XVI SEMEAD Seminários em Administração

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1 XVI SEMEAD Seminários em Adminisração ouubro de 2013 ISSN Pessimismo nas segundas-feiras: uma análise do Efeio Dia da Semana no mercado de capiais brasileiro em períodos de crise e de esabilidade. VERÔNICA DE FÁTIMA SANTANA USP - Universidade de São Paulo veronica.sanana@usp.br LEANDRO MANZOLI TROVATI Universidade Federal do Rio Grando do Sul leandro.mr@homail.com

2 1 1 INTRODUÇÃO De acordo com a Hipóese da Eficiência de Mercado (HEM), não é possível ober ganhos anormais, uma vez que os preços dos aivos no mercado refleem odas as informações sobre a empresa em quesão e que odos os agenes são racionais e em, porano, expecaivas homogêneas. Dessa forma, os preços de mercado são resulado dessas expecaivas a respeio do valor econômico e da geração de fluxos de caixa fuuros das empresas em quesão (NAKAMURA; MENDONÇA, 2003). A HEM em sido abordada em vários rabalhos como nos arigos de Jensen (1978) e Bruni e Famá (1998). De modo geral, a eficiência de mercado é caracerizada nesses rabalhos como a coerência enre o preço dos aivos e as informações obidas sobre o mercado de forma não endenciosa. No enano, para desafiar a HME, surgiram os esudos das finanças comporamenais. Esses esudos consideram o comporameno irracional dos invesidores, que levam em consideração odas as informações disponíveis, comeem erros, e agem de acordo com suas crenças e valores culurais. Os defensores das finanças comporamenais julgam que é sim possível ober ganhos anormais no mercado financeiro, pois exisem anomalias no comporameno dos preços dos aivos que são previsíveis e podem ser exploradas. De cera forma, os esudos sobre as finanças comporamenais procuram humanizar o agene econômico omador de decisões do mercado financeiro ao incorporar os aspecos psicológicos do indivíduo no processo de alocação de recursos. Essa incorporação limia a racionalidade dos agenes, pressuposo da Hipóese de Eficiência dos Mercados (CASTRO JÚNIOR; FAMÁ, 2002). As principais evidências desfavoráveis à HEM são as anomalias de calendário, fundamenais e écnicas. Denre as anomalias de calendário exisem o Efeio Janeiro, Efeio da Mudança do Mês e Efeio Dia da Semana, ou Efeio Dia da Semana. Apesar dos inúmeros esudos a respeio da HME, não há evidências conclusivas na lieraura a respeio da exisência, ou não, dessas anomalias. Em períodos de crise, a irracionalidade dos invesidores é mais acenuada. Segundo Aranha (2006), os senimenos de ganho e perda são assiméricos. Segundo o auor, a perda em maior impaco emocional do que um ganho de mesma magniude, em qualquer pessoa. Ou seja, o desgoso em perder deerminado valor é mais inenso que o goso de ganhar esse mesmo valor. Assim, em épocas de crise, comporamenos como o de manada, que segundo Scharfsein e Sein (1990) ocorre sempre que um invesidor ou agene financeiro ignora suas informações pariculares e segue a condua de ouros invesidores, são responsáveis por grandes movimenos nos preços sem fundameno analíico. Assim, os preços em períodos de crises financeiras se comporam de forma diferene que em períodos de esabilidade. Chaudhury (2011), por exemplo, verificou que o índice esadunidense S&P 500, no período da crise de 2007/2008, apresenou reornos médios negaivos, volailidade de mais de 200%, e aumeno significaivo nos beas. 1.1 Problema de Pesquisa e Objeivo Tendo em visa a diferença de comporameno dos preços em épocas de crise e de esabilidade, quesiona-se se as evidências de anomalias de mercado se aleram nesses períodos; se, por exemplo, crises financeiras favorecem ais anomalias.

