Aula 5 Camões poesia épica

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Aula 5 Camões poesia épica"

Transcrição

1 Aula 5 Camões poesia épica

2 Autores que nos interessam Poesia Sá de Miranda o introdutor Medida Nova: versos decassílabos. Novas Formas de Poemas: soneto, elegia, ode, écloga... Camões o grande artista Poesia épica (Os Lusíadas) e poesia lírica.

3 Poesia Épica: epopeia O que é poesia épica? Narrativa em verso. O que é uma epopeia? Narração de ações humanas ou divinas, heroicas, fabulosas ou lendárias, de modo mais ou menos extenso.

4 Epopeias da Antiguidade Clássica Grécia Ilíada (Homero, século VIII a.c.) Um episódio da Guerra de Tróia: a cólera de Aquiles. Odisséia (Homero, século VIII a.c.) A viagem de Odisseu (Ulisses) de volta para casa. Epopeias naturais ou primitivas espontâneas e anônimas Obs.: Homero se de fato existiu apenas recolheu e organizou diversas narrativas da tradição oral que desde o fim da Guerra de Tróia foram compostas sobre ela. Roma Eneida (Virgílio, século I a.c.) A viagem de Eneias, fugindo de Tróia, e a fundação de Roma. Epopeia artificial ou de imitação ideário preexistente autor definido

5 Epopeias da Antiguidade Clássica Ilíada (Homero, século VIII a.c.) Canta-me, ó deusa, do Peleio Aquiles A ira tenaz, que, lutuosa aos Gregos, Verdes no Orco lançou mil fortes almas, Corpos de heróis a cães e abutres pasto: Lei foi de Jove, em rixa ao discordarem O de homens chefe e o Mirmidon divino.

6 Epopeias da Antiguidade Clássica Odisséia (Homero, século VIII a.c.) Canta, ó Musa, o varão que astucioso, Rasa Ílion santa, errou de clima em clima, Viu de muitas nações costumes vários. Mil transes padeceu no equóreo ponto, Por segurar a vida e aos seus a volta; (...) Tudo, ó prole Dial, me aponta e lembra.

7 Epopeias da Antiguidade Clássica Eneida (Virgílio, século I a.c.) (...) de Marte ora as horríveis Armas canto, e o varão que, lá de Tróia Prófugo, à Itália e de Lavino às praias Trouxe-o primeiro o fado. Em mar e em terra Muito o agitou violenta mão suprema, E o lembrado rancor da seva Juno; Muito em guerras sofreu, na Ausônia quando Funda a cidade e lhe introduz os deuses: Donde a nação latina e albanos padres, E os muros vêm da sublimada Roma. Eneias na corte de Latino Ferdinando Bol, Rijksmuseum, em Amsterdam

8 Os Lusíadas Os portugueses

9 Estrutura formal 1 As armas e os barões assinalados 2 Que da Ocidental praia Lusitana, 3 Por mares nunca dantes navegados 4 Passaram ainda além da Taprobana, 5 Em perigos e guerras esforçados 6 Mais do que prometia a força humana 7 E entre gente remota edificaram 8 Novo Reino, que tanto sublimaram; - Estrofação: estrofes de 8 versos (8.816versos); - Esquema de Rima: - Métrica:

10 Estrutura formal 1 As armas e os barões assinalados 2 Que da Ocidental praia Lusitana, 3 Por mares nunca dantes navegados 4 Passaram ainda além da Taprobana, 5 Em perigos e guerras esforçados 6 Mais do que prometia a força humana 7 E entre gente remota edificaram 8 Novo Reino, que tanto sublimaram; A B A B A B C C - Estrofação: estrofes de 8 versos (8.816versos); - Esquema de Rima: ABABABCC (Oitava rima); - Métrica:

11 Escanção dos versos As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram;

12 Escanção dos versos: separação das sílabas poéticas As - ar - mas - e os - ba - rões - as - si - na - la - dos Que - da O - ci - den - tal - prai - a - Lu - si - ta - na, Por - ma - res - nun - ca - dan - tes - na - ve - ga - dos Pas - sa - ram - ain - da a - lém - da - Ta - pro - ba - na, Em - pe - ri - gos - e - guer - ras - es - for - ça - dos Mais - do - que - pro - me - ti - a a - for - ça hu - ma - na E en - tre - gen - te - re - mo - ta e - di - fi - ca - ram No - vo - Rei - no, - que - tan - to - su - bli - ma - ram;

13 Escanção dos versos: contagem - ritmo As - ar - mas - e os - ba - rões - as - si - na - la - dos Que - da O - ci - den - tal - prai - a - Lu - si - ta - na, Por - ma - res - nun - ca - dan - tes - na - ve - ga - dos Pas - sa - ram - ain - da a - lém - da - Ta - pro - ba - na, Em - pe - ri - gos - e - guer - ras - es - for - ça - dos Mais - do - que - pro - me - ti - a a - for - ça hu - ma - na E en - tre - gen - te - re - mo - ta e - di - fi - ca - ram No - vo - Rei - no, - que - tan - to - su - bli - ma - ram;

14 Tipos de decassílabos As - ar - mas - e os - ba - rões - as - si - na - la - dos Decassílabos heroicos: acento tônico principal na 6ª e 10ª sílabas. Pões - te - da - par - te - da - des - di - ta - mi -nha Decassílabos sáficos: acento tônico principal na 4ª, 8ª e 10ª sílabas.

15 Estrutura formal 1 As armas e os barões assinalados 2 Que da Ocidental praia Lusitana, 3 Por mares nunca dantes navegados 4 Passaram ainda além da Taprobana, 5 Em perigos e guerras esforçados 6 Mais do que prometia a força humana 7 E entre gente remota edificaram 8 Novo Reino, que tanto sublimaram; A B A B A B C C - Estrofação: estrofes de 8 versos (8.816versos); - Esquema de Rima: ABABABCC (Oitava rima); - Métrica: - Métrica: decassílabos -- heroicos: acento tônico principal na 6ª e 10ª sílabas; -- sáficos: acento tônico principal na 4ª, 8ª e 10ª sílabas.

16 Divisão de Os Lusíadas Proposição - Da 1ª à 3ª estrofe (Canto I) - O que se propõe a cantar (glorificar) Invocação - 4ª e 5ª estrofes (Canto I) - Pedido de inspiração às Tágides (Musas do Tejo) Dedicatória - Da 6ª à 18ª estrofe (Canto I) - Elogio a d. Sebastião Narração - Da 19ª estrofe (Canto I) à 144ª estrofe (Canto X) - Viagem de Vasco da Gama - História de Portugal Epílogo - Da 145ª à 156ª estrofe (Canto X) - Encerramento do poema - Poeta lamenta as injustiças que sofre - Novo elogio a D. Sebastião

17 A proposição: 1ª, 2ª e 3ª estrofes 1 As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; 3 Cessem do sábio grego e do troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre lusitano, A quem Netuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta. 2 E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

18 A proposição: 1ª e 2ª estrofes 1 As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; 2 E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

19 A proposição: 1ª e 2ª estrofes As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte. espalharei por toda a parte difundirei por toda a parte

20 A proposição: 1ª e 2ª estrofes As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; Condição para espalhar Se a tanto me ajudar o engenho e arte E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Modo de espalhar : poesia Cantando espalharei por toda a parte difundirei por toda a parte

21 A proposição: 1ª e 2ª estrofes As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; Condição para espalhar Se a tanto me ajudar o engenho e arte E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Modo de espalhar : poesia Cantando espalharei por toda a parte difundirei por toda a parte As armas e os barões assinalados E também as memórias gloriosas Daqueles Reis E aqueles O que será espalhado (difundido / glorificado)

22 A proposição: 1ª e 2ª estrofes As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; Condição para espalhar Se a tanto me ajudar o engenho e arte E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Modo de espalhar : poesia Cantando espalharei por toda a parte difundirei por toda a parte As armas e os barões assinalados E também as memórias gloriosas Daqueles Reis E aqueles O que será espalhado (difundido / glorificado) Em cinza, orações adjetivas que qualificam os termos anteriores.

