EQUAÇÕES PREDITIVAS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO EM HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EQUAÇÕES PREDITIVAS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO EM HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL"

Transcrição

1 I CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO julho 2004, São Paulo. ISBN EQUAÇÕES PREDITIVAS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO EM HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL RESUMO Leandro Carlos Fernandes (1); Eduardo Leite Krüger (2) (1) Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia (PPGTE) Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná - CEFET-PR fernandes@ppgte.cefetpr.br (2)Eng. Civil, Doutor em Arquitetura, Prof. Programa de Pós-Graduação em Tecnologia / Departamento de Construção Civil Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná - CEFET-PR krueger@ppgte.cefetpr.br Este trabalho tem por objetivo divulgar e estender a aplicação do método das equações preditivas na análise do desempenho térmico de edificações de interesse social. Baseadas apenas nas temperaturas, externas e internas, e não em coeficientes de transmissão de calor, as equações são uma alternativa à grande parte da produção científica na área, que insere grande quantidade de dados na análise, tornando-a complexa, por isso necessariamente feita por meio de softwares. Através de dados de temperatura interna e externa de uma habitação, utilizando a ferramenta estatística análise de regressão, é possível criar equações capazes de predizer com precisão sua temperatura mínima, média e máxima para dias específicos do ano. Permitindo, ainda, simulação do comportamento térmico de uma edificação em clima diferente daquele em que o protótipo estiver implantado. No Brasil, país de grande extensão territorial, diversidade climática e razoável disponibilidade de tipologias construtivas, as equações podem ser de grande utilidade, especialmente para projetos de Habitações de Interesse Social, permitindo a especificação de tipologias que apresentem melhor desempenho térmico para a região climática de interesse. Dessa forma, fortalecendo a consistência do indicador conforto térmico entre os demais (custo financeiro, custo energético, geração de emprego...) levados em consideração por quem define a tipologia construtiva a ser adotada. Neste artigo, descreve-se o método para obtenção das equações preditivas, desenvolvidas para a Vila Tecnológica de Curitiba, ampliandose sua aplicação (até então testada apenas para 4 tipologias construtivas da Vila Tecnológica) para mais 15 tipologias e verificando-se a precisão dos resultados através do índice e do erro médio encontrado. Os dados utilizados foram colhidos em dois períodos de 2000/2001 (inverno e verão) através de dataloggers instalados em unidades da Vila Tecnológica de Curitiba. Palavras chave: equações preditivas, conforto térmico, habitação de interesse social 1. INTRODUÇÃO O território brasileiro caracteriza-se pela diversidade climática de suas regiões. Diversidade refletida nas tipologias construtivas da arquitetura vernacular, que adaptou as construções, por meio de materiais e técnicas regionais, às restritas condições exigidas para o conforto térmico dos usuários. Quanto ao corpo humano, pode-se dizer que quando as trocas de calor entre o corpo humano ocorrem sem maior esforço, a sensação do indivíduo é de conforto térmico e sua capacidade de trabalho (...) é máxima. Se as condições térmicas ambientais causam sensação de frio ou de calor, é porque nosso organismo está perdendo mais ou menos calor que o necessário... (FROTA e SCHIFFER, 2001). Em se tratando de Habitações de Interesse Social, espera-se, por caracterizarem formas de intervenção planejadas, implantadas por técnicos habilitados, desempenho elevado em relação ao conforto térmico, no mínimo comparável ao de construções da arquitetura regional. O que possivelmente deveria resultar numa diversidade de tipologias construtivas, frente à diversidade climática nacional.

2 No plano acadêmico, é grande o esforço na pesquisa do desempenho térmico de tipologias construtivas. Uma das correntes, nesse sentido, tem contribuído visando à predição da temperatura interna das edificações em climas diversos usando o método estatístico análise de regressão, que expressa a relação entre as variáveis temperatura externa ao ambiente construído (independente) e temperatura interna (dependente) por meio de equações, chamadas equações preditivas (GIVONI, 1999). Baseadas apenas nas temperaturas externas e internas e não em coeficientes de transmissão de calor, as equações são uma alternativa à maioria da produção científica na área, que insere grande quantidade de dados na análise. Os modelos matemáticos generalizados para a predição de temperaturas internas para uma dada construção têm levado em conta dois tipos de dados: de um lado as condições climáticas a que a edificação está exposta, por outro lado as propriedades térmicas da construção, tornando-os complexos, por isso realizados por meio de softwares. Neste trabalho, buscou-se ampliar o conhecimento a respeito das equações, aplicando-as a um grande número de edificações, analisar a confiabilidade de seus resultados e investigar os motivos de seus erros percentuais e variações do índice por meio de correlação com propriedades térmicas das edificações, índices de desempenho e características de sua ocupação e ventilação. 1.1 Objetivos a longo prazo Um dos objetivos finais das pesquisas que precederam este artigo, e das que ainda estão por vir envolvendo equações preditivas de temperaturas ambientes é, através deste instrumento, a construção de um sistema que permita a correta especificação de materiais ou elementos construtivos em relação a características climáticas regionais. Com o produto final dessas pesquisas em mãos, pode-se corrigir os atuais códigos de obras municipais, adaptando-os às regiões que regulamentam; adequar sistemas regionais de financiamento para a habitação popular; regionalizar programas de habitação, possivelmente credenciando soluções arquitetônicas já sedimentadas no saber fazer popular. Isso poderá contribuir na estipulação de valores de transmitância térmica e atraso térmico, conforme a intenção projeto de Norma de Desempenho Térmico para o caso Brasileiro (RORIZ et al, 1999). Futuramente, quando as margens superiores e inferiores das zonas de conforto para dada região forem especificadas, poderá ser possível estimar o número de horas em que a utilização de aparelhos de condicionamento de ar serão necessários. 1.2 Habitação de Baixa Renda e Conforto Térmico Sendo a habitação uma questão nacional, muito se fez em sua função. Trata-se do motivo da existência de órgãos nacionais que, através de filiais em toda a federação, procuram agir de forma a diminuir o déficit habitacional, seja através de crédito ou da construção de vilas populares. Por decorrência da centralização das decisões, caiu-se na padronização das soluções, aplicando-se indiscriminadamente alguns sistemas construtivos em todas as diferentes regiões do país. Ou seja, construtivamente, adotou-se modelos nacionais de habitações. Considerando que à arquitetura cabe, tanto amenizar as sensações de desconforto impostas por climas muito rígidos, (...) como também propiciar ambientes que sejam, no mínimo, tão confortáveis quanto os espaços ao ar livre em climas amenos (FROTA e SCHIFFER, 2001, P. 53) e sendo o Brasil caracterizado regionalmente por diferenças climáticas, essa padronização constitui um erro. Por outro lado, desde 1973, vivemos a preocupação com a eficiência energética (DUMKE, 2002, p. 45) e adequação tecnológica: O que deve ser evitado, especialmente no mercado de casas construídas em massa, é o uso continuado de sistemas de produção de alta tecnologia e de materiais com muita necessidade de energia e baixa capacidade de economizá-la (CIB-AGENDA 21 apud DUMKE, 2002, p. 31).

3 2. EQUAÇÕES PREDITIVAS DE TEMPERATURA AMBIENTE - A APLICAÇÃO NO ESTUDO DO CONFORTO EM HABITAÇÕES 2.1 Origem da aplicação das Equações Preditivas em Edificações A idéia da aplicação de equações preditivas surgiu como continuidade de um estudo experimental, conduzido por um período de 2 anos, por Givoni (1999). Dados sobre o clima externo e medições horárias de temperatura interna foram coletados continuamente de duas construções-teste, com idênticos coeficientes de perda de calor mas com diferentes níveis de massa. As condições para teste (configurações) incluiram sombreamento e não-sombreamento de janelas, painéis pretos e brancos aplicados sobre as superfícies externas, e diferentes combinações de ventilação: edificação fechada continuamente, edificação fechada durante o dia e ventilada durante a noite, e janelas abertas dia e noite. A partir dos dados experimentais uma escolha de fórmulas foi desenvolvida, predizendo as temperaturas máximas e mínimas. Diferentes números de parâmetros climáticos foram considerados na derivação de cada escolha de fórmula preditiva. A concordância entre temperaturas computadas e medidas in loco, com os vários parâmetros climáticos usados na derivação, foi avaliada por correlação estatística. Parte da pesquisa foi relatada em um artigo concentrado na predição da temperatura máxima interna, que, em climas quentes, é o mais importante parâmetro na avaliação da performance térmica de uma dada edificação e do conforto humano no interior dessa edificação (GIVONI, 1999). Foi concluído que o mais importante parâmetro climático na predição da temperatura interna máxima, sob diferentes condições de sombra, ventilação e cores do envoltório, é a média das temperaturas externas diárias. Uma alta correlação foi demonstrada entre os dados medidos e as temperaturas internas máximas preditas. Surpreendentemente, foi demonstrado que adicionando os dados diários referentes à radiação solar não ocorre grande melhora no coeficiente de correlação da predição das temperaturas em relação às medidas. Esta conclusão é particularmente importante para a maioria dos países em desenvolvimento, onde dados climáticos podem ser limitados apenas às temperaturas. Isso demonstra que é possível estimar a performance esperada de edificações passivas em relação ao clima, baseando-se apenas nos dados médios das temperaturas diárias. A pesquisa de Givoni teve lugar em Pala, próximo de San Diego, Califórnia. Dados de duas edificações foram monitorados de julho de 1993 até dezembro de 1994: uma edificação com grande massa térmica e outra com baixa massa térmica. As duas construções tinham semelhantes coeficientes de perda de calor e idêntica cobertura plana, de aproximadamente 23m². Elas foram construídas em uma laje de concreto não isolada, e divididas em duas salas de tamanhos iguais, uma voltada para o Sul, outra para o Norte, com forro a 2,4m de altura. A área total de janelas de cada edificação é de aproximadamente 4,6m², dividida igualmente entre as paredes Leste, Oeste, Sul e Norte. As janelas ficaram sem nenhum sombreamento. A edificação de baixa massa térmica era de um processo construtivo convencional na Califórnia, a construção stud-wall, com as paredes internas em drywall de meia polegada. Com paredes externas isoladas com fibra-de-vidro, forro isolado com fibra-de-vidro no atiço. A edificação com alta massa tinha as paredes em concreto maciço, com 10 cm de espessura, isoladas externamente com uma espuma rígida e rebocadas. A superfície das paredes interagindo por convecção com o espaço interior, era de aproximadamente 65m². A fórmula, acreditava-se, possibilitava predizer a temperatura interna esperada apenas para construções com capacidade de aquecimento semelhante aos protótipos. Quanto aos aspectos climáticos, como o clima de Pala era muito variável durante o período de monitoramento, a fórmula é aplicável a uma grande faixa de condições climáticas. 2.2 Predição da performance térmica de residências ocupadas Nos protótipos não ocupados o pesquisador tem completo controle sobre as condições da edificação, quando as janelas são abertas ou fechadas, sombreadas ou não sombreadas etc. Ao longo de todo dia, ou durante um período experimental, as condições são constantes. A situação é muito diferente em casas ocupadas, onde os ocupantes têm completa liberdade para modificar as condições de acordo com as mudanças em suas necessidades e desejos. Interessava descobrir se fórmulas de semelhante formato podem ser desenvolvidas para o caso de residências ocupadas.

