Saneamento Urbano TH419
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- Osvaldo Macedo Brezinski
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1 Universidade Federal do Paraná Arquitetura e Urbanismo Saneamento Urbano TH419 Resíduos sólidos urbanos Profª Heloise G. Knapik
2 ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA TRATAMENTO DE ÁGUA POTÁVEL COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
3 Resíduos sólidos e Meio ambiente Poluição das águas: Contaminação direta com resíduos sólidos urbanos Geração de lixiviado - água percolada & decomposição bioquímica dos resíduos Possibilidade de contaminação de águas superficiais e subterrâneas (lençol freático, aquíferos) Gastos elevados para o tratamento quando grande volume é gerado Gestão adequada dos RSU Coleta e tratamento do lixiviado Cobertura adequada das células do aterro Manejo e operação de nascentes e água de drenagem
4 Resíduos sólidos e Meio ambiente Poluição do solo Contaminação do solo pelo lixiviado ou descarte inadequado dos RSU Infiltração do lixiviado carreando poluentes e espalhando pelo solo, com eventual contaminação de metais pesados ou elementos patogênicos Degradação do solo tanto na área de disposição inadequada dos RSU, como na área contaminada Gestão adequada dos RSU Coleta e tratamento do lixiviado Cobertura adequada das células do aterro
5 Resíduos sólidos e Meio ambiente Poluição do ar Contaminação do ar com material particulado e gases Material particulado e materiais mais leves Liberação de gases e odores (decomposição biológica anaeróbia da matéria orgânica) Queima incompleta dos gases gerados no aterro Queima não autorizada de resíduos sólidos urbanos Gestão adequada dos RSU Coleta e aproveitamento dos gases gerados no aterro Cobertura adequada das células do aterro
6 Resíduos sólidos e Sociedade Degradação das condições sanitárias e de saúde públicas Desvalorização de áreas Riscos de desabamentos (instabilidade dos resíduos depositados) Enchentes decorrentes da diminuição da seção de escoamento (entupimentos, assoreamento do leito) Impactos no ecossistema local (fauna e flora)
7 Atividades relacionadas à gestão de resíduos sólidos Geração dos resíduos Acondicionamento - Manuseio e separação, armazenamento e processamento dos resíduos na fonte Coleta e transporte Limpeza de logradouros públicos Tratamento Disposição final
8 Plano de Gestão Integrado e Sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos
9 Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei /2010 Propõe a prática de hábitos de consumo sustentável Apresenta instrumentos para propiciar o incentivo à reciclagem e à reutilização dos resíduos sólidos, bem como a destinação ambientalmente adequada dos dejetos. Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos Meta para eliminação dos lixões (até 2014) Plano Nacional de Resíduos Sólidos Reduzir Reutilizar Reciclar
10 Plano de Gestão Integrado e Sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos Etapas Planejamento, Projeto, Implantação, Operação e Avaliação Aspectos técnicos, institucionais, administrativos, legais, sociais, econômicos do sistema de limpeza pública Dados do município: aspectos geográficos, socioeconômicos, infraestrutura urbana, população atual, flutuante e prevista
11 Gestão de resíduos sólidos É o processo de conceber, planejar, definir, organizar e controlar as ações a serem efetivados pelo sistema de gerenciamento de resíduos sólidos Definição de princípios e objetivos; Estabelecimento da política, do modelo de gestão, das metas, dos sistemas de controles operacionais, da medição e avaliação do desempenho; Previsão de quais recursos necessários.
