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1 Jewish-Christian Relations Insights and Issues in the ongoing Jewish-Christian Dialogue Alfred Muller O Fim Possível das Relações Tensas entre Judeus e Cristãos Alfred Muller Resenha de Moshe Aumann, Conflito e Conexão: O Triângulo Judaico-Cristão-Israel, Nova York/Jerusalém, Gefen Publishing House, 2003, 292 pp. Em 1987, logo depois de ter chegado à embaixada israelense em Washington, Moshe Aumann foi profundamente impressionado por um documento da Igreja Presbiteriana. O documento tratou das relações com o povo judaico. Era um documento honesto, disse. Atracou-se com assuntos muito sensíveis. Desde então, tinha um interesse especial em documentos eclesiais que tratassem de relações judaicas-cristãs. Quando ouvia de novas publicações e não as conseguiu automaticamente, procurava por elas. Continuava sua procura por declaração de Igreja em livrarias. Vi muitos documentos desde então, mas sempre volto a este, diz o diplomata, agora aposentado. No documento, os líderes presbiterianos declararam que os judeus e os cristãos veneram o mesmo Deus; que os cristãos não substituíram os judeus como o Povo da Aliança, que a Igreja está culpada de abusar os judeus e que Deus prometeu aos judeus uma terra. Servia na Embaixada de Israel em Washington como Cônsul Geral para os estados atlânticos centrais e como ministro-conselheiro para relações com as Igrejas. Tinha de explicar as posições israelenses aos cristãos nos Estados Unidos, via das suas Igrejas, colégios bíblicos e seminários. Ao mesmo tempo, monitorava o que estava acontecendo entre os cristãos. Depois do seu retorno a Jerusalém em 1990, mantinha o interesse nas relações judaicas-cristãs. Chegou a ser editor chefe da revista Christians and Israel [Cristãos e Israel], publicação da Association for Christians and Jews em Israel. Recentemente, compilou declarações eclesiais importantes, comentando sobre eles no seu livro Conflict and Conection, the Jewish-Christian-Israel Triangle [Conflito e Conexão, o Triângulo Judaico-Cristão-Israel], publicado por Gafen Publishing House em Jerusalém e Nova York. Dois milênios de estrangulamento e hostilidade, rancor e ódio, perseguição, conflito e porfia podem ter chegado finalmente a um fim, escreve no epílogo. A nossa geração está testemunhando uma maré crescente de pensamento novo e fala nova na Cristandade. Os dois fatores que perfizeram a mudança eram o Holocausto e o estabelecimento do estado de Israel em O renascimento de Israel, o retorno massivo de judeus ao seu lar antigo, não era compatível com a teologia cristã dos últimos 2000 anos. Na visão de Aumann, os cristãos encararam uma escolha: ou revidar a sua teologia ou se rebelar contra todo esse desenvolvimento. O renascimento de Israel, o retorno massivo de judeus ao seu lar antigo e o estabelecimento dum próspero estado não era compatível com a teologia cristã dos últimos 2000 anos. Na visão de Aumann, os cristãos enfrentavam uma escolha: ou revidar a sua teologia ou se rebelar contra todo esse 1 / 5

2 desenvolvimento. Reuniões A maioria dos documentos mencionada no seu livro foi publicada depois do Holocausto, com a declaração das Assembléias de Deus em 1927 como exceção. As Assembléias de Deus falaram mais que 20 anos antes do estabelecimento do estado judaico sobre a salvação do Israel nacional. Em 1945, as Assembléias condenaram o anti-semitismo, desaprovando ministros que se identificavam com aqueles que estavam engajados no anti-semitismo. A razão principal por que nenhum cristão deve ser anti-semita é que o nosso Salvador era judeu, o documento notou. O livro de Aumann inclui também excertos do escrever anti-semítico de Lutero Sobre os Judeus e as suas Mentiras (1543). As declarações de Lutero estão sendo contrastadas com uma declaração da Sétima