O Tecido Urbano da Cuaso Texto preparado pelo Professor da FAUUSP Arquiteto e Urbanista Candido Malta Campos Filho Outubro 2001

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1 Texto preparado pelo Professor da FAUUSP Arquiteto e Urbanista Candido Malta Campos Filho Outubro 2001 Introdução: O sentido principal próprio da idéia da criação de uma Cidade Universitária transcende objetivos práticos da facilitação administrativa para adentrar o papel fundamental de uma Universidade: o da produção de um conhecimento especial. O conhecimento humanista, que vai muito além da soma e justaposição do conhecimento parcelar. Assim entendida a missão da Universidade, a sua organização física conforme foi se constituindo ao longo de sua história, deve ser examinada sob a ótica do atendimento dessa sua finalidade maior. A idéia de Cidade Universitária pode ser examinada a luz de dois enfoques: o de um ente autosuficiente enquanto oferta de serviços de apoio inclusive de habitação, comércio e serviços para produtores desse conhecimento e o de uma entidade que se utiliza da cidade a sua volta e que se concentra na idéia de cidade enquanto centralidade, enquanto espaço de vivência humana de alta qualidade, socialmente considerada. Avaliar as condições para a transmutação possível de uma Cidade Universitária como ente autônomo para o de uma centralidade altamente qualificada, como parte do processo histórico de desenvolvimento metropolitano da Cidade de São Paulo em sua estruturação urbana, é uma das questões que influenciam as formas da articulação da CUASO ao seu entorno urbano e também com relação a sua organização interna. Avaliar as transformações internas através das diretrizes assumidas por seus Planos Diretores dos quais resultou a sua atual condição, o que podemos denominar de tecido urbano, a luz daquela que destacamos como sua principal missão, qual seja a produção de um conhecimento humanista, científico e filosófico, é outra dimensão do trabalho ao qual nos propomos contribuir. Destaca-se a extraordinária visão dos que nos antecederam ao estabelescer ao longo do tempo, uma inteligente porque interligante, proximidade espacial de áreas afins do conhecimento. Desenvolvê-la ao seu limite de integração possível, nos parece ser o desafio maior na escala da tessitura interna do Campus. Extrair dessas avaliações algumas diretrizes preliminares para uma atualização e revisão do planejamento que vem sendo seguido, que correspondem as recomendações que propomos a luz do estado atual dos trabalhos, que estão em andamento, termina o texto por nós ora apresentado. O Papel do Campus na criação da Universidade de São Paulo A busca de integração maior entre as varias áreas do conhecimento depende fundamentalmente de uma busca de convergência do conhecimento, um ideal humanista. Se os muitos filósofos e cientistas parecem buscar esses caminhos não há como não reconhecer que a compartimentação crescente das ciências em disciplinas e suas aplicações técnicas segue paralelamente seu curso. A decisão dos fundadores da Universidade de São Paulo dentre os quais destaco meu tio-avô Ernesto de Souza Campos, de implantarem um Campus que reunisse instituições até então dispersas pela Cidade de São Paulo, entendo que corresponde a busca maior desse ideal de um conhecimento integrando áreas, mais completo, científico para alguns, filosófico para outros e poderiamos afirmar, acredito que sem muitas discordâncias, humanistas. Assim Ernesto de Souza Campos em seu livro Universidades: Cidades Universitarias (1) em seu capitulov quando discute as razões de uma centralização das faculdades e institutos até então dispersos pela Cidade de São Paulo, afirma: Centralização Universitária Quais as razões da centralização? Em breve esfôrço nos propomos a enumerá-las. 1 Exercício real e eficiente das funções da reitoria que assim terá sob suas vistas imediatas todo o conjunto universitário. 2 - Centralização de departamentos ou institutos idênticos ou afins de acôrdo com as conveniências didáticas, pedagógicas e econômicas. 3 Intercâmbio de material científico didático ou de pesquisa. 4 Realização de seminários comuns em casos de disciplinas idênticas ou afins. 5 Articulação da Faculdade de Filosofia com as outras Faculdades e Escolas, suas respectivas secções entrozando-se com as demais em um sistema eficiente e econômico. 6 Centralização bibliográfica em biblioteca comum que reúna as revistas e periódicos técnicos e científicos para uso de todas. Tais publicacões não serão assinadas em duplicata. O mesmo ocorrerá com as grandes enciclopédias e obras clássicas e raras. As Faculdades e escolas (1) Souza Campos Ernesto; Universidades. Cidades Universidades, Imprensa da Universidade de São Paulo,