23 A proposição: 1ª e 2ª estrofes Se o engenho me ajudarem o suficiente Por meio de versos glorificarei por toda a parte As armas e os barões assinalados Que, partindo da Ocidental praia Lusitana, indo por mares nunca dantes navegados, envolvidos - mais do que prometia a força humana - em perigos e guerras, passaram ainda além da Taprobana, E, entre gente remota, edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram

24 A proposição: 1ª e 2ª estrofes Se o engenho me ajudarem o suficiente Por meio de versos glorificarei por toda a parte E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando a Fé e o Império; e andaram devastando as terras viciosas de África e de Ásia E aqueles que se vão libertando da lei da Morte, por meio de obras valorosas

25 As armas e os barões assinalados Monumento aos Descobrimentos Portugueses em Belém - Lisboa.

26 As armas e os barões assinalados

27 As armas e os barões assinalados

28 A proposição: 3ª estrofe 3 Cessem do sábio grego e do troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre lusitano, A quem Netuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta.

29 A proposição: 3ª estrofe 3 Cessem do sábio grego e do troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre lusitano, A quem Netuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta.

30 A proposição: 3ª estrofe Ulisses Eneias Cessem do sábio grego e do troiano As navegações grandes que fizeram; Feitos náuticos Conquistadores macedônico romano Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Feitos bélicos Que eu canto o peito ilustre lusitano, A quem Netuno e Marte obedeceram. Deus Deus do mar da guerra Os portugueses superaram os antigos (gregos e romanos) em ambos os campos.

31 A proposição: 3ª estrofe Cesse tudo o que a Musa antiga canta, A musa inspiradora das epopeias clássicas: Ilíada / Odisseia / Eneida Que outro valor mais alto se alevanta. Os feitos portugueses: Expansão marítima; Estabelecimento de um império; Alargamento da fé.

32 Exercício 1 - Apostila As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

33 Exercício 1 - Apostila As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; Qual é o assunto do poema anunciado na primeira estrofe

34 Exercício 1 - Apostila As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; Qual é o assunto do poema anunciado na primeira estrofe Nessa estrofe, a voz enunciativa anuncia que vai cantar os feitos da nobreza lusitana, que, em perigos e guerras esforçados, expandiram o império para o Oriente.

35 Exercício 2 - Apostila E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Na segunda estrofe, como são caracterizadas as terras dominadas pelos portugueses?

36 Exercício 2 - Apostila E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Na segunda estrofe, como são caracterizadas as terras dominadas pelos portugueses? As terras da África e da Ásia são caracterizadas de maneira francamente negativa, como terras viciosas

37 Narrativas - História da Viagem de Vasco da Gama - História de Portugal (perspectiva regiocêntrica) - Maravilhoso pagão (fusionismo)

38 História da Viagem de Vasco da Gama

39 História de Portugal (perspectiva regiocêntrica) Teto do Salão Camoniano: Visita do rei de Melinde ao Gama (canto II, estância CI)

40 Maravilhoso pagão (fusionismo) Baco Júpiter Vênus Marte Consílio dos deuses 1904 (Columbano)

41 Maravilhoso pagão (fusionismo) Júpiter arbitra. Baco contra os portugueses, pois considera que eles lhe roubarão a glória das conquistas no Oriente. Vênus favorável, pois eles a celebrarão. Marte além de ser namorado de Vênus, admira os portugueses, pelos seus feitos militares.

42 Autorização da Igreja para o uso da mitologia António Carneiro Camões lendo Os Lusíadas Todavia como isto é poesia e fingimento, e o Autor, como poeta, não pretende mais que ornar o estilo poético, não tivemos por inconveniente ir esta fábula dos Deuses na obra, conhecendo-a por tal, e ficando sempre salva a verdade de nossa santa fé, que todos os Deuses dos Gentios são Demônios. Frei Bertholameu Ferreira

43 Parecer do censor do Santo Ofício na edição de 1572 Vi por mandado da santa & geral inquisição estes dez Cantos dos Lusiadas de Luis de Camões, dos valerosos feitos em armas que os Portugueses fizerão em Asia & Europa, e não achey nelles cousa algűa escandalosa nem contrária â fe & bõs custumes, somente me pareceo que era necessario aduertir os Lectores que o Autor pera encarecer a difficuldade da nauegação & entrada dos Portugueses na India, usa de hűa fição dos Deoses dos Gentios. E ainda que sancto Augustinho nas sas Retractações se retracte de ter chamado nos liuros que compos de Ordine, aas Musas Deosas. Toda via como isto he Poesia & fingimento, & o Autor como poeta, não pretende mais que ornar o estilo Poetico não tiuemos por inconueniente yr esta fabula dos Deoses na obra, conhecendoa por tal, & ficando sempre salua a verdade de nossa sancta fe, que todos os Deoses dos Gentios sam Demonios. E por isso me pareceo o liuro digno de se imprimir, & o Autor mostra nelle muito engenho & muita erudição nas sciencias humanas. Em fe do qual assiney aqui. Frei Bertholameu Ferreira.

44 Exercício 3 - Apostila Na estrofe a seguir, descreve-se como a deusa Vênus aparece a Zeus tentando interceder a favor dos portugueses. A deusa do Amor usa de todos os artifícios para convencer o supremo deus do Olimpo: Os crespos fios d'ouro se esparziam Pelo colo que a neve escurecia; Andando, as lácteas tetas lhe tremiam, Com quem Amor brincava e não se via; Da alva petrina flamas lhe saíam, Onde o Menino as almas acendia. Pelas lisas colunas lhe trepavam Desejos, que como hera se enrolavam.

45 Exercício 3 - Apostila

46 Exercício 3 - Apostila Na estrofe a seguir, descreve-se como a deusa Vênus aparece a Zeus tentando interceder a favor dos portugueses. A deusa do Amor usa de todos os artifícios para convencer o supremo deus do Olimpo: Os crespos fios d'ouro se esparziam Pelo colo que a neve escurecia; Andando, as lácteas tetas lhe tremiam, Com quem Amor brincava e não se via; Da alva petrina flamas lhe saíam, Onde o Menino as almas acendia. Pelas lisas colunas lhe trepavam Desejos, que como hera se enrolavam.

47 Exercício 3 - Apostila Relacionando a estrofe com o contexto renascentista e ao papel da poesia épica na sociedade de então, é correto afirmar que: a) a sensualidade da estrofe atende aos princípios moralizadores de origem medieval defendidos pela Igreja do período. b) Camões empregou referências clássicas como forma de associar o seu poema aos grandes modelos épicos do passado. c) não se nota idealização na estrofe, pois a descrição é de uma deusa e não de uma figura humana. d) o conteúdo erótico da cena foi considerado um desrespeito à religião católica do período, por isso o poeta sofreu severos castigos. e) a descrição física da deusa demonstra o viés teocêntrico do Renascimento.

