PONTOS FUNDAMENTAIS DA AULA

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1 PONTOS FUNDAMENTAIS DA AULA Características : A) ruptura com o passado - por meio de linguagem chocante, com vocabulário que exprime a frialdade inorgânica da terra. B) inconformismo diante da realidade brasileira - mediante um temário diferente daquele usado pelo romantismo e pelo parnasianismo : caboclo, subúrbio, miséria, etc.. C) interesse pelos usos e costumes do interior - regionalismo, com registro da fala rural. D) destaque à psicologia do brasileiro - retratando sua preguiça, por exemplo nas mais diferentes regiões do Brasil. E) acentuado nacionalismo - exemplo Policarpo Quaresma. F) preferência por assuntos históricos. G) descrição e caracterização de personagens típicos - com o intuito de retratar a realidade política, e econômica e social de nossa terra. H) preferência pelo contraste físico, social e moral. I) sincretismo estético - Neo-Realismo, Neoparnasianismo, Neo-Simbolismo. J) emprego de uma linguagem mais simples e coloquial - com o objetivo de combater o rebuscamento e o pedantismo de alguns literatos. 1

2 I- EUCLÍDES DA CUNHA II- LIMA BARRETO 2

3 TAREFA DO DIA SEGUINTE T01. (FCC-BA) Obra pré-modernista eivada de informações histórias e científicas, primeira grande interpretação da realidade brasileira, que, buscando compreender o meio áspero em que vivia o jagunço nordestino, denunciava uma campanha militar que investia contra o fanatismo religioso advindo da miséria e do abandono do homem do sertão. Trata-se de: a) O sertanejo, de José de Alencar. b) Pelo sertão, de Afonso Arinos. c) Os Sertões, de Euclides da Cunha. d) Grande Sertão: veredas, de Guimarães Rosa. e) Sertão, de Coelho Neto. T02. (FUVEST) No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, o nacionalismo exaltado e delirante da personagem principal motiva seu engajamento em três diferentes projetos, que objetivam reformar o país. Esses projetos visam, sucessivamente, aos seguintes setores da vida nacional: a) escolar, agrícola e militar; b) linguístico, industrial, e militar; c) cultural, agrícola e político; d) linguístico, político e militar; e) cultura, industrial e político. T03. (UFTM) Considere os dados: I. Contraste entre um Brasil arcaico representado principalmente pelo tradicionalismo agrário e outro, com novos centros urbanos marcados pelo início da industrialização e pela emergência de novas classes sócioeconômicas. II. Problematização da realidade social e cultural, pela revêlação das tensões da vida nacional. III. Primeira Guerra Mundial e crise da República Velha. IV. Modernidade estilística e negação do estilo da belle époque. Caracterizam o período histórico e cultural do Pré-Modernismo, em que se insere Lima Barreto, os dados contidos em: a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) I, II e III, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. T04. (UNIVEST) Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, é a) a narrativa da vida e morte de um funcionário humilde conformado com a realidade social do seu tempo. b) uma autobiografia em que a personagem-título expõe sua insatisfação com relação a burocracia carioca. c) o relato das aventuras de um nacionalista ingênuo e fanático que lidera um grupo de oposição no início da República. d) um livro de memórias em que o personagem-título, através de um artifício narrativo, conta as atribulações de sua vida até a hora da morte. e) a história de um nacionalista fanático que, quixotescamente, tenta resolver sozinho os males sociais de seu tempo. T05. (UFRGS-RS) Uma atitude comum caracteriza a postura literária de autores pré-modernistas, a exemplo de Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Euclides da Cunha. Pode ela ser definida como a) a necessidade de superar, em termos de um programa definido, as estéticas românticas e realistas. b) pretensão de dar um caráter definitivamente brasileiro à nossa literatura, que julgavam por demais europeizadas. c) a necessidade de fazer crítica social, já que o realismo havia sido ineficaz nessa matéria. d) uma preocupação com o estudo e com a observação da realidade brasileira. e) aproveitamento estético do que havia de melhor na herança literária brasileira, desde suas primeiras manifestações. T06. (PUC-RS) A obra pré-modernista de Euclides da Cunha situa-se a... e a... a) História Psicologia. b) Geografia Economia. c) Literatura Sociologia. d) Arte Filosofia. e) Teologia Geologia. T07. (UEL) Assinale a alternativa incorreta sobre o Pré- Modernismo: a) Não se caracterizou como uma escola literária com princípios estéticos bem delimitados, mas como um período de prefiguração das inovações temáticas e linguísticas do Modernismo. b) Algumas correntes de vanguarda do início do século XX, como o Futurismo e o Cubismo, exerceram grande influência sobre nossos escritores pré-modernistas, sobretudo na poesia. c) Tanto Lima Barreto quanto Monteiro Lobato são nomes significativos da literatura pré-modernista produzida nos primeiros anos do século XX, pois problematizam a realidade cultural e social do Brasil. d) Euclides da Cunha, com a obra "Os Sertões", ultrapassa o relato meramente documental da batalha de Canudos para fixar-se em problemas humanos e revelar a face trágica da nação brasileira. e) Nos romances de Lima Barreto observa-se, além da crítica social, a crítica ao academicismo e à linguagem empolada e vazia dos parnasianos, traço que revela a postura moderna do escritor. T08. (PUC-SP) "Iria morrer, quem sabe naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito bem, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o condenava? matando-o. 3

