Associações de moradores de favelas no Rio de Janeiro das UPP s

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Associações de moradores de favelas no Rio de Janeiro das UPP s"

Transcrição

1 Associações de moradores de favelas no Rio de Janeiro das UPP s Suellen Guariento 1 O trabalho analisa a atuação de associações de moradores de favelas no Rio de Janeiro no contexto das chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP s). A partir de uma pesquisa de cunho etnográfico, realizada em duas favelas, foi possível fazer alguns apontamentos sobre estas organizações. Partindo da hipótese de que as UPP s teriam criado um contexto de reconhecimento público para associações de moradores onde estão localizadas, o trabalho tece considerações sobre a atuação destas organizações nos territórios e também no espaço público da cidade. A pesquisa procurou por dimensões pouco visíveis, por dentro das favelas, para compreender se no contexto das UPP s havia tendências ao fortalecimento da atuação destas organizações em sua relação com Estado. A intensa presença do Estado nas favelas ocupadas converge com as práticas dos agentes das associações estudadas. Estes personagens mantém diversas teias de relações conformando o caráter ambíguo de sua atuação que, no contexto da pacificação, parece estar entre o reconhecimento público e a desconfiança. Ao que tudo indica o projeto de pacificação tende a manter o enfraquecimento das associações de moradores e as classificações sociais negativas atribuídas aos moradores de favelas, embora elas continuem atuando com relativa vitalidade no interior dos territórios. Sabe-se que a atuação de organizações locais em áreas de favelas e periferias tem aparecido com pouca força nos últimos anos. O enfraquecimento destas organizações se deu concomitantemente com a emergência da chamada violência urbana. No Rio de Janeiro este período também foi marcado por diferentes programas governamentais nas favelas incorporando fortemente a participação de suas associações locais. 1 Mestre em Serviço Social pelo Programa de Pós Graduação da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGSS-UFRJ) pesquisadora do ISER (instituto de Estudos da Religião). O resumo é fruto de dissertação de mestrado intitulada Entre o reconhecimento público e a desconfiança: associações de moradores de favelas no contexto das UPP s.

2 As associações de moradores que historicamente são as primeiras mediadoras da relação entre o Estado e população das favelas passaram a serem vistas como cooptadas e esvaziadas, já que tornaram-se executoras de diversos projetos governamentais perdendo sua capacidade de atuação mais autônoma (Silva e Rocha, 2008). Além disso, estas organizações também sofreram consequências com a consolidação de grupos varejistas de drogas. As inevitáveis interações no tecido social local forjaram diferentes dispositivos de defesa dos dirigentes, o que levou a um contínuo processo de criminalização e desconfiança por conta da contigüidade territorial com traficantes (Machado da Silva, 2008). A legitimidade das associações de moradores foi sendo colocada em xeque, dentro e fora das favelas, tornando-se conhecidas pela conivência com o tráfico. Os grupos de traficantes teriam passado a se interessar pelas eleições apresentando, inclusive, candidatos ligados a eles (Zaluar, 1998). O processo de criminalização teve consequências sobre o caráter mediador das associações que, enfrentaram a emergência de um campo de disputa e concorrência nas favelas incluindo, entre outros atores, as assim chamadas ONG s (Grynszpan, Pandolfi, 2002). Autores que vem buscando compreender as relações entre as diferentes organizações hierarquias internas, capacidade de ação desigual, diferenciações, conflitos internos e clivagens políticas- tem apontado para o caráter periférico deste tipo de organização no campo da chamada sociedade civil (Lavalle, Castelo, Bischir, 2008). Pesquisas recentes (Feltran, 2011) tem apontado para o bloqueio das organizações de favelas e periferias no acesso ao chamado mundo público, pois coloca-se em xeque a legitimidade de sua representação, já que teriam sido inscritas de forma subalterna no campo político instituído, formando um modelo de mundo público oficialmente democrático e continuamente desigual. No atual contexto da cidade do Rio de Janeiro, após a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP s), pode estar sendo construída uma inflexão na atuação das associações de moradores de favelas as quais, nos últimos tempos, foram profundamente marcadas pela criminalização e o esvaziamento. Partindo da hipótese de que as UPP s teriam criado um contexto de reconhecimento público, buscou-se a partir de uma pesquisa de campo em duas favelas, compreender sua capacidade de interferência no espaço público da cidade e no interior de seus territórios. Será que estas organizações tem sido mediadoras entre mundo público e favela neste novo contexto?

3 As UPP s tem em algum nível - promovido as associações de moradores para dentro e para fora de seus territórios, ou essas permanecem enfraquecidas e deslegitimadas? A pesquisa teve por objetivo analisar as associações de moradores de favelas com UPP - a partir do reconhecimento que publicamente lhes tem sido atribuídas. Mas Afinal, o que estas organizações tem feito? Quando fala-se, atualmente, de associações de moradores de favelas pacificadas, a que tipo de arranjo associativo está se referindo? O que fazem estas organizações, quais as suas atividades, como as desenvolvem, quem são seus dirigentes, com quem mantém relações, quais os acordos, as dificuldades, relação com outras formas organizações e principalmente como se dão suas relações com o Estado nas esferas governamentais? Na tentativa de compreender se havia mesmo em curso uma inflexão na participação destas organizações locais, a pesquisa procurou pelas associações buscando escapar da elaboração de um tipo ideal de associativismo para entendê-las em seu modus operandi. O trabalho buscou compreender como tem sido a atuação dos dirigentes no contexto do projeto de pacificação sem considerá-lo como um marco de ruptura com práticas anteriores. A pesquisa pretendeu ir além de uma visão dualista que analisa as organizações de favelas baseadas no antes e depois da UPP para estudá-las a partir de suas continuidades e possíveis mudanças. O trabalho de campo foi realizado tendo como referência uma abordagem de caráter situacional. Na abordagem a partir de situações, o pesquisador embarca em uma aproximação focalizando fenômenos que se dão concretamente diante dele no momento exato de sua produção (CEFAI, VEIGA, MOTA, 2011, p.12). Foram acompanhados eventos e momentos específicos onde os dirigentes de associações atuaram, a partir de dois níveis justapostos. No primeiro nível a situação é colocada por uma ação estatal de combate à violência, ou seja, na medida em que são implantadas as UPP s se impõe um contexto e uma situação nova em que as associações de moradores tem de atuar. No segundo nível a situação se dá na relação dos dirigentes com seus representados e com os agentes do Estado nos diferentes momentos em que são acionados. A pesquisa implicou uma abordagem de inspiração etnográfica em trabalho de campo realizado entre Outubro de 2011 e Novembro de 2012.