3 2 Buscando esclarecer o assuno, ese rabalho objeivou analisar o índice IBovespa em períodos de queda (caracerizados por crises financeiras) e de esabilidade denro do período de janeiro de 2003 a abril de 2012, averiguando se o efeio segunda-feira (pressuposo pelas Finanças Comporamenais e negada pela HEM) aconece e se ele se compora de forma diferene nesses períodos. Para ano, foram coleados dados diários do fechameno do IBovespa, separando a amosras em períodos diferenes, e enão foi esimada uma regressão que represena o comporameno do reorno desse índice para idenificar se nas segundas-feiras esse reorno é esaisicamene menor que nos demais dias, ou não. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Segundo Jensen (1978), a eficiência do mercado é caracerizada pela incapacidade de se ober lucro econômico (lucro anormal) com base na disponibilidade de informações. Um mercado é considerado eficiene se os preços dos aivos nele negociados refleem o consenso geral sobre a economia, o mercado financeiro e a empresa específica envolvida. Nessa siuação, os preços dos aivos negociados refleem odas as informações, passadas e presenes, públicas e privadas, e se ajusam imediaamene ao surgimeno de algum dado novo. Assim, não exise a possibilidade de um invesidor elaborar uma esraégia diferenciada, já que ele possui as mesmas informações que os ouros, e reagirá racionalmene, assim como os demais de forma que a remuneração máxima possível de ser obida é a do risco assumido, lucros anormais são inconcebíveis (LOPES; MARTINS, 2007) Para Fama (1970), são rês as condições que evidenciam a eficiência dos mercados: a inexisência de cusos de ransação, a disponibilidade de informação a cuso zero a odos os agenes do mercado e o consenso sobre os efeios das informações nos preços dos aivos. Essas condições foram consideradas suficienes para a eficiência dos mercados, mas não necessárias. Num mercado eficiene, a compeição enre muios paricipanes ineligenes leva a uma siuação onde os preços reais dos aivos individuais já refleem os efeios das informações a qualquer momeno, ano com base em evenos passados quano aos esperados no fuuro. Ou seja, em um mercado eficiene, o preço de um aivo será uma boa esimaiva do seu valor inrínseco, em qualquer momeno (FAMA, 1965). Há auores que não acrediam na eficiência de mercado. Para Aldrighi e Milanez (2005), é mais coerene com a realidade assumir que as decisões financeiras omadas pelos agenes são deerminadas por vieses cogniivos. Eles mosraram como as anomalias de ganhos no mercado financeiro, que não podem ser explicadas pela Hipóese dos Mercados Eficienes, podem ser explicadas pela Teoria das Finanças Comporamenais, cujo um dos principais conceios é a aversão à perda. Lima (2003), mosra os rês emas que agrupam os fenômenos psicológicos que se espalham pelo campo das finanças. O primeiro ema é o viés heurísico, segundo o qual os indivíduos comeem erros por acrediarem em suposições. O segundo ema é a subordinação à forma, no qual a forma e a esruura com a qual o problema se apresena influencia os omadores de decisão. Por fim, a noção de Mercados Ineficienes esclarece que erros e diferenes esruuras de problemas afeam os preços esabelecidos no mercado, fazendo com que os preços dos aivos se desviem de seus respecivos preços fundamenais. As Finanças Comporamenais buscam, sobreudo, enconrar as reais jusificaivas para a não ocorrência da eficiência e racionalidade dos mercados. Esudos empíricos razem

4 3 evidências dessa irracionalidade, refleida nas chamadas anomalias de mercado, que são comporamenos irracionais do mercado, não explicados pela eoria radicional de Finanças. Segundo Bruni e Famá (1998), as principais evidências desfavoráveis à eoria de eficiência de mercados podem ser classificadas como anomalias de calendário, fundamenais e écnicas. As anomalias de calendário, denre elas o efeio segunda-feira, ou efeio dia da semana, são largamene esudadas. Lakonishok e Smid (1988), por exemplo, usaram dados diários do índice Dow Jones, referenes a um período de novena anos (de 1897 a 1986), e enconraram padrões nas axas de reorno na mudança da semana, do