P eu e ma m t a olo l gia Estudo Sistemático
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- Júlio de Almada Ximenes
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1 Pneumatologia Estudo Sistemático
2 Podemos confessar a divindade do Espírito Santo, afirmando: Ao Espírito são atribuídos nomes divinos; Ao Espírito Santo são concedidos os atributos divinos, como a onipresença, onisciência e onipotência; O Espírito realiza obras divinas, como criação, regeneração e a ressurreição dos mortos; Ao Espírito Santo é prestada honra, pois Ele é a associado com o Pai e com o Filho em uma base de aparente igualdade na fórmula batismal e na bênção apostólica.
3 O Espírito Santo é um ser pessoal As Escrituras nos apresentam o Espírito como um ser pessoal, chamado de parakletos. Um fato que indica que o Espírito Santo é uma pessoa é que ele, como Consolador, é colocado ao lado de Cristo como o consolador que estava para partir. As Escrituras conferem ao Espírito Santo atributos pessoais, tais como: inteligência, vontade e sentimentos.
4 O Espírito realiza também atos próprios de uma pessoa, como sondar, falar, testificar, ordenar, revelar, lutar, criar, interceder e vivificar os mortos. Quem realiza estas coisas não pode ser um simples poder ou influência, mas tem de ser um ser pessoal. A Escritura mostra o Espírito relacionando-se com outras pessoas, com os apóstolos, com Cristo, o Pai e o Filho, o que implica sua personalidade.
5 O Espírito Santo e Jesus Podemos ver a presença poderosa do Espírito em toda a vida de Jesus, desde o ventre materno até o túmulo, e depois até o trono de glória. A encarnação e gravidez de Maria é um ato da graça divina por meio do Espírito Santo. Imediatamente após o batismo, Jesus ficou cheio do Espírito Santo.
6 O restante do ministério de Jesus também foi conduzido no poder do Espírito Santo: milagres, exorcismos e ensino. Cristo, pelo Espírito, ofereceu-se, sem pecado, para ser morto, ressuscitado e foi estabelecido em poder.
7 O Espírito Santo procede do Pai e do Filho (Fórmula Ocidental) O Filho, igualmente com o Pai, envia o Paracletos para batizar no Espírito Santo e derramar o Espírito da promessa.
8 Assim como todas as coisas são do Pai e através do Filho, todas elas existem e repousam no Espírito Santo Herman Bavinck
9 O Espírito não é gerado, como o Filho, mas procede do Pai e do Filho, sendo este um dos elementos que distinguem o Espírito Santo das outras pessoas da Trindade.
10 Apesar de ser distinto de Deus, do Pai e do Filho, ele mantém o mais íntimo relacionamento com ambos. O Espírito existe necessária e eternamente, compartilhando plenamente toda a essência de Deus, junto como Pai e com o Filho, não por geração, como o Filho, mas como Espírito da boca de Deus. A processão do Espírito não dá lugar a alguma subordinação às outras pessoas divinas.
11 O conceito de processão, que não poderia ser mais misterioso, é uma tentativa de entender a maneira com que o Espírito, como aquele que foi enviado, é distinto das outras pessoas da trindade. O Pai gera o Filho. O Pai e o Filho exalam o Espírito. O Espírito glorifica o Pai e o Filho.
12 O Espírito Santo na criação e Salvação Na esfera da criação, o Espírito agem como doador da vida, ou seja, dá o toque final à obra da criação. É ele quem qualifica os seres humanos para suas tarefas, tais como o trabalho na ciência e nas artes. Foi ele quem inspirou a Escritura e aplica os benefícios da salvação aos cristãos, justificando, regenerando, e santificando o crente e edificando a igreja.
13 Toda a vida cristã é vivida no Espírito e por meio dele. É ele quem nos regenera e nos conduz à verdade; é ele que opera fé no coração dos eleitos e quem, por meio desta fé, faz com que compartilhemos em Cristo de todos os seus benefícios alcançados na cruz. Ele é o consolador, que intercede por nós com gemidos inexprimíveis e que dá testemunho ao nosso espírito que somos filhos de Deus.
14 Ele é o penhor de nossa herança eterna, que nos preserva até o dia de nossa redenção, livrando-nos do erro e preparando-nos para o descanso eterno. É ele quem dá crescimento à igreja, pela regeneração e santificação. Ele é quem desperta nossa fé, mantém-nos na nova vida em Jesus Cristo, insere-nos na comunidade cristã e prepara-nos para o céu.
15 O Espírito e a Graça Comum O mundo foi criado bom por Deus, mas a queda perverteu a imagem divina com a qual o homem fora criado, e isto reflete em sua relação eterna com Deus, com o próximo e com a criação. Se Deus não refreasse a miséria humana seria impossível viver neste mundo. Ainda que as Escrituras afirmem a depravação total da humanidade, conhecemos pessoas que, mesmo não sendo cristãs, são habilidosas, criativas, prestativas e honestas.
16 Como explicas isso? A resposta bíblica é a doutrina da graça comum. As operações gerais do Espírito Santo pelas quais ele, sem renovar o coração, exerce tal influência sobre o ser humano por meio de sua revelação geral ou especial, que o pecado sofre restrição, a ordem é mantida na vida social, e a justiça civil é promovida e também derramadas as bênçãos gerais, como chuva e o sol, a água e alimento, roupa e abrigo, que Deus dá a todos indiscriminadamente, onde e quanto lhe parece bom fazê-lo.
17 Por graça comum, entende-se a graça que alcança toda a humanidade, entende-se uma graça que restringe a manifestação do pecado na vida, sem remover a miséria humana, permitindo que incrédulos profiram muitas verdades e produzam muitas coisas boas. É uma graça que refreia o pecado, sem regenerar o ser humano.
18 Aplicação Prática Se não é força ou energia, pode-se ter relacionamento com o Espírito. Pode ser adorado e glorificado plenamente. Pode-se orar ao Espírito Santo. Agradecimento pela obra em nós. O Espírito e a vocação de cada um. Os não crentes também manifestam a graça divina...
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