4 E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara. Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois se fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas causas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas... Restava disto tudo em sua alma uma sofisticação? Nenhuma! Nenhuma!" (Lima Barreto) As obras do autor desse trecho integram o período literário chamado Pré-Modernismo. Tal designação para este período se justifica, porque ele: a) desenvolve temas do nacionalismo e se liga às vanguardas europeias. b) engloba toda a produção literária que se fez antes do Modernismo. c) antecipa temática e formalmente as manifestações modernistas. d) se preocupa com o estudo das raças e das culturas formadoras do nordestino brasileiro. e) prepara pela irreverência de sua linguagem as comquistas estilísticas do Modernismo. a linguagem descuidada, porém, revela pouca consciência estética, em virtude de sua formação literária precária. d) O estilo parnasiano permanece influenciando autores e caracterizando boa parte da obra poética escrita durante o período pré-modernista. e) Graça Aranha faz parte do conjunto mais significativo de escritores do Pré-Modernismo. Nos anos anteriores à Semana de Arte Moderna, Graça Aranha interveio a favor da renovação artística a que se propunham os escritores modernistas. T12. São características do Pré-Modernismo: a) Riqueza em detalhes e pelo exagero. b) Linguagem coloquial. c) Exaltação da natureza. d) Marginalidade dos personagens. e) Nacionalismo e Indianismo. T13. Quais desses acontecimentos marcam o contexto histórico do Pré-Modernismo? a) Chegada da família real portuguesa. b) Transferência da capital do Brasil para Salvador. c) Inconfidência mineira. d) Revolta da Chibata. e) Era Vargas. T09. (UEL-PR) Nas duas primeiras décadas de nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, tão diferentes entre si, têm como elemento comum: a) a intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante. b) a adoção da linguagem coloquial das camadas populares do sertão. c) a expressão de aspectos até então negligenciados da realidade brasileira. d) a prática de um experimentalismo lingüístico radical. e) o estilo conservador do antigo regionalismo romântico. T10. (UFRGS-RS) Lima Barreto é um autor que se caracteriza por criar tipos: a) rústicos, ligados ao campo. b) aristocratas, ligados ao campo. c) aristocratas, ligados à cidade. d) burgueses, ligados à cidade. e) populares, ligados ao subúrbio. T11. (FATEC-SP) Assinale a alternativa incorreta. a) Nos primeiros vinte anos deste século, a produção literária brasileira é marcada por diversidades, abrangendo, ao mesmo tempo, obras que questionam a realidade social e obras voltadas para os lugares-comuns herdados de autores anteriores. b) Pode-se afirmar que um dos traços modernos de Euclides da Cunha é o compromisso com os problemas de seu tempo. c) A importância da obra de Lima Barreto situa-se no plano do conteúdo, a partir do qual se revela seu caráter polêmico; T14. Indique a alternativa correta. a) Para muitos estudiosos, o Pré-Modernismo não é uma escola literária. b) O Pré-Modernismo teve início da Semana de Arte Moderna, em c) Manuel Bandeira e Graciliano Ramos são autores Pré- Modernistas. d) Os Sertões e Grande Sertão: Veredas são da autoria de Euclides da Cunha. e) Dentre as principais características do Pré-Modernismo, podemos citar a liberdade de expressão, a imprecisão e a espontaneidade. T15. (ENEM) O falecimento de uma criança é um dia de festa. Ressoam as violas na cabana dos pobres pais, jubilosos entre as lágrimas; referve o samba turbulento; vibram nos ares, fortes, as coplas dos desafios, enquanto, a uma banda, entre duas velas de carnaúba, coroado de flores, o anjinho exposto espelha, no último sorriso paralisado, a felicidade suprema da volta para os céus, para a felicidade eterna que é a preocupação dominadora daquelas almas ingênuas e primitivas. CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Edição comemorativa do 90.º ano do lançamento. Rio de Janeiro: Ediouro, 1992, p. 78. Nessa descrição de costume regional, é empregada a) variante linguística que retrata a fala típica do povo sertanejo. b) a linguagem científica, por meio da qual o autor denuncia a realidade brasileira. 4

