante esforco para nao repeti-los, Jeov a nos perdoar a. 13 Quando nos examina, Jeov ap oe de lado esses pecados, mais ou menos como um minerador a ` procura de ouro descarta o cascalho sem valor. E o que faz com nossas boas qualidades e obras? Ah, essas sao as pepitas que ele guarda. J anotouquepaisamorososmuitas vezes guardam os desenhos e trabalhos Jeov a aprecia a nossa perseverança em face de provaçoes

248 246 ACHEGUE-SE A JEOV A escolares dos filhos as ` vezes por d ecadas, quando os filhos at ej a se esqueceram deles? Jeov a eopaimaisamoroso que existe. Se permanecermos fi eis, ele nunca se esquecer a de nossas boas obras e qualidades. De fato, ele consideraria uma injustica esquecer-se delas e ele nunca e injusto. (Hebreus 6:10) Jeov atamb em procura o que temos de bom de outra maneira. 14 Em vez de se concentrar em nossas imperfeic oes, Jeov av e o nosso potencial. Para ilustrar: os amantes da arte nao medem esforcos para restaurar pinturas ou outras obras seriamente danificadas. Por exemplo, quando algu em danificou com uma espingarda um esboco de Leonardo da Vinci, avaliado em mais de 30 milhoes de d olares, na Galeria Nacional, em Londres, ningu em sugeriu que o desenho fosse jogado fora s o porque estava danificado. O trabalho de restaurac ao da obra-prima de quase 500 anos comecou imediatamente. Por que? Porque ela era preciosa para os amantes da arte. Ser a que vocen ao vale mais do que um desenho a giz e carvao? Aos olhos de Deus, sem d uvida vale nao importa quanto aimperfei cao herdada o tenha danificado. (Salmo 72:12-14) Jeov a Deus, o perito Criador da fam ılia humana, far aoque for preciso para restabelecer aperfei ` cao todos os que corresponderem ao seu cuidado amoroso. Atos 3:21; Romanos 8: EevidentequeJeov av eoquecadaumden os tem de bom, mesmo que n os nao vejamos isso. E amedidaqueo ` servirmos, ele far a com que aquilo que temos de bom aumente at e que, por fim, alcancemos a perfeic ao. Nao importa como o mundo de Satan as tenha nos tratado, Jeov aconsidera seus servos fi eis como desej aveis, ou preciosos. Ageu 2:7, nota, NM com Referencias. 14, 15. (a) Por que nossas imperfeic oes nao impedem Jeov adenotar o que temos de bom? Ilustre isso. (b) O que Jeov afar acomascoi- sas boas que achar em n os, e como ele encara seu povo fiel?

249 NADA PODE NOS SEPARAR DO AMOR DE DEUS Jeov a demonstra seu amor de forma ativa 16 Em quarto lugar, Jeov a faz muitas coisas para provar seu amor por n os. Sem d uvida, a melhor resposta amentirasatanica de que n os nao valemos nada e que nao merecemos ` ser amados eosacrif ıcio resgatador de Cristo. Nunca se esqueca de que a morte agonizante de Jesus na estaca de tortura e a agonia ainda maior que Jeov a teve de suportar, observando a morte de seu Filho amado, foram prova do amor deles por n os. Infelizmente, muitas pessoas acham dif ıcil aceitar que essa d adiva foi feita para elas pessoalmente. Sentem-se indignas. Lembre-se, por em, de que o ap ostolo Paulo, que havia sido perseguidor dos seguidores de Cristo, escreveu: O Filho de Deus... me amou e se entregou por mim. G alatas 1:13; 2: Jeov anosd a provas de seu amor ajudando cada um de n os a tirar proveito do sacrif ıcio de Cristo, que disse: Ningu em pode vir a mim, a menos que o Pai, que me enviou, o atraia. (Jo ao 6:44) Ou seja, Jeov a pessoalmente nos atrai a seu Filho e a ` esperanca de vida eterna. Como? Por meio da pregac ao, que alcanca cada um de n os, e do seu esp ırito santo, que ele usa para nos ajudar a compreender e aplicar as verdades espirituais, apesar de nossas limitac oes e imperfeic oes. Por isso, Jeov a pode dizer a nosso respeito o mesmo que disse sobre Israel: Eu te amei com um amor por tempo indefinido. Por isso equeteatra ı com benevolencia. Jeremias 31:3. 18 E possivelmente por meio do privil egio da orac ao que sentimos o amor de Jeov adeformamais ıntima. A B ıblia convida cada um de n os a orar incessantemente a Deus. (1 Tessalonicenses 5:17) Ele nos escuta. Eat e mesmo chamado de 16. Qual eamaiorprovadoamordejeov a por n os, e como sabemos que essa d adivafoifeitaparan os pessoalmente? 17. De que maneiras Jeov a nos atrai a si mesmo e ao seu Filho? 18, 19. (a) Por meio do que sentimos o amor de Jeov a por n os de forma mais ıntima, e o que mostra que ele cuida dessa atribuic ao pessoalmente? (b) Como a Palavra de Deus nos assegura que Jeov aescuta com empatia? 247

250 248 ACHEGUE-SE A JEOV A Ouvinte de orac ao. (Salmo 65:2) Nao delegou essa func ao a nenhuma outra pessoa nem mesmo ao seu pr oprio Filho. Imagine: o Criador do Universo incentiva-nos a nos dirigir a ele em orac ao, com franqueza no falar. E que tipo de ouvinte ele e: frio, ap atico, insens ıvel? De modo algum. 19 Jeov a demonstra empatia. O que quer dizer essa palavra? Um fiel servo idoso de Jeov a disse: A empatia easua dor no meu corac ao. Ser aquejeov a e mesmo afetado pela nossa dor? A respeito do sofrimento de seu povo, Israel, lemos: Durante toda a aflic ao deles, foi aflitivo para ele. (Isa ıas 63:9) Jeov an ao apenas via os problemas deles; ele sofria junto com seu povo. Comprovando quanto ele sente, note essas palavras do pr oprio Jeov a aos seus servos: Aquele que toca em v os, toca no globo do meu olho. (Zacarias 2:8) Isso seria muito doloroso. De fato, Jeov a compartilha a nossa dor. Quando sofremos, ele sofre junto. 20 Naturalmente, nenhum cristao equilibrado usaria essa evidencia do amor e da estima de Deus como desculpa para demonstrar orgulho ou ego ısmo. O ap ostolo Paulo escreveu: Por interm edio da benignidade imerecida que me foi dada, digoacadauma ıentrev os que nao pense mais de si mesmo do que e necess ario pensar; mas, que pense de modo a ter bom ju ızo, cada um conforme Deus lhe distribuiu uma medida de f e. (Romanos 12:3) Outra traduc ao diz assim: Digo a todos voces que nao se achem melhores do que realmente sao. Pelo contr ario, pensem com humildade a respeito de voces mesmos. (B ıblia na Linguagem de Hoje) Assim, ao passo que desfrutamos do amor de nosso Pai celestial, devemos ser Algumas traduc oes desse texto dao a entender que quem toca no povo de Deus toca no pr oprio olho ou no olho de Israel, nao no de Deus. Esse erro foi introduzido por escribas que consideravam esse trecho irreverente e, por isso, o corrigiram. Esse esforco mal direcionado obscureceu a intensidade da empatia pessoal de Jeov a. 20. Se quisermos obedecer ao conselho de Romanos 12:3, que racioc ınio desequilibrado deveremos evitar?

251 NADA PODE NOS SEPARAR DO AMOR DE DEUS 249 Perguntas para Meditac ao Salmo 139:1-24 Como as palavras inspiradas do Rei Davi mostram que Jeov aest a muito interessado em n os, como pessoas? Isa ıas 43:3, 4, Como Jeov asesenteemrela cao aos que o servem como suas Testemunhas, e como esses sentimentos sao expressos em ac oes? Romanos 5:6-8 Por que podemos ter certeza de que nossa condic ao imperfeita nao impede que o amor de Jeov anosalcance e nos beneficie? Judas Como podemos nos manter no amor de Deus? Que influencias tornam dif ıcil fazermos isso? ajuizados e lembrar-nos de que o amor de Deus e imerecido. Lucas17: Facamos tudo ao nosso alcance para rejeitar todas as mentiras de Satan as, incluindo a de que nao valemos nada e que nao merecemos ser amados. Se por causa daquilo que passou na vida voce se considera um obst aculo tao grande que nem mesmo o amor imenso de Deus pode superar, ou pensa que suas boas obras sao insignificantes demais para serem notadas mesmo pelos olhos dele, que observam tudo, ou acha seus pecados graves demais para serem cobertos mesmo pela morte do Filho precioso dele, entao lhe ensinaram uma mentira. Rejeite de todo o corac ao mentiras como essas! Que a verdade expressa nas palavras inspiradas do ap ostolo Paulo nos ajude a nos assegurarmos, de corac ao, que Jeov a nos ama! Ele disse: Estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem governos, nem coisas presentes, nem coisas por vir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criac ao ser a capaz de nos separar do amor de Deus, que est a em Cristo Jesus, nosso Senhor. Romanos 8:38, Que mentiras satanicas devemos continuar a rejeitar, e que verdade divina nos ajudar a a nos assegurarmos, de corac ao, que Jeov anos ama?

252 C A P I T U L O 2 5 A ternacompaix ao de nosso Deus UM CHORO no meio da noite. Imediatamente, a mae acorda. Desde que o bebe nasceu, ela nunca mais dormiu tao profundamente como antes. Al em disso, aprendeu a identificar os diferentes choros do filho e, assim, sabe se ele quer mamar, ser embalado ou se precisa de alguma outra coisa. Mas nao importa qual seja a razao do choro do bebe, a mae sempre lhe d aaten cao. Seu corac ao a impede de ignorar as necessidades da crianca. 2 A compaixao da mae pelo filho est a entre os sentimentos mais afetuosos conhecidos pelos humanos. Mas existe um sentimento infinitamente mais forte: a terna compaixao de nosso Deus, Jeov a. Uma an alise dessa qualidade maravilhosa ajudar a a nos achegarmos mais a Ele. Vejamos, entao, o que e compaixao e como nosso Deus a manifesta. Oque ecompaix ao? 3 Na B ıblia, compaixao e miseric ordia estao intimamente ligadas. V arias palavras hebraicas e gregas transmitem a ideia de terna compaixao. Veja, por exemplo, o verbo hebraico ra hh am, frequentemente traduzido mostrar miseric ordia ou ter pena. Uma obra de referencia explica que o verbo ra hh am expressa um sentimento profundo e terno de compaixao, tal como o que e provocado por vermos fraquezas ou sofrimentos naqueles que nos sao queridos ou que precisam da nossa ajuda. Esse termo hebrai- 1, 2. (a) Qual earea cao natural da mae ao choro do bebe? (b) Que sentimento e mais forte do que a compaixao materna? 3. Qual e o significado do verbo hebraico traduzido mostrar miseric ordia ou ter pena?

253 A TERNA COMPAIX AO DE NOSSO DEUS co, que Jeov aaplicaasimesmo,serelacionacomapalavra para utero e pode ser descrito como compaix ao maternal. Exodo 33:19; Jeremias 33:26. 4 AB ıblia usa os sentimentos que a mae tem pelo bebe para nos ensinar o sentido da compaixao de Jeov a. Em Isa ıas 49:15 lemos: Haver am ae que possa esquecer seu bebequeaindamamaen ao ter compaixao [ra hh am] do filho que gerou? Embora ela possa esquece-lo, eu nao me esquecerei de voce! (Nova Versao Internacional) Essa descric ao emocionante destaca a intensidade da compaixao de Jeov a pelo seu povo. Como assim? 5 Edif ıcil imaginar que uma mae se esqueca de amamentar e cuidar do bebe. Afinal, a crianca e indefesa e precisa da atenc ao e do afeto materno 24 horas por dia! Infelizmente, por em, a negligencia materna nao et ao incomum assim, em especial nestes tempos cr ıticos marcados pela falta de afeic ao natural. (2 Tim oteo 3:1, 3) Mas Jeov a diz: Eu nao me esquecerei de voce! A terna compaixao que Deus sente pelo seu povo einfal ıvel. O mais afetuoso sentimento natural que conhecemos e a compaixao que a mae costuma sentir pelo bebe. Mas a compaixao divina e incomparavelmente mais forte. Nao edeadmirarqueum comentarista tenha dito o seguinte sobre Isa ıas 49:15: Essa e uma das mais intensas (talvez a mais intensa) expressoes do amor de Deus no Velho Testamento. 6 Ser a que essa terna compaix ao e sinal de fraqueza? Na opiniao de muitos humanos imperfeitos, sim. Por O interessante, por em, e que no Salmo 103:13 o verbo hebraico ra hh am denota a miseric ordia, ou compaixao, que um pai demonstra aos filhos. 4, 5. Como a B ıblia usa os sentimentos que a mae tem pelo bebepara nos ensinar sobre a compaixao de Jeov a? 6. Qual e a opiniao de muitos humanos imperfeitos a respeito da terna compaixao, mas do que Jeov a nos assegura? 251

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255 ` A TERNA COMPAIXAO DE NOSSO DEUS 253 exemplo, o fil osofo romano Seneca, contemporaneo de Jesus e um dos mais importantes intelectuais de Roma, ensinava que sentir pena e uma fraqueza da mente. Sene- ca era partid ario do estoicismo, a filosofia que dava enfase a calma desprovida de sentimentos. O s abio podia ajudar os necessitados, dizia ele, mas nao devia ter pena, porque esse sentimento o privaria da serenidade. Segundo esse racioc ınio egocentrico, era inadmiss ıvel demonstrar compaixao de corac ao. Mas Jeov an ao e assim. Na sua Palavra, ele nos assegura que e mui terno em afeic ao e e compassivo. (Tiago 5:11, nota, NM com Referencias) Como veremos, a compaixao nao e uma fraqueza, mas uma qualidade forte e vital. Analisemos como Jeov a, igual a um pai ou uma mae amorosos, a manifesta. Jeov a mostrou compaixao por uma nac ao 7 Pode-se observar claramente a compaixao de Jeov ano modo como ele lidou com a nac ao de Israel. No fim do s e- culo 16 AEC, milhoes de israelitas eram escravos no Egito antigo. Ali, eram muito oprimidos, pois os eg ıpcios amarguravam-lhes a vida com dura escravidao, em argamassa argilosa e em tijolos. ( Exodo 1:11, 14) Por causa da aflic ao, os israelitas clamaram a Jeov a por ajuda. Como o Deus de terna compaixao reagiu? 8 As uplica do povo tocou o corac ao de Jeov a. Ele disse: Indubitavelmente, tenho visto a tribula c ao do meu povo que est a no Egito e tenho ouvido seu clamor por causa daqueles que os compelem a trabalhar; porque eu bem sei das dores que sofrem. ( Exodo 3:7) Jeov an ao conseguia ver o sofrimento do seu povo ou ouvir seus clamores sem sentir 7, 8. Como os israelitas sofreram no Egito antigo, e qual foi a reac ao de Jeov a aos sofrimentos deles? Haver am ae que possa esquecer seu beb e?

256 254 ACHEGUE-SE A JEOV A pena deles. Como vimos no Cap ıtulo 24 deste livro, Jeov a e um Deus de empatia. Essa qualidade definida como a habilidade de sentir a dor dos outros est a intimamente ligada a ` compaixao. Mas, em vez de apenas sentir pena do seu povo, Jeov a foi motivado a agir em favor dele. Isa ıas 63:9 diz: Ele mesmo os resgatou no seu amor e na sua compaixao. Com mao forte, Deus resgatou os israelitas do Egito. (Deuteron omio 4:34) Posteriormente, forneceu-lhes alimento de forma milagrosa e conduziu-os a uma terra f ertil. 9 A compaixao de Jeov a, por em, nao parou por a ı. Depois de se estabelecer na Terra Prometida, Israel repetidas vezes se tornou infiel e sofreu as consequencias disso. Mas entao o povo ca ıa em si, suplicava a Jeov aeeleoslivrava,vez ap os vez. Por que? Porque tinha compaixao do seu povo. 2Cr onicas 36:15; Ju ızes 2: Veja o que aconteceu nos dias de Jeft e. Visto que os israelitas haviam passado a adorar deuses falsos, Jeov apermitiu que os amonitas os oprimissem por 18 anos. Por fim, se arrependeram. A B ıblia nos diz: Comecaram a remover os deuses estrangeiros do seu meio e a servir a Jeov a, de modo que a alma dele ficou impaciente por causa da desgraca de Israel. (Ju ızes 10:6-16) Uma vez que seu povo demonstrou arrependimento genu ıno, Jeov an ao pode mais suportar ve-los sofrer. De modo que o Deus de terna compaixao habilitou Jeft e para livrar os israelitas das maos de seus inimigos. Ju ızes 11: A expressao a alma dele ficou impaciente significa literalmente sua alma foi encurtada; sua paciencia se esgotou. A B ıblia Pastoral diz: Nao pode mais suportar o sofrimento de Israel. A B ıblia Mensagem de Deus traduz assim esse trecho: Nao tolerou mais a desgraca de Israel. 9, 10. (a) Por que Jeov a libertou os israelitas repetidas vezes depois de eles se estabelecerem na Terra Prometida? (b) Nos dias de Jeft e, Jeov a libertou os israelitas de que opressao, e o que o levou a fazer isso?

