UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA ENGENHARIA DE SOFTWARE III
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- Giovanna Aranha Benke
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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA ENGENHARIA DE SOFTWARE III FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS TRAC E DOTPROJECT ORIETADOS AO RUP ACADÊMICOS: GUSTAVO GOMES DE ASSIS THIAGO CALLEGARI WILSON MAMUS JUNIOR MARINGÁ - PR
2 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 2 RUP... 4 Desenvolver Iterativamente... 4 Gerenciar Requerimentos... 5 Utilizar Arquiteturas Baseadas em Componentes... 5 Modelar Visualmente... 5 Verificação Continua de Qualidade... 5 Controle de Mudanças... 6 Fases... 7 Disciplinas DOTPROJECT Companhias e Departamentos Projetos Tarefas e eventos Relatórios no DotProject Alertas por TRAC Características do Trac Recursos do Trac Benefícios obtidos com o uso do Trac Controle de Mudanças Wiki Integração com o Subversion Acompanhamento da Evolução RUP E DOTPROJECT RUP E TRAC CONCLUSÃO
3 INTRODUÇÃO O RUP é processo proprietário de Engenharia de software criado pela Rational Software Corporation, adquirida pela IBM. Ele usa a abordagem da orientação a objetos em sua concepção e é projetado e documentado utilizando a notação UML (Unified Modeling Language) para ilustrar os processos em ação. Utiliza técnicas e práticas aprovadas comercialmente. O RUP é considerado pesado e preferencialmente aplicável a grandes equipes de desenvolvimento e a grandes projetos, porém o fato de ser amplamente customizável torna possível que seja adaptado para projetos de qualquer escala. O dotproject é um sistema de gerência de projetos em software livre de fácil utilização, com um conjunto de funcionalidades e características que o tornam indicado para implementação em ambientes corporativos, pois atende a diversas necessidades de gerentes e Escritórios de Projetos. É uma aplicação web, e assim sua utilização independe de sistema operacional e instalação na máquina do usuário, pois é executado em um servidor. Em termos mais técnicos, o dotproject é um sistema escrito em PHP, que utiliza banco de dados MySQL. O Trac é uma ferramenta open source, e assim como o DotProject, é de interface web. Utilizada para controle de mudanças em projetos de desenvolvimento de software, seu objetivo é ajudar o desenvolvedor a rastrear essas mudanças, entender o porque de cada uma e qual o seu impacto no projeto como um todo. 2
4 O software foi desenvolvido na linguagem de programação Python e está disponível sob uma licença GPL desde meados de Desde a versão 0.9, é disponibilizado sob uma licença BSD modificada. O trabalho se justifica, devido a importância da Gerencia de Projetos, pelo motivo que foram criadas ferramentas para auxiliar nesta questão. Neste artigo apresentaremos duas dessas ferramentas: DotProject e TRAC. 3
5 RUP O objetivo do RUP é garantir a produção de software de alta qualidade de forma que atenda às necessidades dos usuários dentro de um cronograma e de um orçamento previsível. Através de ferramentas para as necessidades específicas do projeto, ferramentas para desenvolvimento de conhecimento interno em componentes de processo, ferramentas de implementação eficientes e personalizáveis baseadas na web e comunidade online para troca de melhores práticas entre usuários e lideres do mercado. O RUP é mais do que um software para auxiliar no desenvolvimento é uma metodologia de desenvolvimento, com uma estrutura formal e bem definida. Como qualquer metodologia, é composta de conceitos, práticas e regras. Um dos principais pilares do RUP é o conceito de best practices (melhores práticas), que são regras/práticas que visam reduzir o risco (existente em qualquer projeto de software) e tornar o desenvolvimento mais eficiente. O RUP define seis best practices, sendo elas: desenvolver iterativamente gerenciar requerimentos utilizar arquiteturas baseadas em componentes modelar visualmente verificação contínua de