4 A pesquisa indicou que no contexto da pacificação permanecem os níveis de desconfiança das associações de moradores de favelas, embora haja uma retórica de reconhecimento de sua legitimidade e, em alguma medida, fortalecimento de algumas de suas práticas, pois a ambigüidade de sua atuação faz parte dos dispositivos que fortalecem a representação positiva das UPP s. A pacificação é preconizada pelos seus agentes como um contexto novo de abertura para o Estado democrático de direito, em contraposição ao ordenamento ilegítimo do tráfico. Nesse sentido, o discurso oficial e as representações sociais correntes apontam para um ambiente supostamente mais livre, ou seja, uma esfera pública mais ampliada para as organizações de favelas; entretanto, estas associações tendem a permanecer enfraquecidas na cena pública incapazes de vocalizar interesses coletivos das populações de favelas.

5 REFERÊNCIAS CEFAÏ, D.; MELLO, M.A.S; MOOTA, F.R. & VEIGA, F.B. Arenas públicas: por uma etnografia da vida associativa. Niterói: EdUFF, FELTRAN, G.S. Fronteiras de tensão: política e violência nas periferias de São Paulo. Editora da UNESP/CEM, GRYNSZPAN, Mário e PANDOLFI, Dulce. Poder público e favelas: uma relação complicada. IN: OLIVEIRA, L. Lippi (org). Cidade: história e desafios. Rio de Janeiro: Ed. FGV, GURZA LAVALLE, A. ; CASTELO, G. ; Biochir, R.. Atores periféricos na sociedade civil: redes e centralidades de organizações em São Paulo. Revista Brasileira de Ciências Sociais (Impresso), v. 23, p , Disponível em < Acessado em 25/04/13 MACHADO DA SILVA, L.A. Vida sob cerco: violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro, FAPERJ/Nova Fronteira, SILVA, I.; ROCHA, L.M. Associações de moradores de favelas e seu dirigentes: o discurso e a ação como reversos do medo. In: Segurança, tráfico e Milícias no Rio de Janeiro. Justiça Global (org.). Fundação Heinrich Boll, ZALUAR, A. Crime, medo e política. In: ZALUAR, Alba & ALVITO, Marcos. Um século de favela. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1998.

VIOLÊNCIA, CRIME E JUSTIÇA NO BRASIL. Conexões de saberes/ UFAL Sociologia Cezar Augusto

VIOLÊNCIA, CRIME E JUSTIÇA NO BRASIL. Conexões de saberes/ UFAL Sociologia Cezar Augusto VIOLÊNCIA, CRIME E JUSTIÇA NO BRASIL Conexões de saberes/ UFAL Sociologia Cezar Augusto Violência como objeto de estudo A violência é um fenômeno fracionado em diversas categorias; Presente espaço urbano

Leia mais

1. Justificativa e concepção geral

1. Justificativa e concepção geral 1 As favelas cariocas e seu lugar na cidade. Aproximações ao debate. Professores: Luiz Antonio Machado da Silva, Márcia da Silva Pereira Leite, Marco Antonio da Silva Mello (Apoio de infra-estrutura: LeMetro/IFCS-UFRJ)

Leia mais

Violência(s), Direitos Humanos e Periferia(s): Quais relações?

Violência(s), Direitos Humanos e Periferia(s): Quais relações? Violência(s), Direitos Humanos e Periferia(s): Quais relações? Priscila Queirolo Susin Psicóloga; Técnica Social Responsável PMCMV-E; Pesquisadora do CAES Mestre em Ciências Sociais (PUCRS) Doutoranda

Leia mais

Promoção da segurança pública e resolução de conflitos

Promoção da segurança pública e resolução de conflitos Promoção da segurança pública e resolução de conflitos Pedro strozenberg Maio de 2012 pedro@iser.org.br premissas O caráter experimental das UPPs propicia poucas entradas para considerações sobre questões

Leia mais

As Representações Sociais em Torno das Favelas

As Representações Sociais em Torno das Favelas Introdução Objetivo: propiciar reflexões em torno das políticas sociais em favelas cariocas, no contexto do programa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). As Representações Sociais em Torno das

Leia mais

v1. 1. Com relação à segurança, você diria que HOJE a favela/comunidade em que você mora é...

v1. 1. Com relação à segurança, você diria que HOJE a favela/comunidade em que você mora é... v1. 1. Com relação à segurança, você diria que HOJE a favela/comunidade em que você mora é... COMUNIDADE SEM UPP V1 ual v1 ual muito segura 1 segura 49 insegura 45 muito insegura 3 2 TOTAL muito segura

Leia mais

CS2111 CONFLITOS SOCIAIS (4-0-4) Sala A2 S 301: Terça 10h 12h /Quinta 08h - 10h. Terça h/quinta 19h 21h

CS2111 CONFLITOS SOCIAIS (4-0-4) Sala A2 S 301: Terça 10h 12h /Quinta 08h - 10h. Terça h/quinta 19h 21h CS2111 CONFLITOS SOCIAIS (4-0-4) Sala A2 S 301: Terça 10h 12h /Quinta 08h - 10h. Terça 21-23 h/quinta 19h 21h Profa. Dra. Camila C. N. Dias Objetivo: Apresentar diferentes interpretações dos conflitos

Leia mais

Presença Policial, Crime, e Violência: Medindo os Impactos da Polí2ca de Pacificação no Rio de Janeiro

Presença Policial, Crime, e Violência: Medindo os Impactos da Polí2ca de Pacificação no Rio de Janeiro Presença Policial, Crime, e Violência: Medindo os Impactos da Polí2ca de Pacificação no Rio de Janeiro Claudio Ferraz PUC- Rio Bruno O9oni PUC- Rio Seminário Cidadania e Segurança, IBRE- FGV Dezembro 2013

Leia mais

Pontos de Cultura. BARBOSA, Frederico; CALABRE, Lia. (Org.). Pontos de Cultura: olhares sobre o Programa Cultura Viva. Brasília: Ipea, 2011.