4 A oportunidade de testar esta idéia veio quando Francisco Vecchia iniciou o monitoramento de temperaturas internas de 2 habitações de baixo custo em Descalvado, Brazil. Duas séries de monitoramento de temperaturas internas casas foram conduzidas em setembro (2-11) e outubro (9-18) de Os dados medidos foram enviados para Givoni com a idéia de aplicá-los em análise similar a usada no desenvolvimento de fórmulas preditivas para habitações não ocupadas em Pala (GIVONI e VECCHIA, 2001). As casas eram destituídas de condicionamento de ar, de modo que as temperaturas internas respondiam diretamente as mudanças das condições climáticas externas. As duas casas eram de aproximadamente 50m², com dois quartos, sala de estar, cozinha e banheiro. Estruturalmente possuíam pisos de concreto, paredes também de concreto, com 15cm de espessura, forro de concreto e cobertura com telhas cerâmicas. Os dois proprietários eram casados, com dois filhos, uma menina e um menino, com menos de 10 anos de idade. Os dois maridos trabalham fora e ambas as esposas permanecem em casa durante o dia. As meninas vão à escola pela manhã e os meninos à tarde. Desta forma, ambas as residências permanecem abertas ao longo do dia. Concluiu-se que cada fórmula preditiva para as temperaturas internas máxima, média e mínima podia ser desenvolvida também para casas ocupadas por famílias levando suas vidas normalmente. Também, que cada construção específica possui propriedades térmicas próprias, de difícil conhecimento. Demonstrou-se que para uma edificação específica é possível predizer a temperatura interna com uma quantidade mínima de informações sobre o clima. De fato, apenas com base nas temperaturas médias diárias e na média diária da radiação solar, pareceu ser possível a predição completa das temperaturas internas diárias máxima, média e mínima. É interessante notar que, na pesquisa anterior (GIVONI, 1999) foi constatado que, quando uma edificação está sendo resfriada por ventilação noturna e ficou fechada durante o dia, em dias consecutivos, sua temperatura interna máxima pode ser predita com base apenas nas médias diárias da temperatura interna. 2.3 Uso da metodologia de equações preditivas na avaliação do Conforto Térmico em moradias da Vila Tecnológica de Curitiba e em um sistema construtivo alternativo A Vila Tecnológica de Curitiba Iniciativa da COHAB-CT (Companhia de Habitação Popular de Curitiba), a Vila Tecnológica de Curitiba constitui-se de dezenas de moradias unifamiliares de baixo custo (das quais 24 abertas para a visitação pública), construídas segundo os princípios do antigo PROTECH (Programa de Difusão de Tecnologia para a Construção de Habitação de Baixo Custo), que visava a construção de casas com boa qualidade e baixo custo para a população de baixa renda, com o conceito do habitat. Essas casas são de diferentes sistemas construtivos e conseqüentemente diferentes propriedades térmicas, não havendo nelas nenhum sistema de condicionamento de ar (DUMKE, 2002) Comparação das projeções das equações preditivas com resultados de simulações computacionais e projeção para clima diverso daquele utilizado para geração das equações A mesma metodologia das equações preditivas foi utilizada por Komeno (2002) para avaliação de 3 moradias da Vila Tecnológica de Curitiba (as quais constam das habitações do presente estudo). Os resultados das predições foram comparados ao computado por simulações computacionais, utilizandose o software francês COMFIE e o nacional ARQUITROP. A comparação entre os resultados dos dois métodos de predição mostrou resultados satisfatórios, comprovando a eficácia das equações quando se trata de valores diários de temperatura ambiente. Komeno (2002), também fez a projeção do comportamento térmico das 3 edificações de Curitiba para o clima de Brasília, comparando-a com projeções de softwares, com bom resultado.

5 2.3.3 Equações preditivas na avaliação do conforto térmico segundo o método dos graus-dia e o do IPT, mesmo para climas diferentes dos da localidade em que foram colhidos dados para a geração das equações Krüger (2003), baseando-se nas avaliações realizadas por Komeno (2002), produziu artigo em que demonstra a praticidade do uso dos dados gerados pelas equações para avaliar o comportamento térmico do protótipo habitacional ISOPET em 11 cidades brasileiras, utilizando-se do TRY (ano climático de referência) de cada cidade. Ressalta-se que essa projeção considerou sempre a mesma edificação, mesma orientação em relação ao sol, mesmo padrão de uso, dentre outros aspectos. Krüger (2003) demonstrou a qualidade do comportamento térmico do protótipo, mostrando as cidades para as quais o sistema construtivo melhor se adaptaria quanto ao conforto térmico, para atender a demanda por habitação popular. Isso sem dispor dos dados das características termofísicas dos componentes do protótipo Tentativa de basear predições da temperatura interna de casas ocupadas em suas propriedades termofísicas correlação da temperatura máxima interna calculada com várias propriedades termofísicas de 18 habitações Na Conferência PLEA 2003, Krüger e Givoni apresentaram o monitoramento de temperatura em 18 residências de baixo custo em detalhes. Dataloggers foram usados na medição que aconteceu no inverno de 2000 e no verão de 2000/2001, em Curitiba. Nesse artigo apresentou-se a performance de predição de 6 das 18 casas originais, e tentou-se correlacionar a correspondente temperatura máxima interna, medida no período de verão, com várias propriedades termofísicas das as 18 casas. Mediu-se a correlação entre a temperatura interna máxima medida e 8 propriedades termo-físicas: O valor U das paredes, o valor U da cobertura, o equivalente UA das casas, o Atraso Térmico das paredes, o Atraso Térmico da cobertura, o Atraso Térmico Equivalente das casas, o Fator Solar, e a proporção de área de aberturas pela área de piso das casas. Todas as propriedades testadas monstraram um valor baixo para. Aparentemente, de forma isolada, estas pouco contribuem na predição da temperatura máxima interna. Possivelmente, a ação dos ocupantes no gerenciamento das construções (abrir e fechar janelas, sombrear as janelas etc.) tem maior efeito na temperatura interna que as propriedades termofísicas dessas construções. A análise por meio da regressão múltipla, também realizada, levou em conta as 4 propriedades com os mais altos valores no teste anterior: O valor U das paredes, o valor U do telhado, o Tempo de Atraso (atraso térmico) das paredes, o equivalente Atraso Térmico das casas. Os resultados para não passaram de No artigo, confirmou-se que, para uma moradia específica e usuários específicos, é possível pelas equações preditivas ter boas previsões quanto à temperatura interna, no verão como no inverno. A tentativa de encontrar correlações entre as propriedades termofísicas das 18 moradias monitoradas e suas temperaturas máximas no verão resultou em correlações muito fracas para todas as propriedades levadas em conta. Concluiu-se que a predição provavelmente é pressionada pelo life style de uma família em particular, fazendo com que as fórmulas reflitam: o tamanho da família, modelo de ocupação, forma de ventilação etc. Em geral, foi possível ter uma concordância razoável entre as temperaturas máxima e mínima internas medidas e as calculadas para habitações específicas. 3. AMPLIAÇÃO DO ESTUDO DA APLICAÇÃO DAS EQUAÇÕES PREDITIVAS ÀS EDIFICAÇÕES DA VILA TECNOLÓGICA DA CURITIBA Partindo dos conhecimentos adquiridos das pesquisas anteriormente desenvolvidas na área, iniciou-se o presente trabalho buscando ampliar o conhecimento a respeito das equações, aplicando-as a um grande número de edificações, analisar a confiabilidade de seus resultados e investigar os motivos de seus erros percentuais e variações do índice por meio da análise da correlação dos erros encontrados com propriedades térmicas das edificações, índices de desempenho e características de sua ocupação e ventilação.

6 3.1 Origem dos dados - Etapa Monitoramento Os dados utilizados nesta fase da pesquisa foram colhidos de moradias em uso, 18 unidades habitacionais da Vila Tecnológica de Curitiba COHAB-PR, cada moradia com uma tipologia construtiva diferente. O levantamento foi feito em dois períodos, um representativo da estação inverno (10/07/ /08/2000) e outro do verão (14/12/ /01/2001). Para a medição de temperatura utilizou-se dataloggers marca HOBO, da Onset Corporation. Desta etapa consistiu a pesquisa realizada por Dumke (2002). Os aparelhos (dataloggers) foram programados para fazer a medição de temperatura de 15 em 15 minutos, pelos períodos citados acima (etapa monitoramento). 3.2 Primeiro tratamento dos dados Ainda como parte da pesquisa de Dumke (2002), com os dados disponíveis: 1 - Obteve-se, por integração de valores medidos de 15 em 15 minutos, temperaturas correspondentes às 24 horas do dia (para o interior e para o exterior); 2 - A partir das temperaturas horárias internas obteve-se as três temperaturas diárias representativas, adotadas nesta pesquisa: Tmax in Temperatura Máxima Interna Diária; Tmin in Temperatura Mínima Interna Diária; Tmed in Média Diária das Temperaturas Internas. 3 O mesmo procedimento foi realizado para as temperaturas externas, obtendo-se: Tmax ex Temperatura Máxima Externa Diária; Tmin ex Temperatura Mínima Externa Diária; Tmed ex Média Diária das Temperaturas Externas. 4 - Com os dados diários para cada tipologia construtiva dos dois períodos digitalizados, tabulados e em arquivos tipo XLS, através do software Microsoft Excel 2000, efetuou-se o cálculo dos coeficientes denominados: DelT diferença da Temperatura Média Externa pela Temperatura Máxima Interna, para os dois períodos (inverno DelT i, e verão DelT v). DelT Geral média aritmética do DelT i para inverno e do DelT v para verão, caracterizando a amplitude das temperaturas máximas em relação às médias para cada tipologia construtiva; 5 - Ainda no arquivo tipo XLS citado acima, a partir dos de seus dados, calcula-se os GTs (mín, méd e máx), que são: GT min média das temperaturas mínimas externas para cada período (inverno / verão); GT méd média das temperaturas médias externas para cada período; GT max média das temperaturas máximas externas para cada período. T min GT min diferença das temperaturas mínimas externas pela média das temperaturas mínimas externas para cada período T med GT méd diferença das temperaturas médias externas pela média das temperaturas médias externas para cada período T max GT max diferença das temperaturas máximas externas pela média das temperaturas máximas para cada período T med (n-1) - Tmín diferença da temperatura média externa do dia anterior pela temperatura mínima externa.

7 3.3 Procedimento para obtenção das equações Método original 1 - Em gráficos onde são representadas as seqüências de temperaturas internas (Tmax, Tmin e Tmed) e externas, para cada tipologia, avalia-se o padrão de comportamento das temperaturas internas em relação às externas (Tmax ext, Tmin ext e Tmed ext), permitindo, para a análise de regressão, apontar quais serão adotadas como variáveis explicativas (conforme exemplo para tipologia MLC, figura 01); 35,00 30,00 25,00 20,00 T ( ºC) 15,00 10,00 5,00 0,00-5, ,00 t (dias) Tmin int Tmin ext Tmed ext Tmax ext Fig Gráfico da temperatura mínima no interior da moradia MLC, comparativamente às condições da temperatura externa, onde se nota que a mínima interna obedece ao mesmo padrão de comportamento da mínima externa. Seguindo o método original utilizou-se: Variável a explicar (internas) T min int T med int T max int Variáveis explicativas (externas) GT min, Tmin Gtmin, Tmed(n-1)-Tmin; GT med, Tmed-Gtmed; GT max, Tmax-Gtmax. 2 - Definidas as variáveis a explicar e as explicativas, os dados diários para os dois períodos, tabulados, foram exportados para arquivos tipo TXT. Com os dados em arquivos tipo TXT, utilizou-se o software Sphinx Plus, da Le Sphinx Développement, versão 2.09k para realizar a regressão múltipla, obtendo-se as equações de regressão para cada tipologia construtiva, relacionando Tint com Text e GText, para Tmin, Tmed e Tmax; 3 - A partir das equações de regressão preliminares obteve-se as equações preditivas pela inserção do coeficiente DelT através de uma operação algébrica. Assim, pelo método original, as equações são expressas conforme o exemplo da tipologia construtiva MLC: Tmin int = 0,820 * GTmin + 0,821 * (Tmin GTmin) + 0,362 * [Tmed (n-1) - Tmin] + 5,88 [Eq. 01] Tmed int = 0,826 * GTmed + 0,741 * (Tmed GTmed) + 5,88 [Eq. 02] Tmax int = 0,690 * GTmax + 0,522 * (Tmax GTmax) + 5,88 [Eq. 03] Onde Tmin int, Tmed int e Tmax int são as temperaturas internas a serem calculadas, GTmin, GTmed e GTmax são médias das temperaturas externas dadas e Tmin, Tmed e Tmax são temperaturas externas dadas.

