MORTALIDADE, NATALIDADE E NUPCIALIDADE

Transcrição

1 17 de embro de 221 ESTATÍSTICAS VITAIS Dados mensais sto 221 MORTALIDADE, NATALIDADE E NUPCIALIDADE MORTALIDADE AUMENTOU EM AGOSTO COMPARATIVAMENTE COM O MÊS HOMÓLOGO DE 22 No mês de sto de 221, o número de óbitos foi 9 157, valor superior ao registado no mês precedente (+361 óbitos). Neste mês, a tendência de redução do número de óbitos por comparação com o período homólogo de 22 alterou-se, tendo-se registado s 194 óbitos (2,2%) que em sto de 22. O número de óbitos por COVID-19 subiu para 388 (+12 relativamente a ho de 221), representando 4,2% do total de óbitos. Comparativamente com sto de 22, registou-se um aumento de 31 óbitos por COVID-19. Em ho de 221 registaram-se nados-vivos, correspondendo a uma redução de 1,5% relativamente ao mesmo mês de 22, mantendo-se, assim, a tendência de decréscimo da natalidade verificada desde ho de 22. No mês de ho de 221, o saldo natural registou o valor de Apesar do agravamento relativamente a ho, o saldo natural foi menos negativo por comparação com o mês homólogo de 22 (quando registou o valor de ). Em ho de 221, celebraram-se 4 2 casamentos, correspondendo a 2,1 vezes o número de casamentos realizados no mês ho de 22 (+2 163). De eiro a ho de 221 foram celebrados s casamentos do que no período homólogo de 22 e menos do que no período homólogo de 219. Neste destaque, o INE apresenta dados preliminares relativos ao número de óbitos, por mês até sto de 221 e por semana até à 35ª semana (3 de sto a 5 de embro), e ao número de nados-vivos e casamentos por mês até ho de 221, ocorridos em território nacional, fazendo comparação com períodos homólogos. A informação é obtida a partir dos dados do registo civil apurados no âmbito do Sistema Integrado do Registo e Identificação Civil (SIRIC) e foi recolhida até 14 de embro de /9

2 Mortalidade aumentou em sto comparativamente com o mês homólogo de 22, invertendo-se a tendência dos últimos cinco meses No mês de eiro de 221 registou-se o or número de óbitos mensal desde o início da pandemia (19 67), a que corresponde um aumento de 65,8% (+7 88 óbitos) relativamente ao mesmo mês de 22. Do total de óbitos, foram por COVID-19, representando 29,4% da mortalidade em eiro e o máximo mensal de óbitos por COVID-19. A mortalidade reduziu-se em ereiro, para óbitos, continuando, todavia, a registar valores superiores aos do mês homólogo de 22, s 29,2% ( óbitos). Neste mês, o número de óbitos por COVID-19 foi 3 594, o segundo s elevado a seguir ao mês de eiro, correspondendo a 28,2% do total. Excluindo os óbitos por COVID-19 registados em ereiro, a mortalidade neste mês ter-se-ia situado, pela primeira vez após o início da pandemia, abaixo do valor homólogo de 22 (-712 óbitos). Entre ço e ho de 221, o número de óbitos continuou a decrescer comparativamente com os valores registados nos mesmos meses de 22. Nesses meses registaram-se, respetivamente, 9 67, 8 425, 8 625, e óbitos em Portugal, menos 9,5% (-1 1 óbitos), 19,2% ( óbitos), 1,1% (-966 óbitos), 4,1% (-352 óbitos) e 15,5% ( óbitos) que nos meses homólogos de 22. O número de óbitos por COVID-19 manteve a tendência de decréscimo, iniciada em ereiro, entre ço e o, aumentando ligeiramente em ho. Nesses meses foi de 58, 117, 49 e 76 representando, respetivamente, 5,3%, 1,4%,,6%, e,9% do total de óbitos. Na comparação do número mensal de óbitos por COVID-19 em 221 com os meses homólogos de 22, verifica-se que a mortalidade por COVID-19 em ço de 221 foi superior à registada em 22 (+321 óbitos), mantendo-se, entre il e ho, abaixo da verificada nos mesmos meses de 22 (respetivamente, -73, e -79 óbitos por COVID-19). Contudo, em ho, o número de óbitos por COVID-19 voltou a subir para 268, correspondendo a 3,% do total de óbitos e foi superior ao registado em ho de 22 (+11 óbitos COVID- 19 do que os verificados no mês homólogo). No mês de sto de 221, o número de óbitos foi 9 157, s 361 óbitos que no mês precedente. Neste mês registou-se uma inversão da tendência de redução do número de óbitos por comparação com o período homólogo de 22, tendo-se registado s 194 óbitos (2,2%) que em sto de 22. O número de óbitos por COVID-19 subiu para 388 (+12 relativamente a ho de 221), representando 4,2% do total de óbitos. Comparativamente com sto de 22, registou-se um aumento de 31 óbitos por COVID-19. 2/9