257 A TERNA COMPAIX AO DE NOSSO DEUS 11 O que os tratos de Jeov acomana cao de Israel nos ensinam a respeito da terna compaixao? Primeiro, ef acil perceber que nao se trata apenas de notar os problemas que as pessoas estao passando. Lembre-se do exemplo de compaixao da mae que d aprontaaten cao ao choro do bebe. De modo similar, Jeov an ao se faz de surdo diante das s uplicas do seu povo. Sua terna compaix ao o motiva a aliviar o sofrimento dele. Al em disso, o modo como Jeov a lidou com os israelitas nos ensina que a compaixao nao eumafraqueza, pois essa qualidade bondosa o levou a tomar ac ao firme e decisiva a favor do seu povo. Mas ser aquejeov as omostra compaixao aos seus servos coletivamente? Jeov a demonstra compaixao em base individual 12 A Lei que Deus deu ana ` cao de Israel mostrou a compaixao que ele sente pelas pessoas em base individual. Um exemplo disso e sua preocupac ao com os pobres. Jeov asabia que, devido a circunstancias inesperadas, um israeli- ta poderia acabar se atolando na pobreza. Como os pobres deviam ser tratados? Jeov a deu uma ordem direta aos israelitas: Nao deves endurecer teu corac ao, nem fechar a mao para com o teu irmao pobre. Deves terminantemente dar-lhe e teu corac ao nao deve ser mesquinho ao lhe dares, porque e por esta razao que Jeov a, teu Deus, te abencoar a em todo ato teu. (Deuteron omio 15:7, 10) Deus tamb em ordenou que nao colhessem totalmente as beiradas dos campos nem juntassem as sobras. A respiga deveria ser deixada para os menos favorecidos. (Lev ıtico 23:22; Rute 2:2-7) Quando a nac ao de Israel obedecia a 11. Quando analisamos os tratos de Jeov a com os israelitas, o que aprendemos sobre a compaixao? 12. Como a Lei refletia a compaixao que Jeov a sente pelas pessoas em base individual? 255

258 256 ACHEGUE-SE A JEOV A essas leis bondosas a favor dos pobres no seu meio, esses nao precisavam mendigar por comida. Nao concorda que isso refletia a terna compaixao de Jeov a? 13 Hoje tamb em nosso Deus amoroso est a profundamente interessado em n os como indiv ıduos. Podemos ter certeza de que ele est aplenamentecientedequalquersofrimento que passemos. O salmista Davi escreveu: Os olhos de Jeov aest ao atentos aos justos e seus ouvidos estao atentos ao seu clamor por ajuda. Perto est ajeov a dos que tem corac ao quebrantado; e salva os que tem esp ırito esmagado. (Salmo 34:15, 18) Um comentarista b ıblico disse o seguinte a respeito dos que sao descritos nas palavras acima: Tem o corac ao quebrantado e esp ırito contrito, isto e, o pecado os torna humildes e tem pouca autoestima; eles se acham insignificantes e nao confiam nos pr oprios m e- ritos. Talvez achem que Jeov aest a muito distante deles e que sao insignificantes demais para que Deus se preocupe com eles. Mas nao e bem assim. As palavras de Davi nos asseguram que Jeov an ao abandona os que se acham insignificantes. Nosso Deus compassivo sabe que, nessas ocasioes, precisamos dele mais do que nunca e ele est asempre perto de n os. 14 Preste atenc ao aseguintehist ` oria: uma mae nos Estados Unidos correu para o hospital com o filho de dois anos queestavacomumagraveinflama cao na garganta. Depois de examinar o menino, os m edicos informaram a mae de que, aquela noite, ele teria de ficar em observac ao no hospital. Onde voceachaqueam ae passou a noite? Numa cadeira no quarto de hospital, ao lado do leito do filho! Seu 13, 14. (a) Como as palavras de Davi nos asseguram que Jeov aest a profundamente interessado em n os como indiv ıduos? (b) Como se pode ilustrar que Jeov aest a perto quando estamos com o corac ao quebrantado ou o esp ırito esmagado?

259 A TERNA COMPAIX AO DE NOSSO DEUS 257 filhinho estava doente e ela simplesmente tinha de ficar por perto. Sem d uvida, podemos esperar que nosso amoroso Pai celestial faca ainda mais por n os! Afinal, fomos criados a ` imagem dele. (Genesis 1:26) As palavras comoventes do Salmo 34:18 nos dizem que, quando estamos com o cora cao quebrantado ou o esp ırito esmagado, Jeov a, como um pai amoroso, est a perto sempre compassivo e pronto para ajudar. 15 Como, entao, Jeov a nos ajuda individualmente? Nem sempre ele remove a causa dos nossos sofrimentos. Mas ele fez muitas provis oes para os que imploram a Sua ajuda. Sua Palavra, a B ıblia, fornece conselhos pr aticos que auxiliam bastante. Na congregac ao, Jeov a providenciou que superintendentes espiritualmente qualificados, que se esforcam para refletir a compaixao divina, deem atenc ao aos seus companheiros de adorac ao. (Tiago 5:14, 15) Como Ouvinte de orac ao, ele dar a esp ırito santo aos que lhe pedirem. (Salmo 65:2; Lucas 11:13) Esse esp ırito pode nos dar o poder al em do normal a fim de perseverarmos at eque o Reino de Deus remova todos os problemas estressantes. (2 Cor ıntios 4:7) Nao somos gratos por tudo o que Jeov a faz por n os? Nao nos esquecamosdequeessass ao demonstrac oes da terna compaixao de Deus. 16 Naturalmente, o maior exemplo da compaixao de Jeov a e o fato de ele ter entregado seu Filho mais querido para nos resgatar. Foi um sacrif ıcio amoroso da parte de Jeov ae abriu caminho para a nossa salvac ao. Lembre-se de que o resgate se aplica a cada um de n os. Com toda a razao, Zacarias, pai de Joao Batista, predisse que essa d adiva magnificariaa ternacompaix ao de nosso Deus. Lucas 1: De que maneiras Jeov a nos ajuda individualmente? 16. Qual e o maior exemplo da compaixao de Jeov a, e como nos afeta pessoalmente?

260 258 ACHEGUE-SE A JEOV A Quando Jeov a se refreia de mostrar compaixao 17 Quer dizer, entao, que a terna compaixao de Jeov an ao tem limites? Muito pelo contr ario, a B ıblia mostra claramente que, quando algu em se opoe aos modos corretos de Jeov a, ele refreia-se de demonstrar compaixao o que e bastante justo. (Hebreus 10:28) Para entender por que ele age assim, lembre-se do exemplo da nac ao de Israel. 18 Embora vez ap os vez Jeov a libertasse os israelitas dos seus inimigos, Sua compaixao por fim chegou ao limite. Aquele povo teimoso praticava idolatria a tal ponto que trazia seus ıdolos repulsivos para dentro do templo de Jeov a! (Ezequiel 5:11; 8:17, 18) Al em disso, lemos: Cacoavam continuamente dos mensageiros do verdadeiro Deus e desprezavam as suas palavras, e zombavam dos seus profetas at equesubiuofurordejeov acontraoseupovo,at eque nao havia mais cura. (2 Cronicas 36:16) Os israelitas chegaram a um ponto em que nao havia mais base para compaixao. Despertaram a ira justa de Jeov a. Qual foi o resultado? 19 Jeov an ao pode mais mostrar compaixao pelo seu povo. Declarou: Nao terei compaixao, nem terei d o, nem terei miseric ordia, de modo a nao arruin a-los. ( Jeremias 13:14) Assim, Jerusal em e seu templo foram destru ıdos e os israelitas foram levados para Babilonia como prisioneiros. Quando humanos pecadores se tornam tao rebeldes que ultrapassam os limites da compaixao divina, o resultado s o pode ser tr agico. Lamentac oes 2: Qual easitua cao hoje? Jeov an ao mudou. Por compai (a) Como a B ıblia mostra que a compaixao de Jeov a tem limites?(b)oquefezcomqueacompaix ao de Jeov aparacomseupovo chegasse ao limite? 20, 21. (a) O que ocorrer aquandoacompaix ao divina atingir o seu limite nos nossos dias? (b) Que demonstrac ao da compaixao de Jeov a ser aanalisadanopr oximo cap ıtulo?

261 A TERNA COMPAIX AO DE NOSSO DEUS 259 Perguntas para Meditac ao Jeremias 31:20 Que sentimentos cordiais Jeov atempeloseu povo? Em vista disso, como vocesesenteemrela cao a Ele? Joel 2:12-14, OqueopovodeJeov aprecisavafazerpara receber compaixaoeoqueaprendemosdisso? Jonas 4:1-11 Como Jeov a ensinou a Jonas uma lic ao sobre a importanciadacompaix ao? Hebreus 10:26-31 Por que nao devemos abusar da miseric ordia, ou compaixao, de Jeov a? xao, ele incumbiu suas Testemunhas de pregar as boas novas do reino em toda a Terra habitada. (Mateus 24:14) Ele ajuda os sinceros que aceitam essa mensagem a entender o sentido dela. (Atos 16:14) Mas essa obra nao continuar a para sempre. Nao seria compassivo da parte de Jeov a seelepermitissequeestemundoperverso,comtodaasua dor e sofrimento, continuasse existindo indefinidamente. Quando a compaixao divina atingir o limite, Jeov aexecutar a seu julgamento contra o atual sistema. Mesmo entao, esse ser aumatodecompaix ao compaixao pelo seu santo nome e por seus servos dedicados. (Ezequiel 36:20-23) Jeov a eliminar aamaldadeeintroduzir aumnovomundo justo. Falando dos perversos, ele declara: Meu olho nao ter ad o, nem terei compaixao. Hei de trazer o procedimento deles sobre a sua pr opria cabeca. Ezequiel 9: Enquanto esse dia nao chegar, Jeov acontinuar aasentir compaixao pelas pessoas, at epelasqueseencaminham para a destruic ao. Os humanos pecadores que se arrependem sinceramente podem beneficiar-se de uma das maiores demonstrac oes da compaixao de Jeov a: o seu perdao. No pr oximo cap ıtulo, veremos algumas lindas ilustrac oes b ıblicas que indicam o alcance do perdao divino.

262 C A P I T U L O 2 6 Um Deus pronto a perdoar MEUS pr oprios erros passaram acima da minha cabeca, escreveu o salmista Davi. Iguais a uma carga pesada, sao pesados demais para mim. Fiquei entorpecido e quebrantado ao extremo. (Salmo 38:4, 8) Davi sabia que o fardo duma consciencia culpada podia ser muito pesado. Mas ele obteve consolo para seu corac ao aflito. Estava ciente de que, embora odeie o pecado, Jeov an ao odeia o pecador, desde que este realmente se arrependa e rejeite seu proceder pecaminoso. Com plena f e na disposic ao de Jeov a de conceder miseric ordia aos arrependidos, Davi disse: Tu, ojeov a,...est as pronto a perdoar. Salmo 86:5. 2 Quando pecamos, talvez tenhamos de suportar, tamb em, o fardo esmagador duma consciencia pesada. Mas sentir remorso esaud avel, porque pode induzir-nos a tomar medidas positivas para corrigir nossos erros. H a o perigo, contudo, de sermos esmagados pela culpa. Nosso corac ao talvez nos condene, insistindo que Jeov a nunca nos perdoar a, nao importa quanto estejamos arrependidos. Se formos tragados pela culpa, Satan as tentar a nos fazer acreditar que Jeov a nos considera in uteis ou que nao somos dignos de servi-lo e que, portanto, s onos resta desistir. 2 Cor ıntios 2: E isso que Jeov a pensa? De modo algum! O perdao eum aspecto do seu grande amor. Em sua Palavra, ele nos assegura que, quando mostramos genu ıno arrependimento de coracao, ele est a disposto a nos perdoar. (Prov erbios 28:13) Para que nunca cheguemos aconclus ` ao de que o perdao de Deus e inalcanc avel para n os, vamos examinar por que e como ele perdoa (a) Que fardo pesado o salmista Davi tinha de levar e como ele obteve consolo para o seu corac ao aflito? (b) Quando pecamos, que fardo talvez tenhamos de suportar, mas o que Jeov a nos assegura?

263 UM DEUS PRONTO A PERDOAR 261 Por que Jeov aest a prontoaperdoar 4 Jeov aest a ciente das nossas limitac oes. Ele mesmo conhece bem a nossa formac ao, lembra-se de que somos p o, diz o Salmo 103:14. Ele nao se esquece de que somos criaturas de p o, fracas devido aimperfei ` cao. A declarac ao de que ele conhece a nossa formac ao lembra-nos de que, na B ı- blia, Jeov a e comparado a um oleiro, e n os a vasos de barro que ele molda. ( Jeremias 18:2-6) O Grande Oleiro modera seus tratos conosco por causa da fragilidade de nossa natureza pecaminosa e de acordo com o modo como reagimos a ` sua orientac ao. 5 Jeov a entende o poder que o pecado exerce sobre n os. As Escrituras descrevem o pecado como uma forca poderosa,queseguraohomemnassuasgarrasmort ıferas. At e que ponto vai o dom ınio do pecado? No livro de Romanos, oap ostolo Paulo explica: estamos debaixo de pecado, assim como soldados estao sob a autoridade dum comandante (Romanos 3:9); ele tem reinado sobre a humanidade (Romanos 5:21); reside, ou mora, em n os (Romanos 7:17, 20); sua lei opera continuamente em n os, na realidade, tentando controlar nosso modo de agir. (Romanos 7:23, 25) Que dom ınio poderoso o pecado exerce sobre nossa carne deca ıda! Romanos 7:21, Portanto, Jeov a sabe que para n os e imposs ıvel sermos perfeitamente obedientes, nao importa quanto tentemos. Ele nos assegura amorosamente que, se buscarmos sua A palavra hebraica vertida a nossa formac ao tamb em eusada com relac ao a vasos de barro moldados por um oleiro. Isa ıas 29: De que Jeov aselembraquanto a ` nossa natureza, e como isso afeta o modo como ele nos trata? 5. Como o livro de Romanos descreve at e que ponto vai o dom ınio do pecado sobre n os? 6, 7. (a) Como Jeov a encara os que buscam seu perdao com o coracao arrependido? (b) Por que nunca devemos abusar da miseric ordia de Deus?

264 262 ACHEGUE-SE A JEOV A miseric ordia com o corac ao arrependido, ele nos conceder a operd ao. O Salmo 51:17 diz: Os sacrif ıcios a Deus sao um esp ırito quebrantado; um corac ao quebrantado e esmagado nao desprezar as, o Deus. Jeov anuncarejeitar aourepudiar a um corac ao quebrantado e esmagado pelo fardo da culpa. 7 Significa isso, por em, que podemos abusar da miseric ordia de Deus, usando nossa natureza pecaminosa como des- culpa para o pecado? De modo algum! Jeov an ao egovernado por mero sentimentalismo. Sua miseric ordia tem limites. Ele de modo algum perdoar a os que obstinadamente praticam pecados de forma deliberada sem mostrar arrependimento. (Hebreus 10:26) Por outro lado, quando detecta arrependimento de corac ao, ele est a pronto a perdoar. Vamos analisar agora algumas das expressoes v ıvidas usadas na B ıblia para descrever essa maravilhosa faceta do amor de Jeov a. At equepontovaioperd ao de Jeov a? 8 O arrependido Davi disse: Finalmente te confessei meu pecado e nao encobri meu erro.... E tu mesmo perdoaste o erro dos meus pecados. (Salmo 32:5) A expressao perdoaste traduz uma palavra hebraica cujo sentido b asico e levantar ou levar. Conforme usada aqui, ela significa remo- ver a culpa, o pecado, a transgressao. De modo que Jeov a como que levantou e levou embora os pecados de Davi. Sem d uvida, isso aliviou o sentimento de culpa que ele vinha suportando. (Salmo 32:3) N os tamb em podemos ter plena confianca em Deus, porque ele leva embora os pecados dos que procuram seu perdao abasedaf ` enosacrif ıcio resgatador de Jesus. Mateus 20:28. 9 Davi usou outra expressao v ıvida para descrever o perdao 8. O que podemos dizer que Jeov a faz quando perdoa nossos pecados, e que confianca isso nos d a? 9. A que distancia Jeov ap oe de n os os nossos pecados?