8 3.4 Previsão do comportamento térmico a partir das equações do método original Obtidas as equações preditivas e inserindo nestas os dados referentes às temperaturas externas, pôdese prever o comportamento térmico para cada tipologia construtiva. Conforme exemplo da tipologia MLC, gráfico da temperatura interna computada x temperatura interna medida, figura 02, a seguir. 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0, T (ºC) t (dias) Tmin int medida Tmin int Computada Fig Gráfico da temperatura interna calculada x temperatura interna medida (tipologia MLC ) 3.5 Comparação dos resultados preditos (pelo método original) com os medidos in loco A comparação estatística entre os dados preditos e medidos, para Tmin, Tmed e Tmax internas, foi feita através do coeficiente de correlação (ex. figura 03), que mede a força de associação (...) entre duas variáveis aleatórias (WERKEMA, 1996). 30,00 25,00 Temperatura Medida 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 Temperatura Computada Comp min Linear (Comp min) Fig Dispersão entre dados preditos e medidos da temp. mínima (tipologia MLC = 0,9903) Os resultados, para a grande maioria das temperaturas calculadas, foram acima de No entanto, a existência de valores abaixo desse patamar sugeriu a necessidade da investigação de suas causas e, se possível, modificação nas equações para melhoria dos resultados. Percebeu-se que os resultados satisfatórios, em se tratando de correlação, não eram regra fixa, variando em precisão. Os resultados para a temperatura mínima, em geral, apresentavam coeficientes menores que os das demais, o mesmo valendo para a temperatura máxima, já com resultados um pouco melhores para a média.

9 Também se observou que havia diferenças de resultados em função da tipologia construtiva, como exemplo a tipologia Batistella apresentou para a temperatura mínima abaixo do esperado, as tipologias Constroyer e COHAB-Pará apresentaram abaixo do esperado para a temperatura máxima. Em função do comportamento não uniforme do índice, resolveu-se comparar visualmente os gráficos produzidos pelas temperaturas internas medidas com o das temperaturas internas computadas. Também resolveu-se avaliar novamente e mais cuidadosamente o comportamento da temperatura interna medida em relação às medidas externamente. Essa análise foi feita para as três temperaturas: T min, Tmed e Tmax. Quanto à escolha da temperatura explicativa para a máxima interna, verificamos que em muitos casos ela não possuía uma correspondente externa quando se tratava de padrão de comportamento. Na verdade o padrão do gráfico da máxima interna se assemelhava mais com o da temperatura média externa na maioria dos casos. Conforme figura 04, abaixo. 35,00 30,00 25,00 20,00 T (ºC) 15,00 10,00 5,00 0,00-5, ,00 t (dias) Tmax int Tmin ext Tavg ext Tmax ext Fig. 04 Tmax interna x Temperaturas externas (para a tipologia MLC) Em função disso, resolveu-se refazer as equações para a Temperatura Interna Máxima, adotando-se como temperatura explicativa a Temperatura Externa Média. Quanto à comparação dos gráficos da temperatura máxima calculada com a temperatura máxima medida, percebeu-se clara diferença (figura 05), mas, em função da decisão pela mudança na variável explicativa acreditou-se que essa diferença diminuiria para os dados a serem gerados. T (ºC) 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0, t (dias) Tmax int medida Tmax computada Fig. 05 Gráfico da comparação dos resultados para Tmax interna computada X Tmax interna medida

10 Quanto à temperatura média, a predição foi muito próxima das temperaturas medidas. Para a temperatura mínima, observando-se os dados constantes na comparação entre temperatura interna e externa, verificou-se a não necessidade da aplicação da metodologia original para geração da equação preditiva, que considerava como dados explicativos os dados da temperatura externa do dia anterior (Eq. 01). Visto que, para a maioria dos casos não havia atraso entre os gráficos da temperatura externa e interna. Feitas estas observações, resolveu-se repetir o procedimento para a geração das equações preditivas para a temperatura interna mínima e máxima, com as devidas modificações, por seus resultados terem apresentado correlação fraca com os dados medidos. 3.6 Revisão do procedimento para obtenção das equações 1ª Alteração no método A revisão do procedimento gerou equações diferentes das anteriores, conseqüentemente também diferentes. Seguindo o método nos demais passos as equações preditivas passaram a ser expressas conforme o exemplo da tipologia construtiva MLC: Tmin int = 1,012 * GTmin + 0,68 * (Tmin GTmin) + 5,88 [Eq. 04] Tmax int = 1,000 * GTmed + 0,682 * (Tmed GTmed) + 5,88 [Eq. 05] A comparação com os índices anteriores demonstrou que: - O novo índice para a Temperatura Interna Mínima foi pior na maioria dos casos, mas não em todos. Em 6 dos 18 casos, o índice resultou em valores melhores que no procedimento anterior. - O novo índice para a Temperatura Interna Máxima foi melhor na maioria dos casos, mas não em todos. Em 15 dos 18 casos, o índice resultou em valores melhores que o procedimento anterior. Dessa comparação constatamos que o procedimento para a obtenção da equação preditiva para a Temperatura Interna Mínima sugerido por Givoni, considerando como referência a temperatura externa do dia anterior era adequado para a maioria dos casos. Ao contrário, para a Temperatura Interna Máxima (Tmax int) a mudança na temperatura de referência para a equação preditiva da resultou em melhores predições para a maioria dos casos. Decidiu-se tomar como procedimento sugerido as duas metodologias, utilizando-se a que apresentasse melhores resultados para cada caso. Os resultados da correlação dos dados gerados com os medidos in loco () passaram a apresentar resultados acima de = 0,90 em praticamente todos os casos. No entanto, na impressão dos gráficos para conferência da correlação, verificou-se a continuidade da discrepância entre dados medidos e calculados, contrariando os índices de correlação em muitos casos, conforme figura 06 abaixo. T (ºC) 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0, t (dias) Tmax int medida Tmax int computada

11 Fig. 06 Após as modificações, apesar dos coeficientes apresentarem bons resultados, visualmente observa-se que em alguns casos (por exemplo, para a máxima interna para a tipologia Kurten) não há uma boa correspondência entre os dados computados e medidos. 3.7 Análise do erro em graus a partir de dados derivados das temperaturas Projetadas e Medidas Permanecendo dúvidas, iniciamos uma nova fase de avaliação, tentando identificar as causas da discrepância entre o e os gráficos, assim como a causa das diferenças em ºC entre as temperaturas medidas e as preditas Revisão do cálculo do ( para inverno e para verão) O primeiro passo foi calcular, para cada tipologia, separadamente, os coeficientes de correlação () entre temperatura calculada e a temperatura medida, para inverno e para verão. Percebeu-se que essa forma de analisar os resultados fornecidos pela equação apresentava mais confiáveis. O levantamento de um geral, conforme feito anteriormente, mascarava erros, possibilitando que, mesmo em casos em que o coeficiente, calculado separadamente para inverno e verão fosse baixo, apresenta-se um coeficiente anual satisfatório, conforme tabela abaixo. Tabela 01 Relação dos Coeficientes Gerais e Parciais para inverno e verão, para cada temperatura calculada. T min T med T max Inverno Verão Inverno Verão Inverno Verão Geral parcial parcial Geral parcial parcial Geral parcial parcial 1 MLC 0,99 0,98 0,93 0,98 0,91 0,90 0,97 0,85 0,66 2 Batisltella 0,93 0,93 0,81 0,96 0,96 0,94 0,94 0,72 0,70 3 Kurten 0,98 0,97 0,92 0,98 0,95 0,92 0,94 0,87 0,77 4 3P 0,99 0,98 0,87 0,99 0,98 0,91 0,96 0,83 0,66 5 Constroyer 0,98 0,92 0,87 0,97 0,79 0,81 0,96 0,71 0,76 6 Andrade Gutierrez 0,99 0,97 0,89 0,98 0,89 0,88 0,98 0,86 0,80 7 Todeschini 0,99 0,97 0,86 0,98 0,94 0,85 0,94 0,81 0,77 8 EPOTEC 0,99 0,96 0,91 0,98 0,88 0,89 0,95 0,83 0,74 9 ABC 0,99 0,96 0,95 0,99 0,93 0,93 0,95 0,84 0,78 10 Eternit 0,98 0,94 0,87 0,98 0,94 0,95 0,93 0,87 0,79 11 Andrade Ribeiro 0,97 0,92 0,85 0,97 0,94 0,94 0,93 0,88 0,90 12 Facicasas 0,99 0,97 0,91 0,98 0,93 0,91 0,96 0,82 0,69 13 Paineira 0,99 0,96 0,85 0,98 0,91 0,89 0,97 0,84 0,69 14 José Turek 0,99 0,97 0,91 0,99 0,94 0,88 0,96 0,84 0,66 15 COHAB Pará 0,99 0,98 0,88 0,98 0,92 0,91 0,97 0,85 0,85 16 Castellamare 0,99 0,97 0,93 0,98 0,90 0,93 0,97 0,82 0,78 17 Tetolar 0,98 0,92 0,85 0,98 0,95 0,93 0,94 0,76 0,76 18 CHJ 0,99 0,97 0,93 0,98 0,93 0,92 0,97 0,89 0, Desvio Padrão dos dados preditos em relação aos medidos in loco Calculou-se também o desvio padrão dos dados preditos em relação aos dados medidos. Imprimiu-se gráficos apresentando os para cada edificação e o respectivo desvio padrão, verificou-se que, para a maioria dos casos, a diminuição do implicava o aumento do desvio padrão. Esse fato era esperado, mas essa situação não caracterizou regra geral, não havendo, inclusive, perfeita proporção entre a diminuição do e o aumento do desvio padrão. O desvio padrão, pelo comportamento similar ao, não será utilizado no decorrer da pesquisa Erros Médios, em graus Também foi feita a correlação entre os índices de cada residência com seus erros médios (valor predito menos valor medido). Ao contrário do esperado, apresentaram baixa correlação, muitas vezes comportamentos contrários. O mesmo acontecendo na correlação do Erro Médio com o Desvio Padrão.

12 Esse comportamento significa que mesmo o índice sendo baixo, o Erro Médio pode ser próximo de zero, ou seja, o erro está distribuído ao longo do período, ora sendo positivo, ora negativo, um anulando o outro. Dessa forma o Erro Médio não se apresenta como uma boa variável no levantamento das causas do problema, podendo apenas apresentar direções pouco confiáveis. Quando o erro médio apresentar valores abaixo de zero, significa que, em ambos os períodos, ou em um, mais acentuadamente, as temperaturas preditas ficaram abaixo das verificadas in loco, e o contrário para quando for positivo. Uma situação comum foi predição de valores acima dos medidos no período de inverno e abaixo no período de verão Erro Absoluto, em graus Também levantou-se os Erros Absolutos, soma dos valores em módulo, resultantes da subtração dos valores preditos pelos medidos in loco, para cada uma das três temperaturas preditas para cada tipologia construtiva. Na análise dos gráficos, os Erros Absolutos apresentam concordância com os índices, aumentando em função destes. Em relação ao erro médio, há grande discordância. Em alguns casos o Erro Absoluto apresenta valores elevados enquanto o erro médio é próximo de zero. Os Erros Absolutos, em alguns casos, apresentaram valores até 4ºK. Mas não permitiram conclusões sobre as causas Amplitude térmica média em graus Ainda nesta fase, analisou-se a possibilidade de haver correspondência entre a amplitude térmica média dos dados projetados para a edificação (Média das Temperaturas Máximas menos média das Temperaturas Mínimas) e outras variáveis citadas neste capítulo. Verificou-se a não existência dessa relação. O que significa que a amplitude térmica da edificação não está relacionada com o aumento ou diminuição do grau de precisão das equações Erro Percentual Da mesma forma, cruzou-se o Erro Percentual (Erro Médio pela Amplitude Térmica) com os demais valores sem que se chegasse a qualquer apontamento importante. 3.8 Investigação da causa dos erros a partir de: Desempenho Térmico das Edificações; Características Termofísicas; e Padrões de Uso das edificações Não apontada nenhuma causa consistente para os erros até aquele momento, resolveu-se passar a uma nova fase na investigação, acrescentando dados disponíveis na pesquisa realizada por Dumke (2002), Desempenho Térmico das edificações (avaliação de conforto a partir da metodologia dos Graus-Hora), Características Termofísicas (índices de transmitância de calor), e Padrões de Uso das edificações por seus moradores Correlação dos erros médios percentuais das temperaturas preditas (em relação às temperaturas levantadas) com os índices de Desempenho Térmico das edificações; Características Termofísicas; e Padrões de Uso das edificações O erro percentual, dos valores preditos em relação aos valores medidos, não apresenta uma correlação forte constante com nenhum dos índices relativos às edificações utilizados nesta última verificação Correlação do índice (correlação entre dados preditos e medidos in loco) com os índices de Desempenho Térmico das edificações; Características Termofísicas; e Padrões de Uso das edificações Conforme pode ser observado na figura 07, abaixo, o índice, ou seja, a elevação ao quadrado do índice que demonstra a correlação entre os dados computados para cada edificação e os dados medidos in loco, se correlacionados com os índices relativos a Avaliação do Desempenho Térmico das Edificações, Características Termofísicas (índices de transmitância de calor) e Padrões de Uso das Edificações, não apresentam valores suficientemente fortes. Ou seja, a princípio, os demais índices

