UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA UMA FERRAMENTA PARA ANÁLISE DE DESEMPENHO DE REDES CONVERGENTES ITALO AMARAL BRITO VINÍCIUS MACÊDO DE SOUSA ORIENTADORES: ANTÔNIO J. MARTINS SOARES HUMBERTO ABDALLA JÚNIOR PROJETO FINAL DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE REDES DE COMUNICAÇÃO BRASÍLIA / DF: JAN/2005

2 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA UMA FERRAMENTA PARA ANÁLISE DE PERFORMANCE DE REDES CONVERGENTES ITALO AMARAL BRITO VINÍCIUS MACÊDO DE SOUSA PROJETO FINAL DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO DE REDES COMUNICAÇÃO. APROVADA POR: ANTÔNIO J. MARTINS SOARES, Doutor, UnB (ORIENTADOR) LÚCIO MARTINS DA SILVA, Doutor, UnB (EXAMINADOR) PRISCILLA SOLÍS BARRETO, Mestre, UnB (CO-ORIENTADORA) DATA: BRASÍLIA/DF, 13 DE JANEIRO DE 2005.

3 A Deus, nossos pais, irmãos e a todos que nos ajudaram direta e indiretamente nessa conquista.

4 AGRADECIMENTOS Aos nossos orientadores Prof. Dr Antônio J. Martins Soares, Prof. Dr Humberto Abdalla Júnior pelo apoio, incentivo, dedicação e amizade essenciais para o desenvolvimento deste trabalho e para o nosso desenvolvimento como pesquisadores. Aos Pesquisadores do Laboratório de Comunicações da Universidade de Brasília LabCom UnB, em especial Priscilla Barreto e Georges Amvame-Nze pela paciência, dedicação, atenção, motivação, direcionamento dos trabalhos bem como pela amizade construída ao longo do processo. Ao bolsista do Labcom Rafael Sampaio por ter nos ajudado bastante no desenvolvimento desse trabalho e, especial na programação. A todos, os nossos sinceros agradecimentos.

5 RESUMO Este trabalho apresenta um software que tem como objetivo analisar o desempenho de redes utilizando parâmetros de QoS (Qualidade de Serviço). O software integra as funcionalidades de várias ferramentas de código aberto e foi desenvolvido na linguagem de programação JAVA. Espera-se que sua utilização permita, através da geração de tráfego, a simulação das diversas aplicações em uma rede real e a realização de experiências que envolvam análise de desempenho de redes, agilizando e facilitando as atividades do pesquisador de redes.

6 ABSTRACT This work presents a software that aims at analyzing network performance using QoS (Quality of Service) parameters. The software integrates the functionalities of a sort of open source tools and was developed using JAVA programming language. It is expected that its utilization permits, by generating traffic, the simulation of various applications in a real network and performing experiments that involve network performance analysis, making faster and easier the network researchers activities.

7 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO QUALIDADE DE SERVIÇO INTRODUÇÃO HISTÓRIA DA QOS ARQUITETURA DE SERVIÇOS DIFERENCIADOS Definição do Campo DS PHB Domínio DS CONCLUSÃO MEDIDAS DE DESEMPENHO ATRASO VARIAÇÃO DO ATRASO (JITTER) PERDA DE PACOTES LARGURA DE BANDA E VAZÃO RESUMO DE FERRAMENTAS DE MEDIÇÃO CONCLUSÃO MEDIÇÃO DE TRÁFEGO MEDIÇÃO PASSIVA (NÃO INTRUSIVA) Técnicas de Coleta Monitor de Pacotes Monitor de Fluxo Monitor de Agentes MEDIÇÃO ATIVA (INTRUSIVA) Métodos de Geração do Tráfego MEDIÇÃO EM REDES CONVERGENTES ESTUDO DE CASO UMA APLICAÇÃO DE MEDIDAS O AMBIENTE AS FERRAMENTAS MGEN TRPR...28

8 Chrony TESTES DE AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE VOIP CONCLUSÃO DO ESTUDO DE CASO CONCLUSÃO APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE NECESSIDADE DO SOFTWARE CONVERGÊNCIA DE APLICATIVOS VANTAGENS DESCRIÇÃO DO SOFTWARE SINCRONISMO UML PROGRAMA ANALISADOR CONSIDERAÇÕES SOBRE A APLICABILIDADE CONCLUSÃO CONCLUSÕES TRABALHOS FUTUROS REFERÊNCIAS...53 ANEXO A CONFIGURAÇÃO DO CHRONY...55

9 ÍNDICE DE TABELAS TABELA 4.1 FLUXOS DE TRÁFEGO PARA MPLS-BE TABELA 4.2 FLUXOS DE TRÁFEGO PARA MPLS-DS TABELA 4.3 PERDAS MÉDIAS PARA MPLS-BE... 32

10 ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 2.1 DEFINIÇÃO DO CAMPO DS... 8 FIGURA 2.2 DOMÍNIO DS FIGURA VISÃO LÓGICA DO CLASSIFICADOR E CONDICIONADOR DE PACOTES FIGURA 3.1 ATRASO FIM-A-FIM FIGURA 3.2 JITTER FIGURA FUNCIONAMENTO DA TÉCNICA DE MEDIÇÃO PASSIVA FIGURA COLETOR EM REDES LOCAIS FIGURA COLETOR EM REDES DE ALTA VELOCIDADE FIGURA 4.4 TOPOLOGIA DE REDE DOS TESTES FIGURA 4.5 DISTRIBUIÇÃO DE BANDA NO AMBIENTE MPLS FIGURA 4.6 LATÊNCIA NO AMBIENTE MPLS FIGURA 4.7 PERDAS NO AMBIENTE MPLS (EM PERCENTUAL) FIGURA 4.8 DISTRIBUIÇÃO DE BANDA NO MPLS-DS FIGURA 4.9 LATÊNCIA NO MPLS-DS FIGURA 5.1 UML DIAGRAMA DE CASOS DE USO FIGURA 5.2 UML DIAGRAMA DE CLASSES FIGURA 5.3 UML DIAGRAMA DE SEQÜÊNCIA FIGURA 5.4 TELA PRINCIPAL DO PROGRAMA FIGURA 5.5 TELA DE SALVAR AMBIENTE FIGURA 5.6 JANELAS DE FLUXO: TRÁFEGO PERIÓDICO E DE RAJADA... 47

11

12 1. INTRODUÇÃO Em função da crescente convergência de aplicações e tipos de tráfego observada nas redes de comunicação, que têm capacidade limitada, os conceitos de qualidade de serviço e priorização de tráfego passam a ser objetos de freqüente estudo. Hoje em dia, ainda não se dispõe de ferramentas completas para realizar os testes e análises para implementação de qualidade de serviço (QoS). Ciente dessa dificuldade, desenvolveu-se um software que integra várias ferramentas de código aberto já existentes, constituindose numa plataforma de testes mais completa para análises de desempenho de redes convergentes. No capítulo 3 deste trabalho, procura-se estabelecer os conceitos envolvidos no estudo de QoS em redes de pacotes, situando os leitores no escopo do projeto. Esse capítulo dá uma visão geral da Qualidade de Serviço e explica como funciona um modelo de QoS em especial, o modelo que é usado mais amplamente, o DiffServ. Quanto ao modelo DiffServ, explica-se a subdivisão em classes às quais o programa desenvolvido apresentado no capítulo 5 dá suporte. O capítulo 4 provê uma visão geral de algumas técnicas e potenciais abordagens para medir QoS na rede e define o conjunto de métricas utilizadas para esse fim, assim como o modo de calculá-las; termina com uma análise das ferramentas que foram utilizadas ao longo deste trabalho. Esses programas realizam funções diversas, como sincronismo dos relógios das máquinas envolvidas, plotagem de gráficos, transformação dos logs das transações e geração de tráfegos com perfis diferentes. Todas essas funções, quando integradas dão origem ao software apresentado no capítulo 5. O capítulo 5 apresenta e descreve o software desenvolvido durante este projeto, fruto dos estudos e experiências com simulações e testes de desempenho. Mostram-se diagramas de modelagem, que explicam de forma visual como está estruturado o programa e quais os processos internos; descreve-se a interface do usuário e como ela funciona e que atividades podem ser realizadas. Ainda nesse capítulo, discutem-se as vantagens e utilidades do software. 1

13 A seguir, conclui-se o trabalho com impressões acerca dos estudos feitos durante o projeto final de graduação e do programa desenvolvido e apresentado. Concluiu-se com algumas sugestões de trabalhos a serem feitos futuramente, a partir deste que serve de orientação para interessados pelo projeto. 2

14 2. QUALIDADE DE SERVIÇO 2.1. INTRODUÇÃO À medida que as redes de comunicação ganham novas funcionalidades, tornamse ativos empresariais estratégicos e centros de operações das empresas. As redes, entretanto, convergem para uma infra-estrutura única compartilhada, capaz de suportar, além de dados, também áudio e vídeo. Neste cenário, tipos diferentes de tráfego devem ser tratados de modo diferenciado. Isso ocorre devido ao fato de algumas aplicações, como as de áudio, terem exigências rígidas quanto ao atraso fim-a-fim, mas poderem tolerar perdas mínimas de pacotes, enquanto outras como transferências de arquivos são sensíveis a este último aspecto, mas as exigências quanto ao atraso são pouco severas. Essa necessidade, nos últimos anos, levou a diversos estudos no sentido de desenvolver mecanismos para atender a diversas peculiaridades de cada aplicação de forma a convergir todas essas redes para uma única capaz de transportar todos esses tipos de aplicações numa única rede de pacotes IP. A maior rede IP é, com certeza, a Internet. A Internet cresceu exponencialmente durante os últimos anos, tanto em número de usuários como em aplicações. Conforme a Internet continua a atender cada vez mais usuários, surgem aplicações diferentes do tráfego de dados original, tais como VoIP (Voz sobre IP) e vídeo-conferência. Como o número de usuários e aplicações vinha crescendo cada vez mais, era necessária uma estrutura que suportasse todas essas mudanças. Entretanto, a Internet oferece somente o serviço do melhor esforço (Best Effort), que não oferece nenhuma garantia que os pacotes irão chegar ao seu destino, embora os pacotes só sejam descartados durante congestionamentos[1]. Por causa desse crescimento desordenado e da falta de infraestrutura para absorver toda a demanda, surgiu um fenômeno conhecido com World Wide Wait. Para uma rede IP suportar fluxos de voz, vídeo e dados que pertencem a diferentes serviços com diferentes solicitações, a rede deve saber diferenciar e servir esses fluxos de acordo suas solicitações. Com o serviço de melhor-esforço, isso não é 3

