O desenvolvimento do turismo de vinho: o que fazer?
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- Liliana Soares Pedroso
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1 Fórum Anual dos Vinhos de Portugal 2015 O desenvolvimento do turismo de vinho: o que fazer? João Marinho Falcão VINITUR Curia, 25.Novembro.2015
2 1. Definição 2. Para quem? 3. Enoturismo, perspetiva nas empresas 4. Enoturismo, perspetiva macro 5. Case study Mendoza 6. Case study La Rioja
3 1. Definição de enoturismo Definição proposta por Hall, C.M. e Macionis, N.: Visitas a vinhedos, adegas, festas e eventos vínicos cuja principal motivação é a descoberta do vinho e dos atributos de uma região vitícola VINITUR
4 2. Para quem? Possíveis critérios de segmentação: - níveis etários - nacionalidade / origem - objectivos da visita - tipos de interesse perante o vinho VINITUR
5 2. Para quem? Possíveis critérios de segmentação: - níveis etários - nacionalidade / origem - objectivos da visita - tipos de interesse perante o vinho VINITUR
6 2. Para quem? Possíveis critérios de segmentação: - níveis etários - nacionalidade / origem - objectivos da visita - tipos de interesse perante o vinho Segmentos: - consumidores ocasionais VINITUR
7 2. Para quem? Possíveis critérios de segmentação: - níveis etários - nacionalidade / origem - objectivos da visita - tipos de interesse perante o vinho Segmentos: - consumidores ocasionais - consumidores interessados VINITUR
8 2. Para quem? Possíveis critérios de segmentação: - níveis etários - nacionalidade / origem - objectivos da visita - tipos de interesse perante o vinho Segmentos: - consumidores ocasionais - consumidores interessados - consumidores dedicados VINITUR
9 2. Para quem? Consumidores ocasionais: Perfil da procura: O enoturismo é apenas uma das componentes da oferta do destino Interesse superficial pelo vinho Valorizam especialmente aspectos complementares (arquitectura, ) Uma visita vínica é uma atracção frequentemente inserida em touring cultural VINITUR
10 2. Para quem? Consumidores interessados: Perfil da procura: O enoturismo é uma componente muito relevante na oferta do destino A decisão de viajar para o destino dá ênfase ao enoturismo, podendo ser esta a primeira razão Interesse evidente em aprofundar o conhecimento pelo vinho ainda que numa base pouco técnica Uma ou mais visitas vínicas são componente importante num programa de lazer ou corporativo VINITUR
11 2. Para quem? Consumidores dedicados: Perfil da procura: O enoturismo é a razão de ser da viagem ao destino Grande expectativa, sendo a viagem cuidadosamente planeada Estudam / conhecem previamente vinhos, produtores, enólogos São importantes consumidores de vinhos Procuram conhecer aspectos particulares e técnicos dos vinhos VINITUR
12 3. Enoturismo, perspetiva nas empresas Enoturismo na ótica do vinho: - venda direta de vinho, merchandising e produtos complementares - venda de serviços de turismo: refeições, alojamento - venda de experiências: cursos, passeios nas vinhas, animação, vindimas, - educação para o vinho - compreensão do consumidor - fidelização para a marca VINITUR
13 3. Enoturismo, perspetiva nas empresas Motivações do enoturista: - provar e conhecer vinho, comprar - aprender sobre o vinho e sua ligação à comida - encontrar o produtor, o enólogo - descobrir o ambiente de produção: visitar vinha e adega, vindimar, participar - fruir do espaço rural: o ar puro, a paisagem, a agricultura, os habitantes - apreciar o património, a cultura, a arquitetura e a arte - desfrutar de um certo estilo de vida, seja em lazer seja com objetivos corporativos: o lifestyle, a elegância, o bem-estar - conviver em festas e eventos vínicos - conhecer aspetos ambientais e ecológicos da produção de vinho
14 3. Enoturismo, perspetiva nas empresas A oferta de enoturismo diferencia-se através de: - marca - estilo do vinho e as histórias do vinho - tipo de visita: audiofones, visita cénica, visita ao exterior interpretada, visita-aula, - tipo de prova: prova didáctica, vinho e chocolates, - envolvimento com o vinho, as experiências - características das instalações vínicas: cave histórica, adega de arquitetura contemporânea, cave subterrânea, lagares, - instalações e actividades culturais e sociais: museus, arte e arquitetura, património histórico, jardins, casa, - meios de locomoção utilizados: a pé, mini-comboio, jipe, tractor - serviços de refeição: regionais, gourmet, piquenique, - funções sociais e corporativas, alojamento - responsabilidade social e ambiental VINITUR