qualidade controle de mudanças Desenvolver Iterativamente Desenvolver iterativamente significa desenvolver em ciclos. Cada ciclo é contém um objetivo que deve ser alcançado (lançamento de um pre-release ou beta, correção de um bug, etc). Esta prática acaba dando ao RUP uma série de vantagens, como a possibilidade de identificar/modificar requerimentos com mais facilidade; integração progressiva (quase continua) de elementos ao software, ocasionando uma melhora no descobrimento e endereçamento de riscos; desenvolvimento iterativo provê aos gerentes maneiras de fazer mudanças táticas aos produtos; etc. 4
6 Gerenciar Requerimentos Gerenciamento de requerimentos provê uma maneira prática de produzir, organizar, comunicar e organizar os requerimentos de um projeto. Adicionalmente, os casos de uso e cenários descritos nos processo são uma excelente forma de capturar e assegurar requisitos. O gerenciamento de recursos acarreta um melhor controle sobre projetos complexos, além de maior qualidade e redução de custos. O RUP é uma metodologia dirigida-a-casos-de-uso (use-driven-case), de modo que é possível utilizar os mesmos casos de uso definidos no sistema como base para o resto do processo. Utilizar Arquiteturas Baseadas em Componentes Foca o desenvolvimento na modularização, através do uso de componentes, de modo a criar um sistema flexível, adaptável, intuitivamente entendível e reutilizável. O RUP entende componentes como módulos não triviais e/ou subsistemas com uma função clara e específica. Entre os benefícios podemos citar a facilidade para identificar, isolar, manipular e desenvolver componentes é maior do que para um sistema inteiro; componentes podem ser desenvolvidos com a reutilização em mente; etc. Modelar Visualmente A modelagem visual permite melhor entender não só a concepção e a complexidade do sistema, mas também dimensionar (no sentido de qual a forma do sistema), além de facilitar a identificação e solução de problemas. Verificação Continua de Qualidade O RUP não toma a qualidade como responsabilidade de apenas uma pessoa ou grupo, mas como uma responsabilidade de todos os integrantes do projeto. A qualidade é focada especialmente em duas áreas: 5
7 Qualidade de produto: a qualidade do produto sendo desenvolvido (software ou sistema) e todas as partes envolvidas (componentes, subsistemas, arquitetura, etc). Qualidade de processo: a qualidade dos processos dentro do projeto de desenvolvimento. Controle de Mudanças Como resultado de um processo de desenvolvimento iterativo, muitas são as mudanças ocorridas no decorrer do projeto. Controlar as mudanças durante todo o projeto é prática fundamental para manter a qualidade do projeto. A arquitetura provê a estrutura para guiar o desenvolvimento do sistema em iterações, enquanto os casos de uso definem as metas e conduzem o trabalho de cada iteração, e em basicamente quatro fases (Iniciação, Elaboração, Construção, Transição) onde são tratadas questões sobre planejamento, levantamento de requisitos, análise, implementação, teste e implantação do software. E também através de seis disciplinas básicas (Modelagem de negócio, Requisitos, Análise e Design, Implementação, Teste, Implantação). 6
8 Fases Fase de Concepção Concepção inicial do sistema, aonde é feita uma discussão sobre o problema, definição do escopo do projeto, estimativa de recursos necessários para a execução do projeto, etc. É nesta fase que é apresentada o plano de projeto, caso de uso inicial e o glossário do projeto, entre outros. Finalidade Definir objetivos e viabilidade do projeto (o idéia do projeto) e o escopo de vários aspectos; Atividades Definir: critérios de sucesso de projeto, riscos, recursos necessários e data de realização das principais etapas; Delimitar o escopo do projeto; Identificar os atores que interagem com o sistema; Identificar as interações dos atores com o sistema (casos de uso); Resultados (artefatos) Documento de visão: visão geral dos requisitos, características e restrições essenciais do projeto; Modelo inicial de casos de uso (10%-20%); Glossário do projeto (opcionalmente um modelo de domínio); Definição de objetivos e viabilidade do projeto incluído contexto, critérios de sucesso, projeção de ROI, e prognóstico financeiro; Avaliação inicial de riscos; Plano de projeto, com fases e interações; Modelo de negócios, se necessário; 7