15 possível, pois ele não faz essa diferenciação entre os fluxos. Assim, nenhuma prioridade ou garantia é oferecida para nenhum fluxo, diminuindo a capacidade da rede IP em transportar fluxos que solicitam uma quantidade mínima de recursos da rede, fazendo com que uma implementação de QoS seja necessária para que os recursos disponíveis na rede sejam melhores utilizados. A qualidade de serviço tem a intenção de garantir, bem como diferenciar, os serviços de Internet permitindo uma garantia do serviço e um controle baseado em políticas para controlar o desempenho da rede IP, tais como alocação de recursos, descarte de pacotes, enfileiramento etc HISTÓRIA DA QOS A qualidade de serviço não foi uma sugestão recente para diminuir ou eliminar o congestionamento das redes. Os fundadores da Internet já previram essa necessidade e colocaram o campo ToS (Type of Service) no cabeçalho IP para facilitar a QoS como parte da especificação inicial do IP. O campo ToS é descrito na RFC 791 da seguinte forma: O ToS (Type of Service) prove uma indicação abstrata de parâmetros de qualidade de serviço desejados. Esses parâmetros devem ser usados como guia para a seleção dos níveis de serviços atuais quando o pacote estiver transitando por uma rede particular. Até o final dos anos 80, as redes estavam limitadas aos ambientes acadêmicos e possuíam uma quantidade de aplicações limitadas. Portanto, o suporte ao campo ToS não era necessariamente importante e a maioria das implementações ignoravam o campo ToS do IP. Isso acontecia devido ao fato de as redes ainda serem pequenas e com pouca quantidade de tráfego. As aplicações IP não marcavam o campo IP e os 4

16 roteadores não usavam essa informação na hora de encaminhar um pacote IP. A qualidade de serviço não tinha uma grande importância nas redes IP[1]. A importância da qualidade de serviços na Internet tem crescido na mesma proporcionalidade que sua evolução, que saiu do meio acadêmico e dominou o mercado mundial como um todo. A Internet é um serviço baseado em pacotes, com o tradicional serviço de melhor esforço. Apesar dessa arquitetura baseada em pacotes proporcionar flexibilidade e robustez, esse dinamismo também acaba permitindo que ocorram problemas de congestionamento, especialmente nos roteadores que interligam diversas redes com diferentes quantidades de tráfego. O primeiro colapso de congestionamento na Internet ocorreu em 1984 devido a alguns problemas no protocolo TCP, conforme descrito por John Nagle, durante a fase de crescimento da Internet, em meados de 1980[2]. As primeiras configurações de QoS realizadas foram para os hosts da Internet. Um dos maiores problemas com os enlaces WAN (Wide-area Networks) foi o excesso de overhead em serviços como telnet e rlogin, devido sua baixa taxa de transmissão. O algoritmo desenvolvido por Nagle resolveu esse problema e é atualmente suportado por todos os hosts que implementam o IP [3]. Esse algoritmo pode ser considerado o marco do início da qualidade de serviço em redes IP. Em 1986, Van Jacobson desenvolveu os mecanismos de QoS slow start e congestion avoidance, que são requisitos nas implementações TCP. Esses mecanismos trabalham de maneira a diminuir o congestionamento na rede bem como evitar o colapso dessas redes. Logo após isso, dois mecanismos adicionais foram adicionados, o fast retransmit e o fast recovery, que permitiram a otimização de desempenho durante a perda de pacotes [4]. Embora mecanismos que implementassem qualidade de serviço fim-a-fim fossem essenciais, eles não foram implementados até que mecanismos instalados nos roteadores pudessem transportar o tráfego desde sua entrada no domínio até sua saída. Isso só foi feito por volta dos anos 90 quando os roteadores receberam uma atenção especial. Os roteadores tinham suas filas limitadas somente com a disciplina de 5

17 enfileiramento FIFO (first-in, first-out Primeiro a entrar é o primeiro a sair) [5], que não oferece nenhum tratamento especial aos pacotes, isto é, não diferencia os pacotes mais prioritários dos menos, nem oferece preferência para os prioritários, fazendo seu buffer sobrecarregar descartando todos os pacotes que forem encaminhados para esse host até que a situação se normalize. O descarte dos pacotes por causa da sobrecarga do buffer recebe o nome de Tail Drop. Além da FIFO, outros tipos de disciplinas foram desenvolvidos, que conseguiam diferenciar os pacotes, podendo assim implementar qualidade de serviço. Como exemplo, tem-se o CBQ (Classe Based Queueing), ou CQ (Custom Queueing), que reserva uma fatia da largura de banda para cada classe, o WFQ (Weighted Fair Queueing), que diferencia os pacotes com base em sua prioridade, além dos mecanismos de gerencia de filas como o RED, para evitar que o congestionamento praticamente parasse o fluxo de dados. O desenvolvimento para implementar a qualidade de serviço na Internet continuou com alguns padrões. O grupo de trabalho dos serviços integrados (IntServ) do IETF (Internet Engineering Task Force) teve como objetivo desenvolver um modelo para garantir a determinada aplicação que a própria rede reservasse uma quantidade mínima de recursos de acordo com a necessidade da aplicação. O protocolo adotado para fazer essa reserva seria o RSVP (Resource ReSerVation Protocol Protocolo de Reserva Recursos) [6]. O problema desse modelo é a necessidade de um estado do fluxo para cada fluxo criado gerando assim um problema de escalabilidade nos grandes backbones, pois centenas de fluxos estariam disputando pelos recursos disponíveis na rede e não haveria processamento suficiente nos roteadores que conseguiriam atualizar esses estados de uma maneira eficaz. Por esse motivo, outro grupo foi desenvolvido com o objetivo de oferecer qualidade de serviço na Internet e com o intuito de resolver o problema de escalabilidade do RSVP. Esse novo grupo de trabalho foi chamado serviços diferenciados (DiffServ Differentiated Services), que utiliza o campo ToS, para oferecer um serviço diferenciado [7] [8] para os fluxos que estão disputando os recursos de uma determinada rede, ao contrário do RSVP, que precisa criar um estado e criava uma reserva de recursos para cada fluxo, essa arquitetura só utiliza os bits presente no campo ToS, que foi renomeado por essa arquitetura para DSCP (DiffServ Code Point). Ao contrário do ToS que utiliza 7 dos 8 bits, esse novo código utiliza 6 dos 8 bits, para oferecer uma qualidade de serviço para os pacotes. Nessa nova arquitetura 6

18 os pacotes são classificados em classes, garantindo que cada uma receberá um tratamento diferenciado ganhando uma fatia da largura de banda do enlace. Essa arquitetura é a arquitetura de QoS mais utilizada atualmente nas redes e será objeto de estudo do próximo tópico ARQUITETURA DE SERVIÇOS DIFERENCIADOS O DiffServ objetiva disponibilizar qualidade de serviço em redes IP sem a necessidade de criar um estado por fluxo, ou de ter uma sinalização em cada nó, como feito pelo RSVP, evitando assim o problema de escalabilidade do IntServ. Essa nova arquitetura classifica os pacotes em uma quantidade limitada de classes e, com isso, não necessita de um estado por fluxo ou um processamento por fluxo. O tráfego identificado recebe um valor, que é chamado DSCP DiffServ CodePoint. A arquitetura DiffServ estabelece várias classes de serviços, especificadas pelos bits do campo ToS do cabeçalho IP, formando o campo DSCP. A classificação dos pacotes pode ser feita antes deles entrarem no domínio ou pelo roteadores de ingresso, pois essa classificação só precisa ser realizada uma vez, na entrada do domínio. Isso não impede que novas classificações possam ser realizadas no interior do domínio readequando os pacotes de determinado fluxo para uma realidade momentânea da rede. Ao chegar nos hosts, o valor do campo DSCP determina como o host irá tratar os pacotes, isto é, se vai dar preferência ou se vai armazenar, em virtude de um pacote com maior prioridade chegando, ou mesmo se vai descartar o pacote. Esse tipo de comportamento recebe o nome de PHB (Per-Hop-Behavior), ou comportamento por nó de rede. No modelo Diffserv existem 3 tipos de PHBs: EF (Expedited Forwarding), AF (Assured Forwarding) e BE (Best Effort). Os pacotes são classificados em uma dessas classes de acordo com sua origem, seu destino e aplicação. Essa classificação, feita na borda do domínio, se baseia nos múltiplos campos do cabeçalho IP, enquanto que a classificação que ocorre no interior do domínio se baseia no campo DSCP do pacote. Para que determinado fluxo receba o serviço diferenciado solicitado, é necessário estabelecer uma SLA (Service Level Agreement Nível de Serviço Contratado) entre quem está solicitando o serviço diferenciado e quem está oferecendo o serviço (provedor de serviço). Esse SLA irá especificar as regras de encaminhamento 7

19 que esse fluxo irá receber. Caso um fluxo que não tenha estabelecido nenhum SLA com esse domínio ingresse na rede, ele receberá o serviço de melhor esforço. Com os SLAs definidos e configurados, o roteador DiffServ dá início ao processo de classificação Definição do Campo DS Com a introdução dessa arquitetura há necessidade de renomear o campo ToS, no caso do IPv4, ou Traffic Class, no caso do IPv6, pelo campo DS. Esse campo é composto de oito bits, mas somente seis deles são atualmente usados e são referidos como codepoint, ou melhor, DSCP (DiffServ codepoint). Eles são usados para selecionar qual PHB que será aplicada ao pacote por cada nó por onde ele passar. Os outros dois bits, que atualmente não são usados, formam a parte CU (currently unused) desse campo e estão reservados. O valor desse campo é ignorado pelos nós que pertencem ao domínio DS e que implementam o serviço diferenciado ao determinar qual PHB será aplicada ao pacote recebido. O campo ToS pode ser identificado na figura 2.1, que ilustra o cabeçalho IP. Figura 2.1 Definição do campo DS 8

20 Com algumas exceções, o mapeamento entre os codepoints e os PHBs deve ser configurável. Um nó DS deve suportar uma equivalência lógica da tabela de mapeamento configurável entre os codepoints e os PHBs. Os nós podem re-escrever o campo DS de acordo com sua necessidade para oferecer um serviço fim-a-fim ou não. As especificações entre as traduções dos campos DS entre domínio DS que será feita nos limites do domínio são determinados através de SLAs que existem entre provedores e clientes. PHBs padronizadas permitem que os provedores criem seus serviços a partir dos bem conhecidos conjuntos de tratamentos de pacotes que podem estar presentes em qualquer equipamento de qualquer fabricante PHB O PHB é a descrição exata do comportamento de encaminhamento que um nó DS deve aplicar a uma agregação de fluxos DS que possui o mesmo comportamento, ou DSCP. Distinções úteis de comportamento são principalmente observadas quando múltiplos BA (Behavior Aggregate agregação devido ao comportamento), conjunto de pacotes que possui o mesmo destino além de possuírem o mesmo DSCP, que estão competindo pelos recursos de buffer e largura de banda em um nó. É através do PHB que um nó reserva recursos para determinado fluxo e é com base no mecanismo de reserva de recursos hop-by-hop que o DiffServ poderá ser construído [8]. Os PHBs podem ser especificados de acordo com as prioridades de recursos solicitadas se comparados a outros PHBs ou em termos de suas características relativas. Esses PHBs podem ser utilizados como fluxogramas para reserva de recursos e deveriam ser especificadas como um grupo para dar uma consistência maior aos recursos reservados. Os grupos de PHBs irão usualmente compartilhar as mesmas restrições que serão aplicadas a cada PHB que fizer parte do grupo, como um agendamento ou uma política de gerenciamento de buffer. O relacionamento entre os diversos PHBs de um grupo pode ser em termos de prioridade absoluta ou relativa, mas isso não é necessário. Os PHBs são definidos de acordo com as características que estão relacionadas com as políticas dos serviços e não de acordo com determinado mecanismo [8]. Nas especificações do PHB, é recomendado que a inclusão de um codepoint default, que tem como recomendação o valor e deve mapear todos os PHBs 9