265 UM DEUS PRONTO A PERDOAR de Jeov a: Tao longe quanto o leste est adooeste,para tao longeeleremoveuden os as nossas transgressoes. (O grifo e nosso; Salmo 103:12, The Amplified Bible)Aquedist ancia o leste fica do oeste? Pode-se dizer que eles estao no ponto mais distante um do outro; esses dois pontos cardeais nunca se encontram. Um erudito diz que essa expressao significa o mais longe poss ıvel, o mais longe que algu em possa imaginar. As palavras inspiradas de Davi nos ensinam que, quando perdoa, Jeov a coloca os nossos pecados o mais longe que podemos imaginar. 10 J a tentou remover uma mancha de uma roupa clara? Talvez, apesar de todo o seu esforco, a mancha nao tenha sa ıdo totalmente. Note como Jeov a descreve Sua capacidade de perdoar: Embora os vossos pecados se mostrem 10. Quando Jeov a perdoa nossos pecados, por que nao devemos pensar que levaremos a mancha deles pelo resto da vida? 263 Vossospecados...ser ao tornados brancos como a neve

266 264 ACHEGUE-SE A JEOV A como escarlate, serao tornados brancos como a neve; embora sejam vermelhos como pano carmesim, tornar-se-ao como al a. (Isa ıas 1:18) A palavra escarlate refere-se a uma cor vermelha muito viva. Carmesim era uma cor escura encontrada em tecidos tingidos. (Naum 2:3) Por meio de nossos pr oprios esforcos, nunca ser ıamos capazes de remover a mancha do pecado. Mas Jeov a pode remover pecados semelhantes a escarlate e carmesim, tornando-os brancos como a neve ou a lan ao tingida. Quando Deus perdoa nossos pecados, nao precisamos levar a mancha deles pelo resto da vida. 11 Num comovente cantico de gratidao, composto depois de ele ter sido poupado de uma doenca mort ıfera, Ezequias disse a Jeov a: Lançaste todos os meus pecados atr as das tuas costas. (Isa ıas 38:17) Aqui, descreve-se Jeov a como que pegando os pecados do transgressor arrependido e jogando-os para tr as de si, onde Ele nao pode ve-los nem not a-los mais. Segundo um dicion ario, a ideia desse texto pode ser expressa assim: Acabaste com os [meus pecados] como se eles nao tivessem acontecido. Nao acha isso reanimador? 12 Numa profecia de restaurac ao, o profeta Miqueias expressou a convicc ao de que Jeov a perdoaria seu povo arrependido: Quem e Deus como tu,... passando por alto a transgressao do restante da sua heranca?...eatodos os seus pecados lancar as nas profundezas do mar. (Miqueias 7:18, 19) Imagine o que essas palavras significavam para as pessoas dos tempos b ıblicos. Havia alguma possibilidade de recuperar algo lancado nas profundezas do mar? Assim, as palavras de Miqueias indicam que, quando nos perdoa, Jeov a remove nossos pecados permanentemente. Um erudito afirma que o escarlate era uma cor firme, que nao desbotava. Nao sa ıa com orvalho, chuva, lavagem nem com o uso. 11. Em que sentido Jeov a joga nossos pecados atr as das costas? 12. Como o profeta Miqueias indica que, quando nos perdoa, Jeov a remove nossos pecados permanentemente?

267 UM DEUS PRONTO A PERDOAR Jesus usou o relacionamento entre credores e devedores para ilustrar como Jeov a perdoa. Ele nos incentivou a orar: Perdoa-nos as nossas d ıvidas. (Mateus 6:12) Jesus compara assim pecados a d ıvidas. (Lucas 11:4) Quando pecamos, tornamo-nos devedores de Jeov a. Uma obra de referen- cia diz que o sentido do verbo grego traduzido perdoar e abrir mao ou desistir de uma d ıvida, nao exigindo o pagamento. Em certo sentido, quando Jeov a perdoa, ele cancelaad ıvida que de outro modo seria lancada na nossa conta. De modo que os pecadores arrependidos podem consolar-se. Jeov a nunca exigir aopagamentodumad ıvida que ele cancelou! Salmo 32:1, Operd ao de Jeov a e descrito adicionalmente em Atos 3:19: Arrependei-vos, portanto, e dai meia-volta, a fim de que os vossos pecados sejam apagados. Otrechofinale atradu cao de um verbo grego que pode significar apagar,... cancelar ou destruir.segundoalgunseruditos, a ideia expressa eadeapagaralgoescrito am ` ao. Como sefaziaisso?atintacostumeiramenteusadanaantiguidade era feita duma mistura que inclu ıa carvao, goma e agua. Pouco depois de us a-la, a pessoa podia apagar a escrita com uma esponja umida. Essa e uma bela maneira de ilustrar a miseric ordia de Jeov a. Quando ele perdoa nossos pecados, e como se os apagasse com uma esponja. 15 Quando refletimos nessas ilustrac oes variadas, a que conclusao chegamos? Evidentemente, Jeov a deseja que saibamos que ele est a pronto a perdoar nossos pecados, desde queencontreemn os arrependimento sincero. Nao precisamos temer que, no futuro, ele nos condene por esses pecados, porque a B ıblia revela algo mais sobre a grande miseric ordia de Jeov a: quando perdoa, ele esquece. 13. Qual e o sentido das palavras de Jesus: Perdoa-nos as nossas d ıvidas? 14. A expressao que os vossos pecados sejam apagados traz que ideia? 15. O que Jeov a deseja que saibamos sobre ele?

268 Jeov a deseja que saibamos que ele est a pronto a perdoar Nao me lembrarei mais do seu pecado 16 A respeito dos que fazem parte do novo pacto, Jeov aprometeu o seguinte: Perdoarei seu erro e nao me lembrarei mais do seu pecado. ( Jeremias 31:34) Ser a que isso significa que, quando perdoa, Jeov a e incapaz de se lembrar dos pecados? E obvio que nao. A B ıblia nos fala dos pecados de muitos a quem Deus perdoou, incluindo Davi. (2 Samuel 11:1-17; 12:13) Sem d uvida, Jeov aaindaest acientedoserros que cometeram. O registro dos pecados deles, bem como do seu arrependimento e do perdao de Deus, foi preservado para nosso benef ıcio. (Romanos 15:4) Entao,oquesequer 16, 17. Quando a B ıblia afirma que Jeov a se esquece dos nossos pecados, o que quer dizer, e por que responde assim?

269 UM DEUS PRONTO A PERDOAR dizer quando a B ıblia afirma que Jeov a n ao se lembra dos pecados daqueles a quem perdoa? 17 O verbo hebraico vertido lembrarei nao significa apenas recordar o passado. Segundo o Dicion ario Internacional de Teologia do Antigo Testamento, inclui a implicac ao de agir em conson ancia com o pensamento. Portanto, nesse sentido, lembrar pecados envolve agir contra pecadores. (Oseias 9:9) Mas quando Jeov adiz: N ao me lembrarei mais do seu pecado, ele nos assegura que, depois de perdoar a um pecador arrependido, nao agir a contra ele no futuro por causa dos mesmos pecados. (Ezequiel 18:21, 22) Assim, ele esquece no sentido de nao mencionar vez ap os vez os nossos pecados, acusando-nos ou punindo-nos repetidamente. Nao acha consolador saber que Deus perdoa e esquece? Easconsequ encias? 18 Ser aqueaprontid ao de Jeov a em perdoar significa que o pecador arrependido fica isento de todas as consequen- cias de suas ac oes erradas? De forma alguma. Nao podemos pecar e escapar impunes. Paulo escreveu: O que o homem semear, isso tamb em ceifar a. (G alatas 6:7) Teremos de enfrentar as consequencias de nossa ac ao, mas isso nao quer dizer que, depois de conceder perdao, Jeov anosfa ca sofrer adversidades. Ao surgirem dificuldades, o cristao nao deve pensar: Jeov a talvez esteja me punindo por pecados passados. (Tiago 1:13) Por outro lado, Deus nao nos poupa dos efeitos de nossas ac oes erradas. Div orcio, gravidez indesejada, doencas sexualmente transmiss ıveis,perdadeconfian ca ou de respeito essas podem ser algumas das lament aveis e inevit aveis consequencias do pecado. Lembre-se de que, embora perdoasse os pecados de Davi relacionados com Bate- Seba e Urias, Jeov an ao o protegeu contra as consequencias desastrosas. 2 Samuel 12: Por que o perdao nao significa que o pecador arrependido fique isento das consequencias de suas ac oes erradas? 267

270 268 ACHEGUE-SE A JEOV A 19 Nossos pecados tamb em podem ter outras consequen- cias, em especial se outros foram prejudicados pelas nos- sas ac oes. Por exemplo, analise o relato em Lev ıtico, cap ı- tulo 6. Ali, a Lei mosaica trata de um erro grave: apossar-se dos bens de outro israelita por meio de roubo, extorsao ou fraude. Se o pecador negasse a culpa, atrevendo-se at emesmo a jurar falsamente, tornava-se um caso da palavra de um contra outro. No entanto, mais tarde o ofensor talvez sofresse devido aconsci ` encia pesada e confessasse seu pecado. Para obter o perdao de Deus, ele tinha de fazer mais tres coisas: devolver o que havia tomado, pagar av ` ıtima uma multa equivalente a 20% do valor dos bens roubados e oferecer um carneiro como oferta pela culpa. Da ı, a lei dizia: O sacerdote tem de fazer expiac ao por ele perante Jeov a, e assim lhe tem de ser perdoado. Lev ıtico 6: Essa lei de Deus era muito misericordiosa, porque favorecia a v ıtima, cuja propriedade era devolvida e que, sem d uvida, se sentia aliviada quando o ofensor finalmente admitia seu pecado. Ao mesmo tempo, a lei beneficiava aquele cuja consciencia por fim o induzia a admitir a culpa e corrigir o erro. De fato, se ele se negasse a fazer isso, nao poderia esperar obter o perdao divino. 21 Embora nao estejamos sujeitos a ` Lei mosaica, ela nos ajuda a entender um pouco da mentalidade de Jeov a, incluindo o modo como ele encara o perdao. (Colossenses 2:13, 14) Se outros foram prejudicados pelos nossos pecados, Deus se agradar a se fizermos o poss ıvel para corrigir o erro. (Mateus 5:23, 24) Isso talvez envolva reconhecer nosso pecado, admitir a culpa e at e pedir desculpas av ` ıtima. Entao podemos apelar para Jeov a, a ` base do sacrif ıcio de Jesus, e ter a certeza de que fomos perdoados por Deus. Hebreus 10:21, (a) Como a lei registrada em Lev ıtico 6:1-7 beneficiava tanto av ıtima quanto o ofensor? (b) Se outros foram prejudicados pelos nossos pecados, Jeov aseagradar a se tomarmos que medidas?

271 UM DEUS PRONTO A PERDOAR 269 Perguntas para Meditac ao 2Cr onicas 33:1-13 Por que Jeov a perdoou Manass es e o que isso nos ensina sobre Sua miseric ordia? Mateus 6:12, 14, 15 Por que devemos perdoar outros quando h abasev alidaparaisso? Lucas 15:11-32 O que essa par abola nos ensina sobre a prontidao de Jeov a de perdoar? O que acha disso? 2Cor ıntios 7:8-11 O que temos de fazer para receber o perdao divino? 22 Igual a um pai amoroso, Jeov a as ` vezes, ao conceder perdao, tamb em administra disciplina. (Prov erbios 3:11, 12) Ocrist ao arrependido talvez tenha de renunciar ao seu privil e- gio de servir como anciao, servo ministerial ou evangelizador de tempo integral. Possivelmente ser a doloroso para ele perder por algum tempo privil egios que lhe eram preciosos. Isso, por em, nao significa que Jeov an ao o perdoou. Temos de nos lembrar que a disciplina da parte de Jeov a e prova do seu amor por n os. Aceit a-la e aplic a-la s oresultar aembemparan os. Hebreus 12: Como e reanimador saber que nosso Deus est a pronto a perdoar! Apesar dos erros que talvez tenhamos cometido, nunca devemos concluir que estamos al em do alcance da miseric ordia de Jeov a. Se nos arrependermos de corac ao, tomarmos medidas para endireitar o erro e orarmos seriamente pedindo perdao a ` base do sangue derramado de Jesus, poderemos ter plena confianca em que Jeov a nos perdoar a. (1 Joao 1:9) Imitemos o seu perdao ao lidar com outros. Afinal, se Jeov a, que nao peca, nos perdoa tao amorosamente, nao dever ıamos n os, humanos pecadores, fazer todo o poss ıvel para perdoar uns aos outros? 22. Apesar de conceder perdao, o que Jeov a talvez administre? 23. Por que nunca dever ıamos concluir que estamos al em do alcance da miseric ordia de Jeov a? Por que devemos imitar o perdao divino?

272 C A P I T U L O 2 7 Quao grande e a sua bondade! BANHADO pelo reflexo de um bel ıssimo por do sol, um grupo de amigos faz uma refeic ao ao ar livre riem e conversam, enquanto admiram a paisagem. Longe dali, um agricultorolhaparaasplanta coes e sorri satisfeito estao se formando nuvens escuras que logo trarao as primeiras gotas de chuva. Em outro lugar, um homem e a esposa ficam orgulhosos de ver o filhinho dar os primeiros passos inseguros. 2 Quer se deem conta disso quer nao, todas essas pessoas estao se beneficiando da mesma coisa: a bondade de Jeov a Deus. E comum ouvirmos pessoas religiosas dizerem: Deus e bom! Mas a B ıblia emuitomaisenf atica. Ela diz: Quao grande e a sua bondade! (Zacarias 9:17) Parece, contudo, que poucas pessoas hoje sabem realmente o que significam essas palavras. O que, de fato, est a envolvido na bondade de Jeov a Deus? Como essa qualidade divina afeta cada um de n os? Umafacetanot avel do amor de Deus 3 Em muitas l ınguas modernas, bondade eumtermo um tanto gen erico. Seu uso b ıblico, por em, e bem diferente. Primariamente, essa palavra refere-se a virtude e excelencia moral. Pode-se dizer, entao, que a bondade faz parte da pr o- pria natureza de Jeov a. Todos os seus atributos incluindo poder, justi caesabedoria s ao inteiramente bons. Mas e mais correto descrever a bondade como expressao do amor de Jeov a. Por que? 1, 2. O que a bondade de Deus inclui, e como a B ıblia enfatiza essa qualidade? 3, 4. O que e bondade, e por que e mais correto descrever a bondade de Jeov acomoexpress ao do seu amor?

273 QU AO GRANDE EASUABONDADE! 4 A bondade e uma qualidade ativa, expressa em ac oes paracomoutros.segundooap ostolo Paulo, as pessoas se sentem mais atra ıdas a quem e bondoso do que a um justo. (Romanos 5:7) Pode-se confiar em que algu em justo siga fielmente os requisitos legais; mas quem e bom faz mais do que isso. Ele toma a iniciativa, procurando meios de beneficiar outros. Como veremos, e nesse sentido que Jeov a e bom. A bondade divina deriva do seu amor infinito. 5 Noqueserefere a ` bondade, Jeov a einigual avel. Pouco antes da morte de Jesus, um homem se aproximou dele para fazer uma pergunta e chamou-o de Bom Instrutor. Jesus respondeu: Por que me chamas de bom? Ningu em e bom, exceto um s o, Deus. (Marcos 10:17, 18) Bem, voce talvez fique um pouco perplexo com essa resposta. Por que Jesus corrigiu aquele homem? Afinal, Jesus era um Bom Instrutor, nao era? 6 E evidente que o homem usou as palavras Bom Instrutor como t ıtulo lisonjeiro. Jesus modestamente direcionou todaagl oria ao seu Pai celestial, que e bom em sentido absoluto. (Prov erbios 11:2) Mas Jesus tamb em estava explicando uma verdade profunda: Jeov aforneceo unico padrao pelo qual se pode determinar o que e bom. Somente ele tem o direito soberano de especificar o que e bom e o que e mau. Quando Adao e Eva, de forma rebelde, comeram da arvore do conhecimento do que e bom e do que e mau, tentaram reivindicar para si esse direito. Diferentemente deles, Jesus de maneira humilde deixa que seu Pai decida esses assuntos. 7 Al em disso, Jesus sabia que Jeov a eafontedetudooque e realmente bom. Ele e o Dador de toda boa d adiva e todo presente perfeito. (Tiago 1:17) Vejamos como a generosidade de Jeov a revela sua bondade Por que Jesus se recusou a ser chamado de Bom Instrutor, e que verdade profunda ele queria ensinar? 271

274 Jeov anosd a chuvas do c eu eestaçoes frut ıferas Provas da imensa bondade de Jeov a 8 Todos os humanos j a se beneficiaram da bondade de Jeov a. O Salmo 145:9 diz: Jeov a e bom para com todos. Quais sao alguns exemplos de sua bondade ilimitada? A B ı- blia diz: Nao se deixou sem testemunho, por fazer o bem, dando-vos chuvas do c eu e estac oes frut ıferas, enchendo os vossos corac oesplenamentedealimentoedebom animo. (Atos 14:17) J a sentiu aquela sensac ao de prazer ao saborear uma deliciosa refei c ao? Se nao fosse pela bondade de Jeov aemprojetaraterracomseusuprimentorecicl avel de agua doce e com estac oes frut ıferas que produzem muito alimento, nao haveria refeic oes. Jeov a demonstra essa bondade nao s o para com os que o amam, mas para com todos. Jesus disse: Ele faz o seu sol levantar-se sobre in ıquos 8. Como Jeov a demonstra bondade para com toda a humanidade?