mês, do ano e ambém em feriados. Ainda para os Esados Unidos, mas esudando o índice Sandand and Poor s (S&P) 500, French (1980) enconrou que o reorno médio das segundas-feiras, no período de 1953 a 1977, é significaivamene negaivo, enquano nos ouros quaro dias da semana é posiivo. Nos mercados emergenes ambém há esudos do efeio segunda-feira. Basher e Sadorsky (2006), por exemplo, esudaram os mercados de ações de 21 países emergenes e enconraram evidências dessa anomalia nas Filipinas, no Paquisão e em Taiwan. Segundo Mussa e al (2008), o efeio dia da semana é caracerizado por reornos diários diferenes dos aivos ao longo dos dias da semana. Para muios auores, as segundas-feiras seriam os piores dias para se invesir em ações (BRUNI; FAMÁ, 1998). Segundo Copeland e al (2005), isso seria explicado pelo hábio das empresas de esperar o fechameno dos mercados na sexa-feira para anunciar más noícias. Por não considerar esse efeio, os mercados seriam, enão, ineficienes. Segundo Gonzalez e al (2011), a Hipóese do Mercado Eficiene surgiu da Economia Neoclássica, que pare do pressuposo que os indivíduos são seres racionais, maximizadores de uilidade, com preferências esáveis e plenamene informados. Ainda segundo os auores, a incoerência dessa eoria vem à ona em crises financeiras. Alguns rabalhos esudam o comporameno do mercado em períodos de crise. Jang e Sul (2002), por exemplo, esudaram o movimeno das ações na crise financeira asiáica de Os auores verificaram que, no período anerior à crise, praicamene não havia comovimeno enre os mercados dos países asiáicos. No enano, após o início da crise, as relações começaram a ficar níidas, especialmene em Hong Kong, Tailândia, Indonésia e Cingapura. E após o auge da crise, em janeiro de 1998, o comovimeno enconrava-se mais fore Ainda no mercado asiáico, Holden e al (2005) analisou a exisência de anomalias de calendário no mercado Tailandês, dando aenção especial ambém aos períodos anes, durane e depois da Crise Asiáica, e concluíram que a inclusão dessas anomalias aumenava o poder de previsão dos modelos uilizados. E Hui (2005) procurou idenificar o efeio dia da semana em mercados como Hong Kong, Coreia, Cingapura e Taiwan, e ambém em mercados desenvolvidos como nos Esados Unidos e no Japão, focando a aenção ambém na crise financeira de O auor enconrou evidências da anomalia em odos os supraciados, exceo Cingapura. No que se refere ao Brasil, Gonzalez e al (2011) esudaram o comporameno dos invesidores brasileiros no mercado de capiais, anes e depois da crise financeira iniciada em 2007 (crise do Subprime) e afirmam ser quase impossível provar exaamene como foi esse comporameno. De acordo com os auores, os invesidores agiram segundo uma racionalidade limiada, apresenado excesso de confiança e comporameno de manada. Os auores explicam que após a quebra do Lehman Brohers, algumas noícias sobre a economia não passavam de especulações pessimisas que influenciavam os invesidores que, omados de pânico, começaram a vender suas ações sem sequer saber a origem do problema.

5 4 Em 2011, após alguns avanços conra a crise do Subprime, começaram a surgir uma série de problemas com as dívidas públicas dos países europeus, resulando na crise da Zona do Euro, que ecoou nos mercados financeiros do mundo odo, inclusive no Brasil. 3 METODOLOGIA O presene rabalho buscou verificar a exisência do Efeio Dia da Semana em períodos de crises financeiras e de esabilidade, aravés da análise economérica de séries emporais, ou seja, se o reorno nas segundas-feiras é esaisicamene menor que nos demais dias da semana para cada período de análise. Para al, colearam-se as coações diárias de fechameno do IBovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo. Os dados se referem ao período de 2 de Janeiro de 2003 a 27 de Abril de 2012, excluindo-se os dias que não houve coação, ais como finais de semana e feriados. A parir da série de ponos de fechameno do IBovespa, foi calculada a série de reorno do índice, dado pela seguine fórmula: Reorno log IBovespa log IBovespa 1 (1) Onde o índice indica a coação de cada dia e 1 a coação anerior. O sofware escolhido para o raameno