21 que têm as mesmas recomendações especificadas para esse valor, e deve ser único entre os possíveis codepoints. As implementações devem suportar o mapeamento recomendado entre o codepoint e o PHB em sua configuração default. Os administradores de rede podem usar codepoints diferentes para os PHBs, tanto adicionando novas possibilidades quanto trocando os codepoints já definidos por outros. No entanto, quando a troca de codepoints for desejada, a re-marcação do campo DS será necessária nos limites da rede, mesmo que mais de um domínio utilize os mesmos codepoints. Os pacotes recebidos que não tiverem o campo DS configurado ou que tiverem um codepoint desconhecido devem ser encaminhados como se tivessem recebido a marcação default e seus codepoints não devem ser alterados [7]. Os PHBs são implementados através do emprego de uma variedade de serviços de enfileiramento e/ou disciplinas de enfileiramento presentes nas interfaces de saída dos nós, como, por exemplo, o PQ (Priority Queuing) que é utilizado pelo serviço de enfileiramento e/ou RED (Random Early Detection) que pode ser utilizado pelo serviço de gerência de filas, ou através da gerencia de filas. Um exemplo de PHB é o EF, que oferece aos pacotes baixa perda, baixo atraso e baixo jitter (variação do atraso) e uma fatia da largura de banda assegurada. Isso significa que os pacotes marcados com o código do EF que estão atravessando o domínio em determinada direção irão ter perda baixa de pacotes, baixo atraso e baixo jitter e irão ter uma fatia da largura de banda assegurada. O AF é outro grupo de PHBs, com regalias inferiores ao do grupo EF. Esse grupo recebe a classificação AF xy, onde x representa a classe que pode variar de 1 até 4, enquanto y representa a probabilidade de descarte do pacote, que pode variar de 1 até 3. Os pacotes que pertencem a diferentes AF são encaminhados separadamente, e, geralmente, as classes que possuírem o menor valor recebem maiores quantidades de recursos. Quanto maior a probabilidade de descarte dos pacotes pertencentes à mesma classe, maior suas chances de serem descartados diante de uma falta de recursos Domínio DS O domínio DS é composto por nós DS que possuem em comum a mesma implementação de políticas e um grupo de PHBs instaladas em cada nó, fazendo com 10

22 que os nós de ingresso fiquem encarregados de classificar e condicionar o tráfego entrante no domínio. A figura 2.2 dá uma idéia do que é o domínio DiffServ. Figura 2.2 Domínio DS Um nó/roteador que implementa DiffServ tem uma série de mecanismos, que interagem de acordo com a arquitetura ilustrada na figura 2.3. Medidor (Meter) Classificador (Classifier) Marcador (Marker) Modelador ou Eliminador Fluxo dos Pacotes Figura Visão Lógica do Classificador e Condicionador de Pacotes Classificadores Os classificadores selecionam os pacotes baseando-se nos dados contidos em uma porção de seu cabeçalho. São definidos dois tipos de classificadores: BA e MF. O classificador BA (Behavior Aggregate) classifica os pacotes tomando por base somente os codepoints contidos nos cabeçalhos. O MF (Multi-Field) classifica os pacotes com base nos valores de mais de um campo do cabeçalho, tais como endereço destino e/ou origem, campo DS portas de entrada e/ou destino entre outras. Condicionador Um condicionador de tráfego pode conter os seguintes elementos: medidor (meter), modelador (shaper), marcador (marker) e eliminador (dropper). O medidor é 11

23 usado para determinar se o fluxo de pacotes recebidos está dentro dos perfis especificados pela SLA. Isso é feito comparando o fluxo com os perfis presentes no condicionador. O resultado da medição do fluxo pode ser usado para afetar as ações de marcação, eliminação ou modelação. Quando os pacotes deixam o condicionador de tráfego que se encontra em nó DS de borda, levam junto o DSCP configurado de acordo com o que foi solicitado, o que pode afetar esse fluxo durante seu percurso pela rede. A figura 2.3 mostra o diagrama em blocos do condicionador de tráfego. No condicionador, não precisam estar presentes todos os quatro elementos. Medidor O medidor de tráfego compara as propriedades temporárias do tráfego selecionado pelo classificador. O medidor então encaminha as informações coletadas para outras etapas do encaminhamento para disparar algumas ações para cada pacote mesmo que o pacote esteja fora do perfil. Marcador O marcador de pacotes configura o campo DS do pacote de acordo com os codepoints presente no roteador. Com isso, um pacote será adicionado a um BA. O marcador pode estar configurado para marcar todos os pacotes que foram guiados para ele com o mesmo codepoint, ou pode ser configurado para marcar o pacote com determinado codepoint entre vários que ele possui, que é usado para selecionar o PHB dentro de um conjunto de PHBs, de acordo com qual SLA que estiver em vigor. Modelador O modelador atrasa todos ou alguns pacote que pertencem a um fluxo para colocar os pacotes dentro do perfil. Geralmente tem um tamanho de buffer limitado, o que pode acarretar na perda de pacotes, caso seu buffer fique sobrecarregado. Eliminador O eliminador, como seu nome diz, elimina os pacotes do fluxo, para deixá-lo dentro do perfil. Por causa disso, ele pode eliminar todos os pacotes pertencentes a um 12

24 fluxo, esse processo é conhecido como policiamento de fluxos. O eliminador pode ser considerado um tipo de modelador se seu buffer for igual a zero CONCLUSÃO Esse capítulo procurou criar as bases para o entendimento dos conceitos e tecnologias abordados em seguida, através da explanação do paradigma da Qualidade de Serviço e o histórico associado a ela. Além disso, explicou-se mais a fundo o modelo DiffServ, quais são seus componentes e como um nó diffserv trata o tráfego que chega e que sai dele. O próximo capítulo aborda os parâmetros de QoS que podem ser medidos em uma rede real e qual o significado de cada um desses parâmetros. 13

25 3. MEDIDAS DE DESEMPENHO Neste capítulo serão estudas as principais medidas de desempenho que podem ser estimadas em uma rede através de medições. O objetivo é descrever a definição das métricas estudadas durante o trabalho, e também fazer um resumo das ferramentas disponíveis para a obtenção de algumas dessas medidas, antes de serem acrescentadas as implementações desenvolvidas nesse trabalho. As medidas de desempenho descrevem as características do estado da rede durante os experimentos. Essas medidas podem ser obtidas através de técnicas de medição intrusivas, que consistem na injeção de pacotes de controle na rede, ou nãointrusivas, em que são apenas observados os pacotes que trafegam pela rede. A seguir serão descritas as medidas de desempenho estimadas a partir das técnicas intrusivas. No entanto, algumas dessas métricas podem também ser estimadas na forma passiva de medição, mas, por não fazer parte do escopo deste trabalho, essas técnicas não serão descritas ATRASO As métricas relacionadas ao atraso em redes estimam o tempo que leva para um pacote sair de sua origem e chegar ao seu destino. No entanto, diversos problemas devem ser considerados para se estimar esse parâmetro, como falta de sincronia e diferentes taxas de crescimento dos relógios do transmissor e receptor. A seguir, serão definidas algumas métricas que avaliam o retardo sofrido por pacotes na rede. Atraso fim-a-fim: é o tempo que um pacote leva do emissor ao receptor. Esta métrica possui vários problemas para ser estimada devido às diferenças dos relógios do transmissor e receptor. O problema pode ser solucionado se forem usados equipamentos de sincronização dos relógios. Porém, esses equipamentos nem sempre estão disponíveis. A figura 3.1 ilustra o atraso fim-a-fim. 14

26 Figura 3.1 Atraso fim-a-fim Atraso de ida e volta: é o tempo que um pacote leva para ser enviado a um receptor e devolvido ao emissor (Round Trip Time). Neste caso, sem o problema de sincronia dos relógios, o parâmetro fica muito mais simples de ser obtido. Algumas considerações devem ser feitas, por exemplo, a precisão mínima de leitura do relógio no sistema operacional. O atraso sofrido pelos pacotes na ida pode ser completamente distinto do retardo durante o retorno, e a existência desta diferença não pode ser estimada através dessa medida. Ferramentas, como PING, estão disponíveis para estimar esta métrica VARIAÇÃO DO ATRASO (JITTER) O Jitter é o intervalo entre a chegada de dois pacotes consecutivos em relação ao intervalo de sua transmissão. Diferente do Atraso fim-a-fim, se os instantes de envio forem conhecidos ou o intervalo entre eles for constante, essa métrica não possui problemas para ser estimada entre máquinas com relógios não sincronizados. A variação do atraso ou Jitter (Instantaneous Packet Delay Variation) é formalmente definida pelo grupo de trabalho do IPPM através do Draft Instantaneous Packet Delay Variation Metric for IPPM [9]. Ele é baseado na medição do atraso fima-fim e é definido para pares consecutivos de pacotes. A medição de um único Jitter requer dois pacotes. Supondo que Di seja o atraso do i-ésimo pacote, então o Jitter do par de pacotes é definido com Di - D(i-1). A figura 3.2 dá uma noção visual desse conceito. O jitter é percebido, por exemplo, quando fluxos de voz ou vídeo são transmitidos em uma rede e os pacotes não chegam ao seu destino dentro da ordem sucessiva ou em uma determinada cadência, ou seja, eles variam em termos de tempo de 15

27 atraso. Esta distorção é particularmente prejudicial ao tráfego multimídia, fazendo com que o sinal de áudio ou vídeo tenha uma qualidade distorcida ou fragmentada na recepção. Figura 3.2 Jitter 3.3. PERDA DE PACOTES A sensibilidade das aplicações em relação ao número de pacotes perdidos motiva o estudo dessa métrica. Obviamente, todas as aplicações são sensíveis à perda de pacotes. Estes são recuperados via retransmissão. Entretanto, aplicações como as de transmissão de vídeo e voz em tempo real não permitem que haja retransmissão, tornando essas aplicações particularmente sensíveis a perdas. Portanto, é importante conhecer as características de perda e estudar o desempenho dos algoritmos de recuperação de pacotes. Dependendo do processo de perda presente na rede, mecanismos como a redução na qualidade do vídeo ou algoritmos de recuperação de perdas podem ser aplicados para melhorar a qualidade do serviço. A escolha dos mecanismos de recuperação depende do processo de perda na rede. Este processo pode ser estimado com base no número total de pacotes perdidos dividido pelo total de pacotes enviados. Esta métrica pode ser estimada a partir de várias ferramentas de medição intrusiva. Porém, não só a média, mas também outros detalhes sobre o processo de perda devem ser levados em consideração, como o impacto nas aplicações quando perdas ocorrem em rajadas, quando ocorrem distribuídas ao longo da coleta e a distribuição do número de pacotes entregues corretamente em seqüência ao destino, entre duas rajadas de perda são também importantes. A taxa percentual de perdas de pacotes é calculada da seguinte forma: 16