275 QU AO GRANDE EASUABONDADE! 273 e sobre bons, e faz chover sobre justos e sobre injustos. Mateus 5:45. 9 Muitos tratam com descaso a impressionante generosidade que Jeov ademonstra a ` humanidade ao fornecer continuamente sol, chuva e estac oes frut ıferas. Por exemplo, pensenama ca. Trata-se de uma fruta muito comum nas regioes de clima temperado. E bonita, deliciosa, suculenta, refrescante e cheia de nutrientes vitais. Sabia que, no mundo todo, h a cerca de variedades de mac a? Existem macas das mais variadas cores (vermelhas, douradas, amarelas, verdes) e tamanhos (algumas sao pouco maiores que uma 9. Como a mac a ilustra a bondade de Jeov a? Desta semente pequena nasce uma arvore que, por d ecadas, alimenta e d aprazer as ` pessoas

276 274 ACHEGUE-SE A JEOV A cereja; outras, pouco menores que um coco). Uma semente de mac a parece insignificante. Mas quando cresce se torna uma das arvores mais bonitas que existe. (O Cantico de Salomao 2:3) Na primavera, a macieira fica coberta por um lind ıssimo manto de flores; no outono, produz os frutos. A produc ao m edia anual de uma macieira que d afrutos porcercade75anos esuficienteparaencher20caixotes de quase 20 quilos cada um! 10 Na sua infinita bondade, Jeov a providenciou que nosso corpo fosse feito maravilhosamente, com sentidos que nos ajudam a perceber suas obras e ter prazer com elas. (Salmo 139:14) Pense de novo nas cenas descritas na introducao deste cap ıtulo. O sentido da visao e que tornou esses momentos agrad aveis. As bochechas coradas de uma crianca feliz; a chuva caindo sobre os campos; o vermelho, dourado e violeta do por do sol tudo isso agrada ao olho humano, que e capaz de distinguir mais de 300 mil cores! E o sentido da audiçao nos permite notar as nuances de tom de voz de uma pessoa querida, o sussurro do vento entre as arvores, a risada gostosa de uma criancinha. Por que conse- guimos desfrutar essas vistas e sons? A B ıblia diz: O ouvidoqueouveeoolhoquev e opr oprio Jeov a equefez a ambos. (Prov erbios 20:12) Mas esses sao apenas dois dos sentidos. 11 O olfato e outra prova da bondade de Jeov a. O nariz humano e capaz de distinguir uns 10 mil odores. Pense em alguns deles: sua comida favorita, flores, folhas ca ı- das, a fumaca de uma lareira aconchegante. E o sentido do tato permite que voce sinta a brisa suave no rosto, o abraco amigo de algu em que voceama,asuavidadedeumafruta. Quando voced a uma mordida nela, entra em ac ao o paladar. Sua boca e inundada por uma mistura de sabores sutis, 10, 11. Como os nossos sentidos demonstram a bondade de Deus?

277 QU AO GRANDE EASUABONDADE! ` a medida que as papilas gustativas captam a complexa composic ao qu ımica da fruta. De fato, temos motivos de sobra para exclamar sobre Jeov a: Quao abundante e a tua bondadequeentesourasteparaosquetetemem! (Salmo31:19) Mas como Jeov a entesoura bondade para os que tem temor dele? Os benef ıcios eternos da bondade 12 Jesus disse: Est aescrito: Ohomemtemdeviver,n ao somentedep ao, mas de cada pronunciac ao procedente da bocadejeov a. (Mateus 4:4) De fato, as d adivas espirituais de Jeov a podem nos beneficiar muito mais do que as f ısicas, pois resultam em vida eterna. No Cap ıtulo 8 deste livro, vimos que Jeov a usou seu poder restaurador nestes ultimos dias para fazer surgir um para ıso espiritual. Uma das principais caracter ısticas desse para ıso equeneleh a fartura de alimento espiritual. 13 Numa das grandes profecias b ıblicas sobre restaura c ao, o profeta Ezequiel recebeu uma visao dum templo restaurado e glorificado, de onde flu ıaumrio,quesealargavae aprofundava at e se tornar uma torrente de tamanho duplo. Por todo lugar onde passava, aquele rio trazia ben c aos. Nas suas margens, cresciam arvores que forneciam alimento e cura. O rio at e mesmo trouxe vida e prosperidade ao mar Morto, que e extremamente salgado e sem vida. (Ezequiel 47:1-12) Mas o que significava tudo isso? 14 A vis ao indicava que Jeov a restauraria sua adorac ao pura, conforme representada pelo templo que Ezequiel viu. Como o rio daquela visao, as d adivas de Deus para a vida 12. Quais sao as d adivas mais importantes de Jeov a e por que? 13, 14. (a) Que visao o profeta Ezequiel teve, e qual o significado dela para n os hoje? (b) Que d adivas espirituais vitalizadoras Jeov afaz para seus servos fi eis? 275

278 276 ACHEGUE-SE A JEOV A fluiriam para o Seu povo em quantidades cada vez maiores. Desdequeaadora cao pura foi restaurada em 1919, Jeov a tem abencoado seu povo com d adivas vitalizadoras. Como? B ıblias, publicac oes b ıblicas, reunioesecongressoslevam verdades vitais a milhoes de pessoas. Por esses meios, Jeov a lhes ensina sobre sua d adiva mais importante para a vida: o sacrif ıcio de resgate de Cristo, que torna poss ıvel que todos os que realmente amam e temem a Deus tenham uma posicao limpa perante ele e esperanca de vida eterna. Assim, ao longo desses ultimos dias, ao passo que o mundo est aespiritualmente faminto, o povo de Jeov a usufrui um banquete espiritual. Isa ıas 65: Mas o rio da visao de Ezequiel nao vai parar de correr quando este velho sistema chegar ao fim. Pelo contr ario, ele fluir acom ımpeto ainda maior durante o Reinado Milenar de Cristo. Entao, por meio do Reino messianico, Jeov a aplicar a o pleno valor do sacrif ıcio de Jesus, elevando gradativamenteahumanidadefielaperfei ` cao. Como exultaremos entao por causa da bondade de Jeov a! Facetas adicionais da bondade de Jeov a 16 A bondade divina envolve mais do que generosidade. Deus disse a Mois es: Eu mesmo farei toda a minha bondade passar diante da tua face e vou declarar diante de ti onomedejeov a. Mais adiante o relato diz: Jeov aiapassandodiantedasuafaceedeclarando: Jeov a, Jeov a, Deus O resgate e o maior exemplo da bondade de Jeov a. Entre os milhoes de criaturas espirituais que Jeov a poderia ter escolhido, ele selecionou seu amado Filho unigenito para morrer a nosso favor. 15. Em que sentido a bondade de Jeov a fluir a para a humanidade durante o Reinado Milenar de Cristo? 16. Como a B ıblia mostra que a bondade de Jeov a inclui outras qualidades, e quais sao algumas dessas?

279 QU AO GRANDE EASUABONDADE! 277 misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevol enciaeemverdade. ( Exodo 33:19; 34:6) Assim, a bondade de Jeov aincluiv arias qualidades excelentes. Vamos analisar s o duas delas. 17 Clemente. Essa qualidade de Jeov a faz com que ele seja educado e acess ıvel ao lidar com suas criaturas. Em vez de ser grosseiro, frio ou tiranico, como muitas vezes sao os que detem poder, Jeov a e gentil e bondoso. Por exemplo, Jeov a disse a Abrao: Levantaosteusolhos,porfavor,eolhades- de o lugar onde est as, para o norte, e para o sul, e para o leste, e para o oeste. (Genesis 13:14) Muitas traduc oes omitem a express ao por favor. Mas eruditos b ıblicos afirmam que a fraseologia usada no hebraico original inclui uma part ıcula que transforma uma ordem em um pedido educado. H aoutrasocorr encias semelhantes. (Genesis 31:12; Ezequiel 8:5) Imagine s o: o Soberano do Universo diz por favor a meros humanos! Num mundo onde a grosseria, a agressividade e a descortesia sao a norma, nao e reanimador lembrar-nos de que o nosso Deus clemente, Jeov a, eeducado e acess ıvel? 18 Abundante em... verdade. A desonestidade ecomum no mundo hoje. Mas a B ıblia nos lembra: Deus nao ehomem para mentir. (N umeros 23:19) De fato, Tito 1:2 diz que Deus... nao pode mentir. Ele e bom demais para isso. Assim, as promessas de Jeov as ao completamente dignas de confianca; sua palavra sempre se cumpre. Ele eat e mesmo chamado de Deus da verdade. (Salmo 31:5) Al em de nao mentir, ele transmite uma abundancia de verdades. Nao e reservado, fechado ou cheio de segredos; pelo contr ario, ele generosamente usa sua infind avel sabedoria para 17. Como Jeov a lida com meros humanos imperfeitos, e que qualidade faz com que ele aja assim? 18. Em que sentido Jeov a e abundante em... verdade, e por que essaspalavrass ao reanimadoras?

280 278 ACHEGUE-SE A JEOV A dar esclarecimentos aos seus servos fi eis. Ele at emesmo os ensina a viver de acordo com as verdades que transmite, de modo que possam continuar andando na verdade. (3 Joao 3) Que efeito a bondade de Jeov a deveria ter em cada um de n os? Fique radiante com a bondade de Jeov a 19 Quando Satan as tentou Eva no jardim do Eden, sua primeira t atica foi abalar sutilmente a confianca dela na bondade de Jeov a. O Criador dissera a Adao: De toda arvore do jardim podes comer a ` vontade. Dos milhares de arvores que devem ter adornado aquele jardim, Jeov a reserva- ra apenas uma. Mas note como Satan as formulou sua primeiraperguntaaeva: E realmente assim que Deus disse, que nao deveis comer de toda arvore do jardim? (Genesis 2:9, 16; 3:1) Satan as distorceu as palavras de Jeov a para fazer Eva pensar que Ele a estava impedindo de ter algo bom. Infelizmente, a t atica funcionou. Eva, como muitos homens e mulheres depois dela, comecou a duvidar da bondade de Deus, a fonte de tudo o que ela possu ıa. 20 Todos sabemos quais foram os lastim aveis resultados dessas d uvidas. Por isso, tenhamos bem em mente as palavras de Jeremias 31:12: Certamente... ficarao radiantes com a bondade de Jeov a. A bondade de Deus deveria, de fato, nos deixar extremamente alegres. Nao precisamos duvidar das motivac oes de nosso Deus bondoso. Podemos confiar totalmente nele, porque ele deseja s oobempara aqueles que o amam. Apropriadamente, a B ıblia relaciona verdade com luz. Envia tua luz e tua verdade, cantou o salmista. (Salmo 43:3) Jeov a emite muita luz espiritual para os que se dispoem a ser ensinados, ou esclarecidos, por ele. 2 Cor ıntios 4:6; 1 Joao 1:5. 19, 20. (a) Como Satan as procurou abalar a confianca de Eva na bondade de Jeov a, e qual foi o resultado? (b) A bondade de Jeov adeve ter que efeito sobre n os, e por que?

281 QU AO GRANDE EASUABONDADE! 279 Perguntas para Meditac ao 1 Reis 8:54-61, 66 Como Salomao expressou sua gratidao pela bondade de Jeov a e que efeito isso teve sobre os israelitas? Salmo 119:66, 68 Como as nossas orac oes podem refletir o desejo de imitar a bondade de Jeov a? Lucas 6:32-38 O que poder a nos motivar a imitar o esp ırito generoso de Jeov a? Romanos 12:2, 9, Como podemos demonstrar bondade no cotidiano? 21 Al em disso, ficamos contentes quando temos oportunidades de falar a outros sobre a bondade de Deus. A respeito do Seu povo, o Salmo 145:7 diz: Transbordarao com a mencao da abundancia da tua bondade. A cada dia da nossa vida, nos beneficiamos de alguma forma da bondade de Jeov a. Que tal tomar por h abito agradecer a Jeov a todo dia por sua bondade, sendo o mais espec ıfico poss ıvel? Se pensarmos nessa qualidade, agradecermos a Jeov a diariamente por demonstr a-la e falarmos a outros sobre ela, ficar amaisf acil imitarmos nosso Deus bondoso. E amedidaquebuscarmos ` maneiras de fazer o que e bom, como Jeov a faz, nos achegaremos cada vez mais a ele. O idoso ap ostolo Joao escreveu: Amado, se imitador, nao daquilo que e mau, mas daquilo que e bom. Quem faz o bem origina-se de Deus. 3 Joao A bondade de Jeov aest a relacionada a outras qualidades. Por exemplo, Deus e abundante em benevolencia, ou amor leal. ( Exodo 34:6) Essa qualidade e mais espec ıfica do que a bondade, pois Jeov a a expressa em especial para com seus servos fi eis. No pr oximo cap ıtulo, aprenderemos como ele faz isso. 21, 22. (a) De que maneiras voce pode corresponder a ` bondade de Jeov a? (b) Que qualidade analisaremos no pr oximo cap ıtulo, e em que ela difere da bondade?

282 C A P I T U L O 2 8 S otu es leal O REI Davi sabia muito bem o que era deslealdade. A certa altura de seu reinado turbulento, ele se viu confrontado com intrigas e tramas as ` maos de seus pr oprios conterra- neos. Al em disso, foi tra ıdo por alguns daqueles que deveriam ser seus companheiros mais achegados. Por exemplo, Mical, sua primeira esposa, de in ıcio amava a Davi, sem d uvida apoiando-o em seus deveres reais. Mais tarde, por em, ela comecou a desprez a-lo no seu corac ao, at e mesmo encarando Davi como um dos homens inanes. 1 Samuel 18:20; 2 Samuel 6:16, Outro exemplo de traic ao na vida de Davi foi o de seu conselheiro pessoal, Aitofel. Seus conselhos, muito apreciados, eram considerados como a palavra do pr oprio Jeov a. (2 Samuel 16:23) Mas com o tempo esse confidente de Davi tornou-se um traidor, juntando-se a uma rebeliao organizada contra o rei. E quem era o instigador da conspirac ao? Um dos pr oprios filhos de Davi, Absalao! Aquele oportunista astuto furtava os corac oes dos homens de Israel, estabelecendo-se como rei rival. A revolta de Absalao atingiu tamanhas proporc oes que o Rei Davi foi obrigado a fugir para salvar a vida. 2 Samuel 15:1-6, Ser a que, durante todas aquelas prova c oes, ningu em permaneceu leal a Davi? Aquele rei sabia que algu em sempre lhe era leal. Quem? Ningu em mais ningu em menos do que Jeov a Deus. Com algu em leal agir as com lealdade, disse Davi a Jeov a. (2 Samuel 22:26) O que e lealdade e como Jeov ad a o melhor exemplo em demonstr a-la? 1, 2. Por que se pode dizer que o Rei Davi sabia muito bem o que era deslealdade? 3. Que confianca Davi tinha?

283 ALua e chamada de testemunha fiel, mas apenas criaturas vivas e inteligentes sao capazes de refletir a lealdade de Jeov a Oque e lealdade? 4 Lealdade, conforme usada nas Escrituras Hebraicas, e bondade que amorosamente se apega ao objeto dessa lealdade e nao desiste at equeseuprop osito com relac ao a ele se realize. Ela vai al em da fidelidade, ou confiabilidade. Afinal, algu em pode ser fiel apenas por senso de dever. Em contraste com isso, a lealdade baseia-se no amor. A palavra fiel tamb em pode ser usada para descrever coisas inanimadas. Por exemplo, o salmista chamou a Lua de fiel testemunha no c eu devido a ` regularidade com que ela surge. (Salmo 89:37) Mas nao se pode dizer que a Lua eleal.porquen ao? Porque a lealdade eumaexpress ao de amor, uma qualidade que coisas inanimadas nao podem demonstrar. 5 No sentido b ıblico, a lealdade e uma qualidade cordial. Pressupoe um relacionamento entre aquele que demonstra lealdade e a pessoa a quem ela e demonstrada. Nao se trata de uma qualidade inst avel, como as ondas do mar, alteradas por ventos mut aveis. Pelo contr ario, a lealdade, ou amor O interessante e que a palavra traduzida lealdade em 2 Samuel 22:26 e em outras partes traduzida benevolencia ou amor leal. 4, 5. (a) O que e lealdade? (b) Em que sentido lealdade e fidelidade sao diferentes?