48 Exercício 3 - Apostila Relacionando a estrofe com o contexto renascentista e ao papel da poesia épica na sociedade de então, é correto afirmar que: a) a sensualidade da estrofe atende aos princípios moralizadores de origem medieval defendidos pela Igreja do período. X b) Camões empregou referências clássicas como forma de associar o seu poema aos grandes modelos épicos do passado. c) não se nota idealização na estrofe, pois a descrição é de uma deusa e não de uma figura humana. d) o conteúdo erótico da cena foi considerado um desrespeito à religião católica do período, por isso o poeta sofreu severos castigos. e) a descrição física da deusa demonstra o viés teocêntrico do Renascimento.

49 Alguns Episódios Célebres Velho do Restelo - Discurso contra a aventura na Índia / anticlímax Inês de Castro - Episódio da história portuguesa para se falar do amor Ilha dos Amores - Glorificação dos Navegantes / Erotismo

50 Columbano Bordalo Pinheiro Inês de Castro

51 Inês de Castro 119 Tu, só tu, puro Amor, com força crua, Que os corações humanos tanto obriga, Deste causa à molesta morte sua, Como se fora pérfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nem com lágrimas tristes se mitiga, É porque queres, áspero e tirano, Tuas aras banhar em sangue humano. 123 Tirar Inês ao mundo determina, Por lhe tirar o filho que tem preso, Crendo c o sangue só da morte ladina Matar do firme amor o fogo aceso. Que furor consentiu que a espada fina, Que pôde sustentar o grande peso Do furor Mauro, fosse alevantada Contra hûa fraca dama delicada?

52 Inês de Castro 125 Para o céu cristalino alevantando, Com lágrimas, os olhos piedosos (Os olhos, porque as mãos lhe estava atando Um dos duros ministros rigorosos); E despois, nos meninos atentando, Que tão queridos tinha e tão mimosos, Cuja orfandade como mãe temia, Pera o avô cruel assim dizia: 127 Ó tu, que tens de humano o gesto e o peito (Se de humano é matar uma donzela, Fraca e sem força, só por ter sujeito O coração a quem soube vencê-la), A estas criancinhas tem respeito, Pois o não tens à morte escura dela; Mova-te a piedade sua e minha, Pois te não move a culpa que não tinha.

53 Inês de Castro 118 O caso triste e digno da memória, Que do sepulcro os homens desenterra, Aconteceu da mísera e mesquinha Que depois de ser morta foi Rainha.

54 Os túmulos no Mosteiro de Alcobaça

55 Os túmulos no Mosteiro de Alcobaça

56 Velho do Restelo

57 Velho do Restelo "Mas um velho d'aspeito venerando, Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito: "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça Desta vaidade, a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!

58 Velho do Restelo

Os Lusíadas Luís Vaz de Camões /1580

Os Lusíadas Luís Vaz de Camões /1580 Os Lusíadas 1572 Luís Vaz de Camões +- 1524/1580 Influências Grandes navegações: período dos descobrimentos (séc. XV ao XVII): financiadas pela Igreja Católica, que buscava domínio em terras distantes

Leia mais

Geografia. Professor: Diego Alves de Oliveira

Geografia. Professor: Diego Alves de Oliveira Geografia Professor: Diego Alves de Oliveira Atividade em grupo Pará, 2008 Minas Gerais, 2008 O conhecimento geográfico Qual é o objeto de estudo da Geografia? Como aplicar conhecimentos geográficos no

Leia mais

OS LUSÍADAS LUÍS DE CAMÕES. Biblioteca Escolar

OS LUSÍADAS LUÍS DE CAMÕES. Biblioteca Escolar OS LUSÍADAS DE LUÍS DE CAMÕES Biblioteca Escolar Sumário O que é um poema épico? Qual a matéria épica de Os Lusíadas? Qual a estrutura externa de Os Lusíadas? Qual a estrutura interna de Os Lusíadas? Quais

Leia mais

Camões épico Os Lusíadas

Camões épico Os Lusíadas AULA 03 LITERATURA PROFª Edna Prado Camões épico Os Lusíadas Já vimos que Camões teve uma vida muito atribulada e que viajou bastante, inclusive refazendo a rota de Vasco da Gama na viagem do descobrimento

Leia mais

LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO MÉDIO PROF. DENILSON SATURNINO 1 ANO PROF.ª JOYCE MARTINS

LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO MÉDIO PROF. DENILSON SATURNINO 1 ANO PROF.ª JOYCE MARTINS LÍNGUA PORTUGUESA 1 ANO PROF.ª JOYCE MARTINS ENSINO MÉDIO PROF. DENILSON SATURNINO CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade II Cultura A pluralidade na expressão humana 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 10.2 Conteúdo

Leia mais

Classicismo em Portugal

Classicismo em Portugal Classicismo em Portugal Contexto Histórico Desenvolvimento do comércio; Reforma Protestante; Desenvolvimento científico-tecnológico Navegações Antropocentrismo Imprensa Nas artes valorização dos clássicos

Leia mais

Escola Básica André de Resende Curso Vocacional Português 2012/2013

Escola Básica André de Resende Curso Vocacional Português 2012/2013 Escola Básica André de Resende Curso Vocacional Português 2012/2013 Ficha de Avaliação do Módulo 2 ( Por mares nunca dantes navegados ) Nome: Nº.: Classificação: Professora: Enc. Educação: Este teste é

Leia mais

Classicismo. Literatura brasileira 1ª EM Prof.: Flávia Guerra

Classicismo. Literatura brasileira 1ª EM Prof.: Flávia Guerra Classicismo Literatura brasileira 1ª EM Prof.: Flávia Guerra Contexto O século XV traz o ser humano para o centro dos acontecimentos, relegando para segundo plano o deus todopoderoso do período medieval.

Leia mais

CANTO IV - ESTROFES 94 A 104 EPISÓDIO DO VELHO DO RESTELO

CANTO IV - ESTROFES 94 A 104 EPISÓDIO DO VELHO DO RESTELO CANTO IV - ESTROFES 94 A 104 EPISÓDIO DO VELHO DO RESTELO 94 «Mas um velho, d' aspeito venerando, Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente,

Leia mais

Quem eram os humanistas? Thomas More

Quem eram os humanistas? Thomas More Quem eram os humanistas? Rabelais Maquiavel Thomas More Erasmo de Roterdão Luís de Camões Eram os intelectuais que iniciaram o Renascimento. Homens cultos, muitos deles professores universitários, oriundos

Leia mais

Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS

Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS GÊNEROS LITERÁRIOS Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS Gêneros Literários GÊNERO ÉPICO (NARRATIVO) = Quando é contada uma história.

Leia mais

Renascimento e Camões. Prof. Neusa

Renascimento e Camões. Prof. Neusa Renascimento e Camões Prof. Neusa A última ceia (Leonardo da Vinci) O nascimento de Vênus (Boticelli) Idade Média Cristo sentado entre as forças divinas, o mundo e o inferno Maneirismo A última ceia (Tintoreto)

Leia mais

ミ Trabalho de Literatura 彡. Tema: Classicismo e Humanismo.

ミ Trabalho de Literatura 彡. Tema: Classicismo e Humanismo. ミ Trabalho de Literatura 彡 Tema: Classicismo e Humanismo. Movimento cultural que se desenvolveu na Europa ao longo dos séculos XV e XVI, com reflexos nas artes, nas ciências e em outros ramos da atividade

Leia mais

CLÁSSICO O QUE SIGNIFICA ESSA PALAVRA PARA VOCÊ?

