Prefeitura Municipal de Porto Alegre Escola de Gestão Pública Curso: Educação para as Relações Étnico-raciais

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1 Prefeitura Municipal de Porto Alegre Escola de Gestão Pública Curso: Educação para as Relações Étnico-raciais Módulo I: Contexto histórico da questão racial no Brasil Aula I: Da colonização à Abolição Educador: André Luis Pereira Sociólogo OBSERVAPOA/SMGL Porto Alegre, março de A Escravidão: Cerceamento da liberdade humana que desencadeia diferentes processos para além da submissão. O homem submetido pela força, nem sempre é escravo. Podemos classificar uma comunidade escravista quando o trabalhador escravizado é considerado uma mercadoria; quando seu proprietário pode decidir onde, como e quando empregar seu trabalho; quando ao menos em teoria, a totalidade do produto do trabalho cativo pertence ao amo e, finalmente, quando o status servil é vitalício e hereditário.

2 A ESCRAVIDÃO NO BRASIL A chegada dos portugueses ao Brasil traz consigo novas formas de práticas econômicas; Extrativismo da madeira (exploração do pau-brasil); O monopólio dessa matéria-prima foi possibilitado não só pela sua localização, já que as florestas estavam próximas ao litoral, mas também pela colaboração dos índios, com os quais os portugueses desenvolveram um tipo de comércio primitivo baseado na troca o escambo; A desconfiança quanto às práticas culturais indígenas gerou a tentativa de escravização destes. A escravidão no Brasil inicia-se assim com os índios, paralelamente ao processo de desterritorialização. Diante dessa situação, os nativos só tinham dois caminhos a seguir: reagir à escravização ou aceitá-la. A escravidão e o tráfico negreiro Entre os anos de 1525 e 1851, mais de cinco milhões de africanos foram trazidos para o Brasil na condição de escravos, não estando incluídos neste número, que é uma aproximação, aqueles que morreram ainda em solo africano, vitimados pela violência da caça escravista, nem os que pereceram na travessia oceânica. Não se sabe quantos foram trazidos desde que o tráfico se tornou ilegal; A África já praticava o cativeiro muito antes da descoberta da América e a Europa já importava escravos africanos antes da descoberta do novo mundo, mas foi o tráfico para cá do Atlântico que transformou a caça de escravo na rendosa atividade para o próprio africano, em um mercado de escambo por mercadorias do novo mundo (principalmente o tabaco).

3 Os povos africanos que vieram para o Brasil, são originários, grosso modo, de dois grandes grupos linguísticos: sudaneses e bantos; Nos primeiros séculos do tráfico, chegaram ao Brasil preferencialmente africanos bantos, seguidos mais tarde pelos sudaneses. A disputa militar e a ocupação de territórios foi um dos principais processos de dominação que constituiu o mercado e o tráfico de africanos, sustentando assim todo sistema escravagista no Novo Mundo; A economia brasileira, de base agrícola, e posteriormente, com extrativismo mineral gerou um processo de mobilidade geográfica da escravidão: O ciclo do açúcar no Nordeste (Pernambuco e Bahia principalmente), até meados do séc. XVIII é o primeiro momento de grande utilização de mão-deobra escrava no país;

4 Com a descoberta do ouro em Minas, no séc. XVIII, há um deslocamento do tráfico para as Minas Gerais, correspondendo ao chamado Ciclo do Ouro; A mão-de-obra escrava foi utilizada de norte a sul do país, nas mais diversas atividades, desde o trabalho no campo (de menor complexidade) até atividades técnicas que requeriam maior conhecimento e desenvolvimento intelectual; Quanto as funções que exerciam, existiam três tipos de negros: 1. escravo de eito (usados na agricultura ou na mineração); 2. escravo do ganho (exerciam ofícios e prestavam serviços a terceiros mediante remuneração para o seu proprietário); 3. escravo doméstico (exerciam os trabalhos domésticos). A condição de vida dos africanos no período da escravidão O escravo era propriedade de seu senhor, não possuindo assim qualquer direito. Era o seu proprietário o responsável por garantir os elementos básicos à sua sobrevivência, como a alimentação chamados e as suas vestimentas. capitães-do-mato, que Era também vigiado pelos capturavam os escravos fugitivos e lhes aplicava os mais diversos tipos de castigos. Nas fazendas, trabalhavam até 16 horas por dia, principalmente no verão, enquanto existisse a claridade solar. A alimentação dos escravos era um problema para os comerciantes e importadores. Começava pelo embarque nas costas africanas. Parte dos mantimentos deterioravam pelo forte calor e a umidade durante a viagem. E eram servidos assim mesmo. O consumo ocasionava alimentar e a morte dos escravos. envenenamento

5 Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira. As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.