13 utilizados nesta verificação específica não influem no aumento ou diminuição do de cada edificação. parcial parcial 0,37 raus-hora (base<18-0,09 raus hora (base>29c 0,05 U par 0,05 U par 0,53 U cob 0,53 U cob -0,10 Fi par -0,10 Fi par -0,48 Fi cob -0,48 Fi cob 0,07 FCS par 0,07 FCS par 0,55 FCS cob 0,55 FCS cob 0,32 ni 0,32 ni 0,28 ni x vidro 0,28 ni x vidro -0,43 Tx ocupação -0,43 Tx ocupação 0,02 Tx ventilação 0,02 Tx ventilação Fig. 07 Gráficos apresentando a correlação entre o índice e índices representativos do Desempenho Térmico das Edificações; Características Termofísicas; e Padrões de Uso das edificações (Taxa de Ocupação e Taxa de Ventilação), exemplo para a Temperatura Máxima Interna Predita, para os períodos de inverno e verão, respectivamente. 4. DISCUSSÃO ACERCA DA INTERFERÊNCIA DOS PADRÕES DE USO DA EDIFICAÇÃO Mesmo considerando a não correlação significativa entre as deficiências das equações e os índices relativos ao Desempenho Térmico das Edificações, Características Termofísicas (índices de transmitância de calor) e Padrões de Uso das Edificações, se levarmos em conta a dificuldade de levantamento de dados numéricos confiáveis para os Padrões de Uso das Edificações, deve-se pensar na possibilidade de que a principal causa a interferir no sucesso das predições ser o próprio usuário (família) de cada moradia. Para confirmar essa possibilidade é necessário maior aprofundamento na pesquisa das variáveis que refletem a ação do usuário, a Taxa de Ocupação e a Taxa de Ventilação. Conforme já sugerido por Krüger e Givoni (2003). No entanto, essa será uma nova etapa na pesquisa, neste texto fazemos apenas algumas considerações a respeito de sua complexidade. A ação de aeração e ventilação em um espaço interno é, geralmente, nem um simples ato reflexo nem uma ação totalmente racional, pensada. Entretanto, desde indivíduos até famílias, a ação parece indicar para uma subjetividade racional. Isso implica que grupos de indivíduos indicam similaridades no comportamento que podem ser discernidos satisfatoriamente bem, e enquadrados segundo padrões. Aceita-se que a ação dos moradores esteja fortemente relacionada com a percepção sensorial de conforto com respeito ao micro-clima da habitação. O conforto térmico é aceito como predominantemente determinado pela temperatura do ar, temperatura radiante, umidade relativa, vestuário e atividade física (metabolismo). Em princípio, a ação das pessoas resulta predominantemente de uma aprendizagem social progressiva, influenciada por fatores como modelos, valores, atitudes e expectativas. No entanto, considerações práticas também influenciam. As pessoas agem dentro de uma estrutura de limitações, incluindo fatores mais ou menos subjetivos. Dos quais pode-se citar: Mais subjetivos: Temporais (associados ao biorritmo, estações do ano, dias da semana, experiências térmicas anteriores); Espaciais (percepção do espaço habitado, volume, contato com o lado externo, iluminação, cores, tipologia do mobiliário, posição e tipologia das janelas e portas); Ambientais (percepção da qualidade do ar, características acústicas e de odor, apropriação do ambiente, liberdade de controle do micro clima); Humanos (senso do bem estar, fatores sócio-culturais); e Externos (nível de desenvolvimento técnico, clima externo). E menos subjetivos: Características da edificação (apartamento, casa térrea, sobrado; orientação dos ambientes; tipo das aberturas; idade do imóvel; nível de isolamento térmico); Estilo de vida

14 (permanência dos ocupantes; maior uso das aberturas; ação de fumantes; tipo das atividades realizadas na residência; consciência a respeito de como preservar o conforto; preferências quanto ao microclima interno; produção de umidade; número de ocupantes); Variáveis sócio-econômicas (idade, sexo, classe social...); Fatores climáticos (diferenças de temperatura externa-interna; velocidade e direção dos ventos; disponibilidade de luz solar; precipitações). Deve-se notar que a maioria dessas variáveis interage com as demais, em sinergia. Mesmo que possíveis correlações entre essas variáveis não sejam percebidas, não significa necessariamente que não existam. O esquema abaixo, retirado do Technical Note AIVC 23 (1998), faz uma tentativa de entendimento do comportamento dos usuários, e procura demonstrar, ainda que de forma simplificada, o complexo sistema que age por trás do comportamento dos usuários quando operam as aberturas. No centro desse esquema está o procedimento dos ocupantes de moradias com respeito à aeração e ventilação. Além da percepção de conforto, aponta os tipos de aberturas e ventilação disponíveis, as intenções (filtradas pelo estilo de vida e valores do usuário) e, por fim, os efeitos de sua própria ação, realimentando o sistema. Fig. 08 Esquema representativo dos fatores a influenciar a ação dos usuários. 5. CONCLUSÃO Considerando a temperatura externa como o mais importante fator a afetar a temperatura interna, pela simplicidade do método, pela pequena demanda de dados em comparação com outros meios de predição do conforto térmico (não necessidade das características termofísicas), pelo desempenho similar às simulações por meio de software, pela aplicabilidade a inúmeros processos construtivos, pela capacidade de predição de temperaturas em climas diferentes do local onde foram colhidos os dados originais e pela aplicação a praticamente todos os climas brasileiros, as equações preditivas constituem uma ótima alternativa na previsão do conforto térmico para o país. Não somente para o Brasil mas para grande parte dos países em desenvolvimento. Graças ao significativo volume de pesquisas, o processo, apesar de algumas questões a serem resolvidas, desenvolve-se com segurança. Conforme os testes relatados neste artigo, ainda há melhorias a serem incorporadas ao método, talvez modificando a forma das equações. A revisão do cálculo do, substituindo o um índice geral por um para inverno e outro para verão apresenta dados mais confiáveis na avaliação dos resultados. O aumento do Desvio Padrão dos dados preditos em relação aos medidos in loco, para a maioria dos casos, implica a diminuição do. Mas não é regra para todos os casos. Os Erros Médios, apresentaram baixa correlação com os índices, e não caracteriza-se como uma boa variável para a

15 investigação da causa dos erros, pela anulação de valores positivos por negativos. No entanto permitiu apontar a predição de valores acima dos medidos no período de inverno e abaixo no período de verão. A Amplitude Térmica Média, em graus, não está relacionado com a margem de erro das edificações, pois não apresenta correlação com esta. O erro percentual, dos valores preditos em relação aos valores medidos, não apresenta uma correlação forte constante com nenhum dos índices relativos às propriedades termofísicas e desempenho térmico das edificações. Da mesma forma, o índice, dos valores preditos em relação aos valores medidos, não é afetado. Considerando a dificuldade de levantamento de dados numéricos confiáveis para os Padrões de Uso das Edificações, e pela eliminação de outras possíveis causas para os erros encontrados, nesta e em pesquisas anteriores, o usuário (família) passa a ser visto como a mais provável causa a interferir no sucesso das predições. Para confirmação dessa possibilidade há necessidade de um maior aprofundamento na pesquisa quanto às duas variáveis que refletem a ação do usuário, a Taxa de Ocupação e a Taxa de Ventilação, interligadas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AIR INFILTRATION AND VENTILATIO CENTRE - AIVC. Inhabitant Behaviour with Respect to Ventilation a Summary Report of IEA Annex VIII - Technical Note AIVC 23, 1998, Great Britain. DUMKE, E. M. S. (2002) Avaliação do Desempenho Térmico de Sistemas Construtivos da Vila Tecnológica de Curitiba como Subsídio para o Estudo de Tecnologias Apropriadas em Habitação de Interesse Social p. Dissertação (Mestrado em Programa de Pós-Graduação em Tecnologia) Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná. FROTA, A. B.; SCHIFFER, S. R. Manual de conforto térmico. 5. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2001 GIVONI, B. Experimental formulas predicting indoor temperatures with minimum data. In: National Solar Energy Conference SOLAR , Portland, Oregon, USA. Artigo submetido. GIVONI, B. Minimum climatic information needed to predict performance of passive buildings in hot climates. In: The International Conference on Passive and Low Energy Architecture PLEA , Brisbane, Austrália. Pp GIVONI, B.; KRÜGER, E. An Attempt to Base Prediction of Indoor Temperatures of Occupied Houses on their Thermo-Phisical Properties. In: PLEA 2003 The 20 th Conference on Passive and Low Energy Architecture Chile, 9, 2003, Santiago, Chile. Paper Code Br02 Page 1 of 1. GIVONI, B.; VECCHIA, F. Predicting thermal performance of occupied houses. In: The 18 th International Conference on Passive and Low Energy Architecture. 2001, Florianópolis, Brasil. GIVONI, B.; VECCHIA, F., KRÜGER, E.L. Predicting Thermal Performance of Housing Types in Developing Countries with Minimum Climatic Data. In: World Congress of Renewable Energy, 7. (Colônia: 2002). Proceedings... Colônia: WREN, KOMENO, M. K. Avaliação do desempenho térmico de sistemas construtivos para habitações de interesse social com a utilização de equações preditivas e simulação por meio de software. Brasília, Monografia de Graduação (Faculdade de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil e Ambiental), Universidade de Brasília. KRÜGER, E. Aplicação de Equações Preditivas a Um Sistema Construtivo Destinado à Habitação de Interesse Social: Avaliação de Desempenho Térmico em 11 Cidades Brasileiras. In: VII Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído, 2003, Curitiba/PR. Anais do VII ENCAC (CD- ROM). Curitiba/PR: PUC-PR/CEFET-PR/Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC), WERKEMA, M. C. C.; AGUIAR, S. Análise de regressão: como entender o relacionamento entre as variáveis de um processo. Belo Horizonte: Fundação Chistiano Ottoni, 1996.

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM A UTILIZAÇÃO DE EQUAÇÕES PREDITIVAS

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM A UTILIZAÇÃO DE EQUAÇÕES PREDITIVAS Curitiba PR Brasil 5 a 7 de novembro de 2003 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM A UTILIZAÇÃO DE EQUAÇÕES PREDITIVAS Márcio Hissashi Komeno (1);

Leia mais

RESUMO ABSTRACT 1. INTRODUÇÃO

RESUMO ABSTRACT 1. INTRODUÇÃO Curitiba PR Brasil 5 a 7 de novembro de 2003 APLICAÇÃO DE EQUAÇÕES PREDITIVAS A UM SISTEMA CONSTRUTIVO DESTINADO À HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO EM 11 CIDADES BRASILEIRAS

Leia mais

DESEMPENHO TÉRMICO DE 3 EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS EM FLORIANÓPOLIS - SC

DESEMPENHO TÉRMICO DE 3 EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS EM FLORIANÓPOLIS - SC DESEMPENHO TÉRMICO DE 3 EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS EM FLORIANÓPOLIS - SC A.L. Papst, e R. Lamberts Campus Universitário UFSC CTC Dept. de Engenharia Civil CEP 88-040-900, Florianópolis, SC, BRASIL Fone:

Leia mais

SISTEMA CONSTRUTIVO DE PAINÉIS DE CONCRETO MOLDADOS IN LOCO: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO

SISTEMA CONSTRUTIVO DE PAINÉIS DE CONCRETO MOLDADOS IN LOCO: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Arquitetura e Urbanismo Café com Pesquisa SISTEMA CONSTRUTIVO DE PAINÉIS DE CONCRETO MOLDADOS IN LOCO: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Leia mais

O uso de equações preditivas na avaliação do desempenho térmico de um protótipo habitacional constituído de materiais alternativos