3 Figura 1: Óbitos e variação homóloga, eiro de 219 a sto de 221 PANDEMIA COVID % Óbitos excluindo COVID-19 (Eixo Esq.) Óbitos COVID-19 (Eixo Esq.) Variação homóloga (Eixo Dir.) Fonte: INE, Óbitos. Direção-Geral da Saúde, Relatório diário de Situação COVID-19. Na análise da mortalidade por semanas, verificou-se que, a partir da última semana de 22 (28 de embro a 3 de eiro de 221), o número de óbitos aumentou de forma acentuada até à 3ª semana de 221 (18 a 24 de eiro), atingindo então o or número de óbitos observado desde o início da pandemia (5 44). No entanto, foi na 4ª semana (25 a 31 de eiro) que se atingiu o or número de óbitos por COVID-19 (2 36), iniciando-se a partir de então uma tendência decrescente. Entre 2 de sto e 5 de embro (semanas 31 a 35), o número de óbitos situou-se acima da média de Na 35ª semana registaram-se 2 42 óbitos, dos quais 8 foram por COVID-19, representando, 3,9% do total de óbitos. 3/9

4 Figura 2: Óbitos 22, 221 e média , por semana, semanas 1 de 22 a 35 de 221 N. o Max-Min Óbitos Média Óbitos, excluindo COVID-19 Fonte: INE, Óbitos. Direção-Geral da Saúde, Relatório diário de Situação COVID-19. Considerando o indicador excesso de mortalidade calculado pelo Eurostat, que compara o número de óbitos registados em cada mês, nos países da União Europeia (UE-27) e da EFTA, com o número médio de óbitos mensal no período , Portugal foi, no mês de eiro, um dos países com or excesso de mortalidade num total de 31 países europeus: s 6,5% de óbitos que a média de , ocupando a 2ª posição, apenas atrás da Eslováquia (s 73,7%). No mês de ereiro, o excesso de mortalidade reduziu-se em Portugal e na oria dos países. Neste mês, Portugal apresentou um excesso de mortalidade de 24,6%, mantendo-se, todavia, entre os países com or excesso de mortalidade, ocupando a 3ª posição, apenas ultrapassado pela Eslováquia (+68,2%) e pela Chéquia (+4,5%). Em ço e il de 221, registou-se um o aumento da mortalidade na or parte dos países europeus. Em Portugal, contudo, a mortalidade continuou a diminuir, atingindo valores abaixo da média , correspondendo a excessos de mortalidade negativos, respetivamente de -4,6% e -6,4%. Em il, Portugal, contamente com a Noruega, Suécia, Dinaca, Finlândia, Irlanda e Malta, foram os únicos países com excesso de mortalidade negativo. Portugal manteve, nos meses de o e ho, excessos de mortalidade negativos, de -,8% e -,3%, respetivamente. Contudo, em ho, voltou a apresentar excesso de mortalidade positivo de 6,%, ocupando 15ª posição entre os países com excesso de mortalidade. 4/9

