PERFIL DO RIO GRANDE DO NORTE

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1 PERFIL DO RIO GRANDE DO NORTE

2 Estado do Rio Grande do Norte GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Rosalba Ciarlini Rosado Governadora Robinson Mesquita de Faria Vice-Governador SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E DAS FINANÇAS Francisco Obery Rodrigues Júnior Secretário José Lacerda Alves Felipe Secretário Adjunto COORDENADORIA DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS Maria Anelise Araújo Maia Coordenadora INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE - IDEMA Manoel Jamir Fernandes Junior Diretor Geral Ivanosca Rocha Miranda Diretora Técnica Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra Diretor Administrativo EQUIPE TÉCNICA IDEMA Antonio Gurgel Guerra Azaias B. De Oliveira Eurico de Souza Leão Haroldo J.Abdon de Lyra IracyGoes de Azevedo Luzier Diniz da Silva Paulo E. Mourão Holanda EQUIPE TÉCNICA SEPLAN Américo Maia Catarina L.A. Lima Leite José Anchiêta de Lira José Lacerda Alves Felipe Maria Anelise A. Maia Marília C. de Freitas Wxlley R. L. Barreto COLABORADORES Ana C. Guedes O. Spinelli André Luis Nogueira Breno Carvalho Roos Carlos N. da Silva Isabela M. S. Resende Jéssica N. Tavares Joanna de Oliveira Guerra Rafael Cordeiro Araújo Raquel Maria C. Silveira Sonia M. F. Magalhães Valéria Fátima C. Araújo Valeska Mariana D. Melo Valmir J.da Silva Barros

3 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO EIXO FÍSICO AMBIENTAL Aspectos físicos territoriais Localização e Regionalização Vegetação e Ecossistemas Estaduais Clima Aspectos Urbanos Planejamento Urbano Transportes Vias de Transportes Saneamento Básico Comunicação Energia Aspectos Ambientais Unidades de Conservação Áreas de Proteção Ambiental no Rio Grande do Norte (APAS) Zonas de Proteção Ambiental Recursos Hídricos EIXO ECONÔMICO Produto Interno Bruto (PIB) Distribuição da produção no território potiguar Atividades que se destacaram nos municípios ( ) Principais atividades econômicas Agropecuária Agricultura Serviços Comércio Serviços Públicos Outros Serviços Recursos Minerais Exportações do RN Zona de Processamento de Exportações (ZPE) Turismo Pólos Turísticos Investimentos Turísticos Dados do Turismo do RN

4 4. EIXO INSTITUCIONAL Organização Político-administrativa Finanças Públicas EIXO SOCIAL Demografia Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) População Economicamente Ativa (PEA) Domicílio Segurança Saúde Educação Habitação Esporte BILIOGRAFIA CONSULTADA

5 5 1. APRESENTAÇÃO O Perfil do Rio Grande do Norte é um documento que apresenta informações gerais e atualizadas sobre o Estado do RN, que tem por objetivo contribuir com o trabalho de planejadores, professores, estudantes e o público geral. O documento reúne informações referentes a diversos aspectos da realidade norte-riograndense. Acredita-se que este trabalho seja o ponto de partida para aqueles que vão iniciar um estudo mais aprofundado do Estado, bem como para aqueles que desejam informações gerais e objetivas sobre o Rio Grande do Norte. O Perfil fornece informações sobre os diversos temas que abrangem o Estado, respectivamente: aspectos físico-ambientais, econômicos, institucionais e sociais. A partir do Eixo Físico Ambiental é possível identificar aspectos físicos territoriais do Estado, como área, clima, relevo, vegetação, etc, bem como aspectos urbanos e ambientais, que abordam questões relevantes ao planejamento urbano e conteúdos referentes ao meio ambiente. O Eixo Econômico aborda aspectos referentes ao Produto Interno Bruto PIB, e sobre as principais atividades econômicas desenvolvidas no Estado: agricultura, serviços, indústria, recursos minerais, exportações e turismo. O Eixo Institucional considera a estrutura político-administrativa do Estado, que demonstra como o RN está composto e dividido entre os poderes, atribuições e competências de cada entidade que o compõe. O Eixo também apresenta as finanças públicas do RN, relatando as receitas e despesas de todo o Estado. O Eixo Social explana questões referentes à Demografia do Estado, Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, População Economicamente Ativa - PEA, Domicílios, Segurança, Saúde, Educação, Habitação e Esportes. Os dados abordados no documento são apresentados a partir de elementos textuais, gráficos e índices, dentro de uma perspectiva temporal e com recorte geográfico, bem como as análises que explicam as implicações dos fatores.

6 6 2. EIXO FÍSICO AMBIENTAL 2.1 Aspectos físicos territoriais Localização e Regionalização O Estado do Rio Grande do Norte localiza-se na esquina do continente sulamericano, ocupando posição privilegiada em termos de localização estratégica, pois se trata do Estado brasileiro que fica mais próximo dos continentes africano e europeu. Com uma extensão de ,3 km 2, o Estado ocupa 3,41% de área da Região Nordeste e cerca de 0,62% do território nacional. Limita-se com o Estado do Ceará a Oeste, ao Sul com o Estado da Paraíba, e a Leste e ao Norte com o Oceano Atlântico. MAPA 1: LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO RN Fonte: IBGE, 2000.

7 7 TABELA 1: DISTÂNCIA ENTRE AS CAPITAIS BRASILEIRAS EM KM Maceió Manaus Natal Palmas Porto Alegre Porto Velho Recife Rio Branco R. Janeiro Salvador São Luís São Paulo Teresina Vitória Aracajú Belém B. Horizonte Boa Vista Brasília C. Grande Cuiabá Curitiba Florianópolis Fortaleza Goiânia João Pessoa Macapá Maceió Manaus Natal Palmas Porto Alegre Porto Velho Recife Rio Branco R. Janeiro Salvador São Luís São Paulo Teresina Vitória Fonte: DNIT

8 8 O território norte-rio-grandense localiza-se, mais precisamente, no hemisfério sul ocidental e seus pontos extremos são limitados pelos paralelos de 4 49`53``de latitude sul e pelos meridianos de 34 58`03``e 38 36`12`` de longitude oeste de Greenwich. A distância entre os pontos extremos do Norte-Sul é de 233 km e entre os pontos extremos Leste-Oeste, 403 km. O Rio Grande do Norte está situado próximo ao Equador, o que lhe confere características climáticas bem específicas, como o verão seco e a presença do sol durante a maior parte do ano. Assim, além da tradicional atividade salineira e de condições edáfico-climáticos para a produção de fruticultura irrigada, o Estado dispõe de um excelente potencial para a exploração da atividade turística, sendo o maior atrativo para esta ação, a extensa faixa litorânea com cerca de 410 km de praias belas e mares com temperaturas amenas. Além disso, está localizado perto de capitais importantes dos Estados do Nordeste, como Pernambuco, Ceará e Paraíba, conforme Tabela 1 apresentada acima das distâncias que envolvem todas as capitais do Brasil. Politicamente o Estado está dividido em 167 municípios, agrupados em oito Zonas Homogêneas de acordo com estudo realizado pela SEPLAN/IDEC em Este estudo levou em consideração os aspectos físicos, as características econômicas e demográficas das regiões.

9 9 MAPA 2: ZONAS HOMOGÊNEAS DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: IDEMA Outro zoneamento, utilizado pelo IBGE, agrupa os municípios do Estado em quatro mesorregiões e dezenove microrregiões. O estudo da geografia de um dado território requer a sua divisão em parcelas menores, ou regiões, que em geral, constituem áreas distintas por suas características físicas, econômicas, políticas, sociais, culturais e outras. Como se vê, o conceito de região está vinculado a critérios de agrupamento em torno de uma determinada referência física ou humana. A diversidade da paisagem geográfica, por exemplo, pode ser um bom critério de regionalização, pois a paisagem explicita nitidamente a desigualdade entre os lugares. No entanto, não se pode deixar de considerar a importância da economia como critério de regionalização que ultrapassa as fronteiras das regiões naturais, desconsiderando a paisagem. Critérios políticos para a divisão de um país em grandes regiões, Estados e municípios também não têm sido suficientes, pois diversos são os fatores a serem levados em consideração quando se pretende caracterizar os lugares e agrupá-los, classificando-os através de divisões regionais. Da mesma forma, o avançado e crescente

10 10 processo de comunicação em rede entre os lugares próximos e distantes, como o uso dos satélites pelas estações de rádio, televisão e Internet, tem incrementado o intercâmbio cultural, dificultando a regionalização pelo critério cultural. Observamos, entretanto, que os critérios predominantes nos diversos processos de regionalização têm sido os de ordem prática. Ou seja, as diferentes regionalizações a que os lugares são submetidos refletem, muitas vezes, necessidades políticoadministrativas, especialmente aquelas em que o interesse do Estado prevalece, em nome das necessidades de implementar políticas públicas em uma área territorial ampla e diversificada. Com o Estado do Rio Grande do Norte não é diferente. Mesmo tratando-se de um espaço relativamente pequeno (se comparado a outros Estados brasileiros), o Estado apresenta variada e complexa diversidade regional, que pode ser agrupada através de critérios como as diferentes paisagens do seu quadro natural, da sua economia e até mesmo os interesses de órgãos públicos para a organização sistemática de suas ações sobre o território estadual. Vejamos algumas das regionalizações adotadas para o Estado Zonas Fisiográficas As zonas fisiográficas são áreas que se distinguem das demais a partir de critérios geográficos, como os aspectos físicos, humanos e econômicos. No Rio Grande do Norte esta divisão foi adotada em 1975 pelo Governo do Estado, compreendendo as seguintes zonas: I - Zona Costeira Oriental- Envolve uma faixa de cerca de 40 km de largura, a partir do sul do Estado, até o município de Touros, cuja principal característica é a intensa urbanização em função de concentrar os municípios da Grande Natal. II - Zona Interior da Costa- Compreende a faixa que vai da Zona Costeira Oriental até o Seridó. Inclui os altos e médios cursos dos rios que compõem as principais bacias do leste do Estado, como o Ceará-Mirim, o Potengi, o Trairi e o Jacu. III - Zona Costeira do Norte- Ocupa a faixa litorânea que vai de Touros até Macau, caracterizando-se por sua baixa densidade demográfica, clima seco e vegetação de caatinga até bem próximo à costa.

11 11 IV- Zona Oriental Seridoense - Inclui os municípios situados no reverso da Serra da Borborema, que constitui um importante divisor de águas para algumas das bacias do leste e do próprio Seridó. V- Zona das Serras Centrais - Envolve as serras dos Quintos, de Santana e João do Vale. Nas áreas elevadas, o clima é ameno, com altas temperaturas no restante da zona. VI- Zona Centro-Sul Ocidental - É a maior das zonas fisiográficas, compreendendo os municípios da região serrana do Estado, os altos cursos dos rios Apodi-Mossoró e parte da bacia do Piranhas-Açu na porção Seridó Ocidental, e também trechos do sertão de Angicos. VII- Zona do Baixo Apodi-Açu - Refere-se à área dos baixos cursos dos rios Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu, e parte da Chapada do Apodi. Abrange grande parte dos municípios envolvidos na economia salineira, na produção de frutas tropicais e ainda na extração de petróleo e gás.

12 12 MAPA 3: ZONAS FISIOGRÁFICAS DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: IBGE Microrregiões Homogêneas No ano de 1970, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE estabeleceu critérios para a divisão do Estado em 10 Microrregiões Homogêneas. Esta nova regionalização procurou agrupar em pequenas regiões os municípios que apresentavam semelhanças e certa homogeneidade não só no quadro natural, mas também do ponto de vista econômico. I- Microrregião Salineira Norte-Riograndense - Corresponde aos tradicionais municípios da região produtora de sal, como Mossoró, Areia Branca e Macau, estendendo-se desde Baraúna até Guamaré. II- Microrregião Litoral de São Bento do Norte - É uma das menores microrregiões e sua extensão vai de Galinhos a Touros, sendo uma área que, no tempo em que essa regionalização foi feita, era voltada principalmente para agricultura de subsistência e pesca.

13 13 III- Microrregião de Natal - É a microrregião da capital e dos municípios localizados às suas proximidades. É a mais habitada e onde se concentram as atividades econômicas mais significativas, constituindo a planície litorânea, com clima quente e sub-úmido, com chuvas concentradas de março a junho e cujo verão seco e ensolarado propicia a exploração da atividade turística. IV- Microrregião de Açu e Apodi - Corresponde basicamente à área da Chapada do Apodi e parte dos municípios do baixo Açu. Têm em comum as duas bacias hidrográficas mais importantes do Estado. V- Microrregião do Sertão de Angicos É a microrregião mais central do Estado, e envolve municípios como Afonso Bezerra, Santana dos Matos e Angicos. Caracteriza-se principalmente pela baixa pluviosidade, sendo uma das áreas mais secas e quentes do RN. VI- Microrregião da Serra Verde Resulta da divisão da região agreste, sendo uma região seca e das mais quentes, ocupando parte da depressão sertaneja do Estado. João Câmara é o município mais importante. VII- Microrregião Agreste Potiguar Limita-se a leste com a microrregião de Natal, sendo uma área de pluviosidade média em torno de 800 a1000 mm por ano, com clima predominantemente quente, úmido e sub-úmido. Nova Cruz é a sua cidade mais importante. VIII- Microrregião Borborema Potiguar - Abrange os chamados contrafortes da Serra da Borborema, sendo uma área de transição entre o sertão seco e o agreste. Concentra alguns pontos mais elevados do relevo do Estado. IX- Microrregião Seridó É uma das regiões mais secas do Estado e que apresenta certos contrastes paisagísticos, com importantes vales fluviais, como os dos rios Seridó e Piranhas-Açu, algumas das mais importantes serras do Estado como as de João do Vale, da Coruja, das Queimadas, da Garganta, dos Quintos e São Bernardo. X- Microrregião Serrana Norte-Riograndense Envolve os municípios da área conhecida como Tromba do Elefante e tem como principal característica a existência de um relevo com altitudes significativas, denominado localmente como serras.

14 14 MAPA 4: MICRORREGIÕES HOMOGÊNEAS DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte IBGE Mesorregiões Geográficas No ano de 1989, o IBGE realizou mais uma divisão regional do Brasil. O Estado do RN foi dividido em quatro mesorregiões geográficas, subdivididas em microrregiões que agrupam os municípios, apresentando semelhanças em seus aspectos físicos e humanos.

15 15 MAPA 5: MESOREGIÕES DO RN Fonte: IDEMA. As microrregiões do RN são: Agreste Potiguar, Angicos, Baixa Verde, Borborema Potiguar, Chapada do Apodi, Litoral Sul, Mossoró, Pau dos Ferros, Serra de Santana, Serra de São Miguel e Umarizal.

16 16 MAPA 6: MICROREGIÕES DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: IDEMA Regiões de Desenvolvimento Em 1997 foi desenvolvido o primeiro Plano de Desenvolvimento Sustentável com uma visão sistêmica de todo o Estado. A idéia norteadora foi a importância que os processos econômico-sociais tem, para assegurar a sustentabilidade dos recursos ambientais continuados. Além disso, um grande esforço teve o foco final fundamentado na redução da pobreza de seus habitantes. Para tanto, o Estado foi dividido em oito Regiões de Desenvolvimento.

17 17 MAPA 7: REGIÕES DE DESENVOLVIMENTO Fonte: SEPLAN As regiões foram divididas de acordo com as características das potencialidades locais, apresentadas a seguir: I - Região Agreste, Potengi e Trairi A Região Agreste, Potengi e Trairi são formadas pela união de 41 municípios.

18 18 MAPA 8: REGIÃO AGRESTE, POTENGI E TRAIRI Fonte: SEPLAN Potencialidades da Região: Existência de arranjos produtivos locais; Presença de solo fértil propício à agricultura; Existência de feiras livres; Atividades e festas religiosas; Recursos naturais, culturais e arqueológicos com potencial turístico; Manifestações artísticas, artesanais, e folclóricas; Habilidades profissionais básicas em atividades tradicionais; Presença de técnicos qualificados em áreas específicas; Instituições de ensino superior e de formação técnica; Disponibilidade de recursos hídricos; Surgimento de empresas com potencial inovador (indústria têxtil, de laticínios e na avicultura);

19 19 Segmentos Dinâmicos da Economia Regional: Turismo (ecoturismo, serrano); Agropecuária (pecuária leiteira, abacaxi, caprino e ovinocultura, mandioca, avicultura, cajucultura); Indústria (confecções, agroindústria: mandioca, laticínios, castanha de caju) Água marinha; Comercial (varejista). II - Região Alto Oeste A Região Alto Oeste é formada pela união de trinta e sete municípios. MAPA 9: REGIÃO ALTO OESTE Fonte: SEPLAN Potencialidades Recursos hídricos; Relevo (vales, serras, lajedos);

20 20 Solos de boa qualidade; Instituições de ensino superior; Instituições e profissionais de assistência técnica agropecuária; Prefeitos municipais e funcionários públicos com elevado grau de escolaridade; Organizações da sociedade civil: conselhos, associações urbanas e rurais, sindicatos de trabalhadores rurais, grupo de jovens e idosos; Meios de comunicação, principalmente rádios comunitárias; Manifestações culturais; Cultura do artesanato diversificada. Segmentos Dinâmicos da Economia Regional: Turismo (serrano, religioso, ecoturismo); Agropecuária (culturas alimentares, arroz, feijão, fava e milho, suinocultura, cajucultura, caprinocultura, apicultura); Indústria (agroindústria: castanhas de caju e doces, torrefação, mel de abelha, confecções, carrocerias para caminhão); Mineral (água marinha); Comercial (varejista);

21 21 III - Região Litoral Norte A Região do Litoral Norte é formada pela união de 19 municípios. MAPA 10: REGIÃO LITORAL NORTE Fonte: SEPLAN Potencialidades: Atividades econômicas: turismo, artesanato, carcinicultura, assentamentos, fruticultura irrigada, pesca, cajucultura, caprino e ovinocultura, apicultura, comércio, mineração; Beleza natural das praias, clima tropical, luminosidade e ventos; Solo fértil em algumas áreas; Água proveniente de lençóis subterrâneo, açudes, lagoas e rios; Ecoturismo (Pico do Cabugi, serras, cavernas e cachoeiras); Recursos naturais para energias alternativas; Instituições de ensino superior e de formação técnica; Existência de capital humano e social nos municípios

22 22 Segmentos Dinâmicos da Economia Regional: Turismo (sol e mar, ecoturismo); Agropecuária (caprino e ovinocultura, pecuária leiteira, apicultura, abacaxi, sisal); Indústria (laticínios); Mineral (petróleo, sal, ouro, calcário); Comercial (varejista); IV - Região Médio Oeste A Região Médio Oeste é formada pela união de 8 municípios. MAPA 11: REGIÃO MÉDIO OESTE Fonte: SEPLAN

23 23 Potencialidades: Disponibilidade de água superficial e subterrânea; Solo fértil; Existência de instituições provedoras de assistência técnica; Instituições de ensino superior e de formação técnica; Agricultura diversificada; Artesanato diversificado; Bovinocultura, caprino e ovinocultura, apicultura piscicultura; Disponibilidades de fonte de energia; Mão de obra qualificada em atividades específicas; Canais e instrumentos para comercialização de produtos regionais; Existência de associativismo, cooperativismo, fóruns e conselhos institucionais Segmentos Dinâmicos da Economia Regional: Turismo (ecoturismo); Agropecuária (culturas alimentares: milho e feijão; cajucultura, alho, piscicultura, caprino e ovinocultura); Indústria (agroindústria: castanha de caju, laticínios, frutas, mel de abelha); Mineral (água mineral, calcário, gipsita, petróleo, água marinha); Comercial (varejista);

24 24 V - Região Mossoroense A Região Mossoroense é formada pela união de 6 municípios. MAPA 12: REGIÃO MOSSOROENSE Fonte: SEPLAN Potencialidades: Disponibilidade de água superficial de subterrânea; Diversificados recursos minerais (petróleo, gás natural, calcário, sal, argila, gipsita, água mineral, areia); Condições climáticas e geográficas favoráveis; Ambientes com potencial turístico e econômico; Recursos humanos disponíveis; Instituições de ensino superior e de formação técnica; Destaque na atuação do associativismo (cooperativas e associações) para produção e comercialização; Atuação de instituições de controle e participação social;

25 25 Base produtiva diversificada: agricultura, apicultura, sal, petróleo, pequenos negócios, fruticultura, e aqüicultura; Eventos socioculturais e religiosos. Segmentos Dinâmicos da Economia Regional: Turismo (sol e mar, cultura, negócios, eventos); Agropecuária (fruticultura irrigada: melão, manga e melancia; cajucultura, caprino e ovinocultura, apicultura; culturas alimentares: milho e feijão; pecuária leiteira e de corte); Indústria (cimento, minerais metálicos, movelaria, papel e papelão, indústria química, vestuário, calçados, tecidos, produtos alimentícios: beneficiamento de castanha de caju e frutas; rações, indústria mecânica, cerâmica fina, indústria salineira, torrefação); Mineral (petróleo, gás, calcário, água mineral); Comercial (atacadista, varejista, supermercados).

26 26 VI - Região Metropolitana de Natal A Região Metropolitana de Natal é formada pela união de 10 municípios MAPA 13: REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL Fonte: SEPLAN Potencialidades: Físico-Territorial Riqueza do patrimônio natural; Riqueza da paisagem; Riqueza do patrimônio histórico e ambiente construído; Diversidade e riqueza cultural; Liderança estadual em pesquisa; Densidade de recursos humanos qualificados; Integração metropolitana. Socioeconômica Dinamismo econômico;

27 27 Turismo e lazer; Construção civil; Indústria de transformação (alimentos e bebidas, têxtil e confecções); Atividade pesqueira; Carcinicultura; Comércio em crescimento; Posição geográfica estratégica; Diversas instituições de ensino superior. Segmentos Dinâmicos da Economia Regional: Turismo (sol e mar, eventos religiosos, esporte radical); Agropecuária (cana de açúcar, carcinicultura, floricultura, pecuária leiteira, mandioca, avicultura, fruticultura irrigada, culturas de vazante, cajucultura); Indústria (têxtil, confecções, bebidas, álcool, açúcar, movelaria, construção civil, cerâmica, casa de farinha); Mineral (água mineral, argila); Comercial (atacadista, varejista, supermercados).

28 28 VII - Região do Seridó A Região do Seridó é formada pela união de 28 municípios. MAPA 14: REGIÃO DO SERIDÓ Fonte: SEPLAN Potencialidades: Ambiental Biodiversidade; Rede de açudes; Otimização das áreas irrigáveis do Seridó; Gerenciamento dos recursos hídricos; Solos férteis; Manejo florestal da caatinga; Modificação do balanço energético; Recursos minerais; Aproveitamento do lixo urbano;

29 29 Participação social e preservação ambiental. Tecnológica Base de recursos humanos; Disponibilidade de núcleos de recursos humanos, capacitados a nível de mestrado e doutorado; Existência de cultura pautada por inovações; Campo para a interação dos esforços de C&T e meio ambiente; Demanda social pela expansão da capacidade tecnológica. Econômica Presença na região da segunda bacia leiteira do Estado; Dinamismo e diversidade da base econômica urbana local; Potencial para expansão de diversas atividades e sua cadeia produtiva; Conceito positivo entre os consumidores da "marca SERIDÓ"; Tradição comercial da região; Riqueza mineral; Relativamente boa base educacional; Melhoria da capacidade tecnológica; Existência de uma base inicial de cooperativas; Sociocultural Os avanços ocorridos na oferta de alguns serviços; A existência de um programa abrangente de redução do déficit de moradia; Político-institucional Envolvimento da Sociedade; Nível de Organização Comunitária; Alterações Positivas no Sistema Municipal de Governo; Organização da Produção; Aparato Institucional de Apoio Técnico; Segmentos Dinâmicos da Economia Regional Turismo (ecoturismo, serrano rural, negócios, eventos, caverna); Agropecuária (pecuária leiteira e de corte, piscicultura, mandioca, cajucultura, caprinocultura, culturas de vazante); Indústria (confecções, cerâmica, laticínios, sapatos, indústria artesanal, pedra, couro, madeira);

30 30 Mineral (feldspato, caulim, ferro, tungstênio); Comercial (atacadista, varejista, supermercados). VIII - Região do Vale do Assú A Região do Vale do Assú é formada pela união de 11 municípios. MAPA 15: REGIÃO VALE DO ASSÚ Fonte: SEPLAN Potencialidades: Disponibilidade de água superficial e subterrânea; Condições climáticas e geográficas favoráveis; Indústria salineira; Eventos socioculturais e religiosos; Agricultura familiar em expansão; Ambientes com potencial turístico e econômico; Existência de organizações sociais; Recursos humanos disponíveis;

31 31 Indústria petrolífera; Instituições de ensino superior e de formação técnica; Agroindústria. Segmentos Dinâmicos da Economia Regional: Turismo (sol e mar, ecoturismo); Agropecuária (fruticultura irrigada: melão, manga, melancia e banana; piscicultura e carcinicultura); Indústria (cerâmica agroindústria: frutas e laticínios; mármore, salineira, petrolífera, termoelétrica); Mineral (petróleo, gás, calcário, sal, argila); Comercial (varejista); Vegetação e Ecossistemas Estaduais As formações vegetais estão diretamente relacionadas aos fatores climáticos, ao tipo de solo e ao relevo. No Rio Grande do Norte, essas formações vegetais determinam sete ambientes ecológicos, também denominados de ecossistemas, os quais são: Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Floresta das Serras, Floresta Ciliar de Carnaúba, Vegetação das Praias e Dunas e os Manguezais. Ao longo dos séculos as formações vegetais que caracterizavam o Rio Grande do Norte foram vítimas de muitas agressões. A cobertura vegetal primitiva foi quase toda destruída. O que hoje existe é uma vegetação secundária, apresentando um porte bastante inferior em relação ao passado. I - A Caatinga palavra de origem indígena significa mato branco (tupi) ou seridó (cariri), refere-se à aparência da vegetação no período seco. Existem outras denominações populares carrasco, sertão etc. É a vegetação que caracteriza o semiárido norte-riograndense, com uma predominância de 80% da cobertura vegetal no Estado. O clima Semi-Árido ou Semi-Árido Rigoroso que prevalece na maior parte do território estadual é associado a uma constituição predominante de solos pedregosos: Litólicos Eutróficos e os Brunos não cálcicos são elementos definidores da flora da caatinga. Esses solos são rasos, bem drenados, situados em relevo plano a ondulado, originados a partir de diversas rochas, como os calcários, granitos e migmatitos como representa o mapa da geologia potiguar. A terra pedregosa, calcinada por sucessivos

32 32 dias de sol forte e pela ausência ou escassez de chuvas, gera arbustos ou pequenas árvores. Nos raros períodos de chuva, aparece alguma folhagem, que logo cai durante a longa estação seca. Nestas condições climáticas a oferta d água é sempre crítica, já que os rios ou riachos presentes nesse ecossistema, de acordo com o mapa de bacias hidrográficas, são temporários, estando secos na maior parte do ano. A Caatinga está representada no Rio Grande do Norte por duas formações: a Caatinga Hipoxerófila ou arbustiva arbórea e a Caatinga Hiperxerófila ou arbustiva. A Caatinga Hipoxerófila é formada predominantemente por árvores e arbustos. Essa vegetação perde as suas folhas e torna-se ressequida na época seca. Sem as folhas, as plantas não perdem água por transpiração e não fazem fotossíntese, reduzindo o metabolismo; esse fenômeno é chamado de estivação. Estão localizadas predominantemente no Agreste do Estado, em áreas de clima Sub-úmido seco e Semiárido. A Caatinga Hiperxerófila trata-se de uma formação vegetal resistente a grandes períodos de estiagem, é um tipo de vegetação mais seca, rala, de porte baixo, de solo pedregoso, raso e pouco fértil. Ela também se caracteriza por sua grande capacidade de adaptação à falta de água (ou xerofitismo) através de diferentes estratégias. São plantas quase todas espinhosas (bromeliáceas e cactáceas) a justificarem a roupa de couro que no passado os vaqueiros vestiam para arrebanhar o gado nas trilhas abertas na caatinga. Essa formação vegetal encontra-se nas áreas de clima Semi-árido e Semi-árido Rigoroso, localizadas de acordo com o mapa de clima do Rio Grande do Norte, portanto nas áreas mais quentes e secas do semi-árido norteriograndense. A estação chuvosa, também chamada de inverno, não é a estação fria, mas é menos quente do que o verão. O nordestino usa a palavra inverno não para indicar estação fria, de baixas temperaturas, mas para designar o período das chuvas. No período seco a vegetação da Caatinga torna-se ressequida. Algumas plantas como a barriguda, o xique-xique, a palmatória-deespinhos e as coroas de frades retêm água em seus tecidos por mais tempo que outras. São mecanismos de suas estruturas para acumular água, servindo de sustento para o gado e o homem. As suas raízes profundas são uma forma de buscar água no solo. As espécies vegetais mais comuns são: o pereiro, o juazeiro, a catingueira, a jurema-preta, o marmeleiro, o xique-xique, a macambira, entre outras. Quanto à Fauna, é composta principalmente por animais de pequeno porte e adaptados às condições locais, como o tatu-verdadeiro, o peba, o preá e o mocó. Na Caatinga ainda vive o primata sagüi-do-nordeste, e um cervídeo, o veado-catingueiro