Pontos de Cultura. BARBOSA, Frederico; CALABRE, Lia. (Org.). Pontos de Cultura: olhares sobre o Programa Cultura Viva. Brasília: Ipea, 2011. Pontos de Cultura Deborah Rebello Lima 1 BARBOSA, Frederico; CALABRE, Lia. (Org.). Pontos de Cultura: olhares sobre o Programa Cultura Viva. Brasília: Ipea, 2011. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Leia mais

Caminhos de superação da violência Dra. Marlene Inês Spaniol

Caminhos de superação da violência Dra. Marlene Inês Spaniol Dra. Marlene Inês Spaniol Encontro de Abertura 22/11/2017 Teatro Dante Barone Porto Alegre/RS Tema a ser desenvolvido: Os (difíceis mas possíveis) caminhos de superação da violência partindo do objetivo

Leia mais

5. Considerações Finais

5. Considerações Finais 122 5. Considerações Finais Em torno da realidade espacial da região da Baixada Fluminense explorada ao longo dos capítulos desta dissertação, no contexto metropolitano do estado do Rio de Janeiro, o espaço

Leia mais

Projeto Piloto de Comunidades Virtuais no SUS Descrição do Objeto:

Projeto Piloto de Comunidades Virtuais no SUS Descrição do Objeto: Projeto Piloto de Comunidades Virtuais no SUS Descrição do Objeto: Criação de um projeto piloto de Comunidade Virtual na área da Saúde, para atender à demanda do SUS, envolvendo a população, profissionais

Leia mais

Políticas Públicas Integradas no Território A experiência da UPP SOCIAL*

Políticas Públicas Integradas no Território A experiência da UPP SOCIAL* Políticas Públicas Integradas no Território A experiência da UPP SOCIAL* Ricardo Henriques Seminário Internacional: Determinantes sociais da saúde, intersetorialidade e equidade social na América Latina

Leia mais

7. Referências Bibliográficas:

7. Referências Bibliográficas: 7. Referências Bibliográficas: ABREU, M. de A. Evolução Urbana do Rio de Janeiro. INPLANRIO. 2ª ed. Zahar Editor, 1997. ALMEIDA, H. N. Conceptions et Pratiques de la Médiations Sociale Les Modéles de mediations

Leia mais

O Impacto da Política de Pacificação sobre os confrontos entre facções de drogas no Rio de Janeiro. Joana Monteiro

O Impacto da Política de Pacificação sobre os confrontos entre facções de drogas no Rio de Janeiro. Joana Monteiro O Impacto da Política de Pacificação sobre os confrontos entre facções de drogas no Rio de Janeiro Joana Monteiro 9 de dezembro de 2013 A Política de Pacificação Objetivo: Retomar territórios antes dominados

Leia mais

Processos de segregação Estigma e estima em jovens da periferia de Porto Alegre, Brasil. Luis Stephanou

Processos de segregação Estigma e estima em jovens da periferia de Porto Alegre, Brasil. Luis Stephanou Processos de segregação Estigma e estima em jovens da periferia de Porto Alegre, Brasil Luis Stephanou Programa Nacional Segurança Pública com Cidadania PRONASCI Conceito em base de um entendimento mais

Leia mais

SELEÇÃO DE TUTORES A DISTÂNCIA ANEXO Ii DISCIPLINA/EMENTA/PERFIL DO CANDIDATO/NÚMERO DE VAGAS VAGA= Vaga imediata CR= Cadastro de Reserva

SELEÇÃO DE TUTORES A DISTÂNCIA ANEXO Ii DISCIPLINA/EMENTA/PERFIL DO CANDIDATO/NÚMERO DE VAGAS VAGA= Vaga imediata CR= Cadastro de Reserva 01 02 03 04 DISCIPLINA EMENTA PERFIL DO CANDIDATO VAGA Introdução aos Estudos sobre Segurança Introdução à Educação a Distância Estado, Direito e Cidadania, em perspectiva comparada Antropologia do Direito

Leia mais

DE CAPITAIS EM PAÍSES DO SUBDESENVOLVIDOS. desenvolvimentismo,

DE CAPITAIS EM PAÍSES DO SUBDESENVOLVIDOS. desenvolvimentismo, arte_memorias_04.qxd 8/11/10 4:59 PM Page 7 O PROBLEMAS PAPEL DO BNDE DA FORMAÇÃO NA INDUSTRIALIZAÇÃO DE CAPITAIS EM PAÍSES DO SUBDESENVOLVIDOS BRASIL Os SEIS CONFERÊNCIAS anos dourados DO PROFESSOR RAGNAR

Leia mais

REDAÇÃO MÓDULO 1. A Arte de Escrever Parte 2. Professora Rosane Reis

REDAÇÃO MÓDULO 1. A Arte de Escrever Parte 2. Professora Rosane Reis REDAÇÃO Professora Rosane Reis MÓDULO 1 A Arte de Escrever Parte 2 As palavras têm de ser cuidadosamente escolhidas, para deixar clara a sua intenção na comunicação, porque seu interlocutor não pode, no

Leia mais

RITA DE C. P. LIMA REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E PRÁTICAS EDUCATIVAS

RITA DE C. P. LIMA REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E PRÁTICAS EDUCATIVAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE UNIDADES DE POLÍCIA PACIFICADORA POR PROFESSORES DE ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E SEUS EFEITOS NO ENTORNO ESCOLAR Orientado: IVAN SOARES DOS SANTOS Orientadora:

Leia mais

O AMANHÃ QUE AINDA NÃO CHEGOU: DESAFIOS DE EDUCAR EM ÁREAS DE CONFLITO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

O AMANHÃ QUE AINDA NÃO CHEGOU: DESAFIOS DE EDUCAR EM ÁREAS DE CONFLITO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO O AMANHÃ QUE AINDA NÃO CHEGOU: DESAFIOS DE EDUCAR EM ÁREAS DE CONFLITO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Mestre: Daniela Azini Henrique Orientadora: Profa. Dra. Alzira Batalha Alcântara. PGFE Contextualização

Leia mais

!26 DIFERENCIADOR 1 DIVERSIDADES E DESIGUALDADES. Educação como promotora de equidade, reconhecimento das desigualdades