28 Nº de pa cot es perdidos Taxa de perdas = 100 N º total de pa cot es recebidos 3.4. LARGURA DE BANDA E VAZÃO Largura de banda é uma medida de capacidade de transmissão de dados, normalmente expressa em kilobits por segundo (kbps) ou megabits por segundo (Mbps). A largura de banda indica a capacidade máxima de transmissão teórica de uma conexão. Entretanto, na medida em que a taxa de transmissão utilizada se aproxima da largura de banda teórica máxima, fatores negativos como atraso na transmissão das informações podem causar deterioração na qualidade. A largura de banda de uma rede pode ser vista como um tubo que transfere dados. Quanto maior o diâmetro do tubo, mais dados podem ser enviados através dele simultaneamente. A vazão é o montante de tráfego de dados movidos de um nó da rede para outro em um determinado período de tempo. A vazão também é expressa em kbps ou Mbps RESUMO DE FERRAMENTAS DE MEDIÇÃO Nesta seção, é feito um resumo de algumas ferramentas de medição. As principais medidas de desempenho estimadas por elas também estão listadas neste resumo. A partir do resumo das ferramentas de medição ativa disponíveis será possível comparar este trabalho com o estado da arte de ferramentas, e, com isso, avaliar a contribuição do software analisador. São várias as ferramentas de medição disponíveis em domínio público. A ferramenta Traceroute usa pacotes ICMP para medir o atraso de ida e volta e o caminho percorrido pelos pacotes. Pacotes ICMP são usados também pelas ferramentas Ping e Bing para estimar o atraso de ida e volta e a fração de perda de pacotes. As ferramentas Pchar e Pathchar usam, além de pacotes ICMP, pacotes UDP para estimar a capacidade de transmissão dos enlaces ao longo do caminho, vazão, 17

29 atraso de ida e volta e fração de perda. Para isso, pacotes de tamanhos variados são gerados pelas ferramentas. A ferramenta Clink usa a mesma técnica para estimar a capacidade de transmissão dos enlaces ao longo do caminho e o atraso de ida e volta. O conjunto de ferramentas Bprobe, Cprobe e Sprobe usa o conceito de pares de pacotes para calcular suas métricas. As ferramentas Bprobe e Cprobe usam pacotes ICMP para calcular a capacidade de transmissão do enlace no gargalo e a utilização, respectivamente, enquanto que a ferramenta Sprobe usa pacotes UDP para estimar a capacidade de transmissão do gargalo. O método de pares de pacotes é também usado pelas ferramentas Netest e Nettimer para estimar a capacidade de transmissão do gargalo. O Netest estima ainda a capacidade disponível, atraso de ida e volta, e fração de perda. A variação do método de pares de pacotes, o trem de pacotes, é usado pelas ferramentas Pathrate e Pipechar para estimar a capacidade de transmissão de gargalo. O Pipechar também estima a capacidade disponível, atraso de ida e volta, e fração de perda. A ferramenta Treno usa pacotes UDP e ICMP para simular o funcionamento do TCP e estimar métricas como: capacidade de transmissão de gargalo e capacidade disponível. A ferramenta Iperf faz uso de pacotes UDP e TCP para estimar as métricas jitter, fração de perda e capacidade disponível. A feramenta MGEN [10] pelos módulos mgen para a geração de tráfego, drec para a recepção do tráfego na estação remota e o mcalc para geração das informações a partir do arquivo de saída gerado pelo drec. Esta ferramenta permite a geração controlada de tráfego UDP, sendo possível a geração de um ou mais fluxos unicast ou multicast com a taxa de bits desejada. A ferramenta permite também controlar o tempo do experimento e a variação do tamanho do pacote UDP utilizado. Em conjunto com o TRPR ela pode ser empregada para a medição do atraso, da variação do atraso e da taxa de perda de pacotes. 18

30 Algumas ferramentas exigem equipamentos específicos para fazer as estimativas corretamente. Uma delas é a MGEN, que para estimar o atraso dos pacotes em um sentido requer o uso de equipamentos para sincronização dos relógios (NTP). Esta ferramenta ainda estima a fração de perda dos pacotes experimentada na medição, a vazão e o jitter quando utilizada em conjunto com outras ferramentas como o TRPR. Após se ter estudado as diversas ferramentas de medição existentes foi decidida a utilização da ferramenta MGEN em conjunto com o TRPR como base para o software desenvolvido ao longo deste trabalho. São várias as medidas de desempenho que necessitam ser obtidas e diversas as ferramentas utilizadas para esse propósito. Com isso, verifica-se a inexistência de uma única ferramenta para a realização dos diversos procedimentos realizados no LabCom e então se faz necessário o desenvolvimento de um software que permita a convergência de várias ferramentas numa única plataforma CONCLUSÃO Este capítulo procurou criar as bases para o entendimento dos conceitos para análise de desempenho de redes com a definição dos critérios de avaliação de desempenho que serão utilizados ao longo deste trabalho. Por fim, mostrou se um resumo das ferramentas existentes atualmente, além de uma análise demonstrando quais ferramentas foram escolhidas para o desenvolvimento do software. O próximo capítulo aborda as formas de se fazer medição de tráfegos e as conseqüências associadas ao uso de cada forma em uma rede real. 19

31 4. MEDIÇÃO DE TRÁFEGO Duas são as técnicas de medição de redes atualmente usadas: ativa (intrusiva) e passiva (não-intrusiva). A primeira consiste na injeção de pacotes de controle na rede. Esses pacotes atravessam todo o caminho da rede a ser medido e são coletados em algum ponto. Através das informações coletadas, algumas medidas de desempenho podem ser extraídas. Dependendo da medida a ser extraída, os pacotes devem carregar consigo informações que serão analisadas no receptor. Para algumas outras medidas, técnicas mais sofisticadas podem ser necessárias. A segunda técnica, chamada de medição passiva (não-intrusiva), apenas observa os pacotes que trafegam pela rede. Ao contrário da medição ativa (intrusiva), as passivas não injetam pacotes. Monitores, que funcionam em modo promíscuo, são colocados no caminho dos pacotes para coletar as informações que, posteriormente, serão analisadas. Apesar de não sobrecarregar a rede com pacotes adicionais, equipamentos e softwares sofisticados podem ser necessários para fazer a coleta e a análise dos dados. Ao longo desse capítulo é feito um estudo das duas técnicas de medição de tráfego citadas. Na próxima seção, que trata de medição passiva (não-intrusiva), o estudo descreve a diferença entre as técnicas de coleta do tráfego e a forma como os dados coletados podem ser interpretados. A outra seção, que trata de medição ativa, descreve os métodos existentes de aplicação desta técnica e os diferentes modelos de geração de pacotes MEDIÇÃO PASSIVA (NÃO INTRUSIVA) Na aplicação desta técnica, a coleta de informações do tráfego que passa por determinado ponto da rede é feita a partir de equipamentos e softwares instalados para esta finalidade. Na metodologia de medição passiva não existe geração de pacotes e as informações são coletadas a partir dos pacotes que trafegam pela rede gerados por diversas aplicações. No entanto, a forma como estas informações são coletadas e 20

32 interpretadas podem ser distintas. O funcionamento desta técnica é ilustrado na Figura 4.1. Figura Funcionamento da Técnica de Medição Passiva Técnicas de Coleta As técnicas de coleta definem como os coletores ou monitores retiram as informações dos pacotes que passam pela rede. O local onde esses coletores se instalam na rede e o tipo de informação que deve ser estimada dos pacotes podem variar. A seguir serão descritas e exemplificadas três técnicas definidas em [11] Monitor de Pacotes Esta técnica consiste na cópia de parte do conteúdo dos pacotes que passam pelo monitor. Com isso, informações de todas as camadas (Aplicação, Transporte, Rede e Enlace) podem ser extraídas. Devido ao modelo de propagação dos pacotes usado pelas redes Ethernet, difusão (broadcast) no meio físico, este tipo de coleta pode facilmente ser aplicado em redes locais. Neste caso, a captura é feita pelo monitor que possui seu adaptador de rede configurado de forma promíscua, ficando apto a coletar todo o tráfego que passe pelo mesmo meio físico em que o coletor é instalado, como ilustra a Figura 4.2. Figura Coletor em redes locais. 21

33 Para redes locais, o funcionamento é simples. No entanto, para as redes ponto-aponto de alta velocidade algumas dificuldades existem: primeiro, o volume de tráfego nas redes de alta velocidade é muito maior do que nas redes locais; segundo, existe o problema de instalação do coletor dos pacotes no meio físico. Nem sempre é possível dividir a rede e instalar o monitor entre os dois pontos, como mostra a Figura 4.3, porém, uma alternativa para este problema é a configuração de geração de traces nos roteadores, que então os envia aos coletores. Figura Coletor em redes de alta velocidade Para este tipo de monitoração, é sempre importante lembrar que o volume de informações tratado pode ser muito grande. Uma boa opção é aumentar a granularidade feita na filtragem dos pacotes. Ferramentas de domínio público, como tcpdump [12], que trabalham como monitores de redes locais são atualmente amplamente usadas Monitor de Fluxo Este tipo de coleta é feito com base na medição por fluxo, onde a idéia é gerar estatísticas do tráfego agregado que passa pela rede. Para isso, um fluxo é definido como sendo uma agregação do tráfego que se enquadra em determinada regra, e elas devem descrever as características existentes naquele conjunto de pacotes que se deseja medir. Um fluxo pode ser, por exemplo, todo o tráfego que passe pelo coletor, cujo campo endereço IP de origem e de destino sejam semelhantes aos indicados na tabela; ou, além de serem de origem e destino iguais, utilizem uma porta específica. O intervalo de tempo entre pacotes pode também ser um outro parâmetro de diferenciação entre os fluxos, onde um pacote só pertence a um mesmo fluxo caso esteja separado por um intervalo máximo de tempo. 22

34 A coleta por fluxo possui em geral uma granularidade maior em relação à existente nos monitores de pacotes, mas essas granularidades podem ser diminuídas de acordo com a necessidade da medição. Outro problema desta técnica é a necessidade da existência dos coletores nos equipamentos. No entanto, alguns já possuem essas ferramentas nativas de fábrica. Um exemplo são os equipamentos da Cisco com a ferramenta NetFlow [13]. O Grupo de trabalho IPFIX IP Flow Information Export [14] do IETF (Internet Engineering Task Force) vem trabalhando na definição de um padrão de transferência de informações dessas ferramentas Monitor de Agentes O monitor de agentes é baseado na medição feita por agentes localizados em equipamentos da rede. Esta técnica, implementada pelo protocolo SNMP (Simple Network Management Protocol ), é um padrão criado pelo IETF para administração de rede. As estruturas administradas por este protocolo são definidas como MIB (Management Information Base). Nas MIB's são definidos os elementos que geram informações do estado atual da rede e essas estruturas definem agentes que são instalados nos equipamentos, como os roteadores que periodicamente respondem a pedidos de seus gerentes/coletores enviando informações do seu estado. Estruturas como MIB-II e RMON são padrões do protocolo SNMP que possuem os tais agentes definidos para coletar as informações da rede. As informações relacionadas ao tráfego, que passam por estes agentes, são coletadas e enviadas a um centralizador definido e configurado para isso. Os dados coletados podem ser então analisados, e medidas podem ser estimadas a partir deles MEDIÇÃO ATIVA (INTRUSIVA) Diferente da medição passiva, que apenas coleta informações do tráfego que passa pela rede, na medição ativa as métricas são estimadas a partir de informações coletadas de pacotes injetados por ferramentas apropriadas. Esta técnica de medição se resume no envio de pacotes por determinada máquina, que serão coletados em algum 23