2 conservarão apenas os livros didáticos especializados em pequenas bibliotecas ou nos seus diversos departamentos: bibliotecas escolares e departamentais. 7 Centralização dos esportes em campos de atletismo que obedeça as normas internacionais. Um único campo de atletismo, completo, servirá a todas as escolas grupadas em Universidade. 8 Centralização burocrática de muitos serviços idênticos como os de matrícula, etc. 9 Formação de centros comuns de recreio e cultural geral. 10- Instituição de certos centros que, servindo ao público em geral, trazem, simultâneamente, grandes benefícios aos estudos universitários. 1- O horto botânico ou melhor um jardim botânico colocado na continuidade do campus, além de sua função de educação popular, fornece material precioso e indispensável aos departamentos de botânica e terapêutica 2- Um parque zootécnico, ou melhor um jardim zoológico que fôr necessário para a cidade, prestará multiplicado serviço se estiver a cargo e ao lado da Universidade. O material alí escolhido serve aos departamentos de anatomia, de histologia normal e comparada (anatomia patológica, parasitológica, etc.). É preciso lembrar que os animais próprios da nossa fauna estão muito pouco estudados. Na frase do meu antigo mestre o eminente professor Alfonso Bovero poder-se-ía dizer que este campo de estudos está quase virgem. São tantos os problemas que há dificuldades na escolha. Não devemos deixar aos estrangeiros esta tarefa. 3- Os museus dificilmente podem ser organizados pela dificuldade de obter espécimens de custo elevado. Com a centralização universitária um bom museu de história natural, por exemplo, poderá servir de ilustração a diversos departamentos de várias escolas. 11- Criação e hospitalização de animais para demonstração e esperiências. É quase impossível trabalhar com animais adquiridos em mercados e que trazem doenças ou epizootia. Impõe-se a criação para tal fim que aliás é também econômica. 12- Formação do espírito universitário libertando alunos e ex-alunos do conceito de uma só escola como sua alma mater. A alma mater é a universidade. Alí o estudante recebe não só os ensinamentos proporcionados pela sua escola como outros que lhes vêm das possibilidades determinadas pela vizinhança e contato com outras instituições, A centralização das escolas em uma cidade universitária exige porém condições necessárias à eficiência do sistema.em breve resumo podem ser assim enumeradas: 1 Vias de acesso e de comunicações internas no sentido de proporcionar tráfego desafogado e de evitar o congestionamento de estudantes no trajeto diário, por motivos disciplinares. É muito conveniente uma avenida de contôrno. 2 Bons, parques para estacionamento de viaturas, tomando em consideração uma população universitária que poderá atingir alunos, além de mestres, auxiliares, funcionários, empregados e admitindo, ainda, que em dias de festas haverá considerável afluência de público. 3 Sistematização dos edifícios ou zoneamento, com determinação de setores vizinhos. Teriámos assim os setores de engenharia, de belas artes, de recreação, de esportes, residencial, etc. 4 Localização conveniente dos setores em posição central ou periférica de acôrdo com as maiores necessidades de contato com o público 5 Orientação heliotérmica e anemoscópica das vias de comunicação e dos edifícios. 6 Fácil acesso ao público para ingresso, em determinados dias, nos jardins botânicos e zoológico e museu de história natural. 7 Disposição dos setores e edifícios respectivos de modo a não ficarem muitos esparsos nem muito concentrados. 8 Posição da reitoria e biblioteca tão equidistante quanto possível dos outros elementos universitários. 9 Bom serviço de abastecimento de água, de esgotos, de luz e energia elétrica, com casa de força para suplência. 10 Setores de esportes e de recreio proporcionados à população universitária. 11 Portaria geral 12 Estação de bombeiros, polícia e correio geral 13 Ofícinas gerais compreendendo carpitaria, marcenaria, mecânica, eletricidade, pintura, vidraria, etc. 14 Biotério para criação de animais de laboratório, incluindo canis, isolando esta seção de outra em que existam animais doentes ou inoculados. 15 Hospital e local (canis, etc.) para animais inoculados. 16 Boa localizacão de parque zootécnico e jardim botânico atendendo a critérios técnicos e abundância de água. 17 Parque veterinário e hospital veterinário em fácil comunicação com respectiva escola. 18 Preparação do conjunto sob forma de parque aprazível e de recreio. 19 Condições adequadas para o exercício dos diversos objetivos da universidade a saber: educação, instrução, pesquisa, rotina, expansão cultural e conservacão da ciência. É dentro dessa perspectiva que iremos buscar desenvolver nossas considerações sobre a organização do Tecido Urbano da CUASO inserida no Tecido Urbano da Cidade de São Paulo. Quando decidiram localizarem-se as margens do Rio Pinheiros na então Fazenda Butantã, a área localizava-se além da periferia urbana de então, na década de 20 do século passado (século XX). Pressupunha-se que a urbanização chegaria na década seguinte a região, de um lado impulsionada pela ação urbanizadora da Light and Power, retificando o rio e de outro, da ação da Campanhia City, que buscava urbanizar as várzeas desse rio, com projetos de um importante urbanista ingles Barry Parker, associado de Raymond Unwin, um grande teorizador da corrente urbanística das cidades jardins, iniciada na Inglaterra por Ebenezer Howard, na virada do século XIX para o XX, portanto há exatos 100 anos. 2

3 O Campus nascia assim em meio da e contribuindo para, essa ação urbanística e veremos que por ela influenciada em sua interna organização. Se há 80 anos a área era um ermo rural, parte de uma fazenda, que remanesce no Instituto Butantã, seu vizinho, com suas cobras e aranhas, hoje o Campus é parte do centro expandido. O caminho para Itú que subindo a Consolação chegava ao espigão central no final da Av. Paulista, descia ao centro histórico do bairro de Pinheiros atravessava o Rio Pinheiros e passava na frente da Sede da Fazenda seguindo os rumos das atuais Av. Butantã e Av. Corifeu de Azevedo Marques. Esse caminho para Itú constituiu-se na principal via de chegada a região do Campus. Como este, ainda dessa estrada se distanciava, porque entre ela e o lado do Campus interpunha-se uma área sendo loteada pela Companhia City, tornou-se natural entrelaçar o sistema viário desse loteamento de um lado com a estrada de Itú e na outra ponta com o sistema viário do Campus. Na sequência da principal avenida do loteamento da Companhia City, paralela ao rio Pinheiros, definiu-se diretrizes da avenida que ofereceria um panorama monumental a entrada do Campus, como nos primeiros tempos se buscou imprimir, provavelmente pela impressão causada pelo Campus da Stanford University, em Palo Alto, na Califórnia, onde meu tio Ernesto esteve, ao ter sido encarregado de pesquisar a experiência norteamericana na organização dos Campi de suas principais universidades. Do outro lado do Rio Pinheiros, vis-a-vis da CUASO, a Companhia City e outras iniciativas urbanizadoras implantaram bairros jardins. Se eram como ainda hoje são suas frentes principais, pelos seus fundos, junto a Av. Corifeu de Azevedo marques, desenvolveram-se bairros de trabalhadores e também de classe média. Na sua lateral direita, ao oeste da CUASO, terrenos de grandes dimensões servidos por ramais ferroviários, foram implantados por empreendedores privados, especialmente para uso industrial. O Campus com o desenvolvimento urbano de São Paulo foi se cercando de bairros, abrigando todas as classes sociais e também empresas industriais e de serviços de grande porte, e até uma favela que invadiu uma de suas laterais, como a lembrar os universitários da USP, professores, funcionários e alunos, da existencia desse dramático problema em nossa cidade, a de moradia dos muitos pobres. O tráfego de passagem que se imaginava devesse passar ao largo do Campus, começou a nele penetrar, produzindo congestionamentos internos e nas entradas/saídas, em escala crescente. O sistema de transporte coletivo de acesso ao Campus, como em toda a cidade, foi perdendo e continua a perder gradativamente sua competição com o transporte individual. A violência urbana não apenas através do congestionamento penetra o Campus, mas também o faz através de roubos, assaltos, e até estupros. O tráfego de drogas é uma realidade dura dentro da CUASO, como o é fora dele, na cidade. Em sua implantação gradativa da várzea para as colinas, (embora tenha tido um início nas colinas com o Instituto de Botânica, mas de pequena monta) o Campus inverteu a lógica topográfica do restante da cidade, que desceu das colinas para as várzeas. Essa abertura do Campus para a cidade se tornou problemática a medida que vem canalizando para o seu interior uma violência de tal porte que dificulta e até impede, as vezes, que ela exerça o seu papel de produtora de conhecimento. Se a universidade tem que estar aberta a realidade que a circunda, para melhor conhecê-la e até transformá-la, essa abertura não pode se dar de modo a anular essa sua missão social. Essa é uma contradição a ser enfrentada. A questão que temos que sempre monitorar e encaminhar é a de encontrarmos o grau certo dessa abertura para a cidade de modo que ela faça frutificar mais a sua produção acadêmica, e não o seu contrário, e leve ao cidadão não uspiano uma contribuição positiva na dimensão cultural. Voltando-nos para a sua organização interior, o que poderíamos denominar de seu partido urbanístico básico, podemos buscar analisá-lo a luz do que seria a missão básica da USP, a sua vocação, como a mais importante universidade brasileira, da produção de um conhecimento humanista. Assim por exemplo, uma flexibilidade escolar de matriculas que pudesse contribuir para uma melhor escolha de carreiras e para novas carreiras resultante de combinações não aleatórias de cursos de disciplinas existentes, seria melhor exercida se uma maior facilidade de acesso de uma instituição para outra, pudesse se realizar especialmente quando de áreas afins, que teriam maior demanda provável de matriculas de carreiras interdisciplinares, e para isso uma melhor organização do sistema de circulação, incluindo e talvez até previlegiando os pedestres e os ciclistas, deveria ser desenvolvida. Uma flexibilidade curricular poderia portanto contribuir para uma aproximação maior entre as diversas áreas do conhecimento que compõe a Universidade de São Paulo. Uma possibilidade maior de escolha por estudantes, especialmente aqueles que ainda não sabem bem o que querem seguir, nos anos iniciais de seus cursos, o surgimento de novas áreas de conhecimento trazendo hesitações na escolha, criaria oportunidades para os mesmos de estabelescerem pontes entre áreas de conhecimento, tanto entre as mais afins, como hoje em parte ocorre, ou não afins. Essa flexibilização curricular contribuirá para termos a possibilidade de formarmos um quadro mais amplo e flexivel de cientistas, tecnólogos e pessoas de mais ampla formação do que o quadro atual permite. Essa flexibilidade dos curriculum acadêmicos parece corresponder a uma necessidade profunda dos novos tempos que vivemos ou seja a de uma formação que garanta pontes entre áreas do conhecimento estabelecidas e com a ampliação também de novas áreas. Esse processo social, que parece positivo, pressiona para que se quebrem barreiras que confinam os saberes em setores específicos. 3