33 33 (atualmente em processo de extinção). A utilização de queimadas para limpar áreas destinadas a roçados, bem como o aproveitamento da madeira na construção civil, nos fornos das cerâmicas, olarias e padarias, na produção do carvão vegetal e na construção de cercas, vem contribuindo para o desaparecimento progressivo da vegetação da Caatinga. Os desmatamentos talvez sejam hoje o problema ambiental de maior gravidade no Estado. II - A Mata Atlântica é um ecossistema formado pelo conjunto de vegetais e animais que se estende ao longo de toda a costa brasileira, do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, avançando pelo interior, ocupando os Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. No Rio Grande do Norte essa mata originalmente estendia-se pela costa litorânea, de Baía Formosa até Ceará- Mirim/Maxaranguape, hoje estando restrita numa faixa do Litoral Leste do Estado, a pequenos fragmentos em decorrência do intenso desmatamento, historicamente para o cultivo da cana-de-açúcar, mas também para a construção civil, para a indústria de móveis e pela expansão das cidades litorâneas. São florestas perenifólias, e sua ocorrência está ligada à pluviosidade e à umidade que condicionam a uma formação vegetal de maior porte e densidade, possibilitando uma variedade de espécies pertencentes a várias formas biológicas e extratos, dos quais os inferiores dependem do extrato superior. No Rio Grande do Norte, em 1500, época do descobrimento do Brasil, a área da mata original era aproximadamente de Km², 6% da área total do Estado. As primeiras referências sobre a Mata Atlântica brasileira estão na carta de Pero Vaz de Caminha escrita ao El-Rei de Portugal, ao descrever os nativos chamados pelos portugueses de índios. A sua destruição vem ocorrendo desde o período colonial com a extração do pau-brasil e em seguida, para dar lugar ao cultivo da cana-de-açúcar, coco, caju, bem como a urbanização,construção de estradas, indústrias e a prática do turismo predatório. Ainda assim, podemos notar a sua fisionomia exuberante em alguns trechos, no sul da Bahia, norte do Espírito Santo e na Serra do Mar. Dos Km² de florestas primitivas no Rio Grande do Norte, restam atualmente cerca de 840Km² de remanescentes florestais, distribuídos geralmente em pequenos fragmentos em diferentes áreas. Um dos mais extensos fragmentos de Mata Atlântica do Rio Grande do Norte é a Mata da Estrela, localizada no município de Baía Formosa. Trata-se de uma reserva particular do patrimônio natural, contando com cerca de hectares de florestas. Em

34 34 Natal, temos a área de preservação ambiental Parque das Dunas, conhecido também como Bosque dos Namorados, que foi criado em 1977 através do decreto estadual nº de 22 de Novembro de 1977, sendo a primeira Unidade de Conservação implantada no Rio Grande do Norte. Outras áreas estão protegidas em parques ou reservas, particulares ou públicas. A Mata Atlântica se constitui num dos ecossistemas de maior diversidade biológica do planeta, pois abriga uma flora e fauna autóctones, com espécies raras, endêmicas, ou seja, que não podem ser encontradas em nenhuma outra parte e muitas delas em processo de extinção. Destacamos das espécies arbóreas de maior porte: Paubrasil, Jatobá, Sucupira, Maçaranduba, Gameleira, Sapucaia, Pau-ferro, Peroba e a Amescla, além das orquídeas e trepadeiras.quanto à fauna podemos encontrar mamíferos como o timbu, o gato-maracajá-de-manchas-pequenas e o macaco guariba; aves, como a Choca barrada, o Beija-flor, o Aracuá e o raro pássaro Pintor verdadeiro; répteis, o Bico-doce e o Tejuaçu, além de uma riqueza de insetos herbívoros, aranhas arbo-rícolas e entre as formigas destaca-se a Tocandira, uma das maiores do mundo e encontrada no Parque Estadual das Dunas de Natal. A preservação desse ecossistema se deve à sua importância ambiental, que envolve: regulação e o fluxo dos mananciais hídricos assegura a fertilidade do solo, controla o clima das cidades e protege as encostas das serras e dunas da erosão. III - Os Cerrados são conhecidos regionalmente também como tabuleiros ou tabuleiros costeiros ou litorâneos. Os aspectos fisionômicos característico são de árvores tortuosas, esparsas, e intercaladas por um manto inferior de gramíneas e principalmente a presença de dois extratos, um arbóreo-arbustivo, com elementos isolados ou em grupos formando ilhas de vegetação como a mangabeira, a lixeira, o cajueiro; e um herbáceo ralo e descontínuo, caracterizado basicamente por gramíneas (capim). O Cerrado ocupa os baixos platôs (tabuleiros) do Litoral Oriental, ocorrendo em manchas muitas vezes associadas com vegetação de restinga e Caatinga. As áreas mais extensas dessa vegetação podem ser encontradas na porção sudeste do Rio Grande do Norte, em Canguaretama, Baía Formosa, Tibau do Sul e Pedro Velho e também na porção nordeste, próximo a Touros. Sua devastação vem se dando principalmente para o suprimento de lenha às cidades próximas e também para dar lugar às monoculturas da cana-de-açúcar, coco,

35 35 caju e à expansão urbana, de maneira que poucas são as áreas originais de Cerrado no Rio Grande do Norte. IV - As Serras são terrenos elevados com fortes desníveis, esse ambiente apresenta um ecossistema bastante diversificado, caracterizado pela Floresta das Serras, também chamada brejos de altitude. É composta de vegetais de grande porte. Desenvolve-se no Rio Grande do Norte nas partes mais altas das serras de topo plano, como as Serras de João do Vale, Santana, Martins, São Miguel e Luiz Gomes, e também numa estreita faixa entre a zona úmida e o Agreste do Estado, na região denominada de Borborema Potiguar. As regiões serranas podem ser facilmente localizadas no Mapa 16 de relevo do Rio Grande do Norte a seguir. MAPA 16: RELEVO DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: IDEMA. A sua flora está fortemente relacionada ao tipo de clima e ao relevo, podendo ser típicas de Caatinga arbórea no Sertão, com predominância de Pereiros, Marmeleiros e Aroeiras ou ainda caracterizadas por formações associadas à Mata Atlântica, como os brejos de altitude nas serras úmidas do Rio Grande do Norte, com predominância das

36 36 espécies Mulungu, Sabiá e Jatobá. Dessa forma percebe-se uma relação direta do porte e das características desse tipo de vegetação com os diferentes tipos de climas apresentados no mapa de clima potiguar. Quanto à fauna, é composta por inúmeras espécies de aves, como o Galo-de-campina, o Gavião pé-de-serra, o Concriz, as Rolinhas e os Juritis. Em face da ação antrópica está reduzida em quase sua totalidade, pela extração da madeira para obtenção da lenha ou ainda pela agricultura de subsistência. V - A Floresta Ciliar de Carnaúba, também chamada de mata de galeria, é um domínio vegetal formado pela palmeira carnaúba. Ocorrem nas baixadas mais úmidas e nas várzeas dos rios Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu. Envolvem árvores de grande porte, isoladas ou agrupadas e entremeadas por uma vegetação herbácea não muito densa, ocorrendo sobre solos arenosos num relevo de plano a suave ondulado. Pode ocorrer também em pequenas várzeas da zona úmida costeira oriental. É um tipo de vegetação que se adapta bem aos solos de várzea, mesmo aqueles salinos, daí sua destruição para aproveitamento de áreas para a produção de sal, dada sua localização nas várzeas terminais ou nos estuários. Essa formação vegetal é derrubada também para a extração de madeira. Vale ressaltar que uma quantidade expressiva dessa mata de carnaúbas foi submersa com a construção da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, nas várzeas dos rios Piranhas-Açu. VI - As Dunas são um ecossistema frágil diante das ações modificadoras impostas pelos homens, comprometendo o equilíbrio ecológico e uma função importante para as populações desses espaços, que é a recarga das águas subterrâneas. É constituída pela acumulação de areias, denominadas Quartzosas Distróficas Marinhas, depositadas pela ação dos ventos provenientes dos solos desestruturados, classificados no mapa de solos do Rio Grande do Norte. A cobertura vegetal que se fixa nas dunas, as Vegetações das Praias e Dunas são essencialmente rasteiras, resistentes às condições ambientais: umidade, nutrientes escassos e evaporação intensa. As plantas mais conhecidas são o Bredo de Praia, a Salsa-Roxa e a Ameixa. À medida que se afasta da praia, subindo as dunas, a vegetação aumenta de porte, surgindo arbustos que às vezes formam matas fechadas ou de pouca densidade, como exemplo o Guajiru, espécie bastante comum. Sua localização se estende ao longo de toda a costa, de Baía Formosa, no Litoral Oriental até Tibau no Litoral Norte. Os principais impactos sobre essa vegetação estão intimamente

37 37 relacionados à urbanização com a retirada da cobertura vegetal, desestabilizando as dunas, provocando o assoreamento de rios, riachos e lagoas. VII - Os Manguezais são um ecossistema costeiro composto por vegetais essencialmente arbóreos, e ocorrem na zona de transição entre os ambientes terrestres e marinhos. Característicos de regiões tropicais e subtropicais da terra estão sujeitos ao regime das marés. Os solos são salinos e ricos em matéria orgânica. O Manguezal ocorre nas margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro das águas dos rios e do mar, ou diretamente exposto à linha da costa. A cobertura vegetal, ao contrário do que acontece nas praias arenosas e nas dunas, instala-se em substratos de formação recente, de pequena declividade, sendo inundados alternadamente por água salgada e por água doce. As espécies mais encontradas são o mangue manso, mangue ratinho e o mangue vermelho ou sapateiro. A riqueza biológica desse ecossistema costeiro faz com que essas áreas sejam os grandes berçários naturais de várias espécies de organismos marinhos. MAPA 17: VEGETAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: IDEMA.

38 38 A fauna é composta principalmente de caranguejos e ostras, além de camarões, siris e moluscos. Peixes, aves e outros animais migram para os manguezais apenas durante a época da reprodução, depositando ali seus ovos, e os filhotes permanecem no local até estarem desenvolvidos o suficiente para deixar o manguezal e completar seu ciclo de vida no mar. No Rio Grande do Norte, de acordo com o Mapa 17 acima de vegetação, os mais representativos manguezais estão distribuídos ao longo do Litoral Oriental: Curimataú/Cunhaú, Potengi, Ceará-Mirim, Nísia Floresta/Papeba/Guaraíra e ao longo do Litoral Norte: Apodi/Mossoró, Açu e Guamaré/Galinhos. Esses remanescentes apresentam-se em faixas estreitas e descontínuas, acompanhando paredões de salinas ou em bosques ribeirinhos pouco adensados. Apesar de protegidos por lei, os manguezais vêm sendo desmatados há muito tempo. A atividade salineira e a carcinicultura são os principais responsáveis pela sua destruição, respectivamente para a construção de cristalizadores e viveiros. Portanto, a situação de preservação dos manguezais é bastante conflitante, haja vista o setor econômico persistir em utilizar os solos indiscriminadamente para expansão de suas atividades. Os manguezais que ficam mais próximos das áreas urbanas são indevidamente utilizados como depósitos de lixo Clima Segundo os autores do Atlas Rio Grande do Norte Estudo Geo-Histórico e Cultural, nos anos em que as chuvas caem com regularidade, como é o caso dos anos de 2006 e 2010 e levando-se em consideração entre os diversos fatores climáticos, apenas as médias anuais de precipitações e as isoietas por estas determinadas, o território do Rio Grande do Norte pode ser dividido em cinco tipos climáticos: I - Clima úmido é o clima de uma pequena área do litoral do Estado que vai do Município de Baía Formosa ao de Nísia Floresta, onde a média anual de chuvas fica acima de milímetros. Esse clima, na classificação de KOPPEN, equivale ao tropical chuvoso, com verão seco e com a estação chuvosa prolongando-se até os meses de julho/agosto. II - Clima sub-úmido esse clima vai do litoral de Parnamirim/Natal até o litoral de Touros, abrange também trechos da região serrana de Luís Gomes, Martins,

39 39 Portalegre e as partes mais elevadas da Serra João do Vale. As médias pluviométricas anuais situam-se entre 800 e milímetros de chuvas. Equivale na CLASSIFICAÇÃO DE KOPPEN ao clima tropical chuvoso, com inverno seco e com a estação chuvosa prolongando-se até o mês de julho. III - Clima sub-úmido seco esse tipo de clima abrange áreas da Chapada do Apodi e das Serras de Santana, São Bernardo e Serra Negra do Norte. As médias de precipitação situam-se entre 600 e 800 milímetros de chuvas por ano. Na classificação de KOPPEN esse clima equivale à transição entre o Tropical Típico (Aw) e o Semiárido (Bs). 1 IV - Clima semiárido esse clima abrange o Vale do Açu, parte do Seridó e do Sertão Central e o litoral que vai de São Miguel do Gostoso ao município de Areia Branca. Portanto, é o de maior abrangência no território estadual. Neste clima as médias de precipitação variam de 400 a600 milímetros de chuvas por ano. Na Classificação de KOPPEN equivale ao clima semi-árido (Bs). V - Clima semiárido intenso é o clima mais seco do Estado, pois a média anual fica em torno 400 de milímetros de chuvas. Esse tipo climático equivale na classificação de KOPPEN ao Clima-Árido (Bw) e abrangem os territórios municipais de Equador, Parelhas e Carnaúba dos Dantas no Seridó e São Tomé, Lajes, Pedro Avelino, Fernando Pedrosa, Angicos e Afonso Bezerra. 1 Classificação Climática de KOPPEN: Sistema de classificação climática global dos tipos climáticos mais utilizados na geografia, climatologia e ecologia, dividindo os climas em cinco grandes grupos e diversos tipos e subtipos.

40 40 MAPA 18: CLIMA DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: IDEMA 2.2 Aspectos Urbanos Planejamento Urbano De forma geral, o espaço urbano materializa-se através das relações do homem com o meio, definindo áreas de usufruto diferenciado e com funções específicas como: áreas comerciais, industriais, residenciais diferenciadas em termos de forma e conteúdo social, de serviços e gestão, lazer, além de áreas destinadas a reservas para futuras expansões espaciais ou à preservação ambiental. Não diferentemente ocorre com o espaço urbano no Rio Grande do Norte, pois o leque extenso de atividades e relações torna dinâmico o espaço, que seja ele planejado de forma eficaz. Para tanto, são necessários instrumentos e órgãos de planejamento, a fim de que o espaço seja ordenado de acordo com as necessidades econômicas e sociais.

41 41 No âmbito da Administração Direta, pode-se dizer que as Secretarias de Estado estão, mesmo que indiretamente, ligadas ao planejamento urbano no Rio Grande do Norte. Algumas delas podem ser citadas como principais órgãos marcantemente relacionados a tal planejamento, dentre as quais: Secretaria de Infraestrutura (SIN); Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH); Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças Públicas (SEPLAN); Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS); Secretaria Extraordinária para assuntos relativos à Copa do Mundo de 2014 (SECOPA). Na Administração Indireta podem ser citados o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (IDEMA); Companhia de Águas e Esgotos do RN (CAERN); Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento (CEHAB); Instituto de Gestão de Águas do RN (IGARN). Além disso, o Rio Grande do Norte conta com Legislações específicas acerca do tema. Deve-se citar como essencial o Plano Diretor de cada município, obrigatório para municípios com mais de 20 (vinte) mil habitantes, integrantes de Região Metropolitana, em área de Interesse Turístico e municípios situados em áreas de influência de empreendimentos ou atividades de significativo impacto ambiental na região ou no país (de acordo com o artigo 41 da Lei /2001). Nesse aspecto ainda é necessário que muitos municípios avancem na elaboração de seu Plano Diretor, mesmo em casos em que não sejam obrigatórios, a fim de evitar que o rápido desenvolvimento de alguns municípios do Estado se dê de forma desregrada e sem qualquer planejamento prévio. A Tabela 2 abaixo elenca os municípios que, de acordo com o Perfil dos Municípios Brasileiros IBGE/2009 possuíam Plano Diretor. TABELA 2: MUNICÍPIOS QUE POSSUEM PLANO DIRETOR RN Açu Natal Apodi Nísia Floresta Areia Branca Nova Cruz Baraúna Parnamirim Caicó Santa Cruz Canguaretama Santo Antônio Ceará Mirim São Gonçalo do Amarante Currais Novos São José de Mipibu Extremoz São Miguel

42 42 João Câmara Jucurutu Macaíba Maxaranguape Monte Alegre Mossoró Fonte: Perfil dos Municípios Brasileiros IBGE/2009. São Miguel do Gostoso São Paulo do Potengi Senador Georgino Avelino Tibau Tibau do Sul Touros TABELA 3: MUNICÍPIOS DO RN PLANO DIRETOR Total de Municípios 167 Total de Municípios com Plano Diretor 30 Total de Municípios com Plano Diretor orientado pelas regras previstas nas normas técnicas de acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida 27 Total de Municípios em fase de revisão de Plano Diretor 5 Total de Municípios em fase de elaboração do Plano Diretor 25 Fonte: IBGE/2009. A Tabela 4 a seguir apresenta os municípios que, por apresentarem determinadas características, deveriam possuir Plano Diretor por determinação do Estatuto das Cidades (Lei /2001). Fonte: IBGE TABELA 4: MUNICÍPIOS COM MAIS DE 20 MIL HABITANTES Açu Monte Alegre Apodi Mossoró Areia Branca Nísia Floresta Baraúna Nova Cruz Caicó Parelhas Canguaretama Parnamirim Ceará-Mirim Pau dos Ferros Currais Novos Santa Cruz Extremoz Santo Antônio Goianinha São Gonçalo João Câmara São José de Mipibu Macaíba São Miguel Macau Touros Natal

43 Transportes Vias de Transportes O aumento na quantidade de veículos tornou-se uma preocupação em todo o Brasil. No Rio Grande do Norte o crescimento se deu de forma tão rápida que não foi possível realizar um planejamento eficaz para que houvesse o crescimento da malha urbana. Como resultado, tem-se o caos no trânsito, estradas inapropriadas e, conseqüentemente, o crescimento no número de acidentes. Essa questão passou a ser alvo de políticas estaduais, tanto no tocante à melhoria da infraestrutura das estradas quanto à aderência do Governo Estadual à Campanha Trânsito na Paz. O crescimento do número de financiamentos de veículos no Estado é um dos grandes fatores que colaboram para o contexto apresentado. De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (DETRAN/RN), em 2010 o Rio Grande do Norte apresentava veículos zero quilômetro financiados e não financiados, sendo que a maior parte dos financiamentos ocorria no interior do estado, com carros financiados, em contraponto aos financiados em Natal. No início de 2013 o DETRAN informa que a frota do Rio Grande do norte é composta por veículos, estando na capital e nas demais cidades do Estado. Os dados podem ser visualizados com mais clareza na Tabela 5 abaixo: TABELA 5: DISTRIBUIÇÃO DA FROTA DO RN SEGUNDO TIPO DE VEÍCULO DEMAIS TIPO ESTADO % NATAL % % CIDADES Automóvel , , ,08 Caminhão , , ,82 Caminhão Trator , , ,27 Caminhonete , , ,76 Camioneta , , ,85 Ciclomotor 523 0, , ,18 Microonibus , , ,47 Motocicleta , , ,37 Motoneta , , ,00 Motor-casa , ,78 Onibus , , ,08 Reboque , , ,22

44 44 Semi-reboque , , ,74 Side-car , ,48 Trator de Rodas 92 0, , ,52 Trator Esteiras , Trator Misto , ,00 Triciclo 395 0, , ,76 Utilitário , , ,35 TOTAL , ,07 Fonte:Setor de Estatística/DETRAN-RN Esses dados podem ser explicados por meio da conjugação de uma série de fatores. Deve-se citar o crescimento rápido de várias cidades norteriograndenses dentro do período analisado e o aumento do número de financiamentos de veículos no interior. No tocante às motocicletas, deve-se ressaltar a grande quantidade existente no Estado. Por ser um veículo com valor mais acessível que o carro e por facilitar o acesso ao trânsito, crescem cada vez mais o número de motocicletas, principalmente no interior do Estado. De acordo com o DETRAN/RN, no início de 2013 a frota de motocicletas no Estado era de , sendo que 22,63% circulavam em Natal e 77,37% nos demais municípios. Este aumento do número de motocicletas repercute diretamente na grande quantidade de acidentes envolvendo condutores, que nem sempre dirigem suas motocicletas com a prudência necessária. Em relação à malha aérea do Estado, o Rio Grande do Norte possui três opções de embarque e desembarque: o Aeroporto Internacional Augusto Severo, localizado no município de Parnamirim, onde circulam diariamente entre e usuários de acordo com a Infraero; O Aeroporto de São Gonçalo do Amarante que está em fase de construção, com previsão de conclusão para Março de A previsão de fluxo é de 6,2 milhões de passageiros por ano, com oito pontos de embarque, quarenta e cinco posições para check-in e um terminal de cargas de 2.700m². Seu custo total está orçado em 70 milhões de reais; e o Aeroporto Dix-sept Rosado que realiza vôos domésticos e fica localizado na cidade de Mossoró, no interior do Estado. No que tange ao sistema portuário, o Rio Grande do Norte possui três portos: O Porto de Natal que foi construído em 1932 e se destaca na exportação de frutas, que representa 30% da movimentação do terminal, recebendo com regularidade navios para exportação de açúcar e importação de trigo.

45 45 Trânsito No que se refere aos acidentes de trânsito, o Rio Grande do Norte vem avançando em campanhas educativas e ações interventivas a fim de evitar acidentes e conscientizar a população. Mesmo assim, é necessária uma alerta para a quantidade de acidentes que ainda ocorrem por imprudência dos motoristas. Durante o ano de 2012, o DETRAN/RN registrou acidentes de trânsito no Estado, o que representou um aumento com relação ao ano de 2011, no qual foram registrados acidentes. A Tabela 6 e o Gráfico 1 abaixo demonstra essa situação. TABELA 6: ACIDENTES DE TRÂNSITO NO RN A 2012 ANO COM VITIMA SEM VITIMA COM VÍTIMA FATAL TOTAL Fonte: DETRAN RN GRÁFICO 1: ACIDENTES DE TRÂNSITO NO RN 2004 A Sem vítima Com vítima Com vítima fatal Fonte: DETRAN - RN

46 46 Rodovias A malha viária do Rio Grande do Norte é composta por rodovias federais e estaduais que interligam as principais cidades do Estado. O Mapa 19 abaixo apresenta as rodovias federais que cortam o Estado do Rio Grande do Norte. MAPA 19: RODOVIAS FEDERAIS DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT). De acordo com dados da Pesquisa CNT de Rodovias (2011) da Confederação Nacional de Trânsito (CNT), dos km de rodovias federais e estaduais analisados, 32,6% foram considerados regulares, 27,5% ruins e 8,1% em péssimas condições, restando apenas 31,8% em boas ou ótimas condições. Os dados podem ser observados na Tabela7 a seguir: TABELA 7: EXTENSÃO TOTAL DAS RODOVIAS FEDERAIS E ESTADUAIS ESTADO GERAL KM % Ótimo 111 6,3 Bom ,5 Regular ,6 Ruim ,5 Péssimo 143 8,1 TOTAL ,0 Fonte: Confederação Nacional de Trânsito CNT. Rodovias OBS: Ótimo e Bom = 31,8% Regular, Péssimo e Ruim = 68,2%.

47 47 De uma forma mais detalhada, o quadro seguinte permite vislumbrar as condições gerais, de pavimentação, sinalização e geometria das rodovias estaduais e federais que interligam o Rio Grande do Norte. As condições apresentadas apontam para rodovias, em sua maioria, no seu estado geral ruim ou regular. No tocante à pavimentação, metade das rodovias analisadas estão em condições regulares. Quanto à sinalização, item de extrema importância para a segurança do tráfego, a maioria das rodovias estão no parâmetro regular ou ruim. TABELA 8: RESULTADOS POR RODOVIAS PESQUISADAS NO RIO GRANDE DO NORTE Rodovia Extensão - Estado Km Geral Pavimento Sinalização Geometria RN Ruim Regular Regular Péssimo RN-023/BR Ruim Regular Ruim Péssimo RN Péssimo Ruim Péssimo Péssimo RN Ruim Ruim Ruim Péssimo RN Regular Regular Regular Ruim RN Péssimo Regular Péssimo Péssimo RN Ruim Regular Ruim Péssimo RNT-104/BR Ruim Regular Ruim Péssimo RNT-110/BR Péssimo Ruim Péssimo Péssimo RNT-226/BR Ruim Regular Regular Péssimo BR Regular Bom Regular Regular BR Bom Ótimo Bom Regular BR Regular Bom Regular Regular BR Regular Bom Regular Ruim BR Bom Bom Bom Regular BR Ruim Regular Ruim Ruim BR Regular Bom Regular Regular BR Regular Regular Ruim Ruim Fonte: Confederação Nacional de Trânsito CNT. Rodovias Os dados apresentados demonstram a necessidade de investimentos na infraestrutura de rodovias federais e estaduais no Rio Grande do Norte. As condições constatadas nas tabelas implicam inclusive para o aumento do número de acidentes nas

48 48 estradas, o que somado à imprudência de alguns motoristas, reflete diretamente no setor de saúde, devido aos custos do acidentado para o Estado. Entretanto o Estado do Rio Grande do Norte deu início em 2011 na recuperação de alguns trechos dessas estradas conforme Tabela 9 a seguir. TABELA 09: SITUAÇÃO DAS RODOVIAS POR DISTRITO RN/BR TRECHO SITUAÇÃO 2011 SITUAÇÃO º DISTRITO - MOSSORÓ 117 Entr. BR 304/Olho D'agua dos Borges Ruim Bom 233 Entr.BR304/Paraú/CampoGrande/Caraubas/Entr. BR 405 Ruim Bom 405 Entr. BR 304/ Entr. BR 110/Upanema Ruim Bom 016 Entr. BR 304/ Carnaubais Ruim Bom S/N Entr. BR 110/ Serra do Mel Ruim Bom 032 Entr. BR 110/ Felipe Guerra Regular Bom S/N Entr. BR 405/Solidade Regular Bom S/N Entr. RN 013/ Tibau/Grossos Ruim Bom 013 Entr. BR 304/ Tibau Ruim Bom 319 Entr. RN 013/BR 304/Div.RN/CE/EstMelão Regular Bom 012 Entr. RN013/Gangorra/Grossos Ruim Bom 2º DISTRITO - CAICÓ S/N Parelhas/Barragem Boqueirão Ruim Bom S/N Entr. RN 118/Distr. Palma/Div. RN/PB Ruim Bom S/N Acari/ Gargalheiras Ruim Ótimo S/N Entr. BR 226/Povoado Cruz Ruim Ótimo S/N Caicó/ Perimetro Irrigado/Itans/Sabugi Ruim Bom 041 Currais Novos/ Lagoa Nova Ruim Bom 042 Entr. BR 226/ Cerro Corá Ruim Bom 081 Entr. RN 086 Santana Do Seridó/Div RN/PB Ruim Bom 083 Entr. RN 228 São Fernando Ruim Bom 084 Entr. RN 427 Timbauba dos Batistas Ruim Bom 086 Entr. BR 427 Parelhas/Equador/Div.RN/PB Ruim Bom 087 Florania/Tem Laurentino Cruz Ruim Bom 088 Jardim Do Seridó/ Parelhas Ruim Bom 089 Entr. BR 427 Ouro Branco/ Div. RN/PB Ruim Bom 110 Entr. BR 427 Div.RN/PB S. Negra do Norte Ruim Bom 118 Caicó/ Jucurutu Ruim Bom 118 Caicó/São João do Sabugi/Ipueira Div.RN/PB Ruim Bom 288 Entr.BR 427 J. de Piranhas Div. RN/PB Ruim Bom 288 Caicó/S. José do Seridó/Cruzeta/Acari Ruim Bom 288 Entr.BR 427 Carnauba dos Dantas Div.RN/PB Ruim Bom 226 Currais Novos/ São Vicente/Florania Ruim Bom 3º DISTRITO - JOÃO CÂMARA