!26 DIFERENCIADOR 1 DIVERSIDADES E DESIGUALDADES. Educação como promotora de equidade, reconhecimento das desigualdades !26 DIFERENCIADOR 1 DIVERSIDADES E DESIGUALDADES Desigualdades educacionais diminuem sensivelmente, mas persistem as de renda, raça/cor, gênero, região, rural/urbano, centro/periferia. Não há uma superação

Leia mais

Referências Bibliográficas

Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas 47 Apêndice A: Provas das implicações de políticas públicas Redefinição das variáveis A renda dos moradores da favela tem a seguinte distribuição acumulada: (17). De forma que

Leia mais

Índice de Percepção da Presença do Estado

Índice de Percepção da Presença do Estado Índice de Percepção da Presença do Estado IBRE e CPDOC Rio de Janeiro, 14 de Fevereiro de 11. Objetivo O objetivo principal é desenvolver um índice que mensure a percepção da presença do Estado na sociedade

Leia mais

Alex Sandro Ventura Griebeler Sara Munique Noal Vanessa Evangelista Rocha

Alex Sandro Ventura Griebeler Sara Munique Noal Vanessa Evangelista Rocha Alex Sandro Ventura Griebeler Sara Munique Noal Vanessa Evangelista Rocha (HOBBES, 2006) Violência como a responsável por assegurar a união dos países ; Controle da sociedade; Garantida apenas ao Estado

Leia mais

INSTITUTO PEREIRA PASSOS IPP RIO

INSTITUTO PEREIRA PASSOS IPP RIO Localização das UPPs 12 19 18 1- Escondidinho / Prazeres 2- Fallet-Fogueteiro / Coroa 3- Providência 4- Cidade de Deus 5- Borel 6- Macacos 7- Chapéu Mangueira / Babilônia 8- Turano 9- São Carlos 10- Cantagalo

Leia mais

Maré: um lugar de militância

Maré: um lugar de militância Maré: um lugar de militância Por Francielly Baliana Mais que cariocas, mareenses. É assim que muitos dos mais de 130 mil moradores do conjunto de favelas da Maré assumem sua identidade. Localizada entre

Leia mais

Políticas Educativas e Ensino Superior em Portugal

Políticas Educativas e Ensino Superior em Portugal A 369783 Políticas Educativas e Ensino Superior em Portugal A inevitável presença do Estado Ana Maria Seixas Quarteto 2003 ÍNDICE INTRODUÇÃO 11 CAPÍTULO 1 - A GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERAL E A EMERGÊNCIA DO

Leia mais

No período da redemocratização, a sociedade brasileira, egressa do regime

No período da redemocratização, a sociedade brasileira, egressa do regime 1 Introdução Em nosso trabalho analisaremos de que forma a doutrina dos Direitos Humanos foi incorporada por parcelas da sociedade civil e, em seguida, do Estado após a abertura democrática, tencionando

Leia mais

linha de pesquisa Práticas e Processos em Artes - Artes Visuais.

linha de pesquisa Práticas e Processos em Artes - Artes Visuais. Publicação de Paulo Rogério Luciano, parte da dissertação de Mestrado que reúne a documentação da exposição A Cidade Imaginada & Itinerários Urbanos, realizada em agosto de 2011, das ações realizadas em

Leia mais

Um estudo comparativo de policiamento entre Rio de Janeiro e Recife

Um estudo comparativo de policiamento entre Rio de Janeiro e Recife Um estudo comparativo de policiamento entre Rio de Janeiro e Recife Marta-Laura Suska PhD Candidate Department of Anthropology University of Wisconsin-Madison 1) 2) 3) 4) 5) 6) Questão de pesquisa Metodologia

Leia mais

A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Morro dos Prazeres, cidade do Rio de Janeiro

A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Morro dos Prazeres, cidade do Rio de Janeiro A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Morro dos Prazeres, cidade do Rio de Janeiro Autora: Alice Ribeiro Graduanda em Geografia (bacharelado) pela UFRJ Bolsista IC do Laboratório Espaço IPPUR/UFRJ

Leia mais

Administração Pública. Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior

Administração Pública. Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior Administração Pública Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior 1 O Estado É uma comunidade de homens fixada sobre um território com poder de mando, ação e coerção (ato de pressionar, induzir) constituída

Leia mais

Planejamento Disciplina NEPP-DH

Planejamento Disciplina NEPP-DH Planejamento Disciplina NEPP-DH 2018.1 Disciplina HORÁRIO PROFESSOR EMENTA SALA Teoria dos Direitos SEG-QUA 14:50-16:30 ANA CLAUDIA O objetivo da disciplina é discutir uma teoria Sala 2 do CFCH Fundamentais

Leia mais

Responsabilidade Social

Responsabilidade Social Responsabilidade Social Ao assumir conceitos de promoção da saúde e do desenvolvimento social, da difusão do conhecimento científico e tecnológico e, ainda, ser um agente da cidadania, a Fiocruz se caracteriza

Leia mais

Trabalho Social em Habitação: para quê e para quem?

Trabalho Social em Habitação: para quê e para quem? SEMINÁRIO INTERNACIONAL TRABALHO SOCIAL EM HABITAÇÃO: DESAFIOS DO DIREITO A CIDADE Trabalho Social em Habitação: para quê e para quem? 15 de março de 2016. SEMINÁRIO INTERNACIONAL TRABALHO SOCIAL EM HABITAÇÃO:

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Política Nacional de Direitos Humanos. Programa Nacional de Direitos Humanos - III. Profª. Liz Rodrigues

DIREITOS HUMANOS. Política Nacional de Direitos Humanos. Programa Nacional de Direitos Humanos - III. Profª. Liz Rodrigues DIREITOS HUMANOS Política Nacional de Direitos Humanos Profª. Liz Rodrigues - Desenvolvida a partir de 1985, a Política Nacional de Direitos Humanos pode ser entendida como um conjunto de medidas que visam

Leia mais

HISTÓRIA. Demandas Políticas e Sociais no Mundo Atual Parte 2. Profª. Eulália Ferreira

HISTÓRIA. Demandas Políticas e Sociais no Mundo Atual Parte 2. Profª. Eulália Ferreira HISTÓRIA Parte 2 Profª. Eulália Ferreira Os problemas sociais são conhecidos e vividos cotidianamente pelas sociedades, comunidades, e indivíduos diariamente. Entende-se por problemas sociais todo distúrbio

