VALOR E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, POR FATOR AGREGADO E PAÍS DE DESTINO
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- Joana Molinari Santiago
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1 VALOR E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, POR FATOR AGREGADO E PAÍS DE DESTINO 1 - CHINA 2 - ESTADOS UNIDOS , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,4 3 - ARGENTINA 4 - HOLANDA , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,8 1
2 VALOR E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, POR FATOR AGREGADO E PAÍS DE DESTINO 5 JAPÃO 6 - ALEMANHA , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,8 7 CHILE 8 - ÍNDIA ,7 95 1, , , , , ,4 97 2, , , , , ,9 70 1, , , , , ,7 98 2, , , , , ,3 53 1, , , , , ,8 30 1, , , , , ,8 18 1, , , , ,7 2
3 VALOR E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, POR FATOR AGREGADO E PAÍS DE DESTINO 9 VENEZUELA 10 - ITÁLIA , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,5 45 2, , , , , ,6 25 4, , , , , ,9 32 4, , , , , REINO UNIDO 12 - CORÉIA DO SUL , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,8 3
4 VALOR E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, POR FATOR AGREGADO E PAÍS DE DESTINO 13 RÚSSIA 14 MÉXICO , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,9 87 5, , CINGAPURA 16 - HONG KONG , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,6 38 4, , , , , , , , , , , , , , , , ,8 4
5 VALOR E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, POR FATOR AGREGADO E PAÍS DE DESTINO 17 BÉLGICA 18 ESPANHA , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,5 19 PARAGUAI 20 URUGUAI ,5 37 1, , ,1 81 2, , ,5 38 1, , ,5 70 3, , ,9 41 1, , ,4 81 3, , ,7 14 0, ,7 99 6,0 57 3, , ,0 7 0, ,0 59 6,9 51 6, , ,3 5 0, , ,3 37 9, , ,1 5 0, , ,0 42 6, ,3 5
6 VALOR E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, POR FATOR AGREGADO E PAÍS DE DESTINO 21 FRANÇA 22 - EMIRADOS ÁRABES UNIDOS , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,6 27 4, , , , , , , , ARÁBIA SAUDITA 24 COLÔMBIA , , ,1 60 2, , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,4 82 6, ,7 32 2,3 61 4, , ,0 60 8, ,1 24 3,2 23 3, , ,3 41 9, ,8 15 2,9 19 3, ,2 6
7 VALOR E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, POR FATOR AGREGADO E PAÍS DE DESTINO 25 - SUIÇA 26 - CANADÁ , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , EGITO 28 - INDONÉSIA , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,2 7
8 VALOR E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, POR FATOR AGREGADO E PAÍS DE DESTINO 29 - TAILÂNDIA 30 - PERU , , , ,0 16 0, , , , , , , , , , , ,8 92 4, , , , , ,1 41 1, , , , , ,2 14 1, , , , ,5 37 7,5 9 1, , , , ,2 6 1,7 6 1, , BOLÍVIA 35 - IRÃ ,9 10 0, , , ,1 15 1, ,2 8 0, , , ,4 18 1, ,3 14 0, , , , , ,5 3 0, , , , , ,7 2 0, , , , , ,0 1 0, , , , , ,9 1 0, , , ,9 27 9,2 8
9 VALOR E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, POR FATOR AGREGADO E PAÍS DE DESTINO 36 TURQUIA 37 - ANGOLA , , , ,7 4 0, , ,7 92 9, , ,3 3 0, , ,7 98 6, , ,9 3 0, , ,0 73 8, , ,9 9 0, , ,7 46 8, , ,9 13 2, , ,6 32 9, , ,3 6 2, , , , , ,8 5 4, , ÁFRICA DO SUL 39 - ARGÉLIA ,3 79 6, , , , , , , , , , , , , , , , , ,7 84 4, , , , , ,4 40 2, , , , , ,7 58 7, , , , , ,3 25 8, ,1 7 17,1 5 12, ,7 9
10 VALOR E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, POR FATOR AGREGADO E PAÍS DE DESTINO 41 - PORTUGAL 42 - NIGÉRIA ,5 54 5, ,8 46 4, , , ,2 83 9, ,5 30 3, , , , , , , , , , , ,7 38 2, , , ,0 92 9, ,7 15 1, , , , , ,5 7 1, , , , , ,6 7 2,8 17 6, ,3 46 EQUADOR 50 - MARROCOS ,1 4 0, , , , , ,2 18 2, , , ,7 39 5, ,6 11 1, , , ,0 43 5, ,4 15 1, , , , , ,7 63 9, , , , , ,4 34 9, , , , , ,5 5 3, , , , ,2 10
11 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS DADOS APRESENTADOS NOS QUADROS 1 - Este estudo tem como objetivo mostrar e avaliar as exportações brasileiras por países de destino, separadas por produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados com seus respectivos valores nominais e equivalentes índices percentuais de participação do fator agregado; 2 - Foram avaliadas e comparadas as exportações realizadas em 7 anos diferentes, sendo selecionados períodos anteriores ao boom das commodities (2000), no início da época de ouro (2003), na aceleração do crescimento mundial e expansão das commodities (2005), na crise do subprime surgida nos EUA (2008), no ápice das