T I P O L O G I A T E X T U A L
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- Kevin Diegues Pedroso
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3 T I P O S T E X T U A I S # Chamamos de tipos textuais o conjunto de enunciados organizados em uma estrutura bem definida, facilmente reconhecida por suas características preponderantes. Podem variar entre cinco e nove tipos, sendo que os mais estudados são a narração, a argumentação, a descrição, a injunção e a exposição.
4 T I P O S T E X T U A I S # A tipologia textual, diferentemente do que acontece com os gêneros textuais, apresenta propriedades linguísticas intrínsecas, como o vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções frasais e outras características que definem os gêneros. Observe a definição de cada um dos tipos e seus exemplos.
5 N A R R A Ç Ã O # A narração está vinculada à nossa vida, pois sempre temos algo a contar. Narrar é relatar fatos e acontecimentos, reais ou fictícios, vividos por indivíduos, envolvendo ação e movimento. Os gêneros que se apropriam da estrutura narrativa são: contos, crônicas, fábulas, romance, biografias, notícia, entre outros.
6 N A R R A Ç Ã O # A estrutura de uma narrativa é a forma pela qual ela é construída para organizar o andamento da trama. Seja qual for a modalidade, o texto narrativo dispõe-se de certos elementos primordiais, que são: tempo, espaço, personagens, narrador e enredo (fato).
7 T E M P O # Tempo É a localização cronológica do acontecimento; é comum a ação se desenvolver em diferentes momentos (passado remoto, passado próximo, presente). O tempo pode ser histórico, real ou psicológico, metafísico.
8 E S P A Ç O # Espaço É o lugar ou lugares em que ocorrem os acontecimentos.
9 P E R S O N A G E N S # Personagens São os diferentes seres que participam do acontecimento. Há personagens que atuam de forma mais intensa, esses são chamados de principais, e há os que são chamados de secundários, pois aparecem menos na história. Há também os protagonistas e os antagonistas. Atenção! Por vezes os personagens podem ser animais ou coisas.
10 N A R R A D O R # Narrador A narração pode ser feita em primeira ou em terceira pessoa. Podemos distinguir três tipos de narrador, isto é, três tipos de foco narrativo:. Narrador-personagem. Narrador-observador. Narrador-onisciente
11 N A R R A D O R # O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem. Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas, emocionais.
12 N A R R A D O R # Essa proximidade com o mundo narrado revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia conhecer. Ao mesmo tempo, essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador.
13 N A R R A D O R # O narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações. Ele conhece todos os fatos e, por não participar deles, narra com certa neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos personagens nem das ações vivenciadas.
14 N A R R A D O R # O narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa e, às vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa. Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o que passa no íntimo das personagens, conhece suas emoções e pensamentos.
15 N A R R A D O R # O narrador-onisciente é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece, o narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim, o enredo se torna plenamente conhecido, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas consequências.
16 N A R R A D O R # O narrador-onisciente é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece, o narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim, o enredo se torna plenamente conhecido, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas consequências.
17 E N R E D O # Enredo É o encadeamento das ações, dos fatos ou dos acontecimentos que mantêm entre si uma relação de causa e efeito. É o esqueleto da narrativa, aquilo que dá sustentabilidade à história. Geralmente, está centrado num conflito.
18 E N R E D O # O enredo se divide nas seguintes partes:. Introdução (apresentação). Complicação (desenvolvimento o problema). Clímax. Desfecho (conclusão)
19 E N R E D O # 1. Introdução (ou apresentação) geralmente coincide com o começo da história; é o momento em que o narrador apresenta os fatos iniciais, as personagens e, às vezes, o tempo e o espaço.
20 E N R E D O # 2. Complicação (desenvolvimento ou problema) - é a parte do enredo em que é desenvolvido ou apresentado o conflito.
21 E N R E D O # 3. Clímax é o momento culminante da história, ou seja, aquele de maior tensão, no qual o conflito atinge o seu ponto máximo.
22 E N R E D O # 4. Desfecho ou conclusão é a solução do conflito, que pode ser surpreendente, trágica, cômica, ou é uma revelação para a personagem, corresponde ao final da história. A um texto com estas características damos o nome de narrativa fechada. Quando não conhecemos a conclusão, dizemos que se trata de uma narrativa aberta.
23 E N R E D O # Para compreender melhor a estrutura do texto narrativo, podemos concluir com as seguintes perguntas: Onde? referindo-se ao espaço. Quando? referindo-se ao tempo Quem? referindo-se aos personagens. O quê? Como? referindo-se ao enredo.
24 D E S C R I Ç Ã O
25 D E S C R I Ç Ã O # A descrição consiste em elaborar um retrato falado ou escrito de um determinado ser, com o intuito de transmitir a imagem e a impressão despertada na mente e nos sentidos. Para organizar um texto descritivo, é indispensável saber observar, ter imaginação e empregar recursos de expressão.
26 D E S C R I Ç Ã O # Os recursos de expressão incluem a necessidade de usar todos os sentidos para distinguir sons, ruídos, cheiros, sentir calor, frio, etc. As características desse tipo textual são: retrato verbal; valorização de adjetivos; presença de verbos de ligação; estaticidade (ausência de ação); Verbos flexionados no presente ou no pretérito.
27 D E S C R I Ç Ã O # Além da utilização dos sentidos na elaboração de um texto descritivo, há ainda que ser considerado o ponto de vista do observador, que revela sua posição afetiva diante do ser descrito.
28 D E S C R I Ç Ã O # São três os pontos de vista que podem ser assumidos pelo observador ao se elaborar um texto descritivo: 1º) Ponto de vista físico - distribuição das características no texto. 2º) Ponto de vista linguístico - palavras empregadas. 3º) Ponto de vista psicológico - esse ponto de vista é de extrema importância, uma vez que dele resultam dois tipos de descrição: a descrição objetiva e a descrição subjetiva.