Convenção Geral da Igreja Luterana Americana no outubro de Os luteranos americanos dizem nela que nenhum cristão se pode isentar do envolvimento na culpa da Cristandade. Mas os luteranos carregam responsabilidade especial da história trágica de perseguição, porque o movimento nazista encontro um clima de ódio já existente. Interesse As declarações eclesiais apareceram num tempo em que os contatos judaicos-cristãos aumentaram. Ocorreu, no entanto, uma assimetria: os cristãos estavam mais interessados no diálogo que os judeus. Os cristãos gostariam começar um diálogo teológico também, enquanto os judeus mostram pouco interesse em pontos de vista teológicos dos cristãos. Quase todos os judeus que participam do diálogo com cristãos são seculares, da Reforma ou Conservativos. Os judeus Ortodoxos estavam dificilmente dispostos a se juntarem ao diálogo. Aumann assume que isso é por causa de longos séculos de perseguição por cristãos. Esses causaram sentimentos de ira e suspeito. Além disso, muitos acham que o diálogo seja mais uma tentativa para proselitizar. No entanto, há algumas exceções. O falecido rábi e cientista, Joseph Soloveitchik, aprovou o diálogo judaico-cristão enquanto este tratar de assuntos sociais e humanitários. Tópicos religiosos ou teológicos não estariam a serem tocados. Outra exceção é o rábi Yechiel Eckstein, o fundador de The International Fellowship of Christians and Jews. A sua organização canaliza apoio cristão americano para Israel. O autor diz que a atitude dos cristãos ao povo judaico varia. Igrejas Ortodoxas começaram, em 1972, mostrar interesse no diálogo com os judeus. Os cristos ortodoxos não tinham o mesmo montante de sentimentos de culpa sobre o Holocausto que os seus crentes companheiros ocidentais. Ao contrário, viram-se como vítimas do regime nazista também. No entanto, no outubro de 1997, o Patriarca Ecumênico Ortodoxo Oriental, Bartholomew, quando visitou o Museu Memorial do Holocausto em Washington, denunciou vigorosamente o antisemitismo. Descreveu o Estado de Israel como garantidor da sobrevivência do povo judaico. Nostra Aetate O primeiro documento importante era Nostra Aetate do Vaticano (1965). Foi a primeira vez que qualquer Igreja Cristã maior declarou que os judeus do tempo de Jesus não pudessem ser considerados coletivamente culpáveis por Sua morte, declara Aumann. Certamente, nem gerações posteriores. A maioria das perseguições nos últimos 2000 anos se baseavam no contrário dessa 2 / 5

3 tese. Em 1974, outro documento católico importante apareceu, as mais detalhadas Guias. As Guias instruíam ministros e professores como aplicar a mensagem de Nostra Aetate pelas suas instituições educacionais, livros de texto e a media. A próxima declaração Notas, de 1985, trata do modo concreto de apresentar os judeus e o Judaísmo na pregação e na catequese. Esse documento menciona o Estado de Israel pela primeira vez. Era um ponto real de transição. A atitude de todas as Igrejas estava ainda reservada a respeito de Israel. No entanto, nem todas as áreas conturbadas foram superadas, Aumann declara. A intenção do Vaticano de canonizar o papa Pio XII (Eugenio Pacelli), apesar do seu papel na Segunda Guerra Mundial, causou protestos judaicos. Faz anos que o Comitê Judaico Internacional para Consultas Interreligiosas (IJCIC) apelava ao Vaticano para permitir a cientistas judaicos o acesso aos arquivos vaticanos. Em dezembro de 1999, um time de três católicos e três historiadores judaicos começou finalmente a sua pesquisa. No entanto, em julho de 2001, o time anunciou que iria suspender o seu trabalho, devido ao acesso insuficiente aos arquivos. O Estado de Israel A conclusão de Aumann parece no subtítulo do livro. Os três componentes - Judaísmo, Cristandade e o Estado de Israel - deveriam andar juntos. O reconhecimento do Judaísmo