cotações das commodities (2011) e nos anos de regressão de suas cotações, porém mantido o quantum (2013 e 2014); 3 - As exportações de produtos manufaturados foram motivo de interesse específico, por se constituírem no foco prioritário deste estudo; 4 - Foram considerados na avaliação 40 países de destino das exportações brasileiras, entre os 50 maiores, em que estão incluídos todos os 30 maiores países, todos da América do Sul, além de outros países da Europa, África e Oriente Médio, selecionados por valor e tradição; 5 - Em 2014, os 10 maiores países por valor nominal de exportação e por índice percentual de participação na exportação de PRODUTOS MANUFATURADOS foram os seguintes: 11
12 VALOR DE EXPORTAÇÃO ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO ORDEM PAÍSES US$ MILHÕES ORDEM PAÍSES % 1 Estados Unidos Bolívia 95,4 2 Argentina Paraguai 93,2 3 Holanda Colômbia 92,6 4 México Equador 92,2 5 Paraguai Peru 92,0 6 Cingapura Argentina 89,3 7 Chile México 85,9 8 Venezuela África do Sul 74,2 9 Colômbia Cingapura 71,4 10 Alemanha Angola 68,8 6 - Os países da América do Sul são destaques no quadro acima, pois ocupam 5 das 10 posições no quesito valor das exportações de produtos manufaturados e as 6 primeiras posições no item índice de participação. 7 - Estes dados sinalizam que a maior competitividade dos produtos exportados pelo Brasil está concentrada, e restrita, aos mercados da América do Sul, ainda que seus países estejam longe de ser os maiores mercados mundiais de importação de produtos manufaturados. Mas não devem ser desprezados, ao contrário, devem ser selecionados conforme seu potencial de crescimento. 8 - Dos 40 países selecionados, 16 têm os produtos manufaturados como principal destino das exportações; 9 - O número citado antes do nome de cada país indica sua posição, em 2014, no ranking anual de exportação total do Brasil, por país de destino; 12
13 10 - Análises, avaliações e particularidades relativas a países: - CHINA: as exportações de produtos manufaturados para a China mostram índices de participação inexpressivos, conseqüência da forte concentração das exportações em commodities e do reduzido volume de exportação de produtos manufaturados observado em todo o período analisado. Em 2003, as exportações de manufaturados para a China mostraram índices de participação pequenos, porém superiores aos vigentes nos últimos anos, gerado por pontuais exportações de laminados de aço e autopeças. A falta de competitividade dos manufaturados brasileiros nos últimos anos, devido à valorização do real, também contribuiu para este quadro. Em caso de recuperação da competitividade, atenção especial deve ser conferida a este gigantesco mercado; - EUA: em 2014, os EUA recuperaram a posição, perdida para a Argentina em 2008, de maior destino de produtos manufaturados brasileiros, em valores nominais, ainda que essas exportações signifiquem participação de apenas 50,6% nas vendas para aquele mercado. Ao analisar todo o período considerado, verifica-se que este índice mostra forte perda de participação em relação ao ocorrido até 2008, principalmente se confrontado até 2005, em que essa queda supera 20 pontos percentuais. Nominalmente, essa perda torna-se mais evidente ao se constatar que as exportações de manufaturados nos anos 2013 e 2014 têm aumento expressivo apenas em relação ao longínquo ano de 2000, e queda, se confrontado com o período 2005 a Hipoteticamente, o retorno aos índices de participação vigentes no ano 2000, de 24% relativos às exportações totais e de 72% aos manufaturados, equivaleria a aumentar as exportações totais em US$ 25 bilhões e as de manufaturados em US$23 bilhões. Os EUA constituem mercado com elevado potencial para expansão das exportações de manufaturados, qualquer que seja o foco da avaliação, desde que existam condições de competitividade, em termos de preço e disponibilidade de financiamento; - ARGENTINA: as exportações de manufaturados para a Argentina mostram elevados índices de participação, sempre ao redor de 90%, mesmo em períodos de crise, tornando este mercado tipicamente importador de produtos manufaturados do Brasil. Por isso, a despeito dos problemas estruturais do Mercosul, a Argentina é um 13
