ESTRADAS E INFRAESTRUTURAS DE SERVIÇOS INFRA-ESTRUTURAS NO DOMÍNIO PÚBLICO RODOVIÁRIO
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- Alexandre Arruda Regueira
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1 ESTRADAS E INFRAESTRUTURAS DE SERVIÇOS
2 ENQUADRAMENTO
3 Enquadramento A utilização do domínio público rodoviário por serviços de utilidade pública tem acompanhado a evolução de uma sociedade em desenvolvimento e na qual se passou progressivamente de uma realidade onde a maioria dos serviços públicos eram prestados pelo Estado para outra em que passaram a ser prestados por empresas públicas ou privadas
4 Enquadramento Por outro lado as políticas rodoviárias passaram nos últimos anos a ser mais orientadas para os cidadãos, que já não reclamam mais estradas mas sim melhores estradas, o que basicamente significa garantir Qualidade ambiental Maior mobilidade Comodidade de circulação Maior segurança de pessoas e bens
5 Enquadramento os benefícios que têm vindo a ser introduzidos nos sistemas rodoviários nem sempre são totalmente reconhecidos pelos seus utentes são frequentemente minimizados ou esquecidos face às frustrantes ocorrências diárias de acidentes e congestionamentos esta percepção do utente da estrada é importante e passou a ser uma das principais preocupações das administrações rodoviárias
6 Enquadramento os custos financeiros das perturbações da circulação rodoviária resultantes de obras na plataforma da estrada não poderão deixar de ser contabilizados eles serão tanto mais significativos quanto maiores forem os volumes de tráfego e mais elevados os níveis de serviço que as vias devem assegurar
7 Enquadramento Redução dos congestionamentos Melhor uso e defesa da estrada Melhor gestão do tráfego Redução do prazo das obras Planeamento e coordenação das intervenções nas infra-estruturas
8 Enquadramento Dada a importância crescente dos equipamentos e serviços de telecomunicações na melhoria das condições de circulação e segurança rodoviária e na informação e apoio ao utente consagrou-se a existência de um canal técnico de telecomunicações, enquanto parte integrante do domínio público
9 Enquadramento Tipo de estrada Itinerários Principais (IP) e/ou AE s Itinerários Complementares (IC) Circulares ou Variantes Urbanas (VCU) Estradas Nacionais (EN) Estradas Regionais (ER) Vias de Penetração Urbana (VPU) Estradas Municipais (EM) Caminhos Municipais (CM) Outras Vias (OV) As restrições e condicionantes à utilização do domínio público viário variam com a classificação funcional das vias e os níveis de serviço que lhe estão associados com a sua inserção, urbana ou rural os volumes de tráfego
10 CONDIÇÕES GERAIS
11 Condições gerais proibição de utilizar a plataforma da estrada no caso dos IPs ICs e novos traçados das OEs possibilidade de utilizar a plataforma (de preferência na berma ou passeio) das ENs, em travessia urbana condicionalismo na utilização da plataforma das OEs em meio rural
12 Condições gerais A ocupação do domínio público rodoviário ou a sua utilização é objecto de licenciamento por parte da Autoridade Rodoviária A licença concedida é a título precário pelo que a sua extinção não conduz a indemnização
13 Condições Gerais A autorização, licença ou concessão apenas podem ser emitidas quando esse uso é compatível com a finalidade do domínio público viário a integridade das infra-estruturas a segurança dos utentes os níveis de serviço da circulação rodoviária a prestação de um serviço público de interesse geral a qualidade ambiental
14 Condições gerais A autoridade rodoviária pode por razões ligadas às obras a realizar nas infra-estruturas rodoviárias ou no interesse da segurança rodoviária, mandar deslocar as instalações ou equipamentos instalados no domínio público rodoviário, sempre a expensas das entidades gestoras das infra-estruturas
15 Condições gerais A coordenação das obras que afectam o solo, sub-solo, e o espaço aéreo da zona da estrada pertence à Autoridade Rodoviária Quer se trate de infra-estrutura existente ou a instalar o programa e calendário das obras na zona da estrada deverá ser comunicado à Autoridade Rodoviária até ao dia 1 de Dezembro do ano anterior Proj. Estatuto das Estradas Nacionais