9 Um ou vários protótipos; Critérios de Satisfação Concordância quanto à definição de escopo e estimativas de custo e cronograma; Compreensão dos requisitos funcionais; Credibilidade das estimativas de custo, cronograma, prioridades, riscos, e processo de desenvolvimento; Profundidade e amplitude dos protótipos desenvolvidos; Custos planejados versus realizados; Fase de Elaboração O propósito desta fase é analisar o domínio do problema, desenvolver o plano de projeto, estabelecer a fundação arquitetural e eliminar os elementos de alto risco. Os elementos de risco a serem analisados, nesta fase, são os riscos de requerimentos, tecnológicos (referentes a capacidade das ferramentas disponíveis), de habilidades (dos integrantes do projeto) e políticos. Esta é a fase mais crítica de todas, pois ao final desta fase a engenharia é considerada completa e os custos para modificação do sistema aumentam a medida que o projeto avança. Do ponto de vista administrativo, é ao final desta fase que um projeto deixa de ser uma operação de baixo risco e baixo custo para se tornar uma operação de alto risco e alto custo. Finalidade eliminar os elementos de maior risco do projeto através da criação de uma arquitetura coerente e consistente da solução; Atividades Construir protótipos executáveis, em uma ou mais interações; Atacar os casos de uso críticos, que expõe os maiores riscos técnicos; Construir protótipos evolucionários ou descartáveis, com objetivo de analisar custosbenefícios, demonstrar para investidores, clientes e usuários; Resultados (artefatos) Modelo de casos de uso (80% ou mais); 8
10 Requisitos não funcionais; Descrição da arquitetura do software; Protótipos arquiteturais executáveis; Revisão da visão de negócios e lista de riscos; Plano detalhado de desenvolvimento do projeto, com interações e critérios de avaliação; Plano de processo de desenvolvimento; Manual de usuário preliminar; Fase de Construção Esta fase compreende a fase de modelagem e a fase de desenvolvimento em si, aquela em que o sistema é efetivamente programado. A fase de modelagem deve utilizar alguma notação definida pela UML. Finalidade Desenvolver todos os componentes e características não resolvidas nas fases anteriores, testando-as e integrando-as na forma de um produto; Atividades Diversas; Resultados (artefatos) O produto, descrito e integrado nas plataformas adequadas; Fase de Transição A partir desta fase, o sistema já está pronto, começa a implantação do sistema para o usuário (ou a comunidade de usuários do mesmo). Nesta fase é deve ser utilizado o lançamento de versões beta, operação paralela com o sistema legado, treinamento dos usuários e mantenedores do sistema, etc. Finalidade Realizar a transição do produto para a comunidade de usuários; 9
11 Atividades beta teste ; Operações paralelas com sistema legado; Conversão de bases de dados; Treinamento de usuários a mantenedores; Roll-out para setores de marketing, distribuição e vendas; Resultados (artefatos) Em conformidade com atividades; Disciplinas Uma disciplina é um conjunto de atividades relacionadas a uma área de interesse importante em todo o projeto. O principal objetivo do agrupamento de atividades em disciplinas é ajudar a compreender o projeto a partir de uma perspectiva em cascata tradicional. Por exemplo, geralmente é mais comum executar determinadas atividades de requisitos em coordenação direta com as atividades de análise e de design. A separação dessas atividades em disciplinas distintas facilita a compreensão, mas dificulta a programação. Modelagem de Negócios: Definimos a arquitetura de negócios como um conjunto organizado de elementos com relacionamentos transparentes uns com