C - Descrever os objetivos de aprendizagem (conceituais e procedimentais/habilidades):

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1 ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA Nome: Nº 9º ano Data: / /2016 Professor: Nota: (valor: 1,0) 2º bimestre A - Introdução Neste bimestre, sua média foi inferior a 6,0, indicação de que você não assimilou os conteúdos mínimos necessários. Agora, você terá a oportunidade de recuperar esses conteúdos por meio de um roteiro de estudo. Leia atentamente este roteiro, pois ele resgata conteúdos essenciais para o prosseguimento de seus estudos no segundo bimestre. B - Relacionar os conteúdos essenciais do bimestre: No 1º bimestre deste ano, os conteúdos essenciais de nossa disciplina foram: - Sintaxe: período composto por subordinação; orações subordinadas substantivas - Produção de texto: artigo de opinião. - Leitura do romance Capitães da Areia, de Jorge Amado. No 2º bimestre deste ano, os conteúdos essenciais de nossa disciplina foram: - Sintaxe: estudo dos pronomes relativos e demonstrativos; período composto por subordinação: orações subordinadas adjetivas; - Produção de texto: leitura e produção de artigo de opinião. - Leitura: Conversa com Fernando Pessoa, de Carlos Felipe Moisés e o romance O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. C - Descrever os objetivos de aprendizagem (conceituais e procedimentais/habilidades): Além dos conteúdos essenciais, citados anteriormente, no decorrer do 2º bimestre, tínhamos como objetivos de aprendizagem fazer com que o aluno: 1. Compreendesse que os enunciados propostos são desenvolvidos por meio do encadeamento de ideias, de modo a sequenciar progressivamente tanto as informações explícitas quanto aquelas subentendidas dos textos. 1

2 2. Avaliasse relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas garantidas por elementos coesivos. 3. Estabelecesse relações entre recursos gramaticais e efeitos de sentido. 4. Produzisse textos coerentes e coesos, que apresentem raciocínio lógico devidamente estruturado e as características do gênero em estudo. 5. Conhecesse a linguagem literária dos principais poemas de Fernando Pessoa, bem como a principal obra em prosa do escritor Oscar Wilde. 5.1 Compreendesse poemas de Fernando Pessoa, observando elementos da linguagem literária e poética, especificamente Entendesse a heteronímia como um procedimento poético de Fernando Pessoa. 5.2 Estudasse os elementos de composição que fazem de O retrato de Dorian Gray uma obra literária: análise do enredo e dos conflitos; dos cenários; do protagonista e das demais personagens; da alternância entre o discurso indireto e o indireto livre; do aprofundamento psicológico da narrativa Entendesse o elemento fantástico como procedimento narrativo. D - Orientações de estudo (atividades que têm como objetivo diagnosticar os erros dos alunos para que eles possam superá-los e, consequentemente, consigam atingir uma aprendizagem satisfatória): Leia com bastante atenção as propostas de trabalho apresentadas a seguir, pois elas propõem uma retomada da trajetória de seus estudos bimestrais e, se forem seguidas, possibilitarão que você recupere sua aprendizagem e, consequentemente, sua média. É importante ressaltar que você precisará de muito empenho e dedicação na elaboração destas atividades, mas não estará sozinho nessa jornada, porque terá o constante apoio de seu professor e também do monitor da área. D.1. Questões dos conteúdos essenciais do bimestre. O poema a seguir pertence a O guardador de rebanhos, de Alberto Caeiro. Leia-o para responder às questões. 2

3 V Há metafísica bastante em não pensar em nada. O que penso eu do mundo? Sei lá o que penso do mundo! Se eu adoecesse pensaria nisso. Que ideia tenho eu das cousas? Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos? Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma E sobre a criação do mundo? Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos E não pensar. É correr as cortinas Da minha janela (mas ela não tem cortinas). O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério! O único mistério é haver quem pense no mistério. Quem está ao sol e fecha os olhos, Começa a não saber o que é o sol E a pensar muitas coisas cheias de calor. Mas abre os olhos e vê o sol, E já não pode pensar em nada, Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos De todos os filósofos e de todos os poetas. A luz do sol não sabe o que faz E por isso não erra e é comum e boa. Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores? A de serem verdes e copadas e de terem ramos E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, A nós, que não sabemos dar por elas. Mas que melhor metafísica que a delas, Que é a de não saber para que vivem Nem saber que o não sabem? Constituição íntima das coisas... Sentido íntimo do Universo... Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada. É incrível que se possa pensar em coisas dessas. É como pensar em razões e fins Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão. Pensar no sentido íntimo das coisas É acrescentado, como pensar na saúde Ou levar um copo à água das fontes. O único sentido íntimo dos coisas É elas não terem sentido íntimo nenhum. 3