CLÁSSICO O QUE SIGNIFICA ESSA PALAVRA PARA VOCÊ? CLÁSSICO O QUE SIGNIFICA ESSA PALAVRA PARA VOCÊ? ERA CLÁSSICA CLASSICISMO BARROCO ARCADISMO (SEC. XVI) (SEC. XVII) (SEC. XVIII) Classicismo A BUSCA POR EQUILÍBRIO E HARMONIA. A AFIRMAÇÃO DA SUPERIORIDADE

Leia mais

Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser

Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser 2018 2ª PROVA PARCIAL DE LITERATURA Aluno(a): Nº Ano:2018 1º Turma: Data: 11 /06/2018 Nota: Professor(a): Diego Guedes Valor da Prova: 40 pontos Orientações

Leia mais

Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser

Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser 2017 2ª PROVA SUBSTITUTIVA DE LITERATURA Aluno(a): Nº Ano:2017 1º Turma: Data: 18/09/2017 Nota: Professor(a): Diego Guedes Valor da Prova: 40 pontos

Leia mais

Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser

Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser 2018 2ª PROVA SUBSTITUTIVA DE LITERATURA Aluno(a): Nº Ano: 1º Turma: Data: 12/09/2018 Nota: Professor(a): Diego Guedes Valor da Prova: 40 pontos Orientações

Leia mais

Velho do Restelo. De mil Religiosos diligentes, Em procissão solene, a Deus orando, Pera os batéis viemos caminhando.

Velho do Restelo. De mil Religiosos diligentes, Em procissão solene, a Deus orando, Pera os batéis viemos caminhando. 88 A gente da cidade, aquele dia, Da partida (Uns por amigos, outros por parentes, Outros por ver somente) concorria, curiosos Saudosos na vista e descontentes. E nós, co a virtuosa companhia O Gama e

Leia mais

CANTO I ESTROFES CANTO II ESTROFES

CANTO I ESTROFES CANTO II ESTROFES CANTO I 1-3 -Proposição: Camões propõe-se a cantar os feitos dos Portugueses. 4-5 - Invocação: O poeta invoca as Tágides (ninfas do Tejo). 6-18 -Dedicatória: O poema é dedicado a D. Sebastião. 19 -Narração:

Leia mais

Unidade 3 Por mares nunca dantes navegados. Escola EB2,3 do Caramulo 2.008_

Unidade 3 Por mares nunca dantes navegados. Escola EB2,3 do Caramulo 2.008_ Unidade 3 Por mares nunca dantes navegados 2.008_.2009 1 Para compreender a epopeia Os Lusíadas, devemos conhecer: 1 - O contexto histórico cultural dos Séc. XV e XVI 2 - As fontes literárias dos poetas

Leia mais

World Wide Web. Sérgio Nunes. Comunicações Digitais e Internet Ciências da Comunicação, U.Porto 2011/12

World Wide Web. Sérgio Nunes. Comunicações Digitais e Internet Ciências da Comunicação, U.Porto 2011/12 World Wide Web Sérgio Nunes Comunicações Digitais e Internet Ciências da Comunicação, U.Porto 2011/12 World Wide Web O que é a World Wide Web? É um serviço de informação que funciona sobre a Internet e

Leia mais

Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser

Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser 2017 2ª PROVA PARCIAL DE LITERATURA Aluno(a): Nº Ano: 1º Turma: Data: 14/06/2017 Nota: Professor(a): Diego Guedes Valor da Prova: 40 pontos Orientações

Leia mais

Literatura 1º ano João J. Classicismo

Literatura 1º ano João J. Classicismo Literatura 1º ano João J. Classicismo LITERATURA 1º ANO Tema: CLASSICISMO O Classicismo, terceiro grande movimento literário da língua portuguesa, marca o início a chamada Era Clássica da Literatura. A

Leia mais

(Camões, Os Lusíadas episódio de Inês de Castro)

(Camões, Os Lusíadas episódio de Inês de Castro) 1. (Fuvest) Tu, só tu, puro amor, com força crua, Que os corações humanos tanto obriga, Deste causa à molesta morte sua, Como se fora pérfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nem com lágrimas

Leia mais

Cantigas Medievais. Cantadas pelos trovadores, as can0gas chegaram a. cancioneiros (coleções) de diversos 0pos. Séc. XII a XIV

Cantigas Medievais. Cantadas pelos trovadores, as can0gas chegaram a. cancioneiros (coleções) de diversos 0pos. Séc. XII a XIV Cantigas Medievais Cantadas pelos trovadores, as can0gas chegaram a n ó s p e l o s cancioneiros (coleções) de diversos 0pos. Séc. XII a XIV Anote no caderno suas respostas para as questões propostas ao

Leia mais

Os Lusíadas são uma obra do séc. XVI.

Os Lusíadas são uma obra do séc. XVI. Os Lusíadas são uma obra do séc. XVI. Este século, caracterizado por uma grande viragem no pensamento humano, é marcado por três grandes movimentos culturais: o Humanismo, o Renascimento e o Classicismo.

Leia mais

Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa ESCOLA BÁSICA DE PIAS. Ano Letivo 2012/ de fevereiro de GRUPO I (Leitura) PARTE A

Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa ESCOLA BÁSICA DE PIAS. Ano Letivo 2012/ de fevereiro de GRUPO I (Leitura) PARTE A Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa ESCOLA BÁSICA DE PIAS 4.º TESTE DE AVALIAÇÃO SUMATIVA 9.º Ano de Escolaridade Português Ano Letivo 2012/2013 25 de fevereiro de 2013 9.º A (P.L.N.M.) Duração: 85 minutos

Leia mais

Os gêneros literários. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra

Os gêneros literários. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra Os gêneros literários Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra Os gêneros literários O termo gênero é utilizado para determinar um conjunto de obras que apresentam características semelhantes

Leia mais

Luís de Camões é considerado o maior escritor da língua portuguesa. OS LUSIADAS SUPLEMENTO DE ATIVIDADES LUIS DE CAMOES NOME: SÉRIE/ANO: ESCOLA:

Luís de Camões é considerado o maior escritor da língua portuguesa. OS LUSIADAS SUPLEMENTO DE ATIVIDADES LUIS DE CAMOES NOME: SÉRIE/ANO: ESCOLA: SUPLEMENTO DE ATIVIDADES OS LUSIADAS LUIS DE CAMOES NOME: N o : ESCOLA: SÉRIE/ANO: 1 Este suplemento de atividades é parte integrante da obra Os lusíadas. Não pode ser vendido separadamente. SARAIVA S.A.

Leia mais

Os Lusíadas, Consílio dos deuses no Olimpo. Profª Maria Rodrigues

Os Lusíadas, Consílio dos deuses no Olimpo. Profª Maria Rodrigues Os Lusíadas, Consílio dos deuses no Olimpo Profª Maria Rodrigues Bibliografia: Manual (Para)textos 9, Porto Editora Os Lusíadas Luís de Camões, Org. do texto e notas de Amélia Pinto Pais, Areal Editores

Leia mais

A arte de escrever um soneto

A arte de escrever um soneto A arte de escrever um soneto Em primeiro lugar, não se ensina um poeta a escrever. Ele tira da alma o que sua mão escreve. Porém, a tarefa de escrever um soneto, uma obra considerada pelos intelectuais

Leia mais

AULA 2 TEORIA LTERÁRIA Profª: Nichele Antunes

AULA 2 TEORIA LTERÁRIA Profª: Nichele Antunes AULA 2 TEORIA LTERÁRIA Profª: Nichele Antunes GÊNERO LÍRICO: é a manifestação literária em que predominam os aspectos subjetivos do autor. É, em geral, a maneira de o autor falar consigo mesmo ou com um

Leia mais

RESUMO da Obra OS LUSÍADAS Sérgio Moreira dos Santos:

RESUMO da Obra OS LUSÍADAS Sérgio Moreira dos Santos: RESUMOS DA OBRA OS LUSÍADAS O presente resumo teve por objetivo auxiliar o estudante numa compreensão global de tal obra, e ainda, ajudá-lo a ter um melhor desempenho nas provas em que for objeto da avaliação.