os outros que, juntos, formam um todo definido pela correspondente funcionalidade. Os elementos representam a estrutura organizacional e comportamental de um sistema e mostra abstrações dos principais processos e estruturas do negócio. Nesta fase é criado o Organograma da organização dos processos, a elaboração da visão estrutural da organização, da cultura da mesma, assim como o desenvolvimento das habilidades da equipe e na definição dos mecanismos e padrões e a serem aplicados. Requisitos: Explica como levantar pedidos das partes interessadas ("stakeholders") e transformá-los em um conjunto de requisitos que os produtos funcionam no âmbito do sistema a ser construído e fornecem requisitos detalhados para o que deve fazer o sistema Análise e Design: Mostra como o sistema vai ser realizado, de forma que o mesmo execute as 10
12 tarefas e funções especificadas nas descrições dos casos de uso criado, e que cumpra todas as necessidades preestabelecidas, e estáveis quando ocorrem mudanças dos requisitos funcionais. Implementação: Define a organização do código, em termos de subsistemas de implementação organizadas em camadas, implementa classes e objetos em termos de componentes e realiza testes nos componentes desenvolvidos como unidades alem de integrar os resultados produzidos em sistemas executáveis. Teste: Verifica a interação entre objetos, a integridade adequada de todos os componentes do software e se todos os requisitos foram implementados.também identifica e garante que os defeitos sejam corrigidos antes da implantação do software, re-análisados e encerrados. O Rational Unified Process propõe uma abordagem iterativa, o que significa que se deve testar todo o projeto. Isto permite encontrar defeitos tão cedo quanto possível, o que reduz radicalmente o custo de reparar o defeito. Os testes são realizados ao longo de quatro dimensões da qualidade: confiabilidade, funcionalidade, desempenho da aplicação, e o desempenho do sistema. Implantação: Sistemas são realizados através da aplicação de componentes. O processo descreve como a reutilização de componentes existentes ou implementar novos componentes com responsabilidades bem definidas, tornando o sistema mais fácil de manter e aumentar as possibilidades de reutilização. DOTPROJECT O DotProject é uma ferramenta robusta e profissional para a gestão de projectos, oferecendo várias funcionalidades fundamentais para gestores de projetos e não só. É uma ferramenta livre, de código aberto, e baseada em tecnologias web. Em termos técnicos, é baseada em PHP e MySQL. A funcionalidades que caracterizam o DotProject são várias, mas vou deixar aqui aquelas que acharam mais interessantes: Companhias e Departamentos É possível cadastrar mais de uma companhia no seu gerenciador de projectos baseado em DotProjec. Assim, não precisaremos de instalações diferentes para cada companhia em que prestamos serviços. 11
13 Cada companhia ainda pode ter departamentos diferentes, e isto pode ser indicado também no DotProject, para que se tenha um controle de projetos em cada departamento em particular. Projetos Com o DotProject podemos ter o controle total sobre o progresso de todos os nossos projetos e em todas as companhias em que prestamos serviços. Assuntos como a data de início, data prevista para o fim, pessoas envolvidas e até o orçamento esperado são geridos pelo DotProject com toda a naturalidade que um software deste gênero devia ter. É possível ainda gerir o status de cada projeto, o número de tarefas e a prioridade de cada tarefa. Tarefas e eventos Esta é por mim a funcionalidade fundamental de qualquer gestor de projetos: a gestão de tarefas. No DotProject fazer isso é simples: Definimos as tarefas em cada projeto, existem várias configurações para cada tarefa, incluindo os usuários mencionados a executar tais tarefas, as datas, os possíveis preços e as prioridades. Prioridades de tarefas são interessantes para que os seus projetos estejam no ritmo desejado, já que você terá a possibilidade de saber quais as