FUNDO NACIONAL DE MUDANÇAS DE CLIMA Relato da 9ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
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- Alessandra de Figueiredo Caldas
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1 FUNDO NACIONAL DE MUDANÇAS DE CLIMA Relato da 9ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor Fundo Nacional sobre Mudança do Clima Relatório elaborado por Guilherme Zaniolo Karam (Observatório de Clima & Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza ) & Rubens Harry Born (FBOMS-GT Clima e Vitae Civilis Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz) Data: 11/03/13 (09h00 às 13h00) Agenda da reunião: 09:10 Aprovação da Pauta 09:20 - Aprovação da ata da 8ª reunião ordinária de :30 - Informes 09:45 Diretrizes Bienais (Balanço do Biênio 2011/2012 e Proposta de Diretrizes para o Biênio 2013/2014) 10:15 Plano Anual de Aplicação de Recursos Reembolsável: Relatório BNDES e Situação CMN - Não Reembolsável: Apresentação dos Resultados do GT Não Reembolsável e Proposta de prioridades para :00 - Encaminhamentos 12:30 Encerramento Relatório: A reunião, realizada na Sala dos Conselhos do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, foi iniciada às 9h00, com abertura feita pelo Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente (Sr. Francisco Gaetani). A ata da reunião anterior foi aprovada, assim como a pauta proposta, mas acatando-se a consideração apresentada por Rubens de que a definição de diretrizes para o Biênio , a ser discutida inicialmente, permitisse a inclusão das recomendações e propostas do GT Não reembolsáveis, cujo debate seria na sequencia. O secretário executivo informou quem em virtude do impacto da derrubada do veto da Presidência da República ao PL sobre repartição de royalties da exploração de petróleo, o MMA verificará com a SOF se os recursos para o Fundo Clima poderão ser contemplados por outras fontes existentes no Orçamento da União, pelo menos no que se refere ao montante de recursos não reembolsáveis. : Após a abertura, e com a saída do secretario executivo, a reunião foi conduzida pelo Secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Sr. Carlos Klink, com o apoio do Gerente do Fundo Clima, Sr. Marcos Estevan Del Prette. Klink mencionou que esta 9ª. Reunião Ordinária (RO) já contempla a nova composição do Comitê Gestor, que tem novos 1
2 membros e membros reconduzidos para um novo biênio, conforme Portaria n. 53, de 08/3/2013 publicada no Diário Oficial de 11/3/2013. Sobre Diretrizes para o biênio Marcos Del Prette apresentou síntese das diretrizes (ver anexo). Devido a forma genérica e breve, alguns questionamentos foram apontados, e resolveu-se então fazer menção explicita às linhas detalhadas no PAAR. Rubens Born ressaltou que há decisão anterior do Fundo Clima em não conceder recursos para apoio à incineração de resíduos, mesmo que sob o enfoque de aproveitamento energético ou como linha de cidades sustentáveis. Clique aqui para a versão de da síntese de diretrizes para o biênio. Sobre recursos reembolsáveis Klink também informou que não prosperou junto ao Conselho Monetário Nacional CMN a tramitação de proposta de resolução (ver aviso ministerial MF n. 21, de 10/1/2013) referente a medidas sobre recursos reembolsáveis, operacionalizados pelo BNDES em nome do Fundo Clima. Comentários recebidos do CMN e do Ministério da Fazenda são sobre sobreposição de linhas de financiamentos do Fundo Clima com outros instrumentos federais, inclusive em setores públicos para atividades similares às previstas no PAC Plano de Aceleração do Crescimento. Em outras palavras (interpretação nossa), o CMN-MF não vê diferença ou adicionalidade na atuação do Fundo Clima, cujo desembolso de recursos reembolsáveis está aquém do esperado em virtude de que outros recursos disponíveis no BNDES são mais vantajosos (baratos) que os do Fundo Clima. Klink então convidou representantes do BNDES a fazerem uma apresentação a Durante a apresentação feita pelo BNDES, relativa aos recursos reembolsáveis, indicou-se que 7 propostas de projetos foram recebidos em 2012, as quais totalizaram R$ 243 milhões. Destes, 2 estão em análise (R$ 65 milhões Carvão Vegetal e Transporte), 2 em contingenciamento (R$ 50 milhões), 2 foram