12 Plano de gestão de resíduos sólidos Diagnóstico dos serviços de limpeza urbana
13 Plano de gestão de resíduos sólidos Diagnóstico dos serviços de limpeza urbana
14 Plano de gestão de resíduos sólidos Diagnóstico dos serviços de limpeza urbana
15 Plano de gestão de resíduos sólidos Caracterização dos resíduos Geração per capita Composição gravimétrica É a quantidade de resíduos gerada diariamente por habitante de uma determinada região Projeção em geral, 20 anos de vida útil do aterro Razão entre o peso de cada componente (matéria orgânica, metais, papel, papelão, plásticos, vidro, rejeitos) e o peso total de resíduos Otimização da coleta, tratamento e disposição Quarteamento Método normatizado pela NBR 10007:2004 para a estimativa da composição gravimétrica
16 Resíduos sólidos urbanos Formas de tratamento e destinação final: Reciclagem Compostagem Aterro sanitário Incineração
17 Disposição e tratamento de RSU: Reciclagem
18 Plano de gestão de resíduos sólidos Implementação de um sistema de triagem e reciclagem: Caracterização dos resíduos Elaboração do plano de coleta Custos e benefícios Parte operacional Modalidade de coleta (porta a porta, postos de troca, contêineres ou pequenos depósitos, participação de catadores) Características do município (instalações físicas, recursos materiais existentes, pessoal envolvido) Destino dos recicláveis (preço e compradores, doações a associações) Coleta e transporte dos materiais Local de armazenamento e triagem Campanha de educação ambiental
19 Plano de gestão de resíduos sólidos Formas de tratamento/ disposição final
20 Reciclagem de RSU Situação nacional e prognóstico Segundo o Ipea, a reciclagem no Brasil tem potencial de movimentar R$ 8 bilhões por ano atualmente, menos de 40% desses recursos são gerados Menos de uma cidade a cada cinco municípios no Brasil têm experiências com reciclagem Das capitais, apenas Natal (RN), está implementando a reciclagem como prevê a legislação Em São Paulo menos de 10% dos resíduos são reciclados corretamente Atualmente, o Brasil é o maior reciclador de latas de alumínio no mundo
21 Disposição e tratamento de RSU: Incineração
22 Plano de gestão de resíduos sólidos Formas de tratamento/ disposição final
23 Disposição e tratamento de RSU: Compostagem
24 Compostagem como alternativa viável Diagnóstico necessita de: Quantificar a geração de resíduos orgânicos Avaliar o grau de engajamento da população quanto à separação dos resíduos Identificação de grandes fontes geradoras Avaliar as possibilidades de comercialização do composto produzido Verificar exigências da legislação estadual e/ou municipal Componentes necessários: Recepção e separação Pátio de compostagem Depósito Área de prensagem, trituração Estrutura de apoio Aterro de inertes Estação de tratamento de efluentes Refino do composto
25 Plano de gestão de resíduos sólidos Formas de tratamento/ disposição final
26 Disposição e tratamento de RSU: Aterro Sanitário
27 Plano de gestão de resíduos sólidos Formas de tratamento/ disposição final
28 Funcionamento do aterro sanitário Estrutura geral
29 Funcionamento do aterro sanitário Estrutura geral Sistema de impermeabilização de base e laterais; Sistema de recobrimento diário dos resíduos; Sistema de cobertura final das plataformas de resíduos; Sistema de coleta, drenagem e tratamento de lixiviados (chorume e água pluvial); Sistema de coleta e tratamento dos gases; Sistema de drenagem superficial; Sistema de monitoramento técnico e ambiental.
30 Funcionamento do aterro sanitário Deposição dos resíduos e cobertura das células
31 Funcionamento do aterro sanitário Drenagem de chorume e de biogás
32 Funcionamento do aterro sanitário Tratamento do chorume (lixiviado)
33 Funcionamento do aterro sanitário Tratamento do chorume (lixiviado)
34 Passos para a seleção do Aterro Sanitário Seleção preliminar das áreas disponíveis Horizonte de projeto (estimativas) Delimitação em função do zoneamento (regiões rurais, industriais e unidades de conservação existentes) Levantamento das áreas disponíveis Levantamento dos proprietários das áreas
35 Passos para a seleção do Aterro Sanitário Critérios técnicos para a seleção Uso do solo Proximidade dos cursos d água relevantes Proximidade a núcleos residenciais urbanos Proximidade de aeroportos Distância do lençol freático Permeabilidade do solo natural Extensão da bacia de drenagem Facilidade de acesso a veículos pesados Disponibilidade de material de cobertura
36 Passos para a seleção do Aterro Sanitário Critérios econômico-financeiros para a seleção Distância entre o centro geométrico de coleta Custo de aquisição do terreno Custo de investimento em construção e infraestrutura Custos com a manutenção do sistema de drenagem Critérios político-sociais para a seleção Distância de núcleos urbanos de baixa renda Acesso à área através de vias com baixa densidade de ocupação Inexistência de problemas com a comunidade local
37 Passos para a seleção do Aterro Sanitário Definição de prioridades para os critérios de seleção Atendimento à legislação ambiental em vigor Atendimento aos condicionantes político sociais Atendimento aos principais condicionantes econômicos Atendimento aos principais condicionantes técnicos Atendimento aos demais condicionantes econômicos Atendimento aos demais condicionantes técnicos Análise da área selecionada frente aos critérios utilizados Local selecionado deve atender ao maior número de critérios, dando ênfase aos critérios de maior prioridade Análise individual de cada área selecionada fornecendo-se justificativas
38 Plano de Gestão Integrado dos Resíduos Sólidos Urbanos de Curitiba e Região Metropolitana
39 Aterro Sanitário de Curitiba Situação na década de 80: resíduos de Curitiba eram destinados ao Aterro Controlado da Lamenha Pequena, divisa com Almirante Tamandaré e do Barro Preto, no município vizinho de São José dos Pinhais, além do depósito de resíduos da CIC. Novembro/1989: início do Aterro Sanitário de Curitiba, localizado ao sul do Município de Curitiba, a 23 km do centro, no bairro da Caximba (entre os municípios de Araucária e Fazenda Rio Grande) Área total de terreno de m 2, sendo m² a área destinada à disposição de resíduos, recebendo ao longo da vida útil mais de 12 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos Outubro/2010: encerramento das atividades (recebia uma média de toneladas por dia de resíduos da coleta pública Municípios atendidos: Curitiba, Almirante Tamandaré, Araucária, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais, Mandirituba, Quatro Barras, Quitandinha e Tunas do Paraná.