O uso de equações preditivas na avaliação do desempenho térmico de um protótipo habitacional constituído de materiais alternativos O uso de equações preditivas na avaliação do desempenho térmico de um protótipo habitacional constituído de materiais alternativos The use of predictive equations in the thermal performance evaluation

Leia mais

KRÜGER, Eduardo L. (1); MICHALOSKI, Ariel O.(2) RESUMO 1. INTRODUÇÃO

KRÜGER, Eduardo L. (1); MICHALOSKI, Ariel O.(2) RESUMO 1. INTRODUÇÃO AVALIAÇÃO TÉRMICA DE HABITAÇÃO POPULAR ATRAVÉS DE SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL COMO PARÂMETRO DE PROJETO ARQUITETÔNICO: ESTUDO DE CASO NA VILA TECNOLÓGICA DE CURITIBA KRÜGER, Eduardo L. (); MICHALOSKI, Ariel

Leia mais

Proposta de métodos para avaliação da eficiência energética. Edificações residenciais

Proposta de métodos para avaliação da eficiência energética. Edificações residenciais Proposta de métodos para avaliação da eficiência energética Edificações residenciais MÉTODO PRESCRITIVO Checklist MÉTODO PRESCRITIVO VANTAGENS - Simplificação, agilidade e redução de custos do processo

Leia mais

ANÁLISE DO DESEMPENHO TERMO ENERGÉTICO DE HABITAÇÕES UNIFAMILIARES DE INTERESSE SOCIAL ATRAVÉS DO MÉTODO DE SIMULAÇÃO DO REGULAMENTO BRASILEIRO 1

ANÁLISE DO DESEMPENHO TERMO ENERGÉTICO DE HABITAÇÕES UNIFAMILIARES DE INTERESSE SOCIAL ATRAVÉS DO MÉTODO DE SIMULAÇÃO DO REGULAMENTO BRASILEIRO 1 XVI ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO Desafios e Perspectivas da Internacionalização da Construção São Paulo, 21 a 23 de Setembro de 2016 ANÁLISE DO DESEMPENHO TERMO ENERGÉTICO DE

Leia mais

Artigos técnicos. Adriana Camargo de Brito a *, Henrique Lima Pires b, Maria Akutsu a. *

Artigos técnicos. Adriana Camargo de Brito a *, Henrique Lima Pires b, Maria Akutsu a. * Artigos técnicos Contribuições para o aprimoramento do método simplificado de avaliação do desempenho térmico de coberturas previsto na norma NBR Contributions for the improvement of the simplified method

Leia mais

ANÁLISE DO DESEMPENHO TÉRMICO EM HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL ESTUDO DE CASO EM SANTA ROSA - RS 1

ANÁLISE DO DESEMPENHO TÉRMICO EM HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL ESTUDO DE CASO EM SANTA ROSA - RS 1 ANÁLISE DO DESEMPENHO TÉRMICO EM HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL ESTUDO DE CASO EM SANTA ROSA - RS 1 Lucas Carvalho Vier 2, Fábio Augusto Henkes Huppes 3, Joice Moura Da Silva 4, Raissa Francieli Hammes

Leia mais

RELACIONAMENTO DA TEMPERATURA INTERNA E EXTERNA EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS NATURALMENTE VENTILADAS

RELACIONAMENTO DA TEMPERATURA INTERNA E EXTERNA EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS NATURALMENTE VENTILADAS RELACIONAMENTO DA TEMPERATURA INTERNA E EXTERNA EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS NATURALMENTE VENTILADAS Ana Lígia Papst (1); Roberto Lamberts (1) (1) LabEEE / NPC Departamento de Eng. Civil - Universidade

Leia mais

O EFEITO DA AMPLITUDE DIÁRIA DA TEMPERATURA DO AR EXTERIOR E DO RESFRIAMENTO NOTURNO NA INÉRCIA TÉRMICA DE HABITAÇÃO

O EFEITO DA AMPLITUDE DIÁRIA DA TEMPERATURA DO AR EXTERIOR E DO RESFRIAMENTO NOTURNO NA INÉRCIA TÉRMICA DE HABITAÇÃO O EFEITO DA AMPLITUDE DIÁRIA DA TEMPERATURA DO AR EXTERIOR E DO RESFRIAMENTO NOTURNO NA INÉRCIA TÉRMICA DE HABITAÇÃO CASTRO, Guilherme Molnar (1); BRITO, Adriana Camargo de (2); AKUTSU, Maria (3); VITTORINO,

Leia mais

CÁLCULO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE LAJES PRÉ- MOLDADAS COM TAVELAS CERÂMICAS E BLOCOS DE EPS

CÁLCULO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE LAJES PRÉ- MOLDADAS COM TAVELAS CERÂMICAS E BLOCOS DE EPS CÁLCULO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE LAJES PRÉ- MOLDADAS COM TAVELAS CERÂMICAS E BLOCOS DE EPS Daniel Barp Crema (1), Fernando Pelisser (2) RESUMO UNESC Universidade do Extremo Sul Catarinense (1) daniel@cremaengenharia.com.br,

Leia mais

Proposta de métodos para avaliação da eficiência energética. Edificações residenciais

Proposta de métodos para avaliação da eficiência energética. Edificações residenciais Proposta de métodos para avaliação da eficiência energética Edificações residenciais MÉTODO PRESCRITIVO Checklist MÉTODO PRESCRITIVO VANTAGENS - Simplificação, agilidade e redução de custos do processo

Leia mais

Avaliação do desempenho térmico de Sistema Construtivo em Concreto de Alto Desempenho Estrutural Leve CADEX

Avaliação do desempenho térmico de Sistema Construtivo em Concreto de Alto Desempenho Estrutural Leve CADEX UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Relatório Avaliação do desempenho térmico de Sistema Construtivo em Concreto de Alto Desempenho Estrutural

Leia mais

Alinhamento entre PROCEL EDIFICA e ABNT NBR 15575

Alinhamento entre PROCEL EDIFICA e ABNT NBR 15575 Alinhamento entre PROCEL EDIFICA e ABNT NBR 15575 ABNT NBR 15575 hoje (desempenho térmico) Procedimento I: simplificado (normativo); Atendimento aos requisitos e critérios para os sistemas de vedação coberturas,

Leia mais

VENTILAÇÃO NATURAL EM UMA CASA POPULAR PADRÃO COHAB: AVALIAÇÃO DAS TAXAS DE VENTILAÇÃO PARA DIFERENTES TIPOS DE ORIENTAÇÃO E ABERTURA

VENTILAÇÃO NATURAL EM UMA CASA POPULAR PADRÃO COHAB: AVALIAÇÃO DAS TAXAS DE VENTILAÇÃO PARA DIFERENTES TIPOS DE ORIENTAÇÃO E ABERTURA VENTILAÇÃO NATURAL EM UMA CASA POPULAR PADRÃO COHAB: AVALIAÇÃO DAS TAXAS DE VENTILAÇÃO PARA DIFERENTES TIPOS DE ORIENTAÇÃO E ABERTURA Eduardo L. Krüger Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Educação

Leia mais

CAPÍTULO 6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS REQUISITOS DE HABITABILIDADE:CONFORTO TÉRMICO E ACÚSTICO

CAPÍTULO 6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS REQUISITOS DE HABITABILIDADE:CONFORTO TÉRMICO E ACÚSTICO CAPÍTULO 6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS REQUISITOS DE HABITABILIDADE:CONFORTO TÉRMICO E ACÚSTICO 191 6.1 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: CONFORTO TÉRMICO 6.1.1 Materiais e métodos Após a conclusão do protótipo

Leia mais

ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA

ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA CLIMA E ARQUIETURA >>> Como a arquitetura pode contribuir na redução do consumo energético de uma edificação mantendo suas condições de conforto? Estratégias de projeto arquitetônico

Leia mais

COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE TRÊS AMBIENTES RESIDENCIAIS NATURALMENTE VENTILADOS EM FLORIANÓPOLIS, SUL DO BRASIL

COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE TRÊS AMBIENTES RESIDENCIAIS NATURALMENTE VENTILADOS EM FLORIANÓPOLIS, SUL DO BRASIL COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE TRÊS AMBIENTES RESIDENCIAIS NATURALMENTE VENTILADOS EM FLORIANÓPOLIS, SUL DO BRASIL Ana Lígia Papst (1); Roberto Lamberts (1) LabEEE / NPC Departamento de Engenharia

Leia mais

Tabela 3.37: Constantes da Equação

Tabela 3.37: Constantes da Equação C R = [(a) + (b X AU amb ) + (c X CT baixa ) + (d X α par ) + (e X PD/AU amb ) + (f X somb) + (g X CT cob ) + (h X Ab S ) + (i X SomA parext X CT par ) + (j X cob) + (k X U cob X α cob X cob X AU amb )

Leia mais

Desempenho Térmico de edificações Aula 12: Diretrizes Construtivas para Habitações no Brasil NBR15220

Desempenho Térmico de edificações Aula 12: Diretrizes Construtivas para Habitações no Brasil NBR15220 Desempenho Térmico de edificações NBR15220 PROFESSOR Roberto Lamberts ECV 5161 UFSC FLORIANÓPOLIS + objetivos + requisitos usuários + NBR 15220 + NBR 15220-3 + parâmetros e condições de contorno + estratégias

Leia mais

Fonte:

Fonte: Fonte: www.atkinsglobal.com Fonte: www.atkinsglobal.com Fonte: www.atkinsglobal.com Fonte: www.atkinsglobal.com Fonte: www.atkinsglobal.com Bahrain World Trade Center Primeiro arranha-céu utilizando turbinas

Leia mais

DESEMPENHO TÉRMICO DE TELHAS DE ALUMÍNIO. M. Akutsu & F. Vittorino. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A.

DESEMPENHO TÉRMICO DE TELHAS DE ALUMÍNIO. M. Akutsu & F. Vittorino. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A. DESEMPENHO TÉRMICO DE TELHAS DE ALUMÍNIO M. Akutsu & F. Vittorino Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A. Divisão de Engenharia Civil Laboratório de Higrotermia e Iluminação 05508-901

Leia mais

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO EM EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIO NA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO EM EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIO NA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO EM EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIO NA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL Francéli Ferreira (1); Joaquim C. Pizzutti dos Santos (2); Egon Vettorazzi (3) (1) Programa de Pós-Graduação

Leia mais

AVALIAÇÃO DE AMBIENTE EXISTENTE PARA COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE CÁLCULO DE ILUMINAÇÃO NATURAL

AVALIAÇÃO DE AMBIENTE EXISTENTE PARA COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE CÁLCULO DE ILUMINAÇÃO NATURAL AVALIAÇÃO DE AMBIENTE EXISTENTE PARA COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE CÁLCULO DE ILUMINAÇÃO NATURAL R V Souza; J C Carlo & I M Pereira Dep. Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo Escola de Arquitetura UFMG Rua

Leia mais

Desempenho Térmico de edificações Aula 12: Diretrizes Construtivas para Habitações no Brasil

Desempenho Térmico de edificações Aula 12: Diretrizes Construtivas para Habitações no Brasil Desempenho Térmico de edificações PROFESSOR Roberto Lamberts ALEJANDRO NARANJO ECV 51 UFSC FLORIANÓPOLIS estrutura introdução Requisitos gerais Requisitos Vedações verticais Requisitos coberturas 2 +introdução

Leia mais

Resumo. Abstract. Introdução

Resumo. Abstract. Introdução 30 - Limitações quanto aos parâmetros de desempenho térmico e estratégias bioclimáticas recomendadas pela norma brasileira de desempenho térmico de habitações de interesse social Limitations Related to

Leia mais

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL UNIFAMILIARES EM SANTA MARIA RS

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL UNIFAMILIARES EM SANTA MARIA RS AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL UNIFAMILIARES EM SANTA MARIA RS Giane de C. Grigoletti (1); Renata Rotta (2); Sâmila Müller (3) (1) Departamento de Arquitetura e Urbanismo

Leia mais

CAPÍTULO 5 Aplicação do programa a um caso prático

CAPÍTULO 5 Aplicação do programa a um caso prático CAPÍTULO 5 Aplicação do programa a um caso prático 5.1 Introdução Uma vez desenvolvido o programa, este foi testado com o objectivo de verificar a sua eficácia. Para isso, utilizou-se uma simulação efectuada

Leia mais

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO DE PROTÓTIPO DE UNIDADE HABITACIONAL PRÉ-MOLDADA DE PLACAS LISAS CIMENTÍCEAS EM ZONA BIOCLIMÁTICA 2 (INVERNO)

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO DE PROTÓTIPO DE UNIDADE HABITACIONAL PRÉ-MOLDADA DE PLACAS LISAS CIMENTÍCEAS EM ZONA BIOCLIMÁTICA 2 (INVERNO) AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO DE PROTÓTIPO DE UNIDADE HABITACIONAL PRÉ-MOLDADA DE PLACAS LISAS CIMENTÍCEAS EM ZONA BIOCLIMÁTICA 2 (INVERNO) Antonio César Silveira Baptista da Silva (1); Margarete R.