49 Guamaré Ruim Regular 120 João Câmara/ Bento Fernandes Ruim Bom 118 São Jose Ruim Bom 064 Punaú/ Entroncamento Ruim Bom 051 Poço Branco Ruim Bom 023 BR 101/ Faz. São Pedro Ruim Bom 023 João Câmara/ Jardim de Angicos Ruim Bom 221 Guamare/ Macauzinho Ruim Regular Acesso Taipú BR 406 Ruim Regular 002 4º DISTRITO - NOVA CRUZ Divisa dos Município de São José de Mipibú-Monte Alegre/Monte Alegre/Entr. RN 160 Péssimo Bom 003 Goianinha/Tibau do Sul/Pipa/Sibaúma Ruim Bom 003 Goianinha/Espírito Santo/Santo Antonio Ruim Bom 003 Santo Antonio/Entr. RN 093 Ruim Bom 023 Lajes Pintada/Entr. BR 226 Péssimo Regular 023 Santa Cruz/Cel. Ezequiel/Jaçanã Ruim Regular 061 Entr BR 101/Arês/Patané Ruim Regular 093 Tangará/São J. de Campestre/P. e Fica/Div. RN-PB Ruim Bom 120 Divisa dos Município de S. Paulo do Potengi-Eloi de Souza/Entr. BR 226 Ruim Bom 120 Entr. BR 101/Boa Saúde/Serrinha/Santo Antonio Ruim Bom 120 Santo Antonio/Nova Cruz/Divisa RN-PB Ruim Bom 160 Entr.RN 003/Várzea Ruim Regular 160 Vera Cruz/Entr. RN 002 Ruim Regular 160 Entr. RN 002(Pagãos)/Lagoa de Pedras Bom Ótimo S/N Lagoa de Pedras/Serrinha Regular Bom 269 Entr. BR 101/Pedro Velho/Montanhas/Nova Cruz Regular Bom 269 Nova Cruz/Passa e Fica Regular Bom 269 P. e Fica/S. de São Bento/Monte das Gameleiras Ruim Ótimo 316 Monte Alegre/Brejinho Ruim Regular Acesso Entr. RN 120/Santa Luzia(Nova Cruz) Péssimo Ótimo 5º DISTRITO - NATAL 63 Entr. BR 101/B.Tabatinga/Nísia Floresta Péssimo Bom 120 Entr. BR 304/São Paulo do Potengi Péssimo Bom 302 Av. João Medeiros Regular Bom Acesso Entr. Av. Maria Lacerda/ Entr. RN 313 Regular Bom Acesso Entr. RN 063 (B. Tabatinga)/Barreta Péssimo Bom Acesso Entr. RN 304 (Genipabu)/ Entr. BR 101 (Estivas) Péssimo Bom Acesso Entr. BR 101/Maracajaú/Manoa Regular Bom 6º DISTRITO - PAU DOS FERROS 072 Umarizal/Lucrécia Ruim Bom 072 Lucrécia/Entr. BR 226 Ruim Bom 073 Entr. BR 405/ Riacho Santana Regular Bom 074 Entr. RN 078/Rafael Godeiro Ruim Bom

50 Entr. RN 117/ Entr. RN 177 R. Cruz Ruim Bom 078 Entr. RN 117 Olho D'Agua/ Entr. 074 Patu Ruim Bom 078 Entr. RN 226 Patu/Div. RN/PB Ruim Bom 079 Div. RN/PB/Alexandria Ruim Bom 079 Alexandria/ Entr. BR 405 Ruim Bom 079 Entr. BR 405/ Água Nova Regular Bom 079 Entr. RN 177/ Dr. Severiano Regular Bom 117 Rodolfo Fernandes/ Entr. BR 405 Regular Bom 177 Entr. BR 405 Itaú/ Riacho da Cruz Ruim Bom 177 Riacho da Cruz/ Viçosa Ruim Bom 177 Portalegre/ Fco Dantas Ruim Bom 177 Fco Dantas/ Pau dos Ferros Ruim Bom 177 Pau dos Ferros/ Encanto Ruim Bom 177 Encanto/ São Miguel Ruim Bom 117 Olho D'Agua dos Borges/Umarizal Ruim Bom 117 Umarizal/ Martins Ruim Bom 117 Antonio Martins/ Alexandria Ruim Bom Acesso Barragem Pau dos Ferros Ruim Bom Acesso Div. RN/CE Ruim Bom Acesso Lig. Rn 177/ Rn 405 Pau dos Ferros Ruim Bom Acesso Municipio de Marcelino Vieira Ruim Bom 7º DISTRITO - SANTANA DOS MATOS 041 Entr. BR 304/Santana dos Matos Regular Bom 203 Santana dos Matos - RN '041/Entr. RN 118 Regular Bom 118 Entr. RN 203/ Entr. 263 São Rafael Regular Bom 118 Entr. RN 263 São Rafael Regular Bom 118 Entr. 263/ BR 304 Regular Bom 263 Pedro Avelino/Afonso Bezerra Regular Bom 263 Afonso Bezerra/ Entr. RN 406/407 Regular Bom 129 Entr. RN 263/Lajes Regular Bom 129 Lajes/BR 304 Regular Bom 118 BR 304/ Ipanguaçu Regular Bom 118 Ipanguaçu/ Entr. RN 406 Ruim Regular 118 Alto do Rodrigues/ Pendências Ruim Regular 118 Entr. RN 406/ Ipanguaçu Ruim Regular 118 Entr. RN 408/ Entr. RN 406 Ruim Regular Acesso BR 304/ Pedro Avelino Ruim Regular Fonte:Departamento de Estradas de Rodagem do RN 2012

51 Saneamento Básico O Rio Grande do Norte já tem 95% dos domicílios com acesso à água tratada. Mas esse bom indicador de saneamento básico empalidece diante da baixíssima taxa de cobertura do serviço de esgotamento sanitário que corresponde a apenas 22%. Isso produz conseqüências negativas para a saúde pública, com o aumento dos custos com o tratamento de doenças causadas pela falta de água potável ou redes de esgotos, prejudicando o desenvolvimento social e econômico. Entretanto o Governo do Estado tem investido nessa área através dos programas Pró-Saneamento e Água para Todos. Em 2008, foi lançada pelo IBGE a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB 2008). De acordo com este estudo, pode-se constatar a realidade do Rio Grande do Norte. No tocante aos Resíduos Sólidos, constatou-se que, dos 167 municípios que compõem o Estado, todos possuíam o serviço, sendo que em 111 deles a Prefeitura era a única executora, em 31 deles o serviço ficava por conta de outras entidades e em 25 cidades a Prefeitura e outras Entidades dividiam as responsabilidades. Em 65 municípios do universo analisado foi constatada a presença de catadores de resíduos sólidos na zona urbana. Quanto ao abastecimento de água, existe a predominância sob a responsabilidade de outras entidades executoras do serviço (contabilizando 141 municípios), ficando essas prefeituras sem a responsabilidade. Nesse aspecto, vale ainda ressaltar que apenas 16 municípios possuem instrumento legal para regular o abastecimento de água, e apenas 01 possui Plano Diretor de Abastecimento de Água. Quanto ao esgotamento sanitário, apenas 59 municípios possuem o serviço, sendo que em 20 deles, o executor é a Prefeitura e em 39 outras unidades o serviço é executado por outras entidades. Em apenas 07 (sete) unidades existe instrumento legal regulador do serviço de esgotamento sanitário. Por fim, quanto ao Manejo das Águas pluviais, todos os 167 municípios possuem o serviço, sendo a Prefeitura a unidade executora em 166 municípios, e apenas 01 município possui outra entidade responsável pelo serviço. A Tabela10 a seguir apresenta os dados supracitados.

52 52 TABELA 10: MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DO RN QUANTIDADE DE MUNICÍPIOS DO RN SERVIÇO QUE POSSUÍAM O SERVIÇO Rede Geral de Distribuição de água 167 Rede Coletora de Esgoto 59 Manejo de Resíduos Sólidos 167 Manejo de Águas Pluviais 167 Fonte: Pesquisa Nacional de Saneamento Básico IBGE Em 2011, o Governo retomou várias obras paralisadas. A Estação de Tratamento do Baldo, em Natal, já funciona com 50% da sua capacidade, seguindo o planejamento de operação gradual do projeto. As obras e da Barragem Oiticica, em Jucurutu, foram garantidas sendo executadas. As obras de saneamento nas praias de Pium, Pirangi e Cotovelo também voltaram a ser executadas, assim como em Areia Branca, Assu, Nova Cruz, Parnamirim, Goianinha, Tibau do Sul e Currais Novos. Para 2012, o plano de trabalho da SEMARH - Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - prevê obras novas como a continuação e/ou conclusão de redes de saneamento nos municípios bem como as adutoras e outras obras de ampliação da oferta de água para consumo humano e uso em irrigação. Na área de abastecimento de água, há 21 obras em andamento ou em fase de contratação em municípios de todas as regiões do RN. Para Natal está previsto entre outros investimentos, a construção da nova adutora ETA-R8 e a substituição de parte da rede atual, na Zona Norte; ampliação do abastecimento no bairro Planalto; captação com a adutora do Rio Doce, na Zona Norte de Natal; e a elaboração Plano Diretor do Sistema de Abastecimento de Água.

53 53 MAPA 20: REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: CAERN. Na área de esgotamento sanitário, há 38 projetos em andamento ou já em fase de contratação. Entre os municípios beneficiados, estão: Apodi, Areia Branca, Nova Cruz, Assu, Pau dos Ferros, Tibau do Sul e Pipa, Parnamirim (Pium, Cotovelo e Pirangi), Caicó (Conjunto Nova Caicó), Goianinha, Jardim de Piranhas, João Câmara, Mossoró (Alto de São Manoel; Substituição do Coletor tronco da Estação das Artes) e Natal (emissário de Candelária; esgotamento sanitário dos bairros de Mãe Luiza, Morro Branco, Redinha e Nova Descoberta).

54 54 MAPA 21: REDE COLETORA DE ESGOTO DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: CAERN. No tocante ao Manejo de Resíduos Sólidos, destaca-se inicialmente a baixa porcentagem de participação do Setor Público, já que o Atlas de Saneamento 2011 (IBGE) destaca um índice de apenas 34,8% de participação de empresas de natureza pública nesse serviço. O Mapa 22 abaixo auxilia na análise do Manejo de Resíduos Sólidos no Rio Grande do Norte.

55 55 MAPA 22: MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: CAERN. O Mapa 22 demonstra que ainda existem muitas providências a serem realizadas com relação à Gestão dos Resíduos Sólidos no Rio Grande do Norte. A título de exemplificação cabe analisar a grande quantidade de municípios norteriograndenses que despejam seu lixo a céu aberto. É necessário percebera gravidade da questão para a saúde pública e o Meio Ambiente, principalmente a partir da Lei /2010 da Política Nacional de Resíduos Sólidos que proíbe a queima e a destinação dos resíduos aos chamados lixões (artigo, 47, Lei /2010), determinando ainda que os mesmos devam ser erradicados até o ano 2014 (artigo 54, Lei /2010). Observa-se, de acordo com o mapa, que a taxa de reciclagem ainda é baixa, já que são poucas as unidades de triagem e reciclagem no Estado, quantidade que nem chega a ser representada no mapa. O Plano Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos inclui várias ações, como por exemplo, a conclusão dos estudos técnicos para construção dos aterros sanitários do Seridó, Alto Oeste e Vale do Açú; a construção dos aterros sanitários de Caicó e Pau dos Ferros e a elaboração dos Planos Intermunicipais dos cinco Consórcios Regionais

56 56 de Resíduos Sólidos do Estado, beneficiando todas as regiões do Estado, à exceção da cidade de Mossoró e da Região Metropolitana de Natal que já são atendidos por aterros. No tocante ao Manejo de Águas Pluviais, o Mapa 23 apresentado pelo IBGE no Atlas do Saneamento 2011 resume a situação do Estado do Rio Grande do Norte, demonstrando que existem áreas em que as condições de drenagem ainda são regulares ou precárias. MAPA 23: MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: CAERN.

57 Comunicação Internet e Telefonia No tocante ao serviço de telefonia, dados do IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD) apontam que em ,8% da população do Estado, com 10 (dez) anos ou mais de idade possuíam telefone celular para uso pessoal. Já com relação à internet, 19,2% da população não utilizava a internet (dentro dos três meses anteriores à pesquisa) por não ter acesso a um micro-computador. A Tabela11 abaixo, com dados do IBGE permite que seja feito um panorama geral do acesso a telefone e a internet no Rio Grande do Norte em 2008 e TABELA 11: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES NO BRASIL. DADOS REFERENTES AO ACESSO A COMPUTADORES, INTERNET E TELEFONES EXISTÊNCIA DE MICROCOMPUTADOR, ACESSO À INTERNET E TIPO DE TELEFONE BRASIL RIO GRANDE DO NORTE Total Possuíam Microcomputador 31,18 34,69 19,96 20,8 Possuíam Microcomputador com acesso à internet 23,83 27,39 13,43 15,17 Não Possuíam Microcomputador 68,82 65,31 80,04 79,2 Possuíam Telefone 82,05 84,27 74,31 79,9 Possuíam somente telefone Celular 37,64 41,19 52,81 59,2 Possuíam somente telefone fixo 6,57 5,75 2,44 2,33 convencional Possuíam telefone celular e fixo convencional 37,84 37,33 19,06 18,36 Não Possuíam Telefone 17,95 15,73 25,69 20,1 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD 2008/2009 Por meio de uma breve análise percebe-se que no Rio Grande do Norte, entre 2008 e 2009, diminuiu o percentual de domicílios particulares que não tinham microcomputador, embora se considere que o número apresentado ainda representa um percentual elevado. No mesmo período, aumentou o percentual de domicílios com microcomputador incluindo o acesso a internet, que foi de 13,48% para 15,17%. Com relação à telefonia, a realidade do Rio Grande do Norte acompanha a tendência apresentada pelo Brasil: diminuiu o percentual dos domicílios sem telefone (em 2008, 25,69% e em 2009, 20,10%), tendo aumentado o percentual dos domicílios

58 58 que tinham apenas celular (em 2008, 52,81% e em 2009, 59,20%), diminuindo o percentual dos que tinham somente fixo convencional ou celular e fixo convencional Energia Elétrica Consumo Residencial O consumo residencial de Energia Elétrica no Rio Grande do Norte obteve um aumento significativo entre os anos de 2001 a Tal realidade pode ser explicada por diversos motivos, dentre eles as altas temperaturas e as fortes chuvas, o que aumenta a utilização de aparelhos de refrigeração, além da utilização cada vez maior de eletrodomésticos em geral. A Tabela 12 abaixo, elaborada com dados fornecidos pelo Ministério de Minas e Energia no Balanço Energético Nacional (2011), demonstra a evolução nos níveis de consumo de eletricidade no Brasil e no Rio Grande do Norte, de 2001 a TABELA 12: COMPARAÇÃO DOS NÍVEIS DE CONSUMO RESIDENCIAL DE ELETRICIDADE (EM GWh) ENTRE O BRASIL E O RN BR RN Fonte: Balanço Energético Nacional 2011 (ano base 2010) Empresa de Pesquisa Energética. Energia Eólica Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, o Brasil, em janeiro de 2012, possuía GW instalados, ocupando a 11ª colocação mundial em capacidade instalada. Dessa forma, o parque eólico nacional cresce a passos largos, podendo ser comprovado por todo o país. Em razão das boas condições naturais, como a força e intensidade dos ventos, muitas empresas estão investindo em parques eólicos no Rio Grande do Norte. Em 2001, o Estado possuía três parques eólicos localizados em Rio do Fogo, gerando 49MW, Guamaré com 51 MW e Macau com 1,8 MW. Em 2011, a potência instalada aumentou 151,8 MW com o advento dos parques eólicos Alegria I e II.

59 59 O bom desempenho do Rio Grande do Norte em diversos leilões resultará na instalação de, pelo menos, 23 parques eólicos resultantes do Leilão de Energia de Reserva (A-3) e mais 9 parques do Leilão de Agentes Livres, ambos realizados em dezembro de A Tabela 13 a seguir, fornecida pela Secretaria de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte, aponta potencial eólico instalado (em MW) no Estado, bem como demonstra as expectativas para os próximos anos. TABELA 13: EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA EM PARQUES EÓLICOS NO RN ANO POTÊNCIA INSTALADA (MW) (MW) POTÊNCIA INSTALADA ACUMULADA (MW) EVENTO ,8 1,8 Parque Eólico Petrobrás ,3 51,1 Parque Eólico Rio do Fogo ,8 202,9 Parque Eólico Alegria I e II ,9 23 Parques Eólicos - Resultado do 1º Leilão de Energia de Reserva A-3 (Dez/ Parques Eólicos - Resultado do 1º Leilão de Agentes Livres (dez/2009) ,6 2142,5 30 Parques Eólicos - Resultado do 2º Leilão de Fontes Alternativas A-3 (dez/2009) 09 Parques Eólicos - Resultado do 4º Leilão de Energia de Reserva (ago/2011) ,2 2600,7 02 Parques Eólicos - Resultado do 2º Leilão de Energia Nova A-3 (ago/2011) 15 Parques Eólicos - Resultado do 4º Leilão de Energia de Reserva (ago/2011) ,7 12 Parques Eólicos - Resultado do Leilão A-5 (dez/2011) Fonte:Secretaria De Desenvolvimento Econômico do RN (SEDEC)

60 60 TABELA 14: PARQUES EÓLICOS DO RN LEILÕES 2009/2011 MUNICÍPIO EMPREENDIMENTO LEILÃO POTÊNCIA (MW) CGE Areia Branca LER ,3 CGE Mar e Terra LER ,1 AREIA BRANCA Parque Eólico Mel 02 LFA Carcará II LER ,8 Carcará II A ,8 Terral A ,8 Serra de Santana III LER ,8 Parque Eólico Calango 1 LFA Parque Eólico Calango 2 LFA BODÓ Parque Eólico Calango 3 LFA Parque Eólico Calango 4 LFA Parque Eólico Calango 5 LFA Parque Eólico Pelado LER Aratuá3 LFA ,8 CAIÇARA DO NORTE Caiçara 2 LER ,8 Miassaba4 LER ,8 Caiçara do Norte 1 LER ,8 GALINHOS CGE Rei dos Ventos 1 LER ,6 CGE Rei dos Ventos 3 LER ,6 CGE Aratuá1 LER ,4 CGE Miassaba3 LER ,4 GUAMARÉ CGE de Mangue Seco 1 LER ,2 CGE de Mangue Seco 2 LER ,2 CGE de Mangue Seco 3 LER ,2 CGE de Mangue Seco 5 LER ,2 Baixa do Feijão A JANDAIRA Baixa do Feijão III A Baixa do Feijão IV A JARDIM DE ANGICOS/ PEDRA PRETA Parque Eólico Cabeço Preto V A ,8 CGE Morro dos Ventos I S.A. LER ,8 CGE Morro dos Ventos III S.A. LER ,8 CGE Morro dos Ventos IV S.A. LER ,8 CGE Morro dos Ventos VI S.A. LER ,8 CGE Cabeço Preto LER ,8 CGE Eurus VI LER ,2 Parque Eólico Asa Branca VI LFA Macacos LFA ,7 Pedra Preta LFA ,7 Costa Branca LFA ,7 Juremas LFA ,1 JOÃO CÂMARA Parque Eólico Campos dos Ventos II LER Parque Eólico Cabeço Preto IV LER ,8 Parque Eólico Eurus I LER Parque Eólico Eurus II LER Santa Helena LER SM LER Modelo I LEN ,8 Modelo II LEN Baixa do Feijão II A ParqueEólico Cabeço Preto III A ,8 Parque Eólico Cabeço Preto VI A ,8 Morro dos Ventos II A ,8 LAGOA NOVA Serra de Santana I LER ,8

61 61 Serra de Santana II LER ,8 CGE Morro dos Ventos IX S.A. LER ,8 CGE Santa Clara I LER ,8 CGE Santa Clara II LTDA. LER CGE Santa Clara III LER ,8 CGE Santa Clara IV LER ,8 CGE Santa Clara V LER ,8 CGE Santa Clara IV LER ,8 Parque Eólico Renascença I LFA Parque Eólico Renascença II LFA Parque Eólico Eurus IV LFA Parque Eólico Renascença III LFA PARAZINHO Parque Eólico Renascença IV LFA Parque Eólico Asa Branca I LFA Parque Eólico Asa Branca II LFA Parque Eólico Asa Branca III LFA Parque Eólico Asa Branca IV LFA Parque Eólico Asa Branca V LFA Parque Eólico Asa Branca VII LFA Parque Eólico Asa Branca VIII LFA Parque Eólico Ventos de São Miguel LFA Parque Eólico Eurus III LER Parque Eólico Renascença V LER RIO DO FOGO Arizona 1 LFA ,8 PEDRA GRANDE Dreen Boa Vista LFA ,6 SANTANA DOS MATOS Macambira I A Macambira II A Dreen Olho D'gua LFA SÃO BENTO DO NORTE Dreen São Bento do Norte LFA CGE Farol LFA ,8 Carnaúbas LER ,2 SÃO MIGUEL DO GOSTOSO Reduto LER ,8 São João Eol LER ,8 TENETENTE LAURENTINO Parque Eólico Lancinha LER TIBAU Famosa I LER ,5 Rosada LER TOUROS Ventos de Santo Uriel LER ,1 Santo Cristo LER ,8 TOTAL 2.503,6 LEGENDA LER Leilão de Energia de Reserva 2009 Início/Operação 2012 LFA Leilão de Fontes Alternativas 2010 Início/Operação 2013 LER Leilão de energia de Reserva 2010 Início/Operação 2013 LER Leilão de Energia de Reserva 2011 Início/Operação 2014 LEN Leilão de Energia Nova 2011 Início/Operação 2014 A Leilão A-5Dezembro/2011 Início/Operação 2016 Fonte: Secretaria De Desenvolvimento Econômico do RN (SEDEC) 2012 Para bem aproveitar o potencial eólico, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, FAPERN e IDEMA, os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação e de Minas e Energia, CTGAS-ER, UFRN, UFERSA, UERN, IFRN, Universidade Potiguar, FIERN,

62 62 SEBRAE, empreendedores em energia eólica e instituições empresariais e acadêmicas, nacionais e internacionais, conveniadas, pretendem estruturar o Instituto de Tecnologia em Energias Renováveis - ITERN, para formar profissionais em energia eólica e energia solar. 2.3 Aspectos Ambientais Unidades de Conservação Unidade de Conservação é o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, instituída legalmente pelo Poder Público, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção ambiental Áreas de Proteção Ambiental no Rio Grande do Norte (APAS) I - APA Bonfim Guaraíras foi criada pelo Decreto Estadual nº de 22 de março de 1999, com o objetivo de ordenar o uso e proteger os recursos naturais de uma área em que são realizadas diversas atividades impactantes como ocupação antrópica, cultivo de cana-de-açúcar e camarão. A APA está localizada nos municípios de Nísia Floresta, São José de Mipibu, Arês, Senador Georgino Avelino, Goianinha e Tibau do Sul, o que a insere dentro da principal rota dos turistas no Estado, o que torna ainda mais importante sua conservação. II - APA Genipabu foi instituída pelo Decreto Estadual n.º de 17 de maio de 1995/ IDEMA-RN, estando localizada nos municípios de Natal e Extremoz. O objetivo principal é a conservação de espécies vegetais e animais; dunas; ecossistemas de Praias, Manguezal e Mata Atlântica, além dos recursos hídricos. III - APA dos Recifes de Corais foi instituída pelo Decreto nº , de 06 de Junho de 2001 e está localizada nos municípios de Maxaranguape, Rio do Fogo e Touros.

63 63 Essa APA surgiu da necessidade de conservação da área diante do crescimento da atividade turística na área dos recifes de corais ou parrachos, a fim de compatibilizar a necessidade do desenvolvimento das atividades econômicas com conservação dos recursos naturais. IV - APA do Piriqui-Una criada por meio do Decreto nº , de 06 de junho de 1990 e ampliada pelo Decreto n , de 22 de março de 2011, a APA do Piriqui- Una insere-se nos municípios de Pedro Velho, Canguaretama, Espírito Santo, Goianinha e Várzea. Essa APA tem o objetivo de conservar os recursos hídricos das bacias do Jacú, Catú e Curimataú, além de biomas Mata Atlântica e Caatinga. De acordo com o IDEMA, foi criada recentemente a Unidade de Conservação Morro do Careca, e outras Unidades de Conservação no Rio Grande do Norte estão em fase de criação: APA das Carnaúbas; APA Dunas do Rosado; Parque Estadual Mangues do Potengi; Parque Estadual do Jiqui e Cavernas - Região de Martins Zonas de Proteção Ambiental Pode-se definir uma Zona de Proteção Ambiental (ZPA), de forma geral, como uma área de uso restrito em relação à ocupação do solo devido às características físicas, sendo necessária a proteção de seus aspectos paisagísticos, históricos, arqueológicos e científicos. No município de Natal capital do Estado, podem ser elencadas as Zonas de Proteção Ambiental, conforme demonstra o Mapa 24 a seguir, elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB).

64 64 MAPA 24: ZONAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL Fonte:SEMURB.

65 65 A Tabela 15 abaixo estabelece uma comparação entre a quantidade de Unidades de Conservação no Brasil e no Rio Grande do Norte no ano de 2009, demonstrando a importância que ainda é dispensada a essas áreas no Estado. TABELA 15: UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO BRASIL E NO RN QUANTIDADE TIPO DE USO E CATEGORIA DE MANEJO BRASIL RN De Proteção Integral: Estação Ecológica 58 - De Proteção Integral: Reserva Biológica 28 - De Proteção Integral: Parque Estadual De Proteção Integral: Refúgio de Vida Silvestre 6 - De Proteção Integral: Monumento Natural 13 - De Proteção Integral: Marinhas 8 - De uso sustentável: área de relevante interesse ecológico 24 - De uso sustentável: Floresta estadual 47 - De uso sustentável: Reserva de desenvolvimento sustentável 27 1 De uso sustentável: Reserva Extrativista 28 - De uso sustentável: Marinhas 2 - Área de Proteção Ambiental - Terrestre Área de Proteção Ambiental - Marinha 8 1 Fonte: IBGE. O Mapa 25 abaixo, elaborado pelo IDEMA, apresenta a localização das Unidades de Conservação Estaduais.

66 66 MAPA 25: UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: IDEMA. TABELA 16: MUNICÍPIOS QUE ABRANGEM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Serra Negra do Norte Timbaúba dos Batistas Caicó Parelhas Martins Pedro Velho Canguaretama Goianinha Espírito Santo Várzea Tibau do Sul Arês Senador Georgino Avelino Nísia Floresta São José de Mipibu Parnamirim Macaíba Fonte: IDEMA. Macaíba Natal Extremoz Angicos Guamaré Macau Porto do Mangue Areia Branca Pendências Carnaubais Alto do Rodrigues Açu Ipanguaçu Itajá Mossoró Baraúna

67 67 Com o objetivo de transformar a realidade apresentada e colaborar com a conservação dos recursos ambientais no Rio Grande do Norte, foi criado o Núcleo de Gestão de Unidades de Conservação (NUC), instituído no âmbito interno do IDEMA, com a finalidade de dar cumprimento ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação. A missão principal do NUC é planejar, propor a criação e gerir as Unidades se Conservação, sempre levando em consideração a gestão participativa para a preservação ambiental e bem estar da população Recursos Hídricos O Rio Grande do Norte dispõe de reservas hídricas concentradas para abastecer a sua população e atender as demandas de irrigação. O Estado apresenta-se com reservas substanciais de águas superficiais no interior, destacando-se o açude Armando Ribeiro Gonçalves no rio Açu, que se configura como a segunda maior barragem do Nordeste, com capacidade de acumulação de 2,4 bilhões de m³, sendo que 90% das reservas hídricas do Estado estão concentradas nos dois maiores rios: Açu e Apodi. O RN também possui reservas de águas subterrâneas no litoral, no sistema Dunas-Barreiras e na Chapada do Apodi, no Arenito Açu. O Estado do Rio Grande do Norte conta com 46 açudes monitorados pela Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, distribuídos no Mapa 26 a seguir.

68 68 MAPA 26: AÇUDES DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: SEMARH. O Estado possui ao todo 16 Bacias Hidrográficas. São elas: Apodi/Mossoró, Piranhas/Açu, Boqueirão, Punaú, Maxaranguape, Ceará-Mirim, Doce, Potengi, Pirangi, Trairí, Jacú, Catú, Curimataú, Guaju, Faixas Litorâneas Norte e Leste de escoamentos difusos.

69 69 MAPA 27: BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: SEMARH. Os sistemas adutores de grande porte também continuarão a receber investimentos. A ampliação da Adutora Monsenhor Expedito tem previsão de término para outubro, aumentando a oferta de água em 30 municípios. Irão ser concluídos também o Sistema Adutor do Seridó, beneficiando os municípios de Acari e Currais Novos, além do Sistema Adutor Alto Oeste, e a captação nos reservatórios de Santa Cruz (Apodi) e Pau dos Ferros é composto por duas adutoras, com 320 km de extensão e abastecerá com água tratada 178 mil moradores de 24 municípios. O Governo irá concluir a barragem Tabatinga para aumentar a oferta de água e melhorar a contenção de enchentes de Macaíba; perfurar 300 poços e recuperar 50; elaborar estudo e projeto básico do Canal do Sal, no rio Apodi-Mossoró para evitar que as águas desse rio diminuam a salinidade das águas captadas pelas salinas da região; definir ações de recuperação de 19 açudes do Estado; realizar estudos hidrogeológicos para o manejo das águas subterrâneas na região de Natal e municípios litorâneos ao norte e ao sul da capital.

