PROCESSO DE GRAFIA DA LÍNGUA DE SINAIS: UMA ANÁLISE FONO-MORFOLÓGICA DA ESCRITA EM SIGN WRITING
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- Luca Osório Belmonte
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1 PROCESSO DE GRAFIA DA LÍNGUA DE SINAIS: UMA ANÁLISE FONO-MORFOLÓGICA DA ESCRITA EM SIGN WRITING
2 OBJETIVO Quais ocorrências indicam padronização ou variação da ELS de surdos usando o SW? -Identificar quais principais similaridades e subjetividades na ELS de surdos; - Identificar as regularidades e irregularidades mais recorrentes. - Identificar como ocorre a composição do sinal escrito em pilha
3 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS Educação de Surdos Breve histórico A abordagem bilíngue A alfabetização em escrita de sinais As línguas de sinais A língua de sinais como língua natural Iconicidade nas línguas de sinais Libras
4 ARCABOUÇO TEÓRICO Bilinguismo Pleno Para Silva (2004), acontece quando o surdo domina, enquanto língua materna, a LS, que é a sua língua natural, e como L2 a língua oficial do país. Para Rangel e Stumpf (2005), o SW deve começar a fazer parte do currículo das escolas [..] literatura surda O SignWriting promove o bilinguismo pleno, pois oferece ao surdo o letramento de fato, onde é possível ler e escrever nas duas línguas que coadunam o ambiente escola. (NOBRE, 2011) Alfabetização em SW Stumpf (2005) sugere que a criança surda precisa representar sua língua, que neste caso é visual. Para Sousa (2009), os surdos escrevem numa interlíngua, ou seja, escrevem em Librês A relação fala/escrita NÃO acontece com as crianças surdas, devido a escrita do português ser de base alfabética (grafemas sons), assim a representação ideográfica possui é mais adequada à representar os sinais no letramento de surdos. (NOBRE, 20110
5 SISTEMAS DE NOTAÇÃO E ESCRITA DE SINAIS Bebian (1817) Stokoe (1965) Hamnosys (1817) Jouison (1990) Neve (1996) A escrita através do SignWriting Sutton (1974) Mariângela (1997) Sinal ENCONTRAR em SW Sinal ENCONTRAR em ELiS //101*++ui
6 SIGNWRITING X LIBRAS Fonológica M CM Or PA SW ENM Sinal composto FAZENDA Morfológica MAIS BONITO Grau do adjetivo BONITÃO Gado ambiente
7 METODOLOGIA ABORDAGEM DA PESQUISA ESCOLHA DOS SUJEITOS PERFIL INSTRUMENTOS DE COLETA i) ENTREVISTAS (12 perguntas) ii) ATIVIDADE ESCRITA (20 sinais para comparação com o quadro modelo*) 1-Bater 4-Não saber 11-Hora 12-Injeção/Vacina 17-Namorar 19-Beijar 20- Bombeiro Fonte :
8 *Quadro modelo Análise da grafia 1- Bater 6- Contexto 11- Hora 16- Verdade 2- Conversar 7- Esforço 12- Injeção 17- Namorar 3- Bater papo 8- Possível 13- Montar 18- Especial 4- Não sei 9- Chapéu 14- Pipa 19- Beijar 5- Alegre 10- Impossível 15- Distribuir 20- Bombeiro Com base das regras de grafia de Stumpf (2005) : 1. PONTO DE VISTA EXPRESSIVO 2. POSIÇÃO DO CONTATO 3. MOVIMENTO Observações da presente pesquisa Nobre (2011) 1. CONFIGURAÇÃO DE MÃO 2. ESCRITA EM PILHA 3. ORDEM DOS SÍMBOLOS
9 PARTICULARIDADE DA PESQUISA Para que a redação da dissertação fosse redigida em Língua Portuguesa foi necessário um aporte profissional de um Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais TILS Desde modo, a metodologia de tradução e interpretação da presente pesquisa pode ser apresentada na seguinte forma: - Visualização dos vídeos em Libras (pesquisa conceitual e bibliográfica) - Divisão de temas (produção texto em português a partir do vídeo sinalizado), - Releitura (conferência dos conceitos, citações e sentidos) impressos nos pressupostos teóricos como também nas escolhas metodológicas e analíticas.
10 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ENTREVISTAS (A) Principais aspectos identificados: ESCRITA (B) Principais aspectos identificados: 1. O curso de Letras-Libras foi importante no uso e difusão da ELS; 2. Falta de contato com usuários ; 3. Leitura em SW tem ritmo próprio - mais lento, porém mais inteligível; 4. Sistema SW-Edit apresenta algumas falhas quanto a organização das CM s, 1. Os símbolos de CM s foram centralizados 2. A repetição de símbolos só é permitida quando forem dois contatos iguais. 3. Alguns sinais podem ser escritos diferentemente sem alterar o seu significado, 4. A ordem dos elementos varia de acordo com a perspectiva de quem escreve.