Leia mais

DEMOcRACIA. É PoLÍCIA

DEMOcRACIA. É PoLÍCIA É PoLÍCIA Democracia não é apenas participação popular na tomada de decisões. É partir do princípio de que todo poder e toda legitimidade só podem vir de uma única estrutura de tomada de decisões. E isso

Leia mais

GRUPO DE TRABALHO 3. POLÍTICAS PÚBLICAS E DIREITOS HUMANOS

GRUPO DE TRABALHO 3. POLÍTICAS PÚBLICAS E DIREITOS HUMANOS JUVENTUDE E FRONTEIRA: EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A IMPLANTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE NO TERRITÓRIO DE FRONTEIRA. Teylor Fuchs Cardoso dos Santos 1 teylorfuchs@hotmail.com Resumo Atualmente,

Leia mais

Desenvolvimento local e contexto sociopolítico: o caso de Duque de Caxias XXII ENBRA/ VIII Congresso Mundial de Administração nov.

Desenvolvimento local e contexto sociopolítico: o caso de Duque de Caxias XXII ENBRA/ VIII Congresso Mundial de Administração nov. Desenvolvimento local e contexto sociopolítico: o caso de Duque de Caxias XXII ENBRA/ VIII Congresso Mundial de Administração nov. 2012 Julio C. S. Loureiro, Ione A. Loureiro e Carlos R. S. Milani 11 Introdução

Leia mais

janeiro de A mudança foi motivada pelo convite para trabalhar como arquiteta na

janeiro de A mudança foi motivada pelo convite para trabalhar como arquiteta na 16 1 - INTRODUÇÃO Recém concluída a graduação de Arquitetura e Urbanismo em São Paulo e chegando de uma temporada de seis meses em Paris, desembarquei em Rio Branco, no Acre, em janeiro de 1993. A mudança

Leia mais

CEDM RS Conselho Estadual dos Direitos da Mulher

CEDM RS Conselho Estadual dos Direitos da Mulher CEDM RS O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do RS,foi criado em 25 de abril de 1986 e sofreu várias alterações até ser instituído pela Lei Nº 13.947, de 16 de março de 2012, órgão autônomo, deliberativo,

Leia mais

CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº

CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº 33 2009 33 INTRODUÇÃO O presente trabalho é um estudo de caso sobre a construção de identidades no bairro Maré, a partir do acervo fotográfico do Arquivo Documental Orosina

Leia mais

O MC Leonardo, fundador e presidente da APAFunk, é, portanto o personagem central da minha pesquisa de campo.

O MC Leonardo, fundador e presidente da APAFunk, é, portanto o personagem central da minha pesquisa de campo. 1. Introdução Em 2008, às vésperas das eleições municipais, o Centro de Estudos Direito e Sociedade - CEDES, onde trabalho como pesquisadora, organizou um fórum intitulado Rio em Debate, com a intenção

Leia mais

Associativismo de moradores de favelas cariocas e criminalização

Associativismo de moradores de favelas cariocas e criminalização Contribuição Especial Associativismo de moradores de favelas cariocas e criminalização Associativism of Rio de Janeiro slum s residents and criminalization Asociativismo de habitantes de favelas cariocas

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Tráfico de drogas, crime organizado, atores estatais e mercado consumidor: uma integração muito mais perversa O último livro de Alba Zaluar, Integração perversa: pobreza e tráfico

Leia mais

A gestão de organizações do Terceiro Setor, da Economia. Social. Disciplina de Administração do Terceiro Setor Profª.

A gestão de organizações do Terceiro Setor, da Economia. Social. Disciplina de Administração do Terceiro Setor Profª. A gestão de organizações do Terceiro Setor, da Economia Solidária e da Economia Social. Disciplina de Administração do Terceiro Setor Profª. Mayara Abadia GESTÃO DO TERCEIRO SETOR Até pouco tempo, a eficiência

Leia mais

Assessoria Técnica. Essa atividade se estruturou em dois níveis: presencial e a distância.

Assessoria Técnica. Essa atividade se estruturou em dois níveis: presencial e a distância. Assessoria Técnica No conjunto das estratégias definidas por ocasião da implantação do PAIR a atividade da Assessoria Técnica é também destacada como uma das mais relevantes, considerando a necessidade

Leia mais

O Rio das UPPs Survey online.

O Rio das UPPs Survey online. O Rio das UPPs Survey online. Amostra: 172 respondentes em toda cidade do Rio de Janeiro Período de coleta: Março/Abril 2012 Perfil: Em relação a segurança pública na cidade do Rio de Janeiro, você se

Leia mais

Ao mesmo tempo, de acordo com a pesquisa da Anistia Internacional, a maioria dos brasileiros condena a tortura: 83% concordam que é preciso haver

Ao mesmo tempo, de acordo com a pesquisa da Anistia Internacional, a maioria dos brasileiros condena a tortura: 83% concordam que é preciso haver SEGURANÇA Brasil lidera ranking de medo de tortura policial Questionados se estariam seguros ao ser detidos, 80% dos brasileiros discordaram fortemente Trata-se do maior índice dentre os 21 países analisados

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA ITAITUBA ARTICULADOR

TERMO DE REFERÊNCIA ITAITUBA ARTICULADOR TERMO DE REFERÊNCIA ITAITUBA ARTICULADOR PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA INDIVIDUAL EM ARTICULAÇÃO DE REDE INTERSETORIAL ALCOOL E DROGAS DESCENTRALIZADO I. CONTEXTO O decreto 7.179 de 2010 da Presidência

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE COMPLEMENTAR

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE COMPLEMENTAR PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015 - COMPLEMENTAR Altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para reduzir

Leia mais

Metrópoles latino-americanas: experiências e desafios

Metrópoles latino-americanas: experiências e desafios https://periodicos.utfpr.edu.br/rbpd Metrópoles latino-americanas: experiências e desafios RESUMO Rita de Cássia Gonçalo ritaantropologia@gmail.com Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,

Leia mais

A força de uma questão: Apresentação ao dossiê Sociabilidade Violenta: Novas Interpretações