70 70 MAPA 28: ADUTORAS DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: IDEMA O Governo definirá este ano marcos legais e institucionais importantes para consolidar o Sistema Estadual de Recursos Hídricos, integrando o RN ao Sistema Nacional e às diretrizes da Agência Nacional de Águas. Isso será feito através dos projetos, a serem enviados à Assembléia Legislativa, da Lei Estadual de Recursos Hídricos, Lei de Recriação do Instituto de Gestão de Águas do RN (IGARN) e Lei de Regulamentação da SEMARH. As águas subterrâneas, assim como já acontece com as águas de superfície, passarão a ser classificadas de acordo com suas características hidrogeoquímicas naturais e seus níveis de poluição, que vão indicar a que tipo de uso cada aqüífero é adequado. A classificação foi determinada por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) na sua 89ª Reunião Extraordinária, realizada na sede do IBAMA, em Brasília. A classificação, segundo o arrazoado da resolução, visa entre outros fins, prevenir e controlar a poluição e promover a proteção da qualidade das águas subterrâneas que, uma vez contaminadas, demandam processos lentos e onerosos para recuperação. De acordo com suas características hidrogeoquímicas naturais e os efeitos das ações antrópicas sobre sua qualidade, as águas subterrâneas serão enquadradas em

71 71 classes de 1 a 5, além da "classe especial", reservada aos aqüíferos destinados à preservação de ecossistemas em Unidades de Conservação de proteção integral ou que alimentem corpos d'água superficiais também classificados como "especiais". Para garantir a qualidade da água dentro de sua classificação, os órgãos ambientais devem promover a implementação de Áreas de Proteção de Aqüíferos e Perímetros de Proteção de Poços de Abastecimento. A resolução também prevê a criação de Áreas de Restrição e Controle do Uso da Água Subterrânea, a serem implementadas em caráter excepcional e temporário quando a captação em determinados corpos de água representar risco para a saúde humana, para ecossistemas ou para os próprios aqüíferos. No Rio Grande do Norte os Municípios abastecidos com águas subterrâneas estão relacionados na Tabela 17. TABELA 17: MUNICÍPIOS DO RN ABASTECIDOS POR AQÜÍFERO SUBTERRÂNEO Afonso Bezerra Água Nova Apodi Areia Branca Arês Baia Formosa Baraúna Bom Jesus Campo Santana Carnaúba dos Dantas Encanto Felipe Guerra Grossos Ipanguaçu Ipueira João Dias Mossoró Ouro Branco Santana do Seridó Tibau Upanema Fonte: CAERN. Cobé (Vera Cruz) Emaús (Parnamirim) Tibau do Sul Senador Georgino Avelino Jandaíra Mulungu (Pendências) Vera Cruz Canguaretama Carnaúba (G. Avelino) Goianinha Macaíba Monte Alegre Vila Flor Natal Nísia Floresta Parnamirim Boa Saúde Pipa São José do Mipibu São José do Seridó Lagoa Salgada

72 Principais Impactos Ambientais do Rio Grande do Norte Os principais motivos para a existência de impactos ambientais e o desequilíbrio entre a busca pelo lucro e a preservação dos recursos naturais são: I - Impactos relacionados ao uso do solo A impermeabilização do solo urbano é um impacto relevante que gera alagamentos nos períodos de chuva, perda de solo (causada pelo desmatamento e queimadas, por exemplo), desertificação do semi-árido e uso inapropriado dos recursos da terra devido ao uso intensivo do solo. O processo de desertificação merece destaque por apresentar altos índices no Rio Grande do Norte e tratar-se da degradação das zonas áridas, semi-áridas e subúmidas da terra devido à ação do homem e variações climáticas. No Mapa 29 abaixo estão identificadas as principais áreas atingidas pela desertificação no RN de acordo com a intensidade do impacto. MAPA 29: OCORRÊNCIA DA DESERTIFICAÇÃO NO RN Fonte: Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Recursos Hídricos. Programa de ação de combate à Desertificação e mitigação dos efeitos da seca - PAN Brasil, 2004

73 73 II - Destruição da biodiversidade e da vegetação original A devastação dos manguezais (vegetação típica das áreas de encontro de águas continentais) dá-se pela ocupação humana, carcinicultura, mineração, extração de madeira e poluição, gerada por esgotos e lançamento de detritos. A destruição das dunas, que acontece desde o início da ocupação do Estado, é o alvo do setor imobiliário buscando a verticalização a qualquer custo, mesmo que, para tanto, fosse necessário o sumiço daquela paisagem. III - Degradação dos Recursos Hídricos Nesse aspecto, pode ser citada a poluição de rios e mananciais, o desmatamento de matas ciliares, assoreamentos e a destruição de ecossistemas de rios e mares. Como por exemplo a poluição do Rio Potengi.

74 74 3. EIXOECONÔMICO 3.1 Produto Interno Bruto (PIB) Atualmente o Estado do Rio Grande do Norte participa com cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste e 0,9% da produção do país. Desde 1985 até meados dos anos 2000, houve crescimento econômico acima da média regional e nacional, o que gerou ganho de peso relativo do Estado nos dois contextos. Dados recentes do IBGE revelam que o setor que mais contribui para o produto interno potiguar é o de serviços com 74,3% de participação. O setor industrial e agropecuário contribui, respectivamente, com 21,5% e 4,2% da produção estadual. Algumas atividades têm exercido papel fundamental para a geração de riqueza em território potiguar ao se observar cada setor isoladamente. No setor de serviços o destaque é a atividade turística que nos últimos anos vem apresentando significativa taxa de expansão, sendo assim uma importante fonte de emprego e renda, já que tem a capacidade de impactar positivamente em diversos ramos produtivos. Ultimamente temse observado uma gama de novos serviços surgindo no Estado sob influência ou não da atividade turística, o que tem proporcionado uma ampla diversificação na prestação de serviços e tornado o setor o mais dinâmico da economia. Com relação ao segmento industrial, três grandes grupos são considerados de maior relevância para a economia do Estado: 1) a indústria extrativa mineral, que se destaca pela produção de petróleo e gás, sal marinho e scheelita; 2) a indústria de transformação, com ênfase na produção de bens de consumo não-duráveis; e 3) a construção civil, que vem apresentando expressivas taxas de crescimento. Já o setor agropecuário tem apresentado oscilação acentuada em sua contribuição para a produção potiguar. Nos anos de 1999 a 2009 sua média de participação no PIB foi de 5,2%, porém houve picos de cerca de 8% e quedas para o patamar de 2,5%. Esses movimentos estão diretamente ligados à conjuntura internacional e às variáveis macroeconômicas como, por exemplo, a taxa de câmbio, já que parcela significativa da produção agrícola é destinada ao mercado externo. Além da pecuária tradicional, as principais atividades do setor giram em torno da fruticultura, carcinicultura, piscicultura e da produção de cana-de-açúcar. No período recente, a expansão da economia norteriograndense tem ocorrido através de um processo de reestruturação, diversificação e modernização da sua base

75 75 produtiva. O Estado conta atualmente com um dos mais importantes pólos agroindustriais do Nordeste, um parque têxtil moderno, que nos últimos anos vem recebendo significativos investimentos em energias renováveis, com destaque para os parques eólicos que vêm sendo instalados estrategicamente na região do Litoral Norte, onde o potencial de ventos é excelente. Nas áreas rurais os principais exemplos de transformação da estrutura produtiva são os projetos de irrigação no Baixo Açu, e no Vale do Apodi/Mossoró, onde o modelo agropecuário tradicional vem dando espaço a atividades mais modernas e diversificadas. É possível citar também os casos dos projetos de floricultura e apicultura. No meio urbano a Região Metropolitana de Natal atua como principal centro de expansão do Estado, respondendo por uma importante fatia do PIB estadual: cerca de 50%. O processo de urbanização do Rio Grande do Norte, concentrado em sua capital, tem resultado em cidades médias bastante heterogêneas, tanto que a rede urbana é relativamente dispersa em termos espaciais. Entretanto, pode-se falar que no período mais recente vem ocorrendo um ligeiro movimento de interiorização do desenvolvimento, sobretudo na direção da Região Mossoroense e, em menor medida, rumo ao Litoral Norte do Estado O Rio Grande do Norte no contexto nacional e regional Analisando dados das Contas Regionais é possível perceber que o Nordeste foi à região que mais ganhou participação no PIB brasileiro em termos relativos. O acréscimo total foi 1,1% na comparação de 1999 com 2009, enquanto as regiões Norte e Centro- Oeste avançaram 0,8%. Já a região Sudeste a mais rica do país perdeu cerca de três pontos percentuais de participação. A região Sul oscilou e praticamente manteve sua contribuição ao PIB brasileiro no período estudado.

76 76 TABELA 18 - PARTICIPAÇÃO (%) DAS GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA UNIDADE DA FEDERAÇÃO FEDERAÇÃO NO PIB DO BRASIL - ANOS SELECIONADOS NORDESTE 12,4 12,7 13,5 13,46 Maranhão 0,97 1,11 1,23 1,20 Piauí 0,51 0,51 0,59 0,59 Ceará 1,95 1,9 2,03 2,07 Rio Grande do Norte 0,76 0,8 0,86 0,86 Paraíba 0,79 0,77 0,89 0,85 Pernambuco 2,34 2,27 2,42 2,52 Alagoas 0,65 0,66 0,66 0,65 Sergipe 0,56 0,63 0,61 0,63 Bahia 3,93 4,07 4,23 4,09 NORTE 4,2 4,9 5 5,34 SUDESTE 58,2 55,8 55,3 55,39 SUL 16,4 17,4 16,5 16,51 CENTRO-OESTE 8,8 9,1 9,6 9,30 BRASIL Fonte: IBGE - Contas Regionais Observando apenas a região Nordeste constata-se que os Estados de Maranhão e Bahia foram os que mais ganharam participação relativa no PIB regional avançando, respectivamente 0,30% e 0,26% de 1999 para Em terceiro lugar aparecem empatados Rio Grande do Norte e Paraíba com 0,10% de acréscimo no mesmo período. Os dados das Contas Regionais (IBGE) mostram que desde a década passada vem ocorrendo um ligeiro processo de desconcentração e redistribuição de renda no território brasileiro. Contudo, apesar desse movimento, a economia brasileira ainda apresenta um alto grau de concentração: em 2009 os oito Estados mais ricos detinham 78% do PIB nacional. Apenas o Estado de São Paulo respondeu por 33,5% do produto naquele ano. Essas informações reforçam a necessidade de políticas públicas voltadas para a integração regional do país e para redução das desigualdades, sejam elas econômicas ou sociais. Ainda que desigual, a distribuição da riqueza em território nacional vem mudando. O bom desempenho alcançado pela região Nordeste nos últimos anos é resultado do considerável incremento no dinamismo de sua estrutura econômica, processo este influenciado pela combinação de dois elementos: 1) grandes investimentos públicos e privados; e 2) programas de transferência de renda que concretizam uma política pública específica de combate à pobreza. Os investimentos e

77 77 as transferências, por funcionarem como geradores de demanda na economia, têm causado impactos positivos no nível de produção e emprego. As classes de menor poder aquisitivo passaram a ingressar no mercado consumidor de massa, o que contribuiu para aquecer a economia em diversos elos da cadeia produtiva regional. Esse processo tem norteado um modelo de desenvolvimento baseado no mercado interno e propiciado melhoria nos indicadores regionais de renda. A manutenção dessas políticas ainda tem muitos desafios pela frente, como o de reduzir as disparidades existentes entre a base econômica e a base demográfica do Nordeste, além de diminuir diferenciais socioeconômicos em relação às demais regiões do país. Contando com 34% da população brasileira, o Nordeste alcança apenas 13,5% da renda nacional. De forma similar, essa desigualdade se repete dentro da própria região, principalmente quando se observa a base demográfica do semiárido relativamente à renda gerada. A presença de grandes projetos estruturantes é de fundamental importância para a economia e vem contribuindo para a redução dos desequilíbrios regionais. É possível citar o Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante (RN), a duplicação da BR- 101, a construção da Ferrovia Transnordestina e o Projeto de Revitalização e Integração das Bacias do São Francisco. Esses projetos têm gerado um impulso na economia da região, preparando a infraestrutura necessária para um crescimento econômico mais consistente no futuro próximo. Outros investimentos públicos e privados também têm exercido papel relevante para alavancar a economia regional, a exemplo das construções de refinarias, estaleiros, montadoras de automóveis, fábricas de alimentos, entre outros.em termos nominais, a Tabela 18 mostra que a soma de todas as riquezas produzidas no Nordeste ficou próxima dos R$ 438 bilhões em No mesmo ano o produto do Rio Grande do Norte alcançou cerca de R$ 28 bilhões, sendo, portanto, a sexta economia da região. Bahia e Pernambuco são os Estados mais ricos. Em relação ao Brasil o RN ocupa a décima nona posição em Produto Interno Bruto.

78 78 UNIDADE DA FEDERAÇÃO TABELA 19 - PIB A PREÇOS CORRENTES DE ESTADOS DO NORDESTE ANOS SELECIONADOS (R$ ) Alagoas Bahia Ceará Maranhão Paraíba Pernambuco Piauí Rio Grande do Norte Sergipe NORDESTE BRASIL Fonte: IBGE - Contas Regionais. Considerando o PIB per capita do ano de 2010, a Tabela 19 indica que o Rio Grande do Norte é o quarto colocado entre os Estados do Nordeste atingindo R$10.207, valor superior à média regional. Neste indicador o Estado de Sergipe aparece em primeiro. Em nível nacional o RN encontra-se na vigésima primeira colocação. TABELA 20 PIB PER CAPITA DE ESTADOS DO NORDESTE ANOS SELECIONADOS (R$) UNIDADE DA FEDERAÇÃO Alagoas Bahia Ceará Maranhão Paraíba Pernambuco Piauí Rio Grande do Norte Sergipe NORDESTE BRASIL Fonte: IBGE - Contas Regionais

79 Distribuição da produção no território potiguar A distribuição espacial das riquezas produzidas no Rio Grande do Norte é influenciada basicamente pela dotação de recursos naturais de cada região, tendo em vista que o crescimento econômico do Estado continua dependendo da exploração desses recursos. Além disso, alguns elementos como solo e clima acabam gerando volatilidade no valor produzido, principalmente nas atividades agrícolas do meio rural. Uma das conseqüências dessas características é o elevado grau de concentração na distribuição espacial da riqueza. Os dados do IBGE apontam que em 2010 os dez municípios com maior participação no PIB concentravam quase 70% da produção estadual, ou seja, uma pequena parcela do território detém alta parcela da riqueza. A Tabela 21 apresenta a participação desses municípios no PIB estadual. TABELA 21 RIO GRANDE DO NORTE DEZ MUNICÍPIOS COM MAIOR PARTICIPAÇÃO NO PIB 2010 (R$1.000) % PIB % PIB % PIB MUNICÍPIO Natal ,18% ,16% ,09% Mossoró ,74% ,43% ,81% Parnamirim ,29% ,04% ,26% Guamaré ,92% ,06% ,70% São Gonçalo do Amarante ,15% ,93% ,04% Macaíba ,62% ,54% ,25% Caicó ,58% ,74% ,69% Areia Branca ,35% ,26% ,40% Macau ,78% ,26% ,40% Ceará Mirim ,16% ,26% ,18% PIB TOTAL RN ,77% ,67% ,82% Fonte: IBGE - Contas Nacionais A capital do Estado historicamente tem a maior participação no PIB. Em 2010 o produto de Natal atingiu R$ bilhões, o que representa 37% de toda riqueza produzida em território potiguar. Em seguida aparecem Mossoró (R$ 3,4 bilhões) e Parnamirim (R$ 2 bilhões). Esses três municípios juntos somam quase 55% do PIB. Analisando a Tabela 21 acima, percebe-se que Natal e Mossoró praticamente mantiveram sua participação no PIB de 2005 para 2010, enquanto Parnamirim obteve ligeiro aumento.

80 80 Um fato que chama atenção é que dois municípios produtores de petróleo (Macau e Areia Branca) perderam participação no PIB estadual, o que parece estar ligado à queda do volume produzido. Entretanto, Guamaré um dos principais produtores aumentou significativamente sua participação, fato este associado aos investimentos no polo petroquímico daquela região. Quinze municípios produzem petróleo em território potiguar: Alto do Rodrigues, Apodi, Areia Branca, Assú, Caraúbas, Carnaubais, Felipe Guerra, Governador Dix-Sept Rosado, Guamaré, Macau, Mossoró, Pendências, Porto do Mangue, Serra do Mel e Upanema. A área de produção pode ser identificada no Mapa 30 abaixo. MAPA 30 LOCALIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS PRODUTORES DE PETRÓLEO Fonte: Elaboração própria pelo autor.

81 81 TABELA 22 DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO RN NO ANO 2012 MÊS PETRÓLEO (bbl/d) GÁS NATURAL (Mm³/d) PRODUÇÃO TOTAL(boe/d) Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Fonte:Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ANP. Não por acaso, seis desses municípios apontados no mapa acima aparecem entre os dez que possuem o maior PIB per capita no Rio Grande do Norte, o que não significa, porém, que os índices de desenvolvimento e qualidade dos serviços públicos sejam diretamente proporcionais aos indicadores apresentados na Tabela 23. TABELA 23 - RIO GRANDE DO NORTE DEZ MUNICÍPIOS COM MAIOR PIB PER CAPITA EM 2010 (R$) MUNICÍPIO Guamaré Porto do Mangue Galinhos Baía Formosa Alto do Rodrigues Areia Branca Natal Arês Macau Mossoró RIO GRANDE DO NORTE Fonte: IBGE - Contas Nacionais

82 82 Outras regiões com PIB per capita relativamente alto podem ser identificadas no Mapa 31. Destacam-se, além da área produtora de petróleo, as Regiões Mossoroense, Seridó e a Metropolitana. MAPA 31 RIO GRANDE DO NORTE PIB PER CAPITA DOS MUNICÍPIOS Fonte: PNUD Atividades que se destacaram nos municípios ( ) No setor agropecuário, o maior destaque é Mossoró com a fruticultura irrigada, sendo o melão a principal fruta da produção. O município de Touros se destacou pela expressiva atividade agrícola, ligada principalmente ao cultivo do abacaxi. Apodi teve bom desempenho em razão da expansão da produção de arroz e do crescimento do rebanho de caprinos e ovinos. Em Ceará Mirim a principal atividade é a produção de cana-de-açúcar, seguida de outras culturas, como a mandioca e o mamão. Já em São José do Mipibu, além da cana, o mamão e a manga são culturas relevantes.

83 83 A indústria tem a Região Metropolitana como principal foco de expansão, sobretudo devido à importância da construção civil (e serviços imobiliários) e da indústria de transformação (alimentos e bebidas). No município de Mossoró predomina a indústria extrativa mineral com a extração de petróleo e sal marinho. Já em Parnamirim está instalado um parque industrial com atividades bastante diversificadas, com destaque para o segmento têxtil da indústria de transformação. Esta mesma atividade foi responsável pelo bom desempenho dos municípios de São Gonçalo do Amarante e Macaíba. No setor de serviços, Natal tem apresentado uma expansão acelerada das atividades de comércio e serviços de informação. Em Mossoró, além do comércio, o ramo de transportes tem crescido, sobretudo devido à presença da Petrobras. No município de Parnamirim, o comércio também é preponderante, assim como as atividades imobiliárias decorrentes do expressivo crescimento populacional. Já Guamaré se destaca pela comercialização de produtos derivados de petróleo, que são fabricados no pólo petroquímico. Por fim, São Gonçalo do Amarante tem se destacado no ramo dos transportes e ganhará ainda mais importância com o novo Aeroporto Internacional que está sendo construído, além das vias de integração ao município. 3.2 Principais atividades econômicas O Produto Interno Bruto do Rio Grande do Norte referente ao ano de 2010 demonstrou uma participação de 74,3% das atividades de serviços, 21,5% da indústria e 4,2% do setor agropecuário, como demonstrado na Tabela 24 e no Gráfico 2. TABELA 24 PIB DO RN SERVIÇOS 74,3% INDÚSTRIA 21,5% AGROPECUÁRIA 4,2% Fonte: IBGE Contas Regionais, 2010.

84 84 GRÁFICO 2 PARTICIPAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS NO PIB DO RN 21,50% 4,20% SERVIÇOS INDÚSTRIA AGROPECUÁRIA 74,30% Fonte: IBGE - Contas Regionais, Destaque para as atividades relacionadas à administração, saúde, educação pública e seguridade social que contribuem com 28,4% e para o comércio e serviços de manutenção e reparação que ajudam com 17,7% do total do PIB do Estado. As atividades imobiliárias e aluguéis também possuem relevante impacto ao concorrerem com 7,9%. Estes três conjuntos de atividades representam nada menos que 54% do PIB do RN. Convém destacar, ainda, os 6,8% referentes à indústria da construção civil, bem como os 6,7% das indústrias de transformação. Na agropecuária, a pecuária e a pesca integram a economia do Estado com 3,1% e a agricultura, silvicultura e exploração florestal contribuem com 2,2%. Uma análise mais detalhada destas atividades será realizada a seguir. 3.3 Agropecuária Agricultura Apesar de a Agricultura constituir-se na atividade que menos contribui para o PIB do RN, a produção agrícola rendeu cerca de 780 milhões de reais em 2010,

85 85 conforme Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE. O Gráfico 3 abaixo permite visualizar a evolução histórica desta produção. GRÁFICO3 EVOLUÇÃO DO VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO RN / Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal. Como visto, a lavoura temporária 2 é predominante no Estado. Em 2010 representou aproximadamente 76% do valor da produção do RN. Para este tipo de cultura, a cana-de-açúcar foi responsável por 32% do rendimento, o melão por 25% e a mandioca e o abacaxi por 9% cada. Ou seja, as quatro culturas contribuíram com aproximadamente 75% do valor da produção da lavoura temporária naquele ano. Situação interessante é a tendência de crescimento apresentada nos últimos anos pelos principais produtos da cultura temporária do RN. O Gráfico 4 permite visualizar esta situação. 2 O IBGE define como lavoura temporária as culturas de longo ciclo vegetativo, que permitem colheitas sucessivas, sem necessidade de novo plantio. E lavoura permanente seriam culturas de curta ou média duração, geralmente com ciclo vegetativo inferior a um ano, que após a colheita necessita de novo plantio para produzir. (IBGE. Produção Agrícola Municipal, v. 37, 2010, p. 13)

86 GRÁFICO 4 EVOLUÇÃO DO VALOR DA PRODUÇÃO DOS PRINCIPAIS PRODUTOS DA produtos LAVOURA da lavoura TEMPORÁRIA temporária DO RN do RN Evolução do valor da produção dos principais Abacaxi Cana-de-açúcar Mandioca Melão Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal. Dos quatro produtos apenas a mandioca apresentou queda. Por outro lado, o melão e a cana-de-açúcar desde o ano 2000 vêm ampliando rapidamente a renda de sua produção. Na lavoura permanente, que contribui com apenas 24% da renda obtida através da agricultura no RN, destaque para banana que responde por 36%, seguida pelo mamão com19%, pela castanha de caju com 14%, pelo coco-da-baía com 13% e pela manga com 10%. Nos últimos 10 anos, alguns produtos vêm diminuindo sua participação na agricultura do RN enquanto outros vêm ampliando sua importância, vejamos o Gráfico 5 abaixo.

87 GRÁFICO 5 PARTICIPAÇÃO NO VALOR PRODUZIDO DA LAVOURA PERMANENTE NO permanente RN no RN 40 Participação no valor produzido da lavoura ,22 29,3 22,51 19,69 17,2 14,32 13,3 4,66 6, Castanha de caju Coco-da-baía Mamão Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal É notória a queda na participação da castanha de caju na agricultura do Estado, bem como do coco-da-baía. Em contrapartida, o mamão expandiu consideravelmente sua atuação na economia agrícola norte-riograndense, ampliando em quase cinco vezes sua contribuição. Deve ficar claro, por outro lado, que a diminuição ou elevação na participação não significa perda ou ampliação do valor da produção. O que está sendo analisado é simplesmente o percentual de participação. A quantidade produzida pode não ter sofrido qualquer alteração, podendo a ampliação do valor da produção ser resultado de alterações no mercado. Desta forma, além do olhar para a contribuição da agricultura na renda do Estado faz-se necessário analisarmos o histórico da quantidade produzida destes produtos. Tal visualização permitirá identificar o real crescimento produtivo da lavoura norte-riograndense nos últimos anos, vez que as alterações no valor da produção podem ser resultado de flutuações nos valores de mercado destes produtos. Os números da quantidade produzida da lavoura temporária do RN demonstram um significativo crescimento da cultura da cana-de-açúcar. Esta cresceu em 2010

88 88 aproximadamente 66% em relação ao produzido em As estatísticas mostram, ainda, ínfima variação na quantidade produzida do abacaxi, da mandioca e do melão. O que indica que a ampliação dos valores da produção, apresentada no Gráfico 6, decorreram de mudanças no mercado. GRÁFICO 6 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA QUANTIDADE PRODUZIDA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS DA LAVOURA TEMPORÁRIA DO RN Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal. Outro indicador expressivo da lavoura temporária do Estado está na histórica retração da produção de algodão, feijão e milho. Essa situação pode indicar a transferência dos produtores para a fruticultura. O Gráfico 7 aponta uma retração vertiginosa destes produtos, com destaque especial para o milho que chegou a produzir em torno de 57 mil toneladas em 2000, chegando a apenas 8 mil toneladasem2010.

89 Produtos da lavoura temporária do RN GRÁFICO 7 PRODUTOS DA LAVOURA TEMPORÁRIA DO RN COM MAIOR com maior RETRATAÇÃO retração NA QUANTIDADE na quantidade PRODUZIDA produzida Algodão herbáceo (em caroço) (Toneladas) Feijão (em grão) (Toneladas) Milho (em grão) (Toneladas) Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal. A lavoura permanente também apresentou uma constância na quantidade produzida das suas principais culturas. Destaque para o aumento do cultivo da banana, que apresentou em 2010 uma produção vinte e nove vezes maior em relação ao ano de Outro produto que aos poucos se expande no mercado agrícola do RN é o Mamão, tendo cultivado cerca de 10 mil toneladas em 2000, passando a uma produção de 86 mil toneladas em 2010.

90 90 GRÁFICO 8 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA QUANTIDADE PRODUZIDA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS DA LAVOURA PERMANENTE DO RN Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal. Portanto, os números apresentados indicam para uma expansão da produção agrícola no RN. A fruticultura domina a pauta dos produtores do RN, com destaque para a rápida disseminação da cultura da cana-de-açúcar e a valorização do melão, produtos mais rentáveis para a agricultura do Estado Pecuária e outros produtos de origem animal A pecuária é outra atividade importante para economia do RN. Estatísticas da Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE apontam que em 2010 a produção de origem animal 3 gerou cerca de 330 milhões de reais para seus produtores. O Gráfico 9 vislumbra uma evolução do valor da produção desta atividade. 3 A pesquisa considera como produto de origem animal o leite, ovos de galinha, ovos de codorna, mel de abelha, casulos do bicho da seda e lã.

91 Evolução do valor da produção de origem animal no RN GRÁFICO 9 EVOLUÇÃO DO VALOR DA PRODUÇÃO DE ORIGEM ANIMAL NO RN R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ Fonte: IBGE Pesquisa Pecuária Municipal. 91 Dentre as atividades que compõem a produção animal no Estado destaca-se a pecuária leiteira que contribuiu com aproximadamente 210 milhões de reais (62%), bem como a venda de ovos de galinha que participou com cerca de 117 milhões (35%). No que concerne à quantidade produzida percebe-se uma pequena variação destas duas atividades ao longo dos últimos anos. Por outro lado, a produção do mel de abelha, cuja participação na renda da produção animal ainda é ínfima, apresentou um aumento significativo no seu volume de produção, vejamos o Gráfico10 a seguir.

92 Evolução da quantidade produzida de mel de abelha no RN (Mil litros) GRÁFICO 10 EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE PRODUZIDA DE MEL DE ABELHA NO RN (MIL LITROS) Fonte: IBGE Pesquisa Pecuária Municipal Como visto, a produção de mel no RN em 2010 apresentou um aumento de mais de cinco vezes em relação ao produzido em Essa situação permite afirmar que o mel é o produto de origem animal que mais cresceu nos últimos 10 anos. Em se tratando do rebanho norte-riograndense a Tabela 25 apresenta o quantitativo existente no Estado.

93 93 TABELA 25 EFETIVO DOS REBANHOS POR TIPO DE REBANHO NO RN Tipo de Rebanho Ano Bovino Equino Bubalino Asinino Muar Suíno Caprino Ovino Galináceos (galos, frangas, frangos e pintos) Galinhas Codornas Coelhos Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal. Como visto os rebanhos que mais se destacam em termos quantitativos são o bovino e o galináceos (galinhas e galos, frangas, frangos e pintos). Além disso, é perceptível a pequena variação histórica na quantidade do rebanho do RN. Merecendo destaque apenas o interessante crescimento da presença dos bubalinos Pesca e Aqüicultura A atividade pesqueira, assim como a produção aquícola, são atividades que vêm apresentando significativo peso na economia do RN. De acordo com o IBGE, esta atividade cresceu 1,3% de 2008 para Esta informação foi retirada do Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura divulgado pelo Ministério da Pesca e Aqüicultura em parceria com o IBGE. Segundo o Boletim, a produção nacional de pescado apresentou em 2009 um crescimento de aproximadamente 7% em relação ao ano anterior. O RN acompanhou o cenário nacional incrementando sua produção com o mesmo percentual de aumento. Porém, o Estado não acompanhou a elevação apresentada pelo Nordeste, cerca de 10%. Em números absolutos a produção é de toneladas de pescado, entre pesca extrativista e aqüicultura. 4 IBGE. Contas Regionais do Brasil, , n.35.