Leia mais

Os Lusíadas Mensagem

Os Lusíadas Mensagem EDIÇÕES ASA A 369723 J. OLIVEIRA MACEDO Sob o signo do Império Os Lusíadas Mensagem LUÍS VAZ DE CAMÕES FERNANDO PESSOA Análise comparativa «O-, índice 1! Parte Os Poetas e os Poemas [11] Sumário [li] I

Leia mais

LITERATURA PROFª Ma. DINA RIOS

LITERATURA PROFª Ma. DINA RIOS OS GÊNEROS LITERÁRIOS LITERATURA PROFª Ma. DINA RIOS OS GÊNEROS LITERÁRIOS Conceito; Origem; Classificação. OS GÊNEROS LITERÁRIOS GÊNERO ÉPICO OU NARRATIVO; LÍRICO OU POÉTICO; DRAMÁTICO OU TEATRAL. O GÊNERO

Leia mais

THESAURUS EDITORA DE BRASÍLIA LTDA.

THESAURUS EDITORA DE BRASÍLIA LTDA. o organizador Thesaurus Editora 2008 Armindo Ferreira formou-se em Letras na antiga Universidade do estado da Guanabara, hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professor de Português e de Literatura,

Leia mais

I - Navegação marítima. II - Áreas de ocorrência da floresta tropical e da taiga. III - Regiões agricultáveis e desérticas.

I - Navegação marítima. II - Áreas de ocorrência da floresta tropical e da taiga. III - Regiões agricultáveis e desérticas. Fuvest 1999 Toda representação da superfície terrestre sobre o plano - mapa - contém distorções. É, pois, necessário escolher adequadamente a projeção cartográfica em função do tema a ser representado.

Leia mais

AULA 03 LITERATURA. Classicismo

AULA 03 LITERATURA. Classicismo AULA 03 LITERATURA Classicismo PROFª Edna Prado O Classicismo, terceiro grande movimento literário da língua portuguesa, marca o início a chamada Era Clássica da Literatura. A Era Clássica é formada por

Leia mais

LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves

LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves EM VERSO E EM PROSA Prosa e Poesia: qual a diferença? A diferença

Leia mais

Canto I o Estrofes 1 3 Proposição

Canto I o Estrofes 1 3 Proposição Canto I o Estrofes 1 3 Proposição 1. Nas duas primeiras estrofes, Camões explicita quais as entidades que se propõe cantar. Indiquem-nas. As armas e os barões assinalados; as memórias gloriosas dos Reis;

Leia mais

C4 Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade.

C4 Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade. Literatura Bom dia! ENEM C5 Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações,

Leia mais

RENASCIMENTO David de Michelangelo (1504) CLASSICISMO INFLUÊNCIA TRADICIONAL VS INFLUÊNCIA CLÁSSICA OU RENASCENTISTA. A influência / corrente tradicional A influência / corrente clássica CORRENTE TRADICIONAL

Leia mais

Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa ESCOLA BÁSICA DE PIAS. Ano Letivo 2012/ de fevereiro de GRUPO I (Leitura) PARTE A

Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa ESCOLA BÁSICA DE PIAS. Ano Letivo 2012/ de fevereiro de GRUPO I (Leitura) PARTE A Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa ESCOLA BÁSICA DE PIAS 4.º TESTE DE AVALIAÇÃO SUMATIVA 9.º Ano de Escolaridade Português Ano Letivo 2012/2013 25 de fevereiro de 2013 9.º A Duração: 85 minutos Todas

Leia mais

E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E

E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E CANTO I PROPOSIÇÃO 1 As rms e os rões ssinldos Que, d Ocidentl pri Lusitn, Por mres nunc de ntes nvegdos Pssrm ind lém d Tpron, Em perigos e guerrs esforçdos Mis do que prometi forç humn, E entre gente

Leia mais

GUERRA DE TRÓIA PERÍODO HOMÉRICO EM HOMENAGEM A HOMERO QUEM FOI HOMERO?

GUERRA DE TRÓIA PERÍODO HOMÉRICO EM HOMENAGEM A HOMERO QUEM FOI HOMERO? 2014 GUERRA DE TRÓIA PERÍODO HOMÉRICO EM HOMENAGEM A HOMERO QUEM FOI HOMERO? Homero foi um poeta épico da Grécia Antiga, ao qual tradicionalmente se atribui a autoria dos poemas épicos Ilíada e Odisseia.

Leia mais

Português. GRUPO I (Leitura)

Português. GRUPO I (Leitura) Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa ESCOLA BÁSICA DE PIAS 4.º TESTE DE AVALIAÇÃO SUMATIVA 9.º Ano de Escolaridade Português Ano Letivo 2012/2013 25 de fevereiro de 2013 9.º A (Adequações curriculares)

Leia mais

A Ilíada Homero Odisseia Homero Os Lusíadas Luís Vaz de Camões O Uraguai Basílio da Gama Mensagem Fernando Pessoa

A Ilíada Homero Odisseia Homero Os Lusíadas Luís Vaz de Camões O Uraguai Basílio da Gama Mensagem Fernando Pessoa GÊNEROS LITERÁRIOS ÉPICO (OU NARRATIVO) Longa narrativa literária de caráter heroico, grandioso e de interesse nacional e social. Atmosfera maravilhosa de acontecimentos heroicos passados que reúnem mitos,

Leia mais

(...) 3 Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram;

(...) 3 Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Anotação de aula LUSÍADAS Canto I - PROPOSIÇÃO 1. As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados, Passaram ainda além da Taprobana,* Em perigos e guerras

Leia mais

Programação das Unidades de Aprendizagem

Programação das Unidades de Aprendizagem Disciplina: Língua Portuguesa 9ºAno Ano Lectivo: 09 /10 U.A.Nº: 1 investir esse na mobilização das apropriadas à compreensão oral e escrita e na monitorização da expressão oral e escrita. O TEXTO 1- Compreensão

Leia mais

CAMÕES E AS FÓRMULAS LAPIDARES EM OS LUSÍADAS Castelar de CARVALHO 1

CAMÕES E AS FÓRMULAS LAPIDARES EM OS LUSÍADAS Castelar de CARVALHO 1 CAMÕES E AS FÓRMULAS LAPIDARES EM OS LUSÍADAS Castelar de CARVALHO 1 RESUMO Estudo das frases lapidares em Os Lusíadas de Luís de Camões. PALAVRAS-CHAVE: Camões, Lusíadas, frases lapidares. ABSTRACT: Study

Leia mais

A História da Grécia é dividida em três períodos:

A História da Grécia é dividida em três períodos: A História da Grécia é dividida em três períodos: Período Homérico Corresponde ao período de povoamento até a Formação das Cidades-estados Período Arcaico Corresponde a formação das cidades-estados as