4 O Tecido Urbano da Cuaso Ao nível da organização física dos espaços do Campus alguma contribuição nesse sentido pode ser dada. Assim no âmbito de cada instituição um estudo do seu micro-tecido urbano poderá detectar dificuldades de encontro entre pessoas de sub-instituições da mesma, fruto de uma micro compartimentação. Áreas de vivência comum conectadas por caminhos lógicos e agradáveis de pedestres podem criar oportunidades de trocas de informações e experiências hoje pouco praticadas. No âmbito do Campus em seu conjunto, a análise e proposição de tecidos urbanos correspondentes com o mesmo objetivo acima, também propiciará a ampliação das oportunidades de integração universitária. Se a Universidade de São Paulo tem uma história que corresponde a uma agregação de unidades pre existentes em que a busca do conhecimento universal é o ponto mais importante de seu projeto constitutivo, a sua concentração por contiguidade espacial na CUASO foi presidida por uma sábia disposição em que as afinidades atuaram como campos magnéticos atrativos (figura 1 A contiguidade espacial das áreas afins na CUASO e os tecidos urbanos existentes). Mas não apenas essa atratividade foi um criterio decisivo. A presença de uma cabeça dirigente ordenadora do todo, correspondente a instituições onde as decisões quanto as diretrizes gerais são tomadas, teria que ter o destaque espacial de modo a um sentido comum que essa busca de unidade e identidade decorrente almeja, pudesse ser percebida na própria organização espacial do campus. A análise da história do desenvolvimento da organização física da CUASO nos revela quão felizes foram seus formuladores, a nosso ver, na busca dessa integração, a partir da contiguidade espacial das várias áreas do conhecimento, em termos de suas afinidades enquanto saberes diretamente relacionados. Figura 2 A área definida para a CUASO Figura 1 A Contiguidade Espacial das Áreas Afins na Cuaso e Os Tecidos Urbanos Existentes Trazidas tais idéias para a Fazenda Butantã (figura 2 A área definida para a CUASO) as margens do Rio Pinheiros retificado, eliminados os seus meandros, uma área com sua topografia própria contendo, 4

5 uma varzea com partes pantanosas envolvidas de um lado, o do sol poente, por colinas, os planejadores iniciais do Campus, logo definiram para essa varzea o centro compositivo, com o Rio formando um eixo que o atravessava. O Campus nessa versão inicial de 1935 (figura 3 O Traçado Básico do Plano Diretor inicial do Campus, de 1935) se organizava no alto do espigão central ao longo da Av. Dr. Arnaldo, com seu centro médico, e dos dois lados do Rio Pinheiros em área não ocupada pelos loteamentos da Companhia City. Figura 3 Traçado Básico do Plano Inicial do Campus, 1935 foram sendo introduzidas nos sucessivos 10 planos diretores vae aumentando a importância relativa do eixo paralelo ao rio e diminuindo aquela do eixo a ele perpendicular mas, de alguma maneira se mantém o eixo ortogonal ao Rio Pinheiros. Denominado de Eixo Administrativo Cultural no PD 1945, ganha a forma de uma larga avenida no plano de 1949, a segunda avenida em importância, só perdendo para a denominada Avenida de Ingresso. Esse é o grande eixo que aí se estabelesce, mantidas essas orientações nos PDs, de 1952 e 1954, quando sofrem no PD de 1956 uma redução de sua importância simbólica, medida essa por suas larguras, mas relativamente mantém a proporção diferencial. O eixo ortogonal ao rio nesse plano, é mantido, mas transformado em um sistema binário de avenidas, que tem no seu centro um formato, como se fosse uma quadra linear, a Faculdade de Filosófia, Ciências e Letras. As entradas ou melhor as ligações entre os seus dois lados, as margens do Rio Pinheiros, eram previstas perpendiculares ao Rio com duas pontes, uma onde se situa a atual ponte Cidade Universitária e a outra na diretriz da atual Av. Escola Politécnica, não implantada. A partir do plano de 1945 e todos os seguintes gira-se de 90 graus tais eixos. Assim o eixo de entrada passa a ser paralelo ao Rio Pinheiros, sendo que a entrada principal na forma de uma avenida ou eixo rodoviário articulando o conjunto, é planejada não a partir do rio que não possuia ainda vias marginais implantadas, mas sim a partir de via a ele paralela, constituida pelo prolongamento da avenida principal de um loteamento tipo cidade jardim, da Companhia City, seu vizinho. Implanta-se desse modo um eixo de caráter monumental. (Figura 5 O Traçado Básico do 2º Plano Diretor da CUASO 1945). É curioso notar que com as modificações que Figura 4 - Plano Diretor da CUASO