14 mercado que necessita ser preservado, por diferentes aspectos, em razão de representar quase uma "reserva de mercado" para produtos brasileiros; - HOLANDA: País europeu com melhor desempenho na Europa, ocupando a 3ª posição em termos de valor de exportação de produtos manufaturados e com participação estável ao redor de 40% na pauta de exportação, a Holanda justifica qualquer prioridade e atenção especial que for concedida a este mercado, pois, com a Bélgica como privilegiada coadjuvante, representa a mais importante porta de entrada para a exportação de produtos manufaturados brasileiros pelos portos do norte da Europa. Amparada na qualidade de 8º maior importador mundial, a Holanda tem potencial para ampliar as exportações de produtos manufaturados brasileiros, tanto em valor quanto em participação percentual na pauta de exportação. - JAPÃO: apesar de o Brasil manter diferentes laços de amizade e integração com o Japão, as exportações brasileiras de manufaturados são bastante tímidas e, nos últimos anos, raramente sua participação superou 13% das exportações totais para aquele mercado, consideradas as desvantagens logísticas do Brasil em comparação ao fato de o Japão estar mais próximo dos grandes fornecedores asiáticos. A possível recuperação da competitividade do produto brasileiro, em termos de preço, aliado á eventual melhoria da logística para aquele mercado, pode representar oportunidade de "abertura" deste "novo' 4º maior mercado importador do mundo; - ALEMANHA: as exportações de produtos manufaturados do Brasil para a Alemanha mostram valores nominais e índices de participação decrescentes nos últimos anos, oscilando ao redor de 30% de nossas exportações totais, não condizentes com a expressão econômica daquele país e sua posição de 3º maior exportador e importador mundial. Mesmo enfrentando as vantagens proporcionadas aos países membros da União Européia, ainda assim, país e mercado que devem merecer atenção especial com vistas à ampliação das exportações de produtos manufaturados, naturalmente, desde que o produto brasileiro disponha de preço competitivo e adequadas condições de financiamento; 14
15 - CHILE: o Chile sempre foi um tradicional importador de manufaturados do Brasil, com estes produtos mantendo elevados índices de participação nas exportações para aquele país, que alcançaram 90% no ano 2000, mas que vêem caindo continuamente até atingir apenas 47% em Esta queda causa preocupação, pois o Chile está inserido em uma região que, teoricamente, o Brasil deveria ter competitividade para ampliar, e não perder, participação de mercado. O Chile, pais com investment grade, deve merecer ações prioritárias para, pelo menos, recuperar a perda deste mercado, especialmente após a criação da Aliança para o Pacífico, que pode acelerar ainda mais as perdas. - INDIA: A índia é a China do futuro, porém com menor extensão territorial, gerando elevada dependência da importação de alguns produtos, notadamente commodities alimentícias, para atender sua população superior a 1 bilhão de pessoas. Originalmente um país com economia fechada, a Índia tem passado por transformações que tem elevado suas exportações e importações, inclusive ocupando a 11ª posição no ranking mundial de importação. Contrariamente ao que deveria estar ocorrendo, nos últimos anos, a participação das exportações brasileiras de manufaturados para a Índia diminuíram de 50,7% no ano 2000 para 11,7% em Todavia, é um país que deve merecer atenção especial, dado seu elevado potencial para vendas de produtos manufaturados. A logística é um dos fatores que dificultam a expansão destas exportações. - VENEZUELA: Com o início do Governo Chávez, a Venezuela tornou-se um grande importador de manufaturados brasileiros, com estes produtos alcançando participação superior a 90% em nossas exportações. Todavia, nos últimos anos, devido à sua crise político-financeira e aos acordos monetários negociados com a China, essa participação já é inferior a 50% e nossas exportações estão ficando restritas a produtos alimentícios, não fornecidos pela China, a qual passou a ser responsável pelo abastecimento de produtos manufaturados. Venezuela é um mercado que deve ser preservado, pois sua crise político-financeira não é eterna, e devemos estar preparado para seu renascimento econômico. - ITÁLIA: Os dados de exportações de manufaturados para a Itália são frustrantes. Em 2013 e 2014, os valores das exportações de manufaturados foram menor que no ano 2000, assim como a participação destes produtos na 15