94 94 A produção pesqueira marinha no Brasil foi em torno de 585 mil toneladas, o que representa um aumento de 8,5% em relação a 2007, e um decréscimo de 1,9%, quando comparado a Este tipo de pesca foi o que apresentou o maior crescimento dentre as atividades pesqueiras do RN. O Gráfico 11 permite visualizar a situação supracitada. GRÁFICO 11 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PRODUÇÃO PESQUEIRA MARINHA DO RN (em(em toneladas) TONELADAS) Evolução histórica da produção pesqueira marinha do RN Fonte: MPA Boletim Estatístico da Pesca e Aqüicultura, Como podemos observar, de 2007 para 2009 o Estado apresentou um crescimento de 37% na extração de pescado marinho. Um percentual similar apresentado pela região Nordeste (38%) e bastante superior a taxa de crescimento nacional, que foi de apenas 0,8%. Por outro lado, ao analisarmos a produção pesqueira continental do Estado nos últimos 3 anos, percebe-se uma estagnação, vez que demonstrou um volume de 4.238t em 2007, caiu em 2008 para 3.789t, e restabeleceu-se em 2009 com 4.236t. Na aqüicultura é onde o RN se destaca a nível nacional, principalmente por meio da carcinicultura. Na modalidade marinha, o Estado é o maior produtor nacional ao responder por 33% da produção. Em números absolutos significa toneladas de

95 95 pescado produzido em cativeiro. Apesar disso, a produção norte-riograndense caiu cerca de 7% em relação a 2008 (28.434t). Essa retração parece ter sido resultado de fatores climáticos, visto que o Estado passou por problemas com enchentes no ano de No que concerne a valor da produção pesqueira, dados do IBAMA 5 revelam que em 2007 o RN apurou cerca de 260 milhões de reais com a venda de pescado. Este valor representa 18% do total produzido no Nordeste, deixando o RN com o 3º maior faturamento da região. Números da mesma pesquisa colocam que em 2007 o RN foi líder na exportação de pescados, contribuindo com 17,97% (US$ 55,8 milhões) das exportações globais. Situação que merece destaque é a acentuada queda na exportação do camarão. Estimativas da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC) 6 apontam que em 2004 o RN exportou cerca de 21 mil toneladas do produto. Este número caiu para apenas toneladas em A retração foi nacional, prova disso é que o Estado continua como principal exportador do país respondendo por cerca de 68% das vendas ao exterior. 3.4 Serviços Comércio Na última década o setor de serviços, que já tinha um grande peso no Valor Adicionado Bruto (VAB) do Rio Grande do Norte, aumentou ainda mais essa participação. O componente que mais avançou neste segmento foi o comércio, saltando de 10,5% em 1999 para 16,8% em Este fenômeno pode ser atribuído à elevação do rendimento médio da população, sobretudo daqueles trabalhadores que têm sua renda vinculada ao salário mínimo que nos últimos anos apresentou significativo incremento em termos reais. Com efeito, muitas pessoas que não tinham acesso a determinados bens de consumo passaram a tê-lo. As políticas de transferência de renda também têm contribuído para o aquecimento do comércio e para o aumento na demanda por serviços. O Gráfico 12 apresenta a evolução da participação do comércio no PIB do Estado. 5 IBAMA Estatística da Pesca, ABCC Estatísticas do setor pesqueiro e da carcinicultura brasileira. Disponível em:

96 GRÁFICO 12 EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO COMÉRCIO NO PIB DO RN (%) 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0-10,5 Fonte: IBGE Contas Regionais. Evolução da participação do Comércio no PIB do RN (%) 10,8 10,3 9,7 11,1 10,3 11,8 11,8 13,4 14, ,8 96 Ainda no âmbito do Comércio, a Pesquisa Anual do Comércio de registrou a existência de unidades locais com receita de revenda, que empregava cerca 110 mil pessoas. Naquele mesmo ano a pesquisa apontou que as empresas obtiveram 18 bilhões em receita bruta. Participaram desta receita o comércio varejista com 53%, o comércio atacadista com 31% e o comércio de veículos, peças e motocicletas com 16%. A receita bruta de revenda vem apresentando um histórico de crescimento. Vejamos o Gráfico 13 a seguir. IBGE Pesquisa Anual do Comércio (PAC), 2009.

97 GRÁFICO 13 EVOLUÇÃO DA RECEITA BRUTA DO COMÉRCIO DO RN POR ATIVIDADE (MIL REAIS) Evolução da receita bruta do comércio do RN por atividade (Mil Reais) Comércio de veículos, peças e motocicletas Comércio por atacado Comércio varejista Total 97 Fonte: IBGE Serviços Públicos Outro fator que chama atenção na estrutura econômica do Estado é a forte dependência que existe em relação aos gastos públicos, que por sinal cresceram no período analisado. A Tabela 26 mostra que a participação do componente Administração Pública (Saúde, Educação e Seguridade Social) atingiu 28,4% do VAB em 2009, configurando-se como o componente de maior peso em todos os setores da economia potiguar.

98 98 TABELA 26 - PARTICIPAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS NO VAB A PREÇOS BÁSICOS, POR UNIDADES DA FEDERAÇÃO - ANOS SELECIONADOS ATIVIDADES RIO GRANDE DO NORTE ANOS AGROPECUÁRIA 3,5 7,2 5,3 INDÚSTRIA 22,9 25,7 19,9 Indústria extrativa 5,9 8 4,6 Indústria de transformação 7,5 7,1 6,7 Produção e distribuição de eletricidade, gás, água e esgoto e limpeza urbana 1,7 3 1,8 Construção civil 7,7 7,6 6,8 SERVIÇOS 73,6 67,1 74,8 Comércio 10,5 10,3 16,8 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 4,4 3,1 3,6 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 27,7 25,3 28,4 Outros serviços 31,1 28,3 25,9 TOTAL Fonte: IBGE - Contas Regionais. Se observarmos o VAB a preços correntes destas atividades, o crescimento torna-se mais perceptível. Podemos afirmar que nos últimos 10 anos este número aumentou em mais de 3 vezes. Evolução do VAB a preços correntes dos serviços públicos no RN (Mil Reais) GRÁFICO 14 EVOLUÇÃO DO VAB A PREÇOS CORRENTES DOS SERVIÇOS PÚBLICOS NO RN (MIL REAIS) Fonte: IBGE Contas Regionais.

99 Outros Serviços A Pesquisa Anual de Serviços 8 registrou cerca de 6 mil empresas de serviço instaladas no RN em Estas contemplavam aproximadamente 85 mil pessoas empregadas e uma receita bruta anual de 4,8 bilhões de reais. Assim como em outras atividades, o faturamento do setor de serviços também vem apresentando um histórico de crescimento. O Gráfico 15 demonstra a evolução da receita bruta de prestação de serviços no Estado. GRÁFICO 15 EVOLUÇÃO DA RECEITA BRUTA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NO RN (MIL REIAIS) Fonte: IBGE Pesquisa Anual de Serviços. 3.5 Indústria Desde 1995 a participação da indústria no VAB tem oscilado entre 20% e 26%, percentual compatível com os demais estados nordestinos que, como o RN, têm maior peso no setor de serviços. Em 2009 o valor adicionado da indústria atingiu 19,9%, um 8 IBGE Pesquisa Anual de Serviços (PAS).

100 100 dos mais baixos da série histórica estudada. O fraco desempenho naquele ano esteve associado à crise econômica internacional que ocasionou queda nas exportações e Histórico da participação da indústria no VAB do RN(%) diminuição dos investimentos estrangeiros. GRÁFICO 16 HISTÓRICO DA PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA NO VAB DO RN (%) 30,0 25,5 25,0 25,7 25,5 25,4 25,0 26,3 26,0 24,1 20,0 22,9 22,7 19,9 15,0 10,0 5, Fonte: IBGE Contas Regionais. Apesar da crise, dois segmentos industriais tiveram bom desempenho no ano de 2009: a construção civil e a indústria de transformação. A construção civil foi o componente mais significativo naquele ano, contribuindo para a geração de emprego e de demanda em uma ampla cadeia de suprimentos necessários para realização de obras civis. Em 2005 esta atividade apresentou participação de 5,8% no PIB estadual, crescendo para 6,8% no ano de Ainda em 2009 a Pesquisa Anual da Indústria da Construção 9 (PAIC) registrou 641 empresas, cuja principal atividade está relacionada com obras e serviços de engenharia. Foi identificado ainda um volume de pessoas ocupadas nesta atividade 10. A indústria de transformação, por sua vez, aparece logo em seguida participando com 6,7% no VAB com sua produção pautada em bens de consumo não-duráveis. Os segmentos têxteis, alimentos e bebidas, calçados, 9 IBGE - Pesquisa Anual da Indústria da Construção, Estes dados referem-se a empresas de construção com 5 ou mais pessoas ocupadas.

101 101 confecções e indústria química respondem pela maior parte da produção. Estatísticas da Pesquisa Industrial Anual 11 apontam que em 2009, 23,4% do valor bruto da produção industrial adveio da fabricação de produtos alimentícios. Este ramo da indústria norterio-grandense vem apresentando rápido crescimento como é possível ver no Gráfico 17 abaixo. Participação da Fabricação de alimentos na Indústria de GRÁFICO 17 PARTICIPAÇÃO Transformação DA FABRICAÇÃO do DE ALIMENTOS RN (%) NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO RN (%) 25 23, ,55 17, Fonte: IBGE PIA Empresa. Se analisarmos os dados do valor bruto da produção, o crescimento é ainda mais latente. Em 2008 a fabricação de produtos alimentícios rendeu cerca de 1,1 bilhão de reais. Valor que cresceu para 2,1 bilhão em Ou seja, um crescimento de quase 100%. O setor têxtil é outro destaque na composição da Indústria de Transformação do Estado, participando com 7,8% da produção industrial do RN. No entanto, esta atividade vem apresentando queda de participação em relação a 2007 e 2008, quando registrou taxas de 12,2% e 10,5%, respectivamente. O valor da produção industrial, no IBGE - Pesquisa Industrial Anual, 2009.

102 102 entanto, não decaiu tanto, saindo de aproximadamente 710 milhões em 2008, para 700 milhões em A confecção de artigos de vestuário e acessórios - se enquadra o setor de calçados compõe a produção industrial com 7% de participação. A atividade também vem apresentando queda na contribuição para a Indústria, no entanto o valor bruto da produção registrou ligeira retração com relação ao ano de A indústria extrativa mineral é outro ramo que historicamente apresenta importante participação na produção estadual. A despeito da queda em 2009 caiu de 9,4% para 4,6% de participação no VAB, sua contribuição média foi de 8% entre 1999 e O RN possui grande potencial mineral e se destaca pela produção de sal marinho, sendo responsável por 95% da oferta do produto no Brasil. Além do sal, o Estado possui a maior mina de sheelita da América do Sul, localizada no município de Currais Novos, e é considerado o maior produtor nacional. Outro mineral que vem ganhando importância na economia e contribuindo para diversificação da produção é o ferro, extraído principalmente no município de Jucurutu. Entretanto, a principal atividade da indústria extrativa mineral continua sendo a exploração e industrialização de petróleo e gás 36,7% de participação na produção industrial. O Estado está entre os maiores produtores em terra do Brasil. Desde a década de 1980 a atividade petrolífera vem contribuindo significativamente para a geração de emprego e renda nas regiões de Mossoró e do Litoral Norte. Contudo, apesar da atividade continuar aumentando seu valor produzido (ver Gráfico 17 abaixo) e gerando altas receitas com o pagamento de royalties, vem ocorrendo uma desaceleração no nível de produção em termos físicos, processo ligado ao natural esgotamento das reservas petrolíferas. Especialistas advertem que a maioria dos campos da Bacia Potiguar já está em fase madura e apenas a descoberta de novas áreas poderão trazer de volta o nível de produção para o auge alcançado no ano de 1998.

103 103 GRÁFICO 18 HISTÓRICO DO VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO DA EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL DO RN (MIL REAIS) Fonte: IBGE PIA Empresa. Apesar da desaceleração na produção de óleo cru o Estado vem avançando na indústria petroquímica. Na Unidade de Tratamento e Processamento de Fluídos, localizada no município de Guamaré, são produzidos querosene de aviação (QAV), óleo diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP). E a mesma planta vem sendo ampliada dando espaço para as instalações da Refinaria Potiguar Clara Camarão, que atualmente já produz gasolina automotiva e nafta e há previsão de que o volume produzido aumente nos próximos anos. Aquela região vem se configurando como o principal pólo industrial do Estado, contando também com vultosos investimentos em energia eólica. 3.6 Recursos Minerais O RN tem uma produção diversificada e significativa de bens minerais. Dentre os minérios produzidos, destacam-se granito, diatomita, calcário, caulim, mica, tantalita-columbita e as gemas, utilizadas no setor de joalheria. A produção mineral do Rio Grande do Norte também dispõe de reservas consideráveis de scheelita, porém, sua

104 104 produção está praticamente paralisada em decorrência de fatores a serem superados em médio prazo. As reservas minerais do RN são diversificadas, indo desde o sal, maior produto mineral do Estado, até o Molibdênio, cuja produção ainda se encontra na fase inicial. O Estado destaca-se como o maior produtor nacional de sal marinho, com uma produção equivalente a cerca de 90% do total extraído no Brasil. Os investimentos nesse setor são significativos, devido principalmente, pela utilização em larga escala do sal, tanto como complemento alimentar, como na indústria química para produção de cloro e derivados, além de ser utilizado como ração para os animais. Entre os investimentos no setor salineiro do Estado, destaca-se a construção de uma fábrica de barrilha, que estará localizada no município de Macau. A localização da Fábrica em Macau foi escolhida pela proximidade das fontes de abastecimento de matérias-primas, sal e calcário. A Tabela 27 apresenta as reservas minerais contidas no Estado. Classe/ Substância METÁLICOS TABELA 27 RESERVAS MINERAIS - RN Reservas Medida Indicada Indeferida Lavrável Bismuto t Ferro t Molibdênio t Mo Ouro (Primário) Kg Au Tungstênio t WO NÃOMETÁLICOS Areia t n.d. n.d. n.d. n.d. Argilas Comuns t Argilas Plásticas t Calcário (Rochas) t Caulim t Diatomita t Feldspato t Gipsita t Mica t Quartzito Industrial t Quartzito Ornamental t Quartzo t Rochas (Britadas) e Cascalho t n.d. n.d. n.d. n.d. Rochas Ornamentais Outras t Rochas Ornamentais (Granito e afins) t

105 105 Rochas Ornamentais (Mármore e afins) t Talco t Fonte: Anuário Mineral Brasileiro Departamento Nacional de Produção Mineral. Ministério de Minas e Energia. Segundo o Anuário Mineral Brasileiro 2010, a produção mineral bruta do RN, em 2009, teve como destaque a produção de sal ( toneladas) e de areia ( toneladas). TABELA 28 PRODUÇÃO BRUTA DE MINÉRIO - RN Classe/Substância Quantidade (rom) Contido Teor Médio METÁLICOS Ferro t 92,00 t 0,89% Fe Ouro (Primário) - 627,47 Kg - Tungstênio t 279,84 t 0,84% WO3 NÃOMETÁLICOS Areia t - - Argilas Comuns t - - Calcário (Rochas) t - - Caulim t - - Diatomita 334 t - - Dolomito 37 t - - Rochas (Britadas) e Cascalho t - - Rochas Ornamentais (Granito e afins) t - - Rochas Ornamentais (Mármore e afins) 16 t - - Saibro t - - Sal Marinho t - - Talco t - - GEMAS E DIAMANTES Gemas (Primária) n.d. n.d. n.d. Fonte: Anuário Mineral Brasileiro Departamento Nacional de Produção Mineral. Ministério de Minas e Energia. A produção mineral beneficiada tem como destaques a produção de rochas britadas e Cascalho ( toneladas) e calcário ( toneladas). TABELA 29 PRODUÇÃO BENEFICIADA - RN CLASSE/SUBSTÂNCIA QUANTIDADE CONTIDO TEOR MÉDIO METÁLICOS Tugstênio 252 t 190,00 t 75,40% WO3 NÃO METÁLICOS Água Mineral l - -

106 106 Arenito Ornamental t - - Argilas Comuns t - - Calcário (Rochas) t - - Caulim t - - Dolomito 37 t - - Rochas (Britadas) e Cascalho t - - Rochas Ornamentais (Mármore e afins) 10 t - - GEMAS E DIAMANTES Fonte: Anuário Mineral Brasileiro Departamento Nacional de Produção Mineral. Ministério de Minas e Energia TABELA 30 - QUANTIDADE E VALOR DA PRODUÇÃO MINERAL COMERCIALIZADA CLASSE/ SUBSTÂNCIA BRUTA BENEFICIADA QUANTIDADE VALOR (R$) QUANTIDADE VALOR (R$) VALOR TOTAL (R$) RIO GRANDE DO NORTE METÁLICOS Ferro t Tungstênio t WO NÃO METÁLICOS Água Mineral l Areia t Arenito Ornamental t Argilas Comuns t t Calcário (Rochas) t t Caulim t Diatomita 304 t Dolomito t Rochas (Britadas) e Cascalho t Rochas Ornamentais (Mármore e afins) t Saibro m Sal Marinho t Talco t GEMAS E DIAMANTES Gemas (Primária) - - 8g Gemas Fonte: Anuário Mineral Brasileiro Departamento Nacional de Produção Mineral. Ministério de Minas e Energia. (*) Quantidade e valor da produção vendida, consumida ou transferida para industrialização.

107 107 TABELA 31 PRINCIPAIS EMPRESAS PRODUTORAS EMPRESAS CONSÓRCIO CONSTRAN/GALVÃO/ CONSTRUCAP ITAPETINGA AGRO-INDUSTRIAL S/A PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS PRODUZIDAS Areia, Rochas (Britadas) e Cascalho, Saibro PARTICIPAÇÃO (%) 16,47 Argilas Comuns, Calcário (Rochas) 14,31 MINERAÇÃO TOMAZ SALUSTINO Tungstênio 10,88 MINERAÇÃO CUNHA COMÉRCIO LTDA Água Mineral 6,74 STER BOM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Água Mineral 5,46 SERRINHA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Rochas (Britadas) e Cascalho 4,16 CAMPEL - CONSTRUÇÃO E MÁQUINAS PESADAS Rochas (Britadas) e Cascalho 3,77 PJ DE CARVALHO POLI Rochas Ornamentais (Granito e afins) 3,35 DANTAS, GURGEL & CIA LTDA-ME Rochas (Britadas) e Cascalho 2,58 MINA BOCA DE LAGE LTDA Tungstênio 2,57 ROCHEDO MÁRMORES E GRANITOS LTDA Rochas Ornamentais (Granito e afins) 2,54 MINERAÇÃO SÃO FRANCISCO LTDA-ME Água Mineral 2,52 COMPANHIA BRASILEIRA DE Areia, Arenito Ornamental, Calcário EQUIPAMENTO - CBE (Rochas) 2,29 MINERAÇÃO JU-BORDEAUX EXPORTAÇÃO LTDA Rochas Ornamentais (Granito e afins) 2,24 CAULIM CAIÇARA LTDA Caulim 1,66 HIDROMINAS SANTA MARIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Água Mineral 1,63 MINA BARRA VERDE LTDA Tungstênio 1,41 ÁGUA MINERAL POTIGUAR LTDA Água Mineral 1,21 CALCÁRIO IMAP - AGRO - MINERAÇÃO LTDA Calcário (Rochas) 1,12 MINERAÇÃO COTO COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO Rochas Ornamentais (Granito e afins) 1,05 LTDA Fonte: Anuário Mineral Brasileiro Departamento Nacional de Produção Mineral. Ministério de Minas e Energia (*) Participação percentual da empresa no valor total da comercialização da produção mineral da UF. O RN destaca-se também na produção de petróleo e gás natural. A produção de petróleo e gás natural no Brasil, segundo o Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural, publicado em Fevereiro de 2012 e produzido em dezembro de 2011 pela Superintendência de Desenvolvimento e Produção SDP da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Governo Federal, foi de aproximadamente Mbbl/d (mil barris por dia) e 71 MMm³/d (milhões de m³ por dia), respectivamente, totalizando em torno de Mboe/d (mil barris de óleo equivalente por dia). O setor petrolífero é de suma importância para a economia do RN, porque

108 108 além dos royalties pagos pela Petrobrás ao Estado e aos Municípios, há os contratos com terceiros para prestação de serviços e o pagamento das indenizações aos proprietários de terras onde são perfurados os poços. O principal produtor de petróleo no Rio Grande do Norte é o Município de Guamaré. TABELA 32 DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL POR ESTADO PETRÓLEO (bbl/d) ESTADO GÁS NATURAL (Mm 3 /d) PRODUÇÃO TOTAL (boe/d) Rio de Janeiro Espírito Santo Amazonas Bahia São Paulo Rio Grande do Norte Sergipe Alagoas Ceará TOTAL Fonte: ANP/SDP/SIGEP GRÁFICO 19 DISTRIBUIÇÃO DE PETRÓLEO POR ESTADO Fonte: ANP/SDP/SIGEP

109 109 GRÁFICO 20 DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL POR ESTADO Fonte: ANP/SDP/SIGEP TABELA 33 - DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL POR BACIA PETRÓLEO (bbl/d) BACIA GÁS NATURAL (Mm 3 /d) PRODUÇÃO TOTAL (boe/d) Campos Santos Solimões Espírito Santo Potiguar Sergipe Recôncavo Camamu Alagoas Ceará Tucano Sul TOTAL Fonte: ANP/SDP/SIGEP

110 110 GRÁFICO 21 - DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO POR BACIA Fonte: ANP/SDP/SIGEP GRÁFICO 22 DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL POR BACIA Fonte: ANP/SDP/SIGEP A previsão de investimentos em recursos minerais no Rio Grande do Norte para os próximos três anos é de, aproximadamente, o triplo dos investimentos anuais, conforme o Anuário Brasileiro Mineral de A Tabela 34 a seguir demonstra essa previsão.

111 111 TABELA 34 - INVESTIMENTOS NA MINERAÇÃO (REALIZADOS E PREVISTOS) CLASSE/ SUBSTÂNCIA RIO GRANDE DO NORTE REALIZADOS EM 2009 PREVISTOS PARA OS PROX. 3 (TRÊS) ANOS MINA USINA ÁGUA MINERAL TOTAL (R$) MINA USINA ÁGUA MINERAL TOTAL (R$) METÁLICOS Ferro Ouro Tungstênio NÃO METÁLICOS Areia Areias industriais Argilas Calcário Caulim Feldspato, leucita e nefelina-sienito Rochas (britadas) e cascalho Rochas ornamentais Rochas ornamentais - outras Saibro Talco e outras cargas mineirais GEMAS E DIAMANTES Gemas Fonte: ANP/SDP/SIGEP

112 Exportações do RN As exportações do Rio Grande do Norte, finalmente, apontam para uma saída do período mais crítico que afetou sensivelmente a venda dos produtos para o exterior, marcada pela crise financeira internacional em Naquele ano as exportações norteriograndenses tiveram uma queda de 8,5%, mais agravada ainda em 2009, com uma acentuada queda, em torno de 25,9%. Em 2011 os números são bem mais favoráveis para economia exportadora do Rio Grande do Norte apesar do equilíbrio das vendas em torno de US 281,2 milhões (pequena redução de 1,2% em relação a 2010, com as exportações estaduais de US 284,7 milhões). Na última década a economia exportadora do Rio Grande do Norte passou por algumas mudanças em sua estrutura e pauta de externa, destacando a seguir, o fim dos ciclos do petróleo e do camarão, bem como o redirecionamento da produção do açúcar para o mercado interno. Por outro lado, houve o fortalecimento de diferentes setores e a inclusão de outros produtos exportados abaixo descriminados: I - Petróleo e camarão: fim dos ciclos de exportação O ano de 2012 marca uma década do início da primeira exportação de petróleo extraído no Rio Grande do Norte quando ocorreu o primeiro embarque em junho desse ano. Foi o início de um ciclo de cinco anos, sem a venda de petróleo de 2007 a As primeiras exportações do óleo bruto foram de US 24,1 milhões (em 2002) tendo atingindo o pico no ano de 2004 quando a Petrobrás exportou US 284,2 milhões, correspondente a 49,5% de todas as vendas internacionais do RN. Mas em 2006, último ano do petróleo exportado, o valor ficou apenas um pouco maior, cerca de US 27,9 milhões. Apesar desse aumento em valores entre o início e o fim do ciclo do petróleo, o peso na pauta de exportação do Estado foi de 10,8% e de 7,9%, respectivamente, para os anos de 2002 e Em outras palavras, o Estado diversificou e ampliou suas vendas para o exterior durante o ciclo do petróleo exportado. O camarão também teve seu apogeu no ano de Á época, ficou atrás apenas do petróleo e, com as vendas da ordem de US 82,6 milhões, desbancava o líder tradicional no Rio Grande do Norte, o melão. O primeiro grande contrato de fornecimento de camarão para o mercado europeu começou no ano de 2000, mas a

113 113 exemplo do petróleo, também encerrou seu ciclo externo, embora mais tardiamente: a última exportação do camarão foi no início de 2011 e somou menos de US 400 mil. II - Mercado interno aquecido O mercado interno aquecido também afetou diretamente as exportações do Rio Grande do Norte, principalmente em 2011, impedindo que a curva de crescimento continuasse a recuperar mais rapidamente os efeitos da crise financeira internacional. O açúcar, com suas vendas de apenas US 7,6 milhões, puxou para baixo o índice de desempenho estadual em Basta comparar com 2010 quando foi exportado US 27,6 milhões desse item: a queda e a ausência desses US 20 milhões impediram o crescimento da pauta comercial internacional. Sua produção, no entanto, não perdeu espaço. O mercado interno, aquecido com a venda recorde de veículos nos últimos anos e a pressão por mais álcool combustível transformaram o mercado interno bem mais rentável do que a oferta de compra por parte dos tradicionais compradores estrangeiros. As empresas do RN privilegiaram, portanto, o comprador local e a média exportada dos últimos anos (em torno de US 23 milhões) foi sensivelmente puxada para baixo. III : agronegócio e minérios. O ano 2011 manteve equilibrado, suas exportações, trouxe alguns bons resultados para a economia internacional do Estado com destaques para o melão, o pescado, o granito, o mel, a sheelita e o ferro, por exemplo. O setor mineral recuperou sua força econômica e tem demonstrado no período mais recente uma maior vitalidade na conquista de novos mercados. Foi assim que em 2011 constatou-se um crescimento elevado nas exportações de granito (28,7%), sheelita (365,2%) e ferro que desde o ano de 2008 não era mais exportado. Foram os novos investimentos recebidos no RN de empresas locais ou nacionais, mas também de capital estrangeiro, que reativaram o setor de extração mineral na região do Seridó. Esses produtos minerais responderam por US 14,4 milhões em exportações no ano de 2011: um significativo crescimento de 110,6% em relação ao ano de 2010 (US 6,8 milhões). A expectativa é de que essa evolução seja contínua nos próximos meses. A fruticultura trouxe em 2011 uma boa notícia a ser comemorada pelo setor produtivo: o melão voltou a apontar um crescimento em suas exportações, atingindo a marca de US 50,6 milhões, com um aumento de 19,6% em relação ao ano passado. Embora ainda menor do que seus índices históricos, o crescimento da concorrência em

114 114 outros Estados e a queda do consumo na Europa afetaram a produção local sem, no entanto, diminuir sua importância para a economia norte-riograndense. Continuando com as boas notícias do agronegócio em 2011 há de se destacar o pescado e o mel. Este último marcou US 4,5 milhões na pauta externa do Estado com um expressivo crescimento de 145,9% em relação a 2010; a característica de sua capilaridade e sua diversidade geográfica na produção contribuem para uma maior distribuição dessa nova riqueza no RN. O pescado recebeu investimentos de empresas japonesas que, com sua tecnologia e conhecimento de mercado, aliada à experiência de empresas locais, permitiu um impulso bastante significativo nas exportações de peixes (principalmente do atum): US 17,9 milhões no ano passado, com um aumento de 83,4% em relação ao ano anterior. No ano 2010 o pescado foi o quarto maior item da pauta de exportação e a expectativa é que esse valor possa ainda duplicar nos próximos anos. IV - Crescimento na pauta A expectativa é de que 2012 apresente um crescimento sustentável da economia exportadora do RN. Os dados do ano de 2011 apontam nesse sentido. E, embora seja ainda muito cedo para fazer uma projeção em médio prazo, os primeiros dados deste ano, referentes ao mês de janeiro, deixam uma expectativa mais animadora: em comparação com janeiro do ano passado já houve um aumento de 50,8% nas exportações, aproximando-se dos US 27,9 milhões em vendas. O melão continua com sua liderança e, já na terceira posição, aparece o pescado e a castanha de caju em segundo lugar no ranking parcial. A Tabela 35 apresenta os principais produtos exportados pelo RN no período de 2010 a maio de TABELA 35 PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS PELO RIO GRANDE DO NORTE (ANUAL (US FOB)) ITENS PRODUTOS 2010 (*) JAN/MAIO Castanha de caju R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 2 Melão R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 3 Açúcar R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 4 Banana R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 5 Sal R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 6 Confeitaria R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 7 Roupa de cama R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 8 Peixes R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00

115 115 9 Manga R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 10 Cera de carnaúba R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 11 Chapas plásticas R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 12 Camarão R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 13 Granito R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 14 Lagosta R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 15 Melancia R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 16 Mamão R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 17 Mel R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Fonte: FIERN O Gráfico 23 mostra a balança comercial do Estado no período de janeiro a junho (2011 e 2012). Percebe-se que em 2012 houve um superávit comercial, visto que o montante de exportação foi superior ao de importação, como demonstrado abaixo. GRÁFICO 23 BALANÇA COMERCIAL DO RN Fonte: Federação das Indústrias do RN FIERN/ Zona de Processamento de Exportações (ZPE) As Zonas de Processamento de Exportações são áreas de livre comercio, destinadas á instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem

116 116 comercializados no exterior. O RN implantará uma ZPE no Município de Macaíba, o projeto foi desenhado pela Prefeitura de Macaíba, pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), e pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), que juntamente com os empresários formalizaram um espaço para a implantação da ZPE. O Município de Macaíba está localizado próximo tanto do Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, quanto do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que está em construção, e que, junto à ZPE, promete transformar a Região Metropolitana de Natal em um dos principais pólos exportadores do Nordeste. A área escolhida tem mais de 160 hectares e está localizada na Reta Tabajara, rodovia que liga Macaíba a Natal e aos Municípios do Interior do Estado, pela BR-101. Apesar de ter como principal finalidade atrair investimentos estrangeiros, as ZPE's acabam também fortalecendo o mercado interno, deixando as empresas nacionais em igualdade de condições com os concorrentes de outros países. O desenvolvimento da economia local acaba vindo naturalmente por uma sucessão de fatores interligados. O incremento de novas tecnologias, o aumento do valor agregado dos produtos e conseqüentemente, o aumento do fluxo de mercado, e a geração de empregos. 3.8 Turismo O turismo é uma das principais atividades econômicas do Estado que mais gera emprego e renda, apresentando em 2010 um fluxo turístico de mais de 2,5 milhões de turistas, o que representa uma variação de 10,3% em relação a 2009, e uma receita de R$ 2.028,0 milhões de reais. A permanência do turista no Estado chega há 7,7 dias e, o seu gasto diário é de R$ 122,96, dado revelado pela Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte (SETUR-RN). Para desenvolver o turismo do Estado a SETUR tem a responsabilidade de formular a política de turismo do Estado; desenvolver estudos e pesquisas para avaliar a potencialidade turística do Estado; articular-se com os Municípios e os demais Órgãos da Administração Estadual, com o objetivo de desenvolver a infraestrutura de saneamento básico, transportes e energia, nas áreas de atividades turísticas; e promover

117 117 ações voltadas para a ocupação da infraestrutura de turismo do Estado, principalmente nos períodos de baixa estação. MAPA 32 TURISMO DE SOL E PRAIA Fonte: Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável - PDITS 2011 Nos últimos anos, os problemas da crise econômica mundial, variação cambial, e realização de tímidas campanhas de divulgação e promoção, ocasionaram a perda de vôos charters e, conseqüentemente, a diminuição do fluxo turístico internacional. O turismo nacional tornou-se o grande emissor de turistas para o RN. Em 2011, o Governo priorizou o trabalho de divulgação e promoção do destino RN, na mídia regional e nacional, participando das feiras e outros eventos promocionais no Brasil e principais mercados internacionais, visando reverter à situação do turismo internacional e incrementar cada vez mais o turismo nacional. Além disso, o Governo liderou a luta para garantir Natal como sede da Copa do Mundo 2014, que atrairão turistas e funcionará como janela de divulgação da cidade e do Estado. O RN apresenta um grande potencial turístico com atrativos naturais que revelam o turismo de sol e mar, agregados a outros segmentos como turismo cultural,

118 118 aventura, religioso e ecoturismo. O Estado tem uma costa litorânea de 400 km, com belíssimas praias, parrachos, falésias, dunas e lagoas naturais. Além disso, conta com a riqueza dos manguezais, zonas preservadas de Mata Atlântica, cuidadas sob a égide da política de proteção ao meio-ambiente praticada pelo Governo do Estado, que preserva e fortalece o compromisso em torno do desenvolvimento sustentável e responsável. O Estado é dotado de excelente infraestrutura turística, tendo Natal um dos maiores e melhores parques hoteleiros do Brasil, contando com restaurantes e bares que apresentam a irresistível gastronomia potiguar, como o camarão e a carne de sol, bem como a culinária internacional. TABELA 36: MUNICÍPIOS COM ÁREA ESPECIAL DE INTERESSE TURÍSTICO Acari São Gonçalo do Amarante Apodi São Miguel Arês São Miguel do Gostoso Baía Formosa Serra de São Bento Caicó Serra Negra do Norte Canguaretama Serrinha dos Pintos Caraúbas Parelhas Ceará-Mirim Parnamirim Currais Novos Passa e Fica Extremoz Patu Felipe Guerra Pedro Velho Florânia Poço Branco Goianinha Portalegre João Câmara Presidente Juscelino Jucurutu Rio do Fogo Lagoa Nova Santa Cruz Luís Gomes Tibau Macau Tibau do Sul Maxaranguape Timbaúba dos Batistas Mossoró Touros Natal Upanema Nísia Floresta Fonte: IBGE. Essa estrutura turística encontra-se em processo de modernização, objetivando o planejamento integrado das ações para a manutenção e preservação dos patrimônios

119 119 turísticos e ecológicos; a promoção à cultura com destaque, na valorização da cultura local; o apoio à interiorização do turismo - estimulando o desenvolvimento dos pólos turísticos e, junto à iniciativa privada, o incentivo a inserção do Estado no turismo de negócios e de eventos, uma vez que esse segmento tem elevada importância para um destino. O turismo de eventos incentiva o desenvolvimento socioeconômico local, pois possibilita contornar os efeitos da "alta e baixa estação", visando fomentar o turismo em diferentes épocas do ano, permitindo um maior equilíbrio da demanda. Um evento movimenta um grande número de profissionais durante a sua realização, provocando uma grande movimentação econômica porque o turista de eventos é motivado por interesses profissionais, mesclando atividades de trabalho e lazer Pólos Turísticos Pela diversidade de potencial natural, cultural, estrutural e econômico o RN está dividido em cinco Pólos turísticos, cada um mapeado de acordo com suas especificidades locais atrativas. O Mapa 33 abaixo permite visualizar os pólos turísticos do RN. MAPA 33 PÓLOS TURÍSTICOS DO RN Fonte: SETUR

120 120 I - Polo Costa das Dunas: situado no litoral oriental, foi o primeiro Polo Turístico do RN, e tem grande parte da dinâmica turística assentada nos atrativos naturais, representados por praias, dunas, lagoas, mangues, falésias, mata atlântica, entre outros elementos paisagísticos naturais, distribuídos pelos municípios que o compõem. Essa imagem natural sagrou-se como a imagem do destino turístico de Natal que, nesse aspecto, representa também a imagem do Rio Grande do Norte do Brasil e internacionalmente, sendo os segmentos de lazer com sol e praia, os principais nichos mercadológicos do Estado. Além disso as condições climáticas impulsionam e favorecem o aproveitamento dos atrativos naturais para a atividade turística, já que se tem um grande número de dias de sol ao ano e praias com águas mornas e calmas. Dos 18 municípios que integram o Polo Costa das Dunas, 14 deles são litorâneos, denotando já o grande potencial para o turismo de sol e praia, atualmente a tipologia de turismo mais aproveitada no Polo. Por esse fato, as praias são os elementos mais comuns na oferta turística de atrativos no Pólo. Com destaque para a capital Natal e praias internacionalmente conhecidas, como Ponta Negra, Jenipabu, Maracajaú e Pipa, aliadas aos passeios de buggy e barcos, mergulhos, visita ao maior cajueiro do mundo, gastronomia regional e internacional, folclore, artesanato, festividades e monumentos históricos e turísticos, tornam o Pólo Costa das Dunas um dos destinos mais procurados pelo turista nacional e internacional. Integram o Pólo Costa das Dunas os municípios de Arez, Baía Formosa, Canguaretama, Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba, Maxaranguape, Natal, Nísia Floresta, Parnamirim, Pedra Grande, Rio do Fogo, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu, São Miguel do Gostoso, Senador Georgino Avelino, Tibau do Sul e Touros. II - Polo Costa Branca: Situa-se na Zona Oeste do Estado, caracteriza-se de um lado, pela vegetação típica da caatinga, repleta de xique-xiques e juremas, do outro, o mar, praias, dunas multicoloridas, mangues, falésias, rios, lagos, lagoas e águas termais. É conhecido como o lugar onde o mar encontra o sertão e o sertão literalmente vira mar. Destaca-se pelas cidades produtoras de sal, petróleo e fruticultura, pela presença de sítios arqueológicos e paleontológicos. A faixa litorânea do Costa Branca, com 170 km de extensão, é caracterizada por ser ainda bastante rústica, pouco adensada, ideal para turistas que procuram destinos mais preservados e tranqüilos, onde a atividade turística é ainda incipiente, mas com abundantes recursos para desenvolver um turismo de caráter natural, com maior contato

121 121 com a natureza e com a comunidade. O destaque maior é nas salinas de Macau e Areia Branca que são atrativos diferenciados, uma vez que o RN é o maior produtor de sal do país. Algumas praias, já recebem fluxos de brasileiros e estrangeiros freqüentes, como é o caso de Galinhos que mantém aquele aspecto de vilarejo rústico perdido da civilização, a Praia de Ponta do Mel, em Areia Branca, destaca-se por sua beleza selvagem e por apresentar aspectos de serra, sertão e mar. As dunas brancas misturamse às falésias vermelhas, fenômeno que origina dunas de coloração rosada, como as de Redonda e as do Rosado (Porto do Mangue). Os cactos e a vegetação da caatinga chegam à praia, caracterizando o encontro do mar com o sertão. Tibau que tem como grande diferencial seus morros de areia colorida. O município de Macau tem na praia de Diogo Lopes o seu grande destaque, que tem aproximadamente 8 km de extensão com dunas ainda inexploradas, reserva de manguezais e belos coqueirais. Saindo um pouco do litoral, tem-se como destaque entre os atrativos naturais as águas termais de Mossoró. Entre as lagoas sertanejas, pode-se mencionar a Lagoa do Piató, em Assú, que já conta com um terminal turístico e recebe fluxos de visitantes das comunidades vizinhas especialmente nos finais de semana. A região onde se encontra a Lagoa Formosa, em São Rafael, constitui-se num diferencial ao sol e praia do Pólo Costa Branca. A grande formação rochosa em granito é ideal para a prática de trilhas e esportes de aventura como trekking, rapel, parapente, etc. Entre os principais atrativos culturais do Polo, pode-se destacar a cidade de Mossoró que está bastante ligada à cultura, sendo inclusive conhecida como a Capital Cultural do Rio Grande do Norte, diante do grande investimento em eventos de caráter cultural, na valorização do patrimônio e história locais. O patrimônio Cultural de Mossoró está em boa parte ligado à história de resistência da cidade ao bando de Lampião. Dentre os pontos de destaque estão: a Igreja de São Vicente, o Palácio da Resistência, a Estação das Artes (antiga estação de trens), o Museu Lauro da Escócia e o Memorial da Resistência: lugar que conta a história do cangaço, bem como a trajetória de Lampião em Mossoró. Durante os festejos de São João, é apresentado anualmente o espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró que teatraliza no átrio da Igreja São Vicente, esse importante momento para a história de Mossoró, sendo uma das atrações de maior destaque no evento, e atrai um grande fluxo de turistas.

122 122 Outro destaque é o Lajedo de Soledade e seu Museu, em Apodi. Esse sítio arqueológico abrange cerca de 1 km² de dimensão, incrustado numa formação rochosa calcária do período paleolítico, com idade geológica estimada em 90 milhões de anos. Em Assú, existe um casario histórico encravado no centro da cidade tombado pelo Patrimônio Histórico-Cultural. Além de todos esses atrativos, um dos grandes motivadores das viagens para o Polo Costa Branca são as suas festas populares, como o Carnaval, os Festejos Juninos e as Festas Religiosas. Os municípios que compõem o Polo Costa Branca são: Angicos, Apodi, Areia Branca, Caiçara do Norte, Carnaubais, Galinhos, Grossos, Guamaré, Itajá, Lages, Macau, Mossoró, Pendências, Porto do Mangue, São Bento do Norte, São Rafael, Serra do Mel e Tibau. MAPA 34 SEGMENTAÇÃO DO TURISMO DO RN Fonte: Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável PDITS/2011

123 123 III - Polo Seridó: localizado no semi-árido do RN é constituído por ecossistemas naturais, como o bioma caatinga, único no mundo, que aliado a majestosas serras, formações rochosas, trilhas, rios, açudes, tanques naturais e cavernas misteriosas, sítios arqueológicos, que registram a presença do homem pré-histórico, através de enigmáticas inscrições rupestres, conferem a região uma beleza selvagem que encanta os visitantes. Somados a tudo isso, tem a beleza do artesanato da região, com destaque para os famosos bordados por sua qualidade, e belos arranjos que adornam variados tipos de conjuntos de cama, mesa e banho, assim como artigos para vestuário. A culinária típica, como a famosa carne de sol, queijos, biscoitos, manteiga da terra, e a cultura sacra, que inspira a fé do sertanejo. Entre os atrativos naturais, existem as serras, o relevo acidentado e as formações rochosas, destacando-se o Bico das Araras e Serra da Formiga em Acari, que emolduram o Açude de Gargalheiras, a Gruta da Caridade, Serra de São Bernardo em Caicó, Vale Vulcânico em Cerro Corá e Lagoa Nova, Serra do Chapéu, Pico do Totoró, Cânion dos Apertados, Serra da Mina Brejuí, Pedra do Sino e do Navio em Currais Novos, Serra dos Quintos e Pedra da Boca em Parelhas. Além da religiosidade do povo do Seridó, outros atrativos histórico-culturais existem no Polo Seridó como sítios arqueológicos, museus, sítios históricos urbanísticos, igrejas, capelas, fazendas, festas populares e religiosas, artesanato e a gastronomia. O que chama grande atenção são os sítios arqueológicos que apresentam vestígios da ocupação do homem pré-histórico que deixaram suas marcas em cavernas, grutas, sendo os de maior representatividade: Sítios Mirador, em Parelhas, Pedra do Alexandre, Talhado do Gavião, Casa Santa e Xiquexique I e II em Carnaúba dos Dantas, estes últimos já estruturados para receber visitantes. Outros dos atrativos turísticos histórico-culturais do Polo Seridó são os seus castelos, um deles está localizado em Caicó, o Castelo de Engady e o outro, o Castelo de Bivar encontra-se em Carnaúba dos Dantas. Um dos grandes, motivadores das viagens para o Polo Seridó são as suas festas religiosas e populares, amplamente conhecidas, como o Carnaval e a Festa de Sant Ana, em Caicó, tendo sido construído um espaço de eventos no município, conhecido como Ilha de Santana, para melhor estruturar o evento. Em Carnaúba dos Dantas, a encenação da Paixão de Cristo, no Monte do Galo, é destaque no calendário religioso da cidade. Em Acari, no aspecto cultural destacam-se a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e o Museu do Sertanejo, ambos tombados pelo Patrimônio Histórico.

124 124 O Polo Seridó abrange as cidades de Acari, Caicó, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Currais Novos, Equador, Florânia, Jardim do Seridó, Jucurutu, Lagoa Nova, Ouro Branco, Parelhas, Santana do Seridó, São João do Sabugi, São José do Seridó, Serra Negra do Norte, Tenente Laurentino Cruz e Timbaúba dos Batistas. IV- Polo Serrano: Situa-se no semiárido nordestino, caracteriza-se pelo clima ameno, durante boa parte do ano, presença de grutas, belas e mais altas serras do RN, sendo um paraíso para os amantes da natureza, da aventura e do ecoturismo, com trilhas, mirantes, sítios arqueológicos, formações rochosas e vistas deslumbrantes e também o turismo religioso. Entre julho e agosto, as temperaturas ficam entre 16 e 26ºC, o que torna o clima propício para a realização dos Festivais de Inverno, com programações culturais diversificadas e festivais gastronômicos com ênfase na culinária Potiguar. Destaque para as cidades de Martins, com os Mirantes da Carranca e do Canto, Casa de Pedra, Pedra do Sapo, Pedra Rachada com a silhueta de Cristo, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e seu famoso Festival Gastronômico, que já atrai grande fluxo turístico, Portalegre cujas principais atrações são a Fonte da Bica (de água mineral), no Terminal Turístico, a Cachoeira do Pinga, com quase 100 metros de altura, Casas de Farinha, Mirante Boa Vista, os Sítios Arqueológicos da Furna do Pelado e Pedra do Letreiro e, recentemente, o Festival Gastronômico, Patu com a Serra e Santuário do Lima, onde o turismo religioso com romarias, acontece durante todo o ano, Pedra da Bocada, Casa do Cangaceiro Jesuíno Brilhante, Cruzeiro de São Sebastião e a Rampa de Vôo Livre, onde acontece anualmente grande campeonato, por ser um dos melhores lugares do mundo para a prática desse esporte. Municípios que compõem o Polo Serrano: Alexandria, Antônio Martins, Campo Grande, Caraúbas, Doutor Severiano, Felipe Guerra, Lucrécia, Luís Gomes, Major Sales, Martins, Patu, Pau dos Ferros, Portalegre, Riacho da Cruz, São Miguel, Venha Ver, Viçosa e Pilões. V- Polo Agreste/Trairi: Situado num belo trecho do sertão nordestino, o Polo Agreste/Trairi atrai visitantes tanto pelo seu cenário magnífico como pelas demonstrações de fé e religiosidade de seu povo. O Polo tomou grande impulso no Turismo Religioso com a construção do Complexo Turístico Religioso Alto de Santa Rita de Cássia, no município de Santa Cruz, maior estátua religiosa do mundo, com 53 metros de altura, constando de área para missas e eventos, restaurantes, lojas de artesanato e estacionamento. Devido à beleza de suas serras, formações rochosas, trilhas

125 125 e lajedos, a região é de grande interesse para o desenvolvimento do turismo de aventura. Multidões de todas as partes do Estado participam dos festejos juninos e religiosos. As tradicionais vaquejadas e os festivais gastronômicos também são outros atrativos para quem visita a região. Os principais atrativos turísticos do Polo Agreste/Trairi encontram-se nas cidades de Santa Cruz, com o já citado Complexo Turístico Religioso Santa Rita de Cássia, Vila de Todos (complexo de apoio ao turismo, com quiosques, bares e música ao vivo) casa da Cultura e eventos como o Serra de São Bento,Festival de Quadrilhas, Espetáculo Rita Senhora dos Impossíveis e os Festejos da Padroeira, com suas serras, cavernas, clima ameno que favorece a realização do já consolidado Festival de Inverno, Sítio Novo com o Castelo de Zé dos Montes, Inscrições Rupestres na Pedra do Letreiro, Balneário, Passa e Fica devido a proximidade do Parque Ecológico Pedra da Boca, que fica na Paraíba, se beneficia desse atrativo, com trilhas e deslumbrante visual e Serra Caiada, com a Serra do mesmo nome, formação rochosa mais antiga das Américas, que é bastante utilizada para escaladas, além da praça com Concha Acústica para realização de eventos. Compõem o Polo Agreste/Trari: Coronel Ezequiel, Jacanã, Japi, Montanhas, Monte das Gameleiras, Nova Cruz, Passa e Fica, Santa Cruz, São Bento do Trairi, Serra Caiada, Serra de São Bento, Sítio Novo e Tangará Investimentos Turísticos O Governo executa projetos de obras e investimentos para melhorar a infraestrutura, qualificar a mão de obra e implementar o projeto de interiorizar cada vez mais o turismo. Em 2012 o plano de metas da Secretaria de Turismo e da Emprotur prevê investimentos em obras e programas para fortalecer o setor, multiplicando sua capacidade de gerar trabalho e renda. Essas ações são executadas (obras viárias, saneamento) por diversas áreas do Governo, dentro do projeto de gestão articulada, em que várias secretarias somam esforços para viabilizar as ações da gestão. Com recursos do Prodetur, o Governo tem investido recursos em ações, como: qualificação de profissionais do turismo nos municípios do Polo Costa das Dunas; elaboração dos projetos de pavimentação dos acessos às praias e lagoas; elaboração do projeto do Parque do Cajueiro, implantação dos acessos RN 313/Alcaçuz/Nísia Floresta,

126 126 BR 101 (Nísia Floresta)/Alcaçuz, RN 063 e do acesso RN 063/ Lagoa de Arituba; conclusão do sistema do esgotamento sanitário de Cotovelo e Pium. Além das ações acima, estão programadas com recursos do Prodetur Nacional a elaboração do Projeto do Museu da RAMPA; contratação do projeto de reforma e ampliação do Centro de Turismo de Natal; Projeto de Reabilitação Urbana do Centro Histórico de Natal; Projeto para visitação e conservação dos sítios arqueológicos do Seridó; Projeto de Urbanização das Orlas (Cotovelo, Pirangi do Norte, Pitangui, Jacumã, Muriú, Tibau do Sul e Pipa), Implantação do Sistema de Esgotamento de San Vale, entre outras. O montante dos recursos do Prodetur Nacional é de 75 milhões de dólares, sendo o valor de empréstimo pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID o valor de U$ 45 milhões, recursos de convênios com o Ministério do Turismo MTUR no valor de U$ 27 milhões e a contrapartida estadual no valor de U$ 3 milhões. Atualmente, o Estado do Rio Grande do Norte está em fase de planejamento para realização do Projeto RN Sustentável que tem ações programadas ao apoio a investimentos de infraestrutura voltados ao fortalecimento do turismo regional sustentável, prevendo atividades de investimentos em melhorias da infraestrutura urbanística e acessibilidade às praias, lagoas, açudes e atrativos naturais; melhorias no índice de saneamento de municípios turísticos, criação e estruturação de novos roteiros turísticos e de apoio ao turista. As ações serão realizadas com recursos oriundos de contrato de empréstimo assinado entre o Governo do Estado e o Banco Mundial, prevendo um total de U$ 58 milhões para o incremento do turismo. O Programa de Regionalização do Turismo prevê investimentos de R$ 2 milhões, com recursos próprios, para, entre outras ações, elaboração do Plano Estratégico Sustentável do Turismo; implantação de Sinalização Turística Interpretativa de Natal; implantação do Projeto Turístico Rota 33, entre o RN, PB e AL; e contratação de consultoria para desenvolver ações de acesso ao mercado Dados do Turismo do RN Para bem acomodar os turistas, o RN dispõe de uma das maiores redes hoteleiras, com mais de mil leitos. Destaque para a capital do RN (Natal), que tem mil leitos, sendo a sexta do país e terceira do Nordeste em número de leitos. Segundo a Pesquisa Serviços de Hospedagem divulgada pelo IBGE (2011), Natal tem

127 127 capacidade para receber, em média, 140 hóspedes por estabelecimento, posicionando-se acima da média nacional (110) e, ficando atrás do Rio de Janeiro, que tem a capacidade de receber, em média, 157 hóspedes por estabelecimentos. A capital tem a quarta maior média de unidades habitacionais suítes, apartamentos, quartos e chalés por estabelecimento do país. Possui a segunda maior proporção de estabelecimentos de luxo do país (4,2% dos meios de hospedagem) e a quarta maior proporção de estabelecimentos nacionais na categoria superior/muito confortável (15,6% dos meios). A Tabela 37 apresenta o movimento de aeronaves e passageiros no Aeroporto Internacional Augusto Severo no Rio Grande do Norte, nota-se, que nos últimos anos, o crescimento tem sido diminuto. TABELA 37 MOVIMENTO DE AERONAVES E PASSAGEIROS NO AEROPORTO AERONAVE (UNIDADE) AUGUSTO SEVERO PASSAGEIROS (UNIDADE) ANO DOMÉSTICO INTERNACIONAL DOMÉSTICO INTERNACIONAL Fonte: Infraero Um dos indicativos para tal situação seria, por exemplo, o crescimento da demanda e a não adequação da estrutura dos terminais aeroportuários. Recentemente, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou em um estudo que o Aeroporto Internacional Augusto Severo tem funcionando acima da capacidade operacional - a taxa apontada no estudo foi de 138%. Para minimizar esta situação, um novo aeroporto está em construção, o Aeroporto Internacional da Grande Natal, situado na Região Metropolitana de Natal, especificamente no município de São Gonçalo do Amarante, distante 40 quilômetros do centro da capital do Estado. Projetado para ser um aeroporto intermodal (passageiros e cargas), o complexo terá a maior pista de pouso do Nordeste e tem a pretensão de ser o maior terminal da América Latina, por isso está sendo criada uma ZPE - Zona de Processamento de Exportações distrito industrial para a instalação de empresas voltadas essencialmente para o mercado externo. Além da ZPE, haverá área de Livre Comércio (ALC). A previsão de inauguração é para abril de 2014.

128 128 Assim, o RN tem buscado desenvolver um turismo sustentável de forma a articular um conjunto de atitudes, comportamentos, estratégias, planos, leis e regulamentações em resposta às necessidades econômicas, sociais e ambientais, visando promover o desenvolvimento local/regional.

129 EIXO INSTITUCIONAL 4.1Organização Político-administrativa Conforme disposto na Constituição Federal de 1988, os Estados, juntamente com União, Municípios e Distrito Federal constituem-se Entes Federados da República Federativa do Brasil, com responsabilidades no desenvolvimento e promoção das políticas públicas. No Rio Grande do Norte, o desenho institucional da Administração Direta e Indireta, envolve autarquias, fundações públicas, órgãos de regime especial, empresas públicas e sociedades de economia mista representado no Organograma 1 da estrutura organizacional do Poder Executivo Estadual abaixo. ORGANOGRAMA 1: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PODER EXECUTIVO DO RN Fonte:Catálogo do poder executivo estadual, 2011.

130 130 A Administração Direta é composta por 15 (quinze) Secretarias: Secretaria de Estado do Esporte e do Lazer, Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos, Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania, Secretaria de Estado da Educação e da Cultura, Secretaria de Estado da Tributação, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Secretaria de Estado de Infraestrutura, Secretaria de Estado de Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social, Secretaria de Estado do Turismo, Secretaria de Estado de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária e a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social. Como integrantes da Administração Direta há ainda a Controladoria Geral do Estado, Procuradoria Geral do Estado, Consultoria Geral do Estado, Gabinete Civil do Governador do Estado, Assessoria de Comunicação Social do Estado e a Defensoria Pública Geral do Estado. A Administração Indireta, por sua vez, é composta por 11 (onze) autarquias: Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do RN, Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN, Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy, Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do RN, Departamento Estadual de Trânsito, Departamento de Estradas e Rodagens, Agência Reguladora de Serviços Públicos, Instituto da Gestão das Águas do Estado do RN, Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural, Instituto de Pesos e Medidas e a Junta Comercial do Estado do RN. Dentre as Fundações Públicas estão a Fundação José Augusto, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Fundação Estadual da Criança e do Adolescente e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do RN. São5 (cinco) os Órgãos de Regime Especial: Departamento Estadual de Imprensa, Instituto Técnico e Científico, Polícia Civil, Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar. A Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN e a Empresa Gestora de Ativos do RN constituem-se nas únicas Empresas Públicas do Estado. Por outro lado, existem 6 (seis) Sociedades de Economia Mista: Companhia de Águas e Esgotos do RN, Centrais de Abastecimento do RN, Companhia Potiguar de Gás, Agência de Fomento do RN, Companhia de Processamento de Dados do RN, Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano e Empresa Potiguar de Promoção Turísticas.

131 131 Todas essas instituições possuem atribuições e responsabilidades inerentes a determinadas áreas de atuação do Estado, que interferem na sociedade a partir de recursos administrativos (Pessoal, Material e Financeiro) impactando significativamente nas Finanças Estaduais. É exatamente sobre o orçamento público estadual que nos deteremos a seguir Finanças Públicas As receitas são classificadas em duas amplas categorias: Receitas Correntes e de Capital. Nas Receitas Correntes é importante destacar as seguintes subcategorias: Receita Tributária que corresponde à soma dos recursos decorrentes da arrecadação dos impostos, taxas e contribuições de melhorias; Receita Patrimonial que corresponde ao resultado financeiro da movimentação do patrimônio, seja decorrente de bens mobiliários e imobiliários, seja advinda da participação societária; Transferências que são recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, independentemente da contraprestação. Vale salientar que os governos estaduais e municipais registram neste item as participações em tributos federais. As Receitas de Capital são aquelas provenientes da realização de recursos financeiros, via constituição de dívidas da conversão de bens e direitos em espécie, e dos recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas classificadas como em Despesas de Capital. Estão também nesta categoria as Operações de Crédito que englobam o volume de recursos decorrentes da colocação de títulos públicos ou de empréstimos obtidos junto a entidades estatais ou particulares internas ou externas. As despesas classificam-se em Despesas Correntes e de Capital. As Despesas Correntes constituem o grupo de Despesas Operacionais realizadas pela Administração Pública destinadas a promover a manutenção e o funcionamento dos órgãos que a compõem. Nesta categoria, destaca-se o item Pessoal, que compreende os gastos com vencimentos, diárias, ajudas de custo, gratificações, honorários, entre outros. 12 Para maiores informações sobre as atribuições de cada órgão ou entidade do executivo estadual consultar

132 132 As Despesas de Capital são aquelas cujo propósito é criar novos bens a se incorporarem ao patrimônio público. Destaca-se o item Investimentos, que compreende as dotações para o planejamento e execução de obras, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente, e constituição ou aumento de capital de empresas que compõe a estrutura estadual. Na Tabela 38 abaixo consta o Balanço Patrimonial de 2011.