Leia mais

GÊNEROS LITERÁRIOS FLÁVIA ANDRADE

GÊNEROS LITERÁRIOS FLÁVIA ANDRADE GÊNEROS LITERÁRIOS FLÁVIA ANDRADE Gênero Épico/Narrativo Epopeia: longos poemas São 3 gêneros Gênero Lírico Expressões humanas individuais e subjetivas - poesia Gênero Dramático Estruturado por diálogos

Leia mais

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE LITERATURA

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE LITERATURA ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE LITERATURA Nome: Nº 1 a. Série Data: / /2015 Professores: Fernando, Roberto Nota: (valor: 1,0) Introdução Caro aluno. 3º bimestre Neste semestre, você obteve média inferior a

Leia mais

GÊNEROS LITERÁRIOS. Dramático, Épico, Narrativo e Lírico

GÊNEROS LITERÁRIOS. Dramático, Épico, Narrativo e Lírico GÊNEROS LITERÁRIOS Dramático, Épico, Narrativo e Lírico O QUE SÃO GÊNEROS LITERÁRIOS? Designam as famílias de obras literárias dotadas de características iguais ou semelhantes. Porém, os gêneros não são

Leia mais

Planificação Anual. Disciplina de Português

Planificação Anual. Disciplina de Português Planificação Anual Disciplina de Português N.º e nome Módulo Horas Tempos (45 ) Conteúdos de cada módulo 1. Poesia trovadoresca - Contextualização histórico-literária - Espaços medievais, protagonistas

Leia mais

OS LUSÍADAS C A M Õ E S

OS LUSÍADAS C A M Õ E S OS LUSÍADAS CAMÕES SOBRE O AUTOR... O sonetista lusitano tem sua história pessoal descrita por incertezas, mas historiadores acreditam que ele tenha nascido em Lisboa ou Coimbra em 1524 ou 1525 e falecido

Leia mais

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL FORÇA AÉREA COMANDO DE PESSOAL CONCURSO DE ADMISSÃO AO CFS QP PROVA DE PORTUGUÊS

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL FORÇA AÉREA COMANDO DE PESSOAL CONCURSO DE ADMISSÃO AO CFS QP PROVA DE PORTUGUÊS e MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL FORÇA AÉREA COMANDO DE PESSOAL DIREÇÃO DE INSTRUÇÃO CENTRO DE FORMAÇÃO MILITAR E TÉCNICA CONCURSO DE ADMISSÃO AO CFS QP 2016 17 PROVA DE PORTUGUÊS LEIA A TENTAMENTE AS SEGUINTES

Leia mais

O ALEM-MAR LITERATURA PORTUGUESA

O ALEM-MAR LITERATURA PORTUGUESA JOÃO DE CASTRO OSÓRIO O ALEM-MAR NA LITERATURA PORTUGUESA (ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS) NOVA ARRANCADA ÍNDICE DAS MATÉRIAS Breve nota sobre a vida e obra de João de Castro Osório., CAPÍTULO I CONDIÇÕES HISTÓRICAS

Leia mais

OS LUSÍADAS OS LUSÍADAS OS LUSÍADAS LUÍS VAZ DE CAMÕES LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS. Contexto histórico-cultural

OS LUSÍADAS OS LUSÍADAS OS LUSÍADAS LUÍS VAZ DE CAMÕES LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS. Contexto histórico-cultural OS LUSÍADAS LUÍS VAZ DE CAMÕES Data da 1ª publicação: 1572 Período de elaboração: 1545 1570 Género literário: epopeia Protagonista: herói colectivo o Povo Português OS LUSÍADAS Fontes históricas: Duarte

Leia mais

ESTAVA A FORMOSA SEU FIO TORCENDO (paráfrase de Cleonice Berardinelli) - Por Jesus, senhora, vejo que sofreis Estava a formosa seu fio torcendo,

ESTAVA A FORMOSA SEU FIO TORCENDO (paráfrase de Cleonice Berardinelli) - Por Jesus, senhora, vejo que sofreis Estava a formosa seu fio torcendo, 3º EM Literatura Dina Aval. Mensal 19/03/11 Responda no gabarito ao final 1. Sobre a poesia trovadoresca em Portugal, é INCORRETO afirmar que: a) refletiu o pensamento da época, marcada pelo teocentrismo,

Leia mais

usíadas» Canto I PLA OS DA ARRADOR I TERVE ÇÃO DO POETA ARRATIVA 1-3 PROPOSIÇÃO o poeta propõe-se cantar os feitos gloriosos dos Portugueses.

usíadas» Canto I PLA OS DA ARRADOR I TERVE ÇÃO DO POETA ARRATIVA 1-3 PROPOSIÇÃO o poeta propõe-se cantar os feitos gloriosos dos Portugueses. Quadro global de «Os Lusíadas usíadas» ESTROFES ARRATIVA PLA OS DA ARRATIVA ARRADOR I TERVE ÇÃO DO POETA Canto I 1-3 PROPOSIÇÃO o poeta propõe-se cantar os feitos gloriosos dos Portugueses. 4-5 I VOCAÇÃO

Leia mais

Aulas Multimídias Santa Cecília Profº. Pecê

Aulas Multimídias Santa Cecília Profº. Pecê Aulas Multimídias Santa Cecília Profº. Pecê Professor Pecê Rodrigues GÊNEROS LITERÁRIOS (GÊNERO ÉPICO) GÊNEROS LITERÁRIOS (Divisão Clássica) Divisão feita por Aristóteles (384 a.c. 322 a.c.), que estabelece

Leia mais

PLATAFORMA LEITURA TÍTULO TÍTULO. As armas e os Barões assinalados Que da Ocident 50 al praia Lusitana Por mares nunca de antes nav 100

PLATAFORMA LEITURA TÍTULO TÍTULO. As armas e os Barões assinalados Que da Ocident 50 al praia Lusitana Por mares nunca de antes nav 100 PLATAFORMA LEITURA As armas e os Barões assinalados al praia Lusitana Por mares nunca de antes nav 100 TÍTULO As armas e os Barões assinalados TÍTULO As armas e os Barões assinalados 1 2 EDITORIAL ARTE

Leia mais

O Lugar da Filosofia no Currículo Escolar

O Lugar da Filosofia no Currículo Escolar O Lugar da Filosofia no Currículo Escolar UFRGS - NOVEMBRO - 2012 Ronai Pires da Rocha www.didaticadafilosofia.wordpress.com ronairocha@gmail.com Colonia Carlos Pelegrini, Esteros de Iberá, Argentina O

Leia mais

Obras Corais para Coro a cappella e Coro com Órgão

Obras Corais para Coro a cappella e Coro com Órgão 2 Reão / Edited by: Gil Miranda José Lourenço San - ta Ce - cí - lia Pa - dro - ei - ra nos - San - ta Ce - cí - lia Pa - dro - ei - ra nos - San San Obras Corais para Coro a cappella e Coro com Órgão

Leia mais

Luís Vaz de Camões. 1º Abs Joana Santos nº2486

Luís Vaz de Camões. 1º Abs Joana Santos nº2486 Luís Vaz de Camões 1º Abs Joana Santos nº2486 Ano lectivo: 2010/2011 Índice.. 2 Introdução...3 Vida de Luís de Camões.. 4 Obra. 5 Conclusão 6 Bibliografia..7 2 Neste trabalho irei falar sobre Luís Vaz