284 282 ACHEGUE-SE A JEOV A leal, tem estabilidade e forca para superar os mais dif ıceis obst aculos. 6 E verdade que esse tipo de lealdade e raro atualmente. Muitos companheiros achegados estao dispostos a se fazerem mutuamente em pedacos. Cada vez mais ouvimos falar em pessoas que abandonam o marido ou a esposa. (Prov erbios 18:24; Malaquias 2:14-16) A traic ao et ao comum que talvez digamos, como o profeta Miqueias: Pereceu da terra aquele que e leal. (Miqueias 7:2) Embora os humanos muitas vezes falhem em demonstrar benevolencia, a lealdade e uma qualidade destacada de Jeov a. De fato, a melhor maneira de aprender exatamente o que significa lealdade eexaminar como Jeov a demonstra essa faceta not avel do seu amor. Aincompar avel lealdade de Jeov a 7 Sobre Jeov a, a B ıblia diz: S otu es leal. (Revelac ao [Apocalipse] 15:4) Por que se diz isso? Nao e verdade que humanoseanjost em as ` vezes demonstrado lealdade not avel? ( J o 1:1; Revelac ao 4:8) E pense em Jesus Cristo. Nao eeleapessoa mais leal a Deus? (Salmo 16:10) Por que, entao, se pode dizer que s o Jeov a e leal? 8 Primeiro, lembre-se de que a lealdade eumafacetado amor. Visto que Deus e amor eapr opria personificac ao dessa qualidade, quem poderia demonstrar lealdade mais plenamente do que ele? (1 Joao 4:8) Eclaroqueanjosehumanos sao capazes de refletir os atributos divinos, mas ape- nas Jeov a e leal em grau superlativo. Como o Antigo de Dias, ele demonstra benevol encia h amuitomaistempo do que qualquer criatura na Terra ou no c eu. (Daniel 7:9) De modo que Jeov a e a lealdade em pessoa. Ele demonstra 6. (a) Atualmente, at e que ponto a lealdade e rara entre os humanos, e como isso eindicadonab ıblia? (b) Qual e a melhor maneira de aprender o que significa lealdade, e por que? 7, 8. Por que se pode dizer que s ojeov a e leal?

285 S OTU ES LEAL essaqualidadedeummodoquenenhumacriatura e capaz de igualar. Veja alguns exemplos. 9 Jeov a e leal em todos os seus trabalhos. (Salmo 145:17) De que modo? O Salmo 136 d a a resposta. Nele, citam-se v arios atos salvadores de Jeov a, incluindo a extraordin aria libertac ao dos israelitas quando os conduziu pelo mar Vermelho. O interessante e que todos os vers ıculos desse salmo terminam com a expressao: Pois a sua benevol encia [ou, lealdade] e por tempo indefinido. Lendo esse salmo inclu ıdo nas Perguntas para Meditac ao, na p agina 289, e imposs ıvel nao ficar impressionado com os muitos modos em que Jeov ausoudebenevol encia para com seu povo. De fato, Deus demonstra lealdade para com seus servos fi eis ouvindo seus pedidos de ajuda e agindo no tempo devido. (Salmo 34:6) O amor leal de Jeov aparacomseusservos e inabal avel, desde que estes permanecam leais a ele. 10 Al em disso, Jeov a demonstra lealdade aos seus servos apegando-se as ` suas normas. Ao contr ario de alguns humanos vol uveis, que se deixam levar por caprichos pessoais ou sentimentalismo, Jeov an ao vacila nos seus conceitos do que ecertoedoque e errado. Ao longo dos milenios, seu ponto de vista em relac ao a questoes como espiritismo, idolatria e assassinato nao mudou. Mesmo at eavelhice da pessoa, eu sou o Mesmo, declarou ele por meio do profeta Isa ıas. (Isa ıas 46:4) Assim, podemos ter confianca que,seseguirmosasclarasorienta coes morais encontradas na Palavra de Deus, sempre seremos beneficiados. Isa ıas 48: Outra maneira de Jeov a demonstrar lealdade ecumprindo suas promessas. Tudo o que ele prediz se cumpre. As- sim, ele podia declarar: A minha palavra que sai da minha 9. Como Jeov a e leal em todos os seus trabalhos? 10. Como Jeov a demonstra lealdade no que se refere as ` suas normas? 11. De exemplos que comprovam que Jeov a e fiel a suas promessas. 283

286 284 ACHEGUE-SE A JEOV A boca... nao voltar a a mim sem resultados, mas certamente far a aquilo em que me agradei e ter a exito certo naquilo paraqueaenviei. (Isa ıas 55:11) Permanecendo fiel asua ` palavra, Jeov a demonstra lealdade para com seu povo. Ele nao os deixa na expectativa ansiosa de algo que nao pretende tornar realidade. Nesse sentido, a reputac ao de Jeov a e tao impec avel que seu servo Josu ep ode dizer: Nao falhou nem uma unica de todas as boas promessas que Jeov afizera a ` casa de Israel; tudo se cumpriu. ( Josu e 21:45) Pode- mos confiar, entao, que nunca ficaremos desapontados por causadealgumafalhadapartedejeov aemcumprirsuas promessas. Isa ıas 49:23; Romanos 5:5. 12 Conforme j a mencionado, a B ıblia nos diz que a benevolenciadejeov a e por tempo indefinido. (Salmo 136:1) Como isso se d a? Um aspecto equejeov a perdoa pecados permanentemente. Como vimos no Cap ıtulo 26, ele nao repisa erros passados dos quais a pessoa j a tenha sido perdoada. Visto que todos pecaram e nao atingem a gl oria de Deus, dever ıamos ser gratos de que a benevolencia de Jeov a e por tempo indefinido. Romanos 3: Mas a benevol encia de Deus e por tempo indefinido tamb em em outro sentido. Sua Palavra diz que o justo h a de tornar-se qual arvore plantada junto a correntes de agua, que d aseufrutonasuaesta cao e cuja folhagem nao murcha, e tudo o que ele fizer ser a bem-sucedido. (Salmo 1:3) Imagine uma arvore frondosa cuja folhagem nunca murcha. De modo similar, se tivermos apreco genu ıno pela Palavra de Deus, nossa vida ser alonga,pac ıfica e frut ıfera. As ben c aos que Jeov a lealmente conceder a aos seus servos fi eis seraoeternas.defato,nonovomundojustoqueele trar a, a humanidade obediente desfrutar aasuabenevol encia por tempo indefinido. Revela c ao 21:3, 4. 12, 13. Em que sentidos a benevolenciadejeov a e por tempo indefinido?

287 S OTU ES LEAL Jeov a n ao abandonar a aqueles que lhe sao leais 14 Jeov a, com frequencia, demonstra lealdade para com seus servos fi eis e, como ele e perfeito, a intensidade dessa qualidade nunca diminui. O salmista escreveu: Eu era moco, tamb em fiquei velho, e, no entanto, nao vi nenhum justo completamente abandonado, nem a sua descendencia procurando pao. Porque Jeov aamaajusti ca e ele nao abandonar a aqueles que lhe sao leais. (Salmo 37:25, 28) E verdade que, sendo o Criador, Jeov a merece nossa adorac ao. (Revelac ao 4:11) Mesmo assim, por ser leal ele aprecia nossos atos fi eis. Malaquias 3:16, Na sua benevolencia, Jeov a vez ap os vez vem em aux ı- lio do seu povo quando esse passa por dificuldades. O salmista nos diz: Ele guarda as almas dos que lhe sao leais; livra-os da mao dos in ıquos. (Salmo 97:10) Veja os seus tratos com a nac ao de Israel. Depois de serem milagrosamente libertados atrav es do mar Vermelho, os israelitas proclamaram o seguinte, em um cantico para Jeov a: Tu, na tua benevolencia [ou, amor leal, nota, NM com Referencias],guiasteopovoquerecuperaste. ( Exodo 15:13) A libertac ao no mar Vermelho sem d uvida foi um ato de amor leal da parte de Jeov a. Por isso, Mois es disse aos israelitas: Nao foi por serdes o mais populoso de todos os povos, que Jeov a vos teve afeic ao a ponto de vos escolher, pois ereis o m ınimo de todos os povos. Mas foi por Jeov a vos amar e por ele cumprir a declarac ao juramentada que fizera aos vossos antepassados, que Jeov a vos fez sair, com mao forte, para te remir da casa dos escravos, da mao de Fara o, rei do Egito. Deuteron omio 7:7, Como Jeov a demonstra apreco pela lealdade dos seus servos? 15. Explique como os tratos de Jeov a com Israel ressaltam Sua lealdade. 285

288 286 ACHEGUE-SE A JEOV A 16 Sabemos muito bem que a nac ao de Israel, como um todo, deixou de demonstrar apreco pela benevolencia de Jeov a, porque depois de sua libertac ao eles prosseguiram pecando ainda mais contra [Jeov a], rebelando-se contra o Alt ıssimo. (Salmo 78:17) Ao longo dos s eculos, rebelaramse vez ap os vez, abandonando a Jeov a e voltando-se para deuses falsos e pr aticas pagas que s oresultaramemcorrup- cao entre eles. Mesmo assim, Jeov an ao rompeu seu pacto. Em vez disso, por meio do profeta Jeremias, ele implorou ao povo: Volta deveras, o renegada Israel... Nao deixarei a minha face decair em ira para convosco, porque sou leal. ( Jeremias 3:12) Como vimos no Cap ıtulo 25, por em, a maioria dos israelitas nao se comoveu com essa s u- plica. De fato, cacoavam continuamente dos mensageiros do verdadeiro Deus e desprezavam as suas palavras, e zombavam dos seus profetas. Com que resultado? Por fim, subiu o furor de Jeov acontraoseupovo,at equen ao havia mais cura. 2 Cronicas 36:15, O que aprendemos disso? Que a lealdade de Jeov an ao e cega nem ingenua. E verdade que Deus e abundante em benevolencia e tem prazer em mostrar miseric ordia quando existe base para isso. Mas como ele reage quando um transgressor demonstra ser incorrigivelmente perverso? Nesse caso, Jeov aadereasuaspr opriasnormasjustase pune o pecador. Como se disse a Mois es, de modo algum [Jeov a] isentar adapuni cao. Exodo 34:6, Apr opria punic ao que Deus trar a sobre os perversos j a e em si mesma um ato de lealdade. Como assim? Para en- 16, 17. (a) Os israelitas mostraram que lament avelfaltadeapre co, mas como Jeov a mostrou compaixao para com eles? (b) Como a maioria dos israelitas demonstrou que nao havia mais cura para eles, e o que isso nos ensina? 18, 19. (a) Como a punic ao que Jeov atrar a sobre os perversos eem si mesma um ato de lealdade? (b) De que modo Jeov ademonstrar a lealdade para com os seus servos que foram perseguidos at eamorte?

289 Jeov a lealmente se lembrar a dos que foram leais at eamorteeosressuscitar a Bernard Luimes (acima) ewolfgang Kusserow (ao centro) foram executados pelos nazistas Moses Nyamussua foi morto com lanças por um grupo pol ıtico tender isso, veja a ordem que Jeov adeuaseteanjosnuma visao registrada no livro de Revelac ao: Ide e derramai na terra as sete tigelas da ira de Deus. Quando o terceiro anjo derrama sua tigela nos rios e nas fontes de aguas, eles se transformam em sangue. Da ı,oanjodizajeov a: Tu, Aquele que eequeera,aquele que eleal, es justo, porque fizeste estas decisoes, pois derramaram o sangue dos santos e dos profetas, e tu lhes deste sangue para beber. Merecem isso. Revelac ao 16: Note que, no meio da mensagem de julgamento, o anjo se refere a Jeov acomo Aqueleque e leal. Por que? Porque ao destruir os maus Jeov a demonstra lealdade aos seus servos, muitos dos quais foram perseguidos at eamorte.lealmente, Jeov aosmant em bem vivos na mem oria. Ele anseia ver de novo esses seus servos fi eis que faleceram e, como a B ıblia confirma, seu prop osito e recompens a-los por meio da ressurreic ao. ( J o 14:14, 15) Jeov an ao se esquece de seus servos leais simplesmente porque eles nao estao mais vivos. Pelo contr ario, para ele, todos estes vivem. (Lucas 20:37, 38) O prop osito do Criador de trazer de volta a ` vida todos

290 288 ACHEGUE-SE A JEOV A os que estao na sua mem oria eumafortecomprova cao de sua lealdade. O amor leal de Jeov a abre o caminho para a salvac ao 20 Ao longo de toda a Hist oria, Jeov a tem demonstrado not avel lealdade para com humanos fi eis. De fato, durante milhares de anos, ele tolerou com muita longanimidade os vasosdofuror,feitospr oprios para a destruic ao. Por que? Afimdedaraconhecerasriquezasdesuagl oria nos vasos de miseric ordia, que ele preparou de antemao para gl o- ria. (Romanos 9:22, 23) Esses vasos de miseric ordia sao humanos de disposic ao correta que foram ungidos pelo esp ırito santo para serem herdeiros com Cristo no seu Reino. 20. Quem sao os vasos de miseric ordia, e como Jeov alhesdemonstrou lealdade? Devido a ` lealdade de Jeov a, todososseusservosfi eis tem uma esperança em que podem confiar

291 S OTU ES LEAL 289 Perguntas para Meditac ao 1 Samuel 24:1-22 Ao lidar com o Rei Saul, como Davi demonstrou o tipo de lealdade que Jeov aaprecia? Ester 3:7-9; 4:6-14 Como Ester refletiu a lealdade divina no modo como tratou seu povo, a ponto de arriscar a pr opria vida? Salmo 136:1-26 O que esse salmo nos ensina sobre a benevolencia, ou amor leal, de Jeov a? Obadias 1-4, Como a lealdade de Jeov aaoseupovoo motivou a punir os edomitas por sua conduta desleal? (Mateus 19:28) Ao abrir o caminho da salvac ao para esses vasos de miseric ordia, Jeov a demonstrou sua lealdade a Abraao, a quem fizera a seguinte promessa relacionada com seupacto: Todasasna coes da terra hao de abencoar a si mesmas por meio de teu descendente, pelo fato de que escutasteaminhavoz. G enesis 22: De modo similar, Jeov a demonstra lealdade a uma grande multidao que tem a perspectiva de sobreviver a ` grande tribulac ao. (Revelac ao 7:9, 10, 14) Embora esses servos seus sejam imperfeitos, o Criador lealmente lhes apresenta a oportunidade de viver para sempre no Para ı- so na Terra. Como faz isso? Por meio do resgate: a maior demonstrac ao da lealdade de Jeov a. ( Joao 3:16; Romanos 5:8) Essa qualidade atrai os que, de corac ao, anseiam a justica. (Jeremias 31:3) Nao se sente mais achegado a Jeov a por causa da grande lealdade que ele demonstrou e ainda demonstrar a? Se o nosso desejo e nos achegar mais a Deus, demonstremos isso reagindo favoravelmente ao seu amor, fortalecendo nossa determinac ao de servi-lo com lealdade. 21. (a) Como Jeov a demonstra lealdade a uma grande multidao que tem a perspectiva de sobreviver a grandetribula ` cao? (b) A lealdade de Jeov amotivavoc e a fazer o que?

292 C A P I T U L O 2 9 Para que conhe cais oamordocristo J A OBSERVOU um menininho tentando imitar o jeito de o pai caminhar, falar ou agir? Com o tempo, ele possivelmente aprender aat e os valores morais e espirituais do pai. De fato, por causa do amor e da admirac ao que sente por seu pai amoroso, o filho quer ser como ele. 2 Como e o relacionamento entre Jesus e seu Pai celestial? Eu amo o Pai, disse Jesus em certa ocasiao. (Joao 14:31) Ningu em ama a Jeov a mais do que seu Filho, que estava ao lado do Pai muito antes de qualquer outra criatura vir a existir. O amor motivou esse Filho leal a querer ser como opai. Jo ao 14:9. 3 Em cap ıtulos anteriores deste livro, vimos como Jesus imitou com perfeic ao o poder, a justica easabedoria de Jeov a. Como, por em, ele refletiu o amor de seu Pai? Examinemos tres facetas do amor de Jesus: o esp ırito abnegado, a terna compaixaoeadisposi cao de perdoar. Ningu em tem maior amor do que este 4 Jesus foi um excelente exemplo de amor abnegado. Abnegac ao envolve altruistamente por as necessidades e preocupac oes de outros a ` frente das nossas. Como Jesus demonstrou esse tipo de amor? Ele mesmo explicou: Ningu em tem maior amor do que este, que algu em entregue a sua alma a favor de seus amigos. (Joao 15:13) Jesus voluntariamente deu sua vida perfeita por n os. Essa foi a 1-3. (a) O que motivou Jesus a querer ser como seu Pai? (b) Que facetas do amor de Jesus examinaremos? 4. Como Jesus deu o maior exemplo de amor abnegado por parte de um humano?