deve levar ao reconhecimento das aspirações nacionais do povo judaico. O que encontrei mais interessante para ver no desenvolvimento é que a atitude duma dada Igreja ao povo judaico e à religião judaica nem sempre se refletia na sua atitude referente ao Estado de Israel, disse o diplomata. O documento da Igreja Presbiteriana de 1987, por exemplo, mostra mudança maior de atitude ao povo judaico, mas não ao estado judaico. O documento declara: Como Cristãos Reformados, em todo o caso, cremos que nenhum governo em qualquer tempo possa ser expressão plena da vontade de Deus. Todos, inclusive o Estado de Israel, estão responsáveis para Deus. O Estado de Israel é entidade geopolítica, não sendo validado teologicamente. Os presbiterianos se referem aos profetas hebraicos, os quais disseram ao seu povo que aqueles na posse de terra têm responsabilidade e obrigação a respeito dos desvantajosos, dos opressos e dos estrangeiros nas suas portas. A justiça de Deus, diferente da nossa, está consistentemente a favor dos sem poder. A atitude negativa a respeito das políticas israelenses pode ser encontrada na declaração do Conselho Mundial de Igrejas do setembro de A resolução de uma página fala seis vezes sobre a ocupação ilegal da Palestina (ou variações do tema), Aumann nota. Em lugar nenhum as ataques do terror brutal a israelenses estão sendo mencionados. A resolução urge os fiéis a orarem pelos palestinenses, mas não vê necessidade de fazer isso pelos israelenses. As Igrejas Evangélicas Um montante de apoio a Israel pode ser encontrado nas Igrejas Evangélicas. O apoio tem o potencial de afetar relações internacionais. Os Estados Unidos da América são o aliado mais importante de Israel no mundo. Nos Estados, há muitos cristãos evangélicos que rejeitam um Estado Palestino e o Mapa do Curso. Crêem que Israel tem qualquer direito de estar em Judéia e Samaria, e que os assentamentos 3 / 5

4 Christians judaicos naquela área não deviam ser desmontados. Mas o nosso apoio para nós pode ir somente até que nós mesmos queiramos ir a Jerusalém, Aumann disse. Se o nosso primeiro ministro e o nosso governo votarem a favor do Mapa de Curso, não podem fazer coisa alguma a respeito. Muitas pessoas, tanto cristãs como judaicas, não percebem a mudança de atitude. O quê pode ser a razão? Em geral, não havia muita publicidade. As pessoas não estão interessadas em assuntos religiosos. No mundo cristão, essas mudanças estão tomando lugar principalmente nos níveis mais altos das Igrejas. No nosso diálogo com cristãos urgimos que desacelerem esse processo um pouco, para que as pessoas possam chegar a perceber aquilo que se está passando. No lado judaico há outro fator. Existe espécie de resistência a qualquer notícia de boa vinda do lado cristão. O relato de relações judaicas-cristãs é, para o pôr suavemente, não um alegre. É relato de perseguição, discriminação, opressão, matança, conversões forçadas. Isso pesa muito pesado na psique judaica. Não está sendo erradicado facilmente. Não estou pedindo por um julgamento. Não estou pedindo aos meus companheiros judeus que digam: qualquer coisa é maravilhosa e tudo perdoado agora que a Igreja está fazendo alguma coisa boa, trabalhando em direção de reconciliação. Mas estou trabalhando duro para convencer os meus companheiros judaicos que algo de bom está acontecendo. Que devemos responder a isso. Primeiro de tudo gostaria ver um reconhecimento de que mudança está tomando lugar. Tal reconhecimento encorajaria as Igrejas para continuar o processo. Fonte Israel & Christians Today Autumn Alfred Muller é jornalista independente, vivendo em Jerusalém. Este livro está disponível por e o número ISBN é Tradução Pedro von Werden SJ. Texto inglês: Possible End to Strained Relations Between Jews and 4 / 5

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