35 ponto da rede, podendo este ponto ser a mesma máquina emissora ou uma outra máquina qualquer. Através das medições ativas é possível estimar uma série de medidas de desempenho, descritas com detalhe no Capítulo 2. No entanto, devido a vários problemas para estimar determinadas métricas, em alguns casos, uma técnica específica de medição ativa pode ser exigida. A solução para alguns desses problemas é a variação na forma como os pacotes são enviadas pela rede. Para cada métrica a ser coletada, pode ser exigido um método diferente de geração dos pacotes, assim como diferentes modelos de geração Métodos de Geração do Tráfego A escolha do método de geração do tráfego para uma medição ativa consiste em decidir que formato de geração de pacotes será usado durante a medição. Por exemplo, o método onde os pacotes são enviados em uma única direção, ou replicados pelos receptores, ou ainda gerados nas duas direções simultaneamente. A forma de enviar os pacotes deve ser decidida de acordo com o método a ser usado na medição. O método de geração do tráfego define quais tipos de métricas podem ser estimadas a partir da coleta dos pacotes gerados. Portanto, a escolha do método é determinada, muitas vezes, por restrições impostas pelas próprias métricas a serem estimadas. Dependendo da medida de interesse, diferentes métodos, quanto à geração de pacotes, podem ser necessários. As duas formas de variação estudadas neste trabalho estão descritas a seguir. Um Sentido: Neste formato de geração de tráfego, os pacotes são enviados a partir de uma origem, passam pelo caminho a ser estudado, sendo coletadas por um receptor em algum outro ponto da rede. A partir desta coleta, apenas algumas métricas podem ser estimadas. É importante perceber o problema para o cálculo de determinadas medidas de desempenho, usando este método. Com esta coleta em um único sentido, não é possível calcular com precisão medidas como o retardo, sem uso de equipamentos especiais. 24

36 Ida e Volta: A geração de pacotes no método Ida e volta funciona como a ferramenta PING [14]. Os pacotes de medição são gerados a partir de uma origem, na direção do destinatário. Porém, ao contrário do método Um sentido, os pacotes não são coletados no destino, eles são replicados e reenviados à origem. Desta forma, consegue-se estimar as características dos caminhos de ida e volta daquele pacote. Estas características podem, inclusive, ser referentes aos instantes de tempo de envio e recebimento dos pacotes, uma vez que os carimbos de tempo são tirados de um único relógio, localizado em uma mesma máquina MEDIÇÃO EM REDES CONVERGENTES A medição de desempenho de um ambiente de rede com QoS pode ser considerada como um caso especial de medição de desempenho no ambiente de rede IP. Uma das razões para se medir o tráfego com QoS é poder concluir se as técnicas aplicadas ao tráfego que recebe tratamento diferenciado na rede em comparação com o tráfego de melhor esforço. Ferramentas de medição devem ser baseadas no nível de entendimento da arquitetura que está sendo medida para serem consideradas como ferramentas efetivas. De forma simplificada, um ambiente Internet pode ser visto como uma coleção de comutadores de pacotes de dados interconectados. Em cada comutador, quando um pacote é recebido seu cabeçalho é examinado e encaminhado para transmissão. Se o comutador puder encaminhar o pacote, este é mapeado imediatamente para transmissão na interface de saída apropriada. Se a interface já estiver transmitindo um pacote, este é enfileirado para posterior transmissão. Se o tamanho da fila exceder o tamanho máximo, o pacote pode ser descartado imediatamente, ou pode ser descartado após um tempo de espera para transmissão na fila. Enfileiramento contínuo e descarte de pacotes no comutador ocorrem quando a taxa de chegada de pacotes excede a capacidade do meio de transmissão incluindo a capacidade da interface. 25

37 4.4. ESTUDO DE CASO UMA APLICAÇÃO DE MEDIDAS Após ter-se abordado a problemática relacionada à medição de QoS. Pode-se perceber que a medição, sempre que possível, deve considerar a hipótese de se utilizar uma carga controlada de tráfego, pois esta abordagem permite uma maior precisão e um melhor conhecimento da capacidade da rede e do comportamento dos mecanismos de priorização e as métricas utilizadas que devem ser utilizadas nos experimentos. Para exemplificar o procedimento de medição de QoS será realizado um estudo de caso com o uso da rede do labcom (Laboratório de Comunicações da Universidade de Brasília) O AMBIENTE A rede do labcom consiste de um núcleo MPLS/DiffServ interconectados por enlaces de 10/100 Mbps. O primeiro roteador, denominado LER01 (Label Switching Router 01), conecta três redes locais ao núcleo MPLS. Os roteadores LSR02 e LSR04 são os elementos de encaminhamento do núcleo e o roteador LER03 conecta uma LAN, por meio de um enlace via rádio de 2 Mbps na freqüência de 23 GHz. O núcleo MPLS/DiffServ foi implementado no sistema operacional Linux, com kernel , usando-se software de código aberto MPLS disponível em [16]. Todos os roteadores utilizam o OSPF (Open Shortest Path First) para a determinação das rotas. A funcionalidade dos roteadores MPLS permite o estabelecimento de LSPs, DiffServ em LSPs, mapeamento de tráfego para LSP baseado na porta do protocolo, prefixo de destino e DSCP (DiffServ Code Point). Os enlaces do núcleo foram reduzidos para 1,2 Mbps, a fim de se poder controlar a saturação e as perdas na rede. Esse valor foi escolhido em função da capacidade de 2 Mbps do enlace aéreo. Os arquivos de configuração para esse propósito foram implementados utilizando-se o CBQ (Class Based Queuing) para o controle de tráfego nos sistemas Linux. Foram adicionados também controles de classificação de tráfego, necessários para o suporte do núcleo MPLS ao Diffserv. A figura abaixo ilustra a topologia da rede utilizada nos testes. 26

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito - QoS e Engenharia de Tráfego www.labcisco.com.br ::: shbbrito@labcisco.com.br Prof. Samuel Henrique Bucke Brito Introdução Em oposição ao paradigma best-effort (melhor esforço) da Internet, está crescendo

Leia mais

Serviços de Comunicações. Serviços de Comunicações. Módulo 7 Qualidade de Serviço em redes IP. condições de rede existentes em cada momento

Serviços de Comunicações. Serviços de Comunicações. Módulo 7 Qualidade de Serviço em redes IP. condições de rede existentes em cada momento Módulo 7 Qualidade de Serviço em redes IP 7.1. O porquê da Qualidade de Serviço 7.2. Mecanismos para QoS 7.3. Modelo de Serviços Integrados - IntServ 7.4. Modelo de Serviços Diferenciados - DiffServ 1

Leia mais

Serviços Diferenciados

Serviços Diferenciados Qualidade de Serviço I Serviços Diferenciados rffelix70@yahoo.com.br Níveis de QoS Reserva de Recursos Fim-a-Fim Protocolo de Sinalização. Priorização de Recursos de Acordo com SLAs préestabelecidos. O

Leia mais

Gerenciamento de redes

Gerenciamento de redes Gerenciamento de redes Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de QoS (Qualidade de serviço) slide 1 Qualidade de serviços: aplicações de multimídia: áudio e vídeo de rede ( mídia contínua ) QoS rede oferece

Leia mais

Arquitetura de Rede de Computadores

Arquitetura de Rede de Computadores TCP/IP Roteamento Arquitetura de Rede de Prof. Pedro Neto Aracaju Sergipe - 2011 Ementa da Disciplina 4. Roteamento i. Máscara de Rede ii. Sub-Redes iii. Números Binários e Máscara de Sub-Rede iv. O Roteador

Leia mais

Serviços Diferenciados na Internet

Serviços Diferenciados na Internet Serviços Diferenciados na Internet FEUP/DEEC/RBL 2002/03 José Ruela Serviços Diferenciados na Internet O IETF desenvolveu um modelo de Serviços Diferenciados - Differentiated Services (DiffServ) - que

Leia mais

Qualidade de serviço. Determina o grau de satisfação do usuário em relação a um serviço específico Capacidade da rede de atender a requisitos de

Qualidade de serviço. Determina o grau de satisfação do usuário em relação a um serviço específico Capacidade da rede de atender a requisitos de Qualidade de serviço Determina o grau de satisfação do usuário em relação a um serviço específico Capacidade da rede de atender a requisitos de Vazão Atraso Variação do atraso Erros Outros Qualidade de

Leia mais

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA UniFOA Curso Tecnológico de Redes de Computadores Disciplina: Redes Convergentes II Professor: José Maurício S. Pinheiro

Leia mais

3 Qualidade de serviço na Internet

3 Qualidade de serviço na Internet 3 Qualidade de serviço na Internet 25 3 Qualidade de serviço na Internet Além do aumento do tráfego gerado nos ambientes corporativos e na Internet, está havendo uma mudança nas características das aplicações

Leia mais

Há dois tipos de configurações bidirecionais usados na comunicação em uma rede Ethernet:

Há dois tipos de configurações bidirecionais usados na comunicação em uma rede Ethernet: Comunicação em uma rede Ethernet A comunicação em uma rede local comutada ocorre de três formas: unicast, broadcast e multicast: -Unicast: Comunicação na qual um quadro é enviado de um host e endereçado

Leia mais

QoS em Redes IP: Arquitetura e Aplicações

QoS em Redes IP: Arquitetura e Aplicações QoS em Redes IP: Arquitetura e Aplicações Mário Meireles Teixeira mario@deinf.ufma.br Motivação Atualmente, funcionam sobre as redes IP aplicações cujos requisitos elas não foram projetadas para atender

Leia mais

Interconexão de redes locais. Repetidores. Pontes (Bridges) Hubs. Pontes (Bridges) Pontes (Bridges) Existência de diferentes padrões de rede

Interconexão de redes locais. Repetidores. Pontes (Bridges) Hubs. Pontes (Bridges) Pontes (Bridges) Existência de diferentes padrões de rede Interconexão de redes locais Existência de diferentes padrões de rede necessidade de conectá-los Interconexão pode ocorrer em diferentes âmbitos LAN-LAN LAN: gerente de um determinado setor de uma empresa

Leia mais

MPLS MultiProtocol Label Switching

MPLS MultiProtocol Label Switching MPLS MultiProtocol Label Switching Cenário Atual As novas aplicações que necessitam de recurso da rede são cada vez mais comuns Transmissão de TV na Internet Videoconferências Jogos on-line A popularização