293 PARA QUE CONHECAIS O AMOR DO CRISTO maior expressao de amor j a feita por um humano. Mas ele tamb em mostrou amor abnegado de outras maneiras. 5 Em sua existencia pr e-humana, o Filho unigenito de Deus tinha uma posic ao privilegiada e exaltada nos c eus. Teve associac ao ıntima com Jeov a e com multidoes de criaturas espirituais. Abrindo mao desses privil egios, o Filho amado se esvaziou e assumiu a forma de escravo, vindo a ser na semelhanca dos homens. (Filipenses 2:7) Ele voluntariamente veio viver entre humanos pecadores num mundo que jaz no poder do in ıquo. (1 Joao 5:19) Nao foi esse um sacrif ıcio amoroso da parte do Filho de Deus? 6 Ao longo do seu minist erio terrestre, Jesus demonstrou amor abnegado de v arias maneiras. Ele era totalmente altru ısta. Estava tao envolvido no seu trabalho que se dispos a abrir mao dos confortos normais a que o homem est a acostumado. As raposas tem covis e as aves do c eu tem poleiros, disse ele, mas o Filho do homem nao tem onde deitar a cabeca. (Mateus 8:20) Jesus era carpinteiro profissional e poderia ter tirado tempo para construir uma casa confort avel para morar, ou para fazer lindos m oveis e vende-los a fim de ter dinheiro extra. Mas nao usou suas habilidades para conseguir bens. 7 Um exemplo realmente comovente do amor abnegado de Jesus se encontra em Joao 19: Imagine como Jesus devia estar preocupado na tarde da sua morte! Enquanto sofria na estaca, ele pensava nos seus disc ıpulos, na obra de prega c ao, e especialmente na pr opria integridade eemcomoelarefletiriasobreonomedeseupai.defato, 5. Por que deixar os c eus foi um sacrif ıcio amoroso da parte do Filho unigenito de Deus? 6, 7. (a) De que modos Jesus demonstrou amor abnegado durante seu minist erio terrestre? (b) Que exemplo comovente de amor altru ısta encontramos em Joao 19:25-27? 291

294 ` 292 ACHEGUE-SE A JEOV A o futuro de toda a humanidade estava nas maos dele! Mas um pouco antes de morrer, Jesus mostrou preocupacao com sua mae, Maria, que aparentemente j aeravi uva. Ele pediu que Joao cuidasse dela como se fosse sua pr opria mae e, depois disso, o ap ostolo levou-a para a casa dele. Assim, Jesus providenciou que se cuidassem das necessidades materiais e espirituais de sua mae. Que comovente demonstrac ao de amor altru ısta! Teve pena 8 Como seu Pai, Jesus tinha compaixao. As Escrituras descrevem-no como algu em que fazia de tudo para ajudar os necessitados porque se sentia profundamente comovido. Ao descrever a compaixao de Jesus, a B ıblia usa uma palavra grega que e traduzida teve pena. Um erudito diz o seguinte a respeito dela: Descreve... uma emoc ao que comove o homem at e as ` pr oprias profundezas do seu ser. Ea palavra mais enf atica em grego para o sentimento da compaixao. Vejamos algumas situac oes em que Jesus sentiu profunda compaixaoqueomotivouaagir. 9 Motivado a atender as necessidades espirituais. O relato de Marcos 6:30-34 mostra o que, principalmente, levou Jesus a expressar pena. Imagine a cena. Os ap ostolos estavam alegres porque haviam acabado de voltar de uma extensa viagem de pregac ao. Quando encontraram Jesus, contaram-lhe com entusiasmo todas as coisas que haviam vistoeouvido.masajuntou-seumagrandemultid ao, de modo que Jesus e os ap ostolos nao tiveram tempo nem para comer. Muito observador, ele notou que os ap osto- 8. Qual eosentidodapalavragregaqueab ıblia usa para descrever a compaixao de Jesus? 9, 10. (a) Que circunstancias levaram Jesus e seus ap ostolos a buscar um lugar sossegado? (b) Como Jesus reagiu diante da falta de privacidade e por que?

295 PARA QUE CONHECAIS O AMOR DO CRISTO los estavam cansados. Disse-lhes: Vinde, v os mesmos, em particular, a um lugar solit ario, e descansai um pouco. Entraram num barco e atravessaram a extremidade norte do mar da Galileia, rumo a um lugar sossegado. Mas a multidao os viu partir. Outros ficaram sabendo disso. Todos eles correram ao longo da costa norte e chegaram ao outro lado antes do barco! 10 Ser a que Jesus ficou irritado com essa falta de privacidade? De modo algum! Ao ver milhares de pessoas esperando-o, ficou comovido de corac ao. Marcos escreveu: Ele viu uma grande multidao, mas teve pena deles, porque eram como ovelhas sem pastor. E principiou a ensinar-lhes muitas coisas. Jesus percebeu as necessidades espirituais dessas pessoas. Eram como ovelhas perdidas, sem pastor para gui a-las ou proteg e-las. Jesus sabia que, em vez de agirem como pastores amorosos, os l ıderes religiosos insens ıveis desprezavam o povo. (Joao 7:47-49) Penalizado, comecou a ensinar-lhes sobre o reino de Deus. (Lucas 9:11) Note que Jesus sentiu pena das pessoas antes de ver qual seria a reac ao delas aos seus ensinos. Em outras palavras, a terna compaixao nao foi o resultado de seu ensino as ` multidoes, mas o motivo de ele ensin a-las. 11 Motivado a aliviar o sofrimento. Pessoas com v arias doencas percebiam a compaixao de Jesus e, por isso, se achegavam a ele. Isso ficou especialmente evidente quando um homem cheio de lepra se aproximou de Jesus e da multidao que o seguia. (Lucas 5:12) Nos tempos b ıblicos, os leprosos ficavamdequarentenaparaprotegerosoutroscontraacontaminac ao. (N umeros 5:1-4) Com o tempo, por em, os l ıderes rab ınicos desenvolveram um conceito cruel em relac ao 11, 12. (a) Como os leprosos eram encarados nos tempos b ıblicos, mas como Jesus reagiu quando um homem cheio de lepra se aproximou dele? (b) Como o toque de Jesus possivelmente afetou o leproso,ecomoorelatodumm edico nos ajuda a entender isso? 293

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297 PARA QUE CONHECAIS O AMOR DO CRISTO ` a lepra e impuseram suas pr oprias regras opressivas. Note, por em, como Jesus respondeu ao leproso: Veio tamb em a ele um leproso, suplicando-lhe, at e de joelhos, e dizendolhe: Se apenas quiseres, podes tornar-me limpo. Em vista disso, penalizou-se, e, estendendo a mao, tocou nele e disse-lhe: Eu quero. Torna-te limpo. E a lepra desapareceu-lhe imediatamente. (Marcos 1:40-42) Jesus sabia que, pela lei, oleproson ao poderia nem estar ali. Mesmo assim, em vez de rejeit a-lo, Jesus ficou tao profundamente comovido que fez algo impens avel: tocou no homem! 12 Consegue imaginar o que aquele toque significou para o leproso? Para ajud a-lo a entender, acompanhe o relato do Dr. Paul Brand, especialista em lepra. Ele conta que, ao examinar um leproso na India, colocou a mao no ombro do homem e explicou, por meio de uma int erprete, o tratamentoaqueeleteriadesesubmeter.derepente,oleproso comecou a chorar. Eu disse algo que nao devia?, perguntou o m edico. A int erprete perguntou ao jovem na l ıngua dele e respondeu: Nao,doutor.Eledissequeest a chorando porque o senhor colocou a mao no ombro dele. Fazia anos que ningu em tocava nele. Para o leproso que se aproximou de Jesus, aquele toque teve um significado ainda maior. Resultou no fim da doenca que o transformara num p aria! 13 Motivado a acabar com o pesar. Jesus ficava muito As regras rab ınicas determinavam que era preciso ficar no m ınimo a quatro covados (cerca de 1,80 metro) de um leproso. Mas, se es- tivesse ventando, o leproso tinha de ficar a pelo menos 100 covados (uns 45 metros). O Midrash Rabah (O Grande Midrash) faladeumrabino que se escondia dos leprosos e de outro que jogava pedras neles para afast a-los. Assim, esses doentes sabiam como era doloroso sentirse rejeitado, desprezado e indesejado. 13, 14. (a) Com o que Jesus se deparou ao se aproximar da cidade de Naim, e por que essa era uma situac ao especialmente tr agica? (b) A compaixao de Jesus o moveu a fazer o que a favor da vi uvadenaim? Estendendo a m ao, tocou nele 295

298 296 ACHEGUE-SE A JEOV A comovido com o pesar alheio. Analise, por exemplo, o relato de Lucas 7: Naquela ocasiao, mais ou menos no meio do seu minist erio, Jesus se aproximava da cidade galileia de Naim quando se deparou com um cortejo f unebre, pr oximo ao portao da cidade. As circunstancias envolvidas eram especialmente tr agicas. Um jovem filho unico de uma vi uva haviamorrido.elaj a passara, em outra ocasiao, por algo semelhante ao perder o marido. Agora, seu filho, talvez a unica fonte de sustento, estava morto. A multidao acompanhante talvez inclu ısse outros pranteadores declamando lamentac oes e m usicos tocando melodias f u- nebres. (Jeremias 9:17, 18; Mateus 9:23) Mas o olhar de Jesus fixou-se na mae aflita que, sem d uvida, caminhava perto do esquife que transportava o corpo do filho. 14 Jesus tevepena dam ae enlutada. Num tom reanimador, ele lhe disse: Para de chorar. Sem ser convidado, aproximou-se e tocou no esquife. Os carregadores e talvez o resto da multid ao pararam. Com voz de autoridade, Jesus falou para o corpo sem vida: Jovem, eu te digo: Levantate! O que aconteceu? O morto sentou-se e principiou a falar como se tivesse sido acordado de um sono profundo! Note esta descric ao comovente do que aconteceu a seguir: E [Jesus] o entregou asuam ` ae. 15 O que aprendemos desses relatos? Em cada caso, note a ligac ao entre compaixao e ac oes. Jesus nao conseguia observar o sofrimento alheio sem sentir pena, e essa compaixao, por sua vez, o impelia a agir. Como podemos seguir o exemplo dele? Como cristaos, temos a obrigac ao de pregar as boas novas e fazer disc ıpulos. Em primeiro lugar, somos motivados pelo amor a Deus. Mas lembre-se de que essa obra tamb em emotivadapelacompaix ao. Se sentirmos pena das 15. (a) Os relatos b ıblicos que falam de Jesus ter pena mostram que ligac ao entre compaixao e ac oes? (b) Como podemos imitar Jesus nesse respeito?

299 PARA QUE CONHECAIS O AMOR DO CRISTO pessoas como Jesus sentia, nosso corac ao nos motivar aafazer tudo o que pudermos para transmitir-lhes as boas no- vas. (Mateus 22:37-39) Devemos tamb em mostrar compaixao a concrentes que sofrem ou choram por terem perdido algu em amado. Nao podemos curar milagrosamente a dor f ısica nem ressuscitar os mortos. Mas podemos agir em harmonia com a compaixao, tomando a iniciativa de expressar nossa preocupac ao ou de dar ajuda pr atica. Ef esios 4:32. Pai, perdoa-lhes 16 Outra maneira importante de Jesus refletir com perfeicao o amor de seu Pai foi por estar pronto a perdoar. (Salmo 86:5) Essa disposic ao ficou evidente at equandoeleestava na estaca de tortura. Confrontando-se com uma morte vergonhosa, com pregos atravessando-lhe as maos e os p es, o que Jesus falou? Pediu que Jeov a punisse seus executores? Muito pelo contr ario, entre as ultimas palavras de Jesus estavam: Pai, perdoa-lhes, pois nao sabem o que estao fazendo. Lucas 23: Um exemplo ainda mais comovente do perdao de Jesus e demonstrado no modo como ele lidou com o ap ostolo Pedro. Nao h ad uvidas de que Pedro amava muito a Jesus. Em 14 de nisa, a ultima noite da vida terrestre de Jesus, aquele A primeira parte de Lucas 23:34 foi omitida de certos manuscritos antigos. Mas, visto que essas palavras se encontram em muitos outros manuscritos confi aveis, a Traduçao do Novo Mundo e muitas outras traduc oes incluem-nas no texto. Jesus evidentemente falava dos soldados romanos que o pregaram na estaca. Eles nao sabiam o que faziam, ou ignoravam quem Jesus realmente era. Naturalmente, os l ıderes religiosos que instigaram a execuc ao eram muito mais repreens ıveis, pois agiram deliberada e maldosamente. Muitos deles jamais seriam perdoados. Joao 11: Como Jesus demonstrou disposic ao de perdoar at enaestacade tortura? De que modos Jesus demonstrou que havia perdoado o ap ostolo Pedro, que o negara tres vezes? 297

300 298 ACHEGUE-SE A JEOV A ap ostolo lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo tanto para a prisao como para a morte. Mas, poucas horas depois, tres vezes ele negou at e mesmo conhecer a Jesus! A B ıblia nos conta o que aconteceu quando Pedro o negou pela terceira vez: O Senhor voltou-se e olhou para Pedro. Arrasado pela gravidade do pecado, ele saiu e chorou amargamente. Quando Jesus morreu, mais tarde naquele dia, o ap ostolo talvez tenha se perguntado: Ser a que o Senhor me per- doou? Lucas 22:33, 61, Pedro nao teve de esperar muito para ter uma resposta. Na manhade16denis a, Jesus foi ressuscitado e, evidentemente naquele mesmo dia, apareceu a Pedro. (Lucas 24:34; 1Cor ıntios 15:4-8) Por que Jesus deu atenc ao especial ao ap ostoloqueohavianegadodeformat ao enf atica? Talvez ele quisesse confirmar ao arrependido Pedro que seu Senhor ainda o amava e prezava. Mas Jesus fez ainda mais para reanimar a Pedro. 19 Pouco tempo depois, ele apareceu aos disc ıpulos junto ao mar da Galileia. Nessa ocasiao, Jesus perguntou a Pedro tres vezes (o mesmo n umero de vezes que ele negara o Senhor) se este o amava. Depois da terceira vez, Pedro respondeu: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu te apercebes que eu tenho afeic ao por ti. De fato, Jesus podia ler o corac ao e estava plenamente ciente do amor e da afeic ao de Pedro por ele. Mesmo assim, ele deu ao ap ostolo a oportunidade de confirmar seu amor. Mais do que isso, Jesus comissionou-o a alimentar e pastorear Suas ovelhinhas. (Joao 21:15-17) Pedro j a havia recebido uma designac ao de pregar. (Lucas 5:10) Mas entao, numa not avel demonstra c ao de confianca, Jesus lhe deu outra grande responsabilidade: cuidar dos que se tornariam seguidores de Cristo. Logo depois, Jesus designou a Pedro um papel de destaque nas atividades dos disc ı- pulos. (Atos 2:1-41) Como Pedro deve ter ficado aliviado de saber que Jesus o perdoara e ainda confiava nele!

301 PARA QUE CONHECAIS O AMOR DO CRISTO 299 Perguntas para Meditac ao Mateus 9:35-38 De que modo significativo Jesus demonstrou piedade, ou compaixao? Que efeito isso deveria ter sobre n os? Joao 13:34, 35 Por que e importante que reflitamos o amor do Cristo? Romanos 15:1-6 Como podemos imitar a atitude mental altru ısta de Cristo? 2Cor ıntios 5:14, 15 Oapre co pelo resgate deveria ter que efeito sobre nossos conceitos, alvos e estilo de vida? Voce conhece o amor do Cristo? 20 APalavradeJeov a apresenta uma bela descric ao do amor de Cristo. Como, por em, devemos reagir a esse amor? A B ı- blia nos incentiva a conhecer o amor do Cristo, que ultrapassa o conhecimento. (Ef esios 3:19) Como vimos, os relatos evang elicos sobre a vida e o minist erio de Jesus nos ensinam muita coisa a respeito do amor dele. Mas conhecer o amor do Cristo de forma plena envolve mais do que aprender o que a B ıblia diz sobre Ele. 21 O termo grego traduzido conhecer significa conhecer na pr atica, por experiencia pr opria. Quando demonstramos amor assim como Jesus demonstrou de forma altru ısta dando de n os mesmos a favor de outros, compassivamente correspondendo as ` suas necessidades e perdoando-os de corac ao, passamos realmente a entender Seus sentimentos. Desse modo, chegamos a conhecer, por experiencia pr opria, o amor do Cristo, que ultrapassa o conhecimento. E nunca nos esquecamos de que, quanto mais nos assemelharmos a Cristo, mais nos achegaremos aquele ` que Jesus imitou com perfeic ao, nosso Deus amoroso, Jeov a. 20, 21. Como podemos vir a conhecer o amor do Cristo de forma plena?

302 C A P I T U L O 3 0 Prossegui andando em amor H A MAIS felicidade em dar do que h a em receber. (Atos 20:35) Essas palavras de Jesus destacam uma verdade importante: o amor altru ısta e recompensador em si mesmo. Embora receber amor de muita felicidade, h a felicidade ainda maior em dar, ou demonstrar, amor a outros. 2 Ningu em sabe disso melhor do que nosso Pai celestial. Como vimos nos cap ıtulos anteriores desta sec ao, Jeov a eo exemplo supremo de amor. Ningu em demonstrou amor de maneiras mais grandiosas ou por um per ıodo mais longo do que ele. Edeadmirar,ent ao, que ele seja chamado de Deus feliz? 1 Tim oteo 1:11. 3 Nosso Deus amoroso deseja que procuremos ser como ele, em especial no que se refere a demonstrar amor. Ef esios 5:1, 2 nos diz: Tornai-vos imitadores de Deus, como filhos amados, e prossegui andando em amor. Quando imitamos oexemplodejeov a em demonstrar amor, sentimos a felicidade maior que vem de dar. Tamb em temos a satisfac ao de saber que agradamos a Jeov a, pois a sua Palavra nos incentiva a amarmos uns aos outros. (Romanos 13:8) Mas h a outras razoes para prosseguirmos andando em amor. Por que o amor e essencial 4 Por que e importante que demonstremos amor a concrentes? Dito de maneira simples, o amor eaess encia do cristianismo verdadeiro. Se nao demonstrarmos essa qualidade, nao poderemos desenvolver um relacionamento achegado com outros cristaos e, mais importante ainda, nossos esfor Qual e o resultado quando imitamos o exemplo de Jeov aemdemonstrar amor? 4, 5. Por que e importante que demonstremos amor abnegado a concrentes?