11 ANÁLISE E CONCLUSÕES 1- Identificação das principais similaridades e subjetividades na ELS de surdos; Sinal 3 bater papo S1 S2 S3 S4 Similaridade a mesma posição das CM s (centro) 14- Soltar pipa S1 S2 S3 S4 Subjetividade cada sujeito escolhei uma CM s diferente.
12 ANÁLISE E CONCLUSÕES 2 Identificação das regularidades e irregularidades mais recorrentes. 8- Possível S1 S2 S3 S4 Regular o símbolo de movimento junto a CM s - símbolo dinâmico em baixo do movimento Sinal 1- Bater S1 S2 S3 S4 Irregular - dois símbolos diferentes - mais de duas CM s
13 ANÁLISE E CONCLUSÕES 3 - Identificar como ocorre a composição do sinal escrito em pilha. 13-Galopar e saltar S1 S2 S3 S4 (Contato<CM>Mov.) 4- Não sei S1 S2 S3 S4 (Cabeça: Contato>CM>Mov.)
14 CONCLUSÕES GERAIS DA PESQUISA Quais ocorrências indicam padronização ou variação da ELS de surdos usando o SW? De acordo com as analises as principais similaridades e subjetividades aparecem nas escritas alofonicas. Além disso, as produções evidenciaram que o símbolo de contato é o principal elemento de ligação da pilha (P.A). Esta pesquisa é a pioneira em análise (ortográfica) fonomorfológica da LIBRAS em ELS. Faz-se necessário uma PADRONIZAÇÃO na ELS através de convenções ortográficas. Em relação a isso, deixo algumas sugestões com base nesta pesquisa:
15 SUGESTÕES ORTOGRÁFICAS EXEMPLO 1 EXEMPLO 2 Descrição símbolo de cabeça com símbolo de configuração de mão abaixo e símbolo de contado abaixo da CM. Descrição símbolo de cabeça com símbolo de CM abaixo e símbolo de contato á direita. PROPOSTA JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA a inserção do símbolo de contato entre as CM s deixa o movimento mais preciso e de fácil leitura, uma vez que os contatos estão inseridos no local onde incide o movimento do sinal (contato), diferente dos dois casos acima, onde o símbolo de contato está escrito abaixo e ao lado da CM, respectivamente, deixando a leitura ambígua, fazendo com os leitores pensem que o movimento e o contato são produzidos no peito ou ombro do sinalizante.
16 SUGESTÃO ECONÔMICA EXEMPLO 1 EXEMPLO 2 Descrição símbolo de contato é escrito acima dos símbolos de configuração de mão. Descrição símbolo de contato é escrito à direita do símbolo de configuração de mão da mão dominante. Pilha econômica PROPOSTA ECONÔMICA JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA a inserção do símbolo de contato entre as CM s deixa o movimento mais preciso e de fácil leitura, uma vez que os contatos estão inseridos no local aonde acontece o sinal (contato), diferente dos dois casos acima, onde o símbolo de contato está escrito abaixo e ao lado da CM, respectivamente, deixando a leitura ambígua, fazendo com os leitores pensem que o movimento e o contato é feito no peito ou ombro do sinalizante.
17 AGRADECIMENTOS Aos meus pais, irmãos e familiares... À Profa. Dra Marianne Stumpf... UFSC - Dra. Ronice Muller de Quadros... Ao Prof. Dr. Vilmar da Silva (IFSC)... Aos docentes e discentes do PGL... Ao intérprete Jonathan Sousa... Aos sujeitos desta pesquisa... Ao Povo Surdo... À todos os alunos surdos e ouvintes do Pólo da UFC Aos meus amigos surdos Sérvulo, Sandro, Cristiano e Hermenson... Ao CAPES, pelo apoio financeiro com a manutenção da bolsa de auxílio... E, enfim, a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a concretização deste trabalho. Muito Obrigado.
18 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA STUMPF, M. R.. A Educação Bilíngue para surdos: relatos de experiências e a realidade brasileira. In: Ronice Quadros; Marianne Stumpf. (Org.). Estudos Surdos IV. 1 ed. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2009, v. 4, p t STUMPF, M. R.. Mudanças Estruturais para uma Inclusão. In: Ronice Müller de Quadros. (Org.). Estudos Surdos III. 1 ed. Petrópolis: Arara Azul, 2008, v. 1, p STUMPF, M. R.. Sistema SignWriting: por uma escrita funcional para o surdo. In: Adriana Thoma e Maura Corcini Lopes. (Org.). A invenção da surdez cultura, alteridade, identidade e diferença no campo da educação. 1 ed. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2004, v. 162, p QUADROS, R.M. e KARNOPP, L.B. Língua de Sinais Brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, SILVA, V. Estudo Surdos III: Cap.4 - As representações em ser surdo no contexto da educação bilíngue, 2008, p. 85 Vilmar Silva (2004). Educação bilíngue: o início de uma nova luta. Disponível em 20/02/2011 no /04/2011
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