133 133 TABELA 38: RECEITA E DESPESA ARRECADADA, SEGUNDO A NATUREZA 2011 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO RECEITA DESPESA TÍTULOS PREVISÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA TÍTULOS FIXAÇÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA RECEITAS Créditos Orçamentários e , , ,87 CORRENTES Suplementares Receita Tributária , , ,79 Créditos Especiais , , ,74 Receita de Contribuições , , , Receita Patrimonial , , ,04 Receita Agropecuária , , ,18 Receita Industrial , , ,38 Receita de Serviços , , ,76 Transferências Correntes , , ,28 Outras Receitas Correntes , , ,16 RECEITAS DE CAPITAL , , ,13 Operações de Crédito , , ,65 Alienação de Bens , , ,00 Amortização de Empréstimos 0, , ,23 Transferências de Capital , , ,07 Outras Receitas de Capital , , ,64 RECEITAS INTRA- ORÇAMENTÁRIAS , , ,43 DEDUÇÃO DA RECEITA CORRENTE , , ,04 Dedução Receita p/ form. FUNDEB , , ,04 SOMA , , ,53 SOMA , , ,00 DÉFICIT 0,00 0,00 0,00 SUPERÁVIT , , ,21 TOTAL , , ,53 TOTAL , , ,53 Fonte: Controladoria Geral do Estado CONTROL

134 EIXO SOCIAL 5.1 Demografia O Rio Grande do Norte é o décimo sexto Estado mais populoso do Brasil com habitantes. A Tabela 39 abaixo apresenta que o último Censo/2010 indica um crescimento de 14,3% da população do Rio Grande do Norte em relação à década passada. TABELA 39 - POPULAÇÃO RECENSEADA DO RIO GRANDE DO NORTE CENSO POPULAÇÃO Fonte: IBGE, SIDRA, Segundo o IBGE, a população do RN em 2011 foi estimada 13 em mil habitantes, o que corresponde a um aumento de mais de 300 mil habitantes em relação ao total de habitantes do Censo O Estado concentra grande parte da sua população em três municípios (Mossoró, Natal e Parnamirim) com população superior a 200 mil habitantes. Esses municípios, que constituem cidades pólo no leste e oeste do Rio Grande do Norte, detêm acessos a serviços e bens públicos, não encontrados noutras localidades, o que ocasiona constantes deslocamentos da população adjacente para o atendimento dos serviços ofertados nesses centros. A Tabela 40 a seguir apresenta o ranking das vinte cidades mais populosas do Rio Grande do Norte, e o Mapa 35 apresenta a população do RN por número de habitantes. 13 IBGE. Estimativas da população residente com data de referência 1 o de julho de 2011.

135 135 TABELA 40 - AS 20 CIDADES MAIS POPULOSAS DO RIO GRANDE DO NORTE POSIÇÃO CIDADE POPULAÇÃO ESTIMADA 1 Natal Mossoró Parnamirim São Gonçalo do Amarante Macaíba Ceará-Mirim Caicó Assu Currais Novos São José de Mipibu Santa Cruz Nova Cruz Apodi João Câmara Touros Canguaretama Macau Pau dos Ferros Areia Branca Extremoz Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. MAPA 35 - POPULAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE POR NÚMEROS DE HABITANTES Fonte: IBGE. Censo Demográfico, Do total da população do Estado, habitantes estão na zona urbana, representando aproximadamente 78% e, habitantes encontram-se na zona rural, que corresponde a 22 % da população do Estado.

136 136 Ao comparar esses dados com a população do Nordeste e do Brasil, verifica-se que o mesmo quadro que ocorre ao nível do Brasil e do Nordeste, repete-se no Rio Grande do Norte. GRÁFICO 24 - POPULAÇÃO RESIDENTE POR SITUAÇÃO DE DOMICÍLIO Fonte: IBGE. Censo Demográfico, Essa constatação revela-se em virtude da estagnação das relações de trabalho no campo em face à modernização da agricultura setor primário ocasionada pela disseminação das atividades oriundas do segundo e terceiro setor da economia. As populações rurais têm migrado para os centros urbanos, em busca de melhor qualidade de vida e condições mais favoráveis de trabalho, assim como acesso a bens e serviços públicos. No Rio Grande do Norte habitantes são do sexo masculino e, do sexo feminino. Na área urbana homens e mulheres e, na área rural homens e mulheres. Comparando com o Brasil e a Região Nordeste, nota-se que há uma semelhança quanto à proporção do número de pessoas por sexo.

137 137 GRÁFICO 25 - POPULAÇÃO RESIDENTE POR SEXO Fonte: IBGE. Censo Demográfico, O Censo 2010 registrou também um aumento na densidade demográfica do Estado, que passou de 52,22hab./km² em 2000 para 59,99 hab./km² em No Brasil e na região Nordeste é possível observar também um aumento na densidade populacional nos últimos dez anos.

138 138 GRÁFICO 26 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA E CENSOS DEMOGRÁFICOS Fonte: IBGE, SIDRA, No ranking dos Estados brasileiros, em relação à densidade demográfica, o Rio Grande do Norte ocupa a décima posição. Em relação ao ranking da região Nordeste, o Estado ocupa a quinta posição.

139 139 GRÁFICO 27 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA: RANKING DOS ESTADOS DO NORDESTE Fonte: IBGE, SIDRA, A maior concentração demográfica do Estado situa-se na Região Metropolitana de Natal 14, conforme mostra a Tabela 41 a seguir: 14 Criada pela Lei Complementar nº 152, de 16 de janeiro de 1997, DOE de 6 de fevereiro de Atualmente é constituída por 10 municípios, sendo a décima quinta maior aglomeração urbana do Brasil, com habitantes.

140 140 TABELA 41 - OS 30 MUNICÍPIOS DO RN COM MAIOR DENSIDADE DEMOGRÁFICA MUNICÍPIO (HAB./KM 2 ) TOTAL ÁREA TOTAL - KM² DENSIDADE DEMOGRÁFICA - HAB./KM² 1 Natal* ,2 4808,2 2 Parnamirim* ,6 1638,14 3 São Gonçalo do Amarante* ,1 351,91 4 Passa e Fica ,1 263,43 5 Brejinho ,6 188,07 6 Extremoz* ,6 176,03 7 Senador Georgino Avelino ,9 151,31 8 Jaçanã ,6 145,25 9 Montanhas ,2 138,82 10 São José de Mipibu* , Macaíba* ,8 136,01 12 São Miguel ,7 129,05 13 Vera Cruz* ,5 128,43 14 Nova Cruz ,7 127,82 15 Canguaretama ,4 125,98 16 Mossoró ,3 123,76 17 Lucrécia ,9 117,45 18 Goianinha ,3 116,92 19 Arês ,5 111,89 20 Tibau do Sul ,8 111,81 21 Major Sales ,6 22 Pau dos Ferros ,73 23 Monte Alegre* ,3 97,87 24 Lagoa Salgada ,3 95,37 25 Ceará-Mirim* ,4 94,07 26 Jundiá ,6 80,24 27 Maxaranguape ,3 79,51 28 Lagoa Nova ,3 79,31 29 Bom Jesus ,35 30 Nísia Floresta* ,8 77,26 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.(*) Municípios que compõe a região metropolitana do Rio Grande do Norte.

141 141 MAPA 36 - MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA Fonte: Observatório das Metrópoles. A Região Metropolitana de Natal (RMN) apresenta-se como uma das regiões de maior dinamismo econômico e social do Rio Grande do Norte, por suas características urbanas e por constituir o principal pólo industrial - construção civil, indústria de transformação/ têxtil alimentos bebidas atividade pesqueira - produção industrial, e um diversificado complexo de bens e serviços, concentrando inclusive nas atividades administrativas, ao incluir entre seus municípios, a capital do Estado. Atualmente a RMN compreende 10 municípios, sendo a décima quinta maior aglomeração urbana do Brasil, com habitantes, o que representa 42% da população do Rio Grande do Norte. Sua área territorial abrange uma superfície de 2.819,11quilômetros quadrados, o que corresponde a 5,3% do território estadual. Analisando a estrutura etária, formada pelos dados do Censo 2000 e 2010, as pirâmides mostram que o Rio Grande do Norte segue a mesma tendência nacional, isto quer dizer, um incremento na população jovem, redução da população infantil, sobretudo nos primeiros dois grupos etários, e aumento da população de idades mais avançadas.

142 142 GRÁFICO 28 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR SEXO SEGUNDO OS GRUPOS DE IDADE Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000

143 Fonte: IBGE, Censo Demográfico

144 144 Na pirâmide etária do Rio Grande do Norte, nota-se um estreitamento na base, onde a faixa populacional com idade de até 19 anos reduziu, motivado pelo declínio dos níveis de fecundidade e queda da mortalidade. Em relação à taxa de fecundidade 15 no Rio Grande do Norte, os dados divulgados pelo IBGE, revelam queda. Em 2000, a taxa de fecundidade foi de 2,54 filhos por mulher. Já no último Censo2010, registrou-se uma taxa de 1,99 filhos por mulher. GRÁFICO 29 - TAXA DE FECUNDIDADE DO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: IBGE, Censo Demográfico No Gráfico 29 acima se observa que no período compreendido entre os Censos Demográficos de 1940 e 2010 a diminuição no número de filhos nascidos vivos por mulher foi de 6,38. Este fato é o resultado das intervenções da Política Pública de Saúde, que com o uso de métodos contraceptivos, laqueadura e o incentivo ao planejamento familiar, contribuíram para o declínio desta taxa. Outro fator que influenciou também o estreitamento da base da pirâmide etária do Estado foi o declínio da taxa de mortalidade infantil, que decresceu de 52,4% 15 A taxa de fecundidade total fornece o número médio de filhos que teria uma mulher ao final de seu período fértil.

145 145 (1999), para 32,2% (2009). Esta diminuição foi resultante de alguns fatores, como melhoria no acesso aos serviços de saúde, água potável e uma melhor nutrição. GRÁFICO 30 - TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL Fonte: MS/DATASUS/SIM. No topo da pirâmide etária vê-se o alargamento, com uma população idosa cada vez maior. O Censo 2010 registrou no Rio Grande do Norte um aumento na população com 65 anos ou mais e com 80 anos ou mais de idade. O índice de envelhecimento do Estado, que mede o número de pessoas idosas em uma população, para cada grupo de 100 pessoas jovens em 2010 foi de 27,86, o que significa que se tem 27,86 idosos para cada 100 jovens com 14 anos ou menos. A expectativa de vida do norteriograndense passou de 67,1 para 71,1 anos em ambos os sexos, que fica um pouco acima da média nordestina, porém, ainda abaixo da média nacional. Destarte, nota-se o reflexo do aumento da longevidade da população combinado à redução dos níveis da fecundidade. De acordo com o Censo 2010, a composição étnica do Rio Grande do Norte apresenta mais de 90% da população que se declara de cor branca ou parda, enquanto 5% se consideram de cor preta.

146 146 TABELA 42 - POPULAÇÃO RESIDENTE NO RN POR COR HOMENS MULHERES TOTAL BRANCA PRETA AMARELA PARDA INDÍGENA SEM DECLARAÇÃO Fonte: IBGE, Censo Demográfico Esta caracterização étnica resulta da influência de três povos: negros, indígenas e portugueses desde o processo de formação do Estado Rio Grande do Norte. Hoje, é perceptível no Estado a presença destas raças/cor não só em seu aspecto físico, mas visualizam-se características marcantes destes povos na cultura, na religião, na educação, na culinária, além de outros traços evidentes destes grupos étnicos. 5.2 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) O Índice de Desenvolvimento Humano IDH tem como objetivo medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1(desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo do valor 1, maior o desenvolvimento no local. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Renda Nacional Bruta. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD, o Brasil apresenta IDH de 0,816, valor considerado alto, atualmente ocupa a 84º lugar no ranking mundial. O Nordeste possui IDH 0,749 e o RN 0,753, conforme apresentado na Tabela 43 abaixo. TABELA 43 IDH BRASIL, NORDESTE E RN ANO DISCRIMINAÇÃO Brasil 0,794 0,803 0,816 Nordeste 0,72 0,733 0,749 Rio Grande do Norte 0,738 0,742 0,753 Fonte: PNUD

147 147 O IDH dos municípios do RN (IDH-M) distribui-se conforme Mapa 37. Notase que no Rio Grande do Norte, nenhum município atingiu IDH em alto estágio de desenvolvimento (IDH entre 0,8 e 1,0). Majoritariamente os municípios do RN estão na posição de desenvolvimento moderado (IDH entre 0,6 e 0,8). MAPA 37 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. 5.3 População Economicamente Ativa (PEA) De acordo com os dados divulgados pelo IBGE e pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD), a População em Idade Ativa (PIA) no Rio Grande do Norte, em 2009, chegou a milhões de pessoas com 10 ou mais anos de idade. Deste total, milhões de pessoas compõem a População Economicamente Ativa (PEA) do Estado, ou seja, estavam inseridas no mercado de trabalho e, milhões de Pessoas Não Economicamente Ativas (PNEA). Observada sob a perspectiva de gênero, a PIA do RN é formada por milhões homens e milhões mulheres. Estas são em maior número, pois representam 51% da população do total do Estado.

148 148 Já quando se analisa a PEA do Rio Grande do Norte, a situação fica inversa, quando se têm 970 mil homens e 665 mil mulheres. Isso significa que a participação das mulheres no mercado de trabalho, apesar de estar crescendo, ainda está marcada por uma forte diferença em relação à taxa de participação dos homens. TABELA 44 - POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA E NÃO ECONOMICAMENTE SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO ATIVA POR GÊNERO E SITUAÇÃO DOMICILIAR Total PESSOAS DE 10 ANOS OU MAIS DE IDADE (1.000 pessoas) Sexo Homens Mulheres Condição de atividade na semana de referência Economicamente ativas Não economicamente ativas ESTADO URBANA RURAL Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD Analisando os dados por faixa etária percebe-se que em 2009 a maioria da população ativa está na faixa etária de 30 a 39 anos, seguida da faixa etária de 40 a 49 anos. Esta situação também é semelhante no Brasil e na região Nordeste. GRÁFICO 31 - PERCENTUAL DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA POR FAIXA ETÁRIA NO RN Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD 2001/2009.

149 149 De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD, na composição da PEA do RN estão ocupadas milhões de pessoas e, segundo a posição na ocupação, o maior grupo de destaque são os assalariados representando 60,3% dos ocupados. GRÁFICO 32 - DISTRIBUIÇÃO DOS OCUPADOS SEGUNDO POSIÇÃO DA OCUPAÇÃO DO RN (EM %) Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD *Inclui empregados comcarteira, militares, estatutários, empregados sem carteira, trabalhadores domésticos com e sem carteira. 5.4 Domicílio O Censo Demográfico 2010 registrou para o Rio Grande do Norte, domicílios particulares permanentes, dos quais estão na área urbana e, na área rural.

150 150 MAPA 38 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES Fonte: IBGE, Censo Demográfico Em relação à condição de ocupação, do total de domicílios particulares permanentes, são próprios e quitados (70,4%), são próprios em aquisição, alugados (18,5%), e (1,5%) cedidos por empregador, cedidos de outra forma (6,2%) e (0,4%) em outras condições. No tocante ao tipo de domicílio, registrou-se (9,2%) casas, (3%) casa de vila ou em condomínio e (4,6%) apartamentos.

151 151 GRÁFICO 33 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES POR TIPO E CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO Fonte: IBGE, Censo Demográfico No Censo de 2000 havia moradores em domicílios particulares permanentes. No último Censo (2010) foi registrado um aumento de aproximadamente 1,3% no número de moradores em domicílios particulares permanentes, totalizando moradores. Observando o Gráfico 34 abaixo, percebe-se que em 2010 o número de moradores com um, dois, três, quatro ou cinco moradores cresceu. Esse dado é um dos fatores que justifica a diminuição do número médio de pessoas nas famílias do Rio Grande do Norte, que é 3,5 pessoas/família.

152 152 GRÁFICO 34 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES E QUANTIDADE DE MORADORES Fonte: IBGE, Censo Demográfico O arranjo familiar vem passando por mudanças, pois as famílias têm diminuído em decorrência, por exemplo, das ações da política de saúde no controle da fecundidade e da inserção da mulher no mercado de trabalho, assumindo novos papéis sociais e sendo parte integrante da renda familiar. A família é um grande instrumento de reprodução da sociedade. Sua organização e composição é que define o acesso aos bens e serviços. Além disso, a constituição da renda familiar define as necessidades e possibilidades de cada membro da família. No Rio Grande do Norte, em 2010, a renda per capita média mensal total foi de R$ 475. Quando destacamos o ranking classificando por rendimento mensal total domiciliar per capita nominal dos Estados do Brasil, o RN marcou a 16º posição, superando todos os demais Estados da Região do Nordeste Brasileiro. Em face ao ranking supracitado, tem-se o Índice de Gini 16 do Rio Grande do Norte, que de acordo com o Censo 2000, o Estado tinha a 12ª melhor distribuição de renda do país e, no último Censo2010 ficou com a 20ª posição na distribuição de renda entre os 26 Estados Brasileiros e o Distrito Federal, o que revela existir grandes disparidades socioeconômicas entre a população. 16 Mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda, cujo valor varia de zero (a perfeita igualdade) até 1 (a desigualdade máxima).

153 153 GRÁFICO 35 - ÍNDICE DE GINI NO RIO GRANDE DO NORTE Fonte: IBGE, Censo Demográfico A concentração de renda no Estado está na classe dos mais ricos. Isso fica perceptível, quando se observa, por exemplo, que nos domicílios particulares permanentes do Rio Grande do Norte, aproximadamente 3% o que corresponde a domicílios tem ganhado mais de cinco salários mínimos. Em contraposição, os que ganham entre metade a um salário mínimo têm a maior representação (29%) no rendimento mensal domiciliar per capita. GRÁFICO 36 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES POR CLASSES DE RENDIMENTO NOMINAL MENSAL DOMICILIAR PER CAPITA NO RN Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010

154 154 Para minimizar as disparidades socioeconômicas, é necessário a adoção de políticas públicas distributivas eficazes, ao lado de ações que imprimam desenvolvimento associado ao crescimento socioeconômico, na medida em que haja uma transformação qualitativa, para que os resultados desse desenvolvimento e crescimento sejam experimentados pela população ao garantir o desenvolvimento nacional, bem como reduzir as desigualdades sociais e regionais. 5.5 Segurança A Segurança Pública do Rio Grande do Norte conta com um efetivo de policiais, sendo que são Policiais Militares, 690 são Bombeiros Militares e são Policiais Civis. Entre o período de 2008a 2012, o efetivo das policias civil e militar no Rio Grande do Norte teve variações para mais e para menos, refletindo as seguintes situações: admissões, falecimento, afastamentos disciplinares e a pedido, entre outros. I - Policia Civil do Rio Grande Do Norte A Polícia Civil do Rio Grande do Norte é responsável pela parte investigativa da atividade policial e conta com um efetivo de policiais. TABELA 45: EFETIVO DE POLICIAIS CIVIS Fonte: Polícia Civil do RN

155 155 GRÁFICO 37: VARIAÇÃO DO EFETIVO DA POLÍCA CIVIL ( ) Fonte: Polícia Civil do RN A Polícia Civil do Rio Grande do Norte está dividida em: 10 Delegacias Regionais, cada uma delas responsável por um determinado numero de municípios do Estado. 16 Delegacias Especializadas: 1. DAME - Delegacia Especializada de Armas, Munições e Explosivos 2. DEA - Delegacia Especializada de Atendimento ao Adolescente 3. DEPREMA - Delegacia Especializada de Proteção e o Meio Ambiente 4. DEATUR Delegacia Especializada em Assistência ao Turista 5. DEAV - Delegacia Especializada em Acidentes de Veículos 6. DEC - Delegacia Especializada de Costumes 7. DECAP - Delegacia Especializada de Capturas 8. DECON - Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor 9. DEDAM - Delegacia Especializada em Defesa da Mulher 10. DEDEPP - Delegacia Especializada em Defesa do Patrimônio Público 11. DEFD - Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações 12. DEFUR - Delegacia Especializada em Furtos e Roubos 13. DEHOM - Delegacia Especializada de Homicídios 14. DEPROV - Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas

156 DETE - Delegacia Especializada em Tóxicos e Entorpecentes 16. DCA - Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente Delegacias Distritais 02 Delegacias de Plantão Localizadas nas Zonas Norte e Sul da Capital Delegacias Municipais Outros órgãos que fazem parte da estrutura organizacional da Polícia Civil do Rio Grande do Norte: Delegacia Geral de Polícia Civil (DEGEPOL) Conselho Superior de Polícia Civil (CONSEPOL) Colegiado de Delegados de Polícia Civil (COLDEPOL) Secretaria Executiva e de Comunicação Social (SECOMS) Núcleo de Inteligência Policial - NIP Academia de Polícia Civil (ACADEPOL) Divisão Especializada de Investigações e Combate ao Crime Organizado - DEICOR Assessoria Técnico-Jurídica (ATJUR) Diretoria de Polícia Civil da Grande Natal Diretoria de Polícia Civil do Interior Divisão de Polícia Especializada - DIVIPOE Diretoria Administrativa (setores de pessoal, transportes, almoxarifado, arquivo, patrimônio, compras e rádio) Diretoria de Planejamento e Finanças

157 157 MAPA 39 - DELEGACIAS REGIONAIS Fonte: SESED2012 II - Policia Militar Do Rio Grande Do Norte A Polícia Militar do Rio Grande do Norte conta com um corpo efetivo de mais de policiais na ativa, que se dividem em Batalhões, Companhias Regionais, Companhias Independentes e Comandos, localizados em diversas regiões do Estado: TABELA 46: EFETIVO DE POLICIAIS MILITARES Fonte: Polícia Militar RN

158 158 GRÁFICO 38: VARIAÇÃO DO EFETIVO DA POLÍCA MILITAR ( ) Fonte: Polícia Militar RN Batalhões: 1º BPM - Batalhão Felipe Camarão - Zona Leste de Natal 2º BPM - Batalhão 30 de Setembro - Mossoró 3º BPM - Batalhão Trampolim da Vitória - Parnamirim 4º BPM - Batalhão Potengi - Zona Norte de Natal 5º BPM - Batalhão Câmara Cascudo - Zona Sul de Natal 6º BPM - Batalhão Dinarte Mariz - Caicó 7º BPM - Batalhão Cel André Fernandes Pau dos Ferros 8º BPM Nova Cruz 9º BPM - Zona Oeste de Natal 10º BPM - Batalhão Del. Pedro Soares de Macedo Neto - Assu 11º BPM - Batalhão Auta de Sousa - Macaíba 12º BPM - Batalhão Cel PM Sebastião de Souza Revoredo Mossoró BPCHOQUE - Batalhão de Policia de Choque; Companhias: Companhia de Polícia de Choque (CPChoque) Companhia de Policiamento com Cães (CPCães) Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (CPATAMO)

159 159 CIPAM - Companhia Independente de Proteção Ambiental. CIPTur - Companhia Independente de Policiamento Turístico; CPFem - Companhia de Polícia Feminina; CIPGD - Companhia Independente de Policiamento de Guardas 1ª CIPM (Companhia independente de Policia Militar) - Macau; 2ª CIPM (Companhia independente de Policia Militar) - João Câmara; 3ª CIPM (Companhia independente de Policia Militar) - Currais Novos; 4ª CIPM (Companhia independente de Policia Militar) - Santa Cruz 5ª CIPM (Companhia independente de Policia Militar) - Jardim de Piranhas Comandos Comando de Policiamento do Interior - (CPI) Comando de Policiamento Regional I, sediado em Mossoró; Comando de Policiamento Regional II, sediado em Caicó; Comando de Policiamento Regional III - Sediado em Santa Cruz; Outras Regimento de Polícia Montada - Regimento João Fernandes de Almeida; ROCAM - Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas; III- Instituto Técnico e Científico de Polícia ITEP O Instituto Técnico e Cientifico de Policia do Rio Grande do Norte é subordinado diretamente a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado e é responsável pela coordenação das atividades desenvolvidas pelas pericias criminais, as quais são realizadas por três órgãos: Instituto de Criminalística (IC) Órgão responsável pela realização de exames periciais e tem como função principal auxiliar a Justiça, fornecendo provas técnicas para a instrução de processos criminais; Instituto de Identificação (II) Órgão responsável por necropsias e laudos cadavéricos, além de exames de corpo de delito, de lesões corporais, de constatação de violência sexual, de embriaguez, de uso de substâncias entorpecente, exames de sanidade mental e outras perícias de interesse da Justiça;

160 160 Instituto Médico-Legal (IML) Órgão responsável por processar a identificação civil e criminal, além de elaborar e expedir documento de identificação e armazenar a base civil e criminal de impressões digitais do Estado. O Instituto Técnico e Cientifico de Policia do Rio Grande do Norte está sediado em Natal e atende à capital e as cidades da Região Metropolitana. O ITEP atualmente possui duas unidades regionais, a Unidade Regional de Mossoró que atende a 57 municípios e a Unidade Regional de Caicó, que atende a 23 municípios. Além das unidades regionais, existem postos de atendimento do ITEP para requerimento de carteiras de identidade nas Centrais do Cidadão localizadas em Natal e em cidades como Parnamirim, Mossoró, Caicó, Currais Novos, Nova Cruz, Assu, São José do Mipibu, Macau e João Câmara. IV - Policia Rodoviária Federal A Polícia Rodoviária Federal também está presente no Rio Grande do Norte, com efetivo dividido em 05 Distritos: 1. 1º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, em Natal 2. 2º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, em Mossoró 3. 3º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, em Caicó 4. 4º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, em Pau dos Ferros 5. 5º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, em Nova Cruz V- Corpo de Bombeiros Militar CBMRN O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte foi criado em 1917 e emancipou-se da Policia Militar do Estado em 2002, passando a ter autonomia financeira e administrativa. Sua missão principal é a prevenção e o combate a incêndios, mas o efetivo atua também em atividades de defesa civil, tais como buscas e salvamentos (aquáticos, aéreos e terrestres), além de atendimentos pré hospitalares em caso de acidentes automobilísticos (especialmente nos casos em que é necessário desencarceramento da vítima), atendimento à parturientes, dentre outros. Unidades Do CBMRN: Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte:

161 161 Oferece suporte operacional nas zonas sul e oeste da capital, além da Região Metropolitana e agreste. É no Quartel do comando geral que funciona toda a parte administrativa do CBMRN. Unidade de Bombeiros de Mossoró - RN 2º SGB (Subgrupamento de Bombeiro) / 2º GB (grupamento de Bombeiro): Atende as ocorrências de Mossoró, da região Oeste e do Litoral Setentrional do Estado. Unidade de Bombeiros De Caicó - RN 3º SGB/2º GB: Atende as ocorrências de Caicó e da Região Seridó do Estado. Unidade de Bombeiros SCI Infraero - Aeroporto 1º SGB/2º GB: É uma Seção Contra Incêndio SCI - que funciona no Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim e é o resultado de uma parceria entre o Corpo de Bombeiros Militar e a Infraero. Essa seção tem a missão de atender possíveis ocorrências em aeronaves e também as que ocorrem num raio de até 8 quilômetros do Aeroporto. Unidade de Bombeiros Tenal - 3º SGB/1º GB: Atende as ocorrências da região localizada nas proximidades dos depósitos de combustível da Petrobrás no bairro de Santos Reis. Unidade de Bombeiros Coteminas - 2º SGB/1º GB: Atende as ocorrências de toda a zona norte da capital, além dos municípios do litoral norte. TABELA 47 - EFETIVO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITARES ( ) Fonte: Corpo de Bombeiros RN

162 162 GRÁFICO 39 - VARIAÇÃO DO EFETIVO DO CORPO DE BOMBEIROS ( ) Fonte: Corpo de Bombeiros do RN VI Indicadores de Segurança Pública Segundo a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, os crimes de homicídios cresceram 10% na capital potiguar e 13% na Região Metropolitana de Natal quando comparados o intervalo de 1º de janeiro a 17 de setembro de 2011 e o mesmo período de Os registros de ocorrências e assassinatos em relatórios são oriundos da Subcoordenadoria de Estatística e Análise Criminal da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED). TABELA 48 HOMICÍDIOS REGISTRADOS PELA POLÍCIA MILITAR (2011/2012) CAPITAL REGIÃO METROPOLITANA ANO NÚMERO DE HOMICÍDIOS CRESCIMENTO % 9,90% 13,10% Fonte: SESED, Saúde As Unidades Regionais de Saúde Pública (URSAP s) são instâncias administrativas da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), que atuam junto

163 163 aos municípios de sua jurisdição, assessorando e monitorando as ações desenvolvidas. Assim, exercem um papel fundamental no processo de regionalização da saúde e descentralização do Sistema Único de Saúde (SUS). As sedes das regionais estão localizadas em São José de Mipibu (I URSAP), Mossoró (II URSAP), João Câmara (III URSAP), Caicó (IV URSAP), Santa Cruz (V URSAP) e Pau dos Ferros (VI URSAP). As URSAP s participam da formulação das políticas de saúde voltadas para a atenção básica, em consonância com as diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde, além de coordenarem e avaliarem as ações implementadas pelos municípios, buscando a atualização permanente e a troca de experiências, com vistas à melhoria da qualidade de vida. O Mapa 40indica as Regiões de Saúde em toda extensão do Estado. MAPA 40 REGIONAIS DE SAÚDE DO RN Fonte: Elaboração própria do autor De acordo com o IBGE, no Censo 2010, os dados dos Serviços de Saúde em 2009 no RN, são os seguintes:

164 164 TABELA 49 - SERVIÇOS DE SAÚDE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE (TOTAL) Estabelecimentos de Saúde público total Estabelecimentos de Saúde público federal 15 Estabelecimentos de Saúde público estadual 34 Estabelecimentos de Saúde público municipal Estabelecimentos de Saúde privado total 638 Estabelecimentos de Saúde privado com fins lucrativos 576 Estabelecimentos de Saúde privado sem fins lucrativos 62 Estabelecimentos de Saúde privado SUS 226 Fonte: IBGE O Programa Saúde da Família atinge cerca de 75% da população, conforme Gráfico 36 divulgado pelo Governo do Estado: Proporção da população coberta pelo Programa GRÁFICO 40- PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO COBERTA PELO PROGRAMA DE SAÚDE de Saúde da DA Família FAMÍLIA RN 2001 á ,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10, Fonte: SIAB-SUAS/CPS/SESP-RN O Estado conta, ainda, com a UNICAT (Unidade Central de Agentes Terapêuticos), que foi criada com o objetivo de atender as demandas por medicamentos de alto custo dos hospitais do Estado. Atualmente esta Unidade atende cerca de 30 mil pessoas no Estado, através da parceira com o Ministério da Saúde no programa Componente de Medicamentos de Dispersão Excepcional que fornece remédios de alto custo e de uso contínuo ao paciente, especialmente os utilizados para