5 c) a modalidade coloquial da linguagem, ressaltando se expressões que traduzem o falar de tipos humanos marginalizados. d) linguagem literária, na modalidade padrão da língua, por meio da qual é mostrado o Brasil não oficial dos caboclos e do sertão. e) variedade linguística típica da fala doméstica, por meio de palavras e expressões que recriam, com realismo, a atmosfera familiar. T18. (UPF) Em Triste fim de Policarpo Quaresma, a personagem principal, nos instantes que antecedem sua morte, conclui que todos os seus projetos haviam resultado em sucessivas decepções e que a pátria que idealizara não existia. Nesses momentos, do protagonista e do narrador é que propiciam ao leitor a possibilidade de tomar conhecimento de tais conclusões. A alternativa que completa corretamente as lacunas do texto anterior é: T16. (CESMAC) Engenheiro e ensaísta social, Euclides da Cunha ( ) é autor de uma das obras clássicas da interpretação social do Brasil: Os sertões (1902). Sobre essa obra é correto afirmar o que segue. a) Os sertões encerra uma prosa coloquial, clara e denotativa. b) Os sertões aborda a Guerra de Canudos, na Bahia. c) Os sertões trata da Guerra do Contestado, em Alagoas. d) Os sertões narra a vida do Conselheiro e de Lampião. e) Os sertões é um livro que faz a defesa veemente da Monarquia. T17. (ENEM) Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Oue lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuía para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante e que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das coisas do tupi, do folk-lore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma! O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções. A pátria que quisera ter era um mito; um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete. BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: Acesso em: 8 nov O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, foi publicado em No fragmento destacado, a reação do personagem aos desdobramentos de suas iniciativas patrióticas evidencia que a) A dedicação de Policarpo Quaresma ao conhecimento da natureza brasileira levou-o a estudar inutilidades, mas possibilitou-lhe uma visão mais ampla do país. b) A curiosidade em relação aos heróis da pátria levou-o ao ideal de prosperidade e democracia que o personagem encontra no contexto republicano. c) A construção de uma pátria a partir de elementos míticos, como a cordialidade do povo, a riqueza do solo e a pureza linguística, conduz à frustração ideológica. d) A propensão do brasileiro ao riso, ao escárnio, justifica a reação de decepção e desistência de Policarpo Quaresma, que prefere resguardar-se em seu gabinete. e) A certeza da fertilidade da terra e da produção agrícola incondicional faz parte de um projeto ideológico salvacionista, tal como foi difundido na época do autor. 5 a) o ufanismo - a onisciência b) o patriotismo - a onisciência c) a tristeza - o ufanismo d) a tristeza - o patriotismo e) a reflexão - a onisciência T19. (MACKENZIE) O planalto central do Brasil desce, nos litorais do Sul, em escarpas inteiriças, altas e abruptas. Assoberba os mares; e desata-se em chapadões nivelados pelos visos das cordilheiras marítimas, distendidas do Rio Grande a Minas. Mas ao derivar para as terras setentrionais diminui gradualmente de altitude, ao mesmo tempo que descamba para a costa oriental em andares, ou repetidos socalcos, que o despem da primitiva grandeza afastando-o consideravelmente para o interior. De sorte que quem o contorna, seguindo para o norte, observa notáveis mudanças de relevos: a princípio o traço contínuo e dominante das montanhas, precintando-o, com destaque saliente, sobre a linha projetante das praias, depois, no segmento de orla marítima entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, um aparelho litoral revolto, feito da envergadura desarticulada das serras, riçado de cumeadas e corroído de angras, e escancelando-se em baías, e repartindo-se em ilhas, e desagregando-se em recifes desnudos, à maneira de escombros do conflito secular que ali se trava entre os mares e a terra; em seguida, transposto o 15º paralelo, a atenuação de todos os acidentes serranias que se arredondam e suavizam as linhas dos taludes, fracionadas em morros de encostas indistintas no horizonte que se amplia; até que em plena faixa costeira da Bahia, o olhar, livre dos anteparos de serras que até lá o repulsam e abreviam, se dilata em cheio para o ocidente, mergulhando no âmago da terra amplíssima lentamente emergindo num ondear longínquo de chapadas... Este facies geográfico resume a morfogenia do grande maciço continental. Euclides da Cunha, Os Sertões. Assinale a alternativa INCORRETA sobre o contexto histórico e literário da prosa pré-modernista a que pertence o fragmento de Os Sertões. a) Os prosadores pré-modernistas produziram uma literatura problematizadora da realidade brasileira de sua época. b) Entre os temas pré-modernistas, está o subdesenvolvimento do sertão nordestino. c) A investigação social presente na prosa pré-modernista colabora para o aprofundamento do sentimento ufanista nacional. d) A prosa da época é marcada por obras de análise e interpretação social significativas para a literatura brasileira. e) O pré-modernismo antecipou formal ou tematicamente práticas e ideias que foram desenvolvidas pelos modernistas.