15 3. Enoturismo, perspetiva nas empresas Taste > Eat > Stay > Play VINITUR
16 3. Enoturismo, perspetiva nas empresas Conclusão: - o enoturismo tem a sua génese no setor do vinho - mas o seu desenvolvimento é do âmbito do turismo - indispensável domínio de hospitality - os clientes são turistas e é esse o mercado do enoturismo - elaboração do produto pode ser complexa, a emoção faz parte da oferta - distribuição envolve portais web, agências e operadores - acções de promoção em eventos e media especializados - decisivas parcerias para a construção de um destino enoturístico - enoturismo é uma oportunidade de diferenciação para o território VINITUR
17 4. Enoturismo, perspetiva macro Enoturismo, uma oportunidade para Portugal: - produto turístico Gastronomia e Vinhos estratégico no âmbito do PENT - integra a culinária, os produtos tradicionais de qualidade e os vinhos - qualifica o destino e integra múltiplos setores do território - insere-se na virtuosa preservação do autêntico e único, das culturas e economias locais - possui uma dimensão humana que é central no turismo - produto em crescimento no turismo mundial - razão maior da satisfação dos turistas que nos visitam VINITUR
18 4. Enoturismo, perspetiva macro O que deveria ser feito: - estratégia conjunta entre os setores do vinho e do turismo - desenvolvimento do produto conduzido pelo setor do turismo - assumido como um verdadeiro produto turístico, isto é: - oferta devidamente caraterizada e categorizada, envolvendo produtores, hotelaria e restauração, animação e serviços, operadores especializados - promoção com definição de objetivos e ações como participação em feiras e eventos, visitas de estudo, fam-tours e mais - modelo de financiamento público e privado 4:1 como contratualizado entre as Agências Regionais de Promoção Turísticas e o TdP - reforço da promoção com reforço proveniente do setor do vinho e de acesso a fundos comunitários VINITUR
19 5. Case study Mendoza Mendoza: - destino turístico com desenvolvimento baseado no enoturismo - em complemento, turismo de natureza nos Andes - as primeiras adegas têm cerca de 100 anos - enoturismo teve início no final dos anos 90 - cerca de 900 produtores de vinho - mais de 100 adegas abertas ao enoturismo - distribuídas por 3 regiões: Luján de Cuyo, Maipú e Valle de Uco - Zuccardi: iniciou o enoturismo em 2001 e é considerado o pioneiro - captação do mercado interno argentino e - Brasil, outros da América do Sul, EUA e Canadá, Europa - vinhedos e adegas de média e grande dimensão, modernas - enoturismo profissional, com refeições mais recentemente - alguns museus, espaços de arte e arquitetura, experiência VINITUR
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34 6. Case study La Rioja La Rioja: : estudo sobre o destino turístico La Rioja pela Pricewaterhouse Coopers : implementação do estudo, com Monica Figuerola da DG Turismo - no início, foco num único produto turístico: o enoturismo - objetivo: criação de um destino enoturístico em La Rioja - desenvolvimento de produto com envolvimento de parceiros da região: produtores de vinho, hotéis, restaurantes, operadores, animação - estratégia de comunicação e imagem: material profissional actualizado, fam-trips, feiras profissionais, eventos do trade - benchmarking e visita educacionais a outros destino com parceiros - visitantes a adegas e museus na Rioja Alta, 2014: 252 mil (142 mil na Rioja Alavesa), dados ACEVIN - duração média de pernoitas: 3 ou mais para 56% dos turistas, dados AECIT enoturismo cresceu 25% no último ano, dados ACEVIN - Consejo Regulador DOC Rioja apoia a denominação a tornar-se referência mundial de enoturismo, pensando afetar uma parte do seu orçamento de promoção de 10 milhões de Euros (2015) a esta atividade VINITUR
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51 Obrigado João Marinho Falcão
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