Leia mais

Para que serve a? TERCEIRÃO. Profª. Jaqueline Alice Cappellari Aulas 1, 2 e 3

Para que serve a? TERCEIRÃO. Profª. Jaqueline Alice Cappellari Aulas 1, 2 e 3 Para que serve a? TERCEIRÃO Profª. Jaqueline Alice Cappellari Aulas 1, 2 e 3 A Literatura é a transposição do real para o ilusório por meio de uma estilização formal da linguagem. (Antônio Candido) A Literatura,

Leia mais

Escola Secundária de Manuel da Fonseca, Santiago do Cacém Disciplina: Língua Portuguesa Planificação do Ano Lectivo 2008/2009 Ano: 9º

Escola Secundária de Manuel da Fonseca, Santiago do Cacém Disciplina: Língua Portuguesa Planificação do Ano Lectivo 2008/2009 Ano: 9º Relativos ao programa dos anos transactos e do ciclo de estudos. A História da Língua Portuguesa: do indo-europeu ao português moderno. alguns processos de transformação. o mundo lusófono O Texto Dramático:

Leia mais

ESCOLAS LITERÁRIAS / ESTILOS DE ÉPOCA UMA INTRODUÇÃO. 1 TROVADORISMO [séculos XII XV]

ESCOLAS LITERÁRIAS / ESTILOS DE ÉPOCA UMA INTRODUÇÃO. 1 TROVADORISMO [séculos XII XV] ESCOLAS LITERÁRIAS / ESTILOS DE ÉPOCA UMA INTRODUÇÃO 1 TROVADORISMO [séculos XII XV] Cantiga da Ribeirinha (1189-1198) (ou Cantiga da Guarvaia) Paio Soares de Taveirós (século XII) No mundo non me sei

Leia mais

NÍVEIS DE LINGUAGEM/ GÊNEROS DO DISCURSO. Comunicação e Expressão Análise e Desenvolvimento de Sistemas Profa. Ms. Ana Helena Rufo Fiamengui

NÍVEIS DE LINGUAGEM/ GÊNEROS DO DISCURSO. Comunicação e Expressão Análise e Desenvolvimento de Sistemas Profa. Ms. Ana Helena Rufo Fiamengui NÍVEIS DE LINGUAGEM/ GÊNEROS DO DISCURSO Comunicação e Expressão Análise e Desenvolvimento de Sistemas Profa. Ms. Ana Helena Rufo Fiamengui PALAVRA NÍVEIS DE LINGUAGEM Dizem respeito ao uso da fala e da

Leia mais

Síntese da Planificação da Disciplina de Português - 9 º Ano

Síntese da Planificação da Disciplina de Português - 9 º Ano Síntese da Planificação da Disciplina de Português - 9 º Ano Dias de aulas previstos Período 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª 1.º período 13 13 13 12 13 2.º período 10 9 9 11 11 3.º período 9 10 9 9 10 (As aulas previstas

Leia mais

Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativoargumentativo

Carta: quando se trata de carta aberta ou carta ao leitor, tende a ser do tipo dissertativoargumentativo Gêneros textuais Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas,

Leia mais

Nome: Nº: Turma: Os Lusíadas - Camões (Episódio: O VELHO DO RESTELO (Texto e análise) ) Canto IV Episódio O Velho do Restelo (oitavas: 90 a 104)

Nome: Nº: Turma: Os Lusíadas - Camões (Episódio: O VELHO DO RESTELO (Texto e análise) ) Canto IV Episódio O Velho do Restelo (oitavas: 90 a 104) Nome: Nº: Turma: Português 1º ano Comparação: Os Lusíadas João J. Dez/09 Os Lusíadas - Camões (Episódio: O VELHO DO RESTELO (Texto e análise) ) Canto IV Episódio O Velho do Restelo (oitavas: 90 a 104)

Leia mais

OS GÊNEROS LITERÁRIOS

OS GÊNEROS LITERÁRIOS OS GÊNEROS LITERÁRIOS A literatura, quanto à forma, pode se manifestar em prosa ou verso.quanto ao conteúdo e estrutura, podemos, inicialmente, enquadrar as obras literárias em três gêneros: o lírico,

Leia mais

EXERCÍCIOS EXPANSÃO MARÍTIMA

EXERCÍCIOS EXPANSÃO MARÍTIMA EXERCÍCIOS EXPANSÃO MARÍTIMA 1. Após a morte do rei D. Fernando I em 1383, Portugal caiu em uma crise de sucessão que só foi resolvida com a subida ao trono de D. João I (mestre de Avis), através da chamada

Leia mais

Com muito carinho para minha querida amiga e super profissional. Ale Del Vecchio

Com muito carinho para minha querida amiga e super profissional. Ale Del Vecchio Com muito carinho para minha querida amiga e super profissional. BA BE BI BO BU BÃO ba be bi bo bu bão BA ba boi BE be bebê BI bi Bia BO bo boi BU bu buá Nome: BA BE BI BO BU BÃO ba be bi bo bu bão BA

Leia mais

Prof. Eloy Gustavo. Aula 4 Renascimento

Prof. Eloy Gustavo. Aula 4 Renascimento Aula 4 Renascimento Renascimento ou Renascença O florescimento intelectual e artístico que começou na Itália no século XIV, culminou nesse país no século XVI e influenciou enormemente outras partes da

Leia mais

AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM PLANIFICAÇÃO ANUAL

AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM PLANIFICAÇÃO ANUAL AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM 3º Ciclo. Ano Letivo 2013-2014 PLANIFICAÇÃO ANUAL PORTUGUÊS 9ºANO Documento(s) Orientador(es): Programas de Português do Ensino Básico, Metas Curriculares

Leia mais

Mar, terra, história em Camões, Garrett e Machado

Mar, terra, história em Camões, Garrett e Machado Revista Língua & Literatura 225 Mar, terra, história em Camões, Garrett e Machado Ada Maria Hemilewski * Resumo: O texto procura estabelecer as relações entre as obras Os Lusíadas, Viagens na minha terra

Leia mais

Licenciatura em Espanhol

Licenciatura em Espanhol Licenciatura em Espanhol Teoria da Literatura I Ana Santana Souza Ilane Ferreira Cavalcante Forma e Conteúdo na Poesia I: A herança clássica INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO HISTÓRIA DA LITERATURA PROFESSORA: SOLANGE SANTANA GUIMARÃES MORAIS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO HISTÓRIA DA LITERATURA PROFESSORA: SOLANGE SANTANA GUIMARÃES MORAIS UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO HISTÓRIA DA LITERATURA PROFESSORA: SOLANGE SANTANA GUIMARÃES MORAIS RESENHA CRÍTICA DO FILME A ODISSEIA BASEADO NOS POEMAS ÉPICOS DE HOMERO ALUNO: ALCIDES WENNER FERREIRA

Leia mais

Planificação periódica 9ºano

Planificação periódica 9ºano EB 2/3 João Afonso de Aveiro Planificação periódica 9ºano Língua Portuguesa Ano lectivo 2010/2011 1 LÍNGUA PORTUGUESA ESCOLA BÁSICA 2º E 3º CICLOS JOÃO AFONSO DE AVEIRO 2010-2011 Planificação do 1º período

Leia mais

Vida de Camões. Rafael Falcón

Vida de Camões. Rafael Falcón Vida de Camões Rafael Falcón www.rafaelfalcon.com.br VIDA DE CAMÕES e-book gratuito Este material é parte do curso Introdução a Os Lusíadas. Para saber mais, visite: www.rafaelfalcon.com.br 2 Vida de Camões

Leia mais

2º PERÍODO - 1ª PROVA Data: de de 200. Observação do professor. Professor. Esta prova tem 6 páginas, com 5 grupos de resposta obrigatória