16 Condições gerais Em condições particulares e quando o for solicitado a entidade gestora da infra-estrutura deverá apresentar os planos de instalação inspecção periódica manutenção
17 LEGISLAÇÃO
18 Legislação Nos IPs e ICs é proibida a ocupação da zona da estrada a título definitivo ou precário, com excepção de equipamentos ou serviços de telecomunicações relacionados com a exploração e, em especial, com a segurança das rodovias. Artº 8º Dec.-Lei 13/94
19 Legislação Quaisquer outras infra-estruturas ou equipamentos, afectos ou não a concessão de serviço público, podem ser implantados ou instalados ao longo da faixa de 7m integrante do domínio público marginal à zona da estrada, mediante aprovação da EP,EPE, salvo se existirem impedimentos de natureza técnica, ou ambiental devidamente justificados, e havendo sempre lugar ao pagamento de uma taxa. Artº 8º Dec.-Lei 13/94
20 Legislação Nos IPs e ICs poderão ser instaladas, em atravessamento perpendicular ao eixo da estrada, e em casos de interesse público de especial relevo devidamente comprovado, canalizações ou cabos condutores de energia eléctrica, de líquidos, de gases, telecomunicações ou desde que a sua substituição ou reparação se faça por meios de técnicas que não impliquem a necessidade de levantamento dos pavimentos, ou a danificação de equipamentos acessórios Artº 8º Dec.-Lei 13/94
21 Legislação Lei nº 5/2004 de 10 de Fevereiro, consagrou uma importante distinção entre activos de redes de telecomunicações e infra-estruturas para suporte das mesmas, colocando as primeiras na esfera dos operadores de telecomunicações e permitindo que as segundas, quando instaladas no domínio público rodoviário, pudessem ser utilizadas mediante uma justa remuneração
22 Legislação Em relação às infra-estruturas de serviços de telecomunicações o Decreto-Lei nº 68/2005 consagra um conjunto de princípios relativos à sua utilização: a necessidade de assegurar regras de acesso ao domínio público em condições de igualdade a todos os interessados a definição das entidades administradoras, as quais têm que assegurar essas condições de acesso e a proceder à sua fiscalização a necessidade de publicar as condições de acesso, técnicas e outras a natureza eminentemente pública destas infra-estruturas
23 Legislação Nos casos em que o considerar necessário, a autoridade rodoviária pode pedir aos beneficiários das licenças, que prestem uma caução, com vista ao ressarcimento de eventuais danos causados às infra-estruturas Artº 12º Dec.-Lei 13/71
24 TAXAS E LICENÇAS
25 Taxas e licenças pela ocupação do subsolo da zona da estrada pela ocupação temporária de parte da zona da estrada com construções, abrigos móveis ou andaimes pelo estabelecimento de acessos a propriedades rústicas, a edifícios de habitação ou a instalações industriais... Artº 15º Dec. - Lei 13/71
26 Taxas e licenças A instalação das infra-estruturas na zona da estrada e nas faixas de 7,00 metros integrantes do domínio público, implica a emissão, pela Direcção de Estradas, de diploma de licença e do pagamento da respectiva taxa Artº 15º Dec.-Lei 13/71
27 Taxas e licenças O valor das taxas e actualizações são fixados anualmente por portaria conjunta do Ministério da Tutela e do Ministério das Finanças. A última actualização foi feita em 24/01/2004
28 Taxas e licenças Os projectos objecto de uma declaração prévia de utilidade pública emitida pelo Ministro da Indústria e Energia não estão sujeitos a licenciamento para a execução das obras. Estão no entanto sujeitos a taxa de ocupação do sub-solo nos termos do Artº 8º do Dec.-Lei 13/94
29 Taxas e licenças Estão isentas de pagamento de taxas as canalizações de águas e esgotos respeitantes a serviços públicos estabelecimentos de beneficência ou de interesse público Artº15º Dec. Lei 13/71 A EP tem no entanto uma concepção restritiva do conceito de serviço publico,(concepção orgânica) isentando apenas quando essa actividade é directamente exercida pelo Estado.