6 T20. (ITA) Assinale a alternativa que rotula adequadamente o tratamento dado ao elemento indígena, nos romances O Guarani, de José de Alencar, e Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, respectivamente: a) Nacionalismo exaltado, nacionalismo caricatural. b) Idolatria nacionalista, derrotismo nacional. c) Aversão ao colonizador, aversão ao progresso. d) Aversão ao colonizador, derrotismo nacional. e) Nacionalismo exaltado, aversão ao progresso. T21. (MACKENZIE) Havia bem dez dias que o Major Quaresma não saía de casa. Estudava os índios. Não fica bem dizer estudava, porque já o fizera há tempos (...). Recordava (é melhor dizer assim), afirmava certas noções dos seus estudos anteriores, visto estar organizando um sistema de cerimônias e festas que se baseasse nos costumes dos nossos silvícolas e abrangesse todas as relações sociais. (...) A convicção que sempre tivera de ser o Brasil o primeiro país do mundo e o seu grande amor à pátria eram agora ativos e impeliram-no a grandes cometimentos. Lima Barreto No fragmento anterior, a) o protagonista, tecendo comentários livremente, apresenta ao leitor ações e intenções da personagem quixotesca. b) o narrador revela-se preocupado com a precisão ao relatar as ações do protagonista idealizador. c) o narrador manifesta suas dúvidas quanto aos fatos ocorridos, em virtude de seu desconhecimento do universo focalizado. d) o narrador-personagem, ao estabelecer paralelo entre o passado e o presente do Major, manifesta sua decepção pela ingenuidade do sonhador. e) o narrador-personagem anuncia o fim trágico do protagonista e ironiza seu perfil fantasioso e idealista. T22. (UFSC) Com base no TEXTO 1, e na obra de Euclides da Cunha, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). 01. O Texto 1 é exemplo de como o sertanejo é descrito também em outras passagens do livro Os sertões e confirma a consagrada frase de Euclides da Cunha: O sertanejo é antes de tudo um forte, p A narrativa de Euclides da Cunha propõe uma antítese entre a força física ou material do exército e a força do sertanejo, adaptado às condições de seu lugar e amparado pela crença religiosa. 04. Quando afirma que Impunham-se outras medidas (linha 17), pois todo aquele arsenal não lhes bastava, o narrador quer dizer que os soldados apelaram para os céus tranqüilos e claros (linha 14). 08. Há dois planos opostos que descrevem os dois lados desiguais da luta em Canudos. De um lado, o exército de São Sebastião e, de outro, os sertanejos com suas ruínas, na ciscalhagem das imagens rotas e em pedaços. 16. A construção do texto por meio de paradoxos como enrijavam-nos os reveses, robustecia-os a fome, empedernia-os a derrota (linhas 27-29) confirma uma das características da obra: a presença de elementos contrastantes como resultado de idéias antagônicas. 32. A correta psicologia da guerra (linha 27), aplicada pelo exército, não foi suficiente para a tomada de Canudos, já que os sertanejos a invertiam. 6

7 T23. (MACKENZIE) "Euclides da Cunha morreu, aos 43 anos de idade, em 15 de agosto de 1909, por volta das dez e meia de uma manhã chuvosa de domingo, em tiroteio com os cadetes Dinorá e Dilermando Cândido de Assis, amante de sua mulher. Saía no mesmo dia a entrevista que dera para Viriato Corrêa, da Ilustração Brasileira, em sua casa na Rua Nossa Senhora de Copacabana. A entrevista foi dada em um domingo, Viriato e Euclides conversaram, almoçaram e passearam descalços na praia. Era sol e era azul." Roberto Ventura O texto a) é contraditório ao descrever as condições climáticas do dia da morte de Euclides da Cunha (uma manhã chuvosa/era sol e era azul). b) opõe uma série de fatos pessoais negativos a condições climáticas positivas. c) descreve três acontecimentos importantes (morte, publicação e entrevista) que têm a mesma duração temporal. d) narra, em ordem cronológica, eventos relevantes da biografia de Euclides da Cunha. e) recupera elementos da organização de Os Sertões, ao relacionar fatos referentes ao homem e condições ambientais. T24. (ENEM/2015) TEXTO I Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. TEXTO II CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses, naquele recanto do território nacional. SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fazem uso de representações que se perpetuariam na memória construída sobre o conflito. Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada A terra, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio 1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros 2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias 3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina. O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela braços largamente abertos, face volvida para os céus um soldado descansava. Descansava... havia três meses. Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher 4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando-se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes... E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares. (Os sertões, 2016.) 1 canhoneio: descarga de canhões. 2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verdepálido e frutos bacáceos. 3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas. 4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher. a) manipulação e incompetência. b) ignorância e solidariedade. c) hesitação e obstinação. d) esperança e valentia. e) bravura e loucura. 7