Leia mais

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DE ACORDO COM A NBR 15575, PARA AS DIVERSAS ZONAS BIOCLIMÁTICAS

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DE ACORDO COM A NBR 15575, PARA AS DIVERSAS ZONAS BIOCLIMÁTICAS AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DE ACORDO COM A NBR 15575, PARA AS DIVERSAS ZONAS BIOCLIMÁTICAS Camila Carvalho Ferreira (1) ; Iraci Miranda Pereira (2) (1) Universidade

Leia mais

ABNT NBR (2008) Edifícios Habitacionais de Até Cinco Pavimentos Desempenho. Resumo dos itens relacionados ao Desempenho Térmico

ABNT NBR (2008) Edifícios Habitacionais de Até Cinco Pavimentos Desempenho. Resumo dos itens relacionados ao Desempenho Térmico ABNT NBR 15575 (2008) Edifícios Habitacionais de Até Cinco Pavimentos Desempenho Resumo dos itens relacionados ao Desempenho Térmico SUMÁRIO Assunto pg. Parte 1: Requisitos Gerais 1 Anexo A (Informativo):

Leia mais

Desempenho Térmico de edificações Aula 12: Diretrizes Construtivas para Habitações no Brasil NBR15220

Desempenho Térmico de edificações Aula 12: Diretrizes Construtivas para Habitações no Brasil NBR15220 Desempenho Térmico de edificações NBR15220 PROFESSOR Roberto Lamberts ALEJANDRO NARANJO ECV 5161 UFSC FLORIANÓPOLIS estrutura introdução parte 3 NBR15220 exemplo 2 x Normas de Desempenho Buscam atender

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DE CARACTERÍSTICAS DE MATERIAIS TRANSPARENTES DE MESMA COLORAÇÃO

ANÁLISE COMPARATIVA DE CARACTERÍSTICAS DE MATERIAIS TRANSPARENTES DE MESMA COLORAÇÃO I CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO 18-21 julho 24, São Paulo. ISBN 85-89478-8-4. ANÁLISE COMPARATIVA DE CARACTERÍSTICAS DE

Leia mais

SERT ANÁLISE: CONFORTO AMBIENTAL

SERT ANÁLISE: CONFORTO AMBIENTAL SERT ANÁLISE: CONFORTO AMBIENTAL A casa Sert localiza-se na cidade de Cambridge no condado de Middlesex, no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos. Encontra-se no Hemisfério Norte, numa latitude de

Leia mais

DESEMPENHO TÉRMICO EM HABITAÇÃO POPULAR: ADEQUAÇÃO DE MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

DESEMPENHO TÉRMICO EM HABITAÇÃO POPULAR: ADEQUAÇÃO DE MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DESEMPENHO TÉRMICO EM HABITAÇÃO POPULAR: ADEQUAÇÃO DE MÉTODOS DE AVALIAÇÃO P N Lemos & M J Barbosa Universidade Estadual de Londrina Centro de Tecnologia e Urbanismo Departamento de Construção Civil Campus

Leia mais

O PAPEL DA INÉRCIA TÉRMICA COMO TÉCNICA DE RESFRIAMENTO PASSIVO PARA RESIDÊNCIAS EM CLIMA QUENTE E ÚMIDO ESTUDO DE CASO EM FLORIANÓPOLIS.

O PAPEL DA INÉRCIA TÉRMICA COMO TÉCNICA DE RESFRIAMENTO PASSIVO PARA RESIDÊNCIAS EM CLIMA QUENTE E ÚMIDO ESTUDO DE CASO EM FLORIANÓPOLIS. O PAPEL DA INÉRCIA TÉRMICA COMO TÉCNICA DE RESFRIAMENTO PASSIVO PARA RESIDÊNCIAS EM CLIMA QUENTE E ÚMIDO ESTUDO DE CASO EM FLORIANÓPOLIS. RESUMO Solange Goulart Environmental & Energy Studies Programme

Leia mais

TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS. Estratégias por TRY e Normais Climatológicas. M.Sc. Arq. Elena M. D. Oliveira

TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS. Estratégias por TRY e Normais Climatológicas. M.Sc. Arq. Elena M. D. Oliveira TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA Estratégias por TRY e Normais Climatológicas M.Sc. Arq. Elena M. D. Oliveira CARTA PSICROMÉTRICA CARTA BIOCLIMÁTICA CARTA BIOCLIMÁTICA CARTA

Leia mais

Indicador do comportamento térmico passivo de habitações: Inverno

Indicador do comportamento térmico passivo de habitações: Inverno Eficiência Energética e Comportamento Passivo dos Edifícios Indicador do comportamento térmico passivo de habitações: Inverno Armando Pinto Laboratório Nacional de Engenharia Civil apinto@lnec.pt Ponto

Leia mais

DESEMPENHO TÉRMICO DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL COM DIFERENTES SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM SANTA CATARINA.

DESEMPENHO TÉRMICO DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL COM DIFERENTES SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM SANTA CATARINA. DESEMPENHO TÉRMICO DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL COM DIFERENTES SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM SANTA CATARINA. Thiago do Prado Lopes (1); Solange Goulart (2); Roberto Lamberts (3); (1) Departamento de Engenharia

Leia mais

ANEXO 3. Considerações para Eficiência Energética no projeto de Edificações Comerciais, de Serviço e Públicas

ANEXO 3. Considerações para Eficiência Energética no projeto de Edificações Comerciais, de Serviço e Públicas ANEXO 3 DADOS RELATIVOS À EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Considerações para Eficiência Energética no projeto de Edificações Comerciais, de Serviço e Públicas 1. Considerações gerais As edificações comerciais apresentam

Leia mais

Introdução à Ciências Atmosféricas

Introdução à Ciências Atmosféricas Universidade Federal do Oeste do Pará Instituto de Engenharia e Geociências Programa de Ciências da Terra Bacharelado Interdisciplinar em Ciências da Terra Ana Márcia dos Anjos Silva Eliude Ferreira Iverson

Leia mais

Eficiência térmica de habitação de baixo custo estruturada em aço

Eficiência térmica de habitação de baixo custo estruturada em aço Eficiência térmica de habitação de baixo custo estruturada em aço 1. Introdução 1.1 Projeto de habitações de baixo custo I- M.Sc., Engenheiro Civil. II- Professor do DECAT/EM/UFOP. III- Professor do DECIV/EM/UFOP

Leia mais

O programa computacional de simulação termo-energética deve possuir, no mínimo, as seguintes características:

O programa computacional de simulação termo-energética deve possuir, no mínimo, as seguintes características: 6. SIMULAÇÃO 6.1. Pré-requisitos específicos 6.1.1. Programa de simulação O programa computacional de simulação termo-energética deve possuir, no mínimo, as seguintes características: ser um programa para

Leia mais

EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS EM BRASÍLIA, UMA ANÁLISE BIOCLIMÁTICA

EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS EM BRASÍLIA, UMA ANÁLISE BIOCLIMÁTICA EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS EM BRASÍLIA, UMA ANÁLISE BIOCLIMÁTICA Alexandra A. Maciel (1), Roberto Lamberts (2) (1) LabEEE, Departamento de Engenharia Civil/UFSC, end: UFSC, c. postal 476, Florianópolis- SC-

Leia mais

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE UMA RESIDÊNCIA ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO PROGRAMA DE SIMULAÇÃO ARQUITROP: DIFICULDADES ENCONTRADAS

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE UMA RESIDÊNCIA ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO PROGRAMA DE SIMULAÇÃO ARQUITROP: DIFICULDADES ENCONTRADAS Avaliação do desempenho térmico de uma residência através da aplicação do programa de simulação ARQUITROP: O. Moraes, dificuldades L. C. Labaki encontradas Qualidade dos Edifícios desempenho térmico, residência,

Leia mais

Adriana Camargo de Brito a*, Elisa Morande Salles a, Fúlvio Vittorino b, Marcelo de Mello Aquilino a, Maria Akutsu a

Adriana Camargo de Brito a*, Elisa Morande Salles a, Fúlvio Vittorino b, Marcelo de Mello Aquilino a, Maria Akutsu a Artigos técnicos Avaliação de desempenho térmico de habitações segundo a Norma ABNT NBR 15575: aspectos a aprimorar 1 Thermal performance evaluation of dwellings according to ABNT NBR 15575 Standards:

Leia mais

DESEMPENHO SOCIAL, EM EDIFÍCIOS MULTIFAMILIARES, PRODUZIDAS PELO ARRENDAMENTO RESIDENCIAL PAR NA CIDADE DE PELOTAS/RS

DESEMPENHO SOCIAL, EM EDIFÍCIOS MULTIFAMILIARES, PRODUZIDAS PELO ARRENDAMENTO RESIDENCIAL PAR NA CIDADE DE PELOTAS/RS DESEMPENHO TÉRMICO DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL, EM EDIFÍCIOS MULTIFAMILIARES, PRODUZIDAS PELO PROGRAMA DE ARRENDAMENTO RESIDENCIAL PAR NA CIDADE DE PELOTAS/RS Daniela da Rosa Curcio (1); Antônio

Leia mais

MÉTODO ESTIMATIVO DA TEMPERATURA INTERNA DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS EM USO. Ana Lígia Papst de Abreu

MÉTODO ESTIMATIVO DA TEMPERATURA INTERNA DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS EM USO. Ana Lígia Papst de Abreu MÉTODO ESTIMATIVO DA TEMPERATURA INTERNA DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS EM USO Ana Lígia Papst de Abreu Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina

Leia mais

Aula 5. Recomendações da NBR 15220: Desempenho térmico de edificações

Aula 5. Recomendações da NBR 15220: Desempenho térmico de edificações Universidade Ibirapuera Arquitetura e Urbanismo 06.05.2015 CONFORTO AMBIENTAL: CLIMA Aula 5 Recomendações da NBR 15220: Desempenho térmico de edificações Profª Mª Claudete Gebara J. Callegaro claudete.callegaro@ibirapuera.edu.br

Leia mais

ENTECA 2003 IV ENCONTRO TECNOLÓGICO DA ENGENHARIA CIVIL E ARQUITETURA

ENTECA 2003 IV ENCONTRO TECNOLÓGICO DA ENGENHARIA CIVIL E ARQUITETURA ENTECA 2003 625 ANÁLISE DE DESEMPENHO TÉRMICO DE TRÊS PROTÓTIPOS HABITACIONAIS NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Emydio Silingovschi Junior Miriam Jeronimo Barbosa Cássio Kaminagakura Eduardo Mesquita

Leia mais

TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS. CONFORTO AMBIENTAL Aula 11

TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS. CONFORTO AMBIENTAL Aula 11 TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS CONFORTO AMBIENTAL Aula 11 USO RACIONAL DA ENERGIA Identificar onde, na edificação, ocorrem os maiores gastos. Geralmente consegue-se reduzir o gasto energético reduzindo

Leia mais

ANÁLISE QUALITATIVA DO DESEMPENHO TÉRMICO DE EMPREENDIMENTO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NA CIDADE DE PELOTAS RS

ANÁLISE QUALITATIVA DO DESEMPENHO TÉRMICO DE EMPREENDIMENTO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NA CIDADE DE PELOTAS RS X ENCONTRO NACIONAL e VI ENCONTRO LATINO AMERICANO de C O N F O R T O N O A M B I E N T E C O N S T R U Í D O Natal, 16 a 18 de setembro de 2009 ANÁLISE QUALITATIVA DO DESEMPENHO TÉRMICO DE EMPREENDIMENTO

Leia mais

Consumidores Inteligentes Casas Eficientes. Guia de Eficiência Energética e Hídrica nos Edifícios. 12.ª Edição Maio de Nexus Água-Energia

Consumidores Inteligentes Casas Eficientes. Guia de Eficiência Energética e Hídrica nos Edifícios. 12.ª Edição Maio de Nexus Água-Energia 12.ª Edição Maio de Guia de Eficiência Energética e Hídrica nos Edifícios Consumidores Inteligentes Casas Eficientes Nexus Água-Energia A Construção Sustentável é Económica Isolamento Termo- Acústico Eficiência

Leia mais

ESTUDO DO CONFORTO TÉRMICO DIURNO EM ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNÍCIPIO DE BRAGANÇA-PA.