29 D E S C R I Ç Ã O # A descrição subjetiva evidencia impressão pessoal que se dá pela interpretação pessoal, particular do objeto. Refletese, com esse ponto de vista, o estado de espírito do observador. Dessa forma, um mesmo objeto descrito em momentos diferentes pode se apresentar de formas diferentes, dependendo da simpatia ou antipatia de quem o observa.
30 D E S C R I Ç Ã O # A descrição objetiva apresenta a produção descritiva de forma realista, exata. Assim, detalhes como cor, peso, tamanho, entre outros, são de fato como se apresentam. Esse é o ponto de vista das descrições técnicas e científicas, dos relatórios, dos textos injuntivos, como manual para instalação ou funcionamento de aparelhos, literatura realista, novelas policiais, textos de propaganda turística, verbetes de dicionários, enciclopédias e no jornalismo.
31 A T E N Ç Ã O Dificilmente encontraremos um texto exclusivamente descritivo. O que ocorre mais comumente é encontrar trechos descritivos inseridos em um texto narrativo ou dissertativo.
32 D I S S E R T A Ç Ã O
33 D I S S E R T A Ç Ã O Dissertar é expor um assunto discutindo a problemática que nele reside; defender princípios, tomando posições; analisar um assunto através da sequência lógica de ideias; apresentar opiniões positivas ou negativas, baseando-se em fatos, razões ou justificativas.
34 D I S S E R T A Ç Ã O Dissertar é expor um assunto discutindo a problemática que nele reside; defender princípios, tomando posições; analisar um assunto através da sequência lógica de ideias; apresentar opiniões positivas ou negativas, baseando-se em fatos, razões ou justificativas.
35 D I S S E R T A Ç Ã O Podemos contar uma história ou descrever algo sem nos envolvermos diretamente. A dissertação, ao contrário, revela quem somos, o que sentimos, o que pensamos. Neste ponto, é necessário ter o máximo de cuidado com os extremismos. Tudo que expusermos numa dissertação deve ser defendido com argumentações fundamentadas.
36 D I S S E R T A Ç Ã O Principalmente, se estivermos apresentando ao leitor informações científicas ou públicas. Até mesmo quando redigimos uma dissertação expositiva, estamos deixando, nas entrelinhas, nossas opiniões sobre o assunto exposto. Por isso, devemos ter muita atenção para não cairmos no senso comum.
37 D I S S E R T A Ç Ã O Na hora de elaborar uma dissertação é fundamental:. Conhecimento do assunto (adquirido através de leitura, observação de fatos, etc).. Reflexão sobre o tema, procurando descobrir boas ideias e conclusões acertadas (Antes de escrever é necessário pensar!).
38 D I S S E R T A Ç Ã O.Planejamento: Esse item trata da estrutura do texto dissertativo que deve conter introdução, desenvolvimento e conclusão.
39 D I S S E R T A Ç Ã O. Desenvolvimento do plano com clareza e correção, mantendo-se sempre fiel ao tema proposto.. Os gêneros que se apropriam da estrutura dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação-argumentativa, editorial etc.
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42 E X P O S I Ç Ã O Tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto ou fato específico, enumerando suas características através de uma linguagem clara e concisa. Os gêneros que se apropriam da estrutura expositiva são: reportagem, resumo, fichamento, artigo científico, seminário etc.
43 I N J U N Ç Ã O
44 I N J U N Ç Ã O Os textos injuntivos têm por finalidade instruir o interlocutor, utilizando verbos no imperativo para atingir seu intuito. Os gêneros que se apropriam da estrutura injuntiva são: manual de instruções, receitas culinárias, bulas, regulamentos, editais etc.
45 I N J U N Ç Ã O Os textos injuntivos têm por finalidade instruir o interlocutor, utilizando verbos no imperativo para atingir seu intuito. Os gêneros que se apropriam da estrutura injuntiva são: manual de instruções, receitas culinárias, bulas, regulamentos, editais etc.
46 AGRUPAMENTO DE GÊNEROS SEGUNDO ESCOLA DE GENEBRA Domínios sociais de comunicações Aspectos tipológicos Capacidade de linguagens dominantes Cultura literária ficcional NARRAR Mimeses de ação através da criação da intriga no domínio verossímil. Documentação e memorização das ações humanas RELATAR Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo Discussão de problemas sociais controversos ARGUMENTAR Sustentação, refutação e negociação de tomadas de posição. Transmissão e construção de saberes Instruções e prescrições EXPOR DESCREVER AÇOES Apresentação textual de diferentes formas de saberes Regulação mútua de comportamentos
47 Narrar Relatar Argumentar Expositivo Descrever Conto Texto de opinião Texto expositivo Instruções de uso maravilhoso Conto de fadas Fábulas Lendas Narrativas de aventura Novelas Romance Paródia Piada Conto Narrativa de ficção cientifica Narrativa mítica Relatos de experiências vividas Relatos de viagem Diário intimo Testemunho Anedota Autobiografia Noticia Reportagem Curriculum vitae Crônica mundana Crônica esportivabiografia Diálogo argumentativo Carta de leitor Carta de reclamação Carta de solicitação Debate regrado Editorial Discurso de defesa Requerimento Ensaio Resenhas críticas Conferencia Artigo enciclopédico Entrevista Tomada de notas Resumo de textos expositivos e explicativos Resenhas Relatório cientifico Relatório de experiências Instruções de Montagem Receita Regulamento Regras de jogo Consignas diversas Textos prescritivos
48 E X E R C Í C I O S
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