Sonetos influência portuguesa na literatura brasileira.

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1 Sonetos influência portuguesa na literatura brasileira. Apesar do termo soneto já existir na França provençal (son ou sô designava ária da canção), o gênero ganhou notoriedade em Portugal, com Sá de Miranda e Luis de Camões, autores que influenciaram várias gerações de poetas brasileiros, como Olavo Bilac, Vinicius de Moraes e Glauco Mattoso. Exemplos: 12 Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida descontente, Repousa lá no Céu eternamente E viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento Etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te Alguma cousa a dor que me ficou Da mágoa sem remédio de perder-te, Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de cá me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te levou. 39 Grão tempo há já que soube da Ventura A vida que me tinha destinada, Que a longa experiência da passada Me dava claro indício da futura. Amor fero, cruel, Fortuna dura, Bem tendes vossa força exp'rimentada; Assolai, destruí, não fique nada, Vingai-vos desta vida que inda dura. Soube Amor, da Ventura, que a não tinha, E, porque mais sentisse a falta dela, De imagens impossíveis me mantinha. Mas vós, Senhora, pois que minha estrela Não foi melhor, vivei nesta alma minha, Que não tem a Fortuna poder nela. Sonetos de Camões Disponível em: Acesso 09 de Abr 2011.

2 Quando eu, senhora, em vós os olhos ponho, e vejo o que não vi nunca, nem cri que houvesse cá, recolhe-se a alma a si e vou tresvaliando, como em sonho. Isto passado, quando me desponho, e me quero afirmar se foi assi, pasmado e duvidoso do que vi, m'espanto às vezes, outras m'avergonho. Que, tornando ante vós, senhora, tal, Quando m'era mister tant' outr' ajuda, de que me valerei, se alma não val? Esperando por ela que me acuda, e não me acode, e está cuidando em al, afronta o coração, a língua é muda. Soneto de Sá de Miranda Disponível em: Acesso 09 de Abr De forma fixa, 14 versos dispostos em dois quartetos e dois tercetos, os sonetos geralmente são dodecassílabos (alexandrinos) ou decassílabos. Exemplos: Sin to que há na mi nha al ma um vá cuo i men so e fun do De tu do ao meu a mor se rei a ten to Verso de Machado de Assis. Verso de Vinicius de Morais As rimas são importantes porque compõem a musicalidade dos sonetos. Elas podem ser entrelaçadas, no esquema abba, ou seja, o primeiro verso rima com o último, e o segundo verso rima com o terceiro. "Quando em teus braços, meu amor, te beijo, se me torno, de súbito, tristonho, é porque às vezes, com temor, prevejo que esta alegria pode ser um sonho..." Estrofe de Martins Fontes.

3 Podem ser emparelhadas, no esquema aabb, ou seja, o primeiro verso rima com o segundo, e o terceiro verso rima com o quarto. "No rio caudaloso que a solidão retalha, na funda correnteza na límpida toalha, deslizam mansamente as garças alvejantes; nos trêmulos cipós de orvalho gotejantes..." Estrofe de Fagundes Varela. Podem ainda ser alternadas, no esquema abab, ou seja, o primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo verso rima com o quarto. Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada E triste, e triste e fatigado eu vinha. Tinhas a alma de sonhos povoada, E a alma de sonhos povoada eu tinha Estrofe de Olavo Bilac. A forma fixa foi obviamente parodiada e criticada pelos modernistas e pelos poetas visuais. Os poetas pregavam a liberdade da forma e da rima, portanto o gênero parecia sufocar a inventividade da época. Vale conferir os poemas visuais de Aderrio Surré e Avelino Araújo; O poeta Glauco Mattoso, que inicialmente se envolveu com os experimentalismos da poesia marginal e gráfica, começou a compor sonetos quando foi perdendo a visão, devido à facilidade de memorizar o gênero. Hoje o poeta já conta com mais de 4000 sonetos, todos disponíveis para a leitura no seu site oficial O autor colabora com várias revistas. Na Caros Amigos, por exemplo, os sonetos são de cunho mais político, bem distante do lirismo clássico de Camões. Note como o trabalho de Mattoso é bastante atual e crítico e como ele burla a métrica, sem, contudo, perder a musicalidade do verso.

4 #2116 PARA A RESERVA DE MERCADO [25/1/2008] Será o Legislativo necessário? De fato, só governa o Executivo, a menos que o Poder Judiciário não mande uma demanda para o arquivo. E quanto ao Parlamento? Há quem compare-o a mero valhacouto seletivo, e quem ali não seja réu primário será estelionatário compulsivo. Em sendo assim, melhor fechar a Casa, revelam as pesquisas, pois só vaza a imagem do desvio de dinheiro... Se agora é do Mercado a ditadura, três bons profissionais estão à altura: ladrão, publicitário e marqueteiro. #2101 PARA JANEIRO [14/1/2008] Janeiro é mês de contas. Já não sobra nem cheiro dos assados natalinos... Agora é só boleto que me cobra o carro, a casa, a escola dos meninos... Duríssimo, sem margem de manobra, descasco abacaxis, corto pepinos... Ninguém, mais do que eu driblo, se desdobra em meio a proprietários e inquilinos... Tentei guardar o décimo terceiro, mas quem falou que fica algum dinheiro no saldo, se a vidinha anda tão braba? Das férias volto até mais estressado... Só tem, de positivo, o mês um lado: faltando apenas onze, um ano acaba... Acesso em 10 Abr 2011 Acesso 10 Abr 2011.

5 #2106 PARA JUNHO [14/1/2008] Junina ou joanina, não importa. Qualquer que seja o termo, as festas dão ensejo a lembrar gente que conforta: São Pedro, Santo Antônio e São João. Se a moça casadoira o santo exorta por fé, pede o político ladrão que o santo aos cofres-fortes lhe abra a porta a fim de que ele, impune, meta a mão. Forró, fogueira, fogos e balão: de luzes e barulho uma explosão folclórica os noturnos ares corta. Nem tudo vale comemoração: meu próprio aniversário põe-me tão tristonho, que parece data morta.. Acesso 10 Abr Glauco Mattoso é poeta, ficcionista, ensaísta e articulista em diversas mídias. Pseudônimo de Pedro José Ferreira da Silva (paulistano de 1951), o nome artístico trocadilha com "glaucomatoso" (portador de glaucoma, doença congênita que lhe acarretou perda progressiva da visão, até a cegueira total em 1995), além de aludir a Gregório de Matos, de quem é herdeiro na sátira política e na crítica de costumes. Exercício Proposto (para casa) Trecho da biografia do autor. Disponível em: Acesso 10 de Abr Pesquise e analise pelo menos dois sonetos de cada um dos autores listados: Gregório de Matos; Olavo Bilac; Gilka Machado; Manuel Bandeira; Vinicius de Moraes.

Quando eu, senhora...

Quando eu, senhora... Quando eu, senhora... Sá de Miranda Quando eu, senhora, em vós os olhos ponho, e vejo o que não vi nunca, nem cri que houvesse cá, recolhe-se a alma em si e vou tresvariando, como em sonho. Isto passado,

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