5 Figura 3: Excesso de mortalidade nos países da UE 27 e EFTA por mês, eiro a ho de 221 (média =1) Países 221 eiro ereiro ço il o ho ho UE , 15,8 11,4 12,4 19,9 15,9 14,4 Alemanha 123, 98, 9,6 16,5 17,6 17,7 12,3 Áustria 19,2 97,1 1,2 111,7 19, 112,2 15,7 Bélgica 11,8 91, 89,6 16,8 14,9 1,5 97,2 Bulgária 99,8 15,1 153,1 176,2 125,5 17,5 16,7 Chéquia 153,8 14,5 161,4 13,4 16,7 1,6 97,9 Chipre 96,9 91,7 11,1 126, 19,9 111,8 126,2 Croácia 17,7 12,2 12,4 13,6 124,1 114,7 13,3 Dinaca 11,8 92,7 87,9 97,5 15,7 16, 17,9 Eslováquia 174,8 168,2 154,6 128,7 19,7 17,9 98,7 Eslovénia 127,7 99,2 13,4 11,6 11,5 114,6 11,5 Espanha 118,4 11,4 1, 14,2 14,6 14,3 19,7 Estónia 12,1 116,6 94, 99,5 15, 98,7 17, Finlândia 98,2 98,3 96,3 99,2 15,6 15,5 18,9 França 11,1 18,9 17,1 116,9 19,1 12,2 11,7 Grécia 92, 97,2 116, 124,8 121,3 113,1 125, Hungria 15,8 1,3 15,6 149,7 19,3 16,7 11,8 Irlanda 112,3 19,3 13,3 126,3 114,1 118,4 113,8 Itália 17,6 13,4 116,8 119,8 14,4 12,6 12,9 Letónia 129, 113,7 97,8 14,6 114,4 12,4 113,3 Lituânia 128,7 12,2 15,5 11,1 113, 114,6 111,1 Luxemburgo 18,5 96,4 19,5 18,1 11,1 16,3 1,8 Malta 13,6 115,7 132,6 99,9 113, 11,7 117,7 Países Baixos 118,5 13,5 97,3 11,5 17,7 17, 15,2 Polónia 126, 111, 138,3 165,3 127, 113,6 17,3 Portugal 16,5 124,6 95,4 93,6 99,2 99,7 16, Roménia 112, 15,5 125,1 138,2 115,1 14,1 12,9 Suécia 117,1 95,1 92,5 95,6 1,7 98, 97,5 Islândia 14,5 12, 95,4 12,9 11,4 11,4 111, Liechtenstein 19,5 117,5 65, 129,7 118, 55,5 18,5 Noruega 94,5 89,5 91,7 96,4 98,2 98,5 1,5 Suíça 123,2 94,5 93,9 12,4 12,2 1,8 1,1 Fonte: Eurostat, Excess mortality monthly data (extração efetuada em 15/9/221). 5/9

6 Natalidade mantém tendência de decréscimo verificada desde ho de 22 Em ho e ho de 221 registaram-se, respetivamente, e nados-vivos, correspondendo a reduções de 6,2% (-423) e 1,5% (-784), relativamente aos mesmos meses de 22, mantendo-se, assim, a tendência de decréscimo da natalidade verificada desde ho de 22. Apesar de alguma recuperação nos nascimentos a partir de ço de 221, o número de nados-vivos foi sempre inferior ao verificado entre os meses de eiro a ho de 22, representando um total de menos 5 45 nados-vivos. Figura 4: Nados-vivos e variação homóloga, eiro de 219 a ho de 221 % PANDEMIA COVID Nados-vivos (Eixo Esq.) Variação homóloga (Eixo Dir.) Fonte: INE, Nados-vivos. Saldo natural agravou-se para em ho O aumento do número de óbitos, para o qual contribuiu a mortalidade por COVID-19, assim como o decréscimo do número de nados-vivos, determinaram um forte agravamento do saldo natural em 22 e nos primeiros dois meses de 221. Contudo, a partir de ço de 221 o saldo natural passou a ser menos negativo. 6/9

