A Formação do Solo. Nuno Cortez. Seminário LIPOR 4 Novembro Solo: Um recurso a preservar.
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- Eugénio William Rijo Faria
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1 4 Novembro Solo: Um recurso a preservar A Formação do Solo Nuno Cortez nunocortez@isa.ulisboa.pt DRAT Departamento de Recursos Naturais, Ambiente e Território
2 4 Novembro Solo: Um recurso a preservar Título antes proposto para esta palestra: Como criar solo que eu recoloco sob forma de pergunta: É possível criar solo?
3 O que é o Solo? - Um elemento fundamental da Paisagem e do Ambiente, - Uma fina camada de cobertura superficial da crosta terrestre. Bragança (Trás-os-Montes)
4 Importância do solo e principais funções que desempenha 1. Meio para o crescimento das plantas Suporte físico e nutricional (ciclos biogeoquímicos) 2. Regulador do ciclo hidrológico Reservatório, purificador da água 3. Sistema de reciclagem de materiais Decomposição, retenção de poluentes 4. Habitat para os organismos do solo Micro e macroorganismos, reserva de biodiversidade 5. Meio para a engenharia Material de construção e suporte de infraestruturas
5 Constituição geral do solo
6 O Solo apresenta uma considerável diversidade de características Foto A.D. Mil Homens
7 Factores de formação do solo Clima P Adição Organismos Relevo K N P K K N P P N N Rocha K Translocação Alteração Tempo Pedogénese (formação de solo) Solo P K N N K N P K P K P N Diferenciação de horizontes
8 1. A formação de solo depende do tipo de rocha/material originário (LITOLOGIA) Granitos Calcários Areias e arenitos Rochas vulcânicas Xistos Carta Litológica de Portugal (CNA, 1982) escala 1:
9 A formação de solo depende do tipo de rocha existente (litologia) Lezírias, 2008
10 Huelva, 2006
11 Tapada da Ajuda (Lisboa), 2015
12 2. A formação de solo depende do CLIMA de cada região (sobretudo da temperatura e da precipitação) Precipitação Mean annual média rainfall anual (mm) kg C m -2 Acumulação média de Carbono no solo em Portugal
13 Bordeaux, 2004
14 3. A formação de solo depende da topografia (RELEVO) Variação da espessura do horizonte superficial e do seu teor de matéria orgânica ao longo de uma encosta
15 A formação de solo depende da topografia (relevo) Alentejo
16 4. A formação de solo depende dos ORGANISMOS VIVOS Lezírias, 2008
17 Vaiamonte (Monforte), 2005
18 5. A formação de solo depende do TEMPO de interacção dos restantes factores - O processo de alteração das rochas é muito lento, sendo mais rápido e intenso em climas tropicais e extremamente lento em climas muito frios ou muito secos. - A acumulação de matéria orgânica pode ser um processo rápido, mas depende muito dos outros factores (clima, organismos vivos). - O arrastamento de constituintes, em profundidade ou à superfície, também depende muito dos restantes factores (clima, tipo de material, relevo). Em condições naturais, o solo forma-se à taxa de 0,1 a 1,0 mm de espessura por ano
19 Mas podemos ainda considerar que existe um 6º factor de formação de solo o HOMEM E a acção do Homem pode ser: - destrutiva, ou - construtiva
20 Vaiamonte (Alentejo)
21 Torres Vedras, 2005
22 Mata Mourisca, Pombal, 2008
23 N. Cortez Escalos Beira Baixa (1990)
24 N. Cortez Escalos Beira Baixa (1990)
25 Consequências a jusante - deposição dos sedimentos Tapada da Ajuda (Lisboa) Vale do Mondego (Beira Litoral)
26 Estabilização de taludes de estrada Abril 2005 N. Cortez Bombarral A8 (Oeste)
27 Estabilização de taludes de estrada Abril 2005 Bombarral A8 (Oeste)
28 Estabilização de taludes de estrada Abril 2005 Janeiro 2008 Aljustrel A2
29 Açores
30 Vila Velha de Rodão (Beira Baixa) Esc. Sup. Agrária de Castelo Branco Muretes nas zonas de escoamento preferencial Esc. Sup. Agrária de Castelo Branco
31 Quinta de S. Luiz, Tabuaço (Douro), 2007
32 Quinta de S. Luiz, Tabuaço (Douro), 2007
33 Sarnadas, V. Velha de Rodão
34 Pedreira SECIL, Outão (Setúbal), 2014
35 Aterro sanitário de Castelo Branco, 2009
36 Aterro sanitário de Castelo Branco, 2012
37 Solos de Portugal Carta dos Solos de Portugal (1971) 1: J. Carvalho Cardoso, M.Teixeira Bessa e M.Branco Marado (Classificação de solos da FAO/UNESCO)
38 Cartografia do Solo em Portugal Sul do Tejo 1:50000 Classificação Portuguesa Nordeste Entre Douro e Minho Interior Centro 1: Classificação FAO/WRB (Leonardo, M. R., 2007)
39 Thematic Strategy for Soil Protection Comunicação da Comissão das Comunidades Europeias, no sentido de se criar uma Directiva europeia com vista à protecção do solo (Setembro de 2006) - Objectivo Garantir uma utilização sustentável do solo Principais riscos - Erosão - Diminuição do teor de Matéria Orgânica - Salinização - Compactação - Deslizamentos de terra - Contaminação - Impermeabilização
40 4 Novembro Solo: Um recurso a preservar concluindo, e tentando responder à pergunta: É possível criar solo? - sim, é possível criar solo, mas isso constitui um processo complexo e muito demorado; - portanto, mais do criar solo, é importante preservar e conservar o solo que existe. Obrigado pela vossa atenção! Nuno Cortez nunocortez@isa.ulisboa.pt
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