Leia mais

1.1 Transmissão multimídia em redes

1.1 Transmissão multimídia em redes 1.1 Transmissão multimídia em redes Pode-se dividir a parte de transmissão multimídia em redes de computadores como mostra a figura 1, ou seja, a parte de conferência (que requer interatividade) e a parte

Leia mais

1 INTRODUÇÃO Internet Engineering Task Force (IETF) Mobile IP

1 INTRODUÇÃO Internet Engineering Task Force (IETF) Mobile IP 1 INTRODUÇÃO Devido ao crescimento da Internet, tanto do ponto de vista do número de usuários como o de serviços oferecidos, e o rápido progresso da tecnologia de comunicação sem fio (wireless), tem se

Leia mais

Teleprocessamento e Redes (MAB-510) Gabarito da Segunda Lista de Exercícios 01/2010

Teleprocessamento e Redes (MAB-510) Gabarito da Segunda Lista de Exercícios 01/2010 Teleprocessamento e Redes (MAB-510) Gabarito da Segunda Lista de Exercícios 01/2010 Prof. Silvana Rossetto (DCC/IM/UFRJ) 1 13 de julho de 2010 Questões 1. Qual é a diferença fundamental entre um roteador

Leia mais

Entendendo como funciona o NAT

Entendendo como funciona o NAT Entendendo como funciona o NAT Vamos inicialmente entender exatamente qual a função do NAT e em que situações ele é indicado. O NAT surgiu como uma alternativa real para o problema de falta de endereços

Leia mais

Faculdade Lourenço Filho Curso de Redes de Computadores. TRABALHO DE TELEFONIA IP Serviços Diferenciados - QoS

Faculdade Lourenço Filho Curso de Redes de Computadores. TRABALHO DE TELEFONIA IP Serviços Diferenciados - QoS Faculdade Lourenço Filho Curso de Redes de Computadores TRABALHO DE TELEFONIA IP Serviços Diferenciados - QoS Equipe: Afonso Sousa, Jhonatan Cavalcante, Israel Bezerra, Wendel Marinho Professor: Fabio

Leia mais

Assumiu em 2002 um novo desafio profissional como empreendedor e Presidente do Teleco.

Assumiu em 2002 um novo desafio profissional como empreendedor e Presidente do Teleco. O que é IP O objetivo deste tutorial é fazer com que você conheça os conceitos básicos sobre IP, sendo abordados tópicos como endereço IP, rede IP, roteador e TCP/IP. Eduardo Tude Engenheiro de Teleco

Leia mais

ICORLI. INSTALAÇÃO, CONFIGURAÇÃO e OPERAÇÃO EM REDES LOCAIS e INTERNET

ICORLI. INSTALAÇÃO, CONFIGURAÇÃO e OPERAÇÃO EM REDES LOCAIS e INTERNET INSTALAÇÃO, CONFIGURAÇÃO e OPERAÇÃO EM REDES LOCAIS e INTERNET 2010/2011 1 Protocolo TCP/IP É um padrão de comunicação entre diferentes computadores e diferentes sistemas operativos. Cada computador deve

Leia mais

Centro Tecnológico de Eletroeletrônica César Rodrigues. Atividade Avaliativa

Centro Tecnológico de Eletroeletrônica César Rodrigues. Atividade Avaliativa 1ª Exercícios - REDES LAN/WAN INSTRUTOR: MODALIDADE: TÉCNICO APRENDIZAGEM DATA: Turma: VALOR (em pontos): NOTA: ALUNO (A): 1. Utilize 1 para assinalar os protocolos que são da CAMADA DE REDE e 2 para os

Leia mais

6 Trabalhos Relacionados

6 Trabalhos Relacionados 6 Trabalhos Relacionados 55 6 Trabalhos Relacionados Para avaliar o desempenho da arquitetura DiffServ em prover qualidade de serviços em redes IP, uma série de experimentos tem sido realizados por vários

Leia mais

Qualidade em Servicos de Rede Prof. Eduardo Maronas Monks Roteiro de Laboratorio Camada de Transporte Parte II

Qualidade em Servicos de Rede Prof. Eduardo Maronas Monks Roteiro de Laboratorio Camada de Transporte Parte II Qualidade em Servicos de Rede Prof. Eduardo Maronas Monks Roteiro de Laboratorio Camada de Transporte Parte II 1) Explicar os seguintes mecanismos e conceitos do protocolo TCP: 1. Slow Start O algoritmo

Leia mais

Roteamento e Comutação

Roteamento e Comutação Roteamento e Comutação Design de Rede Local Design Hierárquico Este design envolve a divisão da rede em camadas discretas. Cada camada fornece funções específicas que definem sua função dentro da rede

Leia mais

Redes de Computadores II INF-3A

Redes de Computadores II INF-3A Redes de Computadores II INF-3A 1 ROTEAMENTO 2 Papel do roteador em uma rede de computadores O Roteador é o responsável por encontrar um caminho entre a rede onde está o computador que enviou os dados

Leia mais

Márcio Leandro Moraes Rodrigues. Frame Relay

Márcio Leandro Moraes Rodrigues. Frame Relay Márcio Leandro Moraes Rodrigues Frame Relay Introdução O frame relay é uma tecnologia de chaveamento baseada em pacotes que foi desenvolvida visando exclusivamente a velocidade. Embora não confiável, principalmente

Leia mais

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito - Switch na Camada 2: Comutação www.labcisco.com.br ::: shbbrito@labcisco.com.br Prof. Samuel Henrique Bucke Brito Introdução A conexão entre duas portas de entrada e saída, bem como a transferência de

Leia mais

Redes de Computadores e a Internet

Redes de Computadores e a Internet Redes de Computadores e a Internet Magnos Martinello Universidade Federal do Espírito Santo - UFES Departamento de Informática - DI Laboratório de Pesquisas em Redes Multimidia - LPRM 2010 Introdução Redes

Leia mais

Aula 6 Modelo de Divisão em Camadas TCP/IP

Aula 6 Modelo de Divisão em Camadas TCP/IP Aula 6 Modelo de Divisão em Camadas TCP/IP Camada Conceitual APLICATIVO TRANSPORTE INTER-REDE INTERFACE DE REDE FÍSICA Unidade de Dados do Protocolo - PDU Mensagem Segmento Datagrama /Pacote Quadro 01010101010100000011110

Leia mais

Fundamentos de Redes de Computadores. Elementos de Redes Locais

Fundamentos de Redes de Computadores. Elementos de Redes Locais Fundamentos de Redes de Computadores Elementos de Redes Locais Contexto Implementação física de uma rede de computadores é feita com o auxílio de equipamentos de interconexão (repetidores, hubs, pontos

Leia mais

Revisão. Karine Peralta karine.peralta@pucrs.br

Revisão. Karine Peralta karine.peralta@pucrs.br Revisão Karine Peralta Agenda Revisão Evolução Conceitos Básicos Modelos de Comunicação Cliente/Servidor Peer-to-peer Arquitetura em Camadas Modelo OSI Modelo TCP/IP Equipamentos Evolução... 50 60 1969-70

Leia mais

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br Curso de Tecnologia em Redes de Computadores Disciplina: Redes I Fundamentos - 1º Período Professor: José Maurício S. Pinheiro AULA 6: Switching Uma rede corporativa

Leia mais

Rede de Computadores II

Rede de Computadores II Rede de Computadores II Slide 1 Roteamento Determinar o melhor caminho a ser tomado da origem até o destino. Se utiliza do endereço de destino para determinar a melhor rota. Roteador default, é o roteador

Leia mais

MODELOS DE QUALIDADE DE SERVIÇO - APLICAÇÕES EM IP

MODELOS DE QUALIDADE DE SERVIÇO - APLICAÇÕES EM IP MODELOS DE QUALIDADE DE SERVIÇO - APLICAÇÕES EM IP Nilton Alves Júnior naj@cbpf.br Kelly Soyan Pires Dominguez kelly@cbpf.br Resumo Este trabalho tem como função explicitar o conceito de Qualidade de Serviço

Leia mais

Aula-19 NAT, IP Móvel e MPLS. Prof. Dr. S. Motoyama

Aula-19 NAT, IP Móvel e MPLS. Prof. Dr. S. Motoyama Aula-19 NAT, IP Móvel e MPLS Prof. Dr. S. Motoyama 1 NAT Network address translation Resto da Internet 138.76.29.7 10.0.0.4 Rede local (ex.: rede doméstica) 10.0.0/24 10.0.0.1 10.0.0.2 10.0.0.3 Todos os

Leia mais

Na Figura a seguir apresento um exemplo de uma "mini-tabela" de roteamento:

Na Figura a seguir apresento um exemplo de uma mini-tabela de roteamento: Tutorial de TCP/IP - Parte 6 - Tabelas de Roteamento Por Júlio Cesar Fabris Battisti Introdução Esta é a sexta parte do Tutorial de TCP/IP. Na Parte 1 tratei dos aspectos básicos do protocolo TCP/IP. Na

Leia mais

QoS for voice applications

QoS for voice applications QoS for voice applications MUM Brazil 2011 Currículo Antonio Nivaldo F. Leite Junior Graduação em Ciências da Computação; Graduação em Comunicação Social c/ ênfase em Pub. e Propaganda; Pós-graduação em

Leia mais

Cap 01 - Conceitos Básicos de Rede (Kurose)

Cap 01 - Conceitos Básicos de Rede (Kurose) Cap 01 - Conceitos Básicos de Rede (Kurose) 1. Quais são os tipos de redes de computadores e qual a motivação para estudá-las separadamente? Lan (Local Area Networks) MANs(Metropolitan Area Networks) WANs(Wide

Leia mais

Módulo 8 Ethernet Switching

Módulo 8 Ethernet Switching CCNA 1 Conceitos Básicos de Redes Módulo 8 Ethernet Switching Comutação Ethernet 2 Segmentação de Redes Numa Ethernet o meio de transmissão é compartilhado Só um nó pode transmitir de cada vez. O aumento

Leia mais

BC-0506: Comunicação e Redes Aula 04: Roteamento

BC-0506: Comunicação e Redes Aula 04: Roteamento BC-0506: Comunicação e Redes Aula 04: Roteamento Santo André, Q011 1 Roteamento Princípios de Roteamento O que é... Sistemas Autônomos Roteamento Interno e Externo Principais Tipos de Algoritmos Distance-Vector

Leia mais

4 Arquitetura básica de um analisador de elementos de redes

4 Arquitetura básica de um analisador de elementos de redes 4 Arquitetura básica de um analisador de elementos de redes Neste capítulo é apresentado o desenvolvimento de um dispositivo analisador de redes e de elementos de redes, utilizando tecnologia FPGA. Conforme

Leia mais

Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Características Roteamento

Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Características Roteamento Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Características Roteamento Professor Rene - UNIP 1 Roteamento Dinâmico Perspectiva e histórico Os protocolos de roteamento dinâmico são usados

Leia mais

MPLS Multi-Protocol Label Switching

MPLS Multi-Protocol Label Switching MPLS Multi-Protocol Label Switching Adilson Eduardo Guelfi Volnys Borges Bernal Luis Gustavo G. Kiatake Agenda Introdução Arquitetura de Rede Conceitos MPLS Conclusões Introdução MPLS is the enabling technology

Leia mais

2 Controle de Congestionamento do TCP

2 Controle de Congestionamento do TCP 2 Controle de Congestionamento do TCP 17 2 Controle de Congestionamento do TCP A principal causa de descarte de pacotes na rede é o congestionamento. Um estudo detalhado dos mecanismos de controle de congestionamento

Leia mais

TRANSMISSÃO DE DADOS Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar http://www.ricardobarcelar.com

TRANSMISSÃO DE DADOS Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar http://www.ricardobarcelar.com - Aula 3-1. A CAMADA DE REDE (Parte 1) A camada de Rede está relacionada à transferência de pacotes da origem para o destino. No entanto, chegar ao destino pode envolver vários saltos em roteadores intermediários.