tarefas mais importantes. Além das tarefas existem eventos, que podem ser geridos no DotProject. Podem ser encontros com clientes, fornecedores, assinatura de contratos ou qualquer outro evento ligado ao seu projeto. Relatórios no DotProject Depois de todas as ferramentas para a gestão de projetos, é importante ter formas adequadas de apresentar relatórios temporários sobre tais projetos. O DotProject usa relatórios personalizados para apresentar tais dados. Existem relatórios gráficos facilmente personalizáveis. Falando em relatórios gráficos, o DotProject possui também suporte a diagramas de Gantt, que são gráficos concebidos especialmente para exibir o progresso de 12
14 determinado projeto, que inclui as tarefas executadas ou por executar, o tempo de execução e as pessoas envolvidas na tarefa. Alertas por Hoje em dia é difícil estar atento a quase tudo em que nos metemos na web. Por isso o DotProject possui um sistema de alertas por . Assim, cada vez que criamos uma tarefa ou um evento no DotProject, o sistema enviará um de alerta para todos os membros indicados para a tarefa ou evento. É possível usar funções nativas do PHP ou SMTP para o envio de . TRAC Trac é uma ferramenta open source e de interface web, para controle de mudanças em projetos de desenvolvimento de software. O objetivo do software é ajudar o desenvolvedor a rastrear essas mudanças, entender o porque de cada uma, e qual o seu impacto no projeto como um todo. O software foi desenvolvido na linguagem de programação Python, e entre os diversos usuários do software temos o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, que usa a ferramenta para controle de vários projetos. Características do Trac Pode ser executado em qualquer servidor Web; Configuração de um projeto através de um aplicativo em modo texto (trac-admin), e do arquivo trac.ini, presente no diretório do projeto; Permite organizar os erros por versão, nível de gravidade, etc...; Recursos do Trac Controle de mudanças; Wiki para documentação colaborativa e referência cruzada entre os elementos do Trac; 13
15 Integração com o Subversion (Trac também funciona como um browser do repositório do Subversion); Acompanhamento da evolução do projeto. Benefícios obtidos com o uso do Trac Melhoria na qualidade do produto e do processo de desenvolvimento; Registro, rastreamento e controle das mudanças sofridas pelo projeto durante o seu ciclo de vida; Integração entre o controle de versão e o controle de mudança; Acompanhamento básico da evolução do projeto; Melhor documentação do projeto através de participação da equipe de desenvolvimento. Controle de Mudanças Para o controle de mudanças, existe um elemento chamado ticket que pode conter registros de defeitos (ou bugs), pedidos de melhoria e tarefas do projeto, sendo útil para obtenção de informações sobre a construção do projeto. Todas as anotações complementares e mudanças feitas após a criação do ticket são mantidas, formando um histórico da evolução do mesmo. Dessa forma, as mudanças que foram solicitadas e as alterações feitas no software a partir delas, são rastreadas por amarrações feitas pelos links criados através da formatação Wiki. Wiki O Wiki serve como um elemento de documentação colaborativa do projeto e como um repositório central de referências cruzadas entre todos os elementos do Trac. O Wiki deve ser encarado como uma ferramenta para o aumento da interação entre os membros da equipe de desenvolvedores. O texto em Wiki tem uma sintaxe diferente e mais simples do que HTML, 14
