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Daniela Almada Sampaio
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1 Pronunciamento do Deputado Edinho Bez (PMDB-SC), em de junho de 2013 na Câmara dos Deputados sobre a federalização das Letras Financeiras (precatórios, dívida acumulada) em Santa Catarina. Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Na qualidade de Deputado Federal no quinto mandato consecutivo aqui na Câmara dos Deputados, Presidente da Comissão Permanente de Fiscalização Financeira e Controle, ex Secretário de Estado da Infraestrutura em Santa Catarina no Governo Luis Henrique da Silveira tomo a palavra para divulgar amplamente uma entrevista concedida pelo hoje Senador da República, meu amigo Luis Henrique da Silveira, sobre a federalização de Letras Financeiras no Estado de Santa Catarina.

2 Também sou a favor da federalização da dívida de precatórios das letras e passo a discorrer sobre o assunto. O caso das letras do Estado que se transformaram em precatórios e elevaram este ano a dívida catarinense em 120% - equivalente a R$ 1,2 bilhão pode levar o Estado à quebra, se esse valor não for federalizado o quanto antes. Assim como o Senador Luiz Henrique da Silveira defendo que o valor, altíssimo para os cofres de Santa Catarina, deve ser entregue para que a União pague os credores. Com isso, o Estado acrescentaria a dívida referente aos precatórios na conta que tem com a União e que deve ser paga nos próximos 30 anos. Nos anos de 1990, o governo emitiu Letras Financeiras do Tesouro do Estado, com o

3 argumento de pagar precatórios judiciais. O resgate das letras deveria ter sido feito em 2001, mas o Estado negou-se a pagar. Foi neste momento que os credores entraram na justiça e agora conseguiram que as Letras fossem transformadas em precatórios que devem ser pagos, obrigatoriamente este ano. Para 2014 novas dívidas já estão autorizadas a serem quitadas e o valor que já é alto, ficará ainda maior com a entrada do precatório cobrado pela Aimores Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, de R$ ,18, mais o valor de R$ devido à Serpros Fundo Multipatrocinado. Se a dívida deste ano não for paga até o dia 31 de dezembro, os credores têm o direito assegurado pela Lei de realizar o seqüestro online do valor. Ou

4 seja, o dinheiro sairá dos cofres do governo catarinense, afetando todos os setores do Estado. Esse cenário é preocupante. Essa é a grande dor de cabeça do governo de Raimundo Colombo. O Estado não tem como pagar essa dívida tão polêmica e extensa. O Estado ainda não definiu sua posição quanto à dívida. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Fazenda, a federalização não será realizada por comprometer o Estado no que se refere à Lei da Responsabilidade Fiscal. Por enquanto, o governo aguarda uma definição do Supremo Tribunal Federal que alterou a forma de pagamento dos precatórios. O Supremo derrubou três pontos da emenda constitucional 62, de dezembro de 2009, que permitia os Estados parcelar em até 15 vezes o pagamento de precatórios.

5 A federalização da dívida foi a solução encontrada por outros Estados e cidades que se encontravam na mesma situação de Santa Catarina. Os municípios de Osasco, Campinas e os Estados de Alagoas, Pernambuco e Sergipe optaram pela federalização dos precatórios. Santa Catarina também tem esse direito. Trata-se de uma questão de equidade. Se os outros puderam realizar a federalização, não há porque o Estado não fazê-la, afirmou o senador. O bom relacionamento entre o governador Raimundo Colombo e a presidente Dilma Rousseff também é um ponto positivo para que seja feita a federalização. Para o senador, o governador deveria aproveitar o bom momento entre Estado e União e resolver o

6 problema o quanto antes. Essa atitude é uma questão de bom senso e é claro que esse bom relacionamento ajuda, completou. Vale lembrar que também na qualidade de ex relator geral da reforma do sistema financeiro nacional aqui nesta Casa, membro da Comissão de Finanças e Tributação por oito anos e também na qualidade de gerente da Caixa Econômica Federal por 14 anos e por ter participado de inúmeros congressos nacionais e internacionais, tenho intimidade com o assunto. Tenho insistido que está faltando coragem das autoridades brasileiras, iniciando nos Municípios, Estados e União para tomar decisões, objetivando solucionar os problemas, evitando a inviabilidade das nossas Administrações Públicas que, na maioria dos atuais administradores públicos não têm culpa da dívida dos precatórios.

7 A solução é a federalização objetivando fazer com que, por exemplo, o nosso Estado Santa Catarina, se torne inviável ou continuar descumprindo o não pagamento dos precatórios devidamente reconhecidos. Encerro parabenizando o nosso grande líder, companheiro Senador Luiz Henrique da Silveira pela iniciativa e dizendo que uso a tribuna nesta oportunidade porque concordo com o teor da sua manifestação. Era o que tinha a dizer. Edinho Bez Vice-Líder do PMDB

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