de dados foi o EViews. Feia a nova série de reornos, os dados podem ser analisados de acordo com o modelo a ser consruído. Para analisar a exisência ou não do Efeio Segunda-Feira em períodos de crise financeira e de esabilidade, os dados foram agrupados, e foram feias diversas regressões, de acordo com o esquema abaixo: a) Para esar se houve o Efeio Segunda-Feira para o período como um odo; b) Para esar se houve Efeio Segunda-Feira para os subperíodos que apresenaram um padrão único: período de crescimeno do índice, de queda (caracerizado pelas crises financeiras de 2008 e da Zona do Euro), de ascensão (períodos de pós-crise) e para períodos relaivamene esáveis. O criério de divisão dos subperíodos foi feio de acordo com o panorama econômico mundial e seus efeios no Brasil, bem como na Bolsa de Valores de São Paulo. Foram analisadas seis séries: 1) Complea: abrange o período de 02 de janeiro de 2003 a 27 de abril de 2012, oalizando observações; 2) Anes da crise do Subprime: abrange o período de 02 de janeiro a 19 de maio de 2008 (quando o IBovespa aingiu sua máxima ponuação), no qual se observa clara endência de ala, oalizando observações; 3) Crise do Subprime: abrange o período de 20 de maio de 2008 a 27 de ouubro de 2008, no qual há uma acenuada endência de queda do índice, oalizando 113 observações; 4) Pós-crise do Subprime: abrange o período de 28 de ouubro de 2008 a 04 de janeiro de 2008, no qual se observa uma ascensão do índice aé alcançar um paamar próximo ao anes da crise, oalizando 290 observações;

6 5 5) Esabilidade: abrange o período de 05 de janeiro de 2010 a 05 de julho de 2011, onde há cera esabilidade no índice, sem endências prolongadas de queda ou ala, apresenando um período de recuperação econômica, oalizando 372 observações; 6) Crise do Euro: abrange o período de 06 de julho de 2011 a 04 de ouubro de 2011, onde há uma queda mais acenuada do índice, oalizando 64 observações. Para avaliar a exisência do Efeio Dia da Semana, foi incluída uma dummy, ou variável binária, que assume valor 1 ou 0, dependendo se o reorno refere-se a uma segunda-feira ou aos demais dias da semana, respecivamene. Sua inerpreação é de fácil enendimeno. Se o parâmero que muliplica a variável binária for negaivo e esaisicamene diferene de zero significa que na segunda-feira o reorno do índice é diminuído no valor desse parâmero. Anes de se iniciar a consrução do modelo, é preciso verificar a esacionariedade da série, para garanir que os pressuposos esaísicos usuais de média e variância consanes se verifiquem, permiindo-se que a série seja modelada aravés de uma equação com coeficienes fixos, que podem ser esimados a parir dos dados passados. A esacionariedade é verificada quando a série não possui raiz uniária (não sendo um passeio aleaório), que pode ser idenificada aravés do ese Augmened Dickey-Fuller (ADF). Como o objeivo é modelar o comporameno da série de reornos do IBovespa, a regressão foi feia de acordo com a meodologia de Box-Jenkins (GUJARATI, 2000), que consise em analisar o correlograma da série de dados e separá-la em 2 principais componenes: aqueles explicados pela própria variável defasada em p períodos, chamado de processo auorregressivo de ordem p, AR (p), e aqueles explicados pelo próprio erro da série defasado em q períodos, chamado de processo de Média Móvel de ordem q, MA (q); se ambos, ARMA (p, q). No correlograma são analisadas as funções de auocorrelação e a de auocorrelação parcial para diversas defasagens (definidas auomaicamene pelo sofware), nas quais são idenificados os valores de p e q. O valor de p é definido de acordo com a função de auocorrelação parcial (FACP), pois essa função assume valor zero para defasagens maiores que p. Assim, se para deerminada defasagem a FACP foi diferene de zero, o processo é auorregressivo nessa ordem, podendo ser compleo ou não. A ordem do processo de média móvel, q, é definido de acordo com a função de auocorrelação, pois ela assume valor zero para defasagens maiores que a respeciva ordem. Uma vez definidas as ordens dos processos, o melhor modelo é escolhido de acordo com os criérios de Akaike e Schwarz, buscando o que minimiza eses criérios. A seguir, deve ser analisados se os erros são não correlacionados, aravés do ese de Breusch-Godfrey, para a validade do modelo. Inicialmene, pariu-se do seguine modelo linear: R d R R... R... (2) p p q q Em que: R = reorno médio diário; = parâmero que muliplica a dummy; d = dummy que se refere à segunda-feira;