16 pauta de exportação foi reduzida de 44% para apenas 17%. A elevação das cotações das commodities não pode ser a única razão para justificar esta perda de mercado, que certamente foi ajudada pela não realização das reformas estruturais do Brasil, pela elevação do Custo-Brasil e pela valorização do real. A Itália, que ocupa a 10ª posição no ranking mundial de importação, é um mercado que deve merecer atenção especial, pois integra uma região com elevado potencial econômico para importar produtos manufaturados brasileiros. - REINO UNIDO: Avaliação similar à realizada para a Itália se aplica ao Reino Unido, que reduziu a participação dos produtos manufaturados na pauta de exportação de 62% no ano 2000 para apenas 36% em Esta mudança ocorreu apesar de o Reino Unido, em 2013, ter ocupado a 6ª posição no ranking mundial de importação. Além disso, o potencial e tradição do Reino Unido em importar produtos manufaturados brasileiros são superiores aos da Itália. Este é mais um país que merece atenção especial e prioridade comercial. - CORÉIA DO SUL: As exportações de produtos manufaturados do Brasil para a Coréia do Sul sempre tiveram reduzida participação na pauta de exportação, ao redor de 15%, apesar de a Coréia do Sul ocupar a 9ª posição no ranking mundial de importação. A distância geográfica do Brasil e/ou a proximidade geográfica com a Ásia, entre outros, podem ser fatores que tornam difícil a competição e justificam a realidade atual, mas não se pode prescindir de um mercado importador que é o dobro do brasileiro. - RÚSSIA: Em um passado distante, quando ainda era a URSS, a Rússia foi grande importadora de produtos manufaturados brasileiros, com destaque para calçados e móveis. Porém, após a independência de suas repúblicas, essas exportações de manufaturados foram minguando e hoje representam ínfimos 7% de participação nas exportações. A redução do preço do petróleo afetou o potencial de importação da Rússia, mas ainda existem nichos de mercados que merecem ser pesquisados e desenvolvidos, a partir de prioridade e tratamento especial a serem conferidos à Rússia. - MÉXICO: País que ocupa a 4ª posição, em valor, e a 7ª colocação, em participação, nas exportações de manufaturados brasileiros, sob qualquer ângulo de avaliação, o México deve merecer atenção prioritária pelo 16
17 elevado potencial que representa para as exportações brasileiras de produtos manufaturados, cuja participação na pauta de exportação sempre tem superado 85%. O México ocupa a 14ª posição no ranking mundial de importação, além de ser considerado um mercado aberto. - CINGAPURA: Uma agradável surpresa nas estatísticas é proporcionada por Cingapura, que ocupa a 6ª posição, em valor, e a 9ª, em participação, nas exportações brasileiras de manufaturados. Apesar de ser um país de diminutas dimensões territoriais, sua posição estratégica e centro comercial justificam a posição que ocupa de 14º no ranking mundial de exportação e de 15ª no ranking de importação. Apesar da longa distância geográfica e das dificuldades logísticas do Brasil, Cingapura deve ser motivo de atenção especial, pois seus dados numéricos demonstram potencial como importador de produtos manufaturados brasileiros. - BÉLGICA: País europeu com um dos melhores desempenhos naquele continente, tanto em termos de valor de exportação de produtos manufaturados quanto na participação estável em cerca de 50% na pauta de exportação, a Bélgica deve merecer atenção especial, constituindo-se, juntamente com a Holanda, importante porta de entrada para ampliação das exportações de produtos manufaturados brasileiros pelos portos do norte da Europa. - PARAGUAI: Mais um país com destaque na exportação de produtos manufaturados, ocupando a 5ª posição, em valor, e a 2ª posição, em participação, com índice sempre superior a 92%. Apesar de possuir um PIB de pequeno valor, torna-se gigante quando se avalia sua participação no comércio exterior com o Brasil. Apesar de, muitas vezes, não ter a atenção e o reconhecimento que deveria merecer, insere-se no rol dos países cuja prioridade se faz indispensável, pelo menos para preservar os atuais níveis de valor e participação. - URUGUAI: País integrante do MERCOSUL, o Uruguai sempre manteve índices de participação de importação de produtos manufaturados ao redor de 85%. Nos últimos 2 anos, a grande importação de petróleo bruto fez com que essa participação fosse reduzida para 47% em 2014, mas com pequena queda em valores nominais. Levando-se em consideração sua proximidade geográfica, sua posição estratégica e seu histórico, o Uruguai deve ter seu mercado observado com atenção. 17