6 Organograma da Universidade de São Paulo Figura 5 O Traçado Básico do 2º Plano Diretor da CUASO CUORE, constituido pelo principal centro de vivência, ficando naquele Plano Diretor ao lado da FFCL considerada como a mais importante área do conhecimento, que é como pode ser entendido o papel a ela atribuido pelos fundadores da USP, mostra a importancia desse mesmo CUORE. Essa localização do CUORE como área de vivência entre os dois eixos principais de ordenamento do Campus mostra assim a importância que a ele se deu em Em 1962 as idéias modernistas de um urbanismo que se opõe aos grandes eixos barrocos e hausmanianos, levam a querer eliminá-los e isso é buscado pela eliminação dos aspectos monumentalistas ligados a esses dois eixos, mas, verifica-se que tirar-lhes à sua monumentalidade não significou eliminá-los. De certa forma o eixo que perdeu importância foi o ortogonal ao rio, agora uma única vía e a localização da FFCL que aí se encontrava é transferida para a lateral de uma avenida (a atual Luciano Gualberto) em uma organização linear a ela paralela, que os arquitetos que projetaram os diversos edifícios em que se desdobrou, fizeram questão de lembrar, constitue o que chamaram de Eixo das Humanas. Assim retorna-se a importância do eixo ortogonal mas em versão nova, na qual o desdobro da avenida larga, em duas avenidas paralelas, abre espaço para entre elas se localizarem as dependências amplas da Faculdade de Filosófia, Ciências e Letras - FFCL. O CUORE de vivência está inserido ao final da grande avenida de entrada, que é o principal eixo, paralelo ao rio, entre ela e as avenidas binárias. Esse Figura 6 - Plano Diretor da CUASO

7 Figura 7 - Plano Diretor da CUASO 1952 No PD de 1966 o eixo paralelo ao rio é retomado em sua importância estendendo-o de modo a adentrar a área do CUORE de vivência criando no seu interior como um grande bolsão e mantendo-se o Eixo das Humanas em seu paralelismo ao Rio Pinheiros ao longo da Avenida Luciano Gualberto, e o antigo eixo viário ortogonal é também mantido com a sua importância assegurada por ser a grande avenida perpendicular ao rio mais ou menos no centro da frente do campus para esse mesmo rio. No PD de 1971, na várzea, desenvolve-se um xadrez de um sistema viário como constituindo quadras menores com vias secundárias, mas uma segunda e uma terceira grande avenida são acrescentadas confundindo a leitura daquela que havia sido o principal eixo ordenador do campus, agora ainda presente mas sem destaque algum. Como não concordando com o desaparecimento desse eixo ordenador do conhecimento que era para ser o ensino e a pesquisa das ciências humanas, mantem-se a denominação para o seu conjunto de Eixo das Humanas subentendendo-se Eixo das Ciências Humanas ou das Humanidades, como preferem alguns. O PD de 1971 é o plano que vem sendo seguido e é esse plano que o PD de 2001, revê e atualiza. Vê-se assim que ao longo dos 10 planos diretores elaborados, ao lado das transformações ocorridas com relação a idéia de eixo ordenadores espaciais e do conhecimento, é definido ainda, como se vê pelos desenhos resumo dos partidos urbanisticos adotado, desde o PD de 1949, o posicionamento da F.F.C.L.. Figura 8 - Plano Diretor da CUASO 1954 A sua importância simbólica é assegurada nesse plano por seu posicionamento ao final do eixo de nível 2, perpendicular ao rio Pinheiros, entendendo-se que no Plano de 1945 a importância maior estava nesse eixo perpendicular ao rio. Invertia-se assim de 1945 para 1949 a importância dos eixos e desde então o eixo paralelo ao rio tornou-se o mais importante. No Plano de 1952 é mantida a posição da F.F.C.L. no final do eixo perpendicular ao rio. Da mesma forma no Plano de No de 1956, como já afirmado, esse eixo é desdobrado em 2 paralelos, e a F.F.C.L. é inserida entre os dois. Deixa assim de existir a monumentalidade tradicional de um edifício situar-se ao final de um eixo viário com a perspectiva que essa situação espacial propicia. A importância passa a ser mais indireta quanto as linhas visuais que com o binário viário são criados mas, em compensação, o posicionamento da F.F.C.L. ganha em centralidade na várzea plana relativamente ao mais importante eixo ordenador, embora atrás do CUORE. Antes, no plano diretor de 1952 e no de 1954 a posição da F.F.C.L. era mais central em relação ao conjunto da área do Campus e articulada tal como um foco de giração em relação as áreas biológicas e as tecnológicas da engenharia, o Instituto de Eletrotécnica e a Física. É na passagem do Plano de 1954 para o de 1962 que vae se desenvolver o Eixo das Humanas, com a denominação de área das ciências políticas e sociais. E 7

8 de se ressaltar que de um conceito de Pólo de Giração passa-se ao de Eixo, que tem o duplo sentido de criação de simetrias espaciais no seu entorno como o de organizador de áreas de conhecimento articuladas entre si Doutrinas Economicas, secção de Filosofia Política; João Batista Vilanova Artigas para o Edifício da FAU para um maior entrelaçamento de seus cursos criar uma rua de convivência, estendida desde o atual edificio de História e Geografia até a Faculdade de Arquitetura, ( ) unidos espacialmente por páteos e terraços (O espaço da USP Presente e Futuro, USP, Prefeitura da Cidade Universitaria Armando Sales de Oliveira, opúsculo editado em comemoração do cinquetenário , p.50) O que antes era Pólo de certo modo centralizador, virou Eixo de articulação. É quando, também, se estabelesce o zoneamento que vem sendo obedecido, com a exceção das áreas da psicologia e das comunicações e artes, como mais adiante abordaremos. Figura 9 - Plano Diretor da CUASO 1956 A idéia de unidade que antes era garantida pela hegemonia suposta no proprio nome de Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, mostrando uma precedencia da Filosofia, esta como ordenadora maior dos conhecimentos, agora no seu desdobramento no que se refere às ciências humanas, visa-se buscar essa unidade mediante o conceito de instituições muito articuladas entre si por um eixo. Nos projetos de arquitetura os arquitetos encarregados dos projetos dos departamentos da FFCL enquanto Ciências Humanas e da FAU no inicio dos anos sessenta do século passado, buscou-se por uma bonita posição consensual dos seus autores, Eduardo Corona para os Departamentos de Historia e Geografia, Carlos Barjas Millan para o edificio da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Paulo Mendes da Rocha para o edifício do Departamento de Antropólogia e Sociologia, Cadeira de Econômia Política e História das. Figura 10 - Plano Diretor da CUASO