Leia mais

REDES DE COMPUTADORES Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar http://www.ricardobarcelar.com.br

REDES DE COMPUTADORES Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar http://www.ricardobarcelar.com.br - Aula 2 - MODELO DE REFERÊNCIA TCP (RM TCP) 1. INTRODUÇÃO O modelo de referência TCP, foi muito usado pela rede ARPANET, e atualmente usado pela sua sucessora, a Internet Mundial. A ARPANET é de grande

Leia mais

TRANSMISSÃO DE DADOS Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar http://www.ricardobarcelar.com

TRANSMISSÃO DE DADOS Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar http://www.ricardobarcelar.com - Aula 5-1. A CAMADA DE TRANSPORTE Parte 1 Responsável pela movimentação de dados, de forma eficiente e confiável, entre processos em execução nos equipamentos conectados a uma rede de computadores, independentemente

Leia mais

Como medir a velocidade da Internet?

Como medir a velocidade da Internet? Link Original: http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/05/como-medir-velocidade-da-suainternet.html Como medir a velocidade da Internet? Pedro Pisa Para o TechTudo O Velocímetro TechTudo é uma

Leia mais

Software de segurança em redes para monitoração de pacotes em uma conexão TCP/IP

Software de segurança em redes para monitoração de pacotes em uma conexão TCP/IP Software de segurança em redes para monitoração de pacotes em uma conexão TCP/IP Paulo Fernando da Silva psilva@senior.com.br Sérgio Stringari stringari@furbbr Resumo. Este artigo apresenta a especificação

Leia mais

Segurança de redes com Linux. Everson Scherrer Borges Willen Borges de Deus

Segurança de redes com Linux. Everson Scherrer Borges Willen Borges de Deus Segurança de redes com Linux Everson Scherrer Borges Willen Borges de Deus Segurança de Redes com Linux Protocolo TCP/UDP Portas Endereçamento IP Firewall Objetivos Firewall Tipos de Firewall Iptables

Leia mais

Funcionalidade Escalabilidade Adaptabilidade Gerenciabilidade

Funcionalidade Escalabilidade Adaptabilidade Gerenciabilidade Projeto de Redes Requisitos Funcionalidade -- A rede precisa funcionar. A rede precisa permitir que os usuários desempenhem os seus deveres profissionais. A rede precisa oferecer conectividade de usuário-para-usuário

Leia mais

CAMADA DE REDE. UD 2 Aula 3 Professor João Carneiro Arquitetura de Redes 1º e 2º Semestres UNIPLAN

CAMADA DE REDE. UD 2 Aula 3 Professor João Carneiro Arquitetura de Redes 1º e 2º Semestres UNIPLAN CAMADA DE REDE UD 2 Aula 3 Professor João Carneiro Arquitetura de Redes 1º e 2º Semestres UNIPLAN Modelo de Referência Híbrido Adoção didática de um modelo de referência híbrido Modelo OSI modificado Protocolos

Leia mais

Arquitetura de Redes: Camadas de Protocolos (Parte I) Prof. Eduardo

Arquitetura de Redes: Camadas de Protocolos (Parte I) Prof. Eduardo Arquitetura de Redes: Camadas de Protocolos (Parte I) Prof. Eduardo Introdução O que é Protocolo? - Para que os pacotes de dados trafeguem de uma origem até um destino, através de uma rede, é importante

Leia mais

Controle de Congestionamento em TCP Parte 2. Prof. Dr. S. Motoyama

Controle de Congestionamento em TCP Parte 2. Prof. Dr. S. Motoyama Controle de Congestionamento em TCP Parte 2 Prof. Dr. S. Motoyama 1 Controle de Congestionamento em TCP Princípios de controle de congestionamento Saber que congestionamento está ocorrendo Adaptar para

Leia mais

Introdução Introduç ão Rede Rede TCP/IP Roteame Rotea nto nto CIDR

Introdução Introduç ão Rede Rede TCP/IP Roteame Rotea nto nto CIDR Introdução as Redes TCP/IP Roteamento com CIDR LAN = Redes de Alcance Local Exemplo: Ethernet II não Comutada Barramento = Broadcast Físico Transmitindo ESCUTANDO ESCUTANDO A quadro B C B A. DADOS CRC

Leia mais

Capítulo 4 - Roteamento e Roteadores

Capítulo 4 - Roteamento e Roteadores Capítulo 4 - Roteamento e Roteadores 4.1 - Roteamento Roteamento é a escolha do módulo do nó de origem ao nó de destino por onde as mensagens devem transitar. Na comutação de circuito, nas mensagens ou

Leia mais

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito - Roteamento www.labcisco.com.br ::: shbbrito@labcisco.com.br Prof. Samuel Henrique Bucke Brito Roteamento Roteamento é a técnica que define por meio de um conjunto de regras como os dados originados em

Leia mais

Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE

Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE INTRODUÇÃO (KUROSE) A Camada de Rede é uma peça central da arquitetura de rede em camadas A sua função é a de fornecer serviços de comunicação diretamente aos processos

Leia mais

Prefixo a ser comparado Interface 1 0 10 1 111 2 Senão 3

Prefixo a ser comparado Interface 1 0 10 1 111 2 Senão 3 PEL/FEN Redes de Computadores 015/1 Segunda Lista de Exercícios Prof. Marcelo Gonçalves Rubinstein 1) Descreva os principais serviços providos pela camada rede. ) Cite as diferenças entre datagrama e circuito

Leia mais

Tabela de roteamento

Tabela de roteamento Existem duas atividades que são básicas a um roteador. São elas: A determinação das melhores rotas Determinar a melhor rota é definir por qual enlace uma determinada mensagem deve ser enviada para chegar

Leia mais

CONCEITOS INICIAIS. Agenda A diferença entre páginas Web, Home Page e apresentação Web;

CONCEITOS INICIAIS. Agenda A diferença entre páginas Web, Home Page e apresentação Web; CONCEITOS INICIAIS Agenda A diferença entre páginas Web, Home Page e apresentação Web; O que é necessário para se criar páginas para a Web; Navegadores; O que é site, Host, Provedor e Servidor Web; Protocolos.

Leia mais

MÓDULO 7 Modelo OSI. 7.1 Serviços Versus Protocolos

MÓDULO 7 Modelo OSI. 7.1 Serviços Versus Protocolos MÓDULO 7 Modelo OSI A maioria das redes são organizadas como pilhas ou níveis de camadas, umas sobre as outras, sendo feito com o intuito de reduzir a complexidade do projeto da rede. O objetivo de cada

Leia mais

Protocolo TCP/IP. Neste caso cada computador da rede precisa de, pelo menos, dois parâmetros configurados:

Protocolo TCP/IP. Neste caso cada computador da rede precisa de, pelo menos, dois parâmetros configurados: Protocolo TCP/IP Neste caso cada computador da rede precisa de, pelo menos, dois parâmetros configurados: Número IP Máscara de sub-rede O Número IP é um número no seguinte formato: x.y.z.w Não podem existir

Leia mais

Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Controle de Congestionamento

Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Controle de Congestionamento Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Controle de Congestionamento Professor Rene - UNIP 1 Revisão... Segmento A unidade de dados trocada entre as entidades de transporte é denominada

Leia mais

Redes de Comunicações Capítulo 6.1

Redes de Comunicações Capítulo 6.1 Capítulo 6.1 6.1 - Técnicas de Comutação 1 WAN s Wide Area Networks Uma WAN é uma rede dispersa por uma grande área física, sob o controlo de uma administração única e baseada em circuitos dedicados (exemplo:

Leia mais

Subcamada MAC. O Controle de Acesso ao Meio

Subcamada MAC. O Controle de Acesso ao Meio Subcamada MAC O Controle de Acesso ao Meio Métodos de Acesso ao Meio As implementações mais correntes de redes locais utilizam um meio de transmissão que é compartilhado por todos os nós. Quando um nó

Leia mais

Capítulo 6 - Protocolos e Roteamento

Capítulo 6 - Protocolos e Roteamento Capítulo 6 - Protocolos e Roteamento Prof. Othon Marcelo Nunes Batista Mestre em Informática 1 de 53 Roteiro (1 / 2) O Que São Protocolos? O TCP/IP Protocolos de Aplicação Protocolos de Transporte Protocolos

Leia mais

Prof. Wilton O. Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE 1º Semestre / 2012

Prof. Wilton O. Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE 1º Semestre / 2012 Prof. Wilton O. Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE 1º Semestre / 2012 As redes de computadores possibilitam que indivíduos possam trabalhar em equipes, compartilhando informações,

Leia mais

SMTP, POP, IMAP, DHCP e SNMP. Professor Leonardo Larback

SMTP, POP, IMAP, DHCP e SNMP. Professor Leonardo Larback SMTP, POP, IMAP, DHCP e SNMP Professor Leonardo Larback Protocolo SMTP O SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) é utilizado no sistema de correio eletrônico da Internet. Utiliza o protocolo TCP na camada

Leia mais

Estudo Experimental da Tecnologia MPLS: Avaliação de Desempenho, Qualidade de Serviço e Engenharia de Tráfego

Estudo Experimental da Tecnologia MPLS: Avaliação de Desempenho, Qualidade de Serviço e Engenharia de Tráfego Estudo Experimental da Tecnologia MPLS: Avaliação de Desempenho, Qualidade de Serviço e Engenharia de Tráfego Roberto Willrich (INE-UFSC) Roberto A. Dias (CEFET-SC), Fernando Barreto, Renato D. V. de Oliveira,

Leia mais

Redes de Computadores Aula 3. Aleardo Manacero Jr.