18 - FRANÇA: País com avaliação idêntica à Itália, as exportações de manufaturados para a França têm reduzido sua participação na pauta de exportação, inclusive com pequena variação de valor entre os anos 2000 e Apesar disto, por integrar região com elevado potencial para produtos manufaturados brasileiros, atenção especial deve ser dedicada à França. - COLÔMBIA: Mais um mercado com destaque nas exportações brasileiras, a Colômbia, país com investment grade, ocupa a 9ª posição, em valor, e a 3ª posição, em participação como país de destino de nossas exportações de produtos manufaturados. Seu histórico recente e o fato de integrar o recém constituído bloco Aliança para o Pacífico são fatores que recomendam receber tratamento prioritário e atenção especial. - CANADÁ: Um importante mercado importador de manufaturados brasileiros, que parece ser distante e desconhecido do Brasil por ficar na sombra dos EUA, assim é o Canadá. País que mantém estável importação ao redor de 50% em produtos manufaturados exportados pelo Brasil, sinaliza potencial para ampliar essas exportações, pois os valores atuais não são condizentes com a 11ª posição ocupada pelo Canadá no ranking mundial de importação. O Canadá constitui importante mercado importador de manufaturados, que deveria merecer prioridade e atenção especial do Brasil. - PERU: País com investment grade, o Peru tem apresentado altos índices de participação dos produtos manufaturados na pauta de exportação, ao redor de 90%, que o torna um país com potencial para elevar as exportações brasileiras de manufaturados. Seu atual desempenho econômico, aliado ao fato de integrar o recém constituído bloco Aliança para o Pacífico, recomenda que especial atenção comercial seja conferida ao Peru. - BOLÍVIA: Apesar de ter pequena expressão econômica, em termos de PIB, a Bolívia ocupa a 1ª posição, com 95,4% de participação, como destino das exportações de manufaturados para aquele país, mantendo índices sempre em patamares elevados. Além disso, as exportações brasileiras de manufaturados têm mostrado contínuo crescimento em todos os anos do período avaliado. Apesar de ter limitado potencial para expansão das 18
19 exportações de manufaturados, sua posição estratégica e seu nível de participação recomendam acompanhar de perto este mercado. - ANGOLA: Primeiro país africano no ranking de destino das exportações totais do Brasil, os decrescentes valores e índices de participação de exportação de manufaturados para Angola não são compatíveis e condizentes com a tradição e laços de amizade entre os dois países. Este é um mercado que tem potencial para ser ampliado, razão pela qual merece prioridade e atenção especial. - ÁFRICA DO SUL: Os valores dos manufaturados exportados para a África do Sul, embora não sejam expressivos, sinalizam ter importância maior que os elevados índices de participação, ao redor de 70%, destes produtos na pauta de exportação. Os dados apurados indicam que, em valores, existe potencial para ampliação das exportações de produtos manufaturados, razão pela qual a África do Sul deve merecer atenção especial, mais ainda por estar geograficamente próxima a Angola, outro país que deve receber o mesmo tratamento. - NIGÉRIA: Apesar de os valores exportados e os índices de participação de produtos manufaturados na pauta de exportação para a Nigéria apresentarem tendência decrescentes nos últimos anos, sua população de 200 milhões de habitantes deveria justificar uma avaliação para saber as razões de nossas exportações gerais, e em particular de produtos manufaturados, estarem perdendo fôlego, além de não atingirem patamares condizentes com o potencial da Nigéria. - EQUADOR: País de pequena expressão econômica, em termos de PIB, o Equador ocupa a 4ª posição, com 92,2% de participação, como destino das exportações de manufaturados para aquele país, mantendo índices sempre em patamares elevados. Não obstante ter limitado potencial para expansão das exportações de manufaturados, a posição estratégica do Equador e seu nível de participação recomendam atenção com este mercado. Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) 19
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