9 exceção mencionada da psicologia e comunicações) e a da centralidade da filosófia e das ciências humanas em relação ao conjunto das áreas de conhecimento e do posicionamento dos orgãos centrais do Campus em termos político-administrativos em posição central em relação aos dois eixos físicos ordenadores básicos. Figura 11 - Plano Diretor da CUASO 1966 É interessante observar também a inserção da área de economia e administração no Plano de 1971 na área da tecnologia que tinha centro na Escola Politécnica. Ela revela uma crescente relação entre essas duas áreas especialmente através do Departamento de Engenharia de Produção. Muito mais poderiamos acrescentar aprofundando tal modo de análise. Mas consideramos suficiente até onde chegamos para exemplificar um processo de escolhas de localização, no qual foram obedecidas algumas diretrizes básicas tais como a da contiguidade das áreas afins (com a Figura 12 - Plano Diretor da CUASO 1971 Por último nota-se que o acréscimo de áreas por desapropriação para além do espigão do campus por onde passava a antiga Estrada de Itú, até a nova Estrada de Itú, a atual avenida Corifeu de Azevedo Marques se deu em área previamente loteada em quadras e lotes, fato esse do qual poderemos tirar partido na integração do Campus com a cidade em seu entorno. 9

10 O Tecido Urbano nos Fundos da CUASO Essa área de expansão do Campus situada entre a estrada velha e a nova de Itú, abrangendo uma área que havia sido já loteada, levou a que em certas regiões, como a que abarca um pequeno vale, tivesse seu sistema viário desfeito e com isso desaparecesse algumas das quadras previstas no loteamento. Entre o HU Hospital Universitário e a Avenida Escola Politécnica ao longo da Av. Corifeu de Azevedo Marques, as quadras estão mantidas e denominadas por números como Q8, Q9 e Q10. Essa intromissão do tecido urbano de quadras típicas de um loteamento convencional está assim até agora mantida mas poderá ser eventualmente desfeita se razões houverem para isso. O que cabe assinalar é que a interface do Campus de sua área e dos lotes que dão frente para a Avenida Corifeu de Azevedo Marques se fez de modo a fazer assemelhar o tecido do campus com o da cidade em seu entorno. Desse fato poder-se-a tirar proveito prático e simbólico, se aí forem localizadas atividades para as quais essa interface fosse proveitosa. e um sistema viário orgânico nas colinas. Essa dualidade vae se constituir na idéia básica de todos os Planos Diretores daí por diante e do que prevalece até hoje que é o de (Figura 12 folha 7-A do Plano de Desenvolvimento Físico para a CUASO Documento Preliminar Nov/1998 e figura 13 folha 13 idem). A lógica da distribuição espacial das áreas de conhecimento e de decisão. Com uma lógica de ocupação retilinear e ortogonal foi ocupada a várzea, e podemos dizer que em coerência com a retificação do rio, como que afirmando a capacidade interventora da engenharia municipal. Essa lógica retilinear ortogonal vae aos poucos se afirmando de um Plano para outro, para essa área basicamente plana. Como se fora um prêmio a essa demonstração de capacidade urbanizadora, os seus dirigentes, ou seja, a reitoria e mais as áreas que comandaram essa operação urbana, foram instaladas nessa várzea seguindo essa linguagem da ortogonalidade. Essa ortogonalidade se podemos entender como expressadora do pensamento lógico formal dos engenheiros e até certo ponto de economistas, (ao menos dos neo-clássicos com sua intensa utilização das matemáticas) e que se constituiram nas principais áreas a se instalarem na várzea dominada, podemos dizer que essa ortogonalidade foi sendo crescentemente modificada pelas áreas humanas situadas em um eixo paralelo ao eixo organizador básico da várzea, mencionado, iniciando uma transição para as áreas biológicas. Estas, se mesclaram a natureza mais solta enquanto fauna, flora e topografia das colinas, expressando uma vontade, podemos supor de maior respeito e integração a mesma, próprias dessas disciplinas. As ciências humanas com seu eixo, são como uma grande charneira ou dobradiça entre as áreas biológicas e as exatas. Figura 13 A topografia básica e os eixos ordenadores. Esses fundos do campus estão aos poucos se transformando em nova frente de caracteristicas próprias, onde a interpenetração com a cidade do seu entorno é marcante. Apenas 3 quadras, ainda privadas, separam parcialmente o campus de um contacto pleno com a Av. Corifeu de Azevedo Marques. Assim ao longo dos planos diretores da CUASO transformações foram realizadas mas foi se consolidando a idéia de um tecido urbano constituido por um quadriculado de vias ortogonais na várzea 10

11 Figura 14 A charneira das humanas. As ciências matemáticas situadas na ponta do eixo das humanas, articulam todas as áreas e como alguns matemáticos filófosos ou filósofos matemáticos pretendem, articulam todos os saberes, (como com as mônadas de Leibniz). Figura 15 O foco articulador das matemáticas Desse modo as matemáticas podem ser percebidas como formando um foco de giração de todas as áreas, especialmente propiciando o desenvolvimento dos cálculos probabilísticos nos modelos explícitos da organização microcósmica na física, expandindo a mesma das certezas newtonianas para as incertezas da quântica. Esse avanço conceitual sobre as colinas, parte da engenharia e das tecnologias aplicadas (IPT) situadas na várzea, em arco, primeiro com o Instituto de Energia Atómica que se instala nas colinas em um de seus topos e depois com a expansão das demandas sociais dos usos pacíficos e militares da energia nuclear para a atual ocupação do IPEN e das dependências de pesquisa nuclear da Marinha, em seu interior. 11