303 PROSSEGUI ANDANDO EM AMOR cos nao terao valor aos olhos de Jeov a. Veja como a Palavra de Deus destaca essas verdades. 5 Na ultima noite de sua vida terrestre, Jesus disse aos seus seguidores: Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que tamb em vos ameis uns aos outros. Por meio disso saberao todos que sois meus disc ıpulos, se tiverdes amor entre v os. ( Joao 13:34, 35) Assim como eu vos amei essa eaordempara os cristaos: mostrar o mesmo tipo de amor que Jesus demonstrou. No Cap ıtulo 29, vimos que Jesus deu um exemplo maravilhoso em demonstrar amor abnegado, colocando as necessidades e os interesses de outros afrentedosseus. ` N os tamb em devemos demonstrar amor altru ısta de forma tao clara que ele fique evidente at eparaosdeforadacongregac ao crista verdadeira. De fato o amor fraternal abnegado e o sinal que nos identifica como verdadeiros seguidores de Cristo. 6 Esen aodemonstrarmosamor? Seeu...n ao tiver amor, disse o ap ostolo Paulo, tenho-me tornado um pedaco de latao que ressoa ou um c ımbalo que retine. (1 Cor ıntios 13:1) Um c ımbalo que retine produz um som desagrad avel. E um pedaco de latao que ressoa? Outras versoes usam as expressoes um gongo barulhento ou o ru ıdo de um gongo. Que ilustrac oes apropriadas! A pessoa sem amor ecomoum instrumento musical que faz um barulho alto e estridente, que repele em vez de atrair. Como uma pessoa assim poderia ter relacionamentos achegados com outros? Paulo tamb em disse: Se eu tiver toda a f e, de modo a transplantar montanhas, mas nao tiver amor, nada sou. (1 Cor ıntios 13:2) Imagine s o! Uma pessoa sem amor nao presta para nada, nao importa que obras realize. (Novo Testamento, Interconfessional)N ao fica claro que a Palavra de Jeov ad agrandeenfase a se demonstrar amor? 6, 7. (a) Como sabemos que a Palavra de Jeov ad agrandeenfase a se demonstrar amor? (b) As palavras de Paulo, registradas em 1 Cor ıntios 13:4-8, enfocam que aspecto do amor? 301

304 O amor nos motiva a expressar confiança nos irm aos 7 Mas como podemos demonstrar essa qualidade ao lidar com outros? Para nos ajudar a responder a essa pergunta, analisemos as palavras de Paulo, encontradas em 1 Cor ıntios 13:4-8. Esses vers ıculos nao se concentram no amor de Deus por n os nem no nosso amor por Ele. Em vez disso, o enfoque das palavras de Paulo e em como devemos demonstrar amor uns pelos outros. Ele descreveu certas coisas que o amor ee outras que ele nao e. Oqueoamor e 8 O amor elong anime. Ser longanime significa suportar pacientemente as outras pessoas. (Colossenses 3:13) Todos precisamos demonstrar esse tipo de paciencia, nao e verdade? Visto que somos criaturas imperfeitas servindo ombro a om- 8. Como a longanimidade pode nos ajudar nos nossos tratos com outros?

305 PROSSEGUI ANDANDO EM AMOR bro, e de esperar que, de vez em quando, nossos irmaos cristaos nos irritem e que n os tamb em os incomodemos. Mas a paciencia e o autocontrole podem nos ajudar a lidar com pequenas desaven caseatritosquesurgiremnosnossostratos com outros, preservando assim a paz da congregac ao. 9 O amor e...benigno. A benignidade e demonstrada por atos prestativos e palavras que revelam considerac ao pelos outros. O amor nos motiva a procurar maneiras de demonstrar benignidade, em especial para com os mais necessitados. Por exemplo, um concrente idoso talvez se sinta solit ario e precise de uma visita de encorajamento. Uma mae sem con- juge ou uma irma que vive num lar dividido em sentido reli- gioso pode estar precisando de ajuda. Uma pessoa doente ou que passa por problemas graves talvez precise ouvir palavras bondosas de um amigo leal. (Prov erbios 12:25; 17:17) Quando tomamos a iniciativa de demonstrar benignidade dessas maneiras, comprovamos que nosso amor egenu ıno. 2 Cor ıntios 8:8. 10 O amor... alegra-se com a verdade. Outra versao da B ı- blia diz: O amor... alegremente fica do lado da verdade. Oamornosmotivaadefenderaverdadeea falarverazmente uns com os outros. (Zacarias 8:16) Se, por exemplo, uma pessoa querida se envolveu num pecado grave, o amor por Jeov a e por aquele que errou nos ajudar a a defender as normas de Deus em vez de tentar esconder, racionalizar ou at e mentir sobre a transgressao. E verdade que talvez seja dif ıcil aceitar a situac ao. Mas, para o pr oprio bem da pessoa, estaremos interessados em que ela receba e aceite a disciplina amorosa de Deus. (Prov erbios 3:11, 12) Como cristaos amorosos, tamb em desejamos comportar-nos honestamente em todas as coisas. Hebreus 13: Oamor...suportatodasascoisas. Essa expressao 9. De que maneiras podemos demonstrar benignidade a outros? 10. Como o amor nos ajudar aadefenderaverdadeean ao mentir, mesmo quando isso nao for f acil? 11. Visto que o amor suporta todas as coisas, como devemos agir em relac ao as ` falhas de nossos concrentes? 303

306 304 ACHEGUE-SE A JEOV A significa, literalmente, cobre todas as coisas. (Kingdom Interlinear) Em 1 Pedro 4:8 lemos: O amor cobre uma multidao de pecados. De fato, um cristao guiado pelo amor nao estar a sempre ansioso para expor todas as imperfeic oes e defeitos de seus irmaos cristaos. Em muitos casos, os erros e as falhas de nossos concristaos nao sao muito graves e podem ser cobertos pelo amor. Prov erbios 10:12; 17:9. 12 Oamor...acreditatodasascoisas. Outra traduc ao diz que o amor est a sempre ansioso para crer no melhor. (Moffatt) N ao desconfiamos indevidamente de concrentes, questionando cada motivac ao deles. O amor nos ajuda a crer no melhor em relac ao aos nossos irmaos e a confiar neles. Note um exemplo disso na carta de Paulo a File- mon. Ele escreveu para incentivar Filemon a receber bondosamente de volta seu escravo fugitivo, On esimo, que havia se tornado cristao. Em vez de coagir Filemon a fazer isso, por em, Paulo fez um apelo baseado no amor. Afirmou ter confianca em que aquele homem faria a coisa certa, dizendo: Escrevo-te confiante no teu acatamento, sabendo que far as ainda mais do que as coisas que digo. (Vers ıculo 21) Motivados pelo amor, procuremos, de forma semelhante, dar um voto de confian caanossosirm aos. Isso os ajudar aarevelarem o que tem de melhor. 13 O amor... espera todas as coisas. Al em de demonstrar confianca, o amor gera esperanca. Movidos pelo amor, esperamos o melhor de nossos irmaos. Por exemplo, se um irmao d a um passo em falso antes de se aperceber disso, esperamos que ele reaja aos esforcos amorosos de corrigi-lo. (G ala- Naturalmente, o amor cristao nao e de modo algum ingenuo. A B ı- blia nos exorta: Fiquem de olho nos que causam divisoes e motivos para tropeco e os evitem. Romanos 16: Como o ap ostolo Paulo deu um voto de confianca a Filemon, e o que aprendemos do exemplo de Paulo? 13. Como podemos demonstrar que esperamos o melhor de nossos irmaos?

307 PROSSEGUI ANDANDO EM AMOR tas 6:1) Temos tamb em esperanca de que os fracos na f eserecuperar ao. Somos pacientes com eles, ajudando-os na medi- da do poss ıvel a fortalecer a sua f e. (Romanos 15:1; 1 Tessalonicenses 5:14) Mesmo que algu em que amamos se desvie, nao perdemos a esperanca de que, algum dia, ele caia em si e volte para Jeov a, como o filho pr odigo da ilustrac ao de Jesus. Lucas 15:17, Oamor...perseveraemtodasascoisas. Aperseveranca nos capacitar a para manter-nos firmes quando enfrentarmos desapontamentos ou dificuldades. As provas para a nossa perseveranca nao vem apenas de fora da congregac ao; as ` vezes, vem de dentro. Devido aimperfei ` cao, nossos irmaos vez por outra nos desapontarao. Uma palavra impensada pode nos magoar. (Prov erbios 12:18) Talvez um assunto congregacional nao seja cuidado do modo como achamos que devia. A conduta de um irmao respeitado talvez nos incomode, fazendo-nos pensar: Como um cristao pode agir assim? Quando nos depararmos com situac oes como essas, abandonaremos a congregac ao e deixaremos de servir a Jeov a? Nao, se tivermos amor! Essa qualidade impedir aquesejamoscegados pelas falhas de um irmao a ponto de nao conseguir ver mais nada de bom nele, nem na congregac ao como um todo. Oamornosajudar a a permanecer fi eis a Deus e a apoiar a congregac ao, nao importa o que outros humanos imperfeitos possam dizer ou fazer. Salmo 119:165. Oqueoamorn ao e 15 O amor nao eciumento. Oci ume pode nos tornar invejososdaquiloqueosoutrost em: seus bens, privil egios ou habilidades. Trata-se de uma emoc ao ego ısta e destrutiva que, se nao for controlada, pode perturbar a paz da congregac ao. O que nos ajudar aaresistir a tend ` encia de invejar? 14. De que maneiras nossa perseveranca pode ser provada na congregac ao? O amor nos ajudar a a reagir de que maneira? 15. O que eci ume e como o amor nos ajudar aaevitaressaemo cao destrutiva? 305

308 306 ACHEGUE-SE A JEOV A (Tiago 4:5) O amor. Essa qualidade preciosa far a com que nos alegremos com os que parecem ter certas vantagens na vida que n os mesmos nao temos. (Romanos 12:15) Se outros forem elogiados por suas habilidades excepcionais ou realizacoes not aveis, o amor nos ajudar aan ao encarar isso como uma afronta pessoal. 16 Oamor...n ao se gaba, nao se enfuna. Oamorpelos irmaos nos impedir a de nos gabarmos de nossos talentos ou realizac oes, do exito no minist erio ou dos privil egios na congregac ao. Isso s o os desanimaria, fazendo-os sentir-se inferiores. O amor nao deixar a que nos gabemos de coisas que Deus nos permite fazer no Seu servico. (1 Cor ıntios 3:5-9) Afinal, oamor n ao se enfuna, ou, como diz certa versao, nao nutre ideias exageradas sobre sua pr opria importancia. O amor nos impedir a de ter um conceito distorcido sobre n os mesmos. Romanos 12:3. 17 Oamor...n ao se comporta indecentemente. Quem se comporta indecentemente age de modo impr oprio ou ofensivo. Essa atitude e desamorosa, porque mostra total desrespeito pelos sentimentos e pelo bem-estar de outros. Em contraste com isso, o amor ecort es, levando-nos a mostrar considerac ao pelos outros. Ele promove boas maneiras, conduta reverente e respeito pelos concristaos. Assim, o amor nao permitir a que nos envolvamos em conduta vergonhosa, ou seja, em qualquer proceder que chocaria ou ofenderia nossos irmaos cristaos. Ef esios 5:3, Oamor...n ao procura os seus pr oprios interesses. Nesse texto, certa versao diz: O amor nao insiste em que as coisas sejam feitas do seu jeito. Quem e amoroso nunca ter a essa atitude, como se suas opinioes sempre estivessem cor- 16. Serealmenteamarmososirm aos, por que evitaremos nos gabar de nossas realizac oes no servico de Jeov a? 17. O amor nos motivar a a mostrar que considerac ao pelos outros, e por isso que tipo de conduta evitaremos? 18. Por que a pessoa amorosa nao exige que tudo seja feito do seu jeito?

309 PROSSEGUI ANDANDO EM AMOR retas. Nao manipular a os outros, usando sua habilidade de persuasao para vencer pelo cansaco os que tem uma opiniao diferente. Isso seria teimosia e revelaria orgulho, e a B ıblia diz: O orgulho vem antes da derrocada. (Prov erbios 16:18) Se realmente amarmos os nossos irmaos, respeitaremos seus pontos de vista e, sempre que poss ıvel, estaremos dispostos a ceder. Essa disposic ao para ceder est aemharmoniacomas palavras de Paulo: Que cada um persista em buscar, nao a sua pr opria vantagem, mas a da outra pessoa. 1 Cor ıntios 10: Oamor...n aoficaencolerizado...,n ao leva em conta odano. Oamorn ao se irrita facilmente com o que outros dizem ou fazem. E natural ficarmos contrariados quando outros nos ofendem. Mas, mesmo que tenhamos boas razoes para ficarmos bravos, o amor nos ajudar aan ao continuar irritados. (Ef esios 4:26, 27) Nao manteremos como que um registro das palavras ou ac oes que nos magoaram, para nao esquece-las. Em vez disso, o amor nos levar aaimitarnosso Deus amoroso. Como vimos no Cap ıtulo 26, Jeov a perdoa quando h abases olida para isso. Quando perdoa, ele esquece, quer dizer, jamais vai nos condenar por esses pecados no futuro. Nao ficamos contentes de que Jeov an ao leva em conta o dano? 20 Oamor...n ao se alegra com a injustiça. Nesse texto, a B ıblia na Linguagem de Hoje diz: Quem ama nao fica alegre quando algu em faz uma coisa errada. Outra traducao diz: O amor nunca fica contente quando outros erram. (Moffatt)Oamorn ao deriva nenhum prazer da injustica, de modo que nao fazemos vista grossa a nenhum tipo de imoralidade. Mas como reagimos quando um concrente eenla- cado pelo pecado e sofre as consequencias? O amor nao permitir a que nos alegremos, como se diss essemos: Bem feito! 19. O amor nos ajuda a reagir de que maneira quando outros nos ofendem? 20. Como devemos reagir quando um concrente eenla cado pelo pecado e sofre as consequencias? 307

310 OpovodeJeov a e identificado pelo amor que tem uns pelos outros Ele merecia! (Prov erbios 17:5) Mas n os nos alegramos, sim, quando um irmao que errou toma as medidas necess arias para recuperar-se de sua queda espiritual. Um caminho que ultrapassa isso 21 O amor nunca falha. O que Paulo queria dizer com essas palavras? Como se nota no contexto, ele comentava os dons do esp ırito que os cristaosdoprimeiros eculo receberam. Esses serviam como sinais de que o favor de Deus estava com essa congregac ao rec em-formada. Mas nem todos os cristaos tinham o poder de curar, profetizar ou falar em l ınguas. Isso, por em, nao importava, pois de qualquer maneira (a) O que Paulo queria dizer quando escreveu: O amor nunca falha? (b) O que analisaremos no ultimo cap ıtulo?

311 PROSSEGUI ANDANDO EM AMOR 309 Perguntas para Meditac ao 2Cor ıntios 6:11-13 O que significa alargar-nos em nossas afeic oes e como podemos aplicar esse conselho? 1 Pedro 1:22 Como essas palavras mostram que nosso amor pelos concrentes deve ser sincero, genu ıno e cordial? 1Jo ao 3:16-18 Como podemos demonstrar que o amor de Deus permanece em n os? 1Jo ao 4:7-11 Qual e a maior motivac ao para demonstrar amor pelos nossos concrentes? os dons milagrosos com o tempo cessariam. Contudo, uma coisa permaneceria, algo que todos os cristaos poderiam cultivar e que era mais duradouro e permanente do que qualquer dom milagroso. De fato, Paulo o chamou de um caminho que ultrapassa isso. (1 Cor ıntios 12:31) Que caminho era esse? O caminho do amor. 22 De fato, o amor cristao que Paulo descreveu nunca falha, isto e, nunca tem fim. At e hoje o amor fraternal abnegado identifica os verdadeiros seguidores de Jesus. Nao vemos evidencia desse amor nas congregac oes dos adoradores de Jeov a em toda a Terra? Essa qualidade existir a para sempre, porque Jeov a promete vida eterna aos seus servos fi eis. (Salmo 37:9-11, 29) Continuemos fazendo todo o poss ıvel para prosseguir andando em amor. Assim, sentiremos a felicidade maior que vem de dar. Mais do que isso, poderemos continuar a viver e amar por toda a eternidade, imitando nosso Deus amoroso, Jeov a. 23 Neste cap ıtulo, que conclui a sec ao sobre o amor, vimos como podemos demonstrar amor uns pelos outros. Mas, em vista dos muitos modos em que nos beneficiamos do amor de Jeov a bem como do seu poder, justi ca e sabedoria, far ıamos bem em perguntar: Como posso mostrar a Jeov a que real- mente o amo? Essa pergunta ser aanalisadano ultimo cap ı- tulo.