4 Não acredito em Deus porque nunca o vi. Se ele quisesse que eu acreditasse nele, Sem dúvida que viria falar comigo E entraria pela minha porta dentro Dizendo-me: Aqui estou! (Isto é talvez ridículo aos ouvidos De quem, por não saber o que é olhar para as cousas, Não compreende quem fala delas Com o modo de falar que reparar para elas ensina.) Mas se Deus é as flores e as árvores E os montes e sol e o luar, Então acredito nele, Então acredito nele a toda a hora, E a minha vida é toda uma oração e uma missa, E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos. Mas se Deus é as árvores e as flores E os montes e o luar e o sol, Para que lhe chamo eu Deus? Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar; Porque, se ele se fez, para eu o ver, Sol e luar e flores e árvores e montes, Se ele me aparece como sendo árvores e montes E luar e sol e flores, É que ele quer que eu o conheça Como árvores e montes e flores e luar e sol. E por isso eu obedeço-lhe (Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?), Obedeço-lhe a viver, espontaneamente, Como quem abre os olhos e vê. E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes, E amo-o sem pensar nele, E penso-o vendo e ouvindo, E ando com ele a toda a hora. (Revista Athena, n.º 4, Janeiro de 1925) MOISÉS, Carlos Felipe. Conversa com Fernando Pessoa. São Paulo: Ática, p Explique como o poema apresenta a natureza e por que o faz dessa maneira. 4

5 2. Releia: Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores? A de serem verdes e copadas e de terem ramos E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, A nós, que não sabemos dar por elas. Mas que melhor metafísica que a delas, Que é a de não saber para que vivem Nem saber que o não sabem? a) Classifique a oração sublinhada e explique por que seu uso é importante para a argumentação do eu lírico. b) Nos dois últimos versos, há três ocorrências da palavra que. Classifique-a, morfologicamente, em cada caso. 3. Explique a relação existente entre a poesia de Alberto Caeiro e a filosofia, retirando do poema um trecho que justifique sua resposta. 4. Com base no que foi discutido em sala e a partir do poema, explique por que o título do poema é O guardador de rebanhos. 5

6 Releia o poema de Ricardo Reis, abaixo. As rosas amo dos jardins de Adônis, Essas volucres amo, Lídia, rosas, Que em o dia em que nascem, Em esse dia morrem. A luz para elas é eterna, porque Nascem nascido já o sol, e acabam Antes que Apolo deixe O seu curso visível. Assim façamos nossa vida um dia, Inscientes, Lídia, voluntariamente Que há noite antes e após O pouco que duramos. Glossário: Adônis na mitologia, jovem de rara beleza, por quem Vênus se apaixonou. Volucres quem vivem pouco, têm vida efêmera. Apolo na mitologia, deus do Sol. Inscientes inconscientes; que não têm conhecimento. Odes ( ) MOISÉS, Carlos Felipe. Conversa com Fernando Pessoa. São Paulo: Ática, p O poema tem como temática o carpe diem. Justifique essa afirmação. 6. Explique o que é a heteronímia e qual sua importância para a obra poética de Fernando Pessoa. 6

7 As questões a seguir referem-se a O retrato de Dorian Gray (1891), de Oscar Wilde. 7. A respeito do retrato, que dá título ao romance, responda: a) O que o difere de um quadro comum? b) Que importância para a narrativa teve a fala de Dorian Gray, na página 35 do livro, quando viu o quadro pela primeira vez, na casa de Basil Hallward? 8. Narciso personagem da mitologia grega é citado várias vezes na narrativa. Pesquise sobre o mito de Narciso e explique a semelhança existente entre o personagem grego e Dorian Gray. 9. Leia: [...] Sim, senhor Gray, os deuses foram bondosos com o senhor. Mas o que os deuses dão, eles logo tiram. O senhor tem apenas poucos anos para viver de verdade, com perfeição e plenitude. Quando a juventude for embora, a sua beleza irá com ela [...]. Cada mês, à medida que passa, o aproxima de algo terrível. O tempo tem ciúmes do senhor, e guerreia contra seus lírios e suas rosas. O senhor se tornará pálido, com as maçãs do rosto fundas, e os olhos mortiços. O senhor sofrerá terrivelmente... Ah!, dê sentido à juventude enquanto a tem. [...] Viva! Viva a vida 7