12 com relação as questões da educação do espirito, mas também as das nossas porções corporais, juntas que estão no espaço do Campus. A grande importância conferida a raia olímpica na paisagem, como referencial, nos leva a pensar que se quiz, através dela, acentuar o ideal olímpico de mens sana in corpore sano e colocando-a paralela ao eixo ordenador e junto ao rio retificado, demonstrando também que esse ideal deveria ser alcançado através de um controle do homem, pela razão, da natureza circundante. É intrigante indagar o porque simbólico das penetrações de certas áreas nas macro-áreas mencionadas. Devemos buscar, nesse sentido, explicar a posição relativa das áreas das químicas, da geologia, da oceanografia, da psicologia, das comunicações, como das áreas de vivência, e de moradia. Assim as químicas avançam a partir das humanas na direção das bio-ciências ou podemos entender que dessas últimas fazem parte. O estatuto das químicas como parcela das ciências que investigam o nível molecular tanto dos seres vivos como dos materiais inertes, justificaria essa inserção. A geologia inserida em meio ao eixo das humanas como que quer expressar a necessidade de permanentemente lembrarmos que somos fruto, a sociedade humana, de uma muito longa historia (uma trés longue durée, parafraseando Braudel), na verdade longuíssima, a revelada pelos estudos geológicos, a mais longa vivida por esse planeta, desde a sua criação, a qual acabou gerando a história humana. Figura 16 - O avanço das exatas / probabilísticas / tecnológicas. Se de um lado a física newtoniana já subiu parcialmente as colinas com um seu aprofundamento conceitual e foi se tornando probabilística em sua compreensão do microcosmo, parece estar dando cada vez mais importância as questões relativas as origens e fins do universo, aproximando-se muitas vezes de concepções religiosas. Ao seu lado, as tecnologias, em um arco mais aberto e amplo fizeram um caminho correlato do IPT ao IPEN. A educação, missão principal da Universidade, como um todo, teria em suas dimensões e papéis específicos que estar junto ao eixo ordenador principal e do seu início. Estava inicialmente na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, no interior do eixo das humanas em papel de grande destaque, pois lhe cabia, segundo os fundadores da USP, um papel especial e básico. A essa Faculdade foi atribuido o principal papel na produção do conhecimento humanista. A sua saída para a posição atual terá um significado a ser buscado. No que se refere a Educação antes era vista como parte da Filosofia, Ciências e Letras. Sua autonomização em relação a essa área significou conferir-lhe maior importância? Se quis dar a ela um caracter mais importante porém mais instrumental? Parece ser o que ocorre e não apenas Pode assim essa inserção ser pensada como a lembrança permanente dessa dimensão extraordinária das idades da terra na conformação da história dos seres vivos estudados pelas bio-ciências e dentre eles os humanos e da sua história social. É um novo foco articulador do conhecimento e isso se expressa de forma forte, no que poderia parecer a primeira vista uma simples intromissão. Se entendemos a oceanografia não apenas como o estudo do uso útil dos mares para nós humanos mas como meio principal a dar a origem a vida, sua posição entre as bio-ciências, as físicas, e as ciências humanas está plenamente justificada por esse ângulo prático simbólico. Um caso interessante é o de indagarmos porque a psicologia e as comunicações estão onde estão, junto a Reitoria Velha nas proximidades, e ao lado das ciências exatas. Mero acaso? Como tudo parece até agora responder a necessidades de relações práticas de áreas afins que se busca integrar e de expressão simbólica dessas afinidades, tentemos imaginar razões para essas localizações que não sejam a da existencia de espaços vazios nem de uma ausência de definição clara de função. As comunicações quando se pretendem universalizantes a ponto dos meios de comunicação de uma forma crescente estarem sendo entendidos como a própria mensagem (na famosa frase de Mac Luhan, o 12

13 meio é a mensagem ), buscam ser um importante pólo transmissor da produção de conhecimento, ao menos no que se refere a comunicação de massa. Por isso nada melhor do que situarem-se junto ou no pólo central do Campus universitário, isto é, junto ao edifício da Reitoria Velha, onde ou próximo do qual se situam instituições centralizadoras dessa produção e simbolicamente está situado o poder político maior da universidade. Mais difícil se apresenta explicarmos o porque da localização da Psicologia. Deixadas aos psicologos (não os sociais evidentemente) tenderiam a situar fundamentalmente na psique dos decisores do momento dessa escolha as razões, subjetivas, que teriam levado a isso. Claro que tal afirmação encerra uma boutade de quem conhece essa área do conhecimento apenas superficialmente. Explicações de que teriam sido meras oportunidades ditadas por disponibilidades espaciais podem terem sido as causas imediatas de tal localização. Sua aceitação pelos psicólogos poderia ser derivada de seu autocentramento na busca mais de explicações individuais que sociais. Podem ter havido e ainda haver tensões internas a sua corporação sobre tal escolha. Mas pode-se levantar a hipótese que tal disposição física vae na direção de uma nova concepcão da interpenetração dos saberes, como afirmávamos no início dessa exposição. Será assim uma intromissão criadora. Que ocorre no campo do saber do psíquico, antes que nos demais, que, ousaríamos afirmar, por sua grande flexibilidade criativa, que pode ser entendida como a maior qualidade dos humanos. E sua inserção no campo das exatas, nestas incluidas as ciências econômicas e as da natureza, essas em sua formulação tecnológica ou das engenharias, poderá estar funcionando como uma provocacão criadora, pressionando-as a abandonar muitas certezas adquiridas. É de se registrar que as ciências econômicas parecem desde há muito terem percebido que sendo também parte das ciências humanas, não podem ter as certezas das ciências exatas e caminham por introduzir mais e mais no interior das suas concepções explicativas matematicizantes, o comportamento humano em sua dimensão até certo ponto contingente sujeito a leis próprias dos fatores sociais, como aliás desde há muito fez a economia política. A tentativa de uma interpretação inicial como a feita acima, é realizada com o objetivo de contribuir para a compreensão das razões da atual organização do campus, enquanto partido urbanístico, que é como nós arquitetos e urbanistas designamos sua orientação geral. O debate que tal interpretação ensejar, que como uma primeira versão aqui apresentamos como um simples ensaio, contribuirá certamente para o seu aperfeiçoamento, correção ou até sua rejeição. Mais e mais nós arquitetos e urbanistas de nossa Universidade de São Paulo nos preocupamos com as questões simbólicas além das funcionais como colocadas pelo modernismo. De há muito superamos a visão que hoje vemos como simplista da Carta de Atenas, em que a cidade se resume nas atividades de trabalhar, habitar, circular e de lazer, e para um ser humano médio e por isso abstrato. O conflito de interesses entre os vários agrupamentos ou classes sociais em torno de apropriação da riqueza material e da cultural, é um veio explicativo importante sobre o qual devemos nos debruçar para fundamentarmos o nosso projeto de sociedade com suas versões funcionais em suas dimensões técnicas e espaço-simbólicas. Se as interpretações acima esboçadas, e enfatizamos, em uma primeira versão, contribuem para uma compreensão da organização macro do zoneamento básico da CUASO, ela não é suficiente para compreendermos plenamente o tecido urbano que o organiza. A utilização da palavra tecido urbano aqui está realizada de um modo pouco comum. A expressão tecido urbano tem sido aplicada mais a organização do espaço das cidades, incluindo o modo espacial pelo qual se dá o entrelaçamento entre atividades públicas e privadas, estas no geral internalizadas em edifícios, entrelaçamento que se dá principalmente através do espaço das vias, praças e parques públicos em todas as suas modalidades. Cada forma física peculiar de organização dessas relações sociais corresponde a um determinado tipo de tecido urbano. Ao conjunto de tipos de tecido urbano denominamos de tipólogia. Questiona-se crescentemente esse funcionalismo estrito pois, a história nos mostra, que ao longo dos séculos castelos se transformam em centros culturais, conventos em universidades, e assim por diante. Entendemos assim, que a adaptabilidade de um edifício é uma qualidade a ser considerada, como muito bem nos mostraram Muratori, desde Veneza e Rossi, desde Florença, aliás, avaliando a evolução histórica e com espaços de altissima qualidade urbanistica e arquitetonica, dessas cidades onde vivem, e que passam com o seu uso transformado, de uma geração a outra. A cidade universitária é uma cidade? Estendemos essa conceituação ao tecido interno da CUASO, não simplesmente porque denominamos esse campus de Cidade Universitária. Poderiamos entender que se essa denominação existe é porque parece que queremos ser uma cidade integral (mas não o somos). A sua localização em um arrebalde rural, justificava em seu início, tal busca de autonomização enquanto serviços de apoio. Mas, e agora? O que verdadeiramente somos é uma entidade pública em sua plena acepção, pois é também pertencente a esfera do poder público e por isso, não só as vias, praças e parques são públicos, mas inclusive as 13