40 Aterro Sanitário de Curitiba
41 Aterro Sanitário de Curitiba Sistema de Impermeabilização de Base A base do aterro sanitário foi impermeabilizada com 60 cm de argila compactada, seguida por uma manta de geomembrana de PVC ou PEAD e mais uma camada de 50 cm de argila compactada. Drenagem de chorume Há um sistema de drenos e de coletores para a coleta e condução do chorume para o sistema de tratamento e do biogás para a queima em flares Drenagem de águas pluviais A drenagem de águas pluviais tem por objetivo conduzir as águas de chuva e de escoamento superficial para fora do corpo de aterro, diminuindo a infiltração e a vazão de chorume Geração de chorume mesmo após o encerramento do depósito de resíduos. Características de degradabilidade se alteram em função da idade do aterro e de condições operacionais e climáticas.
42 Tratamento do Chorume Aterro Sanitário de Curitiba Tratamento com desarenador, calha Parshall (para medição da vazão), lagoa de equalização (aerada) e duas lagoas aeradas que funcionam em paralelo (uma facultativa) redução da carga poluidora por ação biológica Tratamento de oxidação química e posteriormente para tratamento por lodos ativados. Efluente final lançado no Rio Iguaçu O chorume é submetido a tratamento por fitoremediação, - redução da carga poluidora do efluente O pós tratamento é composto por três Wetlands e foi implantado no final de 2010
43 Aterro Sanitário de Curitiba Situação atual Atualmente os resíduos produzidos em Curitiba e nos outros 23 municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal para a Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos de Curitiba e Região Metropolitana (Conresol) são levados para dois locais diferentes. 2,7 mil toneladas por dia vão para o aterro da empresa Estre Ambiental, em Fazenda Rio Grande. 100 toneladas compostas principalmente por resíduo vegetal segue para a Essencis Soluções Ambientais, na Cidade Industrial de Curitiba.
44 Reciclagem de resíduos em Curitiba Apenas 5,7% dos resíduos coletados são destinados para a reciclagem, e destes somente 57,32% são realmente reaproveitados (pesquisa feita pela UTFPR em 2016) Curitiba produz uma média de 0,88 kg por dia (total de resíduos por habitante) número alinhado com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - outras capitais apresentaram número superior a 1kg diário.
45 Futuro da Gestão de RSU de Curitiba Prefeitura realizou em 16 de agosto de 2016 uma audiência pública sobre novo modelo de coleta e transporte de resíduos - Projeto de parceria público-privada Encerrada essa fase e analisadas todas as contribuições apresentadas, será publicado, no segundo semestre, o edital da licitação internacional, do tipo menor preço. O valor máximo do contrato decorrente da licitação é estimado em R$ ,00 (dois bilhões, setecentos e cinquenta e nove milhões, trezentos e sessenta e dois mil, trezentos e vinte e quatro reais), para o prazo de 15 anos O novo modelo terá a adoção de um mecanismo de pagamento à empresa contratada baseado em desempenho. A empresa que vencer a licitação deverá: investir em campanhas de conscientização e educação ambiental melhorar as condições de trabalho dos catadores promover o uso de sacos plásticos de cores diferentes para identificar materiais residuais e recicláveis construir estações de transferência para diminuir o tráfego de veículos pela cidade
46 Futuro da Gestão de RSU de Curitiba Limpeza urbana No caso do novo modelo de Curitiba, a CONCESSIONÁRIA deverá realizar a limpeza de logradouros e vias públicas, o que compreende, por exemplo, as seguintes atividades: Varrição dos pavimentos, sarjetas e áreas públicas, incluindo roçada e capinação; Varrição mecanizada das vias expressas, trincheiras e viadutos; COLETA de resíduos das lixeiras existentes nas áreas públicas; Remoção de cartazes de locais públicos; Lavagem de calçadões; Limpeza de sarjeta; Varrição e lavagem de FEIRAS LIVRES; Limpeza e COLETA de RESÍDUOS dos leitos dos rios e córregos; Resposta a incidentes; Limpeza dos parques e praças.
47 Crédito das imagens e informações adicionais: (Ascom/AMA; Jonathan Lins/G1)
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