8 maravilhosa que há no senhor. Não deixe que nada passe despercebido. Busque sempre novas sensações. Não tenha medo de nada... Um novo Hedonismo é o desejo de nosso século. [...] a) O que Harry quis dizer com a frase O tempo tem ciúmes do senhor e guerreia contra seus lírios e suas rosas? b) Que relação existe entre as rosas e os lírios, citados por Harry, e a passagem do tempo para Dorian Gray? 10. Leia, agora, outro trecho da obra O retrato de Dorian Gray. O que nela havia do instinto puramente sensual da juventude fora transformado pelo trabalho da imaginação, transformado em alguma coisa que parecia ao próprio rapaz ser distante dos sentidos, e que era, por essa mesma razão, muito mais perigosa. As paixões sobre cujas origens nos enganamos nos tiranizam com mais força. Nossas motivações mais fracas são aquelas de cuja natureza temos consciência. a) Qual é a classificação das orações subordinadas sublinhadas com apenas um traço? b) Transcreva os pronomes relativos dessas orações e, em seguida, diga quais são suas funções sintáticas. c) Agora, relendo o trecho, responda como se classifica a oração sublinhada com dois traços. Justifique sua resposta. 8

9 d) No último período do trecho em destaque, há um pronome demonstrativo aquelas. Baseando-se no que foi visto em sala de aula a respeito do assunto, procure explicar o uso de tal pronome dentro do contexto em que se insere, na fala do narrador em questão. Atividades metacognitivas para que o aluno descubra as causas de seus erros e não simplesmente foque seu olhar para o erro e a resposta correta. Olhar para seu pensamento, refletir sobre o próprio ato de conhecer são movimentos semelhantes ao de olhar-se no espelho: convidam-nos a nos ver de fora para dentro e de dentro para fora. (PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza. Aprendizagem do adulto professor. São Paulo: Loyola, 2006). 11. No espaço abaixo, formule 1 questão sobre um dos conteúdos estudados no bimestre e responda-as com o apoio de suas anotações de aula e livro didático. 12. Reelabore sua redação bimestral, mas não se limite a reparar os erros gramaticais: busque ampliar e aperfeiçoar sua argumentação, por meio da pesquisa e do planejamento de suas ideias. Faça seu rascunho no caderno e utilize, para a versão final, as folhas oficiais apropriadas à redação. 9

10 Postura de estudante Organização do material Inicialmente, verifique se todas as fichas de estudo do bimestre estão arquivadas em seu caderno ou em sua pasta. Ter o material completo e organizado são condições essenciais para o desenvolvimento dos estudos. Postura de estudante Registro no caderno Reveja suas anotações de aula. Você conseguiu garantir os registros mínimos de cada conteúdo? Reflita sobre isso e, se necessário, complete suas anotações e anexe-as ao final deste roteiro. Reflexões sobre os estudos Quais as principais dificuldades que você percebe em seus estudos? Nunca Às vezes Muitas vezes Sempre Distraio-me com facilidade Esqueço-me rapidamente do que li Desisto de continuar a estudar quando não compreendo o que leio ou faço Quando tenho que estudar um texto, primeiramente faço uma leitura do começo ao fim Depois de fazer uma primeira leitura do texto, tento identificar as ideias principais de cada parágrafo Sublinho as partes mais importantes dos textos que leio Anoto as dúvidas para pedir ajuda Faço resumos, esquemas ou mapas conceituais do texto que li

11 Como vou estudar? Respostas que ajudam pouco Respostas que ajudam muito Ler o livro e as anotações de aula de Ciências - fazer resumos; - pedir ajuda ao professor; - pedir ajuda ao monitor; - rever as correções de exercícios; - reorganizar minhas anotações; - copiar a matéria que perdi quando faltei; - estudar com meus colegas após as aulas. Dificuldades na avaliação (percepção do aluno) Interpretação Compreensão Produção de Erros Conteúdo Não houve dificuldade dos documentos das perguntas textos e respostas ortográficos relevante Dificuldades na avaliação (percepção do professor) Interpretação Compreensão Produção de Erros Conteúdo Não houve dificuldade dos documentos das perguntas textos e respostas ortográficos relevante Bons estudos! 11