14 edificações e as atividades que nelas se efetivam. Nos faltariam atividades e edifícios plenamente privados se eles não existissem no Campus, mas tais atividades existem e até crescem em número e importância a ponto de muitos indagarem se tal aumento não põe em risco o caráter público da USP. Chamar de Cidade Universitária o nosso Campus parece corresponder a um modo de entender-se o que é ser cidade. Em nossa lingua portuguesa, como a utilizamos no Brasil, ir a cidade quer dizer muitas vezes ir ao seu centro, no geral seu centro principal que é quase sempre o histórico. Visto assim o significado da palavra cidade, ela encerra um valor social de importância, qual seja a valorização do que se pode dar em seu centro, que, em última instância é um espaço especial de relações sociais, as vezes intensas, não só pela frequência e variedade multi-cultural, como pela importância das decisões que aí se tomam, como ainda pela importância cultural das ofertas de oportunidades de encontro que propicia, não apenas nas ruas e praças, mas no interior da enorme variedade de instituições que abriga. A Cidade Universitária parece de algum modo querer reproduzir em seu microcosmo essas relações sociais especiais, dessa centralidade maior que ocorre em seu ápice, nos centros urbanos históricos não decaídos. Essa interpretação levanta a problemática da inserção da cidade universitária na cidade. Se na sua implantação inicial essa inserção era periférica ao núcleo urbano, com o gigantesco crescimento da metrópole paulistana, tornou-se parte do centro expandido. Se entendermos que as centralidades metropolitanas devam evoluir no sentido de criarmos as condições especiais para que tais centralidades possam possuir em sua plenitude e que essas centralidades devam oferecer suas qualidades não apenas no centro histórico, e mesmo que considerado em sua dimensão expandida, mas serem estendidas essas qualidades até a sua periferia, oferecendo aos seus habitantes, melhores oportunidades de usufruí-las, poderemos por exemplo, optar pela tese que defendemos dos Corredores Metropolitanos, Tese de Doutoramento defendida e aprovada em 1973, FAU USP, (Figura 17- Uma Nova São Paulo e Figura 18- A saída para metropole está nos rios), que busca implantar centralidades de alto nível, ao longo dos rios e ao longo das ferrovias que lhes correm em paralelo, transformadas em metrô de superfície, em que as altas densidades que a capacidade desses sistemas de transporte de massa de alta capacidade de suporte, de baixíssimo custo de implantação, podem oferecer, criam as condições espaciais propiciadoras de uma muito alta possibilidade de intercambio sociocultural. Ou, dito de outro modo, de uma conectividade urbana do mais alto grau. A Cidade Universitária situada em local de grande potencial para essa inserção estratégica no desenvolvimento metropolitano pode, retomar aos poucos uma centralidade na cidade a qual parecia haver renunciado no seu início, ao querer se substituir à cidade, pois pelo menos quis ser uma cidade dentro da cidade. Mas vemos hoje, e seu nome não nos deixa esquecer, que pode ser cidade, no sentido de centralidade da alta qualidade. Ou dito de outra maneira, um espaço em que a conectividade entre as áreas afins vá sendo ampliada, propiciada até estimulada, mas de nenhum modo garantida pela simples organização espacial. Figura 18 A Saída para a Metrôpole está nos Rios Figura 17 Uma Nova Snao Paulo 14

15 Quais são os tipos de tecido encontrados na CUASO? Basicamente temos 4 tipos de tecido que de certa forma já foram anunciados embora de modo incompleto: 1) o ortogonal cerrado, 2) o solto na natureza mas que está preservado em suas características originais, 3) um de transição em que um certo ortogonalismo microespacial de um pequeno conjunto de edifícios é quebrado por um não ortogonalismo entre esses pequenos conjuntos mesmo quando esses pequenos conjuntos de edifícios são pertencentes a uma mesma instituição e entre eles exista uma relativa penetração de uma natureza mais natural, menos modificada pelo ser humano e 4) Ortogonal organizado segundo eixos ordenadores. Figura 19 O tecido ortogonal cerrado Figura 20 O tecido solto na natureza 15

16 Figura 21 O tecido solto com micro-ortogonalidades em seu interior. Figura 22 Ortogonal Organizado Segundo Eixos Ordenadores 16

17 Sabemos que o sistema de acesso interno ao Campus pode ser por veículo individual, coletivo ou a pé, a partir de um sistema mais amplo de transporte, que envolve e penetra o Campus. No caso da CUASO temos que, a semelhança do que ocorre com a cidade de São Paulo que o engloba, o sistema principal hoje é o transporte individual, embora não há muito tempo atrás, fosse o transporte coletivo sobre pneus: o ônibus. De qualquer modo o sistema dominante sempre dependeu de pneus e veículos automotores e o que está ocorrendo é uma gradativa porém cada vez mais rápida passagem do sistema ônibus para o automóvel. Com essa transformação está se transformando o partido básico desenhado para a área de cada instituição. O que se desenhou primeiro foi o que podemos denominar de bolsão. Apenas no plano de 1945 o sistema viário projetado dividia a parte plana do Campus, em uma retícula de pequenas quadras. Logo esse partido foi abandonado em benefício de grandes quadras e glebas, que é o que estamos chamando de bolsões. Figura 23 Os tipos de bolsões. 17