312 ` C A P I T U L O 3 1 Chegai-vos a Deus, eelesechegar aav os UM SORRISO do filhinho rec em-nascido enche os pais de alegria. As vezes, eles chegam bem pertinho dele, falando com ternura e sorrindo entusiasmados. Esperam uma reacao. E ela logo vem: formam-se covinhas nas bochechas do bebe, seus l abios se curvam e surge um lindo sorriso. Aquele sorriso expressa afeic ao de um jeito todo especial. O bebe est acome cando a aprender com os pais a expressar amor. 2 O sorriso do bebe nos faz lembrar de algo importante a respeito da natureza humana: quando recebemos amor, nossa reac ao natural e amar. Foi assim que fomos criados. (Salmo 22:9) A ` medida que crescemos, vamos desenvolvendo nossa capacidade de reagir ao amor. Voce talvez se lembre de quando era crianca e de como seus pais, parentes e amigos expressavam amor por voce. A afeic ao se arraigou no seu corac ao, cresceu e deu frutos: voce passou a demonstrar amor tamb em. Ser a que acontece algo similar no seu relacionamento com Jeov adeus? 3 AB ıblia diz: Quanto a n os, amamos porque ele nos amou primeiro. (1 Joao 4:19) A mat eria das Sec oes 1 a 3 deste livro lembrou vocequejeov adeus,deformaamorosa, exerceu poder, justi ca e sabedoria em seu benef ıcio. E, na Sec ao 4, viu que ele expressou Seu amor diretamente ahumanidade e a voce pessoalmente de modos not aveis. ` Mas surge uma questao. De certa forma, esta eapergunta mais importante que voce pode fazer a si mesmo: Como posso corresponder ao amor de Jeov a? 1-3. (a) O que podemos aprender sobre a natureza humana observando a interac ao entre um bebe e seus pais? (b) Que processo ocorre naturalmente quando algu em nos demonstra amor e que pergunta importante podemos nos fazer?

313 CHEGAI-VOSADEUS,EELESECHEGAR AAV OS 311 O que significa amar a Deus 4 Jeov a, o Originador do amor, sabe muito bem que essa qualidade tem o dom de revelar o que h ademelhornas pessoas. Assim, apesar da constante rebeldia da humanidade infiel, ele sempre teve confianca de que alguns humanos corresponderiam ao seu amor. E, de fato, milhoes corresponderam. Infelizmente, por em, as religioes deste mundo corrupto deixaram as pessoas confusas sobre o que significa amar a Deus. Muitas pessoas dizem que o amam, mas parecem achar que se trata apenas de um sentimento que se expressa em palavras. O amor a Deus talvez comece dessa forma, assim como o amor do bebe pelos pais se manifesta inicialmente por meio de um sorriso. Mas, no caso dos adultos, o amor envolve mais coisas. 5 Jeov a explica o que significa am a-lo. Sua Palavra diz: O amor de Deus significa o seguinte: que observemos os seus mandamentos. Assim, o amor a Deus precisa ser expresso em ac oes. E verdade que muitas pessoas nao acham agrad avel a ideia de ter de obedecer. Mas o mesmo vers ıculo bondosamente esclarece: Contudo, os... mandamen- tos [de Deus] nao sao pesados. (1 Joao 5:3) O objetivo das leis e dos princ ıpios de Jeov an ao e nos oprimir, mas nos beneficiar. (Isa ıas 48:17, 18) A Palavra de Deus est acheiade princ ıpios que ajudam a nos achegarmos mais a ele. Como? Examinemos tres aspectos de nosso relacionamento com Deus: comunicac ao, adorac ao e imitac ao. Comunicac ao com Jeov a 6 OCap ıtulo 1 comeca com a pergunta: Consegue se 4. Por que as pessoas estao confusas sobre o que significa amar a Deus? 5. Como a B ıblia define o amor de Deus? Por que nao dever ıamos achar essa definic ao desagrad avel? 6-8. (a) De que maneiras podemos escutar a Jeov a? (b) Como podemos dar vida ao que lemos nas Escrituras?

314 ` 312 ACHEGUE-SE A JEOV A imaginar conversando com Deus? Vimos que essa nao e uma ideia sem cabimento. De fato, Mois es conversou com Jeov a. E n os? Atualmente, Ele nao envia anjos para conversar com humanos. Mas ainda tem meios excelentes de se comunicar conosco. Como podemos escutar a Jeov a? 7 Visto que toda a Escritura e inspirada por Deus, escutamos a Jeov aquandolemossuapalavra,ab ıblia. (2 Tim oteo 3:16) O salmista incentivou os servos de Deus a fazer essa leitura dia e noite. (Salmo 1:1, 2) Isso exige esforco consider avel da nossa parte. Mas vale a pena! Como vimos no Cap ıtulo 18, a B ıblia e como uma carta valiosa de nosso Pai celestial. Assim, nao devemos encarar a leitura dela como uma obrigac ao. Devemos dar vida ao que lemos nas Escrituras. Como se faz isso? 8 Visualize o relato b ıblico amedidaquel ` e. Procure encarar os personagens b ıblicos como pessoas reais. Tente entender a formac ao, as circunstancias e as motivac oes deles. Da ı, analise bem o que le, fazendo perguntas como: O que esse relato me ensina sobre Jeov a? Que qualidades dele ficam evidentes? Que princ ıpio Jeov a deseja que eu aprenda e como posso aplic a-lo na vida? Leia, medite e aplique. A medida que fizer isso, a Palavra de Deus ganhar avida. Salmo 77:12; Tiago 1: Jeov atamb em fala conosco por meio do escravo fiel e discreto. Como Jesus predisse, um pequeno grupo de homens cristaos ungidos foi designado para fornecer alimento no tempo apropriado durante estes turbulentos ultimos dias. (Mateus 24:45-47) Quando lemos publicac oes preparadas para nos ajudar a obter conhecimento exato da B ıblia e quando assistimos a reunioesecongressoscrist aos, estamos recebendo alimento espiritual desse escravo. Visto que se trata do escravo de Cristo, conv em por em pr atica as pala- 9. Quem faz parte do escravo fiel e discreto? Por que e importante prestar atenc ao a esse escravo?

315 CHEGAI-VOSADEUS,EELESECHEGAR AAV OS vras de Jesus: Prestai atenc ao a como escutais. (Lucas 8:18) Escutamos com atenc ao porque reconhecemos que o escravo fiel e um dos meios que Jeov a usa para se comunicar conosco. 10 Mas como nos comunicamos com Deus? Podemos falar com ele? Essa e uma ideia espantosa! Se tentasse obter uma audiencia com o governante mais poderoso de seu pa ıs a fim de tratar de alguns assuntos pessoais, quais seriam suas chances de sucesso? Em alguns casos, a mera tentativa j a seria perigosa. Nos dias de Ester e Mordecai, a pessoa podia ser morta se tentasse aproximar-se do monarca persa sem um convite real. (Ester 4:10, 11) Imagine entao nos aproximarmos do Soberano Senhor do Universo, em comparac ao com quem os mais poderosos humanos sao como gafanhotos! (Isa ıas 40:22) Dever ıamos nos sentir intimidados? De jeito nenhum! 11 Jeov a nos deu um meio direto e simples de chegarmos aele:aora cao. At e uma crianca pode orar a Jeov acomf e, em nome de Jesus. (Joao 14:6; Hebreus 11:6) Mas a orac ao nos permite transmitir nossos pensamentos e sentimentos mais complexos e ıntimos, at e mesmo aqueles que sao tao dolorosos que nem sabemos expressar em palavras. (Romanos 8:26) Nao adianta nada tentar impressionar Jeov acom um vocabul ario vasto e sofisticado ou com orac oes longas e verbosas. (Mateus 6:7, 8) Por outro lado, ele nao especifica a durac ao m axima de nossas orac oes nem com que frequen- cia podemos faze-las. Sua Palavra at enosconvidaa orarin- cessantemente. 1 Tessalonicenses 5: Lembre-sedeques ojeov a e chamado de Ouvinte de orac ao, e ele escuta com verdadeira empatia. (Salmo 65:2) Ser a que ele apenas tolera as orac oesdeseusservosfi eis? (a)Porqueaora cao eumad adiva maravilhosa de Jeov a? (b) Como podemos orar de um modo que agrade a Jeov a e por que podemos ter certeza de que ele aprecia nossas orac oes? 313

316 314 ACHEGUE-SE A JEOV A Nao, ele realmente deriva prazer delas. Sua Palavra as compara a incenso que, quando queimado, libera uma nuvem de fumaca de cheiro doce e repousante. (Salmo 141:2; Revelac ao [Apocalipse] 5:8; 8:4) Nao e consolador saber que nossas orac oes sinceras, de modo similar, ascendem at eo Soberano Senhor e lhe agradam? Assim, se quiser se achegar a Jeov a, ore a ele humilde e frequentemente, todo dia. Abra seu corac ao para ele, sem receio. (Salmo 62:8) Fale ao seu Pai celestial sobre suas preocupac oes e alegrias; expresse seus agradecimentos e louvores. Em resultado disso, o v ınculo entre voceeeleficar a cada vez mais forte. Adorac ao a Jeov a 13 Acomunica cao com Jeov adeus e diferente de uma conversa com um amigo ou parente, em que simplesmente escutamos e falamos. Quando nos comunicamos com ele, estamos na verdade adorando-o, dando-lhe a honra reverente que lhe e bem merecida. A adorac ao verdadeira eanossa vida. E o modo de demonstrarmos a Jeov a nosso amor e devoc ao de toda a alma. Ela une todas as criaturas fi eis de Jeov a, no c euenaterra.emvis ao, o ap ostolo Joao ouviu um anjo dar esta ordem: Adorai Aquele que fez o c eu, e a terra,eomar,easfontesdas aguas. Revelac ao 14:7. 14 Por que devemos adorar a Jeov a? Pense nas qualidades que analisamos: santidade, poder, autodom ınio, justica, coragem, miseric ordia, sabedoria, humildade, amor, compaixao, lealdade e bondade. Vimos que Jeov a eopr oprio apice, opadr ao mais elevado poss ıvel, de cada um desses atributos valiosos. Quando procuramos entender plenamente essas qualidades como um todo, notamos que o Criador e muito mais do que um Personagem grandioso e not avel. Ele e glorioso ao extremo e incomparavelmente mais elevado 13, 14. O que significa adorar a Jeov a e por que e apropriado fazermos isso?

317 As reunioes cristas sao ocasioes agrad aveis para adorar a Jeov a do que n os. (Isa ıas 55:9) Sem sombra de d uvida, Jeov atem o direito de ser nosso Soberano e, por certo, merece nossa adorac ao. Mas como devemos ador a-lo? 15 Jesus disse: Deus eesp ırito, e os que o adoram tem de ador a-lo com esp ırito e verdade. (Joao 4:24) Para adorar a Deus com esp ırito, precisamos ter seu esp ırito e ser guiados por ele. Al em disso, nossa adorac ao deve estar em harmonia com a verdade, o conhecimento exato encontrado na Palavra de Deus. Temos uma otima oportunidade para adorar a Jeov a comesp ırito e verdade sempre que nos reunimos com companheiros de adorac ao. (Hebreus 10:24, 25) Quando entoamos canticos a Jeov a, nos unimos em orac ao a Ele, prestamos atenc ao ao estudo da sua Palavra e 15. Como podemos adorar a Jeov a comesp ırito e verdade? As reunioes cristas nos dao que oportunidade?

318 316 ACHEGUE-SE A JEOV A participamos dele, expressamos nosso amor a Ele em adoracao pura. 16 Tamb em adoramos a Jeov a quando falamos dele a outros, dando-lhe louvor em p ublico. (Hebreus 13:15) De fato, pregar as boas novas do Reino de Deus e um dos maiores mandamentos de que os cristaos verdadeiros foram incumbidos. (Mateus 24:14) Obedecemos entusiasticamente porque amamos ao Criador. O deus deste sistema de coisas, Satan as, o Diabo, tem cegado as mentes dos incr edulos, espalhando mentiras cru eis sobre Jeov a. Por isso, ansiamos servir como Testemunhas a favor do nosso Deus, combatendo essas cal unias. (2 Cor ıntios 4:4; Isa ıas 43:10-12) E, quando meditamos nas maravilhosas qualidades de Jeov a, nao sentimos um desejo cada vez mais forte de falar dele a outros? De fato, nao h aprivil egio maior do que ajudar outras pessoas a conhecer e a amar nosso Pai celestial assim como n os. 17 Mas nao es o isso. A adorac ao a Jeov a abrange cada aspecto de nossa vida. (Colossenses 3:23) Se realmente aceitarmos a Jeov a como nosso Senhor Soberano, procuraremos fazer sua vontade em tudo: na vida familiar, no servico secular, nos tratos com outros, no tempo de folga. Faremos empenho para servir a Jeov a de pleno corac ao, com integridade. (1 Cronicas 28:9) Nesse tipo de adorac ao, nao h alugarpara um corac ao dividido nem para vida dupla (a atitude hip o- crita de aparentemente servir a Jeov a enquanto se praticam pecados graves em segredo). Para quem realmente demonstra integridade, e imposs ıvel ser hip ocrita; quem eamoroso acha a hipocrisia repugnante. O temor de Deus tamb em 16. Qual e um dos maiores mandamentos de que os cristaos verdadeiros foram incumbidos, e por que nos sentimos impelidos a obedecer? 17. O que a nossa adorac ao a Jeov a abrange, e por que devemos adorar em integridade?

319 ` CHEGAI-VOSADEUS,EELESECHEGAR AAV OS ajuda. A B ıblia afirma que essa rever encia contribui para um relacionamento ıntimo com Jeov a. Salmo 25:14. Imitar a Jeov a 18 Cada sec ao deste livro termina com um cap ıtulo que explica como podemos nos tornar imitadores de Deus, como filhos amados. (Ef esios 5:1) E vital lembrarmos que, apesar da nossa imperfeic ao, podemos realmente imitar o modo perfeito de Jeov a usar o poder, exercer a justi ca, empregar a sabedoria e demonstrar amor. Como sabemos que e realmente poss ıvel imitar o Todo-Poderoso? Lembre-se de que o significado do nome de Jeov anosensinaqueelesetorna tudo o que decide ser para cumprir seus prop ositos. Enatural ficarmos espantados com essa habilidade, mas ser aque ela est a completamente fora do nosso alcance? Nao. 19 Fomos criados aimagemdedeus.(g ` enesis 1:26) Assim, ohomem e diferente de todas as outras criaturas da Terra. Nao somos guiados por mero instinto, pela gen etica ou por fatores ambientais. Jeov a nos deu uma d adiva preciosa: o livre-arb ıtrio. Apesar de nossas limitac oes e imperfeic oes, somos livres para escolher o que nos tornaremos. Deseja ser uma pessoa amorosa, s abia e justa que usa corretamente o poder? Gracas a ` ajuda do esp ırito de Jeov a, voce pode ser exatamente assim! Pense em todo o bem que voce poder a realizar. 20 Voce agradar a seu Pai celestial, alegrando Seu corac ao. (Prov erbios 27:11) Poder aat e agradar plenamente a Jeov a, pois ele entende suas limitac oes. (Colossenses 1:9, 10) E, a medida que continuar desenvolvendo boas qualidades ao imitar seu Pai amoroso, ser aaben coado com um grande privil egio: num mundo em escuridao, alienado de Deus, 18, 19. Por que nao e irrealista pensar que meros humanos imperfeitos sejam capazes de imitar a Jeov adeus? 20. Que bem realizamos quando imitamos a Jeov a? 317

320 318 ACHEGUE-SE A JEOV A voceser a um portador de luz. (Mateus 5:1, 2, 14) Ajudar aa espalhar pela Terra alguns reflexos da gloriosa personalidade de Jeov a. Que honra! Chegai-vos a Deus, e ele se chegar aav os 21 O incentivo simples registrado em Tiago 4:8 nao coloca diante de n os apenas um objetivo. Trata-se de uma jornada. Desde que permanecamos fi eis, essa jornada nunca terminar a. Nunca deixaremos de nos achegar cada vez mais ajeov a. Afinal, sempre haver a coisas a aprender sobre ele. Nao pense que este livro ensinou tudo o que se pode saber sobre Jeov a. N os mal comecamos a analisar tudo o que a B ı- blia diz sobre o nosso Deus! E nem a B ıblia inteira cont em todas as informac oes sobre ele. O ap ostolo Joao acreditava que, se tudo o que Jesus fez durante seu minist erio terrestre tivesse sido escrito, o pr oprio mundo nao poderia conter os rolos escritos. (Joao 21:25) Se isso se d anocasodofilho, quanto mais com o Pai! 21, 22. Que jornada infind avel se encontra diante de todos os que amam a Jeov a? Achegue-se cada vez mais a Jeov a

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