A força de uma questão: Apresentação ao dossiê Sociabilidade Violenta: Novas Interpretações A força de uma questão: Apresentação ao dossiê Sociabilidade Violenta: Novas Interpretações Este dossiê se integra a um esforço coletivo, embora não coordenado, de revisita à produção sociológica de Luiz

Leia mais

I LOVE MY WHITE. Mulheres no Registro do Tráfico Ilegal de Drogas. Lúcia Lamounier Sena

I LOVE MY WHITE. Mulheres no Registro do Tráfico Ilegal de Drogas. Lúcia Lamounier Sena I LOVE MY WHITE Mulheres no Registro do Tráfico Ilegal de Drogas Lúcia Lamounier Sena CRISP Abril de 2016 OBJETO A constituição dos sentidos da diferença de gênero em uma dinâmica criminal - tematizada

Leia mais

Metaxy: Revista Brasileira de Cultura e Política em Direitos Humanos. APRESENTAÇÃO - ANO I NÚMERO 1 - Março de 2017

Metaxy: Revista Brasileira de Cultura e Política em Direitos Humanos. APRESENTAÇÃO - ANO I NÚMERO 1 - Março de 2017 Metaxy: Revista Brasileira de Cultura e Política em Direitos Humanos APRESENTAÇÃO - ANO I NÚMERO 1 - Março de 2017 Para o Núcleo de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH) Suely Souza de Almeida,

Leia mais

Políticas sociais, desenvolvimento e cidadania O Combate às Desigualdades Sociais como núcleo da Agenda de Desenvolvimento

Políticas sociais, desenvolvimento e cidadania O Combate às Desigualdades Sociais como núcleo da Agenda de Desenvolvimento 07 abril de 2014 Políticas sociais, desenvolvimento e cidadania O Combate às Desigualdades Sociais como núcleo da Agenda de Desenvolvimento Ana Fonseca e Eduardo Fagnani (Orgs) Expediente Esta é uma publicação

Leia mais

Uso da força sob uma perspectiva de complexidade

Uso da força sob uma perspectiva de complexidade NOTAS Nº 12/2017 BRASIL Uso da força sob uma perspectiva de complexidade Cristina Gross Villanova OUTUBRO DE 2017 A ideia central do programa era que segurança pública não se faz apenas com ações policiais,

Leia mais

EDUCAÇÃO SUPERIOR NA CPLP E CAMPO ACADÊMICO

EDUCAÇÃO SUPERIOR NA CPLP E CAMPO ACADÊMICO EDUCAÇÃO SUPERIOR NA CPLP E CAMPO ACADÊMICO Clarissa Eckert Baeta Neves * Agradeço o convite que me foi feito para moderar essa sessão sobre Educação Superior e o Campo Acadêmico. Os trabalhos apresentados

Leia mais

SOUZA, Marcos Santana de A violência da ordem: polícia e representações sociais

SOUZA, Marcos Santana de A violência da ordem: polícia e representações sociais Anuário Antropológico II 2014 2013/II SOUZA, Marcos Santana de. 2012. A violência da ordem: polícia e representações sociais Edição electrónica URL: http://journals.openedition.org/aa/1231 ISSN: 2357-738X

Leia mais

SOCIOLOGIA AS VÁRIAS FACES DAS. 34 CIÊNCIA HOJE vol. 46 nº 276

SOCIOLOGIA AS VÁRIAS FACES DAS. 34 CIÊNCIA HOJE vol. 46 nº 276 SOCIOLOGIA AS VÁRIAS FACES DAS 34 CIÊNCIA HOJE vol. 46 nº 276 Desde o final de 2008, algumas áreas da cidade do Rio de Janeiro nas quais a autoridade pública não controlava a ação de criminosos ostensivamente

Leia mais

Seminário Rede Socioassistencial Centro, Sul e Sudeste. Angélica da Costa Assistente Social

Seminário Rede Socioassistencial Centro, Sul e Sudeste. Angélica da Costa Assistente Social Seminário Rede Socioassistencial Centro, Sul e Sudeste Angélica da Costa Assistente Social angelcosta@unisinos.br O Começo... Qual é o seu caminho? Espero que siga pelo caminho certo ou pelo caminho feliz,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO MOSTRA FOTOGRÁFICA: COTIDIANOS DE UMA RESIDENCIA INCLUSIVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO MOSTRA FOTOGRÁFICA: COTIDIANOS DE UMA RESIDENCIA INCLUSIVA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO CAMPUS BAIXADA SANTISTA Programa de Pós-Gruaduação Ensino em Ciências da Saúde MOSTRA FOTOGRÁFICA: COTIDIANOS DE UMA RESIDENCIA INCLUSIVA PESQUISA: CARTOGRAFIAS COTIDIANAS:

Leia mais

A saúde na favela. Publicado em Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (

A saúde na favela. Publicado em Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio ( Publicado em Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (http://www.epsjv.fiocruz.br) A saúde na favela Julia Neves - EPSJV/Fiocruz 14/03/2018 14h55 - Atualizado em 05/04/2018 10h22 Tiro, porrada e bomba:

Leia mais

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Abreviaturas e siglas usadas. Apresentação

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Abreviaturas e siglas usadas. Apresentação ÍNDICE SISTEMÁTICO Abreviaturas e siglas usadas Apresentação Capítulo 1 Gênese do direito 1. Escola jusnaturalista ou do direito natural 1.1. Origem do jusnaturalismo 2. Escola teológica 2.1. Origem da

Leia mais

Os grupos criminosos territorializados e sua influência eleitoral na cidade do Rio de Janeiro.

