Aplicação desenvolvimental dos Princípios da Equifinalidade e da Multifinalidade ao Desenvolvimento (von Bertalanffy, 1986)
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- Benedicta Bastos Marques
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1 Diversidade id d de: - inícios i - dos processos - dos resultados resultado inadaptativo resultado adaptativo Aplicação desenvolvimental dos Princípios da Equifinalidade e da Multifinalidade ao Desenvolvimento (von Bertalanffy, 1986) (Cf. Número especial da revista Development and Psychopathology, 1996, 8)
2 Importa compreender trajectórias desenvolvimentais: - adaptativas - incompetentes - desvios de trajectórias adaptativas -... e o retorno à adaptação 1) Equivalências e variações ao nível dos processos desenvolvimentais -Quais as trajectórias equivalentes para produzir uma dada perturbação (Princípio da Equifinalidade) -Como surge divergência nos resultados que têm origens comuns (Princípio da Multifinalidade) 2) Factores que influenciam o início e curso das trajectórias - endógenos -exógenos -o PRÓPRIO DESENVOLVIMENTO
3 O conceito de resiliência Contributos para a emergência da necessidade de introduzir o conceito de resiliência no domínio do Desenvolvimento (Rutter, 1990): 1) Resultados dos estudos em população de alto-risco (ex: filhos de pais perturbados emocionalmente) revelaram que um grande número de indivíduos não apresenta psicopatologia (cf. Rutter, 1987) 2) Estudos sobre o temperamento mostram que determinadas características das crianças influenciam a sua resposta a uma série de situações indutoras de stress (cf. Rutter, 1977). 3) Estudos sobre os pontos de viragem na vida dos indivíduos que colocam a tónica na relação pessoa-ambiente e na valorização do papel activo dos sujeitos.
4 O conceito de resiliência Risco Psicopatologia Resiliência é: Definições: O polo positivo das diferenças individuais nas respostas ao stress e à adversidade (Rutter, 1990) Capacidade do indivíduo para uma adaptação bem sucedida, funcionamento positivo ou competência na presença de uma situação de adversidade, envolvendo múltiplos riscos e ameaças internas e externas ou ainda a capacidade de recuperação na sequência de uma experiência i traumática prolongada (Soares, 2000, p.28)
5 O conceito de resiliência Considerações gerais sobre a resiliência i (Rutter, 1990): 1) A resiliência diz respeito às variações individuais na resposta a factores de risco. A utilização do conceito implica o conhecimento detalhado d sobre os mecanismos de risco (e não apenas sobre os indicadores de risco) 2) 3) Os factores de risco não têm o mesmo impacto se actuarem isoladamente ou em conjunto A resiliência não é um atributo estático de um indivíduo.
6 Estudos clássicos sobre a resiliência Estudos de padrões que normalmente produzem a perturbação mas que, por razões a serem conhecidas, não conduzem a esse resultado, num sub-grupo particular de sujeitos. (Sroufe & Rutter, 1984, p.18-19) 1) Estudos sobre crianças resistentes ao stress: a) Elder (1974): crianças que cresceram no período da Grande Depressão em condições de grande privação económica e social a apresentavam um funcionamento adaptativo b) Projecto de Competência ; Garmenzy, 1971; Garmenzy & Devine, 19874;Garmenzy & Tellegen, Stress= pais perturbados emocionalmente, deficiências iê i físicas, deficiências iê i ameaçadoras da vida. 2) Estudos sobre a esquizofrenia (Garmenzy, 1974) 3) Estudos sobre indivíduos expostos a condições traumáticas a) na Irlanda do Norte (Harbinson, 1983) b) vitímas do Holocausto (Epstein, 1979; Moskovitz, 1983) 4) Estudo longitudinal (31 anos) de Werner & Smith (1977) realizado na ilha havaiana de Kauai- avaliação, de gravidezes e posterior desenvolvimento para avaliar os resultados de complicações perinatais e de cuidados adversos
7 Mecanismos de vulnerabilidade e protecção (cf. Rutter, 1990) Mecanismos que conduzem à modificação da resposta individual à situação de stress/risco, intensificando a acção da situação de risco (vulnerabilidade)... diminuindo o impacto da situação (protecção) o efeito produzido é sempre indirecto e dependente da interacção entre diversas variáveis i psicológicas i envolvidas no processo (Ex: sexo, temperamento, t suporte conjugal, experiências escolares,...)
8 Mecanismos de vulnerabilidade e protecção Alguns erros comuns na concepção dos conceitos: 1) Não são factores (mas sim mecanismos) a) Uma variável pode operar como factor de risco numa dada d ocasião e como factor de vulnerabilidade noutra (Ex. perda de emprego: factor de risco depressão do adulto factor de vulnerabilidade para lidar com outros acont.stress b) o processo aumenta ou diminui o risco mas não se prende com ser positivo ou negativo, uma qualidade ou um defeito (ex. imunização; adopção) 2) Não são duas faces opostas da mesma moeda ( Not-up is not quite the same as down Rutter, 1990, p.187). A protecção não é a ausência de risco mas a capacidade de lidar com ele (ex. imunização)
9 Conceitos de vulnerabilidade e protecção Tipos de mecanismos que podem actuar como protectores (Rutter, 1990) 1) Processos que reduzem o impacto do risco Através de duas vias: 1.1. alteração do significado do risco 1.2. alteração na exposição ou no envolvimento com as situações de risco. 2) Processos que reduzem as reacções em cadeia que se seguem à exposição ao risco e que perpetuam os seus efeitos. 3) Processos que promovem a auto-estima e a auto-eficácia Através de duas vias: 3.1. experiências relacionais de vinculação segura 3.2. sucesso na realização de tarefas identificadas pelo indivíduo como centrais aos seus s interesses. 4) Processos que permitem novas oportunidades de crescimento pessoal
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