8 T25. (UNESP/2021) Anteriormente ao texto transcrito, Euclides da Cunha menciona a existência de higrômetros inesperados e bizarros na paisagem. Constitui exemplo de higrômetro inesperado e bizarro no texto transcrito: a) a disposição geográfica das colinas. b) a ação dos vermes a decompor o cadáver. c) o corpo abandonado do soldado. d) a quixabeira solitária, cercada por vegetação franzina. e) a secura extrema dos ares. T26. (UNESP/2021) A linguagem do texto pode ser caracterizada como a) erudita e lacônica. b) rebuscada e técnica. c) coloquial e prolixa. d) subjetiva e informal. e) hermética e impessoal. T27. (UNESP/2021) Além da primeira parte intitulada A terra, outras duas partes, intituladas O homem e A luta, compõem Os sertões. Verifica-se assim, na própria estrutura da obra, uma nítida influência do a) Determinismo. b) Idealismo. c) Iluminismo. d) Socialismo. e) Liberalismo. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia a crônica A obra-prima, de Lima Barreto, publicada na revista Careta em Marco Aurélio de Jesus, dono de um grande talento e senhor de um sólido saber, resolveu certa vez escrever uma obra sobre filologia. Seria, certo, a obra-prima ansiosamente esperada e que daria ao espírito inculto dos brasileiros as noções exatas da língua portuguesa. Trabalhou durante três anos, com esforço e sabiamente. Tinha preparado o seu livro que viria trazer à confusão, à dificuldade de hoje, o saber de amanhã. Era uma obra-prima pelas generalizações e pelos exemplos. A quem dedicá-la? Como dedicá-la? E o prefácio? E Marco Aurélio resolve meditar. Ao fim de igual tempo havia resolvido o difícil problema. A obra seria, segundo o velho hábito, precedida de duas palavras ao leitor e levaria, como demonstração de sua submissão intelectual, uma dedicatória. Mas duas palavras, quando seriam centenas as que escreveria? Não. E Marco Aurélio contou as duas palavras uma a uma. Eram duzentas e uma e, em um lance único, genial, destacou em relevo, ao alto da página duzentas e uma palavras ao leitor. E a dedicatória? A dedicatória, como todas as dedicatórias, seria a pálida homenagem de seu talento ao espírito amigo que lhe ensinara a pensar Mas pálida homenagem Professor, autor de um livro de filologia, cair na vulgaridade da expressão comum: pálida homenagem? Não. E pensou. E de sua grave meditação, de seu profundo pensamento, saiu a frase límpida, a grande frase que definia a sua ideia da expressão e, num gesto, sulcou o alto da página de oferta com a frase sublime: lívida homenagem do autor Está aí como um grande gramático faz uma obra-prima. Leiam-na e verão como a coisa é bela. (Sátiras e outras subversões, 2016.) T28. (UNESP/2021) As modificações feitas pelo gramático nas expressões empregadas no prefácio e na dedicatória de sua obra manifestam seu desconforto a) com o sentido figurado da expressão inicialmente pensada para o prefácio e com o caráter trivial da expressão inicialmente pensada para a dedicatória. b) com o sentido figurado da expressão inicialmente pensada para o prefácio e com o sentido literal da expressão inicialmente pensada para a dedicatória. c) com o sentido literal da expressão inicialmente pensada para o prefácio e com o sentido figurado da expressão inicialmente pensada para a dedicatória. d) com o caráter trivial das expressões inicialmente pensadas para o prefácio e para a dedicatória. e) com o sentido literal da expressão inicialmente pensada para o prefácio e com o caráter trivial da expressão inicialmente pensada para a dedicatória. T29. (ENEM/2020) Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público, certo de que a língua portuguesa é emprestada ao Brasil; certo também de que, por esse fato, o falar e o escrever em geral, sobretudo no campo das letras, se veem na humilhante contingência de sofrer continuamente censuras ásperas dos proprietários da língua; sabendo, além, que, dentro do nosso país, os autores e os escritores, com especialidade os gramáticos, não se entendem no tocante à correção gramatical, vendo-se, diáriamente, surgir azedas polêmicas entre os mais profundos estúdiosos do nosso idioma usando do direito que lhe confere a Constituição, vem pedir que o Congresso Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional do povo brasileiro. BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: Acesso em: 26 jun Nessa petição da pitoresca personagem do romance de Lima Barreto, o uso da norma-padrão justifica-se pela a) situação social de enunciação representada. b) divergência teórica entre gramáticos e literatos. c) pouca representatividade das línguas indígenas. d) atitude irônica diante da língua dos colonizadores. e) tentativa de solicitação do documento demandado. T30. (ENEM [PPL] 2019) A nossa emotividade literária só se interessa pelos populares do sertão, unicamente porque são pitorescos e talvez não se possa verificar a verdade de suas criações. No mais é uma continuação do exame de português, uma retórica mais difícil, a se desenvolver por este tema sempre o mesmo: Dona Dulce, moça de Botafogo em Petrópolis, que se casa com o Dr. Frederico. O comendador seu pai não quer porque o tal Dr. Frederico, apesar de doutor, não tem emprego. Dulce vai à superiora do colégio de irmãs. Esta escreve à mulher do ministro, antiga aluna do colégio, que arranja um emprego para o 8