7 6 p = parâmeros que muliplicam os ermos auorregressivos; R p = reorno defasado em p períodos; q = parâmeros que muliplicam os ermos do erro defasados (ermos de média móvel); q= erro defasado em q períodos. Conudo, no que se refere às séries financeiras, é mais apropriado usar um modelo que apresene variância condicional evoluindo no empo. Os modelos auorregressivos (heeroscedásicos) de esimação de variância êm origem na observação do fenômeno de clusering, em que reornos alos endem a ser seguidos por ouros reornos elevados, fazendo com que a variância dos reornos apresene grande correlação serial. A fim de incorporar esse comporameno, Engle (1982) propôs os modelos ARCH (Auoregressive Condiional Heerocedasiciy). Uma versão generalizada dos modelos ARCH foi proposa por Bollerslev (1986), o chamado modelo GARCH (General Auoregressive Condiional Heerocedasiciy). Nese modelo, a função linear da variância condicional inclui ambém variâncias passadas. Assim sendo, a volailidade dos reornos depende dos quadrados dos erros aneriores e ambém de sua própria variância em momenos aneriores. A variância é dada da seguine forma: m r i i j j i 1 j 1 (3) Onde as resrições são dadas por: i 0, i = 1,2,..., m ; 0, j = 1,2,..., r, e 2 i j 1. Assim sendo, segue um modelo GARCH (m, r), onde m represena a ordem do componene ARCH e r a ordem do componene GARCH. O modelo GARCH (1,1) é a versão mais simples e geralmene suficiene para as séries financeiras. Supondo-se que os erros são normalmene disribuídos, a variância é dada por:, O coeficiene 1 mede a exensão em que um choque no reorno hoje afea a volailidade do reorno do dia seguine. A soma ( 1 1) revela a medida de persisência da volailidade, ou seja, a axa que reflee como o impaco de um choque no reorno hoje se propaga ao longo do empo, sobre a volailidade dos reornos fuuros. Isso mosra que com ala persisência o choque enfraquecerá lenamene. Assim, após esimado os modelos ARMA (p, q), é preciso verificar se os erros do modelo escolhido apresenam heerocedasicidade condicional. Para isso, foi analisada a esaísica Q do correlograma dos resíduos do modelo ao quadrado que, caso seja significaiva, mosra que os resíduos são auocorrelacionados. Assim, a volailidade dos resíduos passados afea os resíduos fuuros, enão, há presença da heerocedasicidade condicional. Também foi feio o ese do muliplicador de Lagrange, que consise em esimar uma regressão auxiliar e analisar a esaísica F, que caso seja maior que a abelada, se rejeia a hipóese de ausência de heerocedasicidade condicional. A ordem do modelo ARCH é definida com base na análise do correlograma dos resíduos ao quadrado. Com base na definição dos possíveis ARCH s, define-se um modelo GARCH(1,1), e no máximo GARCH (2,2). A análise é finalizada escolhendo-se o modelo que minimiza os criérios de Akaike e Schwarz. j

8 7 Assim, os modelos esimados aqui seguem o seguine formao: 2, em que ~ N 0, R F Onde: F = função ARMA (p, q) esimada; = resíduo dessa regressão; e m 0 i i j j i 1 j 1 r (4) 2 = variância, ou volailidade, da série de reorno dos aivos. O resulado esperado é um modelo onde a dummy seja negaiva e significaiva, de modo a indicar que o reorno na segunda-feira é esaisicamene inferior aos dos ouros dias. Esa análise foi realizada para odos os períodos proposos no rabalho. 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS A Figura 1 ilusra o período esudado e sua separação nas cinco séries, além da série complea. Figura 1: Coações de Fechameno do IBovespa Fone: Elaboração própria. Na Tabela 1, se enconram algumas esaísicas descriivas das séries. Noa-se o impaco das crises no desempenho do índice, sendo que o reorno mínimo observado do índice (perda de 12,10% ao dia) se deu no período da crise do Subprime, assim como o maior reorno e a maior variação.