18 Com a preferência crescente pelo uso do automóvel, o espaço viário foi sofrendo transformações ditadas não apenas por necessidades internas de circulação no Campus, como pela necessidade de serem criados mais acessos aos mesmos, o que por sua vez gerou um tráfego de passagem por pessoas que não tem sua necessidade de deslocamento gerados por atividades na CUASO. Passou o sistema viário do Campus a se transformar em um corta caminho bonito e agradável aos usuários principalmente da cada vez mais congestionada Av. Corifeu de Azevedo Marques. O interessante é percebermos como o sistema viário previsto de abundante que era inicialmente foi sendo minimizado até 1966, quando se retoma uma sua ampliação crescente até os dias de hoje. Razões de uma necessidade de economia de investimentos e custeio podem ter ditado a redução e as necessidades crescentes de circulação de automóvel ampliações recentes crescentes de espaço viário, especialmente de estacionamento. Hoje pode ser esquematizado no desenho acima o sistema viário e de bolsões por ele criado. 1 Entrada Principal 2 Entrada pela Av. Corifeu de Azevedo Marques 3 entrada pela Av. Escola Politécnica 4 Nova ligação estrutural interna Em relação a cidade de São Paulo a CUASO é um enorme bolsão de 364 hectares. Nascido basicamente fechado, pois aberto e ligado à cidade apenas por uma porta, foi aos poucos se abrindo não tanto por vontade própria, poderiamos dizer, mas por necessidade de se relacionar com uma organização da cidade a sua volta, cada vez mais difícil de se comunicar fisicamente, exigindo novas aberturas. Foi através delas que a cidade foi penetrando e de forma cada vez mais perturbadora, a medida em que um caos crescente foi se instituindo na cidade a sua volta, especialmente pelas dificuldades crescentes de circulação e pela ausência crescente, per capita, de áreas verdes e de lazer, e até de espaços para moradia para populações de mais baixa renda. Com isso a manutenção de um ambiente adequado ao ensino, a pesquisa e a prestação de serviços a comunidade, foi e vae se tornando mais difícil. Esses três tipos de bolsão mencionados estão sofrendo uma pressão para que sejam implantados dentro ou fora de si áreas próprias de estacionamento. Assim nos 3 tipos, o distanciamento ou recuo das edificações em relação a via de acesso estão sendo ocupados mais e mais como pátios de estacionamento. Naqueles tipos em que a disposição dos edifícios deixava um certo espaçamento entre eles, também a demanda por mais espaço para automóveis vae preenchendo esses vãos com áreas pavimentadas de estacionamento. Outra demanda se junta a essa ultimamente. A insegurança da caminhada até o estacionamento, em muitos casos está pressionando para uma internalização desses espaços, para os aproximarem da localização dos locais de trabalho. Figura 24 O traçado viário básico hoje dominante. Esse processo parece estar ocorrendo nos bolsões de tipo 1 mais que no tipo 2. Nos dos de tipo 3 parece também ocorrer o processo de colmatação dos espaços verdes naturais pelos geometrizados dos estacionamentos, embora estes podem e devem a nosso ver serem cobertos por árvores e terem pisos permeáveis até com pisos duros mesclados nas juntas, ou em orifícios para isso deixados, de gramineas ou outros vegetais apropriados. 18

19 No interior do Campus a relativa autonomia historicamente constituida de algumas instituições gerou macro bolsões como o do IPEN e no seu interior um, um pouco menor, o da Marinha. O IPT ao se desligar da USP também buscou certo isolamento espacial. O Instituto Butantã, herdeiro da velha fazenda, também mantém-se em relativa separação e até as suas matas se separam das matas em recuperação da CUASO. Razões de segurança no que se refere ao perigo de contaminação por radiação nuclear, assim como da manutenção de informações não divulgáveis de descobertas tecnológicas de valor industrial ou militar, explicam e justificam o isolamento de algumas dessas instituições e de suas instalações físicas. Desse modo a integração desejada do conhecimento muitas vezes dependerá de autorizações especiais para que se torne possivel, mas esta deverá ser, a nosso ver a exceção e não a regra. Assim considerando, a direção da USP e do IPEN assim como da Marinha, vêm se reunindo para produzir as regras dessa maior integração que poderá levar a eliminação da cerca genérica em torno do macro bolsão do IPEN e não do entorno das instituições que a exijam no resguardo de informações estratégicas. Figura 25 A gradativa invasão dos estacionamentos de automóveis. Nos tecidos urbanos de escala macro espacial como vimos, foram aproximadas por justaposição, as áreas afins em um esquema rico de possibilidades, buscando articular inteligentemente as faculdades e departamentos nascidos autônomos e muitos com tendências a se subdividirem em novas instituições por sua vez autônomas. No tecido de escala micro espacial dos bolsões, vemos a onda de veículos que se espraia e se recolhe todos os dias, deixando uma área árida dos pisos pavimentados, produzindo um espaço não prazeiroso (por isso as preferimos como áreas verdes), ao produzir esse espaço anódino dos estacionamentos, um lago de carros parados, que gera barreiras aos buscados encontros interpessoais possivelmente interdisciplinares. Para definirmos diretrizes específicas quanto ao tecido ao nível da sua micro escala espacial devemos ainda desenvolver estudos adicionais, que inclusive considerem a necessária definição da ampliação quantitativa de atividades, professores, pesquisadores, estudantes e funcionários. Esses espaços não propiciam relacionamentos a menos para os que furtivamente queiram se aproveitar dessa desolada paisagem, mas o que não será decorrente da iniciativa de muitos. Desse modo esses lagos de automóveis tendem a se unir em lagos maiores, indo na direção oposta a desejada de criarmos espaços mutuamente atrativos interunidos. Ao lado da tendência acima e derivada em parte de uma tradição de autonomia e de outra parte de uma insegurança ainda crescente, as unidades constróem muitas vezes cêrcas e muros, obrigando a enormes voltas para se ir de uma a outra. 19

20 Diretrizes urbanisticas para a macro-escala espacial da CUASO. Os Eixos Ordenadores Básicos da CUASO eixo de pedestres tangente ao edifício da Reitoria Velha junto ao qual propõe-se seja implantado um Centro de Vivências, uma Livraria e uma Biblioteca Central. Esse novo eixo de pedestres é perpendicular a outro, que por sua vez entrelaça a Reitoria Nova, o Centro de Vivência que inclue restaurantes, lojas e serviços de conveniência já existentes assim como o MAC Museu de Arte Contemporânea que formam um expressivo conjunto, atravessando a Praça do Relógio, penetrando sob o edifício da Reitoria Velha através da Livraria Central o qual se entrelaça ao Edifício antigo da Reitoria, com proposta de projeto oportuno do arquiteto Paulo Bruna, e que tem continuidade indo além do edifício da ECA passando por detraz dos edifícios da FEA até chegar no entremeio dos edifícios da Escola Politécnica. Figura 26 A nova entrada para a CUASO prevista no seu Plano Diretor 2001 encontra-se estratégicamente situada junto a uma nova estação na linha 7 do metrô de superficie sendo implantado onde antes corriam trens de subúrbio, entre a Av. Nações Unidas (Marginal direita do Rio Pinheiros) e o leito desse rio. Esta estação situada em frente a Praça do Relógio, a praça-parque de 300 por 600m que pelo Plano Diretor é considerada um espaço de convergência de todo o Plano, mais ainda do que já o é, dará origem a uma passarela sobre o Rio, a Raia Olímpica a Avenida Professor Melo de Moraes e as avenidas Marginais do Rio Pinheiros de modo a interligar esta estação a CUASO, bem no centro daquela raia e coincidindo com Figura 27 Eixos Ordenadores Básicos 20

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