9 rapaz. Está acabada a história. É preciso não esquecer que Frederico é moço pobre, isto é, o pai tem dinheiro, fazenda ou engenho, mas não pode dar uma mesada grande. Está aí o grande drama de amor em nossas letras, e o tema de seu ciclo literário. BARRETO, L. Vida e morte de MJ Gonzaga de Sá. Disponível em: Acesso em: 10 ago Situado num momento de transição, Lima Barreto produziu uma literatura renovadora em diversos aspectos. No fragmento, esse viés se fundamenta na a) releitura da importância do regionalismo. b) ironia ao folhetim da tradição romântica. c) desconstrução da formalidade parnasiana. d) quebra da padronização do gênero narrativo. e) rejeição à classificação dos estilos de época. MICRO - REVISÃO 1 T31. (ENEM [PPL] 2017) Chamou-me o bragantino e levoume pelos corredores e pátios até ao hospício propriamente. Aí é que percebi que ficava e onde, na seção, na de indigentes, aquela em que a imagem do que a Desgraça pode sobre a vida dos homens é mais formidável. O mobiliário, o vestuário das camas, as camas, tudo é de uma pobreza sem par. Sem fazer monopólio, os loucos são da proveniência mais diversa, originando-se em geral das camadas mais pobres da nossa gente pobre. São de imigrantes italianos, portugueses e outros mais exóticos, são os negros roceiros, que teimam em dormir pelos desvãos das janelas sobre uma esteira esmolambada e uma manta sórdida; são copeiros, cocheiros, moços de cavalariça, trabalhadores braçais. No meio disto, muitos com educação, mas que a falta de recursos e proteção atira naquela geena social. BARRETO, L. Diário do hospício e O cemitério dos vivos. São Paulo: Cosac & Naify, No relato de sua experiência no sanatório onde foi interno, Lima Barreto expõe uma realidade social e humana marcada pela exclusão. Em seu testemunho, essa reclusão demarca uma a) medida necessária de intervenção terapêutica. b) forma de punição indireta aos hábitos desregrados. c) compensação para as desgraças dos indivíduos. d) oportunidade de ressocialização em um novo ambiente. e) conveniência da invisibilidade a grupos vulneráveis e periféricos. T32. (UNISC/2016) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto a seguir. O início do chamado Pré-modernismo na literatura brasileira data de 1902, com a publicação de. Além dessa obra relevante, de autoria de, merece destaque o romance, publicado por em Já na poesia, o principal nome deste período foi, autor de. a) Urupês / Graça Aranha / Macunaíma / Domingos Olímpio / Mario de Andrade / Cinza das horas. b) Canaã / Euclides da Cunha / Triste fim de Policarpo Quaresma / Monteiro Lobato / Manuel Bandeira / Eu e outras poesias. c) Canaã / Monteiro Lobato / Luzia-Homem / Mario de Andrade / Manuel Bandeira / Broquéis. d) Urupês / Monteiro Lobato / Macunaíma / Mario de Andrade / Manuel Bandeira / Cinza das horas. e) Os sertões / Euclides da Cunha / Triste fim de Policarpo Quaresma / Lima Barreto / Augusto dos Anjos / Eu e outras poesias. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Texto para a(s) questão(ões) O planalto central do Brasil desce, nos litorais do Sul, em 1 escarpas inteiriças, altas e abruptas. Assoberba os mares; e desata-se em chapadões nivelados pelos visos das cordilheiras marítimas, distendidas do Rio Grande a Minas. 2 Mas ao derivar para as terras setentrionais diminui gradualmente de altitude, ao mesmo tempo que descamba para a costa oriental em andares, ou repetidos socalcos, que o despem da primitiva grandeza afastando-o consideravelmente para o interior. De sorte que quem o contorna, seguindo para o norte, observa notáveis mudanças de relevos: a princípio o traço contínuo e dominante das montanhas, precintando-o, com destaque saliente, sobre a linha projetante das praias, depois, no segmento de orla marítima entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, um aparelho litoral revolto, feito da emvergadura desarticulada das serras, riçado de cumeadas e corroído de angras, e escancelando-se em baías, e repartindo-se em ilhas, e desagregando-se em recifes desnudos, à maneira de escombros do conflito secular que ali se trava entre os mares e a terra; em seguida, transposto o 15º paralelo, a atenuação de todos os acidentes serranias que se arredondam e suavizam as linhas dos taludes, fracionadas em morros de encostas indistintas no horizonte que se amplia; até que em plena faixa costeira da Bahia, o olhar, livre dos anteparos de serras que até lá o repulsam e abreviam, se dilata em cheio para o ocidente, mergulhando no âmago da terra amplíssima lentamente emergindo num ondear longínquo de chapadas... Este facies geográfico resume a morfogenia do grande maciço continental. Euclides da Cunha, Os Sertões. T33. (MACKENZIE/2015) Assinale a alternativa INCOR- RETA sobre o contexto histórico e literário da prosa prémodernista a que pertence o fragmento de Os Sertões. a) Os prosadores pré-modernistas produziram uma literatura problematizadora da realidade brasileira de sua época. b) Entre os temas pré-modernistas, está o subdesenvolvimento do sertão nordestino. c) A investigação social presente na prosa pré-modernista colabora para o aprofundamento do sentimento ufanista nacional. d) A prosa da época é marcada por obras de análise e interpretação social significativas para a literatura brasileira. e) O pré-modernismo antecipou formal ou tematicamente práticas e ideias que foram desenvolvidas pelos modernistas. 9

