Globalização, Comunicação e Cultura
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- Sílvia Almeida Marreiro
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1 Globalização, Comunicação e Cultura Sónia Pedro Sebastião (ISCSP UTL) Mestrado em Comunicação Social
2 Conceitos Cultura: Construções sociais, articulação e recepção de significados. A cultura é uma experiência criativa vivida pelos indivíduos, assim como, um conjunto de artefactos, textos e objectos; incluindo a produção artística, os produtos das indústrias culturais, as expressões espontâneas e desorganizadas do quotidiano e a articulação entre todos estes elementos. Comunicação: Refere-se à forma como os artefactos, crenças e mensagens culturais são movidos através do tempo e do espaço. Globalização: É o movimento dos objectos, signos e pessoas através das regiões e espaços intercontinentais.
3 Escolas Teóricas da Globalização Hiperglobalistas (Kenichi Ohmae) Define uma nova era onde os povos estão subordinados a um mercado económico global. Esta concepção privilegia a lógica económica e a sua variante neoliberal como promotores do progresso humano e da «desnacionalização» dos Estados. Cépticos (Paul Hirst e Grahame Thompson) A Globalização não existe, pois há um grau de integração económica entre os Estados que é significativo desde o século XIX. Os Estados mantêm a sua influência nas relações internacionais: principais arquitectos da internacionalização. Transformacionistas (James Rosenau e Anthony Giddens) Consideram que os padrões actuais da Globalização não conhecem precedentes históricos, de modo que Estados e sociedades atravessam um período de mudança, à medida que se tentam adaptar à incerteza e à interligação de processos e actores. Leitura obrigatória (blog): Teses Globalização AV [1999] Global Transformations, Cambridge: Polity Press, introdução
4 Etapas da Globalização: Roland Robertson 5 fases do modelo de evolução da Globalização ao longo da História Europeia: 1. «Germinal» (século XV a meados do século XVIII): alteração das estruturas medievais e a criação das comunidades nacionais, tendo por base uma visão heliocêntrica do mundo. 2. «Incipiente» (meados do século XVIII até 1870): consolidação da concepção de Estado unitário e homogéneo, a cristalização das relações internacionais e a normalização dos conceitos de cidadania e poder político. 3. «Arranque» (de 1870 a meados dos anos 1920): nações não europeias são incluídas numa visão mundo globalizada mais alargada, favorecida pelo desenvolvimento e pela velocidade dos meios de comunicação emergentes, que contribuem igualmente para o aprofundamento do debate em torno da condição humana, dos direitos de cidadania, de competições de cariz mundial (Jogos Olímpicos, Prémio Nobel), organizações de Nações e para o primeiro embate bélico mundial entre diferentes países europeus (I Guerra Mundial). 4. «Luta pela hegemonia» (pós-i Guerra até meados dos anos 1960): frágeis equilíbrios, lutas globais, pelo Holocausto e pela Bomba Atómica. 5. «Incerteza» - é caracterizada pela inclusão do Terceiro Mundo e da tolerância multicultural na discussão global, pelo acentuar da defesa de valores pós-modernos, pelo fim da Guerra-Fria e pela disseminação das armas nucleares. Com o fim da bipolaridade verifica-se a consolidação do sistema global mediático. Desta forma, nota-se a importância do papel da globalização no entendimento do mundo como um todo.
5 Etapas da Globalização: Sandra Balão Abordagem histórico-política: 1. Pré-moderna ( ); 2. Moderna ( ); 3. Contemporânea (pós-1945) 4. E-Globalização (pós-1989), existindo a co-existência destas duas últimas na actualidade. De acordo com a concepção desta autora, a Globalização é um processo multidisciplinar, de certa forma obscuro, que penetra todas as áreas da existência humana, verificando-se uma promiscuidade entre as dimensões económicas e políticas, uma cultura de tittytainment, onde o Quarto Poder (media) exerce uma função de «adormecimento» das populações.
6 Globalização Appadurai (1996) A globalização não é um processo simples que esteja a acontecer de forma homogénea em todo o lado. A globalização é uma série de processos, por vezes, paradoxais. Estes processos implicam movimento: de pessoas, de bens, de conteúdos mediáticos, de tecnologia, de ideias políticas, de dinheiro. Dimensões da globalização: Etnoscape: fluxos de pessoas, turistas, migrantes, refugiados, exilados. Tecnoscape: produção e distribuição global das tecnologias. Finanscape: circulação de capital e investimento. Mediascape: conjunto de imagens e histórias. Ideoscape: a circulação de ideias políticas, nomeadamente, do ideal democrático e de justiça social.
7 Limites da Globalização Económica (Hirst & Thompson) Apreciação geral do artigo. Mobilização dos trabalhadores (p. 339). Comentar. Desigualdade de oportunidades na migração. Reflexos da migração no exercício da cidadania.
8 Globalização É nossa opinião que o global é caótico. A homogeneização global é utópica. A globalização constitui-se como um discurso de entretenimento dos senhores do mundo. Comente.
9 Globalização Cultural Hiperglobalistas: Descrevem a homogeneização do mundo sob os auspícios da cultura popular americana e do consumismo ocidental. Cépticos: Apontam a pouca qualidade da cultura global em comparação com as culturas locais; assim como, a persistência das diferenças culturais e o aumento dos conflitos a elas associados. Transformacionistas: Defendem o surgimento das culturas híbridas: culturas globais em rede que reúnem elementos glocais. Globalização transforma o contexto e os meios de produção e reprodução das culturas nacionais, mas o seu impacto na natureza e função das mesmas é difícil de identificar. Isto porque, as grandes indústrias querem ganhar dinheiro (G. Económica) e não criar alternativas políticas identitárias.
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