9 8 Tabela 1: Esaísicas Descriivas. Período Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Ponos Reornos* Ponos Reornos* Ponos Reornos* Ponos Reornos* Compleo ,07% ,90% ,10% ,68% Anes da Crise do Subprime ,14% ,67% ,86% ,14% Crise do Subprime ,82% ,63% ,10% ,68% Pós Crise do Subprime ,26% ,32% ,07% ,99% Esabilidade ,03% ,20% ,85% ,02% Crise do Euro ,33% ,22% ,43% ,98% Fone: Resulados da Pesquisa. * Reornos Diários. A aplicação do ese ADF, junamene com a análise dos correlogramas, nas séries de preço e reorno do IBovespa, mosrou que, para odos os períodos, a primeira série possui uma raiz uniária, sendo, porano, não esacionária e a segunda não, sendo, porano, esacionária, conforme a Tabela 2. Tabela 2: Teses de Raiz Uniária para as séries. Período (Série) Esaísica Tese P-Valor Compleo Preço -1,6711 0,4459 Reorno -46,0358 0,0001 Anes da Crise do Subprime Preço 0,8271 0,9945 Reorno -36,8812 0,0000 Crise do Subprime Preço 0,8209 0,9940 Reorno -9,3786 0,0000 Pó-crise do Subprime Preço -0,5591 0,8759 Reorno -18,6222 0,0000 Esabilidade Preço -2,5340 0,1082 Reorno -18,7540 0,0000 Crise do Euro Preço -1,8116 0,3697 Fone: Resulados da Pesquisa. Reorno -8,1077 0,0000 Além da série de reorno foi consruída uma série binária, que assume valor 1 quando se refere a uma segunda-feira e zero caso conrário. A análise do correlograma e o modelo ARMA definido como melhor, além do ese de heeroscedasicidade condicional e a subsequene modelação da volailidade para cada série se enconram na Tabela 3. Tabela 3: Modelos esimados. Período Modelo ARMA Tese de HC Modelo de Volailidade Compleo ARMA (10, 10) incompleo Há HC para duas defasagens GARCH (1, 1) Anes da Crise do Subprime ARMA (3, 3) compleo Há HC para duas defasagens GARCH (1, 1) Crise do Subprime ARMA (2, 2) compleo Há HC para duas defasagens GARCH (1, 1) Pós Crise do Subprime ARMA (16, 16) incompleo Há HC para duas defasagens GARCH (1, 1)

10 9 Tabela 3: Modelos esimados. Período Modelo ARMA Tese de HC Modelo de Volailidade Esabilidade ARMA (6, 35) incompleo Há HC para duas defasagens GARCH (1, 1) Crise do Euro ARMA (5, 5) incompleo Há HC para duas defasagens GARCH (1, 1) Fone: Resulados da Pesquisa. A esimação dos modelos da Tabela 3 resulou nos valores para as dummies conforme a Tabela 4. Tabela 4: Valores assumidos pelas dummies. Período Dummy ( ) P-valor Exisência do Efeio Dia da Semana Compleo -0,0012 0,1599 Não é possível afirmar Anes da Crise do Subprime 0,0007 0,5014 Não é possível afirmar Crise do Subprime -0,0115 0,0221 Há o efeio Pós Crise do Subprime 0,0037 0,5090 Não é possível afirmar Esabilidade -0,0002 0,9045 Não é possível afirmar Crise do Euro -0,0103 0,0689 Há o efeio Fone: Resulados da Pesquisa. Quando se analisa o período de 2003 a 2012 compleo, não se enconra evidências capazes de afirmar a exisência dessa anomalia. O reorno do índice nas segundas-feiras não apresena comporameno esaisicamene diferene dos demais dias da semana. O mesmo aconece quando se analisa os períodos que apresenam endência de crescimeno do índice. Tano o período aé a eclosão da crise de 2008 (19 de maio, quando o índice alcançou o máximo hisórico) no país quano o de recuperação dessa mesma crise, quando o índice vola a subir, não apresenaram evidências que o efeio segunda-feira enha ocorrido. Já quando se analisa os períodos de endência de queda do índice, ambienados pela crise do Subprime (20 de maio a 27 de ouubro de 2008) e da Zona do Euro (06 de julho a 04 de ouubro de 2011) a dummy é negaiva e significaiva, indicando a exisência