165 165 doenças como osteoporose, asma e insuficiência renal, de acordo com a Secretaria de Saúde Pública. Unidade da Federação Rio Grande do Norte TABELA 50 - LEITOS EXISTENTES NA REDE HOSPITALAR DO SUS POR Total ESPECIALIDADE CLÍNICA LEITOS EXISTENTES DA REDE HOSPITALAR DO SUS Especialidades Clínicas Cirúrgicos Clínicos Obstétricos Pediátricos Outros Fonte: Ministério da Saúde DATASUS 2010

166 166 TABELA 51 - NÚMERO DE LEITOS COMPLEMENTARES EXISTENTES POR TIPO DE PRESTADOR SEGUNDO TIPO DE LEITO COMPLEMENTAR CIRÚRGICOS PÚBLICO FILANTRÓPICO PRIVADO SINDICATO TOTAL Existente SUS Existente SUS Existente SUS Existente SUS Existente SUS Unidade Intermediária Unidade Intermediária neonatal Unidade isolamento UTI adulto I UTI adulto II UTI adulto II UTI infantil I UTI infantil II UTI infantil III UTI neonatal I UTI neonatal II UTI neonatal III UTI queimados Total Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional

167 167 TABELA 52- NÚMERO DE LEITOS DE INTERNAÇÃO EXISTENTES POR TIPO DE Especialidade PRESTADOR SEGUNDO ESPECIALIDADE Público Filantrópico Privado Sindicato TOTAL Existentes SUS Existentes SUS Existentes SUS Existentes SUS Existentes SUS Cirúrgicos Clínicos Obstétrico Pediátrico Outras especialidade s Hospital/DIA Total Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional TABELA 53 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS POR TIPO DE PRESTADOR SEGUNDO TIPO DE ESTABELECIMENTO TIPO DE ESTABELECIMENTO PÚBLICO FILANTROPICO PRIVADO SINDICATO TOTAL Central de Regulação de Serviços de Saúde Centro de Atenção Hemoterapia e ou Hematológica Centro de Atenção Psicossocial Centro de Apoio a Saúde da Família Centro de Parto Normal Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde Clinica Especializada/Ambulatório Especializado Consultório Isolado Cooperativa Farmácia Medica Excepcional e Programa Farmácia Popular Hospital Dia Hospital Especializado Hospital Geral Laboratório Central de Saúde Pública LACEN Policlínica Posto de Saúde Pronto Socorro Especializado Pronto Socorro Geral Secretaria de Saúde Unid. Mista atend. 24h: atenção básica, internação/urgência

168 168 Unidade de Atenção à Saúde Indígena Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia Unidade de Vigilância em Saúde Unidade Móvel Fluvial Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência Unidade Móvel Terrestre Tipo de estabelecimento não informado Total Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional em 10/04/2010. Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS TABELA 54 - NÚMERO DE EQUIPAMENTOS EXISTENTES, EM USO E DISPONÍVEIS AO SUS, SEGUNDO GRUPO DE EQUIPAMENTOS CATEGORIA EXISTENTES EM USO DISPONÍVEIS AO SUS Equipamentos de diagnóstico por imagem Equipamentos de infra-estrutura Equipamentos por métodos ópticos Equipamentos por métodos gráficos Equipamentos de manutenção da vida Equipamentos de Odontologia Outros equipamentos Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional TABELA 55 - RECURSOS HUMANOS (VÍNCULOS) SEGUNDO CATEGORIAS SELECIONADAS NÃO ATENDE PROF./1.000 PROF. SUS/ CATEGORIA TOTAL ATENDE AO SUS HAB. HAB AO SUS Médicos ,6 3 Anestesista ,2 0,2 Cirurgião Geral ,3 0,2 Clínico Geral ,6 0,6 Gineco Obstetra ,3 0,3 Médico de Família ,3 0,3 Pediatra ,3 0,2 Psiquiatra ,1 0,1 Radiologista ,2 0,1 Cirurgião dentista ,7 0,5 Enfermeiro ,8 0,8 Fisioterapeuta ,2 0,1 Fonoaudiólogo ,1 0,1 Nutricionista ,2 0,1

169 169 Farmacêutico ,4 0,4 Assistente social ,2 0,2 Psicólogo ,1 0,1 Auxiliar de Enfermagem ,9 1,8 Técnico de Enfermagem ,7 0,6 Fonte: CNES. Situação da base de dados nacionais 2010 Nota: Se um profissional tiver vínculo com mais de um estabelecimento, ele será contato tantas vezes quantos vínculos houver. TABELA 56 - COBERTURA VACINAL (%) POR TIPO DE IMUNOBIOLÓGICO MENORES DE 1 ANO IMUNOBIOLÓGICOS BCG (BCG) 103,4 107,3 114,2 113,3 111,5 112,2 117,7 113,4 107,9 107 Contra Febre Amarela (FA) 3,7 2,7 1,8 2 1,2 1,3 0,9 0,6 0,3 0,4 Contra Haemophilusinfluenzae tipo b (Hib) 56,3 81,3 30,8 2, Contra Hepatite B (HB) 86, ,6 97,6 95,4 94, ,7 91,9 96,7 Contra Influenza (Campanha) (INF) 70,5 73,2 76, ,4 84,6 83,5 81,9 78,2 87,5 Contra Sarampo 101,4 96,8 93,6 2, Dupla Viral (SR) ,2 0,1 0 0,2 Oral Contra Poliomielite (VOP) 86,8 91,5 94,4 97,4 98,7 98, ,9 94,8 Oral Contra Poliomielite (Campanha 1ª etapa) (VOP) Oral Contra Poliomielite (Campanha 2ª etapa) (VOP) 94,9 98,9 96,2 98, , ,8 97,5 94, ,9 98,8 98,9 98,8 95,2 94,7 100,2 94,1 96,6 Oral de Rotavírus Humano (RR) ,2 67,5 72,2 75,5 Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA) ,8 96,8 98, , ,1 97,4 Tríplice Bacteriana (DTP) 88, ,2 2,6 0,5 0,2-0,5 0,3 0,3 Tríplice Viral (SCR) 46,6 39,5 75,4 116,8 107,1 103,4 98,9 107,1 98,1 99,7 Tríplice Viral (campanha) (SCR) , Totais das vacinas contra tuberculose ,7 113,4 107,9 107 Totais das vacinas contra hepatite B ,7 91,9 96,7 Totais das vacinas contra poliomielite ,9 94,8 Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente , ,1 97,4 Totais das vacinas contra sarampo e rubéola ,2 107,2 98,2 99,9 Totais das vacinas contra difteria e ,9 99,5 93,4 97,7 tétano Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional

170 Ano TABELA 57 - INDICADORES DA ATENÇÃO BÁSICA Modelo de Atenção População coberta (1) % população coberta pelo programa Média mensal de visitas por família (2) % de crianças c/ esq.vacinal básico em dia (2) % de crianças c/aleit. materno exclusivo (2) % de cobertura de consultas de prénatal (2) Taxa mortalidade infantil por diarréia (3) Prevalência de desnutrição (4) Taxa hospitalização por pneumonia (5) Taxa hospitalização por desidratação (5) PACS ,4 0,08 87,3 69,5 88,4 4,6 5,8 12,8 8,5 PSF ,5 0,09 90,2 67,9 89,1 2,7 5,6 21,1 15,1 Outros ,9 0,1 85,5 65,5 86,5 7 6,8 5,9 9,1 Total ,8 0,09 89,7 68, ,6 19,4 13,8 PACS ,1 0, ,3 89,1 4,5 4,4 17,1 10,8 PSF ,5 0,09 91,1 70,1 90,8 2,5 4,5 18,2 12,8 Outros ,5 0,09 96,6 63,8 96,2-1,7 - - Total , ,3 90,7 2,7 4, ,6 PACS ,8 0,08 90,7 74,3 90,1 3,6 3,9 11,8 11 PSF ,5 0,09 92,2 69,9 92,2 1,5 3,7 15,7 12,1 Outros ,2 0,14 92, Total ,6 0,09 92,1 70,2 92 1,6 3,7 15,4 12 PACS ,8 0,08 91,1 73,6 90,9-2,8 20,6 12,9 PSF ,7 0, ,7 92,9 1,6 2,8 16,3 9,1 Outros - - 0,09 93,2 73,1 90,2-6,7 - - Total ,5 0,1 92,9 70,8 92,8 1,5 2,8 16,5 9,3 PACS ,08 91,9 73,1 91,8 1,5 1,9 13,7 10,1 PSF ,9 0,09 93, ,4 1,3 2 12,7 7,1 Outros Total ,09 93,8 71,1 93,4 1,3 2 12,7 7,2 PACS ,9 0,07 93,4 75,7 90,7 1,6 1,7 12,7 4,4 PSF ,8 0,09 94,2 71,5 94 2,8 1,7 12,4 5,2 Outros Total ,7 0,09 94,2 71,7 93,8 2,8 1,7 12,4 5,1 Fonte: Fonte: SIAB. Situação da base de dados nacional 2010

171 171 Um estudo sobre a Demografia Médica no Brasil, desenvolvido pelo Conselho Federal de Medicina CFM e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo - CREMESP, confirma que a tese de que faltam médicos no país, defendida pelos Ministérios da Saúde e da Educação, é equivocada", afirmou o presidente do CREMESP, Renato Azevedo Júnior. Segundo ele, a falta de políticas públicas nas áreas de formação e trabalho médico, além do baixo investimento no setor, é que contribuem para a má distribuição de profissionais pelo país, acentuando as desigualdades. O Rio Grande do Norte segue com o mesmo problema da desigualdade na distribuição dos profissionais, onde existe uma maior concentração de profissionais na capital que resulta na razão de 3,44 enquanto que o restante do Estado é de 1,39, demonstrados nas Tabelas 58 e 59. Essa relação médico versus população e a falta de estrutura nos municípios do interior do Estado, resultam nos problemas enfrentados atualmente pela Secretaria Municipal de Saúde do Município de Natal e pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado do RN, com a superlotação nos Hospitais, Maternidades e Postos de atendimento da Capital. TABELA 58: MÉDICOS REGISTRADOS POR HAB. SEGUNDO UNIDADES DA FEDERAÇÃO BRASIL/2011 UF/BRASIL MÉDICO CFM* POPULAÇÃO** RAZÃO*** Distrito Federal ,02 Rio de Janeiro ,57 São Paulo ,58 Rio Grande do Sul ,31 Espírito Santo ,11 Minas Gerais ,97 Santa Catarina ,89 Paraná ,82 Goiás ,65 Mato Grosso do Sul ,63 Pernambuco ,51 Rio Grande do Norte ,39 Sergipe ,36 Roraima ,32 Paraíba ,3 Tocantins ,28 Mato Grosso ,23 Bahia ,21 Alagoas ,17 Rondonia ,11

172 172 Ceará ,11 Amazonas ,1 Acre ,03 Piauí Amapá ,96 Pará ,83 Maranhão ,68 BRASIL ,95 Fonte: Pesquisa Demográfica Médica no Brasil/2011.* Médicos registrados no Conselho Federal de Medicina: endereço informado de domicílio ou local de trabalho.**população Geral IBGE/2011.***Razão Médica registrada no CFM/Habitante geral (1.000 hab.) TABELA 59: DISTRIBUIÇÃO DE MÉDICOS REGISTRADOS POR HAB. SEGUNDO CAPITAIS BRASIL/2011 CAPITAL MÉDICO CFM* POPULAÇÃO** RAZÃO*** Vitória ,41 Porto Alegre ,34 Florianópolis ,44 Belo Horizonte ,29 Rio de Janeiro ,03 Recife ,46 Curitiba ,85 São Paulo ,33 Goiânia ,24 Salvador ,19 Aracaju ,15 João Pessoa ,62 Natal ,44 Maceió ,28 Belém ,09 Cuiabá ,01 Campo Grande ,74 Terezina ,54 São Luiz ,33 Brasília ,33 Fortaleza ,08 Palmas ,82 Boa Vista ,55 Porto Velho ,54 Rio Branco ,34 Manaus ,31 Macapá ,06 Fonte: Pesquisa Demográfica Médica no Brasil/2011.* Médicos registrados no Conselho Federal de Medicina: endereço informado de domicílio ou local de trabalho.**população Geral.IBGE/2011.***Razão Médica registrada no CFM/Habitante geral (1.000 hab.)

173 Educação A educação do Rio Grande do Norte está em processo de desenvolvimento, e de acordo com pesquisa realizada em 2009, o Estado possui escolas de ensino fundamental, das quais são municipais, 620 são estaduais, 470 são privadas e duas são federais. Distribuídos nessa rede de ensino encontram-se professores, dos quais 414 ensinam em escolas federais, ensinam em escolas públicas estaduais, em escolas municipais e em escolas particulares. No mesmo ano, havia alunos, sendo que eram estudantes da rede pública estadual e municipal e freqüentavam escolas particulares. Apesar destes números, havia no Estado uma taxa de analfabetismo em torno de 23%, uma das mais altas do Brasil. NÍVEL DE ENSINO TABELA 60 - CORPO DOCENTE DAS ESCOLAS DO RN TOTAL CORPO DOCENTE DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E LOCALIZAÇÃO Federal Estadual Municipal Privada Total Rural Total Rural Total Rural Total Rural Total Rural Ed. Infantil Ens. Fundamental Ens. Médio Fonte: Anuário estatístico do Rio Grande do Norte 2010 As principais instituições públicas de ensino superior do Rio Grande do Norte são a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Entre as instituições particulares de ensino superior do Rio Grande do Norte destacam-se a Universidade Potiguar (UnP), o Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN) e a Faculdade de Ciências, Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte (FACEX). O Censo 2010 revelou os dados mais recentes sobre a educação no Rio Grande do Norte conforme Tabela 61.

174 174 Depêndencia Administrativa TABELA 61 EDUCAÇÃO NO RN Jovens de 16 anos que concluíram o Ensino Fundamental Jovens de 19 anos que concluíram o Ensino Médio Rio Grande do Norte 54,70% 35,20% Região Nordeste 49,10% 37,10% Brasil 63,40% 50,20% Fonte: PNAD/IBGE 2009 O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do Estado é de 0,738, classificado como o 21º do Brasil e 3º maior da Região Nordeste, atrás da Bahia e de Sergipe, de acordo com o Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (PNUD) em sua mais recente pesquisa no ano de O municipio com maior IDH- M no Rio Grande do Norte é Natal (IDH-M de 0,788) e o que possui o menor IDH-M é Venha Ver (IDH-M de 0,544). TABELA 62 IDHM BRASIL E RN Depêndencia Administrativa IDHM, 2000 IDHM-Renda, 2000 IDHM-Longevidade, 2000 IDHM-Educação, 2000 Brasil 0,766 0,723 0,727 0,849 Rio Grande do Norte 0,705 0,636 0,7 0,779 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é um indicador da qualidade da Educação, desenvolvido pelo Ministério da Educação - MEC. Seus valores variam de 1 a 10. O objetivo do MEC é que o Brasil alcance o IDEB 6 no Ensino Fundamental I até No Rio Grande do Norte o IDEB ainda não alcançou o objetivo do MEC, mas se encontra em patamares promissores, conforme pesquisa realizada pelo proprio MEC. TABELA 63 - INDÍCE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - IDEB DEPÊNDENCIA Ens. Fundamental Ens. Fundamental ADMINISTRATIVA anos iniciais anos finais Ensino Médio Rio Grande do Norte 3,9 3,3 3,1 Região Nordeste 3,8 3,4 3,3 Brasil 4,6 4 3,6 Fonte: MEC/INEP

175 175 TABELA 64 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO QUE MINISTRAM ENSINO FUNDAMENTAL, SEGUNDO DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA TOTAL URBANA RURAL Estadual Federal Municipal Particular TOTAL Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE I - Matrícula inicial por Nível De Ensino, segundo Dependência Administrativa: TABELA 65 - EDUCAÇÃO INFANTIL DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA EDUCAÇÃO INFANTIL CRECHE PRÉ-ESCOLA TOTAL Estadual Federal Municipal Particular Total: Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN 2011 DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA TABELA 66 - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO FUNDAMENTAL INICIAIS FINAIS TOTAL Estadual Federal Municipal Particular Total: Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN 2011 TABELA 67 - ENSINO MÉDIO DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ENSINO MÉDIO Estadual Federal Municipal 9 Particular Total

176 176 Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN 2011 TABELA 68 - ENSINO PARA JOVENS E ADULTOS EJA PRESENCIAL DEPENDÊNCIA EJA PRESENCIAL ADMINISTRATIVA 1ª a 4ª 5ª a 8ª 1ª A 8ª ENS.FUND. ENS.MÉDIO TOTAL Estadual Federal Municipal Particular Total: Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN 2011 TABELA 69 - ENSINO PARA JOVENS E ADULTOS EJA SEMI-PRESENCIAL DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA EJA SEMI-PRESENCIAL 1ª A 4ª 5ª A 8ª 1ª A 8ª ENS.FUND. ENS.MÉDIO TOTAL Estadual Federal Municipal Particular Total Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN 2011 TABELA 70 - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA MAT. PROFIS. TOTAL MATRÍCULA Estadual Federal Municipal Particular Total: Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN II - Função Docente por nível de ensino, segundo Dependência Administrativa RN TABELA 71 - EDUCAÇÃO INFANTIL EDUCAÇÃO INFANTIL DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA CRECHE PRÉ TOTAL Estadual 0 3 3

177 177 Federal Municipal Privada Total: Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN 2011 Nota: O Docente que ministrar em mais de uma dependência administrativa e em mais de um nível de ensino é contado mais de uma vez. DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA TABELA 72 - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO FUNDAMENTAL INICIAIS FINAIS TOTAL Estadual Federal Municipal Privada Total: Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN Nota: O Docente que ministrar em mais de uma dependência administrativa e em mais de um nível de ensino é contado mais de uma vez. TABELA 73 - ENSINO DE JOVENS E ADULTOS E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ENSINO MÉDIO PRESENCIAL EJA SEMI PRESENCIAL ED. PROFISSIONAL Estadual Federal Municipal Privada Total: Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN Nota: O Docente que ministrar em mais de uma dependência administrativa e em mais de um nível de ensino é contado mais de uma vez. A educação do Estado está dividida em 16 Diretorias Regionais de Educação, Cultura e Esportes - DIREDS, que são os órgãos que fazem a ligação entre as escolas e as determinações da Secretaria Estadual de Educação. As Diretorias Regionais tem como objetivo: Coordenar e supervisionar as atividades realizadas nas escolas estaduais; Supervisionar, prestar assistência e fiscalizar as condições de funcionamento das escolas (de ensino infantil ao médio, inclusive ensino supletivo);

178 178 Assegurar que os serviços de assistência ao aluno estão funcionando; Tratar de assuntos relacionados aos professores (habilitação, transferência, etc). O Rio Grande do Norte está dividido em 16 DIREDS, quelocalizam-se nas seguintes cidades e atendem aos municípios das seguintes regiões: 1ª Diretoria Regional de Educação - Natal 2ª Diretoria Regional de Educação - Parnamirim 3ª Diretoria Regional de Educação - Nova Cruz 4ª Diretoria Regional de Educação - São Paulo do Potengi 5ª Diretoria Regional de Educação - Ceará Mirim 6ª Diretoria Regional de Educação Macau 7ª Diretoria Regional de Educação - Santa Cruz 8ª Diretoria Regional de Educação Angicos 9ª Diretoria Regional de Educação - Currais Novos 10ª Diretoria Regional de Educação Caicó 11ª Diretoria Regional de Educação Açu 12ª Diretoria Regional de Educação Mossoró 13ª Diretoria Regional de Educação Apodi 14ª Diretoria Regional de Educação - Umarizal 15ª Regional de Educação - Pau dos Ferros 16ª Regional de Educação - João Câmara

179 179 MAPA 41 DIRETORIAS REGIONAIS DO RN Fonte: DIRED 2010

180 CRECHE PRÉ - ESCOLA TOTAL ED. INFANTIL ENS. FUND. (ANOS INICIAIS) 1º AO 5º ANO ENS. FUND. (ANOS FINAIS) 6º AO 9º ANO ENSINO MÉDIO TOTAL ENS. MÉDIO EJA FUNDAMENTAL EJA - MÉDIO TOTAL EJA PROFISSIONALIZ ANTE TOTAL GERAL 180 TABELA 74 MATRÍCULAS POR DIRED 1ª DIRED 707 Escolas ª DIRED 377 Escolas ª DIRED 335 Escolas ª DIRED 178 Escolas ª DIRED 218 Escolas ª DIRED 116 Escolas ª DIRED 180 Escolas ª DIRED 92 Escolas ª DIRED 205 Escolas ª DIRED 216Escolas ª DIRED144 Escolas ª DIRED 419 Escolas ª DIRED 150 Escolas ª DIRED 212 Escolas ª DIRED 351 Escolas ª DIRED 217 Escolas TOTAL ESCOLAS Fonte: SEEC / ATP Dados do Censo Escolar 2010

181 181 No campo da ciência, destacam-se o Instituto Internacional de Neurociências de Natal, inaugurado em 2006 e idealizado pelo neurocientista Miguel Nicolelis, cujo principal objetivo é de descentralizar a pesquisa nacional, atualmente restrita às regiões Sudeste e Sul do Brasil; e o Instituto Internacional de Física, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte que se caracteriza por ser um Centro de Pesquisa de caráter nacional que tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento tecnológico e científico do Brasil, mais especialmente das regiões Norte e Nordeste. O Instituto Internacional de Física foi criado em outubro de 2009, mas foi inaugurado definitivamente em maio de 2010, atuando na área de física teórica onde possui cinco grupos de pesquisas relacionados a seguir, que são coordenados por professores de renome internacional: Sistemas Fortemente Correlacionados, Nanoestruturas Fora do Equilíbrio, Teoria de Campos Fenômenos Críticos, Materiais e Aplicações e Cálculos AbInitio para Nanoestruturas e Sistemas Correlacionados. As atividades do Instituto expandir-se-ão para as demais áreas da física teórica, que são: Partículas Elementares, Astrofísica e Cosmologia, Mecânica Estatística, Teoria de Campos e Teoria de Cordas de forma gradual. O Instituto também vai atuar na organização de eventos científicos e de workshops de pesquisa de longa duração, além de proporcionar o diálogo permanente entre várias instituições de pesquisa na área de física no Brasil e no mundo. Outra entidade que atua na área de Ciência e Tecnologia é o Instituto do Cérebro, que tem por objetivo contribuir para a formação multidisciplinar dos alunos de graduação da UFRN. As pesquisas desenvolvidas no Instituto do Cérebro são publicadas em periódicos de grande circulação internacional e abrangem diversas linhas de pesquisa relacionadas à dinâmica do sistema visual, conexões sensorimotoras, neurobiologia celular, oscilações neurais, comunicação animal, papel cognitivo do sono, modelos computacionais de circuitos neurais, neuroengenharia, bem como o estudo dos mecanismos e possíveis tratamentos para epilepsia, doenças vasculares, psicoses, depressão e outros transtornos neurais. Foram implantados no Estado diversos Centros Tecnológicos. Esses Centros integram a rede de ciência e tecnologia como forma de fomentar as potenciais cadeias produtivas econômicas do interior do Estado investindo em setores estrategicamente selecionados e visíveis, através de uma parceria com o Ministério de Ciência e Tecnologia. Foram criados o Centro Vocacional Tecnológico, Centro Tecnológico do

182 182 Camarão, Centro Tecnológico do Agronegócio, o Centro Tecnológico Temático da Apicultura, e o Centro Tecnológico do Queijo do Seridó. 5.8 Habitação A primeira iniciativa brasileira de criação de uma política habitacional de abrangência nacional com objetivos e metas definidos, fontes de recursos permanentes e mecanismos próprios de financiamento ocorreu em 1964, com a edição da lei nº 4.380/64. Esta lei instituiu o Sistema Financeiro de Habitação - SFH, o Banco Nacional da Habitação - BNH e a correção monetária nos contratos imobiliários de interesse social, dentre outras medidas. A partir de então, o Governo Federal passou a ter as atribuições de formular a política nacional de habitação e coordenar as ações públicas e privadas para estimular a construção e o financiamento para aquisição de habitações de interesse social. A política habitacional executada pelo BNH teve por objetivo viabilizar o acesso à moradia aos diferentes estratos sociais, com foco nas famílias de baixa e média renda. Essa política foi financiada com recursos do SFH provenientes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS. A CAIXA elaborou um estudo para aprimorar o conhecimento a respeito da dinâmica do mercado imobiliário com o objetivo de identificar o comportamento das principais variáveis que determinam a demanda potencial por habitação. O embasamento conceitual se fundamenta na premissa de que a demanda por habitação é constituída por pessoas que pretendem formar um novo arranjo domiciliar (uma pessoa sozinha, duas pessoas unidas pelo casamento, duas ou mais pessoas com ou sem laços de parentesco que decidem morar juntas, entre outros) ou que necessitam substituir um domicílio inadequado. As condições demográficas de um país, especialmente a sua estrutura etária, são fatores determinantes para a demanda habitacional. Por exemplo, a demanda habitacional de um país jovem, com alta proporção de crianças em sua população, geralmente, é inferior a de um país com maior população de adultos. Isto ocorre porque as crianças não têm autonomia para gerar um novo arranjo domiciliar, mas os adultos e idosos podem ser potenciais demandantes de habitação.

183 183 A Demanda Habitacional Total é constituída pela soma da Demanda Habitacional Demográfica+ Demanda Habitacional Domiciliar (DHT=DHDE+DHDO). Estes componentes proporcionam a aferição da carência de moradia de maneira abrangente, contemplam tanto a demanda decorrente do crescimento da população do país quanto a necessidade de reposição unidades habitacionais. A Tabela 72 apresenta os valores absolutos de Demanda Habitacional Demográfica - DHDE e Demanda Habitacional Domiciliar DHDO referentes às Unidades da Federação, calculados com base na PNAD 2009 IBGE. A variação da Demanda Habitacional nas Unidades da Federação reflete a heterogeneidade socioeconômica e cultural do território brasileiro. Em alguns Estados, a Demanda Habitacional Demográfica - DHDE é predominante em todas as faixas de renda. A Demanda Habitacional Domiciliar - DHDO nos Estados, em geral, concentra-se nas faixas de menor renda (0 a 5 SM). Esta constatação facilita o estabelecimento de critérios e a quantificação de metas para programas de habitação de acordo com as especificidades locais da demanda habitacional. A distribuição dos valores absolutos de Demanda Habitacional Demográfica - DHDE e Demanda Habitacional Domiciliar DHDO pelas unidades da federação, calculada com base na PNAD 2009 IBGE, pode ser observada no Gráfico 41.

184 184 GRÁFICO 41 DEMANDA HABITACIONAL 2009 UF- ESTRATIFICADA POR SALÁRIOS MÍNIMOS SM Fonte: Estudo de Demanda Potencial por Habitação 2009

185 185 TABELA 75 DEMANDA HABITACIONAL POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO UF DHDE DHDO DHT Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal BRASIL Fonte: PNAD IBGE Estudo Demanda Habitacional 2009 A seguir serão expostas nas Tabelas 76 e 77e no Gráfico 38os cálculos da Demanda Habitacional do Rio Grande do Norte e um estudo da demanda habitacional para o período de 2001 a ANO TABELA 76 - RIO GRANDE DO NORTE DEMANDA TOTAL RELATIVA DHDE - DEMANDA DHDO - DEMANDA DHT DEMANDA DEMOGRÁFICA DOMICILIAR TOTAL (DHDE + RELATIVA RELATIVA DHDO) ,38% 7,40% 19,77% ,83% 5,61% 17,44% ,72% 5,21% 18,93% ,39% 5,26% 19,66% ,77% 4,80% 19,57%

186 ,43% 4,18% 17,61% ,83% 3,48% 17,31% ,23% 3,77% 18,00% ,08% 3,23% 17,31% Fonte: PNAD TABELA 77 DEMANDA HABITACIONAL RN 2009 ESTRATIFICADA EM SM RENDA EM SM ATÉ 1SM DE 2 A 3 SM DE 3 A 5 SM DE 5 A 10 SM DE 10 A 20 SM MAIS DE 20 SM IGNORA- DO % DHDE 3,44 13,54 21,6 15,86 2,77 3,42 0,09 %DHDO 10,72 6,12 0, % TOTAL (DHDO+DH 14,16 19,66 22,52 15,86 2,77 3,42 0,09 DE) Fonte: PNAD GRÁFICO 41 DEMANDA HABITACIONAL RN 2009 ESTRATIFICADA EM SM Fonte: PNAD IBGE 5.9Esporte O esporte no Rio Grande do Norte encontra-se em fase de desenvolvimento, especialmente no que se refere ao futebol e aos esportes paraolímpicos, ao qual o estado tem se destacado com nadadores como Clodoaldo Silva, medalhista em quatro Paraolimpíadas, três jogos Panamericanos e três campeonatos Mundiais de Natação. Destacam-se também em outros esportes: Renan Barão e Rony Marques, no UFC;

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