---- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA NÚMERO CINCO ACTA NÚMERO DOZE

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1 ---- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA NÚMERO CINCO ACTA NÚMERO DOZE Aos trinta dias do mês de Novembro do ano de dois mil e quatro, nesta Vila de Estarreja e Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelas vinte e uma horas e quinze minutos, reuniu a Assembleia Municipal em sessão extraordinária, sob a presidência do Primeiro Secretário, Alcides José de Sá Esteves, na ausência do Presidente da Assembleia Municipal, Carlos Tavares Verificaram-se as seguintes ausências jus- tificadas: Carlos Tavares (GMPSD-CDS/PP), substituído por Leonel de Almeida; José Matos (GMPSD-CDS/PP), substituído por Carlos Albérico; Esmeraldo Drummond (GMPS), substituído por Manuel Júlio dos Santos; Artur Marques (GMPS), substituído por João Azevedo, Vladimiro Jorge Rodrigues da Silva e Aleixo Patinha Faltaram à reunião os senhores Vereadores José Cláudio Vital e Armando Correia Ponto único: autorização para a contracção de empréstimo a longo prazo, para financiamentos de diversos investimentos inscritos no P.P.I./2004, sob proposta da Câmara Municipal de

2 Estarreja Dando início à sessão, o Senhor Primeiro Secretário da Mesa da Assembleia saudou os presentes e deu notícia dos pedidos de justificação previamente apresentados à Mesa e por esta aceites. A saber: Senhores Duarte Drummond Esmeraldo (G.M.-PS) e José Augusto Matos (G.M.-PSD/CDS-PP). Após haver apresentado a respectiva ordem do dia, pelo Senhor Primeiro Secretário foi oconcedida a palavra ao Senhor Presidente da Câmara Municipal, para proceder à apresentação da proposta camarária No uso da palavra, o Senhor Presidente da Câmara Municipal relacionou o assunto constante da ordem do dia com o Orçamento do Estado em vigor para o ano em curso, o qual estabelece que os municípios que, devido a empréstimos contratados em anos anteriores, já excedam o limite nele fixado, não poderão recorrer a novos empréstimos de médio e longo prazos; porém, o município de Estarreja enquadra-se nas excepções aí previstas ao endividamento líquido zero. O mesmo orçamento postula que, em , o montante global do endividamento líquido do conjunto dos municípios, incluindo todas as

3 formas de dívida, não poderá exceder o que existia em Foi comunicado pela Direcção-Geral das Autarquias Locais ao município de Estarreja que, relativamente ao ano de 2004, a autarquia tem a possibilidade de acesso a novos empréstimos, de médio e longo prazos, no montante de setecentos e quarenta e dois mil oitocentos e nove euros; a aurtaquia, entretanto, comunicou à DGAL a intenção de utilizar o referido empréstimo. Considerando a capacidade de endividamento disponível da autarquia, o conjunto de projectos existentes, a importância de que os investimentos se revestem para o desenvolvimento do concelho de Estarreja, para a melhoria da qualidade de vida da população do concelho, a capacidade que a autarquia tem para a solvência dos compromissos a assumir, entende a Câmara Municipal ser pertinente contrair um empréstimo no valor do montante concedido pela DGAL, visando o financiamento de diversos investimentos: o Parque Municipal do Mato (Avanca); a beneficiação de arruamentos nas freguesias; a Rua Padre António Tavares (Salreu); a iluminação e sinalização em todo o concelho e o parque municipal do Antuã (Beduído). Voltando a

4 referir-se às restrições financeiras colocadas pelo Orçamento de Estado em execução, o Senhor Presidente da Câmara Municipal deixou claro que partilha da posição da Associação Nacional de Municípios Portugueses, no sentido de dar conta de que os problemas de dívida que existem em termos globais não podem ser assacados de uma forma geral e cega Concluída a referida intervenção, o Senhor Primeiro Secretário da Mesa abriu período de inscrições, na sequência do qual intervieram os seguintes membros da Assembleia Municipal: A) Pedro Vaz (G.M. PS) solicitou que o Senhor Presidente da Câmara Municipal esclarecesse se o município vai contrair o empréstimo em causa apenas porque lhe é autorizada tal contracção ou se será contraído para financiamento de projectos, no âmbito da gestão camarária. Isto porque, referiu, o Senhor Presidente da Câmara, quando o Partido Socialista geria o município, entendia que não se deveria contrair empréstimos, mesmo quando havia a justificação dos investimentos da autarquia. Gostaria também de saber quais os arruamentos a ser beneficiados pelo empréstimo e se os valores

5 discriminados na proposta apresentada pelo Banco Espírito Santo é dinheiro que já se encontra em dívida ou se é para pagar posteriormente (e, neste caso, quando). Analisadas as propostas apresentadas pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) e pelo Banco Totta & Açores (BTA), entende apesar de não se considerar especialista na matéria que, quer pelo spread quer pela aplicação da taxa de juro Euribor, a proposta apresentada pela CGD é mais favorável; aliás, a proposta da CGD prevê a isenção do pagamento de comissões e a proposta do BTA é, por exemplo, omissa quanto a esta importante questão B) Vitor Ramos (G.M. PSD/CDS-PP) recorda que, anteriormente, nunca houve, em períodos homólogos (a cerca de um ano de distância de eleições autárquicas), tão pouca contracção de empréstimos como actualmente. Em igual período do anterior mandato, da responsabilidade do PS, por esta altura, se não se engana, já tínhamos ultrapassado o milhão de contos de empréstimos. Apesar de não haver actualmente tão grande contracção de empréstimos, há, pelo contrário, obras; as coisas andam, há melhorias a cada dia que passa - obviamente não tantas quanto as que

6 desejaríamos. Mas, se fazemos isto com tão pouco, disse, imagine-se o que faríamos se tivéssemos a liberdade de contrair empréstimos como no anterior mandato do PS Concedida a palavra pelo Senhor Primeiro Secretário da Mesa ao Senhor Presidente da Câmara, por este foram dadas as explicações que entendeu adequadas Colocado à votação pelo Senhor Primeiro Secretário da Mesa, foi o único ponto da ordem do dia aprovado por maioria, com três abstenções; para efeitos de execução imediata, foi tal deliberação aprovada por minuta, sem oposição de quem quer que fosse Nada mais havendo a discutir ou tratar, foi a sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Estarreja encerrada pelo Senhor Primeiro Secretário da Mesa, pelas vinte e duas horas Para constar e devidos efeitos, se lavrou a presente acta que, depois de submetida a aprovação da Assembleia, vai ser assinada pelos membros da Mesa

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