da anomalia nesses períodos. Esses resulados sugerem que períodos de crise financeira favorecem a ocorrência dessa anomalia. Essa conclusão vai de acordo com as colocações de ouros auores, como o fao de crises financeiras razerem à ona a irracionalidade dos agenes, que agem em comporameno de manada, baseiam suas decisões em especulações pessimisas por vezes infundadas. Esse comporameno invalida a Teoria do Mercado Eficiene e abre espaço para as anomalias de mercado. Um aspeco dessa irracionalidade é o pessimismo acenuado no início da semana de negociações, possivelmene causado pelo acúmulo de noícias ruins (fundamenadas ou não) no final de semana anerior. 4 CONCLUSÃO O presene rabalho objeivou a busca de evidências da exisência do Efeio Dia da Semana, ou Efeio Segunda-Feira no mercado de ações brasileiro, separando a análise para períodos de queda, esabilidade e crescimeno do índice. Foi idenificado que nos períodos abrangidos pela crise do Subprime e pela Crise do Euro, o reorno médio do IBovespa foi esaisicamene menor nas segundas-feiras, em 1,15 e 1,03 ponos percenuais, respecivamene. Já para os demais períodos, inclusive quando se

11 10 analisa o período como um odo, esse efeio não é visível. Assim, os resulados indicam que os ambienes de crise são favoráveis para a exisência dessa anomalia. Explicações para esse fao se pauam na irracionalidade dos agenes nos mercados financeiros. Em ambienes de crise, essa irracionalidade se acenua, a sensação de medo é mais fore do que os fundamenos analíicos para a precificação dos aivos financeiros, de modo que o simples fao de ser segunda-feira deixa os agenes menos oimisas quano ao valor de seus invesimenos. REFERÊNCIAS ALDRIGHI, D. M.; MILANEZ, D. Y. Finança comporamenal e a hipóese dos mercados eficienes. Revisa de Economia Conemporânea, Rio de janeiro, v. 9, n. 1, pp , Jan./Abr Disponível em: <hp:// Acesso em: 08 Abr ARANHA, G. K. A Psicologia humana e seus impacos nas decisões de invesimeno. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização e Aualização em Business Economics). Fundação Geúlio Vargas. São Paulo, BASHER, S. A.; SADORSKY, P. Day-of-he-week effecs in emerging sock markes. Applied Economics Leers, v. 13, pp , Disponível em: <hp:// Acesso em: 15 Jul BOLLERSLEV, T. Generalized auoregressive condiional heeroscedasiciy. Journal of Economerics, vol. 31, n. 3, pp , Disponível em: <hp://public.econ.duke.edu/~boller/published_papers/joe_86.pdf> Acesso em: 30 Nov BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Eficiência, previsibilidade dos preços e anomalias em mercados de capiais: eoria e evidências. Caderno de Pesquisas em Adminisração, São Paulo, v.1, n. 7, Abr./Jun Disponível em: <hp:// Acesso em: 28 Mar CASTRO JÚNIOR, F.H.F.; FAMÁ, R. As novas finanças e a eoria comporamenal no conexo da omada de decisão sobre invesimenos. Caderno de Pesquisas em Adminisração, São Paulo, v. 9, n. 2, Abr./Jun., Disponível em: < <hp:// > Acesso em: 07 Abr CHAUDHURY, M. The financial crisis and he behavior of sock prices. Desauels Faculy of Managemen, McGill Universiy, Monreal, Canadá, Abr Disponível em: <hp://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?absrac_id= >. Acesso em: 13 abr COPELAND, T. E. e al. Financial heory and corporae policy. 4. ed. Boson: Addison- Wesley, ENGLE, R. F. Auoregressive condiional heeroscedasiciy wih esimaes of he variance of Unied Kingdom inflaion. Economerica, vol. 50, n. 4, pp , Disponível em: <hp:// Acesso em: 29 Nov

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