A Crise Fiscal : Desafios e Oportunidades para o Federalismo Brasileiro. Julho de 2016

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1 A Crise Fiscal : Desafios e Oportunidades para o Federalismo Brasileiro Julho de 2016

2 Sumário 1. Breve Histórico 2. Informações Fiscais 3. Possíveis Explicações 4. Grandes Questões 5. Desafios e Oportunidades 6. Como Aproveitar? 2

3 BREVE HISTÓRICO 3

4 Histórico Fiscal da Década de 80 Controle das NFSP Início do Reordenamento das Finanças Públicas Esgotamento do Modelo de Crescimento com endividamento Corte do fluxo externo Descontrole e desordem institucional evidentes Plano Cruzado Unificação Orçamentária CUT Moratória Plano Verão (Cruzado Novo)

5 Histórico Fiscal: O Reordenamento das Finanças Públicas O Reordenamento Continua e a Construção do novo modelo de Estado... Privatização (Usiminas, CSN, Bancos, Vale, Teles,...) Plano Collor I Confisco Volta o Cruzeiro Plano Collor II Abertura Corte de Despesas Decretou Fim Indexação PAF - Lei (11/93) - Refinaciamento da Dívida dos Est/Mun com a União Cruzeiro Real (Ago/93) URV LC 82/95 Lei Camata 1 Limite Despesa de Pessoal PAF Lei 9.496/97 Refinaciamento da Dívida Mobiliária LC 96/99 Lei Camata 2 Limite Despesa de Pessoal LRF Impeachment

6 Década : Crescimento Econômico Crescimento Econômico Chinês Voracidade no consumo de comodities Crescimento da Industrialização Brasileira e da Renda das pessoas. Aumento do investimento, do crédito e da quantidade de pessoas empregadas, as quais não apenas expandiram o mercado de consumo interno, como também aumentaram a plataforma produtora de exportação. O superávit primário em 2003 foi de 4,3% do PIB (acima da meta já alta de 4,25%). inflação de preços acumulada em 12 meses começou a cair rapidamente, indo de 17% para 5,2% em um ano, sendo este o menor valor desde o crédito disparou, mas os preços se mantiveram relativamente comportados. Perda de valor relativo do dólar. Fonte: Instituto Mises Brasil 6

7 Década 2010: Contexto Atual A crise do setor público no Brasil atinge, em maior ou menor grau, os 27 estados, que enfrentam escassez de recursos para investimento, regimes previdenciários deficitários e dificuldades com pagamento das dívidas. Consequênciadiretadacrisedosestadossedápeloatrasonopagamentodasdívidas,atrasonopagamentodosfornecedores e no pagamento das folhas salariais. Adicionalmente, o superávit primário agregado dos estados, depois de alcançar 1% do PIB na média , teve déficit de 0,3% em

8 Crise dos estados : Atrasos no pagamento da dívida com a União A previsão da Secretaria do Tesouro Nacional é que em 2016 os atrasos podem continuar. 2014: Somente 1 Estado atrasou pagamento das parcelas Em julho de 2015, 3 Estados atrasaram o pagamento Em dezembro de 2015, 4 Estados atrasaram o pagamento 8

9 INFORMAÇÕES FISCAIS 9

10 Receitas Primárias: Evolução As receitas primárias apresentaram, entre 2011 a 2014, um crescimento real de 10%. As receitas de arrecadação própria consolidadas mostraram crescimento de 11% e as receitas de transferências 8%. 10

11 Despesas Primárias: Evolução Enquanto as receitas primárias cresceram 10 % no período, as despesas primárias apresentaram, entre 2011 a 2014, um crescimento real de 19% enominal de 41%. Os Gastos com Pessoal cresceram 17% em termos reais e 38% em termos nominais. Os Gastos com Inativos e Pensionistas teve um crescimento real de 18% e nominal de 39%; Os Investimentos representaram 8% do total das despesas em 2011 e de 11% em Gastos com as despesas de Custeio (ODC) apresentaram um crescimento real de 20% e nominal de 42%. 11