16 permitindo uma maior facilidade para que os membros da equipe incluam novo conteúdo e alterem o conteúdo existente. A rede de links formada pelo wiki entre os elementos do Trac fornece uma visão abrangente de todo o projeto. E este é um dos diferenciais mais importantes do Trac em relação a outros softwares similares. Integração com o Subversion O Trac é integrado ao Subversion e oferece como um de seus recursos principais um browser do repositório do Subversion, permitindo a navegação pela árvore de diretórios e a visualização de diversos elementos do Subversion tais como a estrutura de diretórios, logs de mudanças efetuadas, diferenças entre revisões, enfim, oferecendo aos desenvolvedores e usuários uma excelente interface para o repositório SVN. Acompanhamento da Evolução O acompanhamento da evolução do projeto pode ser feito através do acompanhamento do estado dos tickets e através de milestones, que são pontos de checagem ou marcos de desenvolvimento definidos no projeto. RUP E DOTPROJECT Para mapear o RUP através do Dotproject, a primeira etapa é entender como se desenvolve o processo de software utilizando o RUP como metodologia. O RUP se divide em 4 fases: 1. Iniciação 2. Elaboração 3. Construção 4. Transição Cada fase possui um determinado período, que é determinado no planejamento do projeto. Logo, essas fases são cadastradas no DotProject como as atividades principais do projeto (Figura 1). 15
17 Figura 1 O RUP possui um plano de iteração bem definido de cada fase, ou seja, quais são as atividades realizadas a cada fase. Logo, cadastramos essas atividades no DotProject, cadastrando como atividade pai a atividade correspondente a fase que ela pertence (Figura 2). Figura 2 16
18 No RUP, existe também a definição de papéis, dentro dos quais, os mais importantes são: 1. Analista 2. Desenvolvedor 3. Testador 4. Gerente Existem papéis adicionais, como designer, desenvolvedor de curso, administrador do sistema. Ele mapeia a cada atividade, quais são envolvidos, e isso pode ser gerenciado através do DotProject. Assim, quando o usuário acessa o sistema ele sabe que, ao seu papel no projeto, cabem tais atividades (Figura 3). Figura 3 Em cada atividade, vincularemos também quais são as suas dependências segundo o RUP. Assim temos em cada atividade, quais as atividades que dependem dela, e quais suas dependências (Figura 4). Através desta funcionalidade, temos exatamente o fluxo de trabalho do projeto. Cruzando essa informação com os responsáveis por cada atividade, pode-se chegar à conclusão de qual atividade está gerando atraso ao projeto, e quem são os responsáveis. 17
19 Figura 4 Outra funcionalidade do DotProject que casa perfeitamente com o RUP é o gerenciamento de documentos. No RUP, as atividades geram artefatos. Esses podem ser documentação do projeto, da aplicação, ou até mesmo o próprio sistema ou módulos executáveis do mesmo. O DotProject gerencia esses documentos de forma efetiva, controlando qual atividade que gerou tal documento, e possui até controle de versão dos documentos, outro fato muito importante, vendo que alguns artefatos são revisados inúmeras vezes no decorrer do desenvolvimento do projeto (Figura 5). 18
20 Figura 5 Segundo o RUP, uma disciplina presente em todas as fases do projeto, e muito importante é o Gerenciamento de Projeto. Para apoiar o gerente, o DotProject possibilita o registro de tempo gasto em cada atividade por uma determinada pessoa envolvida com o projeto. Como feedback, ele apresenta relatórios, e o Diagrama de Gantt, que ilustra os avanço das diferentes fases do projeto. Os relatórios disponíveis são: Horas atribuídas por usuário - Este relatório mostra quantas horas o usuário tem alocados no período de tempo especificado. Concluído - Tarefas concluídas na última semana Relatório Geral - Dá um instantâneo global de todos os projectos Vencido - Funções atualmente em atraso Estatísticas do Projeto - Estatísticas do Projeto, descrevendo status da tarefa. Data final das tarefas - Exibir a data de término da tarefa (real e teórica) Lista de Tarefas - Ver a lista de tarefas Projetos Task Log - Exibir a tarefa usuário efetua Tarefas ordenadas por usuário - Este relatório mostra as tarefas atribuídas a cada utilizador. 19