7 Nos meses de ho e ho de 221, o saldo natural registou, respetivamente, valores de e Apesar do agravamento verificado no mês de ho, o saldo natural foi menos negativo por comparação com o mês homólogo de 22 (quando registou o valor de ). Figura 4: Nados-vivos, óbitos e saldo natural 1, Portugal, eiro de 219 a ho de Saldo natural Nados-vivos Óbitos Fonte: INE, Óbitos, Nados-vivos e Indicadores Demográficos. Celebração de casamentos mantém tendência de crescimento em ho As medidas decorrentes de contenção da pandemia tiveram impactos na vida dos cidadãos, onde se inclui a mobilidade e o contacto social, pelo que os dados estatísticos relativos aos casamentos celebrados a partir de ço de 22 devem ser lidos neste contexto. Em ho e ho de 221, celebraram-se, respetivamente, e 4 2 casamentos, correspondendo a 2,4 e 2,1 vezes o número de casamentos realizados nos meses de ho e ho de 22 ( e casamentos). De eiro a ho de 221 foram celebrados s casamentos do que no período homólogo de 22 e menos do que no período homólogo de O saldo natural é calculado com base no número de nados-vivos de mães residentes em Portugal e no número de óbitos de residentes em Portugal. 7/9

8 Figura 6: Casamentos e variação homóloga, eiro de 219 a ho de PANDEMIA COVID Casamentos (Eixo Esq.) Variação homóloga (Eixo Dir.) Fonte: INE, Casamentos. 8/9

9 NOTA TÉCNICA O INE divulga os valores preliminares de óbitos, nados-vivos e casamentos por mês, com base em informação registada nas Conservatórias do Registo Civil até 14 de embro de 221. No portal do INE são disponibilizados indicadores relativos a valores mensais preliminares de nados-vivos e casamentos de eiro a ho de 221, com desagregação geográfica até NUTS III. Neste Destaque são avançados os valores preliminares totais de nados-vivos e casamentos para o mês de ho de 221. Os dados são obtidos através de operações estatísticas de recolha direta e exaustiva relativa a óbitos, nados-vivos e casamentos ocorridos em território nacional, recorrendo ao aproveitamento de factos obrigatoriamente sujeitos a registo civil (assentos de nascimento, de óbito e casamento) no Sistema Integrado do Registo e Identificação Civil (SIRIC). Para além da informação de caráter administrativo constante nos assentos, o INE recolhe ainda um conto adicional de variáveis identificadas como relevantes no âmbito do Sistema Estatístico Nacional (SEN) e do Sistema Estatístico Europeu (SEE). O registo e o envio dos dados são efetuados eletronicamente, com observância dos requisitos definidos pelo INE, e estabelecidos em articulação com o Instituto dos Registos e de Notariado, IP (IRN) e o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, IP (IGFEJ). São também utilizados dados relativos ao número de óbitos por COVID-19 cuja fonte é o relatório diário de Situação COVID-19 da Direção-Geral da Saúde, que fornece apenas uma medida parcial dos efeitos da pandemia na mortalidade. CONCEITOS Casamento: contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida, nos termos da legislação em vigor. Nota: o casamento pode celebrar-se entre pessoas de sexo diferente ou do mesmo sexo. Nado-vivo: o produto do nascimento vivo. Nascimento vivo: é a expulsão ou extração completa, relativamente ao corpo materno e independentemente da duração da gravi, do produto da fecundação que, após esta separação, respire ou manifeste quaisquer ros sinais de vida, tais como pulsações do coração ou do cordão umbilical ou contração efetiva de qualquer músculo sujeito à ação da vontade, quer o cordão umbilical tenha sido cortado, quer não, e quer a placenta esteja ou não retida. Óbito: cessação irreversível das funções do tronco cerebral. Saldo natural: diferença entre o número de nados-vivos e o número de óbitos, num dado período de tempo. Variação homóloga: a variação homóloga compara o nível de uma variável entre o mês de referência e o mesmo mês do ano anterior. Informação metodológica detalhada disponível em na opção Produtos, Sistema de Metainformação. Informação estatística detalhada disponível em na opção Produtos, Dados Estatísticos, Base de dados, tema População, subtema Natalidade e fecundidade e subtema Mortalidade e esperança de vida. 9/9