ESTUDO DO CONFORTO TÉRMICO DIURNO EM ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNÍCIPIO DE BRAGANÇA-PA. ESTUDO DO CONFORTO TÉRMICO DIURNO EM ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNÍCIPIO DE BRAGANÇA-PA. Ronaldo da Silva Rodrigues¹; Antonio Carlos Lôla da Costa²; Bruno Takeshi Tanaka Portela³; Paulo Henrique Lopes Gonçalves

Leia mais

Carga Térmica. Definições. Métodos de Cálculo. Ferramentas de simulação. Normas. Condições externas e internas

Carga Térmica. Definições. Métodos de Cálculo. Ferramentas de simulação. Normas. Condições externas e internas Carga Térmica Definições Métodos de Cálculo Ferramentas de simulação Normas Condições externas e internas PME 2515 - Ar Condicionado e Ventilação Alberto Hernandez Neto -Direitos autorais reservados -

Leia mais

NBR 15575:2013 DESEMPENHO TÉRMICO, LUMÍNICO E ACÚSTICO

NBR 15575:2013 DESEMPENHO TÉRMICO, LUMÍNICO E ACÚSTICO NBR 15575:2013 DESEMPENHO TÉRMICO, LUMÍNICO E ACÚSTICO Marcia Menezes marciame@cte.com.br Consultora Gestora de Núcleo de Competência: Norma de Desempenho do CTE Consultoria e Gerenciamento na Cadeia Produtiva

Leia mais

UMA PROPOSTA DE NORMA TÉCNICA BRASILEIRA SOBRE DESEMPENHO TÉRMICO DE HABITAÇÕES POPULARES

UMA PROPOSTA DE NORMA TÉCNICA BRASILEIRA SOBRE DESEMPENHO TÉRMICO DE HABITAÇÕES POPULARES UMA PROPOSTA DE NORMA TÉCNICA BRASILEIRA SOBRE DESEMPENHO TÉRMICO DE HABITAÇÕES POPULARES Maurício Roriz (1) ; Enedir Ghisi (2) ; Roberto Lamberts (3) (1) Universidade Federal de São Carlos Departamento

Leia mais

ANÁLISE DO DESEMPENHO LUMÍNICO DE HABITAÇÕES POPULARES: CASO SANTA CRUZ - PB

ANÁLISE DO DESEMPENHO LUMÍNICO DE HABITAÇÕES POPULARES: CASO SANTA CRUZ - PB ANÁLISE DO DESEMPENHO LUMÍNICO DE HABITAÇÕES POPULARES: CASO SANTA CRUZ - PB Prof. Jean Carlo Fechine Tavares Universidade Federal da Paraíba, Campus I, Centro de Tecnologia Departamento de Arquitetura

Leia mais

INFLUÊNCIA DA RADIAÇÃO SOLAR GLOBAL NO AMBIENTE INTERNO: ESTUDO EXPERIMENTAL EM CÉLULAS DE TESTE

INFLUÊNCIA DA RADIAÇÃO SOLAR GLOBAL NO AMBIENTE INTERNO: ESTUDO EXPERIMENTAL EM CÉLULAS DE TESTE INFLUÊNCIA DA RADIAÇÃO SOLAR GLOBAL NO AMBIENTE INTERNO: ESTUDO EXPERIMENTAL EM CÉLULAS DE TESTE Grace T. C. de Seixas; Francisco Vecchia INTRODUÇÃO O presente artigo procura mostrar de forma experimental

Leia mais

Capítulo 5. Otimização e Caracterização Física dos Componentes do Sistema de Fachada

Capítulo 5. Otimização e Caracterização Física dos Componentes do Sistema de Fachada Ninguém poderá jamais aperfeiçoar-se, se não tiver o mundo como mestre. A experiência se adquire na prática. William Shakespeare Capítulo 5. Otimização e Caracterização Física dos Componentes do Sistema

Leia mais

CAMPO TERMO-HIGROMÉTRICO E O FATOR DE VISÃO DO CÉU NOS CÂNIONS URBANOS DE PONTA GROSSA-PR

CAMPO TERMO-HIGROMÉTRICO E O FATOR DE VISÃO DO CÉU NOS CÂNIONS URBANOS DE PONTA GROSSA-PR CAMPO TERMO-HIGROMÉTRICO E O FATOR DE VISÃO DO CÉU NOS CÂNIONS URBANOS DE PONTA GROSSA-PR 46 GABRIEL, Adrielle Laisa RIBEIRO, Jéssica Camila Garcia CRUZ, Gilson Campos Ferreira. 1 Introdução A urbanização

Leia mais

Desempenho Térmico de edificações Aula 12: Diretrizes Construtivas para Habitações no Brasil NBR 15575

Desempenho Térmico de edificações Aula 12: Diretrizes Construtivas para Habitações no Brasil NBR 15575 Desempenho Térmico de edificações NBR 15575 Roberto Lamberts ECV 5161 UFSC FLORIANÓPOLIS + objetivos + NBR 15575 + procedimentos de avaliação + prescritivo + simulação computacional + medição + prescritivo

Leia mais

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada CAMINHO DO SERRADO,, Localidade PONTA DO PARGO. Freguesia PONTA DO PARGO

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada CAMINHO DO SERRADO,, Localidade PONTA DO PARGO. Freguesia PONTA DO PARGO Válido até 27/11/2024 IDENTIFICAÇÃO POSTAL Morada CAMINHO DO SERRADO,, Localidade PONTA DO PARGO Freguesia PONTA DO PARGO Concelho CALHETA (MADEIRA) GPS 32.821781, -17.242818 IDENTIFICAÇÃO PREDIAL/FISCAL

Leia mais

Consumidores Inteligentes Casas Eficientes. Guia de Eficiência Energética e Hídrica nos Edifícios. 12.ª Edição Maio de Nexus Água-Energia

Consumidores Inteligentes Casas Eficientes. Guia de Eficiência Energética e Hídrica nos Edifícios. 12.ª Edição Maio de Nexus Água-Energia 12.ª Edição Maio de Guia de Eficiência Energética e Hídrica nos Edifícios Consumidores Inteligentes Casas Eficientes Nexus Água-Energia A Construção Sustentável é Económica Isolamento Termo- Acústico Eficiência

Leia mais

ESTIMATIVA DE TEMPERATURAS INTERNAS HORÁRIAS DE EDIFICAÇÕES A PARTIR DE TEMPERATURAS EXTERNAS: PROPOSTA DE MÉTODO ALTERNATIVO

ESTIMATIVA DE TEMPERATURAS INTERNAS HORÁRIAS DE EDIFICAÇÕES A PARTIR DE TEMPERATURAS EXTERNAS: PROPOSTA DE MÉTODO ALTERNATIVO XIII Encontro Nacional e IX Encontro Latino-americano de Conforto no Ambiente Construído ESTIMATIVA DE TEMPERATURAS INTERNAS HORÁRIAS DE EDIFICAÇÕES A PARTIR DE TEMPERATURAS EXTERNAS: PROPOSTA DE MÉTODO

Leia mais

Projeto de pesquisa realizado no curso de engenharia civil da UNIJUÍ 2

Projeto de pesquisa realizado no curso de engenharia civil da UNIJUÍ 2 ANÁLISE DA DENSIDADE DE FLUXO DE CALOR PARA DIFERENTES MÉTODOS CONSTRUTIVOS EM FECHAMENTOS OPACOS HORIZONTAIS NA LATITUDE 30 SUL 1 ANALYSIS OF HEAT FLOW DENSITY FOR DIFFERENT CONSTRUCTION METHODS IN HORIZONTAL

Leia mais

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA Coordenação Acadêmica

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA Coordenação Acadêmica PLANO DE CURSO Disciplina: FÍSICA DO CONFORTO AMBIENTAL Código: ARQ A29 Carga horária: 68 Pré-requisito: - Semestre letivo: 2º Turma: Noturno Horário: Quartas de 18:30 22:10 Docente: Akemi Tahara Titulação:

Leia mais

UTILIZAÇÃO DO NÚMERO DE GRAUS-DIA NA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TERMO-ENERGÉTICO DE EDIFICAÇÕES

UTILIZAÇÃO DO NÚMERO DE GRAUS-DIA NA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TERMO-ENERGÉTICO DE EDIFICAÇÕES Curitiba PR Brasil 5 a 7 de novembro de 2003 UTILIZAÇÃO DO NÚMERO DE GRAUS-DIA NA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TERMO-ENERGÉTICO DE EDIFICAÇÕES Homero J. M. de Carvalho (1), Francisco A. G. da Silva (2) (1)

Leia mais

EQUILIBRIO TÉRMICO ENTRE O HOMEM E O MEIO

EQUILIBRIO TÉRMICO ENTRE O HOMEM E O MEIO EQUILIBRIO TÉRMICO ENTRE O HOMEM E O MEIO Conforto térmico conforto térmico de um ambiente pode ser definido como a sensação de bem-estar experimentada por uma e/ou pela maioria das pessoas. Está relacionada

Leia mais

CONFORTO TÉRMICO RESIDENCIAL ANÁLISE DE CASO EM SANTA ROSA/RS 1

CONFORTO TÉRMICO RESIDENCIAL ANÁLISE DE CASO EM SANTA ROSA/RS 1 CONFORTO TÉRMICO RESIDENCIAL ANÁLISE DE CASO EM SANTA ROSA/RS 1 Joice Moura Da Silva 2, Jardel Hammes Hartmann 3, Claudinei Adriano Fagundes 4, Geovani Henrique Schuh 5, Claus Dante Schönardie 6. 1 Artigo

Leia mais

DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES

DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS: UNISINOS INSTITUTO TECNOLÓGICO EM DESEMPENHO E CONSTRUÇÃO CIVIL NORMA DE DESEMPENHO E OS SISTEMAS VERTICAIS DE VEDAÇÃO DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES Prof. Dr. Bernardo

Leia mais

DESEMPENHO TÉRMICO DE SALAS DE AULA DO CEFET-PR

DESEMPENHO TÉRMICO DE SALAS DE AULA DO CEFET-PR DESEMPENHO TÉRMICO DE SALAS DE AULA DO CEFET-PR KRÜGER, Eduardo (1); ADRIAZOLA, Marcia K.O. (2); MICHALOSKI, Ariel O. (3) (1) Eng. Civil, Dr.-Ing., Professor do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia

Leia mais

Manual de uso do objeto Energy Management System do programa EnergyPlus

Manual de uso do objeto Energy Management System do programa EnergyPlus Manual de uso do objeto Energy Management System do programa EnergyPlus Ana Paula Melo Leornardo Mazzaferro Letícia Gabriela Eli Marcelo Salles Olinger Rayner Maurício e Silva Machado Roberto Lamberts

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DE MODELAGENS DE ÁTICOS E ZONAS SUBTERRÂNEAS NO PROGRAMA ENERGYPLUS

ANÁLISE COMPARATIVA DE MODELAGENS DE ÁTICOS E ZONAS SUBTERRÂNEAS NO PROGRAMA ENERGYPLUS ANÁLISE COMPARATIVA DE MODELAGENS DE ÁTICOS E ZONAS SUBTERRÂNEAS NO PROGRAMA ENERGYPLUS MAZZAFERRO, Leonardo (1); SORGATO, Marcio José (2); MELO, Ana Paula (3); LAMBERTS, Roberto (4) (1) leomazzaferro_70@hotmail.com;

Leia mais

CONTRIBUIÇÕES PARA O APRIMORAMENTO DA NBR REFERENTE AO MÉTODO SIMPLIFICADO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS

CONTRIBUIÇÕES PARA O APRIMORAMENTO DA NBR REFERENTE AO MÉTODO SIMPLIFICADO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS CONTRIBUIÇÕES PARA O APRIMORAMENTO DA NBR 15.575 REFERENTE AO MÉTODO SIMPLIFICADO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS Adriana C. de Brito (1) ; Maria Akutsu (2) ; Fulvio Vittorino (3) ; Marcelo

Leia mais

ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO EM EDIFICAÇÕES: EFEITO DE DIFERENTES REVESTIMENTOS QUÍMICOS

ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO EM EDIFICAÇÕES: EFEITO DE DIFERENTES REVESTIMENTOS QUÍMICOS ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO EM EDIFICAÇÕES: EFEITO DE DIFERENTES REVESTIMENTOS QUÍMICOS G. M. PALMA, A. C. L. HORTA e P. R. F. ROSA Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Engenharia Química

Leia mais

AVALIAÇÃO PARAMÉTRICA DE DESEMPENHO TÉRMICO NA VILA TECNOLÓGICA DE CURITIBA

AVALIAÇÃO PARAMÉTRICA DE DESEMPENHO TÉRMICO NA VILA TECNOLÓGICA DE CURITIBA AVALIAÇÃO PARAMÉTRICA DE DESEMPENHO TÉRMICO NA VILA TECNOLÓGICA DE CURITIBA DUMKE, Eliane M.S. (1); KRÜGER, Eduardo L. (2). (1) Arquiteta, Mestranda do PPGTE, Profa. Curso de Arquitetura, Universidade

Leia mais

O ENTENDIMENTO SOBRE ARQUITETURA SUSTENTÁVEL NO EXEMPLO DO CASO BRASILEIRO A importância das questões de conforto

O ENTENDIMENTO SOBRE ARQUITETURA SUSTENTÁVEL NO EXEMPLO DO CASO BRASILEIRO A importância das questões de conforto ESTUDO DE CASO: CENPES II DA PETROBRAS NO RIO DE JANEIRO Uma atitude ambiental inovadora na arquitetura brasileira Joana Gonçalves jocarch@usp.br Arquiteta Dra. Profa. FAU USP Pesquisadora do LABAUT/ FAU

Leia mais

CAPÍTULO 6 CONCLUSÕES E SUGESTÕES

CAPÍTULO 6 CONCLUSÕES E SUGESTÕES CAPÍTULO 6 CONCLUSÕES E SUGESTÕES O objetivo deste trabalho consistiu em analisar o balanço de radiação na área de policultivo do Projeto SHIFT na Amazônia, durante a estação seca, comparando-o com área

Leia mais

SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS: ESTUDO DE CASO DE UM HOSPITAL USANDO ENERGY PLUS 8.0

SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS: ESTUDO DE CASO DE UM HOSPITAL USANDO ENERGY PLUS 8.0 SIMULAÇÃO ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS: ESTUDO DE CASO DE UM HOSPITAL USANDO ENERGY PLUS 8.0 Eng o. Denilson Boschiero do Espirito Santo sisterm@sisterm.com.br Sisterm Ar Condicionado - Campinas - SP www.sisterm.com.br

Leia mais

Tipo 1: espaços internos livres e área de estar na varanda. Tipo 2: mesa de jantar para 8, escritório e área de estar na varanda.

Tipo 1: espaços internos livres e área de estar na varanda. Tipo 2: mesa de jantar para 8, escritório e área de estar na varanda. IKAROS A idéia proposta pelo grupo alemão é de que este seja um espaço de vivência flexível, tornando possível que o usuário o configure conforme sua necessidade. O espaço foi pensado para ser amplo e

Leia mais

INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DA ENVOLTÓRIA NA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFICAÇÕES

INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DA ENVOLTÓRIA NA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFICAÇÕES INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DA ENVOLTÓRIA NA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFICAÇÕES Verônica Stefanichen Monteiro Faculdade de Arquitetura e Urbanismo CEATEC veronica.sm@puccampinas.edu.br Cláudia Cotrim Pezzuto

Leia mais

SENSAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO: RESPOSTAS DOS MORADORES DA VILA TECNOLÓGICA DE CURITIBA

SENSAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO: RESPOSTAS DOS MORADORES DA VILA TECNOLÓGICA DE CURITIBA SENSAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO: RESPOSTAS DOS MORADORES DA VILA TECNOLÓGICA DE CURITIBA KRÜGER, Eduardo L. (1); DUMKE, Eliane M.S. (2); MICHALOSKI, Ariel O. (3) (1) Eng. Civil, Dr.-Ing., Professor do Programa

Leia mais

PRECISÃO DO FATOR DE CORREÇÃO DO ANEL DE SOMBREAMENTO NA DETERMINAÇÃO DA IRRADIÂNCIA SOLAR DIRETA HORÁRIA USANDO DOIS PIRANÔMETROS RESUMO

PRECISÃO DO FATOR DE CORREÇÃO DO ANEL DE SOMBREAMENTO NA DETERMINAÇÃO DA IRRADIÂNCIA SOLAR DIRETA HORÁRIA USANDO DOIS PIRANÔMETROS RESUMO PRECISÃO DO FATOR DE CORREÇÃO DO ANEL DE SOMBREAMENTO NA DETERMINAÇÃO DA IRRADIÂNCIA SOLAR DIRETA HORÁRIA USANDO DOIS PIRANÔMETROS Modesto A. CHAVES 1, João Francisco ESCOBEDO 2, Alexandre DAL PAI 3 RESUMO

Leia mais

ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO NA CIDADE DE EUCLIDES DA CUNHA PAULISTA SP

ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO NA CIDADE DE EUCLIDES DA CUNHA PAULISTA SP ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO NA CIDADE DE EUCLIDES DA CUNHA PAULISTA SP Pedro Germano S. Murara 1 Margarete Cristiane de C. T. Amorim 2. INTRODUÇÃO A tendência da população mundial tem sido concentrar-se

Leia mais

ANÁLISE DE ARQUIVOS CLIMÁTICOS PARA A SIMULAÇÃO DO DESEMPENHO ENERGÉTICODE EDIFICAÇÕES

ANÁLISE DE ARQUIVOS CLIMÁTICOS PARA A SIMULAÇÃO DO DESEMPENHO ENERGÉTICODE EDIFICAÇÕES ANÁLISE DE ARQUIVOS CLIMÁTICOS PARA A SIMULAÇÃO DO DESEMPENHO ENERGÉTICODE EDIFICAÇÕES Camila Scheller Márcio José Sorgato Ana Paula Melo Roberto Lamberts Florianópolis, abril de 2015 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO

Leia mais

Saneamento e Meio ambiente para Arquitetura Edificações Sustentáveis Análise E1. G10. Brunieli Mori Juliana Oliveira Mayara Serra

Saneamento e Meio ambiente para Arquitetura Edificações Sustentáveis Análise E1. G10. Brunieli Mori Juliana Oliveira Mayara Serra Saneamento e Meio ambiente para Arquitetura Edificações Sustentáveis Análise E1 G10. Brunieli Mori Juliana Oliveira Mayara Serra Introdução A partir da análise do Edifício E1, entende-se que é papel do

Leia mais

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO LUMÍNICO ATRAVÉS DE MEDIÇÕES COM LUXÍMETRO

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO LUMÍNICO ATRAVÉS DE MEDIÇÕES COM LUXÍMETRO ENGENHARIAS AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO LUMÍNICO ATRAVÉS DE MEDIÇÕES COM LUXÍMETRO ZAFRA, Jennifer Carolina G. Estudante do Curso de Engenharia Civil de Infraestrutura ILATIT UNILA; E-mail: jennifer.zafra@aluno.unila.edu.br;

Leia mais

A INFLUÊNCIA DO ENVELOPE NO DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES OCUPADAS E VENTILADAS NATURALMENTE

A INFLUÊNCIA DO ENVELOPE NO DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES OCUPADAS E VENTILADAS NATURALMENTE X ENCONTRO NACIONAL e VI ENCONTRO LATINO AMERICANO de C O N F O R T O N O A M B I E N T E C O N S T R U Í D O Natal, 16 a 18 de setembro de 2009 A INFLUÊNCIA DO ENVELOPE NO DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES

Leia mais

7 Análise de Autovalores e Autovetores

7 Análise de Autovalores e Autovetores 7 Análise de Autovalores e Autovetores 7.1 Considerações iniciais As análises de vibração livre foram realizadas com o intuito de obter as frequências naturais e os modos de vibração dos modelos numéricos

Leia mais

ANÁLISE HIGRO-TÉRMICA DE FACHADAS VENTILADAS NAS CONDIÇÕES DE INVERNO

ANÁLISE HIGRO-TÉRMICA DE FACHADAS VENTILADAS NAS CONDIÇÕES DE INVERNO ANÁLISE HIGRO-TÉRMICA DE FACHADAS VENTILADAS NAS CONDIÇÕES DE INVERNO RESUMO Fernando Barth (1), Ana Carolina Grilo(2) (1)Professor Doutor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC (2) Graduando

Leia mais

Sua organização baseia-se em dois núcleos principais, chamados de wet core e light core. O wet core contém todos os sistemas associados à água e a

Sua organização baseia-se em dois núcleos principais, chamados de wet core e light core. O wet core contém todos os sistemas associados à água e a Participando da competição Solar Decathlon em 2009, e projetada por estudantes da Rice University, em Houston, a casa Zerow foi pensada não só para a competição, mas também para fazer parte de um projeto

Leia mais

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada AVENIDA INFANTE SANTO, 66, 7º B ESQ Localidade LISBOA.

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada AVENIDA INFANTE SANTO, 66, 7º B ESQ Localidade LISBOA. Válido até 24/09/2024 IDENTIFICAÇÃO POSTAL Morada AVENIDA INFANTE SANTO, 66, 7º B ESQ Localidade LISBOA Freguesia ESTRELA Concelho LISBOA GPS 38.709710, -9.165900 IDENTIFICAÇÃO PREDIAL/FISCAL Conservatória

Leia mais

Energy Plus Aplicabilidades e desafios na avaliação de eficiência energética de edificações

Energy Plus Aplicabilidades e desafios na avaliação de eficiência energética de edificações Energy Plus Aplicabilidades e desafios na avaliação de eficiência energética de edificações Rejane Magiag Loura, Dra. Professora Adjunta - Departamento de Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo EA/UFMG

Leia mais

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada R AFONSO DE ALBUQUERQUE, 6, 2 ESQ Localidade AGUALVA-CACÉM

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada R AFONSO DE ALBUQUERQUE, 6, 2 ESQ Localidade AGUALVA-CACÉM Válido até 02/10/2027 IDENTIFICAÇÃO POSTAL Morada R AFONSO DE ALBUQUERQUE, 6, 2 ESQ Localidade AGUALVA-CACÉM Freguesia AGUALVA E MIRA-SINTRA Concelho SINTRA GPS 38.767586, -9.298403 IDENTIFICAÇÃO PREDIAL/FISCAL

Leia mais

AMBIENTES DE PERMANÊNCIA PROLONGADA COM PISCINA SOBRE COBERTURA

AMBIENTES DE PERMANÊNCIA PROLONGADA COM PISCINA SOBRE COBERTURA AMBIENTES DE PERMANÊNCIA PROLONGADA COM PISCINA SOBRE COBERTURA Introdução Piscinas sobre coberturas são elementos arquitetônicos que, apesar de pouco frequente, aparecem em algumas edificações residenciais

Leia mais

Proposta de métodos para avaliação da eficiência energética. Edificações residenciais

Proposta de métodos para avaliação da eficiência energética. Edificações residenciais Proposta de métodos para avaliação da eficiência energética Edificações residenciais MÉTODO PRESCRITIVO Checklist MÉTODO PRESCRITIVO VANTAGENS - Simplificação, agilidade e redução de custos do processo

Leia mais

DESEMPENHO TÉRMICO DE TELHADOS VERDES: ALTERNATIVA PARA CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

DESEMPENHO TÉRMICO DE TELHADOS VERDES: ALTERNATIVA PARA CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS DESEMPENHO TÉRMICO DE TELHADOS VERDES: ALTERNATIVA PARA CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS Ana Julia Frizon 1 Pedro Henrique Branco Lázaro 2 Recursos Naturais Felippe Benavente Canteras 3 RESUMO Com o crescimento

Leia mais