Os grupos criminosos territorializados e sua influência eleitoral na cidade do Rio de Janeiro. Bolsista PIBIC/CNPq GEOPPOL / Departamento de Geografia / UFRJ Autor: Vinícius Ventura e Silva Juwer email: viniciusjuwer@yahoo.com.br Os grupos criminosos territorializados e sua influência eleitoral

Leia mais

FARCs: Origem e ação na Colômbia Com extensão territorial de 1.141.748 quilômetros quadrados, a Colômbia é habitada por aproximadamente 45,7 milhões de pessoas. Esse grande país sul-americano é marcado

Leia mais

Estratégia de Luta. Tel./Fax:

Estratégia de Luta. Tel./Fax: Estratégia de Luta Neste texto buscaremos refletir sobre alguns desafios que as alterações em curso no mundo do trabalho colocam para as instancias de representação dos trabalhadores. Elementos como desemprego

Leia mais

POLÍTICAS CULTURAIS, DEMOCRACIA E CONSELHOS DE CULTURA

POLÍTICAS CULTURAIS, DEMOCRACIA E CONSELHOS DE CULTURA POLÍTICAS CULTURAIS, DEMOCRACIA E CONSELHOS DE CULTURA Conselhos e Democratização do Estado Bernardo Novais da Mata Machado DUAS PERGUNTAS SOBRE A RELAÇÃO ENTRE CONSELHOS E DEMOCRACIA Pergunta 1: Há na

Leia mais

FAVELA COMO OPORTUNIDADE:

FAVELA COMO OPORTUNIDADE: FAVELA COMO OPORTUNIDADE: Plano de Desenvolvimento de Favelas para sua Inclusão Social e Econômica Cantagalo, Pavão-Pavãozinho, Rocinha, Borel, Complexo de Manguinhos, Complexo do Jacarezinho e Complexo

Leia mais

POBREZA E DESIGUALDADE NA FAVELA TRAJETÓRIAS DE MOBILIDADE SOCIAL DE MORADORES EM FAVELA CARIOCA

POBREZA E DESIGUALDADE NA FAVELA TRAJETÓRIAS DE MOBILIDADE SOCIAL DE MORADORES EM FAVELA CARIOCA POBREZA E DESIGUALDADE NA FAVELA TRAJETÓRIAS DE MOBILIDADE SOCIAL DE MORADORES EM FAVELA CARIOCA Aluna: Danielle Barbosa Ferreira Orientadora: Maria Sarah da Silva Telles Introdução: No último ano a pesquisa

Leia mais

Conselho Comunitário de Manguinhos. Resolução Nº 1/2013

Conselho Comunitário de Manguinhos. Resolução Nº 1/2013 Conselho Comunitário de Manguinhos Resolução Nº 1/2013 2013 RESOLUÇÃO Nº 1 / 2013 GRUPO TEMÁTICO DE COMUNICAÇÃO CONSELHO COMUNITÁRIO DE MANGUINHOS Resolução Nº 1 - O Grupo Temático de Comunicação, em

Leia mais

Sr. Presidente, nobres Vereadores, telespectadores da TV Câmara São Paulo. Boa tarde.

Sr. Presidente, nobres Vereadores, telespectadores da TV Câmara São Paulo. Boa tarde. GABINETE DO VEREADOR FLORIANO PESARO DATA: 11/11/2014 15 DISCURSO Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulga novos dados da violência no Brasil (Plano para contenção no avanço dos homicídios é baseado

Leia mais

Profª. Adriana Figueiredo

Profª. Adriana Figueiredo Profª. Adriana Figueiredo Formada em Letras Português/Inglês pela Universidade Federal ao Rio de Janeiro, com especialização em Produção Textual. Trabalhou 10 anos como Analista Judiciário do Tribunal

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA BLUMENAU ARTICULADOR

TERMO DE REFERÊNCIA BLUMENAU ARTICULADOR TERMO DE REFERÊNCIA BLUMENAU ARTICULADOR PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA INDIVIDUAL EM ARTICULAÇÃO DE REDE INTERSETORIAL ALCOOL E DROGAS DESCENTRALIZADO I. CONTEXTO O decreto 7.179 de 2010 da Presidência

Leia mais

Violência dentro da Escola: a Pesquisa do CNTE

Violência dentro da Escola: a Pesquisa do CNTE Violência dentro da Escola: a Pesquisa do CNTE Alba Zaluar As mais importantes conclusões da pesquisa do CNTE são: 1) que as condições de infra-estrutura das escolas têm influência na aprendizagem e no

Leia mais

ESTADO E PLANEJAMENTO: A SUDECO COMO ORGANISMO RESPONSÁVEL EM TORNAR A PRODUÇÃO DA REGIÃO CENTRO-OESTE ADEQUADA A LÓGICA DO CAPITALISMO MONOPOLISTA

ESTADO E PLANEJAMENTO: A SUDECO COMO ORGANISMO RESPONSÁVEL EM TORNAR A PRODUÇÃO DA REGIÃO CENTRO-OESTE ADEQUADA A LÓGICA DO CAPITALISMO MONOPOLISTA ESTADO E PLANEJAMENTO: A SUDECO COMO ORGANISMO RESPONSÁVEL EM TORNAR A PRODUÇÃO DA REGIÃO CENTRO-OESTE ADEQUADA A LÓGICA DO CAPITALISMO MONOPOLISTA Marco Aurélio Corrêa de ARAÚJO; David MACIEL. Faculdade

Leia mais

foram responsáveis diretos por alterações da ordem econômica, demográfica, social e geográfica

foram responsáveis diretos por alterações da ordem econômica, demográfica, social e geográfica 7 CONCLUSÕES A dinâmica econômica dos Eixos A (Cascavel-Guaíra) e B (Cascavel-Foz do Iguaçu) foi influenciada por fatores exógenos, ocorridos a partir da década de 1960. Esses fatores foram responsáveis

Leia mais

Ressignificação da juventude

Ressignificação da juventude Ressignificação da juventude Seminário de Integração Favela-Cidade Regina Novaes. maio de 2012 MESA 5: Ressignificação da juventude A proliferação de atividades ilegais e o constante isolamento das favelas

Leia mais

Disciplina: HS047 - Antropologia V Antropologia Brasileira turma A 1º semestre de 2008

Disciplina: HS047 - Antropologia V Antropologia Brasileira turma A 1º semestre de 2008 Disciplina: HS047 - Antropologia V Antropologia Brasileira turma A 1º semestre de 2008 Prof. Liliana Mendonça Porto. EMENTA: Contextualização da produção antropológica: história do pensamento antropológico

Leia mais

Inovação em Serviços Públicos

Inovação em Serviços Públicos Inovação em Serviços Públicos Introdução às Mudanças do Estado Mudanças recentes nas Organizações Anos 70/80 1. Fatores que exigem mudanças nas organizações Internacionalização da economia (concorrência

Leia mais

Protegendo as fronteiras do Panamá

Protegendo as fronteiras do Panamá Protegendo as fronteiras do Panamá Autoridades panamenhas estão adotando novas abordagens para melhorar a segurança. O comissário Frank Ábrego, diretor geral do Serviço Nacional de Fronteiras (SENAFRONT),