30 Taxas e licenças A remuneração do acesso às infra-estruturas instaladas no domínio público do Estado para alojamento de redes de comunicações electrónicas é definida por portaria do membro do Governo que tutela a entidade administradora, por proposta desta e após parecer da Autoridade Nacional de Comunicações, podendo ser revista anualmente. Artº 12º Dec. -Lei 68/2005
31 CONDIÇÕES TECNICAS
32 Condições Técnicas As instruções técnicas tem em consideração as especificidades das infra-estruturas e os riscos associados a cada uma delas, estabelecendo procedimentos de construção, fiscalização, inspecções periódicas e manutenção que assegurem a segurança de pessoas e bens, a qualidade ambiental e a protecção da infra-estrutura viária e da sua funcionalidade
33 Condições Técnicas Os requisitos técnicos de execução exigidos no acto de licenciamento deverão constar nos respectivos Cadernos de Encargos das obras promovidas pelas entidades gestoras, quando interferem com a rede rodoviária
34 Condições técnicas As entidades gestoras de infra-estruturas instaladas no domínio público estão obrigadas À reposição do pavimento na sequencia de obras A reparar qualquer dano que essas infra-estruturas possam causar no domínio publico rodoviário aos utentes da estrada aos proprietários confinantes
35 Condições técnicas Quando os trabalhos de construção/manutenção interferem com a circulação rodoviária têm que cumprir o Decreto Regulamentar nº 22-A/98, de 1 de Outubro Regulamento da Sinalização de Trânsito
36 Condições técnicas Após a conclusão da instalação da infra-estrutura, deverão apresentar as telas finais do traçado das condutas, devidamente cotadas, contendo todas as interferências com a rede rodoviária nacional
37 Condições Técnicas Situações de paralelismo a vala não pode ser aberta em extensões contínuas superiores a 100m as zonas dos trabalhos não devem exceder extensões contínuas superiores a 200m a profundidade mínima de 1,20m relativamente à cota da camada de desgaste do pavimento existente O equipamento a utilizar na execução de trabalhos na estrada deverá ser apropriado, de forma a não danificar os pavimentos existentes
38 Condições Técnicas (condutas de gás) Situações de atravessamento deverá ser ortogonal ao eixo da via deve ser implantado em perfil de aterro fora da zona de aterro só em casos justificados a conduta deve ser protegida por uma manga o método de instalação é por perfuração
39 Condições Técnicas (Obras de arte) Não é autorizada a instalação de condutas de gás sobre obras de arte e o distanciamento das condutas relativamente a estas deverá obedecer a critérios de segurança que tenham em conta o perigo de explosão e os impactes de projecção de materiais incandescentes e acção do fogo
40 Condições Técnicas (Obras de arte) a instalação deve permitir que os trabalhos de conservação/manutenção da ponte não sejam perturbados a instalação da conduta não deve afectar o funcionamento estrutural da obra de arte os materiais da conduta e dos elementos de suporte desta, devem possuir durabilidade comprovada e adequada, minimizando as intervenções de manutenção e conservação.
41 Condições Técnicas (condutas de gás) A título excepcional poderá ser autorizada a instalação de condutas de gás da rede distribuidora secundária, (0,4 a 4 bar) nas passagens inferiores (PIs), em ENs e ERs, em zona urbana e desde que sejam garantidas as condições de segurança que a seguir se discriminam.
42 Condições Técnicas (Condutas de gás ) manga de protecção em toda a travessia, terminando após 15m da estrutura da obra de arte betão envolvente à manga protectora com 0,30m de espessura e afastado 3,0m da fundação da obra de arte o espaço anelar entre a manga e a tubagem devidamente ventilado através de respiros instalação de válvulas de corte instalação de fita avisadora
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