II BARREIRA DE CONTENÇÃO PARA ALGAS DO GENERO MICROCYSTIS SP. Pós-Graduação (Didática do Ensino Superior)- Faculdades São Judas Tadeu 1991

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1 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro Joinville - Santa Catarina II BARREIRA DE CONTENÇÃO PARA ALGAS DO GENERO MICROCYSTIS SP Osmar Rivelino* - Formação Acadêmica : Bacharel em Biologia - Faculdades São Judas Tadeu 1983 Pós-Graduação (Didática do Ensino Superior)- Faculdades São Judas Tadeu 1991 Pós-Graduação ( Meio Ambiente e Sociedade )- Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo 1997 Atuação Profissional : Coordenador do Controle Sanitário da UN Norte 1991/1995 Biólogo no setor de apoio e desenvolvimento na Divisão do Sistema Guaraú 1996/2000 Gerente de Divisão do Sistema Rio Grande Endereço Correspondência : Rodovia Anchieta Km 26,5 Riacho Grande São Bernardo do Campo SP Cep : Fone : / 1621 E mail : orivelino@sabesp.com.br Wagner Fernando Rocha de Souza Formação Acadêmica: Engenharia Química Universidade Mackenzie 1997 Pós-Graduação ( Gestão Ambeiental) Faculdade de Saúde Publica USP 2002 Atuação Profissional : Técnico Químico, Divisão de Laboratórios Central Engº Químico, Divisão do Sistema Rio Grande 2001

2 Henrique Merllo Filho Formação Acadêmica : Bacharel em Química - Faculdade de Filosofia Ciências e Letras São Bernardo do Campo 1985 Pós-Graduação (Engenharia de Produção e Administração de Operações) - Universidade Paulista UNIP Atuação Profissional : Técnico em Sistema de tratamento de água, Sistema Rio Grande Encarregado Sistema Rio Grande 2001 INTRODUÇÃO As cianobactérias são organismos unicelulares geralmente planctônicas, potencialmente tóxicas e têm seu crescimento favorecido devido a alguns fatores como: Disponibilidade de metais essenciais Massas de água estratificada Temperaturas elevadas e radiação solar Carga alóctone de matéria orgânica Relação N/P e PH ideal Sedimentos para disposição de cistos e acinetos A represa Rio Grande apresenta todos estes fatores, em conseqüência da grande carga de nutrientes, proveniente dos esgotos das cidades vizinhas, trata-se portanto de um reservatório eutrofizado, apresentando ocorrência de florações sazonais de cianobactérias. A floração apresentada este ano (2001) deve-se a estes fatos e a ocorrência de chuvas com grande intensidade nos meados do mês de agosto, carreando mais matéria orgânica para as águas, com a mudança da direção dos ventos e altas temperaturas, o processo crescimento foi acelerado culminando na floração de Microcystis sp na represa. Microcystis sp são algas produtoras da microcistina, uma toxina hepatotoxica, que a Portaria nº 1469/00 fixa o padrão de valor máximo permitido em 1,0 m g/l na água tratada. Portanto havia a necessidade de uma contenção e retirada desta floração na região da captação das águas. Em se tratando de uma floração de Microcystis onde as colônias ficam na superfície da água, a opção foi a instalação de uma barreira física para esta contenção (Chorus & Bartram 1999) e futura remoção para a degradação natural das toxinas.

3 OBJETIVO A barreira de contenção de Microcystis na represa Rio Grande é uma opção emergencial, para contenção física desta alga. Contenção de algas através de um material resistente nãotecido sendo100% poliéster para evitar o acumulo na região da captação, minimizando desta forma os problemas operacionais no tratamento. Foto aérea da ETA Rio Grande com o manancial ao fundo Foto aérea do manancial com a Estação Elevatória de Água Bruta na represa Rio Grande Algas Microcystis Próximo à captação na superfície em 05/06/2001 Algas Microcystis Próximo à captação na superfície em 05/06/2001

4 Algas Microcystis junto à captação na superfície em 27/08/2001 Algas Microcystis junto à captação na superfície em 27/08/2001 Algas Microcystis na margem da prainha em 27/08/2001 Algas Microcystis na captação em 01/09/2001 Algas Microcystis vista da casa de bombas em 01/09/2001 Algas Microcystis vista da passarela em 01/09/2001 Algas Microcystis vista da passarela em 01/09/2001 Algas Microcystis vista da casa de bombas em 01/09/2001

5 Algas Microcystis na margem da barragem na represa Rio Grande em 17/10/2001 Algas Microcystis na margem da barragem na represa Rio Grande em 17/10/2001 Barreira para contenção de algas, com aproximadamente 100m de comprimento estendida sobre a ponte da Elevatório de Água Bruta Inicio da colocação da barreira de contenção de algas na represa Barco puxando a barreira de contenção de algas na represa próximo à ponte na Rod. Anchieta Barco direcionando a barreira de contenção de algas na represa para o ponto de fixação Barreira de contenção de algas já colocada na represa com o prédio da Elevatória de Água Bruta ao fundo já da para notar uma grande quantidade de algas retidas na barreira

6 Barreira de contenção de algas, já da para notar uma grande quantidade de algas retidas na parte interna da barreira Barreira de contenção de algas, nestas fotos nota-se bem o contraste da grande quantidade de algas retidas na parte interna da barreira Nesta foto notamos a barreira bloqueando um bloom de algas do gênero Microcystis sp (07/11/2001) CONCLUSÃO: O presente estudo mostra uma solução emergencial de baixo custo e funcional; trata-se de uma barreira de contenção de Microcystis sp. O gráfico mostra uma redução em torno de 94% de células de Microcystis sp na área de captação. E a diferença de custo deste tipo de barreira para uma barreira de contenção de óleo que também é utilizada para o mesmo fim (Chorus & Bartram, 1999), fica em aproximadamente 95%. Concluímos portanto a importância econômica deste sistema, porém é necessário ainda maior monitoramento quanto ao número de células de cianobactérias e concentração de cianotoxinas.