Leia mais

Teoria Realista das Relações Internacionais (I)

Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Janina Onuki janonuki@usp.br BRI 009 Teorias Clássicas das Relações Internacionais 25 de agosto de 2016 Realismo nas RI Pressuposto central visão pessimista

Leia mais

O que a mídia não falou sobre o caso Marielle? Ter, 20 de Março de :02

O que a mídia não falou sobre o caso Marielle? Ter, 20 de Março de :02 Para sabermos mais sobre a cobertura dos meios de comunicação diante da execução da vereadora Marielle Franco, do PSOL, e do motorista Anderson Gomes, no centro do Rio de Janeiro, entrevistamos a professora

Leia mais

Informações de Impressão

Informações de Impressão Questão: 688386 Assinale a opção correta, com relação ao tratamento de pessoas usuárias ou dependentes de drogas. 1) Apenas um pequeno percentual da população que faz uso de substâncias psicoativas necessita

Leia mais

OBJETIVO: Órgão: Ministério da Justiça

OBJETIVO: Órgão: Ministério da Justiça OBJETIVO: 0825 Aprimorar o combate à criminalidade, com ênfase em medidas de prevenção, assistência, repressão e fortalecimento das ações integradas para superação do tráfico de pessoas, drogas, armas,

Leia mais

O jovem, o crack e a escola: do ingresso no mundo das drogas à evasão escolar no município de Aparecida de Goiânia.

O jovem, o crack e a escola: do ingresso no mundo das drogas à evasão escolar no município de Aparecida de Goiânia. O jovem, o crack e a escola: do ingresso no mundo das drogas à evasão escolar no município de Aparecida de Goiânia. *Romenia de Sousa 1 (PQ) romenia.a.s@gmail.com Marcelo de Mello 2 (PQ) mellogeo28@yahoo.com.br

Leia mais

RESENHA: A COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO

RESENHA: A COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO RESENHA: A COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO MARTÍN-BARBERO, J. A comunicação na educação. São Paulo: Editora Contexto, 2014. RESENHADO POR Fellipe Eloy Teixeira Albuquerque fellipe.eloy@gmail.com Universidade Federal

Leia mais

INTERVENÇÃO DE S. E. O MINISTRO DA JUSTIÇA ASSINATURA DE PROTOCOLO SISTEMA DE ALERTA DE RAPTO DE MENORES

INTERVENÇÃO DE S. E. O MINISTRO DA JUSTIÇA ASSINATURA DE PROTOCOLO SISTEMA DE ALERTA DE RAPTO DE MENORES INTERVENÇÃO DE S. E. O MINISTRO DA JUSTIÇA ASSINATURA DE PROTOCOLO SISTEMA DE ALERTA DE RAPTO DE MENORES ESCOLA SUPERIOR DA POLÍCIA JUDICIÁRIA 29 de Junho de 2009 1 Exmo. Senhor Procurador-Geral da República

Leia mais

Apresentação - o campo de Relações Internacionais no Brasil:

Apresentação - o campo de Relações Internacionais no Brasil: Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades Área de Concentração em Relações Internacionais Apresentação - o campo de Relações Internacionais no Brasil: O campo de Relações Internacionais no Brasil tem

Leia mais

3. AS VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

3. AS VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO 3.4. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A violência contra a mulher ocorre, principalmente, dentro de casa. 71,8% das agressões registradas pelo SUS em 2011 aconteceram no domicílio da vítima. Frequentemente, o agressor

Leia mais

226 RESENHAS ROCHA, Lia de Mattos Uma favela diferente das outras? Rotina, silencia- mento e ação coletiva na favela do Perei-

226 RESENHAS ROCHA, Lia de Mattos Uma favela diferente das outras? Rotina, silencia- mento e ação coletiva na favela do Perei- 226 grupos nativos não cristianizados. Apesar da intensa atividade de ensino universitário nos anos iniciais do SIL no Brasil, a produção linguística dos integrantes da organização se mostra exígua, diante

Leia mais

3 Creches, escolas exclusivas de educação infantil e escolas de ensino fundamental com turmas de educação infantil

3 Creches, escolas exclusivas de educação infantil e escolas de ensino fundamental com turmas de educação infantil 1. Introdução No campo da educação brasileira, principalmente na década de 90, a concepção do professor como mediador ganhou um lugar comum nos textos oficiais e na fala dos educadores. No entanto, é possível

Leia mais

O PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL

O PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL O PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL A sociedade brasileira experimenta nas últimas décadas o seu mais longo caminho para a democracia. Já estamos na 6ª edição de um processo de alternância do poder central do

Leia mais

Perdas e Áreas de risco Aspectos regulatórios em áreas com severas restrições operativas

Perdas e Áreas de risco Aspectos regulatórios em áreas com severas restrições operativas Perdas e Áreas de risco Aspectos regulatórios em áreas com severas restrições operativas Rio de Janeiro 24/11/2016 Item 1: Contexto de perdas Enel Distribuição Rio 28/11/2016 Operações Comerciais 2 Evolução

Leia mais

Curso Estratégias para territorialização de políticas públicas em favelas

Curso Estratégias para territorialização de políticas públicas em favelas Curso Estratégias para territorialização de políticas públicas em favelas A Cooperação Social da Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a partir de um acúmulo de experiências em diálogo, assessoramento,

Leia mais

37º Encontro Anual da ANPOCS Número e Título do ST ou SPG: SPG 12: Organizações civis, violência e políticas públicas Título do trabalho: AÇÃO

37º Encontro Anual da ANPOCS Número e Título do ST ou SPG: SPG 12: Organizações civis, violência e políticas públicas Título do trabalho: AÇÃO 37º Encontro Anual da ANPOCS Número e Título do ST ou SPG: SPG 12: Organizações civis, violência e políticas públicas Título do trabalho: AÇÃO COLETIVA NO CONTEXTO DAS UPPS: ENTRE POLÍTICAS, MEMÓRIAS E

Leia mais

MERCANTILISMO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA *

MERCANTILISMO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA * MERCANTILISMO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA * MARIA LUIZA DE MELLO E SOUZA ** livro de João dos Reis Silva Júnior reúne seis ensaios que se propõem a compreender a nova forma histórica de construção

Leia mais