10 T34. (MACKENZIE/2015) A partir do fragmento de Os Sertões, pode-se afirmar que todas as afirmações estão corretas, EXCETO: a) o autor compõe seu texto com traços tanto de uma prosa científica quanto de uma prosa literária. b) a constante utilização de termos científicos, como cumeadas, taludes e morfogenia, compromete o valor literário da obra. c) destacam-se contrastes geográficos do Brasil, como evidenciado no fragmento: Mas ao derivar para as terras setentrionais diminui gradualmente de altitude (ref. 2) d) há uma detalhada descrição da região embasada pelo conhecimento das Ciências Naturais. e) a opção pela utilização de mais de um adjetivo para caracterizar o substantivo, como em escarpas inteiriças, altas e abruptas (ref. 1), está vinculada à ideia da objetividade científica. MICRO - REVISÃO 2 T35. (ENEM [2ª aplicação] 2014) A sua concepção de governo [do Marechal Floriano Peixoto] não era o despotismo, nem a democracia, nem a aristocracia; era a de uma tirania doméstica. O bebê portou-se mal, castiga-se. Levada a coisa ao grande o portar-se mal era fazer-lhe oposição, ter opiniões contrárias às suas e o castigo não eram mais palmadas, sim, porém, prisão e morte. Não há dinheiro no tesouro; ponham-se as notas recolhidas em circulação, assim como se faz em casa quando chegam visitas e a sopa é pouca: põe-se mais água. BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Brasiliense, 1956 (fragmento). A obra literária de Lima Barreto faz uma crítica incisiva ao período da Primeira República no Brasil. No fragmento do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, a expressão tirania doméstica, como concepção do governo florianista, significa que a) o regime político era omisso e elitista. b) a visão política de governo era infantilizada. c) o presidente empregava seus parentes no governo. d) o modelo de ação política e econômica era patriarcal. e) o presidente assumiu a imagem populista de pai da nação. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O trecho que segue é da personagem Olga, de Triste Fim de Policarpo Quaresma, romance de Lima Barreto. O que mais a impressionou no passeio foi a miséria geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste, abatido da gente pobre. ( ) Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele sapê sinistro e aquele sopapo que deixava ver a trama de varas, como o esqueleto de um doente. Por que ao redor dessas casas não havia culturas, uma horta, um pomar? ( ) Não podia ser preguiça só ou indolência. Para o seu gasto, para uso próprio, o homem tem sempre energia para trabalhar relativamente. ( ) Seria a terra? Que seria? E todas essas questões desafiavam a sua curiosidade, o seu desejo de saber, e também a sua piedade e simpatia por aqueles párias, maltrapilhos, mal alojados, talvez com fome, sorumbáticos!... T36. (ESPM/2019) Em Lima Barreto, a sequência grande de perguntas ao longo do texto configura o: a) discurso direto, em que há reprodução da fala da personagem ou do diálogo entre personagens. b) discurso indireto, em que o narrador conta aos leitores o que a personagem disse. Não há travessão. c) discurso indireto livre, em que há o pensamento da personagem, expresso pelo narrador, em meio à narrativa. d) solilóquio, em que a personagem extravasa os seus pensamentos e emoções em monólogos, sem dirigir-se especificamente a qualquer ouvinte. e) fluxo da consciência, em que há transcrição do complexo processo de pensamento não-linear de uma personagem, com o raciocínio lógico entremeado com impressões pessoais momentâneas e exibindo os processos de associação de ideias. T37. (UEM/2018) Assinale o que for correto. 01) O Naturalismo no Brasil teve como um de seus principais representantes Aluísio Azevedo, autor de obras fundamentais, como O cortiço e O mulato. Embora comtemporâneo de Machado de Assis, sua obra é muito diferente da do Bruxo do Cosme Velho. Azevedo é fortemente marcado por algumas linhas mestras do Naturalismo, como a determinação do meio físico e histórico sobre o homem. 02) O Romantismo brasileiro foi movimento estético de muito vigor, marcado por várias vertentes que se consolidaram na literatura brasileira, em especial em torno de três temdências: o indianismo de cunho nacionalista (de um autor como Gonçalves Dias), o romantismo ultrarromântico (de um Álvares de Azevedo) e o romantismo social, também chamado condoreiro (bem representado por Castro Alves). 04) A primeira fase do Modernismo é caracterizada por profunda reverência às formas consagradas do final do século XIX e início do XX. Procurando retomar tradições e linhagens que estavam se perdendo após os abalos sociais e estéticos posteriores à Primeira Guerra Mundial, essa fase foi marcada pelo verso rimado, pela métrica regular e por uma temática amorosa com forte traço romântico. 08) A segunda fase do Modernismo brasileiro nos legou nomes fundamentais, como Manuel Antônio de Almeida, no campo da narrativa, e Casimiro de Abreu, na lírica. Do primeiro, é notável o romance Memórias de um sargento de milícias, com uma ironia que deve muito a Lima Barreto e a Mário de Andrade. A poesia social de Casimiro de Abreu pode ser filiada à linhagem iniciada por Manuel Bandeira na época da primeira fase modernista, que ganha traços mais agudos na poesia de Abreu, por exemplo em A valsa. 16) O Realismo brasileiro é muito variado, reunindo autores com estilos e formas diferentes em uma mesma denominação, por exemplo, romances da estirpe de Iracema, de José de Alencar, publicado em 1865, e Negrinha, de Monteiro Lobato, publicado em Essa variedade, embora pareça enfraquecer esse movimento estético, na verdade o fortalece, pois deixa evidente que os autores mais significativos não procuraram se encaixar em rótulos predefinidos e limitadores, mas sim fazer uma complexa apropriação brasileira do Realismo europeu. (Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma) 10