6 QUILOMBOS NO BRASIL EA SINGULARIDADE DE PALMARES Os Quilombos representam uma das maiores expressões de luta organizada no Brasil, em resistência ao sistema colonialescravista, atuando sobre questões estruturais, em diferentes momentos histórico-culturais do país, sob a inspiração, liderança e orientação político-ideológica de africanos escravizados e de seus descendentes de africanos nascidos no Brasil. Desde o princípio da colonização no século XVI, os africanos escravizados se engajaram num combate firme contra a condição de escravizados em núcleos de resistência diversos. Os quilombos, entre os quais destaca-se a República de Palmares, a Revolta dos Alfaiates, Balaiada, Revolta dos Malês, entre tantos outros núcleos que continuam no pós-abolição em oposição às consequências da escravidão, continuam numa luta por uma liberdade que sempre lhes foi negada.

7 O movimento abolicionista e a abolição da escravatura Ainda que seja parte integrante de um amplo e complexo processo histórico, é fato conhecido que a Abolição da escravidão no Brasil somente ocorreu depois do surgimento de um crescente e intenso movimento abolicionista, que tomou forma e tamanho na década de 1880, em diversas regiões do Império. Embora a existência e a repercussão de uma tensão antiescravista e, em alguns casos, emancipacionista estivesse, de longa data, presente no campo intelectual e político, na opinião pública e, até mesmo, no universo da resistência escrava, foi apenas a partir de meados da década de 1860 que a questão do fim da escravidão foi realmente colocada com avanços, recuos e descontinuidades nos espaços de poder e na sociedade civil; culminando na expansão e na popularização do movimento pela completa abolição da escravidão nos anos 1880.

8 Na década de 1880, o Brasil era uma das últimas nações do mundo que mantinham a escravidão. Apesar de alguns avanços, ainda havia no país cerca de 700 mil escravos. Então, algumas das grandes vozes do império abraçaram a causa abolicionista. Homens como Joaquim Nabuco, Castro Alves e José do Patrocínio queriam acabar com essa situação vergonhosa. Já os donos dos escravos, que eram os grandes latifundiários, responsáveis por quase toda a economia nacional, pressionavam paraquea aboliçãonão acontecesse, pois o trabalho nas fazendas dependia dessa mão-de-obra. Em 1850, o tráfico negreiro é oficialmente extinto com a Lei Eusébio de Queirós. Com o fim da principal fonte de obtenção de escravos, o preço destes elevou-se significativamente, uma vez que ocorre uma diminuição na sua oferta. Já em 1871, foi promulgada a Lei do Ventre Livre, que garante a liberdade aos filhos de escravos. Oito anos depois, em 1879, iniciou-se uma campanha abolicionista estimulada por intelectuais e políticos, como José do Patrocínio ( ) e Joaquim Nabuco ( ). O sistema escravista enfraqueceu-se mais ainda com a Lei dos Sexagenários (1885), que libertava todos os escravos com mais de 60 anos de idade. Em 5 de maio de 1888, o papa Leão XIII ( ), na encíclica In Plurimis, dirigida aos bispos do Brasil, pede-lhes apoio ao Imperador e a sua filha, na luta que estão a travar pela abolição definitiva da escravidão. Sintomaticamente no dia 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel ( ), extinguindo oficialmente a escravidão no Brasil.

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10 Referências bibliográficas GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Racismo e anti-racismo no Brasil. São Paulo: Editora 34, Classes, raças e democracia. São Paulo: Editora 34, A modernidade negra.in Teoria e Pesquisa, números 42 e 43 jan/jul Departamento de Ciências Sociais. CECH, Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, NASCIMENTO, Abdias do. O quilombismo. Petrópolis: Editora Vozes, SEYFERTH, Giralda. Colonização, imigração e a questãoracial no Brasil. REVISTA USP, São Paulo, n.53, p , março/maio SKIDMORE, Thomas E. Preto no Branco. Raça e Nacionalidade no Pensamento Brasileiro. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1976.

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