Redes de Computadores Aula 3. Aleardo Manacero Jr. Redes de Computadores Aula 3 Aleardo Manacero Jr. O protocolo RM OSI 1 Camada de Rede Forma de ligação Endereçamento de máquinas Controle de rotas Controle de tráfego Forma de ligação Circuito Virtual

Leia mais

A máscara de sub-rede pode ser usada para dividir uma rede existente em "sub-redes". Isso pode ser feito para:

A máscara de sub-rede pode ser usada para dividir uma rede existente em sub-redes. Isso pode ser feito para: Fundamentos: A máscara de pode ser usada para dividir uma rede existente em "s". Isso pode ser feito para: 1) reduzir o tamanho dos domínios de broadcast (criar redes menores com menos tráfego); 2) para

Leia mais

Redes WAN MPLS. Redes de Longa Distância Prof. Walter Cunha

Redes WAN MPLS. Redes de Longa Distância Prof. Walter Cunha Redes WAN MPLS Redes de Longa Distância Prof. Walter Cunha Vantagens do Multiprotocol Label Switching (MPLS) em relação às redes IP puras: Possibilitar a utilização de switches no roteamento Principalmente

Leia mais

Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE

Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE SERVIÇO SEM CONEXÃO E SERVIÇO ORIENTADO À CONEXÃO Serviço sem conexão Os pacotes são enviados de uma parte para outra sem necessidade de estabelecimento de conexão Os pacotes

Leia mais

MÓDULO 8 Modelo de Referência TCP/IP

MÓDULO 8 Modelo de Referência TCP/IP MÓDULO 8 Modelo de Referência TCP/IP A internet é conhecida como uma rede pública de comunicação de dados com o controle totalmente descentralizado, utiliza para isso um conjunto de protocolos TCP e IP,

Leia mais

Protocolos em Redes de Dados. Enquadramento histórico. Modo de funcionamento FEC. Antecedentes IP Switching Tag Switching. Exemplo de.

Protocolos em Redes de Dados. Enquadramento histórico. Modo de funcionamento FEC. Antecedentes IP Switching Tag Switching. Exemplo de. Multiprotocol Label Switching Aula 07 FCUL 2005-20056 Objectivo: Conciliar as tecnologias baseadas em comutação (switching) com o encaminhamento IP. Aplicações: Aumentar o desempenho. Engenharia de tráfego.

Leia mais

Aula 08 MPLS 2004-2005 FCUL. Protocolos em Redes de Dados. Luís Rodrigues. Enquadramento. Modo de funcionamento. Antecedentes MPLS.

Aula 08 MPLS 2004-2005 FCUL. Protocolos em Redes de Dados. Luís Rodrigues. Enquadramento. Modo de funcionamento. Antecedentes MPLS. Aula 08 FCUL 2004-2005 Multiprotocol Label Switching Objectivo: Conciliar as tecnologias baseadas em comutação (switching) com o encaminhamento IP. Aplicações: Aumentar o desempenho. Engenharia de tráfego.

Leia mais

Redes de Computadores

Redes de Computadores Redes de Computadores Técnicas de comutação Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Bragança Maio de 2006 WAN s Wide Area Networks Uma WAN é uma rede dispersa por uma grande área

Leia mais

Além do melhor esforço

Além do melhor esforço Além do melhor esforço Redes Multimídia Prof. Emerson Ribeiro de Mello Instituto Federal de Santa Catarina IFSC campus São José mello@ifsc.edu.br 25 de agosto de 2011 1 / 42 Sumário 1 Além do melhor esforço

Leia mais

Gerencia de Rede (Desempenho) Professor: Guerra (Aloivo B. Guerra Jr.)

Gerencia de Rede (Desempenho) Professor: Guerra (Aloivo B. Guerra Jr.) Gerencia de Rede (Desempenho) Professor: Guerra (Aloivo B. Guerra Jr.) Tópicos Gerencia de Rede Motivação da Gerência Desafios Principais Organismos Padronizadores Modelo Amplamente Adotado As Gerências

Leia mais

APOSTILA DE REDES DE COMPUTADORES PARTE - I I

APOSTILA DE REDES DE COMPUTADORES PARTE - I I APOSTILA DE REDES DE COMPUTADORES PARTE - I I 1 Índice 1. INTRODUÇÃO... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 2. ENDEREÇOS IP... 3 3. ANALISANDO ENDEREÇOS IPV4... 4 4. MÁSCARA DE SUB-REDE... 5 5. IP ESTÁTICO E

Leia mais

Figura 1 Taxas de transmissão entre as redes

Figura 1 Taxas de transmissão entre as redes Conceitos de Redes Locais A função básica de uma rede local (LAN) é permitir a distribuição da informação e a automatização das funções de negócio de uma organização. As principais aplicações que requerem

Leia mais

Camada Transporte Parte 2. Prof. Dr. S. Motoyama

Camada Transporte Parte 2. Prof. Dr. S. Motoyama Camada Transporte Parte 2 Prof. Dr. S. Motoyama 1 Algoritmo de Janela Deslizante em TCP O TCP clássico emprega um protocolo de janela deslizante com confirmação positiva e sem repetição seletiva. O TCP

Leia mais

Capítulo 9 - Conjunto de Protocolos TCP/IP e Endereçamento. Associação dos Instrutores NetAcademy - Julho de 2007 - Página

Capítulo 9 - Conjunto de Protocolos TCP/IP e Endereçamento. Associação dos Instrutores NetAcademy - Julho de 2007 - Página Capítulo 9 - Conjunto de Protocolos TCP/IP e Endereçamento IP 1 História e Futuro do TCP/IP O modelo de referência TCP/IP foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD). O DoD exigia

Leia mais

Redes de Computadores II. Professor Airton Ribeiro de Sousa

Redes de Computadores II. Professor Airton Ribeiro de Sousa Redes de Computadores II Professor Airton Ribeiro de Sousa 1 PROTOCOLO IP IPv4 - Endereçamento 2 PROTOCOLO IP IPv4 - Endereçamento A quantidade de endereços possíveis pode ser calculada de forma simples.

Leia mais

SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2

SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2 SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2 1.1 Introdução... 2 1.2 Estrutura do IP... 3 1.3 Tipos de IP... 3 1.4 Classes de IP... 4 1.5 Máscara de Sub-Rede... 6 1.6 Atribuindo um IP ao computador... 7 2

Leia mais

Equipamentos de rede. Repetidores. Repetidores. Prof. Leandro Pykosz Leandro@sulbbs.com.br

Equipamentos de rede. Repetidores. Repetidores. Prof. Leandro Pykosz Leandro@sulbbs.com.br 1 Equipamentos de rede Prof. Leandro Pykosz Leandro@sulbbs.com.br Repetidores É o dispositivo responsável por ampliar o tamanho máximo do cabeamento de rede; Como o nome sugere, ele repete as informações

Leia mais

Multiprotocol Label Switching. Protocolos em Redes de Dados- Aula 08 -MPLS p.4. Motivação: desempenho. Enquadramento histórico

Multiprotocol Label Switching. Protocolos em Redes de Dados- Aula 08 -MPLS p.4. Motivação: desempenho. Enquadramento histórico Multiprotocol Label Switching Protocolos em Redes de Dados - Aula 08 - MPLS Luís Rodrigues ler@di.fc.ul.pt DI/FCUL Objectivo: Conciliar as tecnologias baseadas em comutação (switching) com o encaminhamento

Leia mais

Equipamentos de Redes. Professor Leonardo Larback

Equipamentos de Redes. Professor Leonardo Larback Equipamentos de Redes Professor Leonardo Larback Componentes de Expansão e Segmentação Pontos de rede localizados à distâncias maiores que o limite estabelecido pela mídia utilizada, o aumento no número

Leia mais

Tecnologia de Redes de Computadores - aula 5

Tecnologia de Redes de Computadores - aula 5 Tecnologia de Redes de Computadores - aula 5 Prof. Celso Rabelo Centro Universitário da Cidade 1 Objetivo 2 3 4 IGPxEGP Vetor de Distância Estado de Enlace Objetivo Objetivo Apresentar o conceito de. Conceito

Leia mais

Veja abaixo um exemplo de um endereço IP de 32 bits: 10000011 01101011 00010000 11001000

Veja abaixo um exemplo de um endereço IP de 32 bits: 10000011 01101011 00010000 11001000 4 Camada de Rede: O papel da camada de rede é transportar pacotes de um hospedeiro remetente a um hospedeiro destinatário. Para fazê-lo, duas importantes funções da camada de rede podem ser identificadas:

Leia mais

A camada de rede. A camada de rede. A camada de rede. 4.1 Introdução. 4.2 O que há dentro de um roteador

A camada de rede. A camada de rede. A camada de rede. 4.1 Introdução. 4.2 O que há dentro de um roteador Redes de computadores e a Internet Capitulo Capítulo A camada de rede.1 Introdução.2 O que há dentro de um roteador.3 IP: Protocolo da Internet Endereçamento IPv. Roteamento.5 Roteamento na Internet (Algoritmos

Leia mais

Rede de Computadores II

Rede de Computadores II Slide 1 Técnicas para se alcançar boa qualidade de serviço Reserva de recursos A capacidade de regular a forma do tráfego oferecido é um bom início para garantir a qualidade de serviço. Mas Dispersar os

Leia mais

QoS em roteadores Cisco

QoS em roteadores Cisco QoS em roteadores Cisco Alberto S. Matties 1, André Moraes 2 1 Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores Rua Gonçalves Chaves 602 96.015-000 Pelotas RS Brasil 2 FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC

Leia mais

MultiProtocol Label Switching - MPLS

MultiProtocol Label Switching - MPLS MultiProtocol Label Switching - MPLS Prof. S. Motoyama Rede IP Tradicional ROT - roteador ROT ROT ROT ROT ROT ROT ROT ROT ROT uvem IP ROT ROT 2 Encaminhamento de pacote na rede tradicional Prefixo Enderereço

Leia mais

Redes de computadores. Redes para Internet

Redes de computadores. Redes para Internet Redes de computadores Redes para Internet Milhões de elementos de computação interligados: hospedeiros = sistemas finais Executando aplicações distribuídas Enlaces de comunicação fibra, cobre, rádio, satélite

Leia mais

REDES CONVERGENTES PROFESSOR: MARCOS A. A. GONDIM

REDES CONVERGENTES PROFESSOR: MARCOS A. A. GONDIM REDES CONVERGENTES PROFESSOR: MARCOS A. A. GONDIM Roteiro Introdução a Redes Convergentes. Camadas de uma rede convergente. Desafios na implementação de redes convergentes. Introdução a Redes Convergentes.

Leia mais

Protocolo TCP/IP. Protocolo TCP/IP. Protocolo TCP/IP. Protocolo TCP/IP. Conexão de Redes. Protocolo TCP/IP. Arquitetura Internet.

Protocolo TCP/IP. Protocolo TCP/IP. Protocolo TCP/IP. Protocolo TCP/IP. Conexão de Redes. Protocolo TCP/IP. Arquitetura Internet. Origem: Surgiu na década de 60 através da DARPA (para fins militares) - ARPANET. Em 1977 - Unix é projetado para ser o protocolo de comunicação da ARPANET. Em 1980 a ARPANET foi dividida em ARPANET e MILINET.

Leia mais

Serviço de datagrama não confiável Endereçamento hierárquico. Facilidade de fragmentação e remontagem de pacotes

Serviço de datagrama não confiável Endereçamento hierárquico. Facilidade de fragmentação e remontagem de pacotes IP Os endereços IP são números com 32 bits, normalmente escritos como quatro octetos (em decimal), por exemplo 128.6.4.7. A primeira parte do endereço identifica uma rede especifica na interrede, a segunda

Leia mais

Roteamento e Comutação

Roteamento e Comutação Roteamento e Comutação Uma estação é considerada parte de uma LAN se pertencer fisicamente a ela. O critério de participação é geográfico. Quando precisamos de uma conexão virtual entre duas estações que

Leia mais