2º PERÍODO - 1ª PROVA Data: de de 200. Observação do professor. Professor. Esta prova tem 6 páginas, com 5 grupos de resposta obrigatória 2º PERÍODO - 1ª PROVA Data: de de 200 Objectivos deste teste:. Avaliar a interpretação Os Lusíadas (U.T.2). Avaliar a morfologia e sintaxe. Avaliar a EXPRESSÂO ESCRITA o resumo. Avaliar a atenção. Duração:

Leia mais

EXERCÍCIOS. 1. Assinala com V (verdadeiro) ou F (falso) cada uma das seguintes afirmações:

EXERCÍCIOS. 1. Assinala com V (verdadeiro) ou F (falso) cada uma das seguintes afirmações: EXERCÍCIOS BLOCO 2 A NARRATIVA 1. Assinala com V (verdadeiro) ou F (falso) cada uma das seguintes afirmações: a. Sabe-se que Camões nasceu por volta de 1524. b. Os Cantos de Os Lusíadas possuem um número

Leia mais

Leiria, 31 de maio de 2014

Leiria, 31 de maio de 2014 Provas Especialmente Adequadas a Avaliar a Capacidade para a Frequência dos Cursos Superiores do Instituto Politécnico de Leiria dos Maiores de 23 Anos 2014 Prova Escrita de Conhecimentos Específicos de

Leia mais

A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA

A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA GÊNEROS LITERÁRIOS A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA Na Antiguidade Clássica os textos literários dividiam em em três gêneros: GÊNERO LÍRICO GÊNERO DRAMÁTICO

Leia mais

EU VOU PARA O CÉU # # œ. œ. œ nœ nœ. œ œ. œ. œ œ Œ œ œ b œ œ œœœ F Œ. œ œ œ. # œ œ n. œ nœ. œ œ œ œ œ œ œ. j œ. Ó Œ j œ. # œ. œ œ œ œ. œœ œ. J j.

EU VOU PARA O CÉU # # œ. œ. œ nœ nœ. œ œ. œ. œ œ Œ œ œ b œ œ œœœ F Œ. œ œ œ. # œ œ n. œ nœ. œ œ œ œ œ œ œ. j œ. Ó Œ j œ. # œ. œ œ œ œ. œœ œ. J j. EU VOU PR O CÉU Letra e Música: Evaldo Vicente q=90 legre E m F o F 2 m7 7 M7 C 7 3 Vocal 2 3 Piano F n n 2 n.. F.. n n 3 E m9 7 n.. 5 5 5.. 6 Uníssono Ó 1.Po - 6 Ó 7de - mos ver si - nais 8 do im na ter

Leia mais

LITERATURA CONCEITOS GERAIS

LITERATURA CONCEITOS GERAIS LITERATURA CONCEITOS GERAIS Palavra minha Matéria, minha criatura, palavra (Chico Buarque) Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã. (Carlos Drummond de Andrade) O quadrado

Leia mais

A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA.

A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA. GÊNEROS LITERÁRIOS A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA. Na Antiguidade Clássica os textos literários dividiam em em três gêneros: GÊNERO ÉPICO GÊNERO LÍRICO

Leia mais

1 de 5 19/12/ :14

1 de 5 19/12/ :14 1 de 5 19/12/2017 18:14 2 de 5 19/12/2017 18:14 Outrora tendo sido uma grande potência no Mundo, o país mais avançado em questões náuticas ou de navegação, possuidor dum vasto Império além-mar na época

Leia mais

P L A N I F I C A Ç Ã 0 S E C U N D Á R I O

P L A N I F I C A Ç Ã 0 S E C U N D Á R I O ARUPAMNTO D SCOAS JOÃO DA SIVA CORRIA P A N I F I C A Ç Ã 0 S C U N D Á R I O 2 0 1 6-2 0 1 7 DISCIPINA / ANO: Português / 10ºano MANUA ADOTADO: MNSANS, TXTO DITORS STÃO DO TMPO 1º PRÍODO Apresentação

Leia mais

Língua Portuguesa 9º Ano Os Lusíadas. Figuras de Estilo

Língua Portuguesa 9º Ano Os Lusíadas. Figuras de Estilo Figuras de Estilo As figuras de estilo são recursos que tornam a linguagem mais expressiva, permitindo condensar múltiplas ideias em poucas palavras. Deste modo, o escritor /o poeta, sugere ao leitor várias

Leia mais

espalharei por toda parte, Se a tanto me ajuda

espalharei por toda parte, Se a tanto me ajuda As armas e os Barões assinalados Que da Ocid tana Por mares nunca de antes navegados Pas da Taprobana, Em perigos e guerras esforçado prometia a força humana, E entre gente remot Reino, que tanto sublimaram;

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUISTA FILHO Campus Experimental de Itapeva. Literatura aula 04 22/03/ Profº Rafael Semensi

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUISTA FILHO Campus Experimental de Itapeva. Literatura aula 04 22/03/ Profº Rafael Semensi Literatura aula 04 22/03/2.010 Profº Rafael Semensi 1 Classicismo (1527 ~ 1580) (pág. 36) 1527 Volta de Sá de Miranda da Itália. 1580 Domínio espanhol sobre Portugal e morte de Luís Vaz de Camões. 2 Transformações:

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA GUIOMAR APARECIDA BENTO Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I O Texto apresentado é de Cláudio Manuel da Costa,

Leia mais

Jesus, o Buscador. Cristo, o Salvador. trechos traduzidos do livro. Jesus the Seeker, Christ the Saviour

Jesus, o Buscador. Cristo, o Salvador. trechos traduzidos do livro. Jesus the Seeker, Christ the Saviour Jesus, o Buscador Cristo, o Salvador trechos traduzidos do livro Jesus the Seeker, Christ the Saviour 2 original e tradução das melodias de Sri Chinmoy com palavras da bíblia original e tradução das melodias

Leia mais

ESCOLA BÁSICA 2º E 3º CICLOS JOÃO AFONSO DE AVEIRO LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ano 1º Período /2012

ESCOLA BÁSICA 2º E 3º CICLOS JOÃO AFONSO DE AVEIRO LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ano 1º Período /2012 ESCOLA BÁSICA 2º E 3º CICLOS JOÃO AFONSO DE AVEIRO LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ano 1º Período - 2011/2012 Total de aulas previstas 78 (aprox.) 10 aulas (uma semanal) para Oficina de CEL 12 aulas (dois blocos

Leia mais

c A/ HISTORIA E ANTOLOGIA DA LITE RAT U RA PORTUGUESA j O S c c u o ÍVI VOLUME II o Tomo I SERVIÇO DE BIBLIOTECAS E APOIO À LEITURA

c A/ HISTORIA E ANTOLOGIA DA LITE RAT U RA PORTUGUESA j O S c c u o ÍVI VOLUME II o Tomo I SERVIÇO DE BIBLIOTECAS E APOIO À LEITURA c A/537808 HISTORIA E ANTOLOGIA DA LITE RAT U RA PORTUGUESA j O S c c u o ÍVI VOLUME II o Tomo I SERVIÇO DE BIBLIOTECAS E APOIO À LEITURA índice Volume II - Tomo I S é c u l o s X V I. n. 10 CANCIONEIRO

Leia mais

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO 6º História Rafael Av. Trimestral 04/11/14 INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO 1. Verifique, no cabeçalho desta prova, se seu nome, número e turma estão corretos. 2. Esta prova

Leia mais