21 Próximos - Tarefas a serem concluídas na próxima semana Desempenho do usuário - Relatório que mostra a quantidade de horas trabalhadas por um usuário contra aqueles alocados em tarefas. RUP E TRAC O RUP, como vimos anteriormente, não é uma metodologia ágil, é na verdade um processo mais complexo, voltado para empresas/equipes maiores, com projetos de software de grande porte. Apesar disso, ele permite alterações, nos possibilita adaptações que se enquadram na forma de trabalho da empresa. É utilizando dessas adaptações no RUP, que trabalhamos com a ferramenta de gerenciamento TRAC. Na fase de Iniciação do RUP, estabelecemos o escopo, os casos de uso, custo geral, programação, etc., sendo assim, a documentação é o mais importante. Para isso, o Trac apresenta a opção Wiki, onde podemos adicionar todos os documentos, como pode ser visto na Figura 06. Após adicionar o documento, todos os arquivos podem ser visualizados em forma de lista, no próprio Wiki, ou também no menu Histórico, que apresenta todas as modificações. Figura 6: Tela para adicionar documentos do projeto. Menu Wiki A fase chamada Elaboração, realiza entre outras coisas, a definição das Baselines. Ainda no inicio desta fase, trabalha-se com documentação. Mas pode-se iniciar a criação de tarefas que serão desenvolvidas. Na Figura 07, visualizamos a criação de uma tarefa, no menu Novo Tíquete. 20
22 Figura 7: para adicionar tarefas/funcionalidades do projeto. Menu Novo Tíquete Na fase seguinte, conhecida como Construção, começa o desenvolvimento propriamente dito. Aqui são criadas as tarefas, como visto na Figura 6, onde os programadores podem acompanhar as funcionalidades destinadas a eles, mas também para um acompanhamento geral. Ainda mais importante que gravar as tarefas, é manter os códigos fonte. E para isso, o Trac faz integração com o Subversion, permitindo a navegação pela árvore de diretórios. Na Figura 8, podemos visualizar um dos repositórios. Figura 8: Repositório A última fase do RUP, chamada de Transição, trata da implantação e testes. Tanto nesse período, como durante todo o processo, é possível acompanhar as tarefas cadastradas, as 21
23 que ainda estão em aberto, como as que já estão finalizadas. Um exemplo segue na Figura 9. No Trac, essa função encontra-se no Menu Planejamento. Figura 9 Neste artigo, apresentamos as principais funcionalidades da utilização da ferramenta TRAC, mas existem outras, também importantes, que podem ser encontradas na versão demo do Trac, ou seja, sem precisar instalar a ferramenta: 22
24 CONCLUSÃO Esse Artigo mostrou que na Gestão de Projetos existem varias ferramentas (como por exemplo o DOTPROJECT, TRAC), que dão suporte e referenciam o Gerente de Projetos no seu dia a dia, a fim de enquadrar seus projetos em um padrão de qualidade. No estudo de caso apresentado falamos da ferramenta DotProject, que auxilia o gerenciamento de projeto. Por ser uma ferramenta open source, isto nos permitiu implementar uma ferramenta que utiliza a técnica de análise de pontos de função para estimar cronograma para atividades do projeto. Falamos também do TRAC, que é uma escolha interessante também para documentação e acompanhamento do projeto. A interface para o repositório é, por si só, um ótimo motivo para se usar o Trac num projeto, mesmo que outro software seja escolhido para o controle de mudança. O RUP prova ser um processo de desenvolvimento robusto e bem definido, embora bastante complexo/trabalhoso para projetos de software de pequeno porte, ele pode ser bem aproveitado para projetos aonde é preciso manter registro constante do fluxo do projeto. Com a utilização de uma metodologia de desenvolvimento de software como o RUP, é possível obter: Qualidade de software; Produtividade no desenvolvimento, operação e manutenção de software; 23
25 Controle sobre desenvolvimento dentro de custos, prazos e níveis de qualidade desejados; Estimativa de prazos e custos com maior precisão. Apesar dos benefícios, deve-se ter a consciência que os benefícios não virão de maneira imediata. É necessário adquirir treinamento adequado, adaptação da metodologia no contexto ao qual ela será utilizada, apoio especializado para as equipes de desenvolvimento e tempo para a absorção da metodologia. 24
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