11 MICRO - REVISÃO 3 T38. (UPE-SSA ) O início do século XX, compreendido entre 1902 a 1922, foi muito significativo para a fase de transição da literatura brasileira. As Vanguardas Europeias e a Semana de 1922 representaram mudanças importantíssimas no fazer artístico e literário, no Brasil. Acerca desse período, analise as proposições a seguir e assinale com V as Verdadeiras e com F as Falsas. ( ) O ano de 1902, marcado pela publicação de Os Sertões, de Euclides da Cunha, foi decisivo para a liberdade intelectual brasileira. Essa obra foi importante porque lançou, de um só golpe, a realidade brasileira até então disfarçada. Isso mantinha os escritores da época presos à visão europeia, em razão de sentimentos de inferioridade, motivados pelo status colonial vivenciado. ( ) O Futurismo, um dos movimentos de vanguarda, foi lançado por Marinetti. Tal movimento estético caracterizouse mais por manifestos que por obras; assim, os futuristas exaltavam a vida moderna, cultuavam a máquina e a velocidade. ( ) Os romances de Lima Barreto têm muito de crônica, pois neles se encontram cenas do cotidiano, de jornal, sobre a vida burocrática, tudo numa linguagem fluente e sem muitas ambições. Isso pode ser percebido no seguinte tercho de sua obra Recordações do Escrivão Isaías Caminha: Almocei, saí até à cidade próxima para fazer as minhas despedidas, jantei e, sempre, aquela visão doutoral que me não deixava. ( ) Augusto dos Anjos é um poeta eloquente; assim, encontram-se, em sua obra, palavras do jargão científico e termos técnicos, que não podem ser ignorados, porque tais palavras fazem parte do contexto de produção do poeta. Pode-se conferir isso no seguinte trecho de seu poema A ideia: Vem do encéfalo absconso que a constringe, / Chega em seguida às cordas do laringe, / Tísica, tênue, mínima, raquítica... ( ) A Semana de 22 ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de A ideia da Semana era a de destruir, escandalizar e, especialmente, criticar. Acerca dessa postura, Aníbal Machado diz a seguinte frase: Não sabemos definir o que queremos, mas sabemos discernir o que não queremos. A sequência CORRETA, de cima para baixo, é: a) V V F F V. b) V V V F F. c) V V V V V. d) F F F V V. e) F F V F F. T39. (ACAFE/2016) Identifique na primeira coluna as opções que preenchem corretamente as lacunas dos textos da segunda coluna. (1) O Tempo e o Vento; Terra e Cambará (2) Bentinho; Capitu (3) Euclides da Cunha; Canudos (4) Vidas Secas; Sinhá Vitória (5) Iracema; ema selvagem ( ) Na análise de, cujo autor é Graciliano Ramos, destaca-se o papel feminino na trama. quer uma vida melhor, e é por causa de seus sonhos que a família avança e conquista condições melhores. Ela quer uma vida melhor e expressa isso no desejo de ter uma cama, onde ela possa deitar e não sentir dor. ( ) A trilogia, do escritor Érico Veríssimo, é uma obra contextualizada no estado do Rio Grande do Sul. O romance representa a história do estado gaúcho, de 1680 até 1945 (fim do Estado Novo), através da saga das famílias. ( ) É a Natureza que serve para pintar, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que as asas da graúna, mais longos do que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como o seu sorriso, nem a baunilha recendia no bosque como o seu hálito perfumado. Mais rápida que a. ( ) O olhar de acerca do Sertão enfatiza tanto o caráter indomável e despovoado do interior do território brasileiro quanto o flagelo das caatingas e as secas deste meio causticante. A flora desse espaço é descrita, bem como sua vegetação agonizante, doente e informe, porém, no seu dizer, o sertão, de inferno que é, se metamorfoseia em paraíso. Neste enfoque, o ambiente onde se localiza não poderia ser diferente, é um locus único porque inclassificável. ( ) Inteligente, prática, de personalidade forte e marcante (ela era muito mais mulher do que, homem, acaba se tornando a dona do romance: forma, inicialmente, com o narrador, um duo terníssimo e, depois, possa a constituir o centro do drama do protagonista masculino, com a entrada em cena de Escobar ( trio") e de Ezequiel( quattuor ). A sequência correta, de cima para baixo, é: a) b) c) d) T40. (UNESP/2017) Trata-se de uma obra híbrida que transita entre a literatura, a história e a ciência, ao unir a perspectiva científica, de base naturalista e evolucionista, à construção literária, marcada pelo fatalismo trágico e por uma visão romântica da natureza. Seu autor recorreu a formas de ficção, como a tragédia e a epopeia, para compreender o horror da guerra e inserir os fatos em um enredo capaz de ultrapassar a sua significação particular. (Roberto Ventura. Introdução. In: Silviano Santiago (org.). Intérpretes do Brasil, vol. 1, Adaptado.) Tal comentário crítico aplica-se à obra a) Capitães da Areia, de Jorge Amado. b) Vidas secas, de Graciliano Ramos. c) Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto. d) Os sertões, de Euclides da Cunha. e) Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. T01. C T02. C T03. E T04. E T05. C T06. C T07. B T08. C T09. C GABARITO TAREFA DO DIA SEGUINTE 11

12 T10. E T11. C T12. B e D T13. D T14. A T15. D T16. B T17. C T18. E T19. C T20. A T21. B T22. 01,02,16,32 = 51 T23. E T24. E T25. C T26. B T27. A T28. A T29. A T30. B T31. E T32. E T33. C T34. B GABARITO MICROREVISÃO 1 GABARITO MICROREVISÃO 2 T35. D T36. C T37. 01,02 = 03 T38. C T39. D T40. D GABARITO MICROREVISÃO 3 12

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