12 Resultado Primário: Evolução Entre 2011 e 2014 o grupo dos estados com Programa piorou o seu resultado primário em R$ 28,1 bilhões: que passou de um superávit primário de R$ 23,1 bilhões em 2011 a um déficit primário de R$ 5 bilhões em

13 Operações de Crédito: Evolução Paralelamente à piora dos resultados primários ocorreu um significativo crescimento no total das liberações de recursos fruto da contratação de operações de crédito com instituições financeiras nacionais e estrangeiras. O total liberado cresceu de R$ 8,8 bilhões em 2011 para R$ 29,1 bilhões em 2012, atingiu o valor máximo para a série em 2013, R$ 39,4 bilhões, e reduziu se para R$ 33,6 bilhões em

14 Endividamento: Evolução O endividamento total dos estados com Programas de Ajuste Fiscal apresentou a seguinte trajetória ascendente: de R$ 468,7 bilhões em 2011 cresceu para R$ 505 bilhões, em 2012, no exercício seguinte cresceu novamente para R$ 554,5 bilhões e atingiu R$ 605,1 bilhões em

15 POSSÍVEIS EXPLICAÇÕES 15

16 Aumento das despesas Aumento das despesas não foram acompanhadas por aumento equivalente das receitas. As despesas primárias passaram de 18,8% PIB em 2006 para 20,9% do PIB, ou seja, crescimento de 2,1 p.p do PIB. Enquanto os investimentos mostraram crescimento modesto, mesmo com aumento do crédito aos estados, observa se o crescimento acelerado da despesa com pessoal que passa de 7,3% do PIB em 2006 para 8,95% do PIB em 2015, ou seja, crescimento de 1,65 p.p do PIB. 16

17 Queda das transferências Os estados elaboram suas projeções de despesa tendo como base as projeções de receita. Conforme quadro abaixo, houve frustração de receita de transferência em relação ao inicialmente projeto pela LOA Adicionalmente, houve queda de 10% em 2015, na comparação com o ano anterior. FPE Projeto de Lei Orçamentária Anual PLOA 2015 Lei , de , Lei Orçamentária Anual LOA 2015 Realizado Fonte: STN Fonte: STN 17

18 Aumento do endividamento Aumento do endividamento dos estados por meio de empréstimos : A dívida com a União cai quase 10 % do PIB desde Contudo, desde 2011, nota se claramente a interrupção da tendência de queda da dívida líquida total com o aumento da dívida bancária e da dívida externa. Fonte: STN Como pode ser observado no gráfico, há uma queda do estoque geral da dívida, levando a crer que os problemas atuais dos estados seria de fluxo de caixa. 18

19 Desvalorização do câmbio Com o aumento da dívida externa dos estados, a desvalorização cambial tem gerado impacto significativo na situação fiscal dos entes que possuem receitas vinculadas ao dólar. Os efeitos cambiais durante a crise financeira internacional em 2008 foram pequenos porque, apesar da forte desvalorização cambial do período, o estoque da dívida externa era baixo. Já em 2015, a forte desvalorização observada causou impacto em um estoque de dívida externa mais alto. 0,35% do PIB = R$ 20 bilhões Fonte: Banco Central 19

20 Queda dos preços das commodities A queda internacional das commodities reduziu a receita de royalties dos estados em 33% na comparação entre 2015 e Os preços das commodities caíram 21% entre 2010 e julho de 2015, após subirem incríveis 113% nos oito anos anteriores. Cotação do barril de Petróleo de 2010 a 2016 (Nymex) 33% Fonte: Bloomberg Fonte: STN Observação: Os dados incluem receita 20

21 GRANDES QUESTÕES 21

22 Instrumentos fiscais O ajuste e a responsabilidade fiscal estão sendo insuficientes para garantir a estabilidade fiscal? 22

23 Instrumentos fiscais Como Garantir a solvência e sustentabilidade? O que está acontecendo? 23

24 Instrumentos fiscais A resposta pode estar em: Horizonte Temporal; Criatividade na aplicação; e Instituições enfraquecidas. 24

25 Perspectivas Montante das vinculações; Desp. Obrigatórias e Gastos Sociais; Uso antecipado dos depósitos judiciais (próprios e de terceiros); Fusão dos fundos de Previdência com incorporação dos ativos; e Déficits previdenciários sucessivos; Financiamento de despesas permanentes com receitas temporárias; Investimentos modesto, mesmo como resultado primário em queda; Aumento das despesas com pessoal; Segundo IBRE FGV: Dívida Pública Brasileira atual 66% PIB e em projeção para 2017 = 82,09%; Problemas Financeiros de Caixa; e Substituição por Outras Despesas de Corrente. 25

26 DESAFIOS E OPORTUNIDADES 26

27 Desafios Rebaixamento da nota de crédito do Brasil e o aumento do custo de captação de recursos. A desaceleração da economia mundial nos últimos anos. Queda do nível de arrecadação de receitas públicas e desaceleração da economia. Crescimento estrutural das despesas públicas maior que o crescimento da renda. Contratação de funcionários e aumento de gastos com inativos e pensionistas. Vinculações de receitas saúde e educação. Dificuldade no aumento da carga tributária atual de 34,1% PIB. Redução de investimentos. 27

28 Oportunidades Ajuste na Gestão da Política Fiscal; Formação de Poupança/estabilização para Superação de Crises; Necessidade de Ajustes Fiscais Estruturais; Gestão das Receitas Próprias e Renúncias Fiscais; Controle efetivo de despesas pelos demais Poderes; Financiamento de despesas continuadas com Receitas temporárias; Controles estaduais para despesa com pessoal; Aumento salarial associado a crescimento de receita e enquadramento de serviço da dívida; Eficiência na gestão Demissão voluntária; Transparência, Lei Informações Fiscais e Contabilidade Aplicada ao Setor Público; Fortalecimento e independência das instituições fiscais. 28

29 Oportunidades Busca pela Sustentabilidade Fiscal. Relação Dívida pública/pib; Regras para concessão de benefícios previdenciários e assistenciais; Previdência Complementar. Reforçar regras e instituições de responsabilidade fiscal: Lei de Responsabilidade Estadual: Controles estaduais para despesa com pessoal; Aumento salarial associado a crescimento de receita e enquadramento de serviço da dívida; Eficiência na gestão Demissão voluntária; Lei de responsabilidade Fiscal LRF Programa de Ajuste Fiscal Lei 9.496/97 Transparência e Governança. 29

30 COMO APROVEITAR? 30

31 E daí? Marcos fiscais estruturais que não conduzam a aplicação divergente; Metas fiscais intertemporais que objetivem fortalecer a sustentabilidade fiscal independentemente do ciclo governamental; Incremento da transparência pública que permita o controle e a participação da sociedade organizada; Fortalecimento Institucional; Eficiência pública avaliação de indicadores de resultados; Profissionais competentes, capacitados, preparados para enfrentar os desafios. 31

32 Boletim das Finanças Públicas dos Entes Subnacionais Objetivos e Estrutura do Boletim Fornecer à sociedade uma visão sistêmica da situação fiscal atual dos Entes Subnacionais e sua evolução recente Divulgar anualmente as informações fiscais individuais dos Entes Subnacionais, recebidas periodicamente pelo Tesouro Nacional O Boletim está dividido em duas partes: Primeira parte: análise das informações fiscais consolidadas dos Entes Subnacionais Segunda parte: apresentação das informações fiscais de forma individualizada para todos os Estados e o Distrito Federal. Posteriormente serão incluídas as informações de Municípios 32

33 Obrigado! Deus nunca disse que a jornada seria fácil, mas que a chegada valeria a pena. Max Lucado Obrigado! Alex Fabiane Teixeira Coordenador das Relações e Análise Financeira dos Estados e Municípios Alex.Teixeira@tesouro.gov.br

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