negados (R$ 95 milhões) e 1 foi canibalizado/psi (R$ 33 milhões). O orçamento de foi de R$ 560 milhões, estando previstos R$ 360 milhões para Em sua última reunião de 2012, o Comitê Gestor já havia aprovado três novas linhas de financiamento para a modalidade reembolsável (Cidades Sustentáveis e Mudança do Clima, Florestas Nativas e Gestão e Serviços de Carbono). Representantes do BNDES, na sua apresentação, apontaram as suas prioridades para a gestão de recursos reembolsáveis do Fundo Clima em 2013: I - No tocante às condições financeiras e diálogo com CMN: estabelecimento de condições das novas linhas; descontigenciamento do Fundo Clima, e revisão as alinhas atuais, com subprogramas alocados nas mesmas. Frente à falta de competitividade dos juros do Fundo Clima (4,5% AA) com outros financiamentos (com 2,5% AA), o BNDES propôs a simplificação das taxas de juros, por meio da criação de três faixas de juros (não consideram as taxas de operação do BNDES), sendo: - Juros de 0,1% - Florestas Nativas, Gestão e Serviços de Carbono, Desertificação; - Juros de 1% - Energia Renovável e Cidades Sustentáveis, 2
3 - Juros de 3% - Carvão Vegetal. Comentou-se também que projetos considerados inovadores podem ter taxas de juros mais baixas, independente de sua natureza. II Plano de Comunicação: contratação de agencia de publicidade que já está elaborando proposta para comunicação em mídias setoriais e hot site para o Fundo Clima III Plano de Fomento: reuniões com atores-chaves e setoriais para o Fundo Clima, conforme linhas prioritárias de IV Chamadas públicas de projetos para 2013, com seleção de setores e preparação do primeiro edital no primeiro semestre. Arquivo em Power point, elaborado pelo BNDES, traz a apresentação feita na reunião. Sobre recursos não reembolsáveis Marcos Del Prette apresentou os principais resultados do Grupo Técnico que discutiu os recursos não reembolsáveis, sendo: a) reivindicação de mais recursos para os projetos não reembolsáveis; b) Linhas de Ação propostas e distribuídas por Áreas e Temas e c) Propostas de projetos para Desta forma, as áreas e temas definidos pelo GT estão descritas abaixo, sendo que os 4 temas novos estão destacados em negrito: Área 1: Desenvolvimento e Difusão Tecnológica Ap oio à in ova çã o e d ifu s ã o de tecnologias em adaptação e mitigação aos efeitos da mudança do clima com benefício às populações vulneráveis Incentivo a eficiência energética e ao desenvolvimento e aplicação de fontes de energia de menor contribuição para produção de GEE direta ou indiretamente Área 2: Práticas Adaptativas para Desenvolvimento Sustentável do Semiárido Manejo florestal de uso múltiplo integrado, restauração ecológica e difusão de tecnologias para melhor convívio com o semi-árido Conservação e uso múltiplo integrado e sustentável dos recursos naturais e difusão de tecnologias para melhor convívio com a semiaridez Área 3: Educação, Capacitação, Treinamento e Mobilização Campanha educacional e mobilização Capacitação e treinamento para a mudança do clima Área 4: Adaptação da Sociedade e Ecossistemas Proteção, recomposição e conexão de áreas naturais Adaptação em Zona Costeira 3
4 Mapeamento de vulnerabilidades à perda de recursos naturais Manejo florestal de uso múltiplo integrado, restauração ecológica e difusão de tecnologias nos biomas brasileiros Área 5: Monitoramento e Avaliação Sistemas de monitoramento de Emissões estaduais e municipais Sistemas de monitoramento de GEE Porém, ao se apresentar o quadro que demonstra o Orçamento PLOA 2013 e a demanda do Fundo Clima para o financiamento de projetos não reembolsáveis, percebe-se que existem poucos recursos disponíveis para Os recursos possuem duas fontes: a fonte 142, que se refere a recursos oriundos de royalties do petróleo, e a fonte 196 que se refere a recursos provenientes de doações (ainda não recebidos, mas previstos). Portanto, para 2013, apenas os R$ 20 milhões da fonte 142 estão assegurados, sendo que sua utilização para custeio ou investimento deve ser respeitada. Destes, aproximadamente R$ 15 milhões já estão compromissados por parcerias (ex: Serviço Florestal Brasileiro, Fundo Nacional do Meio Ambiente)para execução de editais e seleção de projetos, em linhas e modalidades já aprovadas. Ou seja, para 2013, existem apenas R$ 5 milhões assegurados para novos projetos, sendo que já existe uma demanda prevista de aproximadamente R$ 27 milhões (levantada pelo GT). Portanto, ainda que o Plano Anual de Aplicação de Recursos (PAAR) 2013 indique as áreas e temas definidos para a utilização dos recursos não reembolsáveis (listados acima), como não há recursos financeiros para todos os temas, nem todos foram considerados no quadro final. Isso de deve a uma priorização feita pelo GT, a qual considerou como prioridade 1 os temas com projetos prontos e como prioridade 2 os temas com projetos com possibilidade de rápida elaboração e encaminhamento ao Fundo. Os 3 temas presentes no PAAR 2013, mas não considerados no quadro final encontram-se abaixo: - Conservação e uso múltiplo integrado e sustentável dos recursos naturais e difusão de tecnologias para melhor convívio com a semiaridez; - Campanha educacional e mobilização, - Proteção, recomposição e conexão de áreas naturais. Após uma rodada de discussão e proposições, os encaminhamentos definidos para a reunião foram: - Proposição, pelo Sr. Rubens Born, do GT permanente para recursos não reembolsáveis: aprovado na reunião, mas a melhor forma de sua institucionalização ainda será verificada. Rubens salientou que o regimento interno prevê a possibilidade do Comitê Gestor instituir instâncias de apoio técnico. Este GT daria continuidade às discussões e poderia garantir que os temas não contemplados não fossem esquecidos, quando houver orçamento para tal; - Propostas de linhas de ação prontas para serem executadas (linhas verdes/prioridade 1 do PAAR): aguardando projetos e liberação do orçamento. Assim que houver editais e chamadas, que ainda não circularam entre os representantes do Comitê Gestor, serão enviados imediatamente para manifestação; - Propostas de linhas de ação que aguardam análise (linhas amarelas/prioridade 2 do PAAR): Assim que houver chamadas, editais, projetos, termos de referência, serão enviadas aos representantes do Comitê Gestor para manifestação, - Proposta de recomendação para aumento dos recursos não reembolsáveis: considerada aprovada pelo Comitê Gestor, devendo constar em Ata. 4
5 Ressaltamos que a recomendação do Gt Não reembolsável de ampliar-se a proporção de recursos do Fundo Clima gerou questionamentos: um deles, quanto à meta (porcentagem relativa) que se pretende alcançar. Outro quanto ao impacto que isso teria na diminuição relativa dos recursos reembolsáveis, cujos fluxos e juros permitiriam o Fundo manter um nível operacional desejado. Outra questão foi para quem encaminhar a recomendação de aumento dessa proporção de recursos não reembolsáveis (se para ministros, para a Presidência, etc), o que evidenciaria um receio de se tomar tal decisão. Rubens Born releu dispositivos da lei que cria o Fundo Clima, deixando claro que o Comitê Gestor tem a atribuição de tomar essa decisão, não devendo dela fugir. Para reforçar tal decisão, medidas de cunho político e de comunicação poderiam eventualmente ser tomadas, para dar suporte a uma ampliada alocação de recursos não reembolsáveis. Um GT permanente poderia avaliar qual poderia ser a meta final e o processo gradual de atingi-la. Clique aqui para ler a proposição de aumento da proporção de recursos não reembolsáveis. Sugestões para as diretrizes do biênio e para o texto sobre aumento da proporção de recursos não reembolsáveis contribuições poderão ser feitas e enviadas até 22 de março de Capacitação em mudanças de clima Por fim, Marcos Del Prette informou que tendo em vistas diversas sugestões e demandas (trabalhadores, FBMC, FBOMS etc nos anos anteriores), será elaborado um edital para fomento de atividades (em 2014) de capacitação em mudanças de clima. Para tanto, convidou integrantes do Comitê gestor para que apresentem sugestões quanto ao escopo e modalidades de capacitação, perfil de beneficiários, cobertura territorial, etc. Pretende-se escolher executor sob a modalidade de contrato. Para enviar sugestões ao PROJETO PARA CAPACITAÇÃO EM MUDANÇA DO CLIMA, favor usar o formulário disponibilizado pelo Fundo Clima (clique aqui). Encaminhar sugestões para luiza.pizzutti@